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Sistema Linfático

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DESCRIÇÃO
Sistema linfático, anatomia e suas características fisiológicas. Diferença entre edema linfático e
edema venoso. Doenças do sistema linfático.
PROPÓSITO
Compreender a anatomia e a fisiologia do sistema linfático a fim de desenvolver o atendimento
adequado, diferenciando as características de algumas patologias.
PREPARAÇÃO
Estudo do Atlas de anatomia.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Compreender a estrutura, a fisiologia e a anatomia do sistema linfático
MÓDULO 2
Reconhecer os tipos de edema e as principais patologias do sistema linfático
INTRODUÇÃO
Neste tema, estudaremos a anatomia e a fisiologia do sistema linfático, conhecendo estruturas
e funcionamento desse sistema formado pelos vasos linfáticos e órgãos linfoides, cuja função é
drenar os líquidos excedentes do interstício celular e realizar a defesa imunológica.
Como todos os sistemas do corpo humano, o sistema linfático é passível de falhas e patologias
e, quando isso acontece, pode surgir um edema. O profissional de estética deve realizar a
avaliação de um edema, utilizando testes disponíveis além de uma anamnese detalhada.
MÓDULO 1
 Compreender a estrutura, a fisiologia e a anatomia do sistema linfático
ANATOMIA GERAL DO SISTEMA
CIRCULATÓRIO
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
O sistema sanguíneo é dividido em sistema arterial e sistema venoso. Ambos participam de
maneira integrada da nutrição dos tecidos de todo o organismo, inclusive do sistema linfático.
O sistema sanguíneo e o linfático atuam de maneira integrada e simultânea. Para entender
melhor, vamos conhecer a fundo estes sistemas separadamente.
SISTEMA ARTERIAL
Este sistema é provido de artérias e sua principal função é levar o sangue rico em oxigênio e
nutrientes para todos os órgãos e tecidos do corpo humano. Este sistema parte do coração, ou
seja, leva o sangue oxigenado até a circulação periférica.
SISTEMA VENOSO
Após banhar as células do corpo humano e promover as trocas gasosas, o sangue retorna ao
meio intersticial com restos do catabolismo celular, proteínas e dejetos. Quando isso acontece,
este sangue passa a ser chamado de sangue venoso.
Grande parte desse sangue, aproximadamente 90%, utiliza este trajeto para retornar ao
coração, mas os 10% restantes não conseguem retornar por ter uma grande quantidade de
proteínas, que, por terem um tamanho maior, não conseguem ultrapassar o epitélio do vaso, só
sendo possível retornar ao coração pelo sistema linfático.
 
Fonte: BlueRingMedia/shutterstock.
 Figura 1. Sistema arterial representado na cor vermelha (rico em oxigênio) e o sistema
venoso na cor azul (rico em gás carbônico).
RESUMO DA INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS
O coração bate de maneira rítmica, alternando entre contração e relaxamento. A contração é
chamada de sístole, e o relaxamento é denominado de diástole. A sístole garante que o
sangue seja bombeado, e a diástole, que é a fase de relaxamento, faz com que as cavidades
do coração se encham de sangue. Veja a figura 1.
 
O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono volta para o lado direito do coração
através de duas grandes veias: veia cava superior e veia cava inferior. Em seguida, o sangue é
bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões, onde ele coleta oxigênio e libera dióxido de
carbono.
 
O sistema arterial leva o sangue rico em oxigênio para nutrir os órgãos e tecidos do corpo
humano. Após este processo, 90% do sangue retornam para o meio intersticial sendo agora
chamado de sangue venoso. Esse sangue retorna para o coração, onde, novamente, se
tornará sangue arterial (cheio de oxigênio). Os outros 10% retornam via sistema linfático. Logo,
os sistemas arterial, venoso e linfático atuam de maneira integrada e simultânea.
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático funciona como uma via acessória onde o líquido pode fluir dos espaços
intersticiais para o sangue, carregando as macromoléculas que o sistema venoso não
consegue retornar para o coração. É um sistema complexo formado por órgãos linfoides,
linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos.
Observe na figura a seguir os vasos linfáticos ao longo do corpo humano.
 
Fonte: Nerthuz/Shutterstock.
 Figura 2. Sistema linfático.
Observe na imagem que as macromoléculas que o capilar sanguíneo não consegue carrear
vão para o interstício celular e, posteriormente, são absorvidas pelo capilar linfático:
 
Adaptado de: EgudinKa e gritsalak karalak/Shutterstock.
 Figura 3. Absorção de macromoléculas pelo capilar linfático.
A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA E O SISTEMA
LINFÁTICO
Assista ao vídeo a seguir para saber como o sistema sanguíneo e linfático funcionam de
maneira íntegra e simultânea.
BAÇO
O baço é o maior órgão do sistema linfático e está localizado entre o nono, o décimo e o
décimo primeiro par de costelas. É altamente vascularizado e funciona como um reservatório
de sangue. Possui função imunológica e hematológica desempenhadas por duas polpas:
uma branca, formada por tecido linfoide e que produz e armazena os linfócitos (células de
defesa do corpo), e outra vermelha, que destrói as hemácias defeituosas e idosas (com mais
de 60 dias) e armazena células de defesa, liberando-as na circulação quando necessário.
 
Fonte: Spectral-Design/Shutterstock.
 Figura 4. Localização do baço.
TIMO
Órgão linfoide parecido com uma glândula que auxilia na maturação dos linfócitos T (células de
defesa), destruindo microrganismos causadores de doenças e ajudando o organismo a se
proteger contra infecções.
 
Fonte: Lightspring/Shutterstock.
 Figura 5. Localização do timo.
TONSILAS FARÍNGEAS
Conhecidas também como adenoides, são formadas por tecidos linfoides que atuam como
defesa das vias aéreas superiores.
 
Fonte: CLIPAREA l Custom media/Shutterstock.
 Figura 6. Localização das tonsilas faríngeas.
TONSILAS PALATINAS
Localizadas na porção posterior da boca, são formadas por tecido linfoide. Atuam como
barreira de defesa das vias aéreas superiores.
 
Fonte: CLIPAREA l Custom media/Shutterstock.
 Figura 7. Tonsilas palatinas.
VASOS LINFÁTICOS
No corpo humano, existem dois sistemas linfáticos de diferentes dimensões. O maior é
responsável pela drenagem dos quadrantes inferiores do corpo e o quadrante esquerdo
superior. Este representa 90% da produção da linfa. O menor drena o quadrante superior
direito transportando os outros 10 % da linfa. (ULRICH, 2006)
Portanto, existem dois locais onde o sistema venoso desemboca. Ambos estão próximos ao
coração, nas duas fossas intraclaviculares.
 
Adaptado de: Martial Red/Shutterstock.
 Figura 8. Os dois sistemas dos vasos linfáticos do corpo.
DISTRIBUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS
SUBDIVISÕES DOS VASOS LINFÁTICOS
Os vasos linfáticos possuem subdivisões de acordo como seus diâmetros. São eles:
LINFÁTICOS INICIAIS
Possuem cerca de 1/20mm
PRÉ-COLETORES
Possuem cerca de 1/5 a 1/10mm
COLETORES
Possuem cerca de ½ mm
TRONCOS LINFÁTICOS (DUCTO TORÁCICO E DUCTO
LINFÁTICO DIREITO)
Possuem entre 2 e 4mm
As artérias do nosso corpo são palpáveis. Isso pode ser testado por você agora mesmo. Veja o
passo a passo.
No pulso você consegue sentir os batimentos do corpo.

Coloque o indicador e o dedo médio próximo ao punho até sentir os impulsos.

A área do pescoço também serve à medição. Aproxime os mesmos dedos da artéria carótida.

Pressione levemente. As veias superficiais são visíveis como vasos azuis.
Já os vasos linfáticos não são visíveis e nem podem ser sentidos, daí a importância de o
profissional de estética conhecer a sua anatomia e funcionamento para realizar a técnica de
drenagem linfática manual.
LINFÁTICOS INICIAIS
Iniciam como pequenos tubos com as extremidades fechadas (observe na figura 9 que eles
possuem fundo cego). Suas paredes são mais finas que dos capilares sanguíneos. O número
de linfáticos iniciais varia muito nas diferentes partes do corpo. São numerosos na pele e
mucosas, regiões em que microrganismos penetram com maior frequência.
 
Fonte: Sakurra/Shutterstock. Figura 9. Linfáticos iniciais.
PRÉ-COLETORES
Os linfáticos iniciais desembocam nos pré-coletores, que também são encontrados na pele e
nas mucosas. Eles se aprofundam verticalmente desde a rede capilar subcutânea e
desembocam nos coletores. Os pré-coletores são capazes de esvaziar áreas de até 1 a 3cm
de diâmetro.
COLETORES
Possuem aparência de um colar de pérolas quando visualizados no exame de linfocintilografia
(um exame de cintilografia do sistema linfático). Os coletores possuem esta aparência porque
têm válvulas em formato de meia lua, o que garante o fluxo dos fluidos em direção ao coração.
 
Diversos coletores formam um feixe de vasos linfáticos. A maioria dos coletores superficiais
dos membros seguem paralelamente o trajeto das veias superficiais.
TRONCO LINFÁTICO
Existem dois troncos linfáticos: o ducto torácico e o ducto linfático direito. Vejamos a seguir
cada um deles:
 
Ducto torácico: É o maior vaso linfático do corpo. Inicia-se ventralmente próximo àa segunda
vértebra lombar, seguindo cranialmente pelo hiato aórtico, e em T5 curva-se para a esquerda
no esôfago torácico, passando posteriormente por este órgão e alcançando então a junção
subclavicular esquerda. Esta região também é conhecida como terminus.
 
Fonte: Alila Medical Media/Shutterstock.
 Figura 10. Ducto torácico.
Ducto linfático direito: É formado pelos troncos jugular direito, subclávio direito e
broncomediastinal direito e desemboca na junção subclavicular direita.
 
Fonte: Blamb/Shutterstock.
 Figura 11. Ducto linfático direito.
ENTENDENDO OS LINFONODOS
No trajeto linfático, existem grupos compactos de linfócitos encapsulados que possuem um
formato arredondado parecido com um caroço de feijão ou um rim. Um adulto possui cerca de
500 a 600 linfonodos. A maior parte deles localiza-se no tecido conjuntivo frouxo. A função dos
linfonodos é realizar a filtragem da linfa. Nos linfonodos também acontece a ativação e
liberação dos linfócitos T, que são células de defesa imunológica do corpo.
 
Fonte: ilusmedical/Shutterstock.
 Figura 12. Linfonodo.
 
Fonte: eveleen/Shutterstock.
 Figura 13. Localização dos linfonodos no corpo humano.
LINFA
Quando o líquido intersticial passa para dentro dos capilares linfáticos, ele recebe o nome de
linfa. Circulam no organismo humano cerca de dois a três litros de linfa por dia, podendo
chegar até 20 litros, dependendo da necessidade do corpo.
LINFA
Significa água clara e cristalina. Sua composição é de 96% de água e 4% de uma mistura
de sódio, potássio, cloreto, dióxido de carbono, glicose, enzimas etc.
FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO
AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO
SÃO: AGIR COMO DEFESA CONTRA SUBSTÂNCIAS
NOCIVAS (DEFESA IMUNOLÓGICA) E A RETIRAR
MACROMOLÉCULAS DO INTERSTÍCIO (FUNÇÃO DE
DRENAGEM).
Vias do sistema linfático
O sistema linfático possui um fluxo unidirecional com o objetivo de drenar o excesso de líquido
que fica no interstício celular. Toda linfa deságua no sistema venoso. Para garantir que isso
aconteça, os vasos linfáticos possuem filamentos de ancoragem que impedem o refluxo da
linfa, garantindo que este conteúdo retorne para o sistema venoso.
javascript:void(0)
 
Fonte: Designua/Shutterstock.
 Figura 14. Propulsão da linfa através dos vasos sanguíneos.
 
Fonte: Sakurra/Shutterstock.
 Figura 15. Vasos linfáticos e suas válvulas que garantem um fluxo unidirecional.
 
Fonte: mashabr/Shutterstock.
 Figura 16. Direções do fluxo na linfa no corpo humano.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O SISTEMA LINFÁTICO FUNCIONA COMO UMA VIA ACESSÓRIA ONDE
O LÍQUIDO PODE FLUIR DOS ESPAÇOS INTERSTICIAIS PARA O
SANGUE, CARREGANDO AS MACROMOLÉCULAS QUE O SISTEMA
VENOSO NÃO CONSEGUE RETORNAR PARA O CORAÇÃO. É UM
SISTEMA COMPLEXO FORMADO POR:
A) Órgãos linfoides, linfonodos, coração, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos
linfáticos.
B) Órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e
pâncreas.
C) Órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos
linfáticos.
D) Pulmões, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos
linfáticos.
E) Órgãos linfoides, linfonodos, estômago, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos
linfáticos.
2. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO SÃO:
A) Defesa imunológica e retirada de macromoléculas do interstício (função de massagem).
B) Proteção mecânica e retirada de macromoléculas do interstício (função de drenagem).
C) Defesa imunológica e retirada de macromoléculas do sistema arterial (função de drenagem).
D) Defesa imunológica e retirada de macromoléculas do interstício (função de drenagem).
E) Filtragem do sangue arterial e retirada de macromoléculas do interstício (função de
drenagem).
GABARITO
1. O sistema linfático funciona como uma via acessória onde o líquido pode fluir dos
espaços intersticiais para o sangue, carregando as macromoléculas que o sistema
venoso não consegue retornar para o coração. É um sistema complexo formado por:
A alternativa "C " está correta.
 
É a resposta correta porque os órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos,
capilares linfáticos e vasos linfáticos são as estruturas do sistema linfático.
2. As principais funções do sistema linfático são:
A alternativa "D " está correta.
 
A resposta para esta pergunta encontra-se no módulo I, tópico o sistema linfático. Como
sabemos, o sistema linfático é responsável pela defesa imunológica e drenagem das
macromoléculas no interstício celular, logo é essencial para a vida do ser humano, pois nos
protege de muitas doenças, já que os microrganismos patogênicos drenados pelo sistema
linfático são eliminados.
MÓDULO 2
 Reconhecer os tipos de edema e as principais patologias do sistema linfático
Após conhecer as estruturas do sistema linfático e seu funcionamento, vamos descobrir o que
ocorre quando este sistema não funciona adequadamente. Neste módulo, vamos aprender
quando acontece a formação de um edema, como identificar e classificar seus diferentes tipos,
estágios de desenvolvimento e as diferenças entre um edema e um linfedema.
Como entendemos no módulo anterior, o sistema linfático possui funções de defesa
imunológica e filtragem de líquidos. A drenagem dos líquidos é realizada através da dinâmica
dos fluidos que envolve duas pressões: a pressão hidrostática e a pressão oncótica.
Pressão hidrostática
Pressão responsável pela filtragem dos líquidos, permitindo a passagem do líquido do sistema
arterial para o espaço intersticial.

Pressão oncótica ou osmótica
Pressão responsável pela reabsorção dos líquidos, permitindo a passagem do líquido do
espaço intersticial para o sistema venoso e linfático.
O QUE É UM EDEMA?
Entenda como a dinâmica dos fluidos funciona: quando uma destas pressões (hidrostática ou
oncótica) não funciona corretamente dentro do corpo humano, o organismo sai do seu estado
de homeostase (equilíbrio) e passa a acumular o excesso de líquido, gerando o que chamamos
de edema.
O edema é um acúmulo patológico de líquidos, o resultado de um desequilíbrio que modifica os
contornos corporais, podendo surgir em todo o corpo (edema generalizado) ou em partes
(edema localizado), e pode se apresentar unilateralmente ou bilateralmente, podendo também
ser simétrico ou assimétrico.
Os tecidos se enchem de líquido, a pressão aumenta e a pele se distende gerando um
aumento do volume.
 
Fonte: rumruay/Shutterstock
 Figura 17. Pé normal e pé com edema.
TIPOS DE EDEMA
Existem edemas que aparecem ao final de um dia de trabalho, como pés e pernas inchados
após muitas horas em pé. Outros surgem após um trauma na região do corpo, além dos
edemas que são comuns em gestantes.
 COMENTÁRIO
Você deve estar se perguntando se todos os edemas têm a mesma causa e características
clínicas. A resposta é: existem diversos tipos de edema. Por isso, o profissional de estética
deverá aprendera realizar uma anamnese correta e completa, correlacionando o histórico de
vida de cada paciente aos sinais clínicos e reclamações apresentadas.
Vamos aprender sobre como realizar a avaliação de um edema:
 
Fonte: T VECTOR ICONS/shutterstock.
EDEMA VASCULAR
O edema de origem vascular acontece pelo aumento da pressão hidrostática ou diminuição da
pressão oncótica.
 
Fonte: Panchenko Vladimir/shutterstock.
EDEMA LINFÁTICO
O edema de origem linfática acontece por um defeito ou sobrecarga no sistema linfático.
 
Fonte: Krafted/shutterstock.
LINFEDEMAS
É o acúmulo de líquidos como resultado da redução da capacidade de transporte linfático por
causa de lesões nos vasos linfáticos ou linfonodos.
Existem dois tipos de linfedema: primário e secundário. Veja a diferença deles:
LINFEDEMA PRIMÁRIO
Ocorre quando surge uma lesão congênita do sistema linfático. Corresponde a 34% de todos
os linfedemas encontrados em pacientes, e estes indivíduos já nascem com uma pré-
disposição genética para uma lesão no sistema linfático.
 
Embora seja uma doença congênita ela só se manifesta ao nascimento em 3% dos casos. Os
outros 97% ocorrem ao longo da vida (durante o sexto ano de vida, durante a puberdade ou
durante o período de gravidez). São raras as situações do linfedema que se manifestam em
idosos.
 
Conheça as causas anatômicas do linfedema primário:
● Hiperplasia 
Neste caso, o indivíduo tem uma redução do desenvolvimento dos vasos linfáticos, que podem
ser muito estreitos ou em número reduzido.
● Linfangiectasia 
Acontece uma dilatação nos vasos linfáticos, que resulta na insuficiência valvular, uma vez que
o linfangion não consegue mais se fechar.
● Fibrose primária dos linfonodos 
Há uma falsa disposição dos linfonodos por ausência do amadurecimento embrionário, com as
correspondentes limitações do fluxo linfático que são normais.
LINFEDEMA SECUNDÁRIO
Surge quando o principal conjunto de vasos linfáticos e seus respectivos linfonodos estão
consideravelmente danificados, ou seja, o linfedema secundário é uma lesão do sistema
linfático adquirida. Corresponde a 66% de todos os linfedemas. Geralmente, estes linfedemas
estão condicionados às seguintes causas: após algum tipo de cirurgia, após radioterapia, após
traumas, após infecções, linfedema pós-inflamatório, linfedema por filariores (parasitas), tumor
maligno ou metástase.
SINTOMAS DE PACIENTES COM LINFEDEMAS
● Edema indolor que começa nas mãos ou nos pés e progride em direção ao tronco. 
● Sensação de braços ou pernas pesados. 
● O uso de anéis, relógios e roupas torna-se difícil, ficando estes muito apertados. 
● Pele lisa ou brilhante. 
● Marcas ou espessamento da pele quando pressionada. 
● Hiperqueratose. (quantidade anormal de queratina) 
● Pele com aspecto de casca de laranja. 
● Verrugosidades ou pequenas bolhas.
 
Fonte: Zay Nyi Nyi/Shutterstock.
 Figura 18. Linfedema de membro superior esquerdo após mastectomia.
ESTÁGIOS
Os linfedemas são classificados por estágios:
 
Fonte: Nikolaeva/Shutterstock.
ESTÁGIO 1
Linfedema geralmente reversível espontaneamente ou por terapia.

 
Fonte: Nikolaeva/Shutterstock.
ESTÁGIO 2
Linfedema com complicações leves. Apresenta sinal de Stemmer positivo e alterações
teciduais leves.

 
Fonte: Nikolaeva/Shutterstock.
ESTÁGIO 3
Linfedema com complicações graves, sinal de Stemmer positivo e alterações cutâneas
presentes, tais como: úlceras, erisipelas, eczemas, fístulas e micoses, verrugas e bolhas.
 ATENÇÃO
O sinal de Stemmer será explicado ainda neste módulo, na parte sobre a avaliação do edema.
Ainda não existe cura para o linfedema, mas, com o tratamento adequado, este se estabiliza.
Se não for tratado, haverá a piora do quadro e dos sintomas do paciente. Uma das técnicas
para o tratamento desta doença é a drenagem linfática manual, mas este serviço deve ser
realizado com o tratamento clínico e indicação médica.
DIAGNÓSTICO DO EDEMA
A avaliação de edema de membros superiores é mais simples que a dos membros inferiores,
uma vez que em MMII (membros inferiores) é mais comum aparecer edema e frequentemente
acontece a combinação de mais de um tipo de edema. Entretanto, na maioria dos casos,
conseguimos diagnosticar um edema por meio de uma boa anamnese e exame físico.
Como podemos avaliar um edema?
● Anamnese geral 
Nesta etapa, você deverá perguntar ao cliente sobre os seus sintomas, queixas e histórico
familiar de doenças preexistentes. Se existe alguém da família com este tipo de edema,
questione também sobre como surgiu o problema, o desenvolvimento da extensão do edema,
se a pessoa já fez ou faz algum tratamento e se faz uso de algum medicamento. Anote todos
estes dados na ficha de anamnese. Lembre-se de que, no caso da anamnese, quanto mais
informações, mais completa ela será, evitando possíveis erros de diagnóstico.
● Inspeção 
A inspeção de pacientes com edema de membros superiores deverá ser realizada com o
paciente sentado, e na inspeção de membros inferiores o paciente deverá ficar em pé. A região
edemaciada deverá ser inspecionada em toda a sua dimensão. O profissional deverá anotar a
coloração da pele e as lesões de pele, se houver, como por exemplo: cicatrizes, rugas, úlcera,
tumor e outros.
● Exame físico 
Aqui, haverá a etapa da palpação, o edema deverá ser tocado para se verificar sua extensão,
depressão, volume e se o paciente sente dor ao ser tocado.
MEDIÇÕES DA CIRCUNFERÊNCIA
Com o uso de fita métrica, o terapeuta realizará as medições dos pontos anatômicos onde o
edema está localizado.
MEMBROS SUPERIORES
Determina-se a linha dos cotovelos como o ponto inicial das medidas no braço. Neste
momento, transformarmos o braço do paciente num plano cartesiano (2 retas que possuem
apenas um ponto em comum, formando um ângulo de 90°) em que a linha dos cotovelos é o
ponto zero. As medidas superiores a esse ponto são determinadas como positivas e as
medidas inferiores são determinadas como negativas. Se então desejamos mensurar os pontos
a 5 cm e a 10 cm acima dos cotovelos, esses pontos serão descritos na ficha de avaliação
como + 5 cm e + 10 cm, respectivamente. Caso a medida a ser realizada esteja a 5 cm abaixo
dos cotovelos, por exemplo, esse ponto será descrito na ficha de anamnese como −5 cm.
 
Adaptado de: Lazuin/Shutterstock.
 Figura 20. Marcações para mensurar edema de membros superiores.
MEMBROS INFERIORES
Determina-se a região superior da patela como o ponto inicial das medidas de membros
inferiores. Neste momento, transformamos os membros inferiores num plano cartesiano (2
retas que possuem apenas um ponto em comum, formando um ângulo de 90°) em que a
região superior da patela é o ponto zero. Todas as medidas superiores a esse ponto são
determinadas como positivas e as medidas inferiores como negativas. Se então desejamos
mensurar os pontos a 5 cm e a 10 cm acima da região superior da patela, esses pontos serão
descritos na ficha de avaliação como + 5 cm e + 10 cm, respectivamente. Caso a medida a ser
realizada esteja a 5 cm abaixo da patela, por exemplo, esse ponto será descrito na ficha de
anamnese como −5 cm.
 
Adaptado de: Lazuin/Shutterstock.
 Figura 21. Marcações para mensurar edema de membros inferiores.
Alguns pacientes podem chegar ao consultório buscando a técnica de drenagem linfática
manual trazendo ao profissional de estética os resultados de exames laboratoriais, contudo é
de competência médica. 
 
Os exames laboratoriais que identificam as deficiências do sistema linfático são:
linfocintilografia, xerografia, microlinfangiografia fluorescente, ultrassonografia, tomografia
computadorizada, ressonância magnética e teste azul patente.
SINAL DE STEMMER
Trata-se de um teste para identificar um linfedema. O profissional de estética deverá puxar uma
prega da pele para cima e se esse ato se mostrar dificultado ou impossível, trata-se de um
"sinal de Stemmer positivo".
 
Fonte: UFMA.
 Figura 22. Como fazer o sinal de Stemmer.
SINALDE CACIFO
Este sinal é realizado para avaliar um edema. O profissional de estética faz uma pressão digital
sobre a pele por, pelo menos, cinco segundos. É considerado cacifo positivo se a depressão
formada não se desfizer imediatamente após a descompressão (após a retirada da pressão
digital).
 
Fonte: Toa55/Shutterstock.
 Figura 23. Sinal de cacifo positivo.
ENTENDENDO AS DIFERENÇAS ENTRE
EDEMA E LINFEDEMA
 
Fonte: tnkorn yangaun, futurewalk/Shutterstock.
O edema é o acúmulo anormal de líquidos nos espaços intercelulares ou em cavidades do
organismo. Macroscopicamente, o edema apresenta um aumento de volume dos tecidos, que
durante a palpação cedem facilmente à digito pressão, dando origem a uma depressão que
rapidamente desaparece.
Já o linfedema é uma doença causada por insuficiência do sistema linfático.
O sistema linfático das pessoas com linfedema possui uma disfunção, perdendo sua
capacidade de escoamento por destruição ou obstrução da via linfática em algum ponto do
trajeto linfático, ocasionando em estagnação da linfa no vaso, o que resulta em um edema
crônico, rico em proteínas de alto peso molecular. (ULRICH, 2006)
OUTROS TIPOS DE EDEMAS FISIOLÓGICOS
COM ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDOS
Existem edemas que se manifestam fisiologicamente, porém não necessitam de tratamento e
são fundamentalmente reversíveis.
Edema do calor
Quando a temperatura corporal aumenta, automaticamente os vasos cutâneos se dilatam e sua
permeabilidade também aumenta. Consequentemente, acontece uma maior filtração de fluido
sanguíneo, o que aumenta o volume dos membros. Este tipo de edema pode ser observado
em dias quentes, quando ficamos com anéis e sapatos apertados.
Edema cíclico pré-menstrual
Este tipo de edema ocorre em mulheres em idade fértil. Acontece um acúmulo de água,
podendo acarretar um aumento de peso corporal de até 600 gramas. Na maioria das vezes,
não é claramente visível para o profissional de estética, pois a paciente chega, ao máximo, a
apresentar uma depressão mínima nas pernas quando é feito o sinal de cacifo. Com o início do
período menstrual, acontece o escoamento do líquido e assim o edema desaparece
rapidamente.
Edema da gravidez
Este edema acontece pelas modificações fisiológicas e hormonais da gestação. O acúmulo de
água acontece pelos níveis elevados de estrogênio, pois este retém sódio e eleva a
permeabilidade capilar. Essa elevada reserva de água é necessária para garantir a troca
contínua de líquidos entre o feto e a mãe.
Edema de sobrecarga ortostática
Quando uma pessoa trabalha de 8 a 10 horas sentada, sem se mexer, ou quando realiza
viagens de longas horas de duração, seja de avião ou ônibus, este edema acontece nos
membros inferiores e é causado pela falta de atividade muscular, necessária para promover o
escoamento venoso e linfático. Este edema regride por meio de movimentações como
caminhar e quando colocamos as pernas em uma posição mais elevada, ajudando também na
circulação sanguínea.
Assista ao vídeo em que a especialista Priscila de Oliveira explica como acontece a formação
do edema. Ela também explica as diferenças entre edema venoso e linfático e como realizar a
inspeção e palpação.
A AVALIAÇÃO DO EDEMA
CONHECENDO AS PRINCIPAIS
PATOLOGIAS QUE ACOMETEM O SISTEMA
LINFÁTICO
São elas: lipoedema, linfoma, linfadenite, linfagite, filariose linfática ou elefantíase, linfangioma,
linfangiossarcoma.
LIPOEDEMA
É uma predisposição genética, causada pelo aumento exagerado do tecido adiposo nos
membros, de formato simétrico, causando dores nas mulheres. A origem do lipoedema é uma
combinação de permeabilidade capilar elevada e compressão mecânica das pequenas veias e
dos vasos linfáticos, em decorrência do aumento do volume das células adiposas. Quando
realizamos uma plicatura manual nestes pacientes estes referem dor à palpação, além de
possuírem tendência a ter hematomas por traumas leves na pele.
 
O lipoedema pode ser dividido nos seguintes estágios:
● Estágio I 
Apresenta pele em casca de laranja com nódulos finos na superfície. 
● Estágio II 
Pele com aspecto de colchão com nódulos grosseiros na superfície. 
● Estágio III 
Nódulos grosseiros e deformados
 
Observe na figura a seguir os estágios de um lipoedema de membros inferiores.
 
Fonte: Health Europa.
 Figura 24. Lipoedema em membros inferiores.
LINFOMA OU DOENÇA DE HODGKIN
O linfoma é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático. Lembremos que o sistema
linfático produz as células responsáveis pela imunidade. Este câncer tem a característica de se
espalhar de forma ordenada, de uma cadeia de linfonodos para outro grupo. A doença começa
quando um linfócito (célula de defesa do corpo), se transforma em uma célula maligna, com
capacidade de multiplicar-se descontroladamente e se espalhar pelo corpo.
 
A célula maligna começa a produzir nos linfonodos cópias idênticas, formando mais células
malignas. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos
próximos, e quando não tratados, se espalham para outras partes do corpo. A doença origina-
se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.
 
A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum entre adolescentes e
adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens
têm maior tendência para o aparecimento do linfoma de Hodgkin do que as mulheres (INCA,
2020).
 
Os sinais clínicos do linfoma incluem normalmente:
● Tosse e dificuldade para respirar. 
● Aumento de linfonodo(s), geralmente na região do pescoço, axilar ou inguinal. 
● Febre. 
● Fraqueza progressiva. 
● Sudorese noturna. 
● Perda de peso. 
● Dor no tórax ou abdome. 
● Aumento abdominal.
 
Com os avanços da medicina, os pacientes com linfoma de Hodgkin podem ser curados com o
tratamento disponível atualmente.
 
Fonte: Artemida-psy/Shutterstock.
 Figura 25. Demonstração do aumento dos gânglios linfáticos no linfoma.
LINFANGITE
É uma infecção aguda bacteriana (geralmente, causada por estreptococos, uma bactéria) dos
canais linfáticos periféricos. A linfangite acontece quando bactérias e vírus entram nas vias
linfáticas. Na inspeção é possível ver trajetos linfáticos avermelhados, sensíveis, irregulares e
quentes que se desenvolvem na extremidade, estendendo-se em direção aos linfonodos da
região acometida, que estão aumentados de tamanho e sensíveis.
 
Manifestações sistêmicas comuns aparecem: febre, taquicardia, crises de calafrios, cefaleia
etc. Podem ocorrer e ser mais intensas do que demonstram os achados cutâneos.
 
Fonte: TisforThan/Shutterstock.
 Figura 26. Linfangite se espalhando do polegar esquerdo até o punho.
 
Fonte: TisforThan/Shutterstock.
 Figura 27. - Linfangite causada por mordedura humana no braço direito.
Atenção: Observe nas imagens que é possível visualizar hiperemia no trajeto do sistema
linfático. Se aparecer algum paciente com lesões iguais às das fotografias anteriores, não faça
nenhum procedimento estético e encaminhe-o ao médico.
FILARIOSE LINFÁTICA (ELEFANTÍASE)
De acordo com o Ministério da Saúde, a filariose linfática (elefantíase) é uma doença causada
pela contaminação parasitária, a elefantíase. Se não tratada, pode causar problemas graves e
sequelas irreversíveis. Ela é provocada pelos parasitas Wuchereria bancrofti, Brugia malayi
e Brugia timori, sendo transmitida pelo mosquito contaminado.
 
As larvas obstruem vasos linfáticos, causando inflamações, quadros de linfangite e até mesmo
erisipela. Se não forem tratadas, podem se repetir várias vezes até levar a uma lesão definitiva
do vaso linfático, provocando edemas crônicos.
 
No Brasil, a elefantíase tem mais ocorrência nos estados de Pernambuco e Alagoas, ou seja,
ele se manifesta em locais mais quentes.
 
 
Fonte: Kateryna Kon/Shutterstock.
 Figura 28. Filariose linfática (elefantíase).
Concluindo, a melhor forma de prevenção é o combate tanto ao vetor,o mosquito, quanto às
suas larvas com a utilização de inseticidas e saneamento básico. Assim que forem percebidos
os sintomas da filariose, um médico deve ser consultado. Esta é uma doença grave que
necessita de tratamento clínico e medicamentoso para evitar a evolução da doença.
LINFANGIOMA
É uma má-formação da rede vascular linfática que resulta em um tumor benigno. Pode ocorrer
em qualquer órgão ou tecido, com maior incidência na região cervical, axila, mediastino, região
inguinal e retroperitônio. Pode causar deformidades, disfagia (dificuldade de engolir), disartria
(fala arrastada), disfonia (dificuldade de produção da voz) e favorecer infecções recorrentes. É
mais comumente observada em indivíduos do sexo masculino.
 
Apresenta-se como tumoração, normalmente assintomática. Necessita de tratamento clínico.
LINFANGIOSSARCOMA
Corresponde a um tumor maligno raro, que ocorre em casos de linfedema crônico, sendo
primário ou secundário. Pode acometer qualquer uma das extremidades, sendo mais comum
em membros superiores.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O LIPOEDEMA É CLASSIFICADO POR ESTÁGIOS. MARQUE A
ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE AO ESTÁGIO III:
A) Apresenta pele em casca de laranja com nódulos finos na superfície.
B) Apresenta pele em com nódulos grosseiros e deformados.
C) Apresenta pele com aspecto de colchão com nódulos grosseiros na superfície.
D) Não apresenta edema.
E) Apresenta pele macia, hidratada, sem alterações de relevo.
2. UMA MULHER RESIDENTE NO INTERIOR DE PERNAMBUCO, FOI
LEVADA A UM HOSPITAL POR SUA FILHA. O MÉDICO FEZ UMA
ANAMNESE E VERIFICOU UM EDEMA LINFÁTICO NOS MEMBROS
INFERIORES CRÔNICO. PREOCUPADA COM A POSSIBILIDADE DE
ADQUIRIR A MESMA DOENÇA, A FILHA PERGUNTOU AO MÉDICO COMO
É A PREVENÇÃO DESTA DOENÇA. MARQUE A ALTERNATIVA QUE
RESPONDE CORRETAMENTE A ESTA PERGUNTA.
A) A melhor forma de prevenção é o combate ao mosquito;, quanto às suas larvas com a
utilização de inseticidas e saneamento básico.
B) Realizar exames médicos de mensalmente para detectar precocemente a doença, já que se
trata de uma enfermidade hereditária.
C) Evitar contato com animais de zoológicos, uma vez que se trata de uma zoonose veiculada
por grandes mamíferos.
D) Evitar mergulhar em rios e lagoas da região, pois a doença é transmitida pela água
contaminada.
E) e) A melhor forma de prevenção é a vacinação.
GABARITO
1. O lipoedema é classificado por estágios. Marque a alternativa que corresponde ao
estágio III:
A alternativa "B " está correta.
 
A alternativa A está incorreta, pois estas são as características do estágio I. A alternativa C
está incorreta, pois estas são características do estágio II. A alternativa D está incorreta, pois
no nível III já existe edema e deformidades no membro acometido. A alternativa E está
incorreta, pois no nível III já existe edema e deformidades no membro acometido.
2. Uma mulher residente no interior de Pernambuco, foi levada a um hospital por sua
filha. O médico fez uma anamnese e verificou um edema linfático nos membros
inferiores crônico. Preocupada com a possibilidade de adquirir a mesma doença, a filha
perguntou ao médico como é a prevenção desta doença. Marque a alternativa que
responde corretamente a esta pergunta.
A alternativa "A " está correta.
 
A resposta B está incorreta, pois a filariose não é uma doença hereditária e sim transmitida por
um mosquito. A resposta C está incorreta, pois a doença não é transmitida por grandes
mamíferos, mas por um mosquito.
A resposta D está incorreta, pois a transmissão não acontece pela água e sim por um mosquito
contaminado.
A resposta E está incorreta, pois não existe ainda vacina contra filariose.
A resposta para esta pergunta está disponível no módulo III, no tópico filariose ou elefantíase.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após conhecer as estruturas, fisiologia, tipos de edemas e as doenças que acometem o
sistema linfático, ficará clara a importância de realizar uma anamnese detalhada.
Como nem todas as doenças são de atuação do esteticista, descrevemos em detalhes as
doenças que acometem o sistema linfático, a fim de realizar um diagnóstico estético adequado
ou realizar o encaminhamento ao profissional habilitado, neste caso, o médico.
Assim, algumas patologias necessitarão de liberação médica por escrito, por isso a importância
de realizar um trabalho multiprofissional, é importante respeitar os limites da atuação do
profissional de estética para garantir ética e segurança do paciente.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AZULAY, R. D; LUNA A. A. Dermatologia. 6. ed., rev. e atual. - [Reimpr.] - Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo:
Phorte, 2010.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Linfoma de
Hodgkin, 2020.
GODOY, M. D., GODOY, A. C., & GODOY, J. M. Drenagem Linfática Global. São José do Rio
Preto: Tsh, 2011.
HERPERTZ, Ulrich. Edema e Drenagem Linfática. 2. ed. São Paulo: Roca, 2006.
JUNQUEIRA, L. C; C., J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
KEDE, Maria Paulina Villarejo. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004.
LEDUC, A; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. São Paulo: Manole, 2000.
EXPLORE+
Saiba mais sobre a “Filariose Linfática (Elefantíase): causas, sintomas, tratamento,
diagnóstico e prevenção” através do site Saúde.gov, do Ministério da Saúde.
Para conhecer mais sobre os efeitos da drenagem linfática no tratamento de fibroedema
geloide leia o artigo: Efeito da Drenagem Linfática no Tratamento do Fibroedema
Geloide em Mulheres. disponível na revista eletrônica ID Online.
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a drenagem linfática no pós-parto, leia o
artigo Avaliação da drenagem linfática manual no pós-parto imediato. disponível na
edição eletrônica de Revista Científica de Enfermagem.
CONTEUDISTA
Priscila de Oliveira Souza
 CURRÍCULO LATTES
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