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QUESTÃO 1: O Setor de Vigilância Epidemiológica do SUS foi notificado da ocorrência de um surto de gastroenterite algumas horas depois de um almoço de confraternização dos sócios de um clube de serviço. Os técnicos realizaram a investigação epidemiológica e coletaram os seguintes dados. Total de pessoas presentes na festa: 54. Alimentos suspeitos: frango e salada de verduras. Adoeceram Não adoeceram TOTAL Comeram Frango 9 23 32 Não comeram frango 7 15 22 TOTAL 16 38 54 Adoeceram Não adoeceram TOTAL Comeram salada 20 20 40 Não comeram salada 2 12 14 TOTAL 22 32 54 a. Calcule os riscos relativos de adoecer em relação ao frango e à salada. Frango Salada Ie :9/32=0,28 Ie:20/40=0,5 Ie-: 7/22=0,31 Ie-: 2/14=0,14 RR Frango: 0,28/0,31=0,90 RR:0,5/0,14=3,57 b. Qual o alimento possivelmente responsável? Por quê? O alimento possivelmente responsável pela gastroenterite é a salada pois ele obteve um risco relativo maior que 1 e o frango obteve risco relativo menor que 1. Sendo assim as pessoas que ingeriram a salada tem 3,57 vezes mais chance de gastroenterite do que as pessoas que não ingeriram salada. c.Que tipo de estudo epidemiológico foi realizado nesta investigação? O estudo realizado nesta investigação foi um estudo de coorte retrospectiva QUESTÃO 2:Em 1995 foi realizado um estudo na localidade de Serrano, município de Cururupu, Maranhão. Os pesquisadores realizaram exame de fezes em uma amostra de 294 pessoas, representativa da população. Interrogaram, também sobre a freqüência do contato com águas naturais e obtiveram os seguintes resultados: FREQÜÊNCIA EXAME DE FEZES DOS CONTATOS Positivo Negativo TOTAL Risco Não 3 59 62 Esporádica 17 71 88 Diária ou Semanal 51 93 144 TOTAL 71 223 294 a. Que tipo de estudo foi realizado? Estudo transversal b. Qual a medida de risco a ser calculada neste estudo? Como é um estudo transversal não é possível calcular a incidência diretamente. Portanto a medida de frequência possível de calcular neste estudo é a prevalência, e a medida de associação que deve ser calculada é a ODDS. c. Calcule o risco segundo níveis de frequência de contatos. Exposição geral Pe:68/232=0,28 – 28% Pe-:3/62=0,04- 4% Prevalência geral: 71/294=0,24 – 24% Razão da prevalência: 20%/4%= 5- prevalência relativa OR: 68x59/164x3=8,15 Expostos esporadicamente Pe: 17/88=0,19 – 19% Pe-:3/62= 4% Prevalencia geral: 71/294 Razão da prevalência: 19%/4%=4,75 prevalencia relativa OR: 17X59/3X71=4,70 Expostos Diario ou semanal Pe:51/144=35% Pe-:3/62=4% Prevalencia geral: 71/294 Razão da prevalência: 35%/4%=8,75 de prevalência relativa OR: 51X59/3X93: 10,78 d. Há associação entre frequência dos contatos com águas naturais e esquistossomose? Sim, pois o Odds foi maior que 1 resultando que pessoas que tiveram contato com águas naturais independente da quantidade de exposição elas possuem 8 vezes mais chance de desenvolver esquistossomose do que aquelas pessoas que não possuem nenhum contato com a água. Já em pessoas com exposição esporádica apresentam 4,7 mais chance de esquistossomose do que as pessoas não expostas. As pessoas que são expostas diariamente ou semanalmente tem 10,78 mais chances de desenvolver esquistossomose do que aquelas não expostas a água. a. Esta associação é causal? Não pois como é um estudo trasnversal que a medida de frequência é a prevalência onde a mesma mede risco e exposição ao mesmo tempo, nao é possivel definir uma associação de causalidade. QUESTÃO 3:Um grupo de pesquisa conduziu um estudo para investigar a frequência de hepatite C na população e fatores de risco associados. Numa amostra aleatória multiestágio e de conglomerados, foram selecionados todos os moradores de 250 domicílios selecionados em cidades da região Centro-Oeste. Ao todo, 1.150 moradores foram selecionados; cada um deles foi entrevistado e, simultaneamente, foi coletada uma amostra de sangue para sorologia (procedimento padrão de detecção de antecedente de hepatite C). Um dos fatores inquiridos foi o antecedente de uso de drogas injetáveis (UDI) sendo que apenas 60 indivíduos referiam tal antecedente. Os resultados da sorologia revelaram que 12 pessoas eram soropositivas sendo que 6 delas pertenciam aos UDI. a. Qual é o tipo de estudo? Transversal b. Quais são as medidas de frequência e associação? Como não é possível calcular a incidência diretamente, portanto a medida de frequência possível de calcular neste estudo é a prevalência, e a medida de associação que deve ser calculada é a ODDS c. Elabore uma tabela 2x2 e faça os cálculos pertinentes. Doentes Não doentes Total Expostos 6 54 60 Não expostos 6 1084 1090 Total 12 1138 1150 Pe: 6/60=0,1 – 10% Pe-: 6/1090= 0,005 -0,5% Prevalência geral : 12/1150=0,01- 1% Razão de prevalência: 10%/0,5%= 20- prevalência relativa OR:6X1084/6X54=20,07 d.Interprete o resultado É possível chegar a conclusão com os cálculos anteriores que pessoas que fazem o uso de drogas injetáveis tem 20 vezes mais chances de contrair hepatite C do que pessoas que não fazem o uso de drogas injetáveis. Notou-se que a prevalência entre o grupo exposto (pessoas que com antecedentes de UDI) é de 10 % da população analisada. QUESTÃO 4:No Japão, a incidência de Aids é muito baixa. À diferença da República Popular da China, a prática da acupuntura pode ser realizada por qualquer pessoa leiga tornando os padrões de qualidade terapêutica, de assepsia e antissepsia, muito variáveis. Pesquisadores de um grande hospital de referência queriam saber se tais práticas constituem um fator de risco para a Aids no Japão. Com esse objetivo, eles selecionaram 20 casos confirmados de Aids diagnosticados nos últimos 8 meses e referidos a esse centro. À medida que os pacientes iam sendo incluídos no estudo, foram selecionadas duas pessoas sadias para cada doente, da mesma faixa etária e sexo, moradores da mesma rua dos doentes. Dos 20 doentes com Aids, 11 referiam antecedente de tratamentos com acupuntura praticada por leigos nos últimos 10 anos. Dentre as pessoas sadias, tal antecedente era relatado por 15. a. Qual é o tipo de estudo? Caso controle b. Quais são as medidas de frequência e associação? Como não é possível calcular a incidência diretamente, portanto a medida de frequência possível de calcular neste estudo é a prevalência, e a medida de associação que deve ser calculada é a ODDS c. Elabore uma tabela 2x2 e faça os cálculos pertinentes. Casos Controles Total Expostos 11 15 26 Não expostos 9 25 34 Total 20 40 60 Pe: 11/26=0,42- 42% Pe-: 9/34=0,26- 26% Prevalência geral: 20/60=0,33- 33% Razão da prevalência: 42%/26%= 1,61 prevalência relativa OR: 11X25/15X9= 2,03 d. Interprete o resultado. Com os cálculos anteriores podemos chegar a conclusão que pessoas que fazem o uso de técnicas de acupuntura praticada por leigos tem uma chance 2 vezes maior de contrair Aids do que pessoas que não fazem o uso da técnica. É possível notar também que a prevalência entre as pessoas expostas é de 42%. QUESTÃO 5:Diversos estudos têm encontrado que, aproximadamente, 85% dos casos de câncer de pulmão são devidos ao tabagismo. Essa medida é um exemplo de: a. Uma taxa de incidência b. Um risco atribuível c. Um risco relativo d. Um risco de prevalência
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