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Patologia clínica - eletrólitos

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PATOLOGIA CLÍNICA – 2° BIMESTRE 
AULA 6 – ANÁLISE LABORATORIAL ELETRÓLITOS
SÓDIO
Normal é de 135-145.
Clínica geralmente é de acometimento do SNC: cefaleia, vomito, convulsões, sonolência, torpor e coma.
· Hipernatremia (>145): está com muito Na+, geralmente um paciente com desidratação devido à perda de água e o sódio ficou bem concentrado. 
· Hiponatremia (<135): é quando está com excesso de água (edemas no geral), ocorre devido a concentração de água no local.
As duas devem ser tratadas, ou com solução salina, ou SF, ou por exemplo restringir água para esse paciente, dar algum diurético para retirar o excesso de água. Essa correção tem que ser muito lenta, porque se não na hora de corrigir faz uma desidratação do neurônio (você dá Na+ para o paciente, e ele puxa a água do neurônio, ou seja o neurônio perde água, ele desidrata) que chama Mielinólise pontinha/Síndrome da desmielinização osmótica, que é uma lesão grave e irreversível.
POTÁSSIO
Normal é de 3,5 a 5,5.
· Hipercamelia (>5,5) – causas: IECA, espironolactona, acidose (no rim tem a bomba de K+/H+).
· Hipocalemia (<3,5) – causas: furosemida (diurético de alça), alcalose (bomba no rim retém H+ e libera o K+).
Clínica:
· Músculo esquelético – câimbra.
· Músculo cardíaco – arritmia (pode ir a óbito).
ECG de um paciente com hiperK: vai ter uma onda T apiculada (quanto > a onda T, > o K+), achatamento da onda P, alargamento do complexo QRS (quanto mais alargado QRS, > o K+).
ECG de um paciente com hipoK: onda T achatada, onda P apiculada. 
Tratamento hipoK:
· Reposição de VO se não houver alteração de ECG.
· Reposição Ev lenta (risco de flebite e arritmia) se ECG alterado de forma lenta (ardência).
Tratamento hiperK:
· Quando tem alteração de ECG tem que fazer reposição rápida de cálcio com gluconato de cálcio – não vai mexer na hiperK por si só, ele vai estabilizar a membrana do miócito, para não causar arritmia (sendo medida de emergência).
· Glicoinsulinoterapia – quando dá glicose 50g com insulina regular junto (TR 10UI) e faz com que esse K+ entre dentro da célula.
· Beta 2 agonista inalatório – essa inalação com berotec também coloca K+ dentro da célula (efeito colateral).
Ex: paciente com cetoacidose diabética (paciente DM1 que chega no PS com complicação), o maior medo é que o paciente está com muita glicose e vai dar insulina regular para ele, vai fazer com que o K+ entre tudo dentro da célula e esse paciente pode ter uma hipoK grave, causar uma arritmia e o paciente ir a óbito. Por isso nesse caso o melhor é hidratar, para diluir a glicose e vai colher o K+, vendo quanto está a dosagem de K+ estando seguro, mais para alto do que para baixo pode dar insulina, porque mesmo que entre K+ na célula, vai ter um estoque no sangue e não causa hipoK.
MAGNÉSIO
Normal de 1,7 a 2.6
Clínica – náuseas, fraqueza muscular, perda de apetite. 
HiperMg:
· Pode ser medicações que contém magnésio – pessoas que tomam antiácido com frequência.
· Insuficiência renal aguda ou crônica (não consegue eliminar).
· Nesse caso tem que tratar a causa base. 
HipoMg:
· Alcoolismo. 
· Pacientes internados com outros distúrbios de eletrólitos (DHE).
· Nesse caso repõe Mg EV.
CÁLCIO
Normal 8,5 a 10,2.
Cálculo: Ca corrigido = Ca medido + [(4 – albumina) x 0,8]
**Toda vez que pede Ca tem que pedir PTNs totais junto, porque ele sempre tem que estar corrigido com base nas PTNs totais do paciente.
Clínica: anorexia, náusea, vomito, fraqueza, letargia, diminuição do nível de consciência. 
**Clínica de todos DHE é parecida, por isso quando o paciente chega com esses sintomas é importante pedir a dosagem de eletrólitos, principalmente quando é idoso por causa do uso de diurético, de poli comorbidades. 
Hipercalcemia:
· Neoplasias. 
· Distúrbios nos ossos (osteoporose, metástases para os ossos).
· Dieta.
· Descobrir a causa base e tratar.
Hipocalcemia: 
· Deficiência de vitamina D.
· Insuficiência renal. 
· Repor cálcio, mas geralmente é menos agressiva e pode ser algo mais lento. 
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