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Lesbofobia: Preconceito e Luta por Direitos

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LESBOFOBIA
Lesbofobia: Termo pouco conhecido, utilizado para designar a fobia por lésbicas assegurando seus direitos e para distinguir da homofobia.
Sabe-se que durante um tempo as relações entre mulheres não eram reconhecidas pela sociedade e judicialmente existiam poucos/raros casos, era raro e até estranho pensar que uma mulher tivesse algo que pudesse atrais ou manter o desejo sexual por outra mulher.
Esse ato de negar a sexualidade da mulher desde o inicio dos tempos já se encaixa no cenário hierarquizado de superioridade do homem, porque a relação entre dois homens não era aceita, mas era reconhecida e discutida pela sociedade, ao contrario das mulheres que por muito tempo foi invisibilizada. 
Não é nem um pouco fácil ou confortável você viver em uma sociedade padronizada e heteronormativa e ser tido como o “diferente”. Assim se sentem as pessoas LGBT’s. Falando especificamente e das lésbicas, muitas mulheres negam sua sexualidade para poder ter um emprego e ser aceita socialmente. Algumas são obrigadas a casar-se logo jovem para negar sua sexualidade e são infelizes, outras recebem o chamado “estrupo coletivo” para deixar de ser lésbica entre tantas outras agressões sejam elas físicas ou psicológicas que as mulheres sofrem para ter que negar sua orientação sexual e ser bem aceita na sociedade. 
No Brasil as políticas públicas de proteção a mulher não asseguram os direitos as mulheres lésbicas pois, as delegacias da mulher não são preparadas para atende-las e não dão assistência necessária a elas, e por fim acabam transferindo esses casos que deveriam ser resolvidos por lá mesmo a delegacia de direitos humanos. 
Não é de conhecimento da sociedade, mas a lei 11.340/06, Lei Maria da Penha também abrange casais de lésbicas e qualquer agressão contra mulher que não seja entre casais, isso assegura todos os direitos as mulheres e mulheres lésbicas principalmente que sofrem preconceito por serem mulheres e lésbicas, e um fator de caráter dominante está também na cor da pele se for negra e lésbica o preconceito é ainda maior. Essa informação sobre a Lei Maria da Penha é mais transmitida entre a comunidade LGBT, do que com a sociedade em geral. São poucas as pessoas que sabem sobre este quesito. 
Quando se trata do quesito saúde pública para lésbicas a situação é ainda mais complicada, pois os profissionais de saúde em sua formação passam por cima dessa questão que é a sexualidade feminina logo não são preparados para atende-las e acabam constrangendo a paciente de forma preconceituosa na maioria dos casos fazendo com que a paciente deixe de procurar ajuda médica. Essa falta de preparação dos profissionais de saúde também acaba por não mostrar que elas estão vulneráveis a doenças, e essa falta de informação e ajuda médica leva a morte de muitas mulheres por doenças sexualmente transmissíveis. Ainda dentro desse âmbito da saúde pública, pelo fato de a sexualidade feminina ser tão invisibilizada e os profissionais de saúde serem tão carentes desse assunto a falta de informação como campanhas de prevenção de DST’s destinada ao público lésbico faz com que muitas nem se alertem que precisam de acompanhamento médico assim como qualquer outra mulher e termina tendo sua saúde prejudicada e em muitos casos sua vida interrompida por falta de acompanhamento médico. 
Muitas mulheres decidem ter uma relação conjugal não oficial (sem papel passado), vivem juntas por muito tempo, caso uma delas venha a falecer a outra não tem direito a nenhum bem que lhe pertence, isso não acontece com um casal hétero que se for comprovado que eles viviam juntos a mulher ou vice-versa pode recorrer e ter direito aos bens dele (a). Dessa forma podemos observar que o casal homossexual não tem tão fácil assim seus direitos assegurados. 
O termo lesbofobia foi criado para diferenciar o preconceito que as mulheres lésbicas sofrem dos homossexuais. Pois sim, o preconceito é diferente, estamos tratando de mulheres que por muito tempo na sociedade foi menosprezada, subjugada, inferiorizada, entre tantas formas de humilhação que passa. Com muita luta dos movimentos feministas a mulher vem a duros passos conquistando seu lugar na sociedade, mas se tratando da sua sexualidade tudo ainda é tabu. O menino desde cedo é ensinado, instigado a se tocar, a conhecer seu corpo, e a mulher não. Na sexualidade o prazer da mulher sempre é deixado para segundo plano, pois o homem vem em primeiro lugar em tudo na sociedade. Por muito tempo a relação entre duas mulheres não era se que pensada, mas ela existia, estava ali presente, mas era negada. 
Tudo isso citado acima desde a invisibilidade da sexualidade feminina até a falta de acesso a saúde pública para as lésbicas entre tantas outras coisas são violências geradas contra as lésbicas a chamada lesbofobia. Todos os dias milhares de mulheres são estupradas, espancadas, aprisionadas, mortas e sofrem pressões psicológicas, moral etc. simplesmente porque gostam de outra mulher ou mesmo por ser o que são mulheres querendo a sua independência e igualdade. Quantas vidas precisarão ser ceifadas para que medidas sejam tomadas, porque por mais que a sociedade queira fechar os olhos para esse público as violências geradas contra eles só crescem. Precisa-se de medidas efetivas que faça valer a lei para acabar com tanta violência. 
Falta na sociedade um pouco mais de discernimento nas coisas, entender que por mais que a população LGBT esteja unida não se pode coloca-la no mesmo barco, pois cada um sofre um preconceito diferente e as lésbicas por se tratar de mulheres sofrem um preconceito a parte e se forem negras é ainda pior. Então é necessário informação e respeito acima de tudo para que possamos viver em uma sociedade de paz e sem preconceito.

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