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Joëlle Moreira - Turma 05 Pediatria Infecções Respiratórias Agudas na Pediatria IMPORTÂNCIA: · Elevada incidência, sendo a causa mais importante de idas a ambulatório e emergência ⤍ queixa mais importante · Causa mais importante de causas inespecíficas, absenteísmo escolar · Importante causa de óbitos no mundo de crianças <5 anos ⤍ Brasil: só perde para causas externas e doenças do período neonatal IVA ⤍ DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO: · Dificuldade para respirar · Tosse · Coriza · Dor de ouvido · Dor de garganta · Estridor · Obstrução nasal · Taquipneia SINAIS SEMIOLÓGICOS FUNDAMENTAIS: · Taquipneia: SEMPRE que um paciente chegar com alguma queixa respiratória, a verificação da frequência respiratória deve ser feita!! Sem a FR o médico "não sabe nada" sobre o paciente. · Até 2 meses: ≥ 60 irpm · De 2-12 meses: ≥ 50 irpm · 1-5 anos: ≥ 40 irpm · Estridor: não há necessidade de estetoscópio para a ausculta ⤍ ligada à inspiração (obstrução) >> Localizam a infecção: · IRA com FR normal ⤍ infecção das vias aéreas superiores · IRA com estridor + FR variável ⤍ infecção das vias aéreas de condução extrapleurais (intermediárias) ⤍ laringe, traquéia e/ou brônquio · IRA com FR elevada ⤍ infecção de vias aéreas inferiores (pulmão) INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES: . Resfriado comum (nasofaringite ou rinofaringite aguda): Etiologia: viral · Rinovírus* ⤍ termossensível · Coronavírus ⤍ termossensível · Outros: influenza (gripe), parainfluenza (laringite aguda) e vírus sincicial respiratório (bronquiolite viral aguda) ⤍ todos esse vírus passam pela via aérea superior antes de chegar ao seu local de acometimento final ⤍ causam o resfriado por isso Duração: 10-14 dias >> Criança de creche normalmente tem 10 quadros de rinofaringite durante o ano. Quadro clínico ⤍ quanto mais jovem a criança for, mais difícil a diferenciação do quadro de gripe x resfriado · Coriza + obstrução nasal ⤍ cor e espessura da coriza não são indícios de infecção bacteriana ⤍ um muco que fique > 3 dias na via aérea superior já muda de cor (velho) pela presença de leucócitos e descamação epitelial · Tosse ⤍ pior a noite (ao deitar) ⤍ acometimento da garganta e receptores para tosse (gotejamento pós nasal) · Dor de garganta ⤍ sinal inicial do resfriado comum · Febre ⤍ chegando até 40,5oC (graduação de temperatura não é indício de gravidade) · Sintomas gerais ⤍ mialgia Tratamento: Paliativo ⤍ sintomático · Antipiréticos (quando necessário) ⤍ NÃO usar AAS (sd de Reye) · Aumentar a oferta de líquidos ⤍ água! · Desobstruir o nariz (soro 0,9%) ⤍ dar conforto e não deixar a secreção acumular ⤍ risco de complicações · Orientações · Não dar xarope porque criança < 1 anos NÃO podem consumir mel ⤍ usado no xarope Prevenção: · Isolamento respiratório ⤍ máscara · Lavagem de mãos Complicações: ⇒ Otite média aguda (5-30%): Ouvido médio ⤍ cavidade pneumatizada ⤍ ar vindo da cavidade nasal (tuba de Eustáquio). Essa tuba também é responsável pela retirada de qualquer secreção que esteja no ouvido médio. Assim, se ela estiver obstruída pela coriza da rinofaringite, esse processo não ocorrer, e o muco ficará "preso" no ouvido. Isso permite a infecção bacteriana. Manifestação clínica: · Dor intensa (manifestação inicial) ⤍ aumento da pressão. Na criança pequena temos: resfriado por 3-5 seguido de muita irritação e choro · Febre · Otorreia Inspeção: Otoscópio >> Membrana timpânica normal: Transparente (ver cabo do martelo), brilhante e côncava >> Membrana na OMA: hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo), abaulamento da membrana timpânica** **Dado semiológico fundamental: maior sensibilidade e especificidade Etiologia: Bactérias · Streptococcus pneumoniae (pneumococo)* · Haemophilus influenzae (não tipável) · Moraxella catarrhalis Tratamento: · Analgésico + antipirético · Antibioticoterapia ⤍ 10-14 dias Uso racional do ATB: · Idade · Certeza do diagnóstico ⤍ abaulamento · Gravidade ⤍ dor intensa, toxemia e febre alta (um pico de ≥ 39oC) Idade Certeza Dúvida < 6 meses Tratar Tratar 6 meses - 2 anos Tratar todos Tratar apenas graves ≥ 2 anos Apenas graves Observar todos 50% dos casos de OMA se resolvem espontaneamente >> Se o médico optar por não tratar, ele é obrigado a reavaliar o paciente em 48-72h. Se o paciente manter sinais e sintomas ⤍ tratar! Grave Escolha Alérgico SIM Amoxicilina-clavulanato Ceftriaxona NÃO Amoxicilina (2x dose ⤍ 80-90 mg/kg/dia)* Cefuroxima (sem reação anafilática) Azitromicina (reação anafilática) *criança de maior risco ⤍ que uso ATB em 60-90 dias, doença de base ou que frequente creche (mas não está errado iniciar em outras crianças) Falha terapêutica Inicial Trocar por Amoxicilina Amoxicilina-clavulanato Amoxicilina-clavulanato, azitromicina ou cefuroxima Ceftriaxona parenteral Ceftriaxona Clindamicina e timpanocentese Efusão persistente Após o TTO de OMA e retorno do paciente em 3 dias, já assintomático ⤍ membrana com presença de líquido (opaca) + imobilidade Após 10 dias ⤍ continua com o líquido ⤍ efusão persiste ⤍ líquido estéreo (ausência de pus e bactérias) Após 90 dias ⤍ pode utilizar corticóide ou tubo de ventilação Seguir observando o paciente ⤍ Reflexo de processo anterior Conduta expectante Complicação da OMA: Mastoidite ⤍ gravíssima! É por aí que passam as meninges do SNC Internamento! TTO: Amoxicilina-clavulanato parenteral + drenagem ⇒ Sinusite aguda (5-13%): Rinossinusite bacteriana aguda Seios da face ⤍ cavidade aerada nos ossos do crânio Óstio de comunicação da cavidade nasal com os seios da face A criança já nasce com o seio etmoidal formada e pneumatizado ⤍ células etmoidais. Com o passar dos anos, os outros seios vão se formando · Até 4-6 anos ⤍ a única sinusite possível é a etmoidal · Seio maxilar ⤍ 4-6 anos · Seio frontal ⤍ Adolescência Manifestações clínicas: · Resfriado arrastado · Coriza abundante e obstrução nasal ⤍ não importa a cor da coriza! · Febre variável · Tosse intensa, contínua, diurna e noturna · NÃO há cefaleia ⤍ o único seio da face é o etmoidal ➺ Paciente que teve resfriado, que não melhora, há 10-14 dias, e que piorou ou manteve a tosse = sinusite bacteriana aguda! Diagnóstico: CLÍNICO! (não pedir RX de seios da face) Etiologia: Bacteriana · Streptococcus pneumoniae · Haemophilus influenzae (não tipável) · Moraxella catarrhalis Tratamento: · Antipirético · Solução salina nasal (mais importante ⤍ lavar muito) · ATB (passado para evitar complicações) ⤍ terminar o TTO 7 dias após o término dos sintomas (total: 14-21 dias) ⤍ Amoxicilina (40-50 mg/kg/dia) Se não lavar o nariz desse paciente, nem adianta prescrever ATB!! Complicação da sinusite: Celulite orbitária: Infecção dos tecidos da órbita posteriores ao septo orbitário Dor orbitária intensa + hiperemia e edema palpebral e de tecidos moles adjacentes + hiperemia e quemose conjuntivais + decréscimo da motilidade ocular + diminuição da acuidade visual + dor à movimentação + exoftalmia. ➺ Complicações: Diplopia, cefaléia, meningite, cegueira Periorbitária ou pré-septal: Infecção da pálpebra e na porção anterior do septo orbitário Dor à palpação + edema + calor, rubor ou pigmentação (aspecto violáceo no caso de H. influenzae) da pálpebra + febre. O paciente não consegue abrir os olhos TTO: Um oftalmologista deve ser consultado em caso de suspeita de celulite orbitária. INTERNAR!! ATB de amplo espectro e drenagem do seio da face se não houver resposta ao ATB. ⤍ Amoxicilina + clavulanato ou Ampicilina + sulbactam TC de seios da face ⤍ saber extensão do processo Faringite aguda bacteriana: Etiologia: · Streptococcus beta-hemolíticos do grupo A (S. pyogenes) ⤍ 95% dos casos · Outros >> Na pediatria a prevalência da infecção bacteriana é maior em pacientes de 5-15 anos de idade. >> Criança < 3 anos é raríssimo haver uma infecção bacteriana da orofaringe. >> 3 a cada 4 infecções da faringe são causadas por vírus. Ou seja, somente 25% das infecções da orofaringe são bacterianas. Manifestações clínicas: TODOS em 48-72h · Febre + manifestações inespecíficas (dor abdominal⤍ 30%) · Dor de garganta · Exsudato amigdaliano (pus) · Hiperemia de pilar anterior · Petéquias no palato · Adenopatia cervical (cadeia cervical anterior, dolorosa e única ⤍ é o próprio linfonodo que está infeccionado) >> Se houver presença de sinais e sintomas nasais (coriza, resfriado) é muito pouco provável que seja uma infecção bacteriana. Diagnóstico de certeza: · Hemograma ⤍ leucocitose + neutrofilia + desvio para a esquerda · Swab de orofaringe: · Testes antigênicos rápido · Cultura (padrão-ouro) Diagnóstico diferencial: · Difteria: placas acinzentadas sobre a orofaringe (não devem ser removidas pelo risco de jogar toxinas na corrente sanguínea) + pescoço de touro (linfadenomegalia) + toxemia desproporcional à febre ⤍ falha vacinal · PFAPA (pré-escolares) ⤍ febre periódica (alta), com estomatite aftosa, faringite e adenite cervical ⤍ corticóide · Faringite viral: · Adenovírus: lactentes ou pré-escolares ⤍ manifestações catarrais + conjuntivite + linfonodo pré-auricular (febre faringoconjuntival) · Enterovírus: febre + lactentes ⤍ Síndrome pé-mão-boca ⤍ vesículas nos pés, mãos e boca ⤍ bolhas na orofaringe (herpangina) · Epstein-Barr* ⤍ Síndrome de mononucleose infecciosa: Hemograma (linfócitos ⤍ linfócitos atípicos) + adenomegalia (micropoliadenopatia generalizada) + esplenomegalia Tratamento: · Analgésico + antipirético · Antibioticoterapia: · Penicilina benzatina IM ⤍ dose única · Penicilina oral ⤍ 10 dias · Amoxicilina ⤍ 10 dias · Eritromicina ⤍ 10 dias · Azitromicina ⤍ 5 dias (efeito pós-ATB) Complicações Não supurativas: ⇒ Febre reumática (prevenível ⤍ colher cultura) ⇒ GNDA (não prevenível) Supurativa: ⇒ Abscesso periamigdaliana ⤍ obstrução da via aérea, disfagia, trismo, sialorréia ATB de amplo espectro em ambiente hospitalar INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS INTERMEDIÁRIAS: . Doenças periglóticas ou de vias intrapleurais Abscessos profundos de pescoço: O diagnóstico de infecção cervical profunda pode ser difícil de ser feito baseando-se apenas na história e exame físico, especialmente em pacientes que fizeram uso prévio de antibióticos. Desta forma, os estudos radiológicos tornam-se fundamentais para avaliação da presença de coleção, espaços cervicais acometidos, possíveis complicações e planejamento terapêutico. A apresentação clínica inicial depende do nível de progressão da doença, podendo variar desde sintomas localizados até mediastinite e choque séptico. Febre, dor e edema local são os sintomas iniciais mais comuns. O exame físico pode confirmar a presença de febre e edema cervical. Além disso, podem estar presentes desidratação, odinofagia, disfagia, disfonia (pelo acometimento do espaço paraglótico), dispnéia e trismo. Em casos suspeitos de usuários de drogas, devem ser inspecionados os membros e extremidades. A síndrome de Horner (ptose ipsilateral, miose e anidrose facial) pode ser causada por infecções próximas a cadeia simpática. Epiglotite aguda: Quadro clínico: Agudo e fulminante (não há pródromos e a criança morre em horas!!) · Evolução de 24-72h (máximo) · Insuficiência respiratória ⤍ Estridor · Dor de garganta · Disfagia + sialorréia · Febre muito alta/ toxemia · Posição de tripé Conduta imediata: · Manuseio mínimo! ⤍ Não tentar visualizar a orofaringe nem deitá-la. · Medida salvadora: Intubação orotraqueal ou traqueostomia A intubação deve ser feita pelo profissional mais habilitado. Além disso, deve ser feito dentro do centro cirúrgico para casos de necessidade de traqueostomia. Agente etiológico: · Haemophilus influenzae B* (98%) ⤍ vacina pentavalente! ⤍ faz com que a doença seja rara · S. beta-hemolítico · S. pneumoniae · S. pyogenes · S. aureus Exames complementares: · Hemograma · Hemocultura · Swab periglótico · Rx ⤍ sinal do polegar (só solicitar, se necessário, após a intubação) Tratamento farmacológico: ATB: 7-10 dias ⤍ Cobrir o Haemophilus · Amoxicilina-clavulanato · Ampicilina-sulbactam · Cefuroxima Corticóide parenteral (reduz edema) ⤍ Dexametasona Laringotraqueobronquite viral, laringite aguda ou crupe viral: Quadro clínico: · Estridor inspiratório ⤍ leve (inspiratório) ou em repouso (inspiratório e expiratório) · Pródromos catarrais · Febre baixa · Tosse metálica ou de cachorro (crupe) · Rouquidão e afonia Agente etiológico · Vírus parainfluenza (75%) · Adenovírus · VSR · Influenza Imagem: · Rx ⤍ sinal de torre (edema na laringe) Conduta: · Sintomáticos · Sem estridor ⤍ 1 dose de corticóide e alta · Estridor leve ⤍ vapor + corticóide (nem sempre é necessário) · Estridor em repouso (sinal de gravidade) ⤍ Nebulização com adrenalina + corticóide (observar por 2 horas) · Alta ⤍ sem estridor ou estridor leve após 2 horas · Recomendar vaporização em casa Diagnóstico diferencial: Laringite estridulosa/ crupe espasmódico · Despertar súbito sem pródromos · Resolução espontânea e autolimitado Complicações: ⇒ Laringotraqueíte bacteriana: Quadro clínico: Piora clínica · Piora da febre · Resposta ausente ou pequena a adrenalina ⤍ presença de pus obstruindo! Tratamento: · Internação · ABT parenteral: oxacilina + vancomicina INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS INFERIORES: . Pneumonias: Taquipneia: < 2 meses: ≥ 60 irpm 2-12 meses incompletos: ≥ 50 irpm 1-5 anos incompletos: ≥ 40 irpm >>É o sinal de maior sensibilidade de especificidade na avaliação de problemas respiratórios na via aérea distal. Pneumonia bacteriana: Comprometimento alveolar Etiologia: < 2 meses: · Sepse neonatal ⤍ Strepto B ou Gram negativos entéricos > 2 meses: · Streptococcus pneumoniae****** · Haemophilus influenzae (não tipável) · Staphylococcus aureus ⤍ doença mais grave (raro) Manifestações clínicas: · Pródromos catarrais · Febre alta · Piora da tosse · Sinais semiológicos clássicos · Taquipneia >> Independentemente dos outros achados, Taquipnéia = pneumonia ⤍ SEMPRE (independentemente dos outros achados) · Sinais de gravidade: · Tiragem (subcostal ou diafragmática) ⤍ se aparecer em RN (< 2 meses) não há necessidade da presença de taquipneia para o diagnóstico de pneumonia · Batimento de asa de nariz (BAN) · Gemidos ⤍ Sinal de fadiga · Cianose ⤍ Sinal de gravidade tardío ⤍ 5g/dl de Hb desoxigenada Avaliação complementar: · Radiografia de tórax · Diagnóstico · Extensão · Complicações: · Derrame pleural parapneumônico (pneumococo) ⤍ complicação mais comum Pneumonia x Derrame pleural · Pneumatocele (pneumococo) · Abscesso pulmonar (Staphylococcus aureus) Tratamento: ⇒ Ambulatorial: Antibioticoterapia (10 dias) · Amoxicilina VO (40-50 mg) · Penicilina procaína IM (dose única diária por 10 dias) ⇒ Hospitalar: Presença de sinal de gravidade · Penicilina cristalina (IV) · Pneumonia extensa ou muito grave: oxacilina + ceftriaxona ou cloranfenicol Sinais de gravidade indicativos de TTO hospitalar · Idade < 2 meses · Comprometimento respiratório · Comprometimento do estado geral · Doença grave associada · Complicações radiológicas · Quando a família não tem condições de comprar o remédio Complicação: ⇒ Derrame pleural parapneumônico Fazer punção ⤍ avaliar características do líquido Toracocentese · Purulento · pH < 7,2 · Glicose < 40 mg/dl · Bactérias Presença dos 4 achados: Empiema ⤍ Drenagem torácica + penicilina IV Falha terapêutica: Febre ou taquipneia após 48-72 horas Empiema? Sim ⤍ Drenagem e manter tratamento · Segue com falha terapêutica: Oxacilina e ceftriaxona ou cloranfenicol Não ⤍ Oxacilina e ceftriaxona ou cloranfenicol Pneumonia viral ⤍ Bronquiolite: Comprometimento bronquiolar >> Caracteriza-se por ser uma doença progressiva restrita a faixa etária pediátrica (2 primeiros anos de vida) >> É mais prevalente no 1o/2o semestre de vida (principalmente 6-9 meses) Etiologia: · VSR (80%) · Adenovírus · Influenza · Bocavirus · Rinovírus Manifestações clínicas: · Febre · Tosse · Taquipneia · Sibilos >> Os sibilos sempre estão presentes em acometimentos bronquiolares, de forma que nem tudo que sibila é asma. Avaliação complementar: · Radiografia de tórax: Rebaixamento das cúpulas diafragmáticas (fígado e baço), atelectasiae hiperinsuflação bilateral ⤍ < 50% dos pacientes · Hemograma: inespecífico Tratamento: · Sintomático · Oxigênio + hidratação Podemos lançar mão de (se o médico não sentir segurança de só passar sintomático): · Teste com beta-2 agonista inalatório · Nebulização salina hipertônica >> Não usar corticóide Diagnóstico diferencial de bronquiolite: Asma · Sibilância de repetição: · 3 episódios de sibilância em 2 meses · Sibilância persistente por 30 dias nos primeiros 2 anos de vida Critérios maiores: · Um dos pais com asma · Diagnóstico de dermatite atópica Critérios menores · Diagnóstico médico de rinite alérgica · Eosinofilia > 4% · Sibilância não associada a resfriado Diagnóstico: 1 maior + 2 menores Classificação ambulatorial da asma Tratamento: · Corticóide inalatório · B2 de ação longa (> 5 anos) · Antileucotrienos · Teofilina · Bambuterol (> 2 anos) Classificação da crise de asma 1. Estado geral 2. Estado mental 3. Dispnéia 4. Fala 5. Musculatura acessória 6. Sibilos 7. FR 8. FC 9. PFE% 10. SatO2 11. PaO2 12. PaCO2 Tratamento: Leve: B2 de ação curta (1 nebulização/20 min ⤍ 3x) Grave: B2 de ação curta (1 nebulização/20 min ⤍ 3x) + corticoide sistêmico (prednisona VO, prednisolona VO ou metilprednisolona IV) + oxigênio (Sat < 95%) ⇒ Avaliação após 1 horas: Boa resposta: B2 inalatório + corticóide VO + alta Resposta incompleta ou Má resposta: + 1 ciclo de B2 de ação curta (1 nebulização/20 min ⤍ 3x) + sulfato de magnésio + Beta-agonista IV + xantinas (no CTI) Pneumonias atípicas: ⇒ Pneumonia afebril do lactente: · 1o trimestre de vida · Agente etiológico: Chlamydia trachomatis ⤍ Criança nascida de parto normal · Conjuntivite (50%) · Quadro clínico: Início insidioso, afebril, tosse intensa (tosse coqueluchoide) que pode levar à cianose · Hemograma: eosinofilia (diferente da coqueluche ⤍ principal diagnóstico diferencial) · Tratamento: Macrolídeo ⇒ Pneumonia atípica clássica: · Escolares e adolescentes · Agente etiológico: Mycoplasma pneumoniae ou Chlamydia pneumoniae · Presente em comunidades fechadas (ex. quartéis) · Quadro clínico: Febre baixa, cefaleia, mialgia, faringite, otalgia (miringite bolhoso) + Tosse intensa piorando progressivamente (semanas) · Achados radiológicos inespecíficos · Crioaglutininas elevadas · Tratamento: Macrolídeos Tuberculose: Agente etiológico: · Bacilo de Koch: M. tuberculosis Transmissão: · Gotículas de pacientes contaminados Exames: · Baciloscopia (escarro): Coloração Ziehl-Neelsen ⤍ 2 amostras com 24h de diferença · < 10 anos ⤍ abacilíferas · Cultura · Raio x de tórax: Linfadenomegalia mediastinal e hilar + condensações + derrame · Pode vir com padrão miliar (raro) · TC: solicitar em casos de dúvida no diagnóstico e em casos de TB miliar · PPD ⤍ Técnica mantoux inoculação ID de 2UT Atg . Diagnóstico de Tuberculose em crianças < 10 anos . · ≥ 40 pontos: Certeza ⤍ iniciar TTO · 30-35 pontos: Pode ser indicativo de TB ⤍ iniciar TTO · < 30 pontos: Continuar acompanhamento e investigação ⤍ NÃO iniciar TTO Tratamento: < 10 anos: 3 drogas: RIP · 1a fase: 2 meses - RIP · 2a fase: 4 meses - RI > 10 anos: 4 drogas: RIPE SÍNDROMES OBSTRUTIVAS DE VIAS AÉREAS: . Nariz: ⇒ Corpo estranho: No nariz os sintomas iniciam-se com espirros, coriza serosa e obstrução nasal, pois causam uma reação inflamatória local. Caso a criança não relate a introdução do CE, ou isto não seja presenciado e nem desconfiado pelos responsáveis, evoluirá, em alguns dias, para rinorréia unilateral fétida e purulenta, ipsilateral ao CE. Pode haver, inclusive, sangramento nasal. A não retirada do CE da fossa nasal, a longo prazo, fará com que haja solidificação, devido ao depósito de sais minerais, fosfato de cálcio, magnésio e carbonato. Nesses casos, o CE é denominado, então, de rinolito, o qual possui uma consistência pétrea. ⇒ Atresia de coanas: Laringe e traqueia: ⇒ Laringomalácia: A laringomalácia é definida como o distúrbio caracterizado pelo colapso das cartilagens laríngeas durante a inspiração, com obstrução da glote. Ela é a anomalia mais comum do laringe, bem como a causa mais frequente de estridor na criança. ⇒ Corpo estranho: O corpo estranho na garganta tem como principal sintoma a odinofagia, além de disfagia e sialorréia. Os casos são usualmente relacionados à alimentação, como espinhas de peixe, pequenos fragmentos de ossos de frango e piruás de milho de pipoca (os que não estouram). Na maioria das situações, os CE são encontrados nas tonsilas palatinas (amígdalas) ou na base da língua (tonsila lingual), provavelmente devido à presença das criptas tonsilares, que favorecem a retenção de alimentos, além das valéculas e seios piriformes, ambos na hipofaringe. Manobras: < 1 ano: > 1 ano: OUTRAS: . Fibrose cística: Doença autossômica recessiva que leva a alteração no canal condutor de cloreto das células glandulares. Isso cria um potencial negativo dentro das células que é compensado pela entrada de sódio e água. Assim, há uma desidratação das secreções dessas glândulas. Isso interfere no trato respiratório, gastrointestinal, geniturinário e nas glândulas sudoríparas ⤍ principalmente pulmão e pâncreas. Diagnóstico: · Teste do suor ⤍ dosagem de cloreto no suor (necessita de 2 testes positivos) · > 60 mEq/L ⤍ positivo · 40-60 mEq/L ⤍ duvidoso · < 40 mEq/L ⤍ normal · Triagem neonatal ⤍ enzima pancreática refluída em função da obstrução dos ductos · > 70 ng/ml ⤍ positivo (repetir após 30 dias e confirmar com teste de suor) Tratamento: Paliativo · ATB · Mucolíticos ⤍ fluidificação da secreção · Nebulização ⤍ fluidificação da secreção · Lipase Síndrome da morte súbita do lactente: Fatores de risco: ⇒ Pré-natais: · Ausência de acompanhamento pré-natal · RIU · Prematuridade · PIG · Intervalo pequeno entre a segunda gravidez · Tabagismo · Uso de drogas e álcool ⇒ Pós-natal: · Sono da criança · Alimentação Profilaxia: · Posição supina · Sem muita coisa dentro do berço · Chupeta ⤍ quando o aleitamento materno é garantido · Ausência de tabagismo no ambiente familiar
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