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Tratamento de Doenças Parasitárias

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Antiprotozoários
Malária
- Esporozoitos vão para o fígado
- Há formação de esquizontes hepáticos
- Liberação de formas livres no sangue (merozoítos), que terminam o ciclo nos 
eritrócitos
O ciclo eritrocítico varia de acordo com a espécie. Malária terçã: vivax, ovale e 
normalmente falciparum. Malária quartã: malariae.
Quando acontece a hemólise existe a possibilidade de liberação de gametócitos, que 
podem aparecer na circulação periférica e contaminar um mosquito a partir da picada, 
permitindo que o ciclo seja iniciado novamente.
Ciclo exo-eritrocítico: embora uma parcela dos esporozoítos infecte o hepatócio, outra 
parcela se torna dormente, permitindo uma reserva de protozoário que se torna 
dormente/latente e pode causar recaídas.
Antimaláricos
4 alvos: para quimioprofilaxia, para cura radical, para tratar crises agudas e para 
prevenir a transmissão.
Por interferência do metabolismo do ácido fólico
- Inibidores da síntese do folato: análogo do PABA (competição) -> esquizonticida 
eritrocítico
- Inibidores da síntese de tetrahidrofolato: análogo do folato -> esquizonticida 
eritrocítico
O sinergismo entre esses fármacos é muito efetivo para malária e toxoplasmose.
Bloqueio da produção de energia do protozoário (ação mitocondrial)
- Análogo da ubiquinona, prejudicando a respiração celular
Causam inibição da cadeia transportadora de elétrons. Utilizados em quimioprofilaxia 
ou casos resistentes.
Sinergismo supra-aditivo com proguanil.
Efetivo em Toxoplasma spp.
Antifúngico em Pneumocystis spp.
Inibição da heme-polimerase
Uso da hemoglobina pelo protozoário, degradando-a para usar a parte proteica como 
fonte de aminoácidos.
Acúmulo de heme, que é tóxico para o plasmódio, e causa lise celular (estresse 
oxidativo).
Quinolinas e arilamino-álcoois.
- Quinina: esquizonticida eritrocítico, usado principalmente em casos de resistência à 
cloroquina (P. falciparum). Pode causar depressão cardíaca.
- Cloroquina: esquizonticida eritrocítico, usado para amebíase hepática invasiva, efeitos 
anti-inflamatórios. Maior acúmulo no parasito dentro do vacúolo digestivo 
(aprisionamento iônico).
- Primaquina: esquizonticida hepático (pré e exo-eritrocítico). Efeito gameticida (impede 
a transmissão para um mosquito que não está contaminado). Acúmulo de radicais 
livres no fígado, que pode matar as formas dormentes do parasito. Contraindicação: 
deficiência genética de G6P-desidrogenase.
- Mefloquina: esquizonticida eritrocítico
- Lumefantrina: esquizonticida eritrocítico. Usada sempre em combinação com 
artemisinas, para reduzir chances de resistência.
Inibição da ATPase dependente de Ca2+
Artemisinas (são endoperóxidos).
Esquizonticida eritrocítico e efeito gameticida.
Eficiente em P. falciparum resistente, só sendo usados em situações severas.
Cura rápida e toxicidade baixa.
Meia vida muito baixa, então é usada sempre associada a outro fármaco (geralmente 
Lumefantrina) e não é usada para quimioprofilaxia.
Pode ser usado por via endovenosa (é mais polar).
Tripanossomíase americana (Chagas)
Fármacos sem seletividade no ciclo de vida.
- Agentes nitro-heterocíclicos: ação oxidante. Ação em tripomastigotas e amastigotas. 
Pode causar supressão da medula óssea, sendo tóxico.
Tripanossomíase africana (doença do sono)
Fase inicial (hemolinfática): pentamidina, suramina
Fase nervosa: fármacos de estrutura mais simples e mais tóxicos (arsênio). 
Melarsoprol, eflortinina.
Leishmaniose
Fármacos insuficientes para formas diferentes da doença.
Agentes antimoniais pentavalentes
Lesão oxidativa (perda de antioxidantes naturais do protozoário). 
Usados para leishmaniose visceral e tegumentar.
Necessariamente usados por via injetável (parenteral).
Fármaco: Glucantime.
Miltefosina
Efeito antitumoral (citotóxico), fragmentação do DNA e apoptose usado em algumas 
condições para tratar o câncer.
Pode ser usado por via oral e tem tempo de meia vida maior.

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