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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE _______, ESTADO DE ________.
Fulana de Tal, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº _____,
devidamente inscrita no CPF sob o nº _____, residente e domiciliada na Rua ______,
nº ______, Bairro _______, CEP: _______, Cidade _________, Estado __________,
com endereço eletrônico registrado como _______, por intermédio de seu advogado
que esta subscreve, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, propor a
presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em face de _______, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
___________, com sede na Rua _______, nº _____, Bairro ____, CEP: ____, Cidade
_____, Estado ______, com endereço eletrônico registrado como ________, pelos
motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
1. DOS FATOS
Em 00/00/0000, por volta das 00h00, a Autora, _____ discorra sobre os fatos ______
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2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
a) DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DA
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Em primeiro momento, importante ressaltar que não restam dúvidas da relação de
consumo entre as partes, pois essas se enquadram perfeitamente nos conceitos legais
de consumidor e fornecedor, nos termos dos artigos 2º e 3º, do Código de Defesa do
Consumidor.
Logo, aplicável o CDC ao presente caso, o qual preceitua, em seu artigo 6º, VIII, que:
"Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: (...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;" (grifos nossos).
Ao ser aplicado o CDC, fato é que estamos diante da situação disposta em seu
artigo 14, que menciona, in verbis:
"Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele
pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido."
Ou seja, trata-se aqui de uma responsabilidade civil objetiva, que independe de culpa
para sua caracterização.
Assim sendo, pleiteia a Autora pela incidência do Código de Defesa e inversão do
ônus da prova, por ser a parte mais vulnerável na relação de consumo.
b) DA NECESSÁRIA REPARAÇÃO MORAL - SITUAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO
E HUMILHAÇÃO QUE EXCEDE O MERO DISSABOR
Diante da situação narrada e dos documentos que acompanham a inicial, não restam
dúvidas acerca do dever de indenizar, pois a Autora foi gravemente humilhada e
constrangida na frente de cerca de 30 pessoas e de sua mãe, pessoa idosa, que
inclusive chegou a passar mal com o ocorrido.
A atitude da Ré acarreta nítida falha na prestação de serviços, causando um elevado
dano à consumidora, o que ultrapassa e MUITO as situações aceitáveis do cotidiano.
O Código Civil é bastante claro nos artigos 186 e 187 ao dispor, in verbis, que:
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito."
"Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes."
No caso em tela, a Autora foi acusada de um crime que não cometeu, tendo sua
imagem e honra abalados na frente de aproximadamente 30 pessoas. Inclusive, foi
obrigada a abrir a bolsa na frente da loja toda, sem que o alarme tivesse apitado
e sem que fosse levada a local reservado.
Como se não bastasse, a mãe da Autora quase desmaiou diante de sua pressão que
caiu pelo ocorrido e a loja nem ao menos ofereceu socorro e ainda debochou, dizendo
que esta "fingia estar passando mal", como pode ser escutado nas câmeras de
segurança com som que há no interior da loja Ré.
Ora, a Constituição Federal de 1988 é bastante clara ao tratar como direito
fundamental, a proteção do patrimônio moral, vejamos:
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)
V - e assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem;
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;"
De mais a mais, restam completamente configurados os requisitos da
responsabilidade civil, quais sejam:
i) Conduta da Ré: por ação, humilhou e constrangeu a Autora, sem qualquer
necessidade, fazendo com que sua imagem e honra ficassem abalados e sua mãe
passasse mal;
ii) Dano à Autora: ficou extremamente envergonhada e sua mãe chegou a passar mal
com a situação;
iii) Nexo de causalidade: foi em decorrência unicamente da Ré que a Autora passou
pela situação narrada;
iv) Culpa: embora se trate de responsabilidade civil objetiva, que independe de culpa,
a Ré agiu culposamente com a Autora.
Portanto, faz a Autora jus à indenização moral pelo ocorrido.
A Jurisprudência é pacífica ao adotar entendimento neste sentido, vejamos:
"EMENTA: EMBARGOS INFRINGENTES - ACUSAÇÃO DE FURTO - LOJA DE
DEPARTAMENTOS - ANGÚSTIA, VERGONHA E HUMILHAÇÃO - LESÃO À
PERSONALIDADE - DANOS MORAIS - EXISTENTES - COMPENSAÇÃO DE R$
7.240,00 - VALOR RAZOÁVEL. Encontram-se caracterizados os danos morais nos
casos em que há a comprovação de que a conduta dos funcionários de loja de
departamentos acusaram indevidamente a autora de ter praticado furto de
mercadorias, gerando-lhe angústia, vergonha e humilhação. É razoável o valor dos
danos morais arbitrados em R$ 7.240,00 para o caso concreto. (TJ-MG - EI:
10024131160905002 MG, Relator: Veiga de Oliveira, Data de Julgamento: 11/03/2016,
Data de Publicação: 15/04/2016)" . (grifos nossos).
"APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS MORAIS. ACUSAÇÃO DE
FURTO EM LOJA. REVISTA DE PERTENCES POR FUNCIONÁRIO.
CONSTRANGIMENTO E HUMILHAÇÃO. DANO MORAL CARACTERIZAÇÃO."
QUANTUM "INDENIZATÓRIO FIXADO COM MODERAÇÃO. VALOR MANTIDO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CONDENAÇÃO SOBRE O VALOR DA CAUSA.
EQUÍVOCO. HONORÁRIOS REFORMADOS PARA SEREM PAGOS COM BASE NO
VALOR DA CONDENAÇÃO. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. (Classe:
Apelação,Número do Processo: 0379925-37.2012.8.05.0001, Relator (a): Ilona Márcia
Reis, Quinta Câmara Cível, Publicado em: 14/07/2016 ) (TJ-BA - APL:
03799253720128050001, Relator: Ilona Márcia Reis, Quinta Câmara Cível, Data de
Publicação: 14/07/2016)". (grifos nossos).
Assim sendo, faz jus à Autora à reparação moral pelo ocorrido, em, no mínimo, R$
7.000,00 (sete mil reais),conforme julgados acima.
3. DA JUSTIÇA GRATUITA
A Autora é pessoa pobre na acepção jurídica do termo. Inclusive, mantém sua família
alimentada com o salário de R$ 1.100,00 que recebe mensalmente do emprego de
empregada doméstica, sendo parte deste dinheiro (R$ 500,00), destinado ao
pagamento de aluguel.
Assim, não possui condições financeiras de arcar com o pagamento das custas e
despesas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família. Diante disto,
o artigo 98 do Código de Processo Civil é bem claro que:
"Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei."
Além do mais, junta a Autora, neste ato, declaração de hipossuficiência e comprovante
de renda, conforme determinação do artigo 99 do Código de Processo Civil, para fazer
jus à gratuidade processual:
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá
ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por
pessoa natural.
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de
gratuidade da justiça."
Portanto, requer a Autora o deferimento da justiça gratuita, com base nos artigos
acima e no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal de 1988, que garante o acesso de
todos à justiça.
4. DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer a este Juízo:
1. A concessão da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 do Código de Processo
Civil, por ser a Autora pessoa pobre na acepção jurídica do termo e não possuir
condições de arcar com o pagamento das custas e despesas processuais sem
prejuízo de seu sustento e de sua família;
2. A total procedência da ação para que seja a Ré condenada ao pagamento de
indenização por danos morais de, no mínimo, R$ 7.000,00 (sete mil reais);
3. A condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios a serem fixados
com base no artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil.
4. Seja a Ré citada para, querendo, apresentar contestação no prazo legal;
5. A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a testemunhal e o
depoimento pessoal do representante da Ré;
6. Manifesta-se interesse na audiência de conciliação.
Dá-se à causa o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).
.
.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Cidade _____, data ______
Nome da Advogada - OAB/UF
___________________________________

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