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Sistema Nervoso: Divisão Anatômica e Funcional

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Larissa Royer/ Med XV Beta
NEUROANATOMIA
Divisão anatômica
→ Anatomicamente o sistema nervoso é dividido em duas partes:
- Central (parte central do sistema nervoso – PCSN)
● Está alojada em um estojo ósseo (crânio e coluna vertebral), que lhe oferece
proteção adequada.
● Os órgãos da PCSN são o encéfalo (localizado na cavidade craniana), e a
medula espinal (preenche parcialmente o canal vertebral).
● O encéfalo e a medula espinhal formam o neuro-eixo.
● O encéfalo apresenta três partes: cérebro, cerebelo e o tronco encefálico.
● O cérebro é constituído pelo telencéfalo e diencéfalo.
● O tronco encefálico apresenta três constituintes: mesencéfalo, ponte e bulbo.
- Periférica (parte periférica do sistema nervoso – PPSN).
● Essa parte trafega pelo corpo, ligando os diversos órgãos com a PCSN.
● A PPSN é composta pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.
● Os nervos podem ser cranianos (ligados ao encéfalo) ou espinais (ligados à
medula espinal).
● Os gânglios podem ser motores (autônomos) ou sensitivos (nervo espinal).
● As terminações nervosas podem ser motoras (placa motora) ou sensitivas
(exteroceptivas, visceroceptores e proprioceptivas).
Larissa Royer/ Med XV Beta
→ Do ponto de vista funcional, os neurônios conduzem estímulos para o cérebro e partindo
do cérebro. Dessa forma, para que o cérebro consiga comandar todas as partes do corpo ele
precisa receber estímulos provenientes dos órgãos periféricos e emitir estímulos (via de mão
dupla).
- Via aferente
● Conduz estímulos direcionados ao cérebro, do SNP para o SNC .
● Estímulos sensitivos.
● Direção centrípeta.
- Via eferente
● Conduz estímulos emitidos pelo cérebro, do SNC para o SNP.
● Estímulos motores.
● Direção centrífuga.
Divisão funcional
→ Somática: relativo a parede do corpo.
- Controla a parte externa do corpo (pele e músculos).
- Possui parte aferente e eferente.
● Aferente: sensibilidade geral (pele, olhos, língua e nariz) e propriocepção
(estímulos provenientes dos músculos, tendões, ligamentos e articulações).
● Eferente: movimentos dos músculos esqueléticos (contração voluntária).
→ Visceral
- Controla o ambiente interno (homeostase).
- Possui parte aferente e eferente.
● Aferente: estímulos de dor, fome, sede...
Larissa Royer/ Med XV Beta
● Eferente: corresponde ao sistema nervoso autônomo. É dividido em simpático
e parassimpático e sua importância está no controle involuntário da
musculatura lisa, do músculo estriado cardíaco e da secreção glandular.
Sinapse Neuro Ganglionar
→ Na via eferente visceral, há a participação de dois neurônios.
- O primeiro é chamado de pré-ganglionar, simpático quando sair da região torácica (T1
a L2) e parassimpático quando sair da região sacral (S2 a S4).
● O simpático possui um pré ganglionar curto e pós ganglionar longo, já o
parassimpático possui um pré ganglionar longo e um pós ganglionar curto.
- Para que aconteça a sinapse os neurônios precisam liberar neurotransmissores que são
substâncias químicas liberadas nos gânglios.
● O neurotransmissor liberado é a acetilcolina, tanto no simpático quanto no
parassimpático. Ela é liberada nos gânglios.
- No órgão, a via simpática pós-ganglionar libera norepinefrina/adrenalina.
● No parassimpático pós ganglionar, o neurotransmissor continua a ser a
acetilcolina.
Níveis funcionais do sistema nervoso
→ Nível medular
- Envolvido nas relações de reflexo muscular (comportamento motor).
- Mesmo em situações em que a medula espinal foi seccionada em níveis cervicais
muitas de suas funções altamente organizadas continuam sendo executadas.
● Por exemplo, os circuitos neurais intrínsecos da medula podem ser
responsáveis por: movimentos de marcha; reflexos que afastam partes do
corpo de objetos que causam dor; reflexos que enrijecem as pernas para
Larissa Royer/ Med XV Beta
sustentar o corpo contra a gravidade; e reflexos que controlam os vasos
sanguíneos locais, movimentos gastrointestinais ou excreção urinária.
- De fato, os níveis supraespinais do sistema nervoso geralmente operam não pelo
envio de sinais diretamente para a periferia do corpo, mas, sim, enviando sinais aos
centros de controle da medula espinhal, ou seja, simplesmente “comandando” esses
centros para que realizem suas funções.
→ Nível cerebral inferior ou subcortical
- Envolvido com comportamentos viscerais, subconscientes (homeostase).
- Muitas, senão a maioria, das que chamamos atividades subconscientes do corpo são
controladas por regiões encefálicas subcorticais, isto é, no bulbo, na ponte, no
mesencéfalo, no hipotálamo, no tálamo, no cerebelo e nos gânglios da base.
- Além disso, muitos padrões emocionais, como raiva, excitação, resposta sexual,
reação à dor e reação ao prazer, podem continuar a ocorrer mesmo após a destruição
de grande parte do córtex cerebral.
→ Nível cerebral superior ou cortical
- Envolve com área da cognição, interpretação (coguinitivo/emocional)
- O córtex cerebral é uma região extremamente grande de armazenamento de
memórias.
● O córtex nunca funciona sozinho e, sim, sempre em associação às estruturas
subcorticais do sistema nervoso central.
- Sem o córtex cerebral, as funções dos centros subcorticais são, em geral, imprecisas.
- O vasto reservatório de informação cortical normalmente converte essas funções em
operações determinadas e precisas. Por fim, o córtex cerebral é essencial para a maior
parte dos nossos processos mentais, porém não pode funcionar sozinho.
- De fato, são as estruturas subcorticais e não o córtex que iniciam o estado de vigília
no córtex cerebral, desse modo, promovendo a abertura do banco de memórias para
ser acessado pela maquinaria do pensamento, presente no encéfalo.
● Assim, cada porção do sistema nervoso executa funções específicas, no
entanto, é o córtex que abre o mundo de informações armazenadas para que
seja explorado pela mente.
→ Todos esses níveis estão relacionados. O nível cortical manda informações para a medula
para fazer um movimento planejado; os níveis subcorticais mandam informações para o
córtex para que haja a indução do sono, controle emocional…
Reflexo de estiramento e retirada
- Os reflexos são respostas rápidas que não estão vinculadas a cognição, ou seja, a
resposta é enviada antes mesmo do cérebro tomar consciência do movimento. Existem
2 tipos de reflexo:
→ Reflexo de estiramento ou simples ou monossináptico.
Larissa Royer/ Med XV Beta
- É o tipo de reflexo que acontece após um estiramento muscular.
- Nesse caso, o receptor de estiramento denominado de Fuso Muscular está ligado a um
neurônio sensitivo (pseudounipolar).
- Após o estímulo ser enviado pelo neurônio sensitivo, esse irá fazer sinapse com um
neurônio motor que irá despolarizar e promover uma contração muscular (tônus
muscular).
- Esse reflexo é do tipo simples ou monosimpático, pois realiza somente uma sinapse
entre o neurônio sensitivo e o motor.
- As informações que vem da musculatura esquelética não possuem a cognição da
pessoa, isto é, mesmo o seu SNC sabendo que houve um trabalho feito por uma
musculatura, a pessoa não toma consciência desse trabalho, logo isso é denominado
de propriocepções inconsciente.
→ Reflexo de retirada
- É o tipo de reflexo existente quando se está em uma situação em que há um momento
linear de dor, colocar a mão em um objeto quente por exemplo.
- Esse tipo de reflexo é denominado de complexo, pois necessita de 3 neurônios para
ser feito, um sensitivo (pseudounipolar), um interneurônio e um motor (multipolar).
- São reflexos multissinapticos.
Caracterização da substância branca e da cinzenta
→ Substância branca
- Localizada externamente e organizada em 3 funículos de cada lado (funículo
posterior, funículo médio e funículo anterior);
Larissa Royer/ Med XV Beta
- Os funiculos vão formar na medula uma via de condução de informações que são
ascendentes, as quais vão da medula para o encéfalo, sendo essas, portanto, sensitivas.
● Tracto Espino Talâmico Anterior (TETA): conduz informações de tato e
pressão.
● Trato Espino Talâmico Lateral (TETL):conduz informações de dor e
temperatura.
● Trato Espino Cerebelar Posterior (TECEP) e Trato Espino Cerebelar Anterior
(TECEA): levam a propriocepção (OTG, fuso muscular...) inconsciente.
- Existem também vias descendentes, que vão do encéfalo para a medula, tendo,
portanto, comportamento motor. São vias motoras.
● Movimento voluntário: ocorre de duas formas, uma automatizada (são aqueles
que já foram construídas, para o mesmo, memórias) e a outra planejada (está
sempre presente no início de qualquer movimento, e vai ser utilizado naqueles
movimentos ainda desconhecidos; será controlado pelas vias que saem do
córtex).
● Tracto Córtico-Espinhal (TCE): via motora que controla o movimento
planejado, começa nos neurônios grandes, chamados neurônios piramidais, em
movimentos planejados. Esses neurônios, ao chegarem no tronco encefálico,
na região das pirâmides do bulbo. 75% das suas fibras irão cruzar na
decussação das pirâmides e 25% na comissura.
● Tracto Córtico-Espinhal Lateral: parte da via que cruza na decussação das
pirâmides.
● Tracto Córtico-Espinhal Anterior: parte da via que cruza na medula.
● Tracto Rubro-espinal: da via extrapiramidal, no movimento automatizado; vai
despolarizar os neurônios que vão para a parte distal do membro para que o
movimento, por exemplo, das mãos e dos pés, ocorra de forma automatizada.
Exemplo disso se dá no ato de escrever, digitar (quem digita
compulsivamente).
● Trato Retículo Espinal, vestíbulo e tecto: despolarizam os neurônios que
enervam os músculos do esqueleto axial (função de equilíbrio, postura) que
tem como função o equilíbrio.
● Trato Vestíbulo Espinal.
● Trato Tecto Espinal: movimento da cabeça em resposta de um estímulo visual
automatizadamente.
- Fascículo Grácil (FG) e Fascículo Cuneiforme (FC): são vias medulares que não
fazem sinapse na medula, mas sim no bulbo. Vão levar a propriocepção consciente, o
trato epicrítico, a sensibilidade vibratória e a estereognosia. O fascículo grácil enerva
o membro inferior na medula espinal até a altura de T6. Acima de T6 é o fascículo
cuneiforme que conduz.
→ Substância Cinzenta
- Dividida em coluna, corno ou raiz (sinônimos).
Larissa Royer/ Med XV Beta
- A coluna posterior é sensitiva, dividida em lâminas de REXED (neurônios que levam
às esterocepções: tato, pressão, dor, temperatura).
- Essas informações externas chegarão nas lâminas I, II, III e IV. As informações que
chegam dos músculos (propriocepção inconsciente) chegam nas lâminas V e VI.
- A coluna anterior é dividida em grupo medial e grupo lateral.
- O grupo medial vai ter neurônios que vão para os músculos da região do tronco
(esqueleto axial).
- O grupo lateral vai enervar músculos na região dos membros.
- Os neurônios medulares não se distribuem de maneira uniforme na substância
cinzenta, mas agrupam-se em núcleos ora mais ora menos definidos.
● Núcleo 1 (postero-medial do grupo medial): flexão de tronco.
● Núcleo 2 (anteromedial do grupo medial) faz extensão de tronco.
● Núcleo 3 (pósteromedia do grupo lateral) flexor de parte proximal do membro.
● Núcleo 4 (anteromedial do grupo lateral) é extensor da parte proximal do
membro.
● Núcleo 5 (póstero-lateral do grupo lateral), núcleo flexor de parte distal do
membro.
● Núcleo 6 (anterolateral do grupo lateral), extensor da parte distal do membro.
Classificação dos neurônios
→ Neurônios radiculares
- Esses neurônios ganham esse nome pois seus longos axônios saem da medula, passam
pela radicula e constituem a raiz ventral. Existe 2 tipos:
● Neurônios radiculares viscerais: são os neurônios pré-ganglionares do sistema
nervoso autônomo, cujos corpos localizam-se na substância cinzenta
intermédia lateral, de T1 a L2 (Coluna Lateral), e de S2 a S4. Destinam-se à
inervação de músculos lisos, cardíacos ou glândulas.
● Neurônio radiculares somáticos: destinam a inervação de músculos estriados
esqueléticos e tem seu corpo localizado na coluna anterior. Nos mamíferos
existem dois tipos desse neurônio.
➢ Alfa : neurônios grossos que contribuem efetivamente para contração dos
músculos
➢ Gama: são mais finos e responsáveis pela inervação motora das fibras
intrafusais.
→ Neurônios cordonais
- Os neurônios cordonais são aqueles cujos axônios ganham a substância branca da
medula , onde tomam direção ascendente ou descendente, passando a constituir as
fibras dos funículos que formam a medula. Os neurônios cordonais podem ser de 2
tipos:
Larissa Royer/ Med XV Beta
● Neurônios cordonais de projeção: São neurônios que ascendem e se projetam
para fora da medula indo em direção ao encéfalo
● Neurônios cordonais de associação: são neurônios que ao passar pela
substancia branca da medula se bifurcam em uma parte ascendente e uma
parte descendente,para fazer a comunicação das vertebras da coluna, ou seja,
faz a comunicação entre as vertebras, e terminar na substância cinzenta da
própria medula.
→ Interneurônios
- Em razão do seu pequeno tamanho, o axônio destes neurônios permanece sempre na
substância cinzenta.
- Seus prolongamentos ramificam-se próximo ao corpo celular e estabelecem conexão
entre as fibras aferentes, que penetram pelas raízes dorsais e os neurônios motores,
interpondo-se, assim, em vários arcos de reflexos

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