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Aluna: Bárbara Loeser Faro MORFO 01 Atividade 3º Módulo - Etapa 7 - 2020 - Morfofuncional - Histopatologia Valor da atividade 2,0 pontos. A presente atividade propõe questões a respeito dos temas do 3º módulo Parte I (1,0) Para o presente caso acesse o link abaixo para analisar a histologia http://141.214.65.171/M2%20Pathology/Neuro/NP006_40X.svs/view.apml Uma contadora de 76 anos, que se queixa de perda auditiva e problemas de memória de curto prazo, formam cerca de 4 meses. O marido indicou que ela estava tendo problemas comportamentais anormais, incluindo ter uma mesa muito bagunçada em casa, o que era típico para ela, que sempre obcecava com a ordem e a limpeza. Em uma recente viagem à sua cidade favorita, o paciente ficou perdido e confuso em lugares familiares. O paciente reclama de fadiga, dores de cabeça e visão alterada. Os estudos de ressonância magnética revelaram uma massa de aumento heterogêneo nos gânglios da base direita, com extensão para a comissura anterior e envolvimento dos núcleos cinza profundos contralaterais. Uma biópsia de diagnóstico foi realizada. O paciente declinou rapidamente no pós-operatório e morreu poucas semanas após a apresentação inicial. Uma seção horizontal do cérebro mostra uma massa na linha média do cérebro com aparência variada, algumas áreas de hemorragia e outras áreas de necrose. Há evidências de desvio da linha média e edema. O corte histológico dos gânglios da base mostra uma neoplasia glial infiltrativa difusa. As células têm marcado atipia nuclear e pleomorfismo. Alguns núcleos são ampliados e atípicos. Algumas células são multinucleadas, enquanto outras são pequenas, com núcleos ovais hipercromáticos irregulares. As células tumorais têm citoplasma eosinofílico (rosa) e processos. Existem evidências de necrose, proliferação microvascular e atividade mitótica. a) Qual o nome desse tumor? É um tumor raro no Sistema Nervoso Central? (0,4) Esse tumor é chamado de Glioblastoma. É o tumor primário mais frequente do sistema nervoso, correspondendo a 60-75% dos tumores com diferenciação astrocitária e a 12-15% dos tumores intracranianos. b) Fotografe(tecla PrtSc) usando o link uma área característica do tumor e outra de tecido nervoso viável(normal). (0,3) http://141.214.65.171/M2%20Pathology/Neuro/NP006_40X.svs/view.apml Tumor: Normal: c) Quais são algumas das origens dos êmbolos que viajam para o cérebro? (0,3) A origem mais comum dos êmbolos são trombos murais cardíacos, além de trombos originários das artérias (principalmente carótidas, cerebral média e basilar), embolia paradoxal devido a anomalias cardíacas, êmbolos associados à cirurgia cardíaca, êmbolos compostos por fragmentos de tumores, tecido adiposo ou ar. Parte II (1,0) Agora você precisa elaborar 2 questões de múltipla escolha com os temas abaixo. Para cada questão você indicará a resposta correta comentada. Ao final da entrega das atividades, eu (professora) irei juntar as questões propostas pelos alunos e disponibilizarei a todos da turma para estudo. As questões não comentadas serão invalidadas (nota zero). O foco das questões deve ser achados macroscópicos e histológicos, fisiopatologia, alterações genético-moleculares. Tema 1 – Doenças desmielinizantes do Sistema Nervoso central. As doenças desmielinizantes do SNC são condições adquiridas que se caracterizam por dano preferencial à mielina, com relativa preservação dos abonos. Acerca dessas doenças, assinale a alternativa correta: A) As lesões características da Esclerose Múltipla podem variar de tamanho, de microscópicas a grandes placas confluentes. Podem ser vistas mais comumente no encéfalo, medula espinal, nervo óptico, tronco encefálico, tratos e cerebelo, poupando apenas a substância cinzenta, devido a ausência fibras mielinizadas nessa área. FALSO - as placas podem se estender até a substância cinzenta, já que fibras mielinizadas estão presentes lá também. B) A Esclerose múltipla tem como mecanismo fisiopatológico uma resposta auto imune dirigida contra componentes da bainha de mielina, e sua etiologia envolve tanto fatores genéticos quanto ambientais. VERDADEIRO - a EM é autoimune, a incidência da doença é 15 vezes maior quando presente em parentes de 1º grau comprovando o caráter genético e são necessários alguns fatores ambientais ainda incertos para desencadear o processo patológico. C) As lesões ou placas ativas da Esclerose Múltipla são caracterizadas microscopicamente por infiltrado intenso de células inflamatórias, especialmente polimorfonucleares e linfócitos. FALSA- o infiltrado inflamatório é formado por monócitos e linfócitos. D) É estabelecido na literatura o envolvimento celular de células T CD4+, Th1, Th17 e macrófagos, assim como uma alteração na sinalização de citocinas e seus receptores, mas não é possível afirmar o envolvimento de linfócitos B. FALSO - devido a observação de bandas oligoclonais de imunoglobulina no líquor e tratamento com destruidores de célula B, suspeita-se de uma contribuição da imunidade humoral. E)A neuromielite óptica (NMO) é uma síndrome com neurite bilateral. Antes considerada variante da Esclerose Múltipla, hoje sabe-se que se diferem pela ausência do envolvimento imunológico na sua fisiopatologia. FALSO - Essas duas patologias se diferem pois foi identificado o anticorpo contra aquaporina-4, envolvida diretamente na destruição de mielina. Tema2 – Doenças Neurodegenerativas As doenças neurodegenerativas são distúrbios caracterizados pela perda progressiva de neurônios, afetando normalmente grupos de neurônios com relações funcionais, mesmo que não sejam imediatamente adjacentes. De acordo com as alternativas, a única correta é: A) A doença de Alzheimer é a principal causa de demência, acometendo, em sua maioria, pessoas idosas. É caracterizada por placas neuríticas amiloides e emaranhados neurofibrilares, originados pelo acúmulo da proteína tau, sendo um achado patognomônico desta doença. FALSO - a proteína tau também encontra-se acumulada em lesões da demência frontotemporal, doença de Parkinson, etc. B) São 3 os genes mais relacionados com o desenvolvimento da doença de Alzheimer genética: proteína precursora de amiloide no cromossomo 21, gene da pré-senilina 1 (PSEN1) no cromossomo 14 e gene da pré-senilina 2 (PSEN2) no cromossomo 1. A ausência de alterações genéticas descarta o diagnóstico de Doença de Alzheimer. FALSO - a maioria dos casos de DA nao sao de origem genética, sendo assim, a ausência de alterações nos genes não pode ser usada para descartar a possibilidade de doença. C) A doença de Parkinson é a principal doença que envolve o sistema nigroestriatal, sendo caracterizada por um distúrbio de movimento hipocinético, causado pela diminuição da dopamina e destruição de neurônios dopaminérgicos na substância nigra do locus ceruleus. VERDADEIRO - apesar de não ser a doença degenerativa mais comum, vai ser a principal representante das que afligem o sistema nigroestriatal, tendo como principais processos fisiopatológicos a diminuição da dopamina e destruição neuronal. D) Um dos achados patológicos mais comuns da Doença de Parkinson são os corpúsculos de Lewy nos neurônios remanescentes, sendo constituídos por inclusões intranucleares de α-amiloide. FALSO - as inclusões dos corpúsculos de Lewy são citoplasmáticas (e não intranucleares) e são compostas de filamentos finos de α-sinucleína. E) A Doença de Parkinson está associada à destruição de neurônios da substância nigra e outras partes do cérebro, mas o tratamento baseado em reposição de uma substância precursora de dopamina está relacionado com a reversão das alterações morfológicas, alterando a progressão da doença. FALSO - os danos neuronais são irreversíveis, mesmo com a instituição do tratamento medicamentoso.
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