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TCC BURNOUT E SUPORTE SOCIAL EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: UM ESTUDO CORRELACIONAL

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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS LTDA FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS - FIP
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
MARIA DE FÁTIMA LIMA DE LACERDA
BURNOUT E SUPORTE SOCIAL EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: UM ESTUDO CORRELACIONAL
PATOS
2019
MARIA DE FÁTIMA LIMA DE LACERDA
BURNOUT E SUPORTE SOCIAL EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: UM ESTUDO CORRELACIONAL 
Artigo apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Psicologia pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP)
Orientadora: Profa. Jucirleia F. de Medeiros Chaves
	
PATOS
2019
MARIA DE FÁTIMA LIMA DE LACERDA
BURNOUT E SUPORTE SOCIAL EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: UM ESTUDO CORRELACIONAL 
Trabalho apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Psicologia pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP)
Orientadora: Profa. Jucirleia F. de Medeiros Chaves
Aprovado em: ______/________/________
__________________________________________________ 
Me. Jucirleia F. de Medeiros Chaves (Orientadora)
__________________________________________________
 Drª. Débora Nadja de Medeiros Viana (Examinadora 2)
__________________________________________________
Me. Denise Reinaldo Pereira Ramos (Examinadora 3)
PATOS – PB
2019
Ao meu pai, Geraldo de Lima (in memorian). Mesmo com sua ausência física, sempre esteve presente em meu coração, tornando-me mais forte e capaz, ao lembrar-me dos seus preceitos.
AGRADECIMENTOS
Ao finalizar este percurso tão importante da minha vida gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que tiveram presentes e me apoiaram nesta trajetória e que, direta ou indiretamente, tornaram possível a concretização deste trabalho.
Assim, primeiramente gostaria de agradecer imensamente a Deus, pois sem ele nada disso seria permitido. A ele toda minha gratidão e honra por esta conquista. 
Em seguida, o meu mais profundo agradecimento a toda minha família, em especial a minha mãe Gevalda Lacerda e minha avó materna Maria do Carmo, pelo apoio incondicional, seu cuidado e sua dedicação. Sem dúvidas, o apoio de vocês foram um alento e um incentivo ao meu crescimento pessoal e profissional.
Da mesma forma, agradeço especialmente ao meu esposo e companheiro Fagner José, sem ele esta trajetória teria sido muito mais árdua e difícil de trilhar. 
Jamais poderia deixar de agradecer também aos meus filhos Camilly e Gustavo, os quais sempre foram um grande suporte, acreditaram nos meus sonhos, me transmitiram força, ânimo e confiança em mim própria. 
Ainda, um agradecimento singular aos meus irmãos Gláucia, Glauco, e Geraldo Júnior pela cumplicidade, parceria, amor e carinho depositados, a importância de vocês na minha vida é imensa.
Agradeço profundamente à Professora Jucirleia, minha orientadora, pelo acolhimento e orientação em fases de maiores dificuldades, por compreender meus limites e, ao mesmo tempo, me impulsionar a superá-los, pela partilha de saberes, e disponibilidade que sempre demonstrou. 
Meus sinceros agradecimentos também à Professora Denise por aceitar o convite. És uma pessoa admirável, uma excelente professora, não só pelo conhecimento, mas pela sua sensibilidade e carisma. 
Agradeço igualmente a Professora Débora Nadja que também fez parte do meu crescimento acadêmico, me ajudou a transpor algumas barreiras, e acreditou sempre no meu potencial. 
Não poderia deixar de mencionar e agradecer também as minhas colegas e amigas Maria Rita, Hérica Dayane e Larissa Ferreira pelos momentos de convivência permeados de cumplicidade, compreensão e por todo amor e generosidade a mim dedicados.
Por fim, agradeço a todos meus colegas que me acolheram, e estiveram comigo nos momentos difíceis e felizes da graduação, vou levá-los sempre no meu coração com muito amor e carinho. 
“Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano. Sempre que alguém descobre esse poder, algo antes considerado impossível se torna realidade”.
(Albert Einstein)
RESUMO
A princípio, o foco das pesquisas sobre Síndrome de Burnout (SB) direcionava-se apenas aos trabalhadores da área de assistência social, docentes e profissionais de saúde. Contudo, nos últimos anos, os estudos sobre a Síndrome de Burnout (SB) passaram a abranger trabalhadores de todas as classes profissionais, bem como estudantes em formação, que também são submetidos a fatores estressantes e intenso contato interpessoal. O suporte social, nesse contexto, pode atuar como um amortizador do Burnout, a partir do apoio mútuo entre os estudantes, colaborando para um ambiente acadêmico mais saudável. Nesse sentido, o objetivo principal desse estudo foi avaliar se existe diferença nas dimensões da SB em estudantes de Psicologia blocados e desblocados, bem como analisar sua relação com o suporte social percebido. O estudo foi do tipo exploratório descritivo com delineamento quantitativo, tendo como amostra 50 estudantes blocados e 50 desblocados do curso de Psicologia de uma faculdade privada do sertão paraibano, que responderam a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e o Maslach Burnout Inventory – Student Survey (MBI-SS), além de um questionário sociodemográfico. Os resultados apontaram diferença estatisticamente significativa quanto ao suporte social percebido entre blocados e desblocados, sendo que no fator intimidade (IN) os alunos blocados obtiveram uma média maior (M=3,27; p=0,05) e no fator “Satisfação com a família”, os desblocados obtiveram média mais elevada (M=3,99; p=0,01). Em relação as dimensões de Burnout, os alunos desblocados apresentaram uma média mais elevada (M=3,05; p=0,06) no fator Exaustão Emocional. O fator mais predito pelo Suporte Social foi à Eficácia Profissional. Julga-se relevante o fomento de ações que venham a prevenir a Síndrome de Burnout no ambiente acadêmico, bem como investir na promoção de saúde mental nesse contexto.
Palavras-chave: Burnout. Estudantes de Psicologia. Suporte Social. 
	
	ABSTRACT
At first, the focus of research on Burnout Syndrome (SB) was directed only to workers in the area of ​​social assistance, teachers and health professionals. However, in recent years, studies on Burnout Syndrome (SB) have come to encompass workers of all professional classes, as well as students in training, who are also subjected to stressors and intense interpersonal contact. Social support, in this context, can act as a burnout repurposer, from mutual support among students, contributing to a healthier academic environment. In this sense, the main objective of this study was to evaluate if there is a difference in SB dimensions in blocked and out - of - class Psychology students, as well as to analyze their relationship with perceived social support. The study was of descriptive exploratory type with a quantitative design, having as sample 50 students blocked and 50 dislocated from the Psychology course 
of a private college in the Sertão Paraíba, who answered the Social Support Satisfaction Scale (ESSS) and the Maslach Burnout Inventory - Student Survey (MBI-SS ), as well as a sociodemographic questionnaire. The results indicated a statistically significant difference in perceived social support between bloated and dislocated students, and in the intimacy factor (IN), the blocked students obtained a higher mean (M = 3.27, p = 0.05) and in the factor "Satisfaction with the family ", the unemployed had a higher average (M = 3.99, p = 0.01). Regarding the dimensions of Burnout, the dislocated students had a higher mean (M = 3.05, p = 0.06) in the Emotional Exhaustion factor. The most predicted factor for Social Support was the Professional Effectiveness. It is considered relevant to promote actions that will prevent Burnout Syndrome in the academic environment, as well as to invest in the promotion of mental health in this context.
	
Keywords: Burnout. Students of Psychology. Social Support.
LISTA DE TABELASTabela 1. Distribuição dos dados sociodemográficos............................................................21
Tabela 2. Distribuição dos dados sociodemográficos da amostra.........................................22
Tabela 3. Média; Desvio Padrão; Variação e Consistência Interna (alfa de Cronbach) das dimensões do Suporte Social...................................................................................................23
Tabela 4. Média; Desvio Padrão; Variação e Consistência Interna (alfa de Cronbach) das dimensões da Escala de Burnout.............................................................................................24
Tabela 5. Níveis de Burnout conforme ponto médio da escal...............................................24
Tabela 6. Matriz de correlação entre os fatores das escalas...................................................25
Tabela 7. Média da Escala de Burnout e Escala de suporte social relacionada à situação acadêmica................................................................................................................................26
SUMÁRIO
1 Introdução.................................................................................................................12
2 Método ......................................................................................................................18
2.1 Delineamento..........................................................................................................18
2.2 Participantes...........................................................................................................19
2.3 Instrumentos...........................................................................................................19
2.4 Procedimentos........................................................................................................20
2.5 Tabulação dos Dados.............................................................................................20
3 Resultados e Discussão.............................................................................................21
4 Considerações Finais................................................................................................27
Referências...................................................................................................................28
Apêndices 
Anexos
		
6 
 
1 Introdução 
Em meados da década de 1970, os estudos acerca da Síndrome de Burnout (SB) começaram a tomar uma maior proporção, através de pesquisa conduzida pelo médico psiquiatra Freudenberguer, na qual foi constatada, em um grupo de jovens voluntários e idealistas que propiciavam assistência aos usuários de substâncias psicoativas, emoções como intolerância, desmotivação e desumanização em relação aos pacientes, frente à objeção de adesão ao tratamento (Ferreira, 2012). 
Freudenberger (1974) foi conceituado o precursor que determinou a síndrome como uma condição e não como um processo. Para ele, a Síndrome de Brunout é decorrente de um trabalho excessivo realizado pela pessoa, o qual não contempla suas necessidades. Assim a síndrome é estabelecida conforme o padrão de tarefa laborativa, no entanto, seu progresso é instigado por peculiaridades subjetivas do trabalhador. 
Burnout é um vocábulo de origem inglesa, constituído pela expressão Burn, que tem significado de “queimar” e Out que tem sentido de “fora”, “exterior”. Comumente, diz respeito aquilo que esgotou por ausência total de energia. Sobreposto às pessoas, refere a algo ou alguém que atingiu seu limite e, por falta de vigor, torna-se impossibilitado de desempenho anatômico ou psíquico (Ramos, 2015). 
Maslash e Jackson (1981) abordaram que a Síndrome de Burnout surge em decorrência de uma discrepância entre a condição do trabalho e a natureza do indivíduo que o executa. A exaustão apresentada pelos trabalhadores seria um problema do contexto laboral sucedido pela irregularidade na disposição do trabalho. Estes ainda propõem como fatores desencadeantes para o Burnout, a redundância de tarefas laborativas, o descontrole no ambiente ocupacional, a ausência de remuneração, a falta de união entre os cooperadores, a supressão de isonomia, ao mesmo tempo em que a imparcialidade de gestores e colegas para assentir o direito de cada um, de modo correspondente, e divergência de princípios no ambiente laboral. 
Desse modo, o desenvolvimento do estudo realizado por Maslach e Jackson (1981) foi, em seguida, reconhecido como o fundamento da teoria, assim incitando investigações acerca de distintas ocupações, inclusive em estudantes em formação. Nesse sentido, os autores classificaram a Síndrome de Burnout em três categorias: Exaustão emocional, Despersonalização e Perda da realização pessoal. 
Na perspectiva psicossociológica, o termo Burnout é definido por Maslach e Jackson (1981) como uma exaustão física e psíquica que ocasiona perda de interesse para o trabalho, podendo progredir, incluindo a manifestação de alta frustração. Para descrever a síndrome, foram constatados três fatores: Exaustão Emocional (EE), entendida como o estresse individual decorrente da alta exigência no trabalho; Despersonalização (DE), que designa a dimensão interpessoal do Burnout, através de comportamentos frios e negativos por parte do indivíduo afetado para com colegas de trabalho; e reduzida Realização Profissional (RP), referindo-se à condição autoavaliativa do sujeito, que passa a se sentir improdutivo. 
A princípio, o foco das pesquisas sobre Burnout direcionava-se aos trabalhadores da área de assistência social, docentes e profissionais de saúde. Nos últimos anos, houve uma mudança nesse cenário: os estudos sobre a SB passaram a abranger trabalhadores de todas as classes profissionais, bem como estudantes em formação, que também são submetidos a fatores estressantes e intenso contato interpessoal (Lopes & Guimarães, 2016). 
Atualmente, o conceito de Burnout vem sendo ampliado para outros contextos, levando em consideração que a primeira concepção desta síndrome estava diretamente ligada apenas a profissionais que atuavam em contextos voltados para área da saúde e da educação. A Síndrome de Burnout passou a ser estudada em diversas profissões e também em estudantes em formação que, por sua vez, estão concomitantemente expostos a fatores estressores em diversos sentidos (Nishi, Silva, Araújo, Santos, Bernardes, & Morais, 2016). 
Relacionado a isto, o estudo de Schaufeli, Martinez, Pinto, Salanova e Bakker (2002, citados por Carlotto & Câmara, 2006), emergiu com o propósito de trazer uma nova perspectiva avaliativa, em que foi possível ampliar e adaptar o conceito de Burnout para estudantes. O ponto de partida destes autores resultou na efetiva reformulação do instrumento MBIGS que era utilizado para avaliar Burnout em várias categorias de trabalhadores. Essa reformulação fez surgir à elaboração de um novo instrumento, o MBI-SS, formulado para avaliar Burnout especificamente em estudantes, contemplando essa categoria pré-ocupacional. 
Com isso, as reformulações expõem-se da seguinte maneira: no que diz respeito à dimensão de “Exaustão Emocional” (EE), referente ao esgotamento emocional, que neste caso dá-se como consequência da exacerbação das demandas dos estudos, já a “Despersonalização” vem a ser “Descrença” (DE) e está ligada a uma atitude negativa em relação aos estudos e “Reduzida Realização Profissional” passa a ser “Baixa Eficácia Profissional” que vem a ser a percepção que o aluno tem de si, bem como a emergência do sentimento de incompetência em relação ao seu papel na sociedade como estudante (Mota, Farias, Silva, & Folle, 2017).
Ainda nesta perspectiva acadêmica, Tarnowski e Carlotto (2007) ressalta que a Síndrome de Burnout está nitidamente enraizada durante a formação do estudante de psicologia, explanando que esta área pode vivenciar momentos de ansiedade pela carga emocional que o próprio curso propicia. Inicia com as leituras técnicas e estudos de caso em sala, e conclui com o enfrentamentode pôr em prática o que foi estudado durante o último estágio do curso, o contato com o paciente pode influenciar no aumento de sintomas ansiosos pela exigência em acatar uma postura profissional neste instante final, bem como, existem ainda fatores que podem acarretar angústias e conflitos, associados à história de vida de cada um. 
No contexto acadêmico, estudantes encontram em sua formação múltiplos obstáculos, que são possíveis causadores de estresse e exaustão emocional. Os agentes estressores podem estar relacionados ao próprio ambiente de disputas e divergências entre colegas de classe, à inexistência de momentos de lazer ou a insegurança quanto ao futuro profissional (Nishi et al., 2016). 
Em sua trajetória na Universidade, o aluno pode estar blocado ou desblocado. A primeira nomenclatura se refere a alunos que estão cursando todas as disciplinas ofertadas naquele período exato. Ademais, os desblocados são alunos que, por algum motivo, não conseguiram concluir alguma disciplina, tendo assim que cursá-la novamente. Estes últimos, por cursarem disciplinas em diferentes turmas, podem ter mais dificuldade de se integrar aos colegas e de perceber suporte social (Rebouças, 2016). 
Destarte, é importante ressaltar a relevância do suporte social o qual pode atuar como fator protetivo ao Burnout, favorecendo a relação e o apoio mútuo entre os estudantes, colaborando para a adaptação ao ambiente acadêmico e o convívio interpessoal. O suporte social, ao propiciar o bem-estar das interações sociais e o provimento de subsídios favoráveis para nortear os estudantes nas suas atividades acadêmicas, coopera para a diminuição de inseguranças em ocasiões de condicionalidade, abrandando os impactos estressores e da Síndrome de Burnout (Andrade, Hoch, Vieira, & Rodrigues 2012). 
A literatura explana que a conceitualização de suporte social precisou passar por algumas reformulações ao longo do tempo, e que foi procedendo de forma gradual, levando em consideração que a mesma era inicialmente compreendida como um recurso que auxilia o indivíduo no enfrentamento e na adaptação ás mudanças, bem como, os proteger ao longo das transições e ciclos de vida, este pode ainda gerar efeitos benéficos na saúde integral das pessoas (Ramos, 2015).
A literatura ressalta que Cobb (1976) foi um dos primeiros autores a frisar a importância do suporte social, ao mesmo tempo, trazendo este suporte como sendo auxiliador na conservação de comportamentos de aderência a tratamentos de saúde, bem como, auxiliando no enfrentamento de mudanças que podem ocorrer ao longo da vida sendo eles, muitas vezes, vivências de processos do luto, gerenciamentos de crises, consequências do envelhecimento, desemprego, situações catastróficas. É capaz ainda de moderar os efeitos negativos que o estresse cotidiano ocasiona. Está ainda ligado diretamente à saúde, é relevante para o desenvolvimento das pessoas e é viabilizado pelos membros da família e pelas interações sociais em geral. 
Diante disso, o suporte social apresenta três dimensões, a saber: instrumental, informacional e emocional. Estas podem ser classificadas em duas categorias tais como: suporte emocional (afetivo) e suporte prático (caráter utilitário). A primeira relaciona-se ao sentimento de apreço, de pertença a um grupo e de confiabilidade, e é notada como demonstração de afeto, empatia, zelo e solicitude para com o outro. Já a segunda abarca o suporte instrumental e o suporte informacional, os quais proporcionam as pessoas sensação de proteção e calmaria pelo apoio e informações recebidos de terceiros que as auxiliem na resolução de problemas (Siqueira, 2008). 
Ainda nesta concepção, é possível concluir que no momento em que os estudantes ingressarem no ensino superior, consequentemente irá reestruturar sua rede de suporte social, encontrará novos colegas na universidade, que o levará a adquirir maior independência dos familiares. Conclui-se ainda que a transição para o ensino superior possa resultar no abarcar de efeitos sociais positivos, porém, deve-se ainda considerar que a inserção de alguns estudantes pode ser deturbada, desencadeando nestes um sentimento legítimo de solidão, pelo fato de ter havido uma ruptura do sistema de suporte social anteriormente firmado. (Bernardon, Babb, Hakim-Larson, & Gragg, 2011). 
Com isso, os autores Hefner e Eisenberg (2009) realizaram um estudo sobre a percepção de suporte social e a saúde mental de estudantes universitários e chegaram à conclusão de estudantes com declínio na questão do suporte social estão mais propensas a desenvolver problema de saúde mental e algumas dificuldades especificas. Foi demonstrado também neste estudo que a percepção de suporte social foi negativa e esteve sempre ligada as medidas de saúde mental, e desta a que mais se destacou foi a depressão. Contudo, tanto o suporte estrutural quanto o funcional foram independentemente associados a boa saúde mental. 
O suporte social e o desenvolvimento do Burnout em estudantes do ensino superior também parecem estar relacionados, como mostra o estudo de Yang e Farn (2005), em que a percepção do suporte destacou-se como uma das variáveis preditoras do desenvolvimento de Burnout em estudantes. 
 	Rigg, Day e Adler (2013) ressalvam acerca da percepção do suporte social no contexto familiar, que se apresentou de maneira positiva em relação aos comportamentos de comprometimentos, já em se tratando da percepção do suporte social concernente a figura do orientador ocasionou um impacto negativo nos indícios de esgotamento emocional. Assim, discentes que compreendem maior suporte por parte dos familiares e do âmbito acadêmico irão consequentemente empenhar-se mais em seus estudos, contudo, os que percebem mais suporte do orientador experienciam menos sintomas de exaustão.
Diante desse contexto, emergiram as seguintes questões de pesquisa: será que há diferença entre alunos blocados e desblocados quanto à percepção de suporte social e à prevalência de Burnout? Como se relacionam as dimensões da SB e os fatores de suporte social? 
O interesse pelo referido problema de pesquisa surgiu a partir de estudos e vivências em disciplinas no decorrer do curso de Psicologia, a partir das quais se pôde observar constantes queixas dos alunos desblocados sobre a integração com os demais alunos blocados. Em pesquisa realizada no Google acadêmico com os descritores “burnout”, “estudantes de psicologia” e “suporte social” foram encontrados poucos artigos abordando o tema. Assim, verificou-se que são escassos estudos brasileiros relacionando esses construtos no contexto acadêmico. Desse modo, esta pesquisa proporcionará uma contribuição relevante para o campo cientifico. 
Nesse sentido, o objetivo principal do estudo foi avaliar se existe diferença nas dimensões da Síndrome de Burnout em estudantes de Psicologia blocados e desblocados, bem como analisar sua relação com o suporte social percebido. Como objetivos específicos, buscou-se identificar os níveis de Burnout nos estudantes a partir de suas três dimensões constituintes: Exaustão Emocional (EE), Eficácia Profissional (EP) e Descrença (DE); analisar a percepção dos estudantes quanto ao suporte social no ambiente acadêmico, considerando os fatores: instrumental, informacional e emocional; e caracterizar a amostra sociodemograficamente. 
Acredita-se que conhecer a relação entre Burnout e suporte social permite vislumbrar melhores estratégias de prevenção à síndrome no âmbito universitário. A relação aluno e ambiente acadêmico precisa promover a integridade emocional do discente, resguardando a saúde mental do discente e, consequentemente, sua atuação enquanto futuro profissional (Dórea, 2007). 
Método
2.1 Delineamento
A pesquisa foi do tipo transversal, exploratório, com abordagem quantitativa. De acordo com Fontelles, Simões, Farias e Fontelles (2009) a pesquisa transversal é concretizada em um curto intervalo de tempo, em um estabelecido momento, isto é, em uma condição no tempo, assim como agora, hoje. Em relação à pesquisa exploratória, esta tempor intuito um contato inicial do pesquisador com a temática, a fim de deixá-lo mais habituado com os fatos e fenômenos concernente a problemática a ser estudado. No tocante à pesquisa de cunho quantitativo, seu objetivo é trabalhar com variáveis evidenciadas perante a forma de dados numéricos e utilizando minuciosos recursos e técnicas estatísticas para categorizá-los e analisá-los, especificamente a porcentagem, a média, o desvio padrão, o coeficiente de correlação e as regressões, entre outros. 
2.2 Participantes
A amostra se caracterizou por ser não-probabilística de conveniência. Assim, participaram desta pesquisa 100 estudantes do Curso de Psicologia de uma faculdade privada do sertão paraibano, sendo 50 alunos blocados do turno noite e 50 desblocados do turno manhã e noite. 
2.3 Instrumentos 
 	Utilizou-se na coleta de dados os instrumentos descritos abaixo: 
A Escala de Satisfação como o Suporte Social-ESSS, que foi construída para medir a satisfação com o suporte social existente, assumindo, como defendem Wethingson e Kessler (1986), que as medidas de percepção de suporte social explicam melhor a saúde do que as de suporte social tangível. Selecionaram-se 20 itens que refletissem a satisfação dos indivíduos com a sua vida social, nomeadamente com a que têm com os atores sociais com quem interagem, tais como familiares e amigos, e com as atividades sociais que desenvolvem. A versão final da ESSS é constituída por 15 frases que são apresentadas para autopreenchimento, como um conjunto de afirmações. O sujeito deve assinalar o grau em que concorda com a afirmação (se ela se aplica a ele), numa escala de Likert com cinco posições, “concordo totalmente”, “concordo na maior parte”, “não concordo nem discordo”, “discordo a maior parte”, e “discordo totalmente”. 
Assim como o Inventário Maslach Burnout Inventory - Student Survey, em sua versão adaptada, por Schaufeli, Leiter, Maslach, e Jackson (1996), que é composto por 15 questões auto-aplicáveis por meio de uma escala Likert, variando de 0 a 6, onde 0 corresponde a Nunca, 1 corresponde a uma vez ao ano ou menos, 2 corresponde a uma vez no mês ou menos, 3 corresponde a algumas vezes ao mês, 4 uma vez por semana, 5 algumas vezes por semana e 6 corresponde a todos os dias (Carlotto et al., 2006). De acordo com os autores o instrumento encontra-se separado por três partes, em que exaustão emocional abrange 05 itens, despersonalização agrupa 04 itens e eficácia profissional 06 itens. 
Por fim, foi utilizado um questionário sociodemográfico com as seguintes questões: sexo, idade, estado civil, classe social, e escolaridade que apresenta questões como: a maior parte do tempo você estudou em escola pública ou privada, em que semestre você ingressou no curso, você é blocado (a) ou desblocado (a), caso esteja blocado (a), em que período está, faz parte de algum programa de crédito educativo, se sim, qual, antes desse curso já chegou a cursar outra faculdade. 
2.4 Procedimentos 
Antes da realização da pesquisa, o presente projeto passou pela análise do Comitê de Ética, das Faculdades Integradas de Patos. A referida pesquisa foi realizada após autorização da coordenação do curso de Psicologia, levando em consideração os aspectos éticos que envolvem as pesquisas com seres humanos, de acordo com a Resolução nº 510/2016, expedida pelo Conselho Nacional de Saúde (Brasil, 2012). Tal instrumento normativo assegura os direitos e deveres que dizem respeito à ética na pesquisa com seres humanos. E, na presente pesquisa, estão resguardados pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que enfatiza a liberdade de escolha e de desistência sem qualquer prejuízo, além do sigilo nas informações e do anonimato quanto aos sujeitos envolvidos. 
Após a anuência da coordenação do curso e disponibilização de lista com os nomes dos alunos desblocados, estes foram localizados, sendo a coleta realizada em sala, com tempo de aplicação de 20 minutos. Os blocados foram escolhidos aleatoriamente em sala, sendo cinco alunos de cada período que se disponibilizassem.
2.5 Tabulação dos dados 
Para a tabulação e análise dos dados, utilizou-se a versão 21 do PASW (Predictive Analytics Software), para calcular as estatísticas descritivas (medidas de tendência central e dispersão, distribuição de frequência), principalmente para caracterizar a amostra estudada. Foram aplicados testes (Pearson, Anova, entre outros, conforme distribuição da normalidade dos dados) para verificar a relação às dimensões da Síndrome de Burnout e os fatores de suporte social, considerando a possível diferença entre estudantes de Psicologia blocados e desblocados.
3 Resultados e Discussão
		A amostra foi caracterizada por 100 sujeitos ao total, com a média de idade de 24,5 (DP= 6,32) (tabela 1), sendo 88% (n=88). Em relação ao estado civil dos entrevistados, 77% (n=77) são solteiros. Com base na classe social, 75% (n=75) fazem parte da classe média.
Tabela 1. Distribuição dos dados sociodemográficos. 
	Estado Civil
	Solteiros
	Casados
	Divorciados
	
	
	
	
	
	77%
	20%
	3%
	
	
	
	
	Sexo
	Feminino
	Masculino
	
	
	
	
	
	
	88%
	12%
	
	
	
	
	
	Classe Social
	Baixa
	Média
	Alta
	
	
	
	
	
	23%
	75%
	2%
Dados do pesquisador: 2019
Os dados supracitados evidenciaram a prevalência do sexo feminino entre os participantes da pesquisa, com isso fica claro que continua a Psicologia como uma escolha profissional majoritariamente feminina. Estes dados confirmam um estudo concretizado por Yamamoto, Falcão, e Seixas (2011), cujos dados, com relação ao sexo, indicaram a ampla predominância de mulheres (84,1%), confirmando a qualificação da Psicologia como uma profissão feminina. 
	De acordo com a tabela 2, 68% (n=68) dos participantes estudaram em escola pública e 32% (n=32) em escola privada. 50% (n=50). 44% (n=44) afirmaram já ter pensado em desistir do curso em algum momento e 56% (n=56) afirmaram não pensar na desistência. 27% (n=27) já estudaram em outra faculdade e 73% (n=73) nunca ingressou em outro curso. 53% (n=53) da amostra possui algum financiamento estudantil, sendo a maioria FIES (40%; n=40) e 47% (n=47) não possui nenhum financiamento. 
Tabela 2. Distribuição dos dados sociodemográficos da amostra.
	Escola
	Pública
	Privada
	
	68%
	32%
	Situação acadêmica
	Blocados
	Desblocados
	
	50%
	50%
	Desistência do curso
	SIM
	NÃO
	
	44%
	56%
	Outra faculdade
	SIM
	NÃO
	
	27%
	73%
	Financiamento estudantil
	SIM
	NÃO
	
	53%
	47%
Dados do pesquisador: 2019.
Os dados mostraram que a maioria dos participantes da pesquisa veio de instituições públicas, isso significa que se antes os estudantes que chegavam a uma universidade eram mais estudantes que vinham de ensino particular, essa realidade vem mudando, inclusive devido às politicas de incentivo ao aluno, como é o caso do FIES, do ProUni, do Sisu, entre outros, os quais permitem que o aluno de classe economicamente desfavorável ingresse em um curso superior. 
Em conformidade com esses achados, uma pesquisa realizada por Cunha, Silva, Plantullo e Paiva (2014), ratificou que na última década ocorreu um considerável progresso no ensino superior, público e privado do Brasil e, que certamente, isso resultou do conjunto de intervenções e programas de políticas públicas de incentivo ao aumento do número de estudantes na cadeia produtiva do campo educacional do país.
No que concerne aos pensamentos de desistência do curso, isto se justifica pelo fato que muitas vezes esses estudantes trabalham e estudam, pelas dificuldades financeiras, e até mesmo por ter que se deslocar de uma cidade para outra a qual está localizada a Faculdade. Nesse sentido, Terribili Filho (2007) destaca que o estudante de curso superior que trabalha e estuda, geralmente, sai do seu local de trabalho diretamente para universidade, desse modo, chega exausto para a concretização das atividades acadêmicas. Essa realidade de locomover-se de um local a outro, por diversas vezes se torna bastante cansativo, o que pode ocasionar desgaste físico e emocional, e ainda desmotivação, sobretudo naquelaspessoas que realizam essa rotina cotidianamente.
Quanto ao suporte social na amostra, a tabela 3 abaixo descreve a média e desvio padrão dos quatro fatores da Escala de Suporte Social são eles: Satisfação com amizades (SA); Intimidade (IN); Satisfação com a família (SF) e Atividades Sociais (AS). O primeiro fator “SA” obteve M=3,56 (DP=,681); o segundo fator “IN” obteve M=3,16 (DP= ,575); o terceiro fator “SF” obteve M=3,71 (DP=1,099); o quarto e último fator “AS” obteve M=3,26 (DP= 1,081). 
Tabela 3. Média; Desvio Padrão; Variação e Consistência Interna (alfa de Cronbach) das dimensões do Suporte Social.
	
	Satisfação com amizades
	Intimidade
	Satisfação com a família
	Atividades Sociais
	Média
	3,56
	3,16
	3,71
	3,26
	Desvio Padrão
Alfa de Cronbach
	0,68
0,42
	,575
-0,40
	1,099
0,84
	1,081
0,69
Dados do pesquisador: 2019.
Em relação às médias dos fatores do Suporte Social na amostra estudada, a análise descritiva permitiu verificar que o fator Satisfação com a Família apresentou a maior média do instrumento, assinalando a percepção dos estudantes em ter com quem podem contar se em alguma circunstância necessitarem.
		Compete ressaltar que em relação ao desenvolvimento de critérios de Suporte Social, Siqueira (2008) assevera a existência de objeções para chegar a resultados consensuais, em razão dos distintos pontos de vistas de Suporte Social que asseguram os parâmetros existentes, ora analisam o suporte a nível estrutural relacionado à rede e ao número de pessoas que se vinculam ao indivíduo, ora mensuram o suporte a nível funcional referente à percepção do sujeito em ter pessoas as quais tenham apoio caso precise e ao grau de satisfação do individuo com o suporte.
		Com relação à Síndrome de Burnout, a tabela 4 abaixo descreve a média e desvio padrão dos três fatores da escala de Burnout são eles: Exaustão Emocional (EE), Eficácia Profissional (EP) e Descrença (D). O primeiro fator “EE” obteve M=2,82 (DP=1,28); o segundo fator “EP” obteve M=4,43 (DP= ,841); e o terceiro e último fator “D” obteve M=1,86 (DP=1,288).
Tabela 4. Média; Desvio Padrão; Variação e Consistência Interna (alfa de Cronbach) das dimensões da Escala de Burnout.
	
	Exaustão emocional
	Eficácia profissional
	Descrença
	Média
	2,82
	4,43
	1,86
	Desvio Padrão
Alfa de Crobach
	1,281
0,83
	,841
0,73
	1,288
0,72
Dados do pesquisador: 2019.
Concernente às médias dos fatores do Burnout na amostra pesquisada foi constatado um índice baixo em Exaustão emocional, baixo em Descrença e alto em Eficácia profissional. Contudo, a SB apresenta um caráter processual, podendo estar sendo contido pelo sentimento de Eficácia profissional, devido ao maior percentual.
Para identificar os níveis de Burnout, utilizou-se como pontos de corte o ponto médio da escola, conforme sugerido por Shiron (1989). Ou seja, os indivíduos que apresentam os sintomas com frequência igual ou superior a "uma vez por semana" desenvolveram os sintomas característicos do Burnout. Através desse método, considera-se que apresentaram elevado nível de Burnout os indivíduos que se posicionaram igual ou acima do ponto médio 4 (uma vez por semana) da escala de Likert.
Tabela 5. Níveis de Burnout conforme ponto médio da escala
	Fatores de burnout
	Média
<4
	Frequência
%
	Média
≥4
	Frequência
%
	Exaustão Emocional
	74
	74,7
	25
	25,3
	Eficácia Profissional
	32
	32,0
	68
	68,0
	Descrença
	93
	93,0
	7
	7,0
Dados do pesquisador: 2019.
Com base na tabela acima descrita, pode-se observar que os resultados apontaram uma prevalência de 25,3 (n=25) de estudantes que apresentam elevada Exaustão Emocional (EE); 32% (n=32), que apresentaram reduzida Eficácia Profissional (EP) e 7% (n=7) que pontuaram elevadas médias de Descrença (DE). 
Realizando uma correlação de Pearson (r) entre as duas escalas utilizadas na presente pesquisa, pode-se visualizar correlações estatisticamente significativas entre os seguintes fatores: Satisfação com amizade e Eficácia profissional (r=0,30; p<0,01); Intimidade e Eficácia profissional (r=0,23; p<0,01); Satisfação com a família e Eficácia profissional (r=0,33; p<0,01); Satisfação com a família e Descrença (r= -0,23; p<0,05); Atividades sociais e Exaustão emocional (r=0,26; p<0,05); Atividades sociais e Descrença (r=0,22; p<0,05, Tabela 6). 
Os correlatos apontam que quanto menor a Satisfação com a Família, maior a Descrença, quanto maior a Percepção Social em relação às Atividades Sociais, maior será a Exaustão Emocional. Quanto maior a Percepção de Satisfação com Amizade, maior a Eficácia Profissional, bem como quanto maior a Percepção da Intimida, maior a Eficácia Profissional, e quanto maior a Satisfação com a Família, maior a Eficácia Profissional. Diante disso, observa-se que o fator mais predito pelo Suporte Social foi à Eficácia Profissional. 
	Tabela 6. Matriz de correlação entre os fatores das escalas.
	
	 Escala Burnout
	Fatores SS
	EE
	EP
	D
	Satisfação com amizade
	-
	0,30*
	-
	Intimidade
	-
	0,23**
	-
	Satisfação com a família
	-
	0,33*
	-0,23***
	Atividades Sociais
	0,26*
	 -
	0,22***
*p=0,00 **p=0,01 ***p=0,02
	Fica evidente, com base nesses achados, que o suporte social está intimamente relacionado a níveis mais baixos de burnout, corroborando o preconizado por Koniarek e Dudek (1996), segundo o qual, maior satifação com amizade foi associado a níveis mais baixos de descrença e níveis mais altos de Eficácia Profisional. Segundo Gore (1981), o suporte social atua fortemente como um moderador entre eventos de vida estressantes e sintomas físicos ou psicologicos. 
		A tabela 7 abaixo descrita traz a média da variável “Situação acadêmica” relacionando as escalas de Burnout e Suporte Social. Pode-se visualizar que no fator intimidade (IN) os alunos blocados obtiveram uma média maior (M=3,27; p=0,05); quanto ao fator “Satisfação com a família” os alunos desblocados obtiveram uma média mais elevada (M=3,99; p=0,01); por fim, sobre o fator da escala de burnout, denominado “Exaustão Emocional” (EE), os alunos desblocados apresentaram uma média mais elevada (M=3,05; p=0,06). 
Tabela 7. Média da Escala de Burnout e Escala de suporte social relacionada à situação acadêmica.
	
	Situação
	
	Fatores 
	Blocado
	Desblocado
	
	
	
	Satisfação com amizade
	-
	-
	Intimidade
	3,27***
	3,05***
	Satisfação com a família
	3,44**
	3,99**
	Atividades Sociais
	-
	-
	Exaustão emocional
	 2,58*
	 3,05*
	Eficácia profissional
	-
	-
	Descrença
	-
	-
*p=0,06; **p=0,01; ***p=0,05
As informações acima citadas corroboram com uma das hipóteses inicias do estudo, a qual afirma que Acadêmicos de Psicologia desblocados apresentam maior Exaustão Emocional do que os colegas blocados. Possivelmente, isso se explique pelo fato dos alunos desblocados cursarem disciplinas em diferentes períodos, e isso possa funcionar como dificultador para o fortalecimento da intimidade, bem como um incitador para eclosão de Exaustão Emocional. No entanto, foi possível observar que os alunos desblocados afirmaram ter maior Satisfação com a família.
4 Considerações Finais
O presente estudo teve como objetivo principal avaliar se existe diferença nas dimensões da Síndrome de Burnout em estudantes de Psicologia blocados e desblocados, bem como analisar sua relação com o suporte social percebido. Pretendeu-se adicionalmente identificar os níveis de Burnout nos estudantes a partir de suas três dimensões constituintes: Exaustão Emocional (EE), Eficácia Profissional (EP) e Descrença (DE); analisar a percepção dos estudantes quanto ao suporte social no ambiente acadêmico, considerando os fatores: instrumental, informacional e emocional; e caracterizar a amostra sociodemograficamente. Em relação aos objetivos mencionados, foram todos atendidos de forma concisa, de maneira que os resultados apresentados evidenciam isso.
É importante destacar que esta pesquisa, do mesmo modo que todos os estudos científicos não está isenta de limitações. Uma dessas relaciona-se à delineação da pesquisa correlacional, sendo que por meio desta não se pode assegurarrelação de causa efeito, assim tornando isso limitado a estudos experimentais. Outra limitação refere-se à amostra ser não probabilística, com isso não podemos generalizar resultados com precisão estatística. Contudo, estas limitações não anulam a colaboração dos resultados obtidos pela referida pesquisa, propiciando indícios científicos e contribuindo para o desenvolvimento de ações sociais, acadêmicas e científicas para a prevenção da Síndrome de Burnout, bem como possibilitando uma maior compreensão acerca da importância do suporte social, assim melhorando a qualidade de vida e o rendimento acadêmico dos estudantes. 
Destarte, sugere-se novas pesquisas a respeito da Síndrome de Burnout e sua relação com o suporte social percebido, para que se possa ampliar as evidencias referentes a problemática do Burnout e a relevância que o suporte social pode assumir no bem-estar físico e emocional não só dos estudantes, mas das pessoas em geral. 
Referências
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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO 
 
 
1. Sexo: ( ) feminino ( ) masculino ( ) 
 
2. Idade: ____ 
 
3. Estado Civil: 
 
( ) solteiro (a) ( ) casado (a) ( ) viúvo (a) ( ) divorciado (a) 
 
4. Escolaridade: 
 
A maior parte do tempo você estudou em escola: 
 
( ) Pública ou ( ) Privada 
 
Em que semestre você ingressou no curso? _____ 
 
Você é: 
 
( ) Blocado (a) ou ( ) Desblocado (a) 
 
Caso esteja blocado (a), em que período está? ________ 
 
Faz parte de algum programa de crédito educativo? Se sim, qual? 
 
( ) Fies ( ) Prouni ( ) Pravaler ( ) Outros 
 
Antes desse curso já chegou a cursar outra faculdade? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
5. Em comparação com as pessoas do seu país, você diria que sua família é: 
 
( ) Classe baixa ( ) Classe média ( ) Classe alta 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
Você está sendo convidada/o a participar da pesquisa intitulada “BURNOUT E SUPORTE SOCIAL EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: UM ESTUDO CORRELACIONAL” de autoria de Maria de Fátima Lima de Lacerda e orientada pela Profa. Jucirleia Ferreira de Medeiros Chaves. 
O objetivo geral desta investigação é avaliar se existe diferença nas dimensões da Síndrome de Burnout em estudantes de Psicologia blocados e desblocados, bem como analisar sua relação com o suporte social percebido. 
Para participar da pesquisa você irá responder a um questionário individualmente as informações obtidas serão utilizadas para este estudo, sendo as mesmas armazenadas durante cinco (5) anos pelo pesquisador e após destruídas (conforme preconiza a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde). 
O preenchimento deste questionário poderá expor os participantes a riscos mínimos como cansaço e/ou desconforto pelo tempo gasto no preenchimento do mesmo e/ou por relembrar experiências desgastantes. Se isto ocorrer, o respondente está ciente de que pode interromper o preenchimento dos instrumentos e retomá-los posteriormente,se assim o desejar. Caso necessário, será prestado atendimento psicológico e, em casos mais complexos, realizados os encaminhamentos necessários. 
Os benefícios para os integrantes desta pesquisa serão indiretos, pois as informações coletadas fornecerão subsídios para a construção de conhecimento sobre Burnout e Suporte Social, podendo fomentar ações que promovam melhor qualidade de vida no ambiente acadêmico. 
Eu, _______________________________________________________, recebi as informações sobre os objetivos e a importância desta pesquisa de forma clara e concordo em participar do estudo. 
Declaro que também fui informada/o: 
° da garantia de receber resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento acerca dos assuntos relacionados a esta pesquisa; 
° de que minha participação é voluntária e terei liberdade de retirar o meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem que isto traga prejuízo para minha vida pessoal nem para minha atuação profissional; 
° da garantia de que não serei identificada/o quando houver a divulgação dos resultados e que as informações serão utilizadas somente para fins científicos do presente projeto de pesquisa; 
° sobre o projeto de pesquisa e a forma como será conduzido e que, em caso de dúvida ou novas perguntas, poderei entrar em contato com a pesquisadora: Maria de Fátima Lima de Lacerda, telefone (83)-98177-1506, e-mail: fifialacerda@hotmail.com ou com a professora responsável Jucirleia Ferreira de Medeiros Chaves, telefone 83999302161, e-mail: jucirleia@gmail.com, ou ainda no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos das Faculdades Integradas de Patos, através do telefone 83-3421-7300, Ramal 276. 
 Afirmo, pois, que recebi cópia deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, ficando a outra via com a pesquisadora. 
 
Patos – Pb, ______ de ______________ de 2019. 
 
_____________________________________________________________ 
Nome e assinatura do/a participante 
 
______________________________________________________________ 
Nome e assinatura da pesquisadora responsável 
APÊNDICE C - TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
Estamos cientes da intenção de realização nas Faculdades Integradas de Patos do projeto 
	intitulado 	“BURNOUT 	E 	SUPORTE 	SOCIAL 	EM 	ESTUDANTES 	DE 
PSICOLOGIA: UM ESTUDO CORRELACIONAL”, de autoria de Maria de Fátima 
Lima de Lacerda e orientado pela Profa. Jucirleia Ferreira de Medeiros Chaves. 
 
Patos, 30 de novembro de 2018 
 
________________________________________________ 
Assinatura do Responsável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE D - DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA COM O PROJETO DE PESQUISA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 	Pesquisa: “BURNOUT E SUPORTE SOCIAL EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: UM ESTUDO CORRELACIONAL” 
 	 
 Eu, Jucirleia Ferreira de Medeiros Chaves, professora do Departamento de Psicologia das Faculdades Integradas de Patos-FIP, portador do RG: 2442975 – SSP/PB, declaro que estou ciente do referido Projeto de Pesquisa e comprometo-me em verificar seu desenvolvimento para que se possa cumprir integralmente os itens da Resolução 466/12, que dispõe sobre Ética em Pesquisa que envolve Seres Humanos. 
Estou ciente das penalidades que poderei sofrer caso infrinja qualquer um dos itens da referida resolução. 
 
Patos, 30 de novembro de 2018 
 
	 	Por ser verdade, assino abaixo. 
 
 
___________________________________________________ Jucirleia Ferreira de Medeiros Chaves 
 
 
 
 
 
ANEXO A – Maslach Burnout Inventory – SS (Student Survey) 
 
As afirmações seguintes são referentes aos sentimentos/emoções de estudantes em contexto escolar. Leia cuidadosamente cada afirmação e decida sobre a frequência com que se sente da forma descrita e de acordo com a tabela seguinte: 
 
	 	Nunca 
	Quase nunca 
	Algumas 
vezes 
	Regularmente 
	Bastantes vezes 
	Quase sempre 
	Sempre 
	0 
	1 
	2 
	3 
	4 
	5 
	6 
 
	1. Sinto-me emocionalmente esgotado pelos meus estudos. 
	0 
	1 
	2 
	3 
	4 
	5 
	6 
	2. Eu questiono o sentido e a importância dos meus estudos. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	3. Tenho aprendido muitas coisas interessantes no decorrer dos meus estudos. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	4. Sinto-me esgotado no fim de um dia em que tenho aula. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	5. Durante as aulas, sinto-me confiante: realizo as tarefas de forma eficaz. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	6. Sinto-me cansado quando me levanto para enfrentar outro dia de aula. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	7. Sinto-me estimulado quando concluo com êxito a minha meta de estudos. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	8. Estudar e frequentar as aulas são, para mim, um grande esforço. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	9. Tenho me tornado menos interessado nos estudos desde que entrei na universidade. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	10. Tenho me tornado menos interessado nos meus estudos. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	11. Considero-me um bom estudante. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	12. Sinto-me consumido pelos meus estudos. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	13. Posso resolver os problemas que surgem no meu estudo. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	14.Tenho estado mais descrente do meu potencial e da utilidade dos meus estudos. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	15. Acredito que eu seja eficaz na contribuição das aulas que frequento. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
 
ANEXO B - Escala de Satisfação como o Suporte Social-ESSS 
 
 
As afirmações seguintes são referentes aos sentimentos/emoções de estudantes em contexto escolar. Leia cuidadosamente cada afirmação e decida sobre a frequência com que se sente da forma descrita e de acordo com a tabela seguinte: 
	1 
	2 
	3 
	4 
	5 
	Discordo totalmente 
	Discordo em parte 
	Nem 
concordo nem discordo 
	Concordo em 
parte 
	Concordo totalmente 
 
	1. Os amigos não me procuram tantas vezes quantas eu gostaria. 
	0 
	1 
	2 
	3 
	4 
	5 
	2. Estou satisfeito com a quantidade de amigos que tenho. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	3. Estou satisfeito com a quantidade de tempo que passo com os meus amigos. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	4. Estou satisfeito com as atividades e coisas que faço com o meu grupo de amigos 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	5. Estou satisfeito com o tipo de amigos que tenho. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	6. Por vezes sinto-me só no mundo e sem apoio. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	7. Quando preciso desabafar com alguém encontro facilmente amigos com quem o fazer. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	8. Mesmo em situações mais embaraçosas se precisarem de apoio de emergência tenho várias pessoas a quem posso recorrer. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	9. Às vezes sinto falta de alguém verdadeiramente intimo que me compreenda e com quem possa desabafar sobre as coisas intimas. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	10. Estou satisfeito com a forma como me relaciono com a minha família. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	11. Estou satisfeito com a quantidade de tempo que passo com a minha família. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	12. Estou satisfeito com o que faço em conjunto com a minha família. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	13. Não saio com amigos tantas vezes quantas eu gostaria. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	14. Sinto falta de atividades sociais que me satisfaçam. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	15. Gostava de participar mais em atividades de organizações (p.ex. clubes desportivos, escuteiros, partidos políticos, etc.).

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