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Atividade de Direitos Humanos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA DE DIREITOS HUMANOS
PROFa. ISABELLE LUCENA LAVOR
JOÃO PAULO CAVALCANTE DE AQUINO - 201904055354
ATIVIDADE DE DIREITO HUMANOS
 
FORTALEZA
2021
1ª Questão
R – Sim. O estudo do Atlas da Violência 2020, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostra que os casos de homicídio de pessoas negras (pretas e pardas) aumentaram 11,5% entre 2008 e 2018, enquanto a taxa entre não negros (brancos, amarelos e indígenas) foi reduzida em 12,9%.
O estudo mostra ainda que, para cada pessoa não negra assassinada em 2018, três negros foram mortos. Além disso, os negros representaram 75,7% das vítimas. Enquanto a taxa de homicídio a cada 100 mil habitantes foi de 13,9 casos entre não negros, entre negros essa taxa chegou a 37,8. Esses dados evidenciam a persistência do racismo estrutural, da desigualdade racial e do preconceito e essa situação precisa ser enfrentada pelo poder público e pela sociedade como um todo.
Um outro dado apurado pelo Atlas e que comprova a existência do racismo estrutural é referente ao homicídio de mulheres. Enquanto entre as mulheres não negras foi constatada uma redução de 11,7%, já entre as negras a taxa subiu para 12,4%. No período pesquisado, os estados que tiveram as mais altas taxas de homicídios entre a população negra estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para Roraima (87,5 mortos para cada 100 mil habitantes), Rio Grande do Norte (71,6), Ceará (69,5), Sergipe (59,4) e Amapá (58,3). A disparidade racial entre as mulheres assassinadas é a soma de vulnerabilidades ainda mais evidentes do que quando se trata de homens. No caso dos homens, são muito mais relacionadas à falta de acesso que os homens têm a serviços e políticas públicas. Mas entre as mulheres negras há uma tripla vulnerabilização: racial, de gênero e de classe.
A violência policial é um dos fatores para a disparidade entre os mortos negros ou não. A ideia do negro perigoso é uma ideia que muitas vezes existe em várias polícias no Brasil. O uso da força diferenciada entre negros e não negros ainda existe muito. Não há como separar, nos dados do governo, os assassinatos cometidos por policiais e os por outros criminosos. No entanto, o índice de negros mortos é semelhante nos dois casos. Existe uma convergência entre os mortos pela polícia e os outros, em geral. Os negros estão entre 70% em ambos. Tem uma relação forte de como a política pública de segurança é ineficaz, ineficiente. Quando há investimento em soluções ostensivas e não preventivas, é esse é o resultado que temos em um país racista.

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