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Introdução a epidemiologia

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1 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
EPIDEMIOLOGIA 
 
Introdução à epidemiologia: 
 
Origem da epidemiologia: 
 
• Segundo Hipócrates “aquele que deseje 
compreender a ciência medica deve considerar 
os efeitos das estações do ano, as águas e suas 
origens, o modo de vida das populações”. 
• Hipócrates então começou a tentar 
racionalizar o motivo do porque as pessoas 
começavam a adoecer e desenvolver 
patologias, que antes eram fatos totalmente 
considerados místicos. 
• Dizia-se que deus castigava as pessoas que não 
o seguiam com doenças. 
• Em 1835, Pierre Louis esse medico resolver 
fazer um estudo sobre o tratamento da 
pneumonia. Usava-se na época como 
tratamento as sangrias, onde se cortava as 
pessoas para que elas sangrassem e assim as 
coisas ruins sairiam delas junto com o sangue. 
no entanto, Pierre observou que as pessoas 
que esperavam para realizar a sangria 
sobreviviam muito mais do que aquelas que as 
realizavam. Logo, chegou a conclusão de que 
sangria não era um bom tratamento. 
• William Farr em 1843 descreveu o 
comportamento das epidemias em curvas, na 
chamada Lei de Farr ou Lei das Epidemias. Essa 
se comportaria dessa maneira: 
 
• Em 1847 Ignaz que era ginecologista começou 
a observas que nos hospitais em que os 
estudantes de medicina examinavam as 
mulheres pós-parto essas morriam de 
infecções, dessa maneira chegou a conclusão 
da importância da higiene dos médicos para a 
saúde dos pacientes. 
• John Snow em 1854 foi considerado o pai da 
epidemiologia, ele mapeou Londres para 
entender onde as pessoas que haviam falecido 
por cólera moravam e aonde estavam a maior 
taxa de casos. Então concluiu que na região em 
que essa população vivia era onde uma 
empresa especifica abastecia de água. 
Conseguiu demonstrar então que a água dessa 
companhia que transmitia a bactéria da cólera. 
Logo conseguiu demonstrar que o problema 
era a água mesmo sem saber que a bactéria 
estava nela. 
• Em 1865 Louis Pasteur conseguiu identificar as 
bactérias, relacionar qual doenças cada uma 
causava, isolar elas com calor e outras técnicas. 
• A partir dai se iniciam muitos estudos acerca 
de doenças infecciosas. 
• Em 1954 Doll e Hill iniciaram estudos acerca da 
epidemiologia de outras doenças, como por 
exemplo as mortes por câncer de pulmão 
comparando fumantes e não fumantes e ai que 
se descobriu que esse é um grande agravante 
na doença e nas taxas de mortalidade pela 
mesma. 
• No final do século XIX e início do século XX o 
estudo de doenças era voltado para doenças 
transmissíveis infecciosas. 
• No início do século XX o estudo se abrange 
para o estudo de outros tipos de doenças. 
• A epidemiologia moderna hoje abrange as 
mais diversas áreas: hospitalar, comunitária, 
ambiental, ocupacional, social, clinica, 
nutricional, molecular, farmacológica, 
genética. 
• A epidemiologia se norteia em três 
princípios/pivôs principais: 
 
 
 
 
2 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Conceito de epidemiologia: 
 
• O estudo da distribuição e dos determinantes 
de estados ou eventos relacionados à saúde 
em populações especificas, e sua aplicação na 
prevenção e controle dos problemas de saúde. 
• Estudar o que causa e como se desencadeia os 
problemas de saúde na população e a partir 
disso nortear e estudar tratamentos possíveis 
de serem manejados para cada doença. 
• Epidemiologia não é só o estudo das doenças, 
mas sim o comportamento das pessoas 
(hábitos, tabagismo, alcoolismo), bem-estar, 
felicidade, qualidade de vida, acesso aos meios 
de saúde, então ela envolve muito mais do que 
somente o estudo das doenças propriamente 
ditos. 
 
Para que serve a epidemiologia? 
 
• Estudos sobre o estado de saúde das 
populações: estudar como está a transmissão 
de Coronavírus na população, por exemplo, 
estudando como esta a distribuição de uma 
patologia na população. Quais são os 
problemas de saúde que mais afetam a 
população, que mais possuem dificuldade de 
serem controlados. 
 
• História natural das doenças: é a evolução que 
uma doença tem se o ser humano não fizer 
nada a respeito. 
 
• Causalidade das doenças: são os fatores que 
causam as doenças, os agentes infecciosos e 
como os hábitos humanos podem interferir 
nessas causas. 
 
• Estudos sobre testes diagnósticos: testes 
rápidos e outros, qual o melhor para cada 
doença e assim por diante. 
• Estudos sobre tratamentos e outras 
intervenções: medidas preventivas, cuidados, 
melhores medicamentos e tratamentos e se 
esses são efetivos ou não para aumentar a 
saúde das populações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Epidemiologia e Saúde: 
 
O que são doenças transmissíveis? 
 
Uma doença transmissível (ou infecciosa) é aquela 
causada pela transmissão de um agente patogênico 
específico para um hospedeiro suscetível. 
Como ocorre a cadeia de infecção? 
 
Cadeia de infecção se da pela interação entre o agente 
infeccioso, o processo de transmissão, o hospedeiro e 
o ambiente em que tudo isso vai ocorrer, através dessa 
interação ocorreram as doenças infecciosas. 
 
Agente infeccioso: esse possui algumas características 
como: 
• Porta de entrada para infecções (nariz, mãos, 
saliva, sangue); 
• Fonte de infecção (fica na água, ar, objetos); 
• Reservatório do agente (onde os agentes ficam 
antes de estarem no organismo do 
hospedeiro); 
• Infectividade (capacidade que o agente tem de 
causar infecção); 
• Dose infectante (é a quantidade de agentes 
que a pessoa precisa se expor para ser 
contaminada. Quanto menor a dose infectante 
maior será a contagiosidade daquele agente); 
• Virulência (é a capacidade que o agente tem de 
gerar casos graves ou fatais). 
Patogenicidade: capacidade que o agente infeccioso 
tem de causar doença. A patogenicidade de um agente 
é estimada dividindo o numero de pessoas doentes 
pelo número de pessoas infectadas pelo agente. 
INFECÇÃO ≠ DOENÇA INFECCIOSA 
Infecção é quando um agente infeccioso invade o 
organismo de um indivíduo e se multiplica lá dentro, 
vive lá dentro. Já doença infecciosa é quando essa 
infecção faz com que o indivíduo tenha uma doença 
clínica, ou seja, sinais e sintomas. 
Processo de transmissão: a transmissão pode ocorrer de 
maneira direta ou indireta. 
 
 
EX: se eu encostar na mão de uma pessoa que espirrou 
e tem Coronavírus eu vou pegar a infecção 
(transmissão direta), já se eu encostar na mão de uma 
pessoa que tenha dengue ou hepatite eu não vou pegar 
a infecção, mas se eu for picada pelo mosquito ou 
compartilhar talheres eu irei pegar a infecção 
(transmissão indireta – precisa de um vetor ou veículo). 
Hospedeiro: Pessoa ou animal que proporciona um local 
adequado para que um agente infeccioso cresça e se 
multiplique em condições naturais. Esse hospedeiro vai 
possuir um período de incubação, um período de 
transmissibilidade, vai ter suscetibilidade e um 
determinado grau de resistência do hospedeiro. 
Ambiente: 
• Condições sanitárias; 
• Temperatura; 
• Poluição aérea; 
• Qualidade da água; 
• Fatores socioeconômicos: aglomeração e 
pobreza; 
• Entre outros. 
Doenças contagiosas: 
 
Doenças contagiosas são aquelas que podem ser 
transmitidas pelo toque, contato direto entre os seres 
humanos, sem a necessidade de um vetor ou veículo 
 
4 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
interveniente. Todas doenças contagiosas se dão por 
transmissão direta. 
Todas doenças contagiosas são doenças transmissíveis, 
mas nem todas doenças transmissíveis são 
contagiosas. 
EX: piolho, sífilis, Coronavírus. 
Qual o impacto das doenças transmissíveis? 
 
As doenças transmissíveis são responsáveis por 14,2 
milhões de óbitos a cada ano. 
Seis causas são responsáveis por cerca de metade das 
mortes prematuras (antes de chegar a expectativa de 
vida do país em que vive) e correspondema cerca de 
80% dos óbitos por doenças infecciosas: 
1. Infecção respiratória aguda (3,76 milhões); 
2. HIV/AIDS (2,8 milhões); 
3. Doenças diarreicas (1,7 milhão); 
4. Tuberculose (1,6 milhão); 
5. Malária (1 milhão); 
6. Sarampo (0,8 milhão). 
 
Doenças epidêmicas e endêmicas: 
 
Epidemia: ocorrência de doença transmissível em uma 
região ou comunidade com um número de casos em 
excesso, em relação ao que normalmente seria 
esperado. Pode ocorrer por fonte comum (EX: cólera, 
a maioria das pessoas que faleceram por cólera foram 
contaminadas pela mesma água da determinada 
empresa. Salmonela pela maionese que tinha na festa 
e todo mundo comum.), é mais fácil de ser controlada 
pois é somente retirar a fonte de contagio. Ou pode 
ocorrer por contagio ou propagada que é mais difícil 
de ser controlada (EX: Coronavírus). 
Endemia: ocorrência de doença transmissível em uma 
área geográfica ou grupo populacional apresenta um 
padrão relativamente estável com elevada incidência 
ou prevalência. Quando essa doença ultrapassa a faixa 
esperada de casos pode vir a se tornar uma epidemia. 
EX: dengue no Estado do Acre. 
 
Infecções emergentes e reemergentes: 
 
Doenças emergentes são aquelas doenças que estão 
surgindo, as doenças novas, como a gripe aviaria e o 
Coronavírus, que surgiram e se tornaram grandes 
problemas de importância para a saúde pública. Já as 
doenças reemergentes são aquelas que existem a mais 
tempo e estavam controladas e ressurgiram, como por 
exemplo a sífilis e o sarampo. 
Qual o papel da epidemiologia nas doenças 
transmissíveis? 
 
A epidemiologia se desenvolveu a partir do estudo das 
doenças transmissíveis e tem aumentado a capacidade 
de controlar a dispersão das doenças transmissíveis 
através da vigilância, prevenção, quarentena e 
tratamento. 
Vigilância Epidemiológica: coleta, análise e 
interpretação sistemática de dados em saúde para o 
planejamento, implementação e avaliação das 
atividades em saúde pública. Os mecanismos de 
vigilância: notificação compulsória de algumas 
doenças, registros de doenças específicas (base 
populacional ou hospitalar), pesquisas populacionais 
repetidas ou contínuas, e agregação de dados. Os 
dados obtidos pela vigilância devem ser disseminados, 
permitindo a implementação de ações efetivas para a 
prevenção da doença. 
Doenças não transmissíveis: 
 
Doenças crônicas não transmissíveis: são doenças 
crônicas que não tem um agente infeccioso. EX: 
doenças cardiovasculares. Essas possuem a maior 
carga de morbidade e mortalidade no mundo. No 
Brasil: quase 75% das mortes (doenças 
cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, 
câncer e diabetes). Além da mortalidade, têm elevado 
custo de tratamento e produzem limitações na 
qualidade de vida e no trabalho. Logo, é necessário a 
 
5 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
adoção de políticas públicas de saúde para seu 
controle, com ênfase nos seus principais fatores de 
risco. 
 
Plano de enfrentamento das doenças crônicas não 
transmissíveis: ela é um plano feito em 2011 até 2022 
e baseia no combate de quatro grupos de doenças 
crônicas não transmissíveis que são eles: 
• Doenças cardiovasculares; 
• Doenças pulmonares crônicas; 
• Câncer; 
• Diabetes. 
Além disso, esse plano possui foco em cuidar quatro 
fatores de risco que estão muito associadas a esse 
grupo de doenças que são: 
• Tabagismo; 
• Consumo nocivo de álcool; 
• Sedentarismo; 
• Alimentação inadequada. 
Por fim, analisam e sustentam três eixos prioritários: 
• Promoção da saúde; 
• Cuidado integral; 
• Vigilância. 
Transição epidemiológica e demográfica: 
 
A transição epidemiológica está acompanhando a 
mudança no perfil das doenças. Analisando um gráfico 
da ocorrência das doenças nos últimos anos se chega a 
conclusão de que houve uma diminuição da 
morbimortalidade por doenças transmissíveis e 
aumento da morbimortalidade por doenças crônicas 
não transmissíveis, isso se dá através do estudo de 
transições epidemiológicas. Perfil de doenças e de 
mortalidade e efetividade dos cuidados em saúde. 
A transição demográfica é um conceito que descreve a 
dinâmica do crescimento populacional, decorrente dos 
avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento 
de novas tecnologias, taxas de natalidade e outros 
fatores. Envelhecimento e crescimento populacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Indicadores em saúde 
 
Os indicadores de saúde são os números que tentam 
quantificar saúde e doença em populações e períodos 
de tempo determinados. EX: numero de casos novos de 
COVID, numero total de casos de COVID, mortalidade 
por COVID, taxa de recuperação do COVID. 
Os indicadores de saúde são muito importantes para 
compreender o estado de saúde das populações e 
contribuem para o planejamento, gestão e avaliação 
das ações em saúde. 
Os indicadores são geralmente expressos em índices 
(números ou frações) ou taxas (proporção da 
população total; coeficientes como mortes por 100 
mil). 
Os coeficientes (ou taxas) representam o “risco” de 
determinado evento ocorrer na população (que pode 
ser a população do país, estado, município, população 
de nascidos vivos, de mulheres, etc.) 
Índices: pode ser multidimensional – escore/ 
pontuação ou, razão entre duas quantias que 
expressem dimensões de natureza diferentes. EX: 
índice de massa corporal – peso altura (Quetelet); 
Glasgow (coma), Apgar, de autonomia etc. 
Características importantes de um indicador de saúde: 
• Validade: é capacidade do indicador em medir 
adequadamente o que se propõe a avaliar. 
• Confiabilidade: refere-se à reprodutibilidade 
da medida, ou seja, a capacidade de produzir 
resultados iguais ou muito semelhantes 
quando a aferição é repetida. 
• Magnitude: é importância do evento de saúde 
considerado no indicador para a saúde da 
população e/ou para a avaliação da eficácia 
dos cuidados em saúde. 
• Representatividade: refere-se à suficiência da 
quantidade de pessoas incluídas na amostra 
para caracterizar a população. 
• Operacionalidade: refere-se à utilidade do 
indicador em saúde, e à simplicidade e ao 
custo-benefício do processo de obtenção do 
indicador. 
 
 
 
Mortalidade: 
 
A lei de ferro da epidemiologia diz que todos que 
nascem, morrem. Por isso, o propósito da medicina 
não é evitar a morte por si só, mas evitar mortes, as 
doenças e o sofrimento que podem ser medicamente 
evitáveis. 
Vantagens de se estudar a mortalidade: 
• É um dos primeiros indicadores a ser estudado; 
• O indicador mais utilizado até os dias de hoje; 
• Morte é mais objetivamente definida que 
saúde/doença; 
• Cada óbito deve ser registrado. 
Desvantagens de se estudar mortalidade: 
• História incompleta da doença e seus 
determinantes; 
• Dificuldades no preenchimento do atestado de 
óbito; 
• Condições que raramente levam a óbito não 
são expressas; 
• Pouco útil para avaliações em curto/médio 
prazo. 
 
Principais indicadores de mortalidade: 
 
Mortalidade geral: é quantas pessoas morreram em um 
determinado período de tempo em um lugar 
especifico. 
 
SIM: Sistema de Informações sobre Mortalidade, é um 
programa criado pelo DATASUS para a obtenção 
regular de dados sobre mortalidade no país. A partir da 
criação do SIM foi possível a captação de dados sobre 
mortalidade, de forma abrangente, para subsidiar as 
diversas esferas de gestão na saúde pública. Abrange 
todo o país. 
Mortalidade proporcional por causa: é a quantidade 
de pessoas que morrem por causa de doenças, essas 
podem estar isoladas ou agrupadas. Quantos porcento 
das mortes foram causadas por uma doença ou um 
grupo de doenças específicas. 
 
7 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
 
 
 
MORTALIDADE X LETALIDADE: 
Letalidade é quantos porcentos das pessoas que 
pegam a doença morrem, notétano por exemplo é 
uma letalidade muito alta quando não se pensa em 
vacinação. Mortalidade por sua vez é todas pessoas 
que morreram em uma determinada região, cidade, ou 
enfim e dessa porcentagem quantas morreram por 
uma doença especifica como tétano por exemplo. 
 
Expectativa de vida: é quantos anos se espera que uma 
pessoa viva em determinado lugar antes de morrer. 
Geralmente é calculado em cada país. 
 
A expectativa de vida esta diretamente relacionada 
com as condições da população, o aumento da saúde 
em relação a cura de doenças. 
Mortalidade materna: se refere ao número de óbitos 
relacionados à gestação, ao parto ou no puerpério por 
complicações geradas no parto. 
Esse indicador é importante porque se refere a pessoas 
que estão aumentando a população, logo traz consigo 
marcadores de saúde da população, assistência à 
saúde, entre outros. 
As principais causas que levam a mortalidade materna 
são: problemas nutricionais e problemas relacionados 
a infecções principalmente durante a gestação ou no 
momento do parto. 
 
SINASC: Sistema de Informação de Nascidos Vivos. 
SIM: Sistema de Informações sobre Mortalidade. 
 
OBS: para calcular o indicador de mortalidade materna 
se usa esses dois indicadores (SINASC e SIM) para 
realizar o cálculo. 
 
OBS: a mortalidade materna tem o problema de que 
mulheres que morrem durante a gestação e o feto 
morrer também, a mãe vai estar contada no numero 
de óbitos, mas o feto não vai estar no número de 
nascidos vivos. 
 
Mortalidade infantil: consiste na morte de crianças no 
primeiro ano de vida e é a base para calcular a taxa de 
mortalidade infantil, que consiste na mortalidade 
infantil observada durante um ano, referida ao número 
de nascidos vivos do mesmo período. 
 
Assim como na mortalidade materna se utilizam os 
indicadores SINASC e SIM para calcular. 
É um indicador tão importante que é utilizado no 
calculo de Índice de desenvolvimento humano (IDH) 
nos países. 
Ela pode ser dividida ainda em idades mais 
especificas: 
 
 
 
 
 
8 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Morbidade: 
 
Em epidemiologia, morbidade ou morbilidade é a taxa 
de portadores de determinada doença em relação à 
população total estudada, em determinado local e em 
determinado momento. 
Primeira coisa a ser analisada nesse indicador é a 
população que corre risco na doença que está em 
pauta. Algumas serão toda população, mas nem todas. 
Isso se chama de analisar a população em risco. 
EX: diabetes gestacional, somente mulheres em idade 
fértil podem ter esse risco, logo homens, crianças e 
mulheres na menopausa devem ser excluídas da conta. 
 
INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA: 
A prevalência mede a proporção de indivíduos em uma 
população que estão acometidos da doença em um 
determinado momento. Já a incidência refere-se ao 
numero de novos eventos ou casos novos que ocorrem 
em uma população de indivíduos em risco durante um 
determinado período de tempo. 
 
 
 
Quando se fala em incidência se fala em casos 
recentes, são casos muito novos e recentes, isso serve 
para se ter um controle da doença que está em 
progressão. Se fala da velocidade que está ocorrendo o 
aparecimento de novos casos. EX: Coronavírus, 
doenças agudas, doenças transmissíveis. 
Na prevalência se fala de todas pessoas que tiveram 
diagnostico. Vai entrar na conta todas pessoas que 
positivaram para determinada doença independente 
de quando. 
 
OBS: em casos de reinfecção, na prevalência ela conta 
como uma pessoa que teve ou não a doença, 
independente de quantas vezes. Já na incidência essa 
pessoa será contada quantas vezes ela reincidir com a 
doença. 
 
 
Quanto mais rápida as pessoas morrem em 
decorrência de uma doença, menor será a prevalência 
dessa doença, pois ela será excluída desses dados 
rapidamente. Doenças de duração curta, ou matam 
muito rápido ou curam muito rápido, terão menores 
prevalências. Já em compensação doenças com uma 
maior duração, que demoram mais para matar ou 
curar, essas terão uma maior prevalência, pois uma só 
pessoa ficara muito mais tempo “no copo” do que em 
relação a uma doença que mata ou cura muito rápido. 
Logo, em casos de doenças de curta duração, ou seja, 
que curam ou matam muito rápido, é melhor se basear 
pela incidência e não pela prevalência. 
 
9 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
A prevalência aumenta quanto maior for a incidência e 
o tempo de duração da doença, seja para curar ou 
matar. 
 
Densidade de incidência: 
É um tipo especial de incidência muito usado em 
estudos que estão acompanhando uma população em 
risco, o surgimento de novos casos de uma doença. 
Densidade de Incidência fornece a estimativa do 
verdadeiro risco de adquirir uma doença a qualquer 
momento em dado tempo. 
 
 
EX: desde o inicio da pandemia se passaram 7 meses, 
eu sou uma pessoa que tem risco de pegar 
Coronavírus, no entanto não peguei, logo eu conto 
como 7 pessoas/mês. Ou seja, eu frequento 
determinado ugar e demorou 7 meses para a doença 
atingir lá. Já a minha amiga pegou Coronavírus depois 
de um mês da quarentena, logo ela conta como 1 
pessoa/mês. 
Densidade de incidência para cada mês: N nº de casos 
durante o mês, dividido por N em risco durante o 
intervalo. EX: em agosto, 825 casos (pessoas) 
estiveram em risco no início do mês, e 800 no final. Em 
média, 812,5 crianças estiveram em risco durante o 
mês (800 delas contribuíram um mês e 25 contribuíram 
metade do mês). Ocorreram 25 casos em 812,5 
pessoas em risco por mês – 0,03076 casos/pessoa-mês. 
Ou seja, 25/812,5/1 = 0,03076. 
Densidade de incidência inicial: N nº de casos desde o 
início, dividido por N em risco desde o início. EX: 200 
casos ocorreram no final de agosto. 1000 casos 
(pessoas) estiveram em risco, no início de janeiro e, 
800 no final de agosto. Em média, 900 pessoas 
estiveram em risco por 8 meses (800 delas 
contribuíram 8 meses e 200 contribuíram 4 meses). Ou 
seja, 200/900/8 meses = 0,0278 casos por pessoa-mês. 
Pessoa-tempo em risco: multiplica-se as pessoas que 
não ficaram doentes pelo numero de tempo que ela 
não ficou doente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Risco 
 
No sentido popular quando se fala em risco, 
geralmente é algo relacionado com perigo, ameaças 
que necessitam de atenção, seja na saúde, na vida em 
geral. Mas risco também pode ser falado no sentido de 
chances, possibilidades (EX: bolsa de valores). 
Quando se está falando da área de saúde em si, quando 
se fala de epidemiologia o risco adquire o conceito de: 
“É a probabilidade de ocorrência de um evento 
relacionado à saúde”. 
Existem três elementos que compõem o risco: 
ocorrência de doença/saúde/óbitos (numerador), 
população de referência (denominador) e período de 
tempo. 
 
OBS: o risco não precisa significar algo ruim, mas 
também pode significar algo positivo, como risco de ser 
feliz, o risco de conseguir tal coisa. 
 
Aplicações do risco na prática médica: 
 
Os epidemiologistas que atuam nessa área, eles têm 
condições de fazer previsões do futuro a partir de 
observações do passado. EX: A epidemiologia faz uma 
pesquisa em março sobre grupos de risco do 
Coronavírus, quais eram as pessoas que se encaixavam 
nesse grupo, se faz um estudo então de todas as 
características e desenvolvimento da doença nas 
pessoas que estavam precisando de mais ajuda ou 
acabavam vindo à óbito, a partir disso se faz a previsão 
do grupo de risco e como ele se manifesta. Toda essa 
previsão foi feita com um estudo iniciado a tempos que 
avalia todas as características. 
Isso tudo é feito com o objetivo de planejar 
intervenções preventivas e seleção de casos para maior 
vigilância. Além disso, uma incerteza mensurável se faz 
presente quando se fala em previsão de futuro, pois 
mesmo baseada em fatos e estudos,exceções sempre 
existem e vários fatores podem interferir nisso. 
O que são fatores de risco? 
 
Fator de risco é algo que aumenta a probabilidade de 
ocorrência de uma doença. Fatores de risco são 
marcadores que visam a predizer a morbimortalidade 
futura, a partir da observação da ocorrência de eventos 
no passado em populações semelhantes. 
O objetivo da identificação dos fatores de risco é 
possibilitar intervenções preventivas. 
Uma pesquisa de fatores de risco é feita da seguinte 
forma: a população geral é dividida em dois grupos 
gerais, o grupo de população exposto aos fatores de 
risco e o grupo não exposto e com isso se vê a 
incidência de determinadas doenças. 
Como calcular riscos? 
 
Primeiro de tudo é feito um estudo para determinar o 
risco, para isso se utiliza uma determinada população 
(gestantes, crianças, mulheres, homens, professores, 
etc..). dentro dessa população vai ser observado 
pessoas que vão adoecer e pessoas que não vão 
adoecer. 
Qual o risco de desenvolver a doença em questão 
nessa população? 
 
 
Vale lembrar que dentro do grupo de população 
exposto aos fatores de risco vão existir expostos 
doentes e expostos não-doentes, assim como no grupo 
de população não exposto vão existir não expostos 
doentes e não expostos não doentes. Com isso no fim 
do estudo existiram grupos. 
Qual o risco de desenvolver a doença em questão no 
grupo dos expostos? 
 
11 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
 
 
Qual o risco de desenvolver a doença em questão no 
grupo dos não expostos? 
 
 
 
Qual o risco adicional de desenvolver a doença em 
questão após a exposição? 
Calculo feito para o grupo de população exposto: 
 
Calculo feito para o grupo de população não exposto: 
 
 
Quantas vezes mais provável é as pessoas expostas 
desenvolverem a doença em relação às não expostas? 
 
Quais as limitações para o uso do risco na prática 
médica? 
 
• Risco refere-se ao coletivo (refere-se ao grupo) 
– qual a aplicabilidade individual? 
• Vigilância médica, medicalização e 
culpabilização dos pacientes. 
• Desvalorização de evidências não numéricas. 
• Foco em evitar fatores que produzem doença 
ao invés de estimular fatores que promovem 
saúde. 
• Vulnerabilidade: síntese compreensiva das 
dimensões comportamentais, sociais e 
político-institucionais implicadas nas 
diferentes suscetibilidades de indivíduos e 
grupos populacionais a um agravo à saúde e 
suas consequências indesejáveis (sofrimento, 
limitação e morte). 
• Fatores de risco e causalidade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
causalidade 
 
O principal objetivo da epidemiologia é prevenir 
doenças e promover saúde. para que isso seja possível, 
é necessário conhecer as causas das doenças e agravos 
à saúde e as maneiras pelas quais podem ser 
modificados. 
O conceito de causa é fonte de muita controvérsia em 
epidemiologia. O processo pelo qual se faz ligação 
entre possíveis causas e seus desfechos é o principal 
tema da filosofia geral da ciência, e o conceito de causa 
tem diferentes significados em diferentes contextos. 
 
Conceito de causa: “A causa de uma doença ou agravo 
à saúde é um evento, condição, característica ou uma 
combinação desses fatores que desempenham um 
papel importante no desenvolvimento de um desfecho 
em saúde”. 
causa necessária: 
 
É aquela causa essencial para a ocorrência da doença, 
sem essa causa não é possível ocorrer a doença. EX: 
para que a pessoa tenha a doença causada pelo 
Coronavírus ela precisa ter contato com o vírus 
causador do COVID-19. EX: doenças infecciosas tem 
como causa essencial o agente causador da 
determinada doença, como a dengue pelo Aedes. 
Causa suficiente: 
 
É aquela causa que inevitavelmente produz a doença, 
é suficiente sozinha para produzir a doença. Envolve 
principalmente as causas genéticas. EX: Síndrome de 
Down, todas as pessoas que tem a trissomia do 
cromossomo 21 vão apresentar tal síndrome, essa 
alteração é causa suficiente para causas a síndrome. 
EX: fenilcetonúria, defeito congênito que é genético 
recessivo causado por problema em proteínas que vão 
acumular aminoácidos (fenilalanina) no organismo, o 
que por sua vez vai desencadear um odor de peixe 
podre na pessoa na tentativa de eliminar esse excesso 
de aminoácido nos fluidos corporais. 
E os fatores de risco? 
 
Fatores de risco não são nem suficientes nem 
necessários para a ocorrência de doenças!! 
Geralmente, fatores de risco são causas contribuintes, 
ou seja, colaboram para o aparecimento da doença. 
Fatores de risco não são necessários para causarem 
doenças: se fossem estaria sendo dito que para uma 
pessoa ter infarto agudo do miocárdio ela 
necessariamente precisa ser tabagista. 
Fatores de risco não são suficientes para a ocorrência 
de doenças: se fosse suficiente todas pessoas 
tabagistas teriam de infarto agudo do miocárdio. 
Causa única – Postulado de Koch: 
 
Esse postulado foi desenvolvido para explicar quando 
que vai ser determinado que aquele agente especifico 
é o agente causal de alguma doença clínica. Essa teoria 
diz que: 
• O organismo precisa estar presente em todos 
os casos de doença; 
• O organismo precisa ser isolado e cultivado em 
uma cultura pura; 
• O organismo precisa causar uma doença 
especifica quando inoculado em um animal; 
• O organismo precisa então ser recuperado do 
animal e identificado. 
Essa foi uma das primeiras teorias de determinação das 
causas da doença. O primeiro microrganismo que 
conseguiu cumprir esses 4 critérios foi o Antraz, 
atualmente o mais conhecido a cumprir é o da 
tuberculose. 
Múltiplas causas: 
 
As doenças, especialmente as doenças crônicas não 
transmissíveis são aquelas chamadas de multicausais, 
ou seja, são muitas causas que interferem no fato da 
pessoa ter aquela determinada doença, é uma rede de 
causas, uma hierarquia causal. 
 
13 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
 
Essas causa e fatores interagem entre si para 
desencadear uma única doença em questão. 
Inferência causal – Critérios de Hill: 
 
 
Inferência causal é dizer que determinada coisa é causa 
da outra e para dizer isso são necessários os critérios 
de Hill. A doença deve respeitar esses critérios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Delineamentos epidemiológicos 
 
É a maneira, o caminho do qual o pesquisador escolhe 
conduzir sua pesquisa. E essas maneiras de conduzir a 
pesquisa são os chamados delineamentos 
epidemiológicos. 
Existem pesquisas qualitativas e quantitativas. Nas 
pesquisas qualitativas é avaliado a qualidade do que a 
pessoa diz, enquanto a pesquisa quantitativa se baseia 
em números (quantas pessoas gostaram do EAD, por 
exemplo), mas não vai mais afundo disso. A pesquisa 
qualitativa não faz parte dos delineamentos 
epidemiológicos, a epidemiologia lida diretamente 
com pesquisas quantitativas. 
 
A maioria dos estudos são estudos observacionais, 
onde não ocorre a intervenção do pesquisador. 
• Modo de exposição: distingue os estudos de 
observação e de intervenção (ou de 
experimentação); 
• Propósito geral: distingue os estudos 
descritivos (só descrevem como está a 
situação, mas não explicam o porquê) e os 
analíticos (tentam explicar os porquês, tentam 
encontrar exposição e desfecho); 
• Direção temporal: distingue os estudos 
prospectivos (estudos de coorte), 
retrospectivos (estudos de caso controle) e 
transversais; 
• Unidade de observação: unidade indivíduo ou 
um grupo de indivíduos (estudo ecológico 
somente). 
Estudos de intervenção (estudos experimentais): 
 
O pesquisador traz as pessoas para o laboratório e 
oferece para essas pessoas uma intervenção 
(remédios, vacinas, exercícios físicos),ou seja, o 
pesquisador faz uma intervenção direta nos 
participantes da pesquisa. 
Ensaio clinico randomizado: 
Estudo que seleciona os indivíduos e os divide em dois 
grupos aleatoriamente, um dos quais recebe a 
intervenção (o experimental) e outro que não recebe a 
intervenção (o grupo controle); estabelecendo a 
relação intervenção-efeito através da comparação 
entre as taxas de incidência do efeito da intervenção 
entre os grupos. (Quais são os efeitos dessa 
intervenção?). Geralmente usado para testar 
tratamentos em pessoas doentes. 
Vantagens: alta credibilidade (ambiente bem 
controlado), procedimento decididos a priori, 
cronologia determinada dos eventos (respeito da 
temporalidade), pode-se determinar dose-resposta, 
poucos fatores de confusão. 
Desvantagens: questões éticas, necessidade de 
população estável e seguimento de indivíduos, 
necessidade de ótima estrutura administrativa. 
 
Randomização é sorteio, então para escolher que 
grupo irá receber o remédio e que grupo recebera o 
placebo será feito um sorteio, ou seja, é uma escolha 
aleatória. 
Ensaio de campo: 
Estudo semelhante ao ensaio clínico, que seleciona os 
indivíduos para receber uma intervenção (o 
experimental) e outros para não receberem a 
intervenção (o grupo controle); estabelecendo a 
relação intervenção-efeito através da comparação 
entre as taxas de incidência do efeito da intervenção 
entre os grupos, mas que trata de indivíduos sem 
doenças. (Quais são os efeitos dessa intervenção?). 
 
OBS: a principal diferença entre ensaio clinico 
randomizado e ensaio de campo é que nesse ultimo em 
vez de estarmos falando de pessoas com doença, 
estamos falando de pessoas sem doença, pessoas 
saudáveis, logo geralmente é usado para testar 
vacinas, medidas preventivas. 
 
 
15 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Vantagens: boa credibilidade, procedimento decididos 
a priori, cronologia determinada dos eventos; pode-se 
determinar dose-resposta, poucos fatores de 
confusão. 
Desvantagens: questões éticas, necessidade de 
população estável e seguimento de indivíduos, 
necessidade de ótima estrutura administrativa. 
Estudos observacionais: 
 
O pesquisador não faz nenhum tipo de intervenção, 
somente observa tudo que está acontecendo. 
 
Estudos descritivos: 
Estudo que descreve indicadores em saúde (Como está 
a situação da população?). Geralmente realizados por 
instituições como IBGE, data folha, entre outros. Na 
maioria das vezes são dados colocados em um gráfico. 
Vantagens: apresentam dados relativos a indicadores 
em saúde, fornecendo informações importantes para a 
elaboração de políticas de saúde. 
Desvantagens: Não realização de análise dos fatores 
relacionados às alterações 
(aumento/manutenção/diminuição) nos indicadores 
em saúde. 
Estudos transversais: 
Estudo que examina a relação exposição-efeito em 
uma população em um mesmo momento. (Exposição e 
efeito estão associados?). EX: aulas em EAD estão 
associadas com ansiedade? “Tirou uma fotografia do 
momento”. 
 
Vantagens: simplicidade, baixo custo, rapidez, não 
necessita seguimento dos indivíduos. 
Desvantagens: viés da prevalência, viés da causalidade 
reversa (não respeita a temporalidade, não se sabe o 
que veio primeiro, pois as duas coisas estão sendo 
vistas em um mesmo momento), pode-se apenas 
calcular prevalência (incidência não), fatores de 
confusão (não pode fazer inferências causais). 
Estudos de coorte: 
Estudo que seleciona os indivíduos de acordo com a 
exposição (expostos e não expostos) e os acompanha 
ao longo do tempo, medindo no futuro os efeitos, para 
determinar a relação exposição-efeito. (Qual o efeito 
da exposição?). 
 
Vantagens: excelente qualidade dos dados, eventos 
em ordem cronológica, calcula-se incidência, muitos 
desfechos podem ser investigados. 
Desvantagens: alto custo, perdas de seguimento, 
grande número de indivíduos; não se aplica para 
doenças raras, resultados lentos, mudanças no hábito 
de vida podem levar a erros de classificação quanto à 
exposição. 
Estudos de caso controle: 
Estudo que seleciona os indivíduos partindo do efeito, 
ou seja, seleciona casos e controles, e a partir disso 
verifica o nível de exposição de cada um. (Qual a causa 
da doença?). 
As pessoas terão sido expostas ou não a doença, depois 
disso vai ser feito o estudo com pessoas doentes e não 
doentes, esse estudo investigara o passado desses 
expostos com doença, não expostos com doença e 
expostos e não expostos sem doença. Ou seja, o estudo 
vai na direção contraria do tempo atual, pois é algo que 
já foi vivido. 
 
Vantagens: resultados rápidos, baixo custo, muitos 
fatores de risco podem ser investigados, número 
pequeno de participantes, não necessita 
acompanhamento. 
 
16 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Desvantagens: dificuldade de seleção do grupo 
controle, dados da exposição inadequados por terem 
ocorrido no passado; viés da “ruminação”, viés da 
causalidade reversa, viés do entrevistador, não se pode 
calcular incidência nem prevalência, muitos fatores de 
confusão. 
Estudos ecológicos: 
Estudo que utiliza estatísticas já existentes sobre 
grupos de indivíduos e as compara, visando a verificar 
associações. 
 
Vantagens: simplicidade, baixo custo, rapidez, 
conclusões generalizáveis. 
Desvantagens: não há acesso a dados individuais, 
falácia ecológica, diferentes fontes de informação, 
qualidade duvidosa dos dados, dificuldades nos 
métodos estatísticos, correlações ao acaso, fatores de 
confusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Erros em epidemiologia 
 
 As investigações epidemiológicas têm por objetivo 
fornecer medidas precisas da ocorrência das doenças 
(ou outros desfechos). No entanto, há muitas 
possibilidades de erro nessas medidas. Os 
epidemiologistas têm tentado minimizar esses erros e 
estimar o impacto daqueles que não podem ser 
eliminados para que o estudo feito seja um artigo 
confiável. Os erros podem ser aleatórios ou 
sistemáticos. 
Erro aleatório: 
 
O erro aleatório ocorre quando o valor medido na 
amostra de estudo diverge, devido ao acaso, do 
verdadeiro valor da população. Esse erro não pode ser 
completamente eliminado. As três principais causas de 
erro aleatório são: variação biológica individual, erro 
de amostragem e erros de medida. 
Variação biológica individual: a variação individual 
sempre ocorre e nenhuma medida é perfeitamente 
precisa. EX: diabéticos que realizam o HGT sempre no 
mesmo horário em jejum, nem todos os dias vão dar o 
mesmo valor, isso ocorre por uma variação do 
organismo individual, é algo natural do ser humano. 
Erros de medida: os erros de medida podem ser 
reduzidos através do uso de protocolos rigorosos e da 
realização um controle sistemático de qualidade. Os 
investigadores necessitam entender os métodos de 
medida que estão sendo utilizados no estudo e os 
potenciais erros que estes podem causar. Esse é um 
erro previsível e evitável. EX: aparelhos como balanças, 
termômetro, pipetas descalibrados ou mal regulados. 
Erros de amostragem: o erro de amostragem decorre, 
geralmente, da falta de representatividade da amostra 
(é necessário um grupo que represente todas as 
pessoas e contextos na amostra), que não contempla 
toda a variabilidade da população. A melhor forma de 
reduzir esse erro é aumentar o tamanho amostral. O 
tamanho da amostra deve ser grande o suficiente para 
que o estudo tenha poder estatístico para detectar as 
diferenças importantes. Para que esse erro seja 
minimizado ao máximo é importante fazer o cálculo 
amostral. 
 
 
Erro sistemático: 
 
O erro sistemático (ou viés) ocorre em epidemiologia 
quando os resultados diferem de uma maneira 
sistemática dos verdadeiros valores. 
Aspossíveis fontes de erros sistemáticos em 
epidemiologia são muitas e variadas. EX: quando para 
um grupo de obesos é utilizada uma balança 
descontrolada e para os outros uma balança calibrada. 
Mais de trinta tipos de vieses foram identificados, 
sendo os principais: vieses de seleção e vieses de 
mensuração. É um erro que precisa ser controlado e 
evitável. 
Viés de seleção: 
O viés de seleção ocorre quando há uma diferença 
sistemática entre as características das pessoas 
selecionadas para o estudo em relação àquelas que 
não foram selecionadas. 
Se os indivíduos que entraram ou permaneceram no 
estudo possuíam características diferentes daqueles 
que não foram inicialmente selecionados ou que 
saíram antes de terminar o estudo, o resultado é 
enviesado. 
EX: auto seleção (pessoas que se oferecem para 
participar de uma pesquisa), amostragem por 
conveniência, viés do trabalhador saudável (ao fazer 
uma amostra em ambientes de trabalho e pergunto 
somente para os que estão trabalhando, descartando 
os que estão afastados, de licença, de atestado, etc..). 
Viés de mensuração: 
O viés de mensuração ocorre quando a medida 
individual ou classificação da doença ou exposição são 
imprecisas, isto é, não medem corretamente o que se 
propõem a medir. 
Há inúmeras fontes de viés de mensuração e seus 
efeitos variam em importância. 
EX: viés de memória (pessoas internadas tem uma 
tendência muito maior em reviver a doença do que 
pessoas já curadas, mas que passaram pela mesma 
doença), viés do observador (involuntariamente por 
características que o observador sabe ele tende a 
beneficiar mais os resultados de um determinado 
grupo). 
 
18 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
 
Fator de confusão: 
 
O fator de confusão é outro grande problema nos 
estudos epidemiológicos. O fator de confusão ocorre 
quando o efeito de duas exposições (fatores de risco) 
não for diferenciado, levando à conclusão incorreta de 
que os efeitos são devido a uma variável e não a outra. 
Para ser fator de confusão, duas condições devem ser 
satisfeitas: a variável de confusão deve estar associada 
com a exposição, mas não ser consequência dela; e 
estar associada com os desfechos, independente da 
exposição. 
EX: Classe social e idade. 
EX: foi feito um estudo em que dizia que as pessoas que 
ingeriam café tinham doença cardíaca, mas foi 
encontrado um fator de confusão que é o ato de fumar, 
pois esse estava diretamente relacionado com as 
doenças cardíacas independente da ingestão de café, 
mas pessoas que ingerem café tem muitas vezes o 
habito de tomar um café fumando, o que leva a 
ocorrência de doenças cardíacas. 
 
Vários métodos estão disponíveis para controlar 
fatores de confusão. Esses métodos podem ser 
utilizados tanto no delineamento do estudo (quando se 
está no planejamento do estudo) quanto na análise dos 
resultados (menos efetivo). 
Os métodos mais comumente empregados para 
controlar fatores de confusão no delineamento de um 
estudo são: randomização (sorteio), emparelhamento 
(principalmente para o fator da idade, juntando as 
categorias) e restrição. 
Durante a análise dos resultados, os fatores de 
confusão podem ser controlados por: estratificação 
(separação dos grupos) e modelagem estatística. 
Validade e precisão: 
 
A validade expressa a capacidade de um teste de medir 
aquilo que se propõe a medir - um estudo é válido se 
os seus resultados correspondem à verdade; quando 
isso ocorre, não existe erro sistemático e o erro 
aleatório é o menor possível. 
A validade interna de um estudo diz respeito ao grau 
no qual os resultados de uma observação estão 
corretos em relação a um grupo particular de pessoas 
que estão sendo estudadas. EX: estudo inglês o quanto 
está correto nas proporções da população inglesa. 
A validade externa ou generalização é a extensão na 
qual os resultados de um estudo são aplicados para 
pessoas que não participam dele. A validade externa 
requer o controle de qualidade das medidas e o 
julgamento sobre quanto os resultados de um estudo 
podem ser extrapolados. EX: o quanto um estudo 
inglês é valido no Brasil. 
Se não se tem validade não se tem precisão, porque 
mesmo tendo precisão as informações ditas serão 
mentiras, descartando essa chance de precisão. O 
contrário é possível, mas danifica na qualidade do 
estudo. 
 
Considerações éticas: 
 
• Todos os estudos epidemiológicos devem ser 
revisados e aprovados por um comitê de ética. 
• Consentimento informado. 
• Confidencialidade. 
• Respeito pelos direitos humanos. 
• Integridade científica. 
 
19 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Medicina baseada em evidências 
 
Na tentativa de promover a melhor conduta 
cientificamente embasada para diagnosticar o que um 
paciente tem e como trata-lo usa-se a medicina 
baseada em evidencias. O conceito dessa é: “Uso 
consciente, judicioso e explícito das melhores 
evidências disponíveis atualmente para a tomada de 
decisões acerca do cuidado dos pacientes.” 
Ou seja, essa medicina baseada em evidencias vai aliar 
as melhores evidencias cientificas disponíveis com as 
características do paciente e a experiencia do médico. 
Por que a APS precisa da MBE? 
 
A medicina baseada em evidencias é uma ferramenta 
muito importante que permite que os problemas 
sejam solucionados de uma maneira eficiente e 
também atende a um dos critérios do método clinico 
centrado no paciente que é a decisão compartilhada 
informada. 
Dessa maneira, a medicina baseada em evidencia se 
torna um dos pilares mais importantes do atendimento 
primário à saúde. 
Objetivos e princípios da MBE? 
 
• Reconhecer o papel das evidências na tomada 
de decisões clínicas efetivas; 
• Abordagem sistemática na solução de 
problemas; 
• Há uma hierarquia nos níveis de evidências; 
• Evidências são necessárias, mas não 
suficientes. 
Etapas da MBE: 
 
A medicina baseada em evidencia é dividida em quatro 
etapas: 
• Formular a questão do problema; 
• Buscar evidencias; 
• Analisar criticamente as evidencias; 
• Aplicas as evidencias ao contexto. 
Formulação do problema / questão: 
Estratégia PICO: P (problema, fazer perguntas 
referentes e pensar nele), I (intervenção ou indicador), 
C (comparação ou controle) e O (out comes, que são os 
desfechos dessa comparação ou controle). 
É importante formular uma questão objetiva a ser 
respondida que contenha os descritores da saúde e 
que seja centrada no sentimento, queixa e relato do 
paciente. O paciente é o centro da nossa consulta ao 
elaborarmos a questão problema. 
Buscar a melhor evidencia cientifica: 
Utilizar fontes seguras, livros-texto, revisões 
sistemáticas, sinopses, diretrizes e artigos originais, 
essas são as principais fontes de busca de evidencias 
utilizadas. 
Analisando criticamente as evidencias: 
 
Essa pirâmide traz no topo as melhores referencias e 
na base as evidencias de pior qualidade, ou seja, que 
apresentam uma margem de erro muito maior. 
Os livros muitas vezes possuem um sistema GRADE 
para direcionar de onde vem aquelas evidencias: 
 
Aplicando as evidencias: 
Relacionar todas as questões do contexto do paciente 
e toda nossa experiencia clinica quanto médicos para 
estabelecer a melhor maneira de solucionar o 
problema trazido pelo paciente. 
OBS: Tele Saúde RS – diversos médicos que auxiliam 
outros da atenção primaria com a MBE. 
 
20 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Epidemiologia clínica: 
 
A epidemiologia clínica se originou a partir da prática 
clínica e surgiu da necessidade de melhorar o 
diagnóstico e o manejo dos doentes, por meio da 
utilização de métodos epidemiológicos já consagrados 
no estudo de populações. 
“A aplicação, por um médico que cuida diretamente de 
pessoas, de métodos estatísticos e epidemiológicos 
para estudar os processos diagnóstico e terapêutico 
com o intuito de produzir uma melhora na saúde”.“Epidemiologia clínica representa a forma com que a 
epidemiologia clássica, tradicionalmente orientada 
para estratégias populacionais, se expandiu para incluir 
as decisões clínicas do cuidado de doentes individuais”. 
Para alguns autores, a medicina baseada em evidências 
é a forma moderna de aplicação da epidemiologia 
clínica no cuidado das pessoas. Para outros, é uma 
evolução da epidemiologia clínica. 
PRATICA CLINICA + METODOS DA EPIDEMIOLOGIA 
= 
EPIDEMIOLOGIA CLINICA 
 
Normalidade e anormalidade: 
 
• Variabilidade individual, entre os indivíduos 
dentro de uma população e entre as 
populações (culturais e comportamentais); 
• Distinção entre normalidade e anormalidade 
encarada como “ou um ou outro”; 
• Diferenças entre normal e média o que foge da 
média é considerado anormal, por ser 
incomum, mas nem sempre isso precisa 
significar doença ou risco de saúde. doença é 
somente quando essa alteração provoca 
alguma complicação na vida da pessoa; 
• “Uma pessoa normal é alguém que ainda não 
foi suficientemente examinado”; 
• Nem sempre o que está dentro da media é o 
mais saldável, mais correto. 
• Lembrar que não é um critério ou outro, não é 
ou saúde ou normalidade, ou doença e 
anormalidade, isso está interligado e uma 
pessoa vai possuir dentre vários parâmetros 
todos os conceitos consigo. 
Raciocínios diagnósticos: 
 
Segundo analise de artigos, 80% dos dados obtidos 
para estudos vem da anamnese, ou seja, dos dados que 
o paciente conta e nos traz, logo a escuta ativa é o 
pontoo de grande importância. Exames físicos e 
exames complementares representam 8,75%. 
Raciocínio determinístico ou categórico: 
É o reconhecimento imediato de padrões. É um padrão 
muito característico que já faz a pessoa ao olhar 
reconhecer a patologia ou o que é. Isso é muito visto 
na dermatologia ao ver as lesões. 
Raciocínio causal ou hipotético-dedutivo: 
É a capacidade de explicar os achados do paciente a 
partir de um arcabouço teórico formado por 
conhecimentos clínicos e fisiológicos sobre um 
determinado problema ou doença. É o mais comum de 
ser visto dentre as pessoas da área da saúde, visto que 
isso se constrói com a formação acadêmica. 
Raciocínio probabilístico: 
Baseia-se em estimativas da probabilidade da doença 
em vários momentos do diagnóstico. Geralmente é 
usado indiretamente. 
 
 
 
21 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Acurácia dos testes diagnósticos: 
 
Ao se fazer um exame simples, os resultados possíveis 
são: dar negativo ou dar positivo. No entanto, esses 
dois resultados podem ainda ter duas derivações de 
interpretação que são: verdadeiro positivo e falso 
positivo (o exame veio com resultado positivo, mas a 
pessoa não apresenta aquela condição que o exame 
estava pesquisando) e falso negativo (mesmo o exame 
vindo com resultado negativo a pessoa possui aquela 
condição que o exame estava investigando) e 
verdadeiro negativo. 
 
Dessa maneira, por esses motivos que quando temos 
um resultado de um exame positivo em mãos não 
podemos dar 100% de certeza para o nosso paciente 
de que esse é o diagnóstico, pois os exames podem 
apresentar esses erros de acordo com a sua 
sensibilidade e especificidade. 
 
Sensibilidade: proporção de indivíduos doentes que tem 
o teste positivo (verdadeiros positivos); capacidade do 
teste de detectar os doentes. Testes muito sensíveis 
são utilizados para fazer rastreamento na população 
(doação de sangue) e para excluir a doença quando 
negativos (câncer como causa de lombalgia). 
 
Especificidade: proporção de indivíduos sem a doença 
que tem o teste negativo (verdadeiros negativos); 
capacidade do teste de detectar os saudáveis (que não 
têm a doença). Testes muito específicos são utilizados 
para confirmar a doença quanto positivos (macicez à 
percussão no diagnóstico de derrame pleural). 
 
Acurácia: capacidade do teste de acertar o diagnóstico; 
porcentagem de vezes em que o teste acerta 
(verdadeiros positivos e verdadeiros negativos). 
 
Valor preditivo positivo: probabilidade de o paciente ter 
a doença quanto o resultado do teste é positivo. 
 
Valor preditivo negativo: probabilidade de o paciente 
não ter a doença quanto o resultado do teste é 
negativo. 
 
História natural da doença e prognóstico:

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