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Antropologia Conceito de saúde: definições que se transformaram, principalmente do contexto econômico-social. Segundo a OMS, é o estado de mais completo bem estar físico, mental e social. E não apenas a ausência de doença. · Modelo mágico-religioso ou xamanístico: Galeno; o conceito de doença é o resultado de transgressão à natureza individuais ou coletivas. E o conceito de saúde seria a religação com as divindades, com a natureza. Processos liderados pelos sacerdotes, feiticeiros ou xamãs. · Modelo empírico-racional (hipocrático): perspectiva histórica, bem primitiva, relacionada aos elementos da natureza, à esfera da experimentação: ampliado dentro do modelo Processual. Tentativa de encontrar explicações não sobrenaturais para as origens do universo e da vida. Hipócrates relação homem/meio, elementos água, terra, fogo e ar estavam subjacentes à explicação de saúde e doença. · Modelo Processual (história natural das doenças): acompanhamento do processo saúde-doença em sua regularidade, interrelações agentes causador-hospedeiro-doença-meio e o processo de desenvolvimento de uma doença. Ajuda a compreender métodos de prevenção e controle de doenças. · Método Holístico: equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o organismo. Um desequilíbrio desses elementos permitiria o aparecimento da doença: ambiente físico (astros, clima, insetos). · Modelo de medicina científica-ocidental (biomédico): O conceito de doença é o desajuste ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo (órgãos) ou ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto. · Modelo sistêmico: dialoga com o modelo xamanístico; perspectiva do homem x natureza, quando há um equilíbrio entre os dois tem saúde e desequilíbrio há a quebra. Contribuição de diferentes elementos do ecossistema no processo saúde-doença; visão unidimensional e fragmentária do modelo biomédico. A antropologia visa a saúde e a doença como fenômeno cultural; contribuições aos serviços públicos que podem auxiliar a construção de novas políticas públicas, mais eficazes e eficientes no atendimento aos usuários dos serviços de saúde. Discutir em sintonia com o SUS o processo de humanização do tratamento em saúde, trazendo ao centro do debate a questão humana/antropológica sobre a demanda e o acesso aos serviços públicos de saúde. A promoção da saúde representa em seus objetivos uma estratégia de enfrentar os múltiplos problemas de saúde que afetam as populações humanas. (LEAVELL E CLARK) A promoção de saúde representa o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo. Busca enfrentar múltiplos problemas de saúde que afetam as populações humanas. (CARTA DE OTTAWA, 1986) SAÚDE NAS CIÊNCIAS SOCIAIS · Levi-Strauss: corpo um todo coerente · Malinowski: cultura e costumes · Durkheim: estudos multiculturais · Maus: o corpo como sociocultural Os autores demonstram divergências na visão do cuidado com a saúde · Bordieu: permite interpretar os itinerários terapêuticos a partir do dialogo com categorias como raça, classe social e ocupação profissional · Augé: buscava através do saber antropológico desnaturalizar a demanda aos serviços de saúde, visto até então como mera relação racional baseada no viés econômico da oferta e procura. As procuras de cuidado estão interligadas a visões econômicas, sociais. · Bordieu: O corpo e a aparência saudável são um verdadeiro capital social. · Camargo: importante destacar que em relação à doença entende-se como um acontecimento individual, mas também familiar. SAÚDE INDÍGENA · A politica é uma das questões mais delicadas e problemáticas da política indigenista oficial · Sensíveis a enfermidades trazidas por não-indígenas e muitas vezes habitando regiões remotas e de difícil acesso, as populações indígenas são vitimas de doenças como malária, tuberculose, infecções respiratórias, hepatite, DSTs, entre outras. · A incidência de malária, tuberculose e DSTs tem avançado sobre povos indígenas de diferentes regiões do país, o que revela decadência do atendimento e o sucateamento da infraestrutura de saúde. · As lideranças reclamam da falta de microscópicos e lâminas, medicamentos, meios de transporte e combustível nos postos de atendimento no interior das Terras Indígenas
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