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Arte e Novas Tecnologias Acadêmico (a)1 Fernanda de Paula Santos Chagas Tutor (a) externo (a) 2 Tutor Flex1 Resumo Desde os tempos mais remotos arte e tecnologia caminham juntas através da história da humanidade. Na medida em que avançavam e se desenvolviam tanto a arte quanto a tecnologia se beneficiaram das conquistas alcançadas por ambas. As mais diversas manifestações artísticas puderam aperfeiçoar suas técnicas ao absorverem novos produtos e ferramentas que determinaram novas maneiras de se criar artisticamente e introduziram novos recursos para a produção de artes. Do homem nas cavernas que utilizava sangue animal e sementes para produzir a “tinta” de suas pinturas até as exposições virtuais cada passo da tecnologia é absorvido pela arte, e vice-versa. Hoje é possível conhecer obras de arte, artistas e museus sem sair do conforto do próprio lar, algo impensável há algumas décadas atrás. O acesso a arte, com o apoio da tecnologia, tem se tornado mais acessível e inclusivo. Ao mesmo tempo, procura-se através da arte dotar de expressividade e personalidade produtos, serviços e recursos tecnológicos que até então eram feios, frios e padronizados. Chegamos à era dos recursos customizáveis em que as empresas irão procurar oferecer produtos e serviços que agradem todos os sentidos dos clientes Palavras Chave: Tecnologia; Artes; Tempos Remotos. INTRODUÇÃO A arte e a tecnologia parecem de fundir no mundo contemporâneo. A arte é modificada pela tecnologia, assim como a tecnologia se faz a partir da arte e cria novas formas de se fazê-la. Essa fusão se faz valer positivamente em vários meios, em espacial na educação. Os diálogos estabelecidos pela arte e a tecnologia faz nascer novas tendências de interatividade humana, de abordagem e afeto de si com o outro e, junto 1 Fernanda de Paula Santos Chagas 2 Tutor Flex 1 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Artes Visuais (FF04996) – Prática Artística ( Fundamentos Históricos e Tecnológicos da Arte) - 02/06/2021 com elas, as chamadas tecnologias educacionais: de ensino e de aprendizagem e novas formas de educar. As principais características da tecnologia são a mobilidade, a multifuncionalidade, convergência e integração e a arte, como forma de expressão e comunicação humana, sempre esteve envolvida com a tecnologia em seu desenvolvimento. Quando realizamos um estudo histórico da arte, percebemos que, na medida em que novas tecnologias eram desenvolvidas, como por exemplo, os textos artísticos que se vem a partir do desenvolvimento da escrita, dentre outros, a arte se apropriava e se recriava a partir das potências de produção e interação oferecidas pela tecnologia. O alcance de compreensão de mundo e comunicação de massa oferecidos pelas tecnologias, permitiu a expansão do olhar e do fazer artístico, assim como de sua implicação na humanidade. A arte, como comunicação, é moldada pela tecnologia. O desenvolvimento das tecnologias sociais está interligado às tecnologias na educação, fornecendo, assim, material para novas criações e compreensões de mundo. As tecnologias sociais promovem uma nova interatividade no ensino e descentraliza a visão de educador/educando. Por isso, o uso da arte e da tecnologia nas escolas permite uma nova abordagem da pluralidade humana, numa desespecificação das práticas artísticas, influenciadas pelo amplo alcance e interatividade promovido pelas tecnologias. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No mundo de hoje, a maior parte das crianças e jovens está inserida em uma cultura na qual as tecnologias, o computador e a internet são muito comuns. Por isso, esses jovens também são conhecidos como “nativos digitais”, (JORDÃO, 2009), tendo em vista que a sua forma de pensar e aprender está relacionada à rapidez de acesso às informações, à forma de acesso a diferentes conexões e às múltiplas possibilidades de caminhos a se percorrer oferecidas por esses recursos. A cada dia, mais os professores se deparam, em suas salas de aula, com alunos que convivem diariamente com as tecnologias digitais. Estes alunos têm contato com jogos complexos, navegam pela internet, participam de comunidades, compartilham informações, enfim, estão completamente conectados com o mundo digital. (JORDÃO, 2009, p. 10). De um lado, os nativos digitais estão acostumados ao hipertexto, à hipermídia, às redes sociais e as estruturas narrativas não lineares. De outro, agentes de educação que não nasceram em meio digital, mas que cresceram vendo filmes e lendo livros e, por isso, tem dificuldades em lidar com a não linearidade (Marinho, 2011). Nesse sentido, torna-se preciso uma aproximação dessas experiências, ao invés da exposição unilateral de vivencias e saberes. Atrais alunos é tão importante, tanto quanto incentivar e incluir os professores nesses novas metodologias de ensino, aprendizagem e produção de conhecimento (Marinho, s/p., 2011). Assim, a escola é de fundamental importância para o desenvolvimento de currículos e projetos pedagógicos nos quais as tecnologias de informação e comunicação também se constituam como recursos a essas novas formas de aprender e ensinar ( JORDÃO, 2009). Para isso, é preciso se desfazer de posturas tradicionais e se adequar às mudanças de paradigmas tão necessárias na educação. Tecnologia é mais uma possibilidade de ação educacional. Nesta era em que os estudantes criam páginas na web, animações, gráficos, vídeos, é visível a força da Arte e Tecnologia convertendo-se em um novo meio de linguagem. As novas tecnologias digitais enriquecem o desenvolvimento da capacidade de pensar, criar e participar de uma sociedade atual complexa que está em construção. (CARVALHO E NUNES, 2010, p. 01). Mas o professor não conseguirá sozinho, por isso, os sistemas e as instituições de ensino devem ter à disposição recursos digitais de qualidade para diversificar suas estratégias e motivar seus educandos. Um dos grandes desafios da informática na escola está na combinação do técnico com o pedagógico (Valente, 2005) e na formação do professor para que ele saiba orientar e desafiar o aluno para que a atividade computacional contribua para a construção de conhecimento. METODOLOGIA Este trabalho é um relato da minha experiência com Ensino de Arte para crianças do 6º ano do Ensino Fundamental II, no Colégio Romário Martins rede Estadual de ensino na cidade de Marialva Pr, a experiência foi realizada em forma remota devido a pandemia COVID-19, através de aula online via Meet. No início, enfrentamos algumas dificuldades, como espaço insuficiente, horário insuficiente, utilização da tecnologia com a aula online devido a pandemia Funcionários da escola e professores, exceto alguns pais que não deixaram seus filhos participarem falta de materiais de atividade. A pratica foi realizada de forma remota online via meet com a autorização da equipe pedagógica da escola, onde cada aluno realizava a atividade proposta dentro de suas residências com o acompanhamento de seus responsáveis e sendo orientados por nós para que conseguíssemos atingir o objetivo de repassar o que queríamos. Não foi autorizado a anexar imagens das crianças. Participaram dessa atividade alunos do 6º ano da colégio Romário Martins, a participação começou pequena, com poucos alunos e um pouco envergonhados, acredito que foi devido a ser de forma virtual, porem com o passar da aula foram se soltando e acabaram desenvolvendo a atividade proposta. Também participou desta experiência o acompanhamento da equipe pedagógica e alguns pais também acompanharam e realizaram a atividade junto conosco. A pratica foi realizada no final do primeiro trimestre, mais preciso no final de maio, foi utilizado em torno de uma semana para que fosse pesquisado e preparadoa aula, depois de passado para os alunos o que faríamos, e os materiais a serem comprados, levou-se em torno de duas aulas para que concluíssem toda a atividade proposta e socializássemos sobre tudo que tínhamos realizado. A Linguagem artística utilizada foi a Fotografia é a técnica de criar imagens por exposição luminosa em uma superfície fotossensível. Ao invés de proibir o uso dos aparelhos, porque não criar um projeto de trabalho que vise o aproveitamento de recursos tecnológicos, através das fotografias? Sem sombra de dúvida, essa atividade proporcionará grande entusiasmo nos alunos e as aulas se tornarão muito mais atrativas para os mesmos, além de fazer do trabalho docente uma mola propulsora para o aprender. O desenvolvimento do trabalho irá envolver aspectos da interdisciplinaridade, através da história da fotografia, conceitos básicos de óptica e semiótica, discussões acerca das pesquisas, relatórios descritivos do andamento do projeto, registro em ata das aulas, dentre várias outras formas de se envolver o grupo. O primeiro passo é conversar sobre a ideia de se trabalhar com o uso de celulares, exclusivamente para fotografias e vídeos, propondo pesquisas sobre o tema. O alunos poderiam utilizar tanto o celular, quanto as maquinas fotográficas, para que realizassem a atividade proposta. Os educandos tiravam fotos junto com seus responsáveis de coisas que aconteciam durante seu dia ou coisas que chamavam sua atenção. Cada aluno teria que apresentar no mínimo quatro fotografias e explicasse o motivo daquela foto ter chamado sua atenção. CONSIDERAÇÕES FINAIS As tecnologias, como o computador e a internet, são mais utilizados para preparação das aulas. Quando utilizam os recursos em sala de aula, o ensino é mais centrado em pesquisas, visita a sites e museus virtuais. Os professores não mencionaram a utilização dos recursos tecnológicos para produção artística pelos alunos. Foi um momento diferente, pois realizando a atividade de forma online devido a Pandemia, tive medo de não conseguir realizar por não estar com o contato mais próximo, porem tudo correu da melhor forma possível e também tivemos a colaboração dos responsáveis e tudo correu muito bem conforme planejado e com isso o objetivo foi alcançado. Enfim, as tecnologias contemporâneas são aliadas do ensino de artes e da educação e podem contribuir, efetivamente, para “pôr a escola à altura do seu tempo”. REFERÊNCIAS Bauman, Z. (2009). Vida Líquida (2ª ed.). Rio de Janeiro: Zahar. Bauman, Z. (2011). Vida em Fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Rio de Janeiro: Zahar. BRASIL, SECRETARIA DA EDUCAÇÂO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília, MEC/SEF, 1997. CARVALHO, Simone Woytecken. NUNES, Ana Luiza Ruschel. Arte e tecnologia na formação continuada de professores de artes visuais: uma proposta educacional inovadora. Faculdade de Artes de Paraná. 2010. Disponível em: http://www.fap.pr.gov.br/arquivos/File/extensao/2-ENREFAEB_3- SimposioAV/14SimoneWoytecken.pdf. Acessado em maio de 2013. MARINHO, Francisco Carlos de Carvalho. Arte, web e educação. Entrevista para a Revistapontocom, por Marcia Stein. 2011. Disponível em: http://www.revistapontocom.org.br/entrevistas/arte-web-e-educacao-poder-ilimitado. VALENTE, José Armando. Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. In: BRASIL. Integração das Tecnologias na Educação/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005. 204 p http://www.revistapontocom.org.br/entrevistas/arte-web-e-educacao-poder-ilimitado