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2 Escola João Octávio Nogueira Leiria São Francisco de Assis – 2º distrito Toroquá _____ de maio de 2021 Ano Escolar 2021 Ensino médio Professor(a): Johnattan B. Prates Disciplina: Projetos sustentáveis em Matemática Nome completo:_____________________________________________________ Turma:__________ Projeto: a irregularidade das chuvas Investigação 1: Consequência e instabilidade da chuva. Texto 1: PAM 2018: valor da produção agrícola nacional cresce 8,3% e atinge recorde de R$ 343,5 bilhões. Após cair em 2017, o valor da produção agrícola do país cresceu 8,3% em 2018, chegando a R$ 343,5 bilhões e atingindo novo recorde na série histórica iniciada em 1974. A alta foi puxada, principalmente, pelas commodities soja, algodão e café total, que tiveram aumentos de, respectivamente, 13,6%, 52,3% e 22,0%. A área plantada, no entanto, caiu 0,6%, ficando em 78,5 milhões de hectares, influenciada pela redução de 1,2 milhão de hectares (–6,8%) na área cultivada do milho, devido à falta de chuvas na época do plantio. A supersafra de grãos de 2017 não foi superada em 2018. Mesmo com os acréscimos de 29,0% na produção de algodão herbáceo (caroço), 43,5% na aveia, 2,8% na soja e 24,8% no trigo; o recuo de 16,0% na produção do milho – equivalente a 15,6 milhões de toneladas – foi fator predominante para o decréscimo de 4,7% no total produzido pelo grupo dos cereais, leguminosas e oleaginosas, que ficou em 227,5 milhões de toneladas. A soja foi responsável por 37,1% do valor da produção agrícola, mantendo-se no topo do ranking desde 1994, com exceção ao ano de 1996, quando a cana-de-açúcar alcançou a primeira posição. Na sequência, os principais produtos foram a cana (15,2%), o milho (11,0%), o café total (6,6%) e o algodão herbáceo (em caroço) (3,7%). São Paulo é o estado com maior valor da produção, com 15,5% de participação nacional, seguido de Mato Grosso, que aumentou seu percentual de 13,7% para 14,6%. Bahia e Mato Grosso do Sul também aumentaram seus percentuais na participação nacional, alcançando 5,7% e 5,6%, respectivamente. Esses estados aumentaram, em 2018, a produção de soja e algodão herbáceo, além de serem importantes produtores de milho. Em relação aos municípios, os maiores valores de produção foram em São Desidério (BA), com R$ 3,6 bilhões; Sapezal (MT), com R$ 3,3 bilhões; e Sorriso (MT), com R$ 3,3 bilhões. A pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) 2018 traz informações em nível de municípios sobre a área plantada, área destinada à colheita, área colhida, a quantidade produzida, rendimento médio obtido e valor da produção de 64 produtos agrícolas. [...] Seca afeta produção de milho e eleva preços do cereal A seca afetou a produção de milho e a safra de 2018 foi 16,0% inferior à de 2017 – o equivalente a 15,6 milhões de toneladas –, ficando em 82,3 milhões de toneladas. Com a menor oferta nacional e internacional, já que a Argentina também sofreu problemas climáticos, o valor da produção chegou a R$ 37,6 bilhões, um aumento de 14,1%. As condições climáticas adversas causaram perdas de produção no Rio Grande do Sul (–24,8%), Paraná (– 27,3%), Mato Grosso do Sul (–24,3%), Mato Grosso (–12,6%) e Goiás (–10,6%). Dentre os 10 maiores estados produtores de milho, apenas Bahia e Piauí apresentaram acréscimo de produção, com altas de 18,3% e 5,5%, respectivamente. Os 20 maiores municípios produtores de milho estão na Região Centro-Oeste e juntos foram responsáveis por 24,1% de toda a produção nacional. Os principais estados produtores são Mato Grosso, Paraná e Goiás. Atividades: 1. O Brasil produz mais de 230 milhões de toneladas de alimento por ano. Você acha que esse número é muito grande? Supondo que fosse destinada a todos os brasileiros, essa quantidade seria suficiente? Para descobrir, considere que uma pessoa come em média cerca de 2 quilos de alimentos por dia. #SomostodosJoãoOctávio 2 Pesquise o tamanho da população brasileira, estime a quantidade de alimento consumida pelos brasileiros em um ano e compare esse valor com a produção anual de alimentos (230 milhões de toneladas). 2. Os gráficos abaixo mostram a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas das grandes regiões do Brasil em 2017. A) Quais regiões do Brasil tiveram maior participação na produção agrícola em dezembro de 2017 segundo o infográfico apresentado? B) Pesquise em quais épocas do ano, geralmente, é feita a colheita dessa produção. C) Como a irregularidade das chuvas pode afetar a produção agrícola? Pesquise se houve períodos recentes em que a irregularidade das chuvas afetou a produção agrícola em algumas dessas regiões. Texto 2: A seca retratada na arte. Diversos artistas já retrataram de diferentes formas – literatura, música, artes visuais – a seca no Brasil, a instabilidade das chuvas e as questões socioeconômicas envolvidas nesse tema. A seguir temos um trecho de O quinze, livro de Rachel de Queiroz lançado em 1930 que retrata uma história que se passa em uma grande seca que assolou o sertão nordestino em 1915. Agora, ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar. Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome, enquanto a seca durasse. #SomostodosJoãoOctávio 2 Depois, o mundo é grande e no Amazonas sempre há borracha… Alta noite, na camarinha fechada que uma lamparina moribunda alumiava mal, combinou com a mulher o plano de partida. Ela ouvia chorando, enxugando na varanda encarnada da rede, os olhos cegos de lágrimas. Chico Bento, na confiança do seu sonho, procurou animá-la, contando-lhe os mil casos de retirantes enriquecidos no Norte. A voz lenta e cansada vibrava, erguia-se, parecia outra, abarcando projetos e ambições. E a imaginação esperançosa aplanava as estradas difíceis, esquecia saudades, fome e angústias, penetrava na sombra verde do Amazonas, vencia a natureza bruta, dominava as feras e as visagens, fazia dele rico e vencedor. Questionamentos: 1. Pesquise como foi a seca do Nordeste em 1915. Mencione os impactos econômicos e sociais que esse evento causou na região. 2. Segundo o historiador Marco Antonio Villa, autor de Vida e morte no Sertão, durante a seca de 1915 teriam morrido pelo menos 100 mil nordestinos. Considerando que nesse ano havia pouco mais que 20 milhões de habitantes no Brasil, determine a porcentagem da população brasileira que morreu nessa seca. 3. Pesquise outras obras de arte – como quadros, textos literários ou esculturas – que contemplem a temática da seca. Texto 3: A irregularidade das chuvas em áreas urbanas. Quando dizemos que a irregularidade das chuvas pode nos afetar, não estamos nos referindo somente à falta dela. Chover muito em um curto período também pode trazer diversos problemas, como grandes enchentes. Uma alternativa que algumas grandes cidades adotam para tentar contornar essa situação é a construção de piscinões. Piscinão é o nome dado ao dispositivo hidráulico que funciona como um reservatório para conter a água vinda das enchentes dos rios. A função dos piscinões é minimizar os danos que as enchentes causam à população, principalmente em períodos de chuva. Os piscinões são projetados para segurar as cheias da maior parte das chuvas, como uma medida de controle de risco. Isso quer dizer que, para chuvas excepcionalmente fortes, os piscinões não conseguirão impedir o problema, mas sim minimizá-lo. Vale ressaltar que a construção de piscinões não é a única alternativa para conter enchentes. O aumento e a preservação de áreas verdes é uma boa opção para combater esse problema, pois esse tipo de flora tem a capacidade de absorver boa parte da água das chuvas. Atividade: Em 2017, na cidade de São Paulo, foi inaugurado o maior piscinão do Brasil. O chamado Piscinão Guamiranga tem a capacidade de armazenar até 850 mil metros cúbicos (m3) de água. Se esse piscinão for submetido a um regime de chuva de 4000 m³ por minuto e tiver umacapacidade de vazão de água de 500 m³ por minuto (ver esquema a seguir), quanto tempo levará para esse reservatório ficar cheio? #SomostodosJoãoOctávio 2#SomostodosJoãoOctávio
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