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Estudo Dirigido prescrição penal e extinção de punibiliade (1) (2)

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Estudo Dirigido – Ação penal e prescrição: Direito penal II
1. Julgue a afirmativa e corrija, caso entenda que está incorreta. Se a causa extintiva da punibilidade ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença, extingue a pretensão punitiva. No entanto, se a causa extintiva ocorrer após o trânsito em julgado da sentença, em regra, extingue a pretensão executória. Neste segundo caso, como consequência, tanto os efeitos penais quanto os extrapenais da sentença são afastados. 
A primeira assertiva está correta, haja vista que, se houver extinção de punibilidade antes do trânsito em julgado, a prolação da sentença é impedida, afastando qualquer efeito condenatório inclusive com relação ao caráter primário do réu. Já a segunda assertiva está incorreta, pois, uma vez perceptível a causa de extinção de punibilidade após o trânsito em julgado de sentença extingue-se a necessidade de cumprimento de pena, porém, não afasta os demais efeitos de condenação (como o caráter primário do réu). 
2. O crime de atentado violento ao pudor encontrava-se previsto no art. 214 do CP, que foi formalmente revogado. No entanto, a mesma conduta passou a configurar o crime de estupro. Neste caso, podemos dizer que houve "abolitio criminis"? Justifique. 
Não, pois, a conduta que era prevista no art. 214 como atentado violento ao pudor foi transmitida para o art. 213 como crime de estupro, ou seja, continuou garantido ao estado o direito de punir a prática de tal conduta. Diferente do caso de abolitio criminis, que se trata de conduta que lei posterior não considera criminosa. 
3. Julgue a afirmativa. A decadência causa extintiva da punibilidade, consiste na perda do direito de queixa ou de representação em face da inércia de seu titular durante o prazo legalmente previsto. Via de regra, o prazo é de 6 meses, contados a partir da data do fato ou do dia em que se tornou conhecida a autoria. 
Correta
Incorreta
4. Quais as principais diferenças entre graça e indulto? 
Ambos são concebidos por ato do executivo e podem ser condicionados (necessitam da realização de alguma ação para ter a concessão) ou incondicionados. Contudo, a graça é individual e depende do pedido do sentenciado, já o induto é um beneficio coletivo (Exemplo: induto de natal). 
5. Em 30/09/2016, com menos de vinte e um anos de idade, João praticou o crime de resistência, cuja pena máxima em abstrato é de dois anos. João recusou a transação penal e o Ministério Público, então, ofereceu denúncia em 09/04/2018, a qual foi recebida pelo juízo em 30/04/2018. A sentença que condenou João à pena de seis meses de detenção foi publicada em 31/10/2019. Nenhuma das partes recorreu e o trânsito em julgado ocorreu em 18/11/2019. Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva? Se sim, relativa à que lapso temporal? 
Na situação em questão, o réu tem menos de 21 anos, logo os prazos prescricionais são reduzidos à metade. Tendo em vista isso e o fato da pena concreta atribuída ter sido de seis meses, o prazo para a prescrição retroativa é de 1 ano e seis meses, contando da data da denúncia até o dia do transito em julgado. Sendo assim, houve prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois a denúncia foi recebida em 30/04/2018 e a sentença foi estipulada somente em 18/11/2019. Os outros tipos de prescrição não se configuraram.
6. Gertrudes, com 21 anos de idade, cometeu um delito de furto simples (art. 155, caput) em 22 de junho do ano de 2010. A denúncia foi oferecida em 18 de junho de 2014 e recebida em 22 de junho de 2014. Após a instrução, em sentença condenatória publicada em 22 de junho de 2016, Gertrudes foi condenada a uma pena de dois anos de reclusão. O Ministério Público não recorreu, enquanto que a Defensoria Pública interpôs recurso de apelação, e, em acórdão publicado em 22 de junho de 2019, Gertrudes teve a pena reduzida para um ano de reclusão. Houve prescrição da pretensão punitiva em algum de seus tipos? Justifique.
Não houve nenhum tipo de prescrição da pretensão punitiva. Isso porque, observando que a pena concreta foi de 2 anos, o prazo prescricional é 4 anos; e o acórdão pós-recurso foi publicado dentro desse prazo, tendo a sentença condenatória inicial com referencial, logo não houve prescrição intercorrente. No que se trata da prescrição retroativa, também não houve configuração desse tipo, visto que entre a data do recebimento da denúncia e a data da publicação da sentença foi respeitado o prazo de 4 anos. E tampouco, houve a prescrição propriamente dita, já que sendo a pena abstrata máxima para furto simples de 4 anos, o prazo prescricional seria de 8 anos. Prazo esse, também, obedecido. 
7. Gerônimo, que tem 20 anos, cometeu o crime de homicídio (art. 121 CP - pena = 6 a 20 anos) no dia 16/04/2020. Sob este crime praticado por ele, incide a causa de diminuição do parágrafo único do artigo 26 (1/3 a 2/3), tendo em vista que ele não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato. Em qual dia prescreve a pretensão punitiva do Estado? 
 É importante considerar que como o réu tem menos de 21 anos, os prazos prescricionais reduzem-se a metade. Logo, observando a pena em abstrato, visto que não há sentença, e considerando a pena máxima com a causa de diminuição (a menor possível para preservar, no máximo, a pena), tem-se o prazo para que não haja prescrição da pretensão punitiva até o dia 15/04/2030. 
8. Julgue a afirmativa. Crime complexo é aquele que resulta da união de dois ou mais crimes. A extinção da punibilidade da parte (um dos crimes) não alcança o todo (crime complexo). Exemplo: eventual prescrição do roubo não resulta na automática extinção da punibilidade do latrocínio, pois é crime autônomo. 
Incorreta
Correta
9. Julgue a afirmativa. A reincidência antecedente, isto é, que já existia no momento da condenação, aumenta em 1/3 o prazo da pretensão executória. Já a reincidência subsequente, posterior à condenação transitada em julgado, interrompe o prazo prescricional já iniciado. 
Correta
Incorreta
10. Julgue a afirmativa e corrija, caso entenda que está incorreta. A pena de multa sempre prescreverá em dois anos. 
Pela redação do Art. 114 do código penal, têm-se que a prescrição da pena de multa decorrerá: I - em 2 anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada, II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. Logo, percebe-se que a assertiva é falha, pois, nem sempre haverá prescrição de pena de multa em 2 anos, já que nas hipóteses do inciso II, há correlação com a prescrição de pena privativa de liberdade, pode-se dizer que para o caso, haverá prescrição de acordo com o art. 109 podendo não ser no prazo de 2 anos.

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