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Pontuação, virgula, travessão e parênteses

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Língua Portuguesa | 
Adjunto Adnominal e Predicativo 
www.focusconcursos.com.br | 1 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Adjunto Adnominal e Predicativo 
Prof da Videoaula: Sidney Martins 
 
 
Língua Portuguesa | 
Adjunto Adnominal e Predicativo 
www.focusconcursos.com.br | 2 
 
Este documento possui recursos de interatividade através da navegação por 
marcadores, portanto, acesse a barra de marcadores do seu leitor de PDF e navegue 
de maneira RÁPIDA e DESCOMPLICADA pelo conteúdo. 
 
Veja o exemplo abaixo: 
 
 
Fala galera! Na aula de hoje vamos falar sobre a diferença de adjunto adnominal e 
predicativo, e, em seguida, estudar o uso de vírgulas em circunstâncias específicas. 
Este material está repleto de dicas, então faça o máximo para manter foco total nele. 
Dê uma olhada no conteúdo programático que preparei par você e mão à obra. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Adjunto Adnominal e Predicativo ...................................................................................... 3 
Influência do uso de vírgulas na análise sintática e semântica........................................... 4 
As regras de Vírgula e a pausa para respiração ...................................................................................... 6 
Vírgula x E ............................................................................................................................................ 6 
Vírgula x etc. ........................................................................................................................................ 7 
Língua Portuguesa | 
Adjunto Adnominal e Predicativo 
www.focusconcursos.com.br | 3 
Vírgula x QUE ....................................................................................................................................... 7 
Restrições .................................................................................................................................................................... 8 
Ponto e Vírgula .................................................................................................................................... 9 
Travessão, parênteses e dois-pontos .................................................................................................. 10 
 
ADJUNTO ADNOMINAL E PREDICATIVO 
Um adjetivo (função morfológica) no interior de uma frase pode ser tanto um adjunto 
adnominal, como pode ser um predicativo. A gramática diz que devemos observar as 
características do adjetivo a fim de identificar qual função desempenha. Se ele possui 
característica permanente, ele denota um adjunto adnominal. Se possui característica 
não permanente, expressa um predicativo. Só que isso tudo é muito subjetivo. Assim, 
a melhor coisa a fazer é se apegar à estrutura. 
 
Um adjunto adnominal está junto do nome, ou seja, está dentro daquela estrutura, 
seja do sujeito ou do objeto. Nesse sentido ele faz parte da estrutura interna. Já o 
predicativo, em essência, faz parte da estrutura externa ao nome. Observe os 
exemplos: 
▪ O mendigo alegre caminhava. 
▪ O mendigo, alegre, caminhava. 
 
O sujeito (aquele que caminha) é o mendigo alegre. Toda essa estrutura é o nosso 
sujeito. Ora, alegre é um adjetivo e está dentro da estrutura do sujeito, logo, faz parte 
da estrutura interna do sujeito. Se é uma estrutura interna, é um adjunto adnominal. 
E se é um adjunto adnominal, é uma característica permanente. Isso significa dizer que 
aquele mendigo é alegre sempre, e não só quando caminha. Ele é uma pessoa bem-
humorada. 
 
Já na segunda estrutura, “O mendigo, alegre, caminhava”, o verbo nos indica que o 
sujeito é o mendigo, mas, desta vez, o adjetivo está fora da estrutura do sujeito, 
embora faça referência a ele. Nesse caso, não pode ser um adjunto adnominal, já que 
a vírgula impede de a palavra alegre de ficar junto da palavra mendigo. Assim, temos 
um predicativo do sujeito. E, se é um predicativo do sujeito a característica não é 
permanente, o que significa dizer que este mendigo não é alegre sempre. Ele apenas 
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Influência do uso de vírgulas na análise sintática e semântica 
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estava alegre enquanto caminhava. 
 
 
É muito fácil confundir o predicativo do sujeito com adjunto adverbial de modo, mas você 
deverá lembrar que o predicativo do sujeito não é um advérbio, portanto não pode ser um 
adjunto adverbial. Tem quem o confunda, também, com aposto explicativo. Mas para ser 
aposto explicativo tem que ser substantivo (aposto é função própria de substantivo). 
Ora... predicativo do sujeito, reitero, é ADJETIVO. 
 
INFLUÊNCIA DO USO DE VÍRGULAS NA ANÁLISE SINTÁTICA E SEMÂNTICA 
Vale dizer que as vírgulas influenciam na análise sintática e, principalmente, na análise 
semântica das estruturas. Pretendo, neste capítulo, trabalhar alguns usos específicos 
de vírgula, para tanto, peço que avalie as seguintes estruturas: 
1. O Brasil país da América Latina tem se destacado no cenário mundial. 
2. Maria venha aqui! 
3. Mamãe comprou frutas. Eu legumes. 
4. Os jovens amam filmes músicas livros. 
 
Na primeira sentença, a estrutura “país da América Latina” remete ao Brasil, ela toda 
serve para explicar quem é o Brasil. Nesse sentido não haveria muita diferença em 
dizer, por exemplo, “O Brasil tem se destacado no cenário mundial” ao invés de dizer 
“O Brasil, país da América Latina, tem se destacado no cenário mundial”. 
 
Desse modo, podemos afirmar que essa estrutura é um aposto explicativo e por esse 
motivo ela deve ser escrita entre vírgulas. 
✓ O Brasil, país da América Latina, tem se destacado no cenário mundial. 
 
Na segunda sentença, alguém está a chamar Maria. Quando chamamos alguém, 
usamos um vocativo. O vocativo deve ser sucedido de vírgula. 
Língua Portuguesa | 
Influência do uso de vírgulas na análise sintática e semântica 
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✓ Maria, venha aqui! 
 
É fundamental observar e compreender essas estruturas, pois é muito 
comum se deparar com questões que apresentam uma série de 
sentenças e pedem para que seja assinalada a alternativa que apresenta 
virgula pela mesma justificativa da estrutura indicada no enunciado. 
 
Na terceira sentença “Mamãe comprou frutas. Eu legumes.”, a ação praticada por 
mamãe foi comprar frutas. Certo?! Quanto a ação praticada por mim, foi comprar 
legumes. Eu os comprei. Observe que o verbo comprar, na segunda oração, foi 
omitido, desse modo, devemos inserir uma vírgula entre o sujeito e o objeto, a 
chamada vírgula vicária, que marca uma elipse, uma omissão do verbo comprar. 
✓ Mamãe comprou frutas. Eu, legumes. 
 
 O que é Vírgula Vicária? 
 
O termo vicário (ou vigário, como as pessoas estão mais 
acostumadas, principalmente as que são católicas 
praticantes) significa substituição/substituto. Diz-se, por 
exemplo, que o sacrifício de Cristo foi vicário porque Ele 
substituiu o homem na cruz, que realmente deveria morrer 
pelos pecados cometidos. Então, uma vírgula vicária é 
aquela que substitui o verbo na oração. (=zeugma). 
 EX.: João estuda muito; mas seu irmão, quase nada. 
 
A vírgula substitui, na segunda oração, a forma verbal estuda: João estuda muito; mas 
seu irmão estuda quase nada. 
 
A última estrutura nos apresenta uma lista de coisas que os jovens amam. É necessário, 
quando nos deparamos com tais estruturas, acrescentar a chamada vírgula 
enumerativa (ou a vírgula da listinha). 
✓ Os jovens amam filmes, músicas, livros. 
 
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Influência do uso de vírgulas na análise sintática e semântica 
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As regras de Vírgula e a pausa para respiração 
É importante lembrar que as regras de vírgula NÃO seguem as pausas para respiração, 
como aprendemos na escola. Analise a seguinte estrutura: 
O fato de as lojas de calçados femininos não terem sapatos com numeração 
superior a trintae nove é uma afronta às mulheres com pés grandes e àquelas 
que os têm largos. 
 
Embora façamos pausa “para respirar” ao ler a referida estrutura, não há motivo algum 
para colocar vírgulas nela, pois não se trata de uma estrutura que as exija. Em outras 
palavras, não há nenhum aposto, vocativo, enumeração, adjunto adverbial ou oração 
subordinada deslocada. Por isso, não há virgulas. Veja a próxima estrutura: 
Comer bananas extremamente maduras pode ser um grande perigo para a frágil 
saúde humana. 
 
A parte do “extremamente maduras” poderia ser acompanhada de vírgulas 
facultativas, até porque é composta por somente duas palavras, e só começamos a 
pensar em vírgulas obrigatórias a partir de três ou mais palavras. Mas veja, se são 
vírgulas facultativas, não é necessário ficar preocupado com elas, logo, sequer é 
preciso usá-las 😉. 
 
Vírgula x E 
Quando o item gramatical e indicar soma, sendo o sujeito das orações o mesmo, ele 
não precisa estar acompanhado de vírgulas. Exemplo: “A moça veio à festa e logo se 
foi”. 
 
Agora, quando indica soma, mas os sujeitos das orações são distintos, ele pode vir 
acompanhado de vírgula facultativa. Exemplo: “A moça veio à festa, e o marido ficou 
em casa”. 
 
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Mesmo que haja gramático dizendo que essa vírgula é obrigatória, para concursos públicos, 
de forma geral em qualquer banca, essa vírgula é facultativa. Esse é o posicionamento geral 
das bancas. 
 
Vírgula x etc. 
O etc. é uma abreviação da expressão em latim et cetera ou et coetera, que significa 
entre outros. Nesse sentido, o et já significa e. É o mesmo e da “listinha”. Quando 
fazemos uma lista, usamos a vírgula enumerativa para separar os itens, e quando 
chegamos ao final dela usamos o e, sem vírgula, para encerrá-la com o último item. 
Seguimos, portanto, a mesma lógica aqui. Observe o exemplo: “Pintamos paredes, 
tetos, pisos etc.” 
 
Vírgula x QUE 
Para explicar o uso da vírgula com o QUE, elenco alguns exemplos: 
▪ Todos viram que a água acabou. 
▪ O professor pediu que todos fizessem silêncio. 
 
Em ambos os exemplos o QUE é uma conjunção integrante. Sabemos assim o ser 
porque podemos substitui-lo pelo termo “ISSO”. Se há uma conjunção integrante, não 
colocamos virgula nem antes, nem depois. 
 
Explico melhor: a conjunção integrante encabeça uma 
oração subordinada substantiva, que tem todas aquelas 
funções que você já sabe. Aqui, por exemplo, as duas 
seriam orações subordinadas substantivas objetivas 
diretas, então, teoricamente, se colocássemos uma virgula 
entre elas estaríamos separando o verbo do seu objeto. 
 
Quando conseguimos substituir a estrutura posterior ao verbo pela palavra ISSO, 
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estamos diante de uma oração subordinada substantiva encabeçada pela conjunção 
integrante (nesse caso a conjunção é o QUE). Quando temos uma conjunção 
integrante, NÃO colocamos vírgula nem antes e nem depois dela. 
 
Essa dica é muito interessante levarmos em consideração nos casos de produção 
textual também, porque, às vezes, nos deparamos com expressões tais como “cabe 
salientar que’, “vale ressaltar que”, entre outras; é importante frisar que embora sejam 
estruturas por vezes até compridas não podemos usar vírgula, porque o QUE é uma 
conjunção integrante: “Cabe salientar ISSO”, “Vale ressaltar ISSO”. 
 
Agora... se a conjunção integrante QUE for seguida de uma estrutura intercalada, o 
uso de vírgulas pode ser feito 👍. Exemplo: “Espero que, no próximo concurso, você 
seja aprovado”. 
 
FIQUE ATENTO: devem ser usadas duas vírgulas, justamente para marcar que 
ali existe uma estrutura intercalada. Dessa forma não interferimos na conexão 
que existe entre a conjunção integrante e com o complemento. 
 
 
 
Restrições 
Pois bem, termos algumas restrições, como no caso do QUE como pronome relativo. 
O pronome relativo faz referência ao termo anterior e encabeça uma oração 
subordinada adjetiva, veja: 
• Os alunos que foram aprovados não farão prova final. 
 
Quando o pronome relativo QUE encabeça uma oração subordinada adjetiva, ela 
pode ser ou explicativa ou restritiva. Basta olhar para ver se tem ou não vírgulas. 
Beleza?! Virgula com conjunção integrante somente aparece se for para marcar 
estruturas intercaladas. Caso contrário, nada de vírgulas. 
 
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No exemplo supracitado não há vírgulas, logo, trata-se de uma oração subordinada 
adjetiva restritiva. O que significa dizer que ela é de suma importância para o 
entendimento da frase como um todo, justamente pelo fato de estar limitando, 
restringindo e indicando que não são todos os alunos, mas sim, apenas alguns alunos. 
A frase “os alunos que foram aprovados não farão prova final” dá a entender que tem 
aluno que ainda não foi aprovado e, consequentemente, não fará a prova final. 
 
Agora, na estrutura “Os alunos, que foram aprovados, não farão prova final” 
constatamos a presença de vírgulas. Já que este QUE é um pronome relativo, 
continuamos diante de uma oração subordinada adjetiva, porém, em função das 
vírgulas, essa oração é explicativa. Isso dá um poder muito grande à oração principal, 
porque ela por si só faz sentido, uma vez que as vírgulas fazem com que a oração 
subordinada adjetiva seja generalizada. Entende-se, portanto, que todos os alunos 
foram aprovados e, consequentemente, não farão a prova final. Ou seja, não existe 
aluno que não esteja aprovado e não haverá aluno que fará a prova final 👍. 
 
Examine o próximo exemplo: “A Terra, que gira em torno do Sol, é o 3º planeta do 
sistema solar”. Aqui novamente temos uma oração subordinada adjetiva explicativa. É 
explicativa porque todo termo explicativo na língua portuguesa fica entre uma 
vírgula, uma vez que pode ser retirado porque não fará a menor diferença. 
 
É aí que vem o pulo do gato. Muito avaliador destaca a oração subordinada adjetiva 
explicativa e afirma que ela exerce a função sintática de aposto explicativo. Cuidado para não 
cair nessa. Lembre-se de que aposto é função própria de substantivo. A oração subordinada 
adjetiva, seja ela restritiva ou explicativa, vai sempre exercer a função sintática de adjunto 
adnominal. 
 
Ponto e Vírgula 
O ponto e vírgula separa elementos coordenados que já possuem vírgula. Quando 
não usamos nenhum conectivo para marcar a estrutura coordenada, por exemplo, 
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usamos o ponto e vírgula. Observe: “Pedro tinha fome; eu, sede”. 
 
Além disso, o ponto e vírgula é utilizado para que o entendimento do leitor não seja 
confundido diante de uma estrutura explicativa separada por vírgula com um termo 
coordenado. O ponto e vírgula é usado nesses casos para marcar as coordenações. 
 
Na estrutura “Estive na Bahia, que é quente; no Paraná, que é frio; e em Brasília, que é 
seco”, há ponto e vírgula separando o segundo e o terceiro elemento coordenado, 
mesmo havendo um e separando-as. Isso ocorre porque logo em seguida há o 
acréscimo de uma nova vírgula separando o elemento explicativo sobre Brasília. 
 
O ponto e vírgula separa ainda as orações coordenadas assindéticas ou coordenadas 
sindéticas (GERALMENTE com conjunção “móvel” ou que admita vírgula). Exemplos: 
▪ Comi muito; passei mal. 
▪ Comi muito; logo, não dormi bem. 
▪ Comi muito; continuo com fome, porém. 
 
Em suma, o que o ponto e vírgula faz é marcar estruturas coordenadas, é marcar 
“listas”. FIQUE ATENTO, pois a banca gosta de confundir o candidato colocando 
ponto e vírgula em estruturas subordinadas, o que NÃO É permitido. 
O pontoe vírgula é usado somente para marcar estruturas coordenadas. 
 
Travessão, parênteses e dois-pontos 
Quando esses três elementos são usados para introduzir estruturas finais, ou seja, 
quando antecedem o ponto final, somente os parênteses podem ser usados para 
iniciar e encerrar a estrutura. Observe: 
✓ Comprei frutas: morangos, peras e uvas. 
✓ Comprei frutas (morangos, peras e uvas). 
✓ Comprei frutas – morangos, peras e uvas. 
 
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Agora, observe que as próximas estruturas são intercaladas (elas não são estruturas 
finais). Nesses casos o uso de dois pontos não é permitido, apenas parênteses e 
travessão. 
✓ Comprei frutas (morangos, peras e uvas) para mim. 
✓ Comprei frutas – morangos, peras e uvas – para mim. 
✓ Comprei frutas (morango, peras e uvas), o que fez a alegria de mamãe. 
✓ Comprei frutas – morango, peras e uvas –, o que fez a alegria de mamãe. 
 
 
A vírgula depois dos parênteses e travessão nos exemplos supracitados é uma vírgula 
explicativa. Cabe sua utilização, pois marca uma estrutura explicativa. Ou seja, retirado o 
elemento que está dentro de parênteses ou travessão, o sentido da sentença não seria 
alterado. 
 
Por fim, destaco que o travessão e o parênteses têm valor enfático muito grande. 
Quando queremos destacar um único elemento, colocá-lo entre vírgulas já o destaca, 
mas colocá-lo entre parênteses e entre travessões o destaca mais ainda. A intenção 
seria maior. Na oralidade seria o equivalente a dar um grito, por exemplo. 
 
Em seguida, vamos analisar algumas questões para sedimentar o conteúdo da aula 
😉. 
 
Questão 1. Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes 
devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer 
em uma revista. A segunda, se temos os meios humanos e financeiros para realizar o 
projeto. A terceira se refere à necessidade urgente de ampliar a “infraestrutura” de 
conhecimentos necessários para que a educação encontre raízes profundas em nossa 
sociedade, nos laboratórios de pesquisa, na natureza e na história que vivemos. 
A coesão do texto será preservada se o primeiro ponto for substituído por vírgula e 
seguida de letra minúscula. 
Comentários: A princípio, até poderia ser feita a substituição, por isso é fácil derrapar 
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nesse tipo de questão. Mas perceba que existe uma sequência de elementos, o 
primeiro elemento, o segundo, o terceiro... Nesse sentido, tem-se na estrutura um 
paralelismo. Logo, se tirarmos o ponto da primeira estrutura e o mantivermos na 
segunda e na terceira romperemos o paralelismo, e não podemos fazer isso, por a 
coesão do texto seria prejudicada. 
 
Gabarito: Errado 
 
Questão 2. Às vésperas do centenário de sua morte (29 de setembro de 1908), 
Machado de Assis continua a ser uma presença inquietante. 
De acordo com a gramática normativa da língua portuguesa, o emprego da vírgula no 
primeiro período do texto (antes de Machado de Assis) não tem justificativa 
gramatical. 
Comentários: É óbvio que tem justificativa gramatical, pois se trata de uma ajunto 
adverbial (um enorme adjunto adverbial, diga-se de passagem). 
 
 
Cabe salientar: 
Para o CESPE essa vírgula seria obrigatória. 
Para o FCC, muito provavelmente, seria facultativa. 
 
Questão 3. “Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa, que abrange o 
direito de recorrer, quando a decisão não for favorável”. 
Julgue os próximos itens com base na estrutura morfossintática do texto. 
A omissão da vírgula empregada após a primeira ocorrência da palavra “defesa” 
acarretaria incorreção gramatical. 
Comentários: o termo quando é uma conjunção subordinativa adverbial temporal. 
Logo, toda a estrutura “quando se fala em defesa” é uma oração subordinada 
adverbial temporal, que foi obviamente deslocada da sua posição original no final da 
frase. Nesse sentido a omissão da virgula acarretaria sim em incorreção gramatical. 
 
Gabarito: Correto 
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Questão 4. Com isso, a partir de janeiro de 2009, a produção terá redução total de 
4,2 milhões de barris diários. 
O emprego das vírgulas que isolam o segmento “a partir de janeiro de 20019” justifica-
se por tratar-se de adjunto adverbial de tempo. 
Comentários: a questão está correta. O segmento isolado pelas vírgulas é um adjunto 
adverbial de tempo deslocado. 
 
Gabarito: Correto 
 
Questão 5. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional mostram 
que a entrada do país resultará em um bloco com mais de 250 milhões de habitantes, 
área de 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão (aproximadamente 76% do 
PIB da América do Sul) e comércio global superior a US$ 300 bilhões. 
O emprego de vírgulas logo após “habitantes” e “km2” justifica-se por isolar 
elementos de mesma função gramatical componentes de uma enumeração. 
Comentários: é exatamente isso, essa é a famosa vírgula da listinha, a vírgula 
enumerativa. 
 
Gabarito: Correto 
 
Questão 6. As medidas serão anunciadas assim que o novo presidente norte-
americano, Barack Obama, tomar posse, no final de janeiro. 
O nome “Barack Obama” está entre vírgulas porque se trata de um aposto. 
Comentários: sim, se trata de um aposto que serve para explicar quem é o novo 
presidente norte-americano. 
 
Gabarito: Correto 
 
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Questão 7. Agora, a oposição quer que outros 25 bilhões sejam usados no pacote. 
O emprego de vírgulas logo após “Agora” justifica-se para isolar adjunto adverbial de 
tempo. 
Comentários: a questão está correta. A vírgula serve para isolar um adjunto adverbial 
de tempo que está deslocado. 
 
Comentários: Correto 
 
É isso aí galera. Encerramos aqui o conteúdo desta aula repleta de dicas 
importantíssimas para hora da sua prova. Procure refazer suas anotações e retomá-
las quantas vezes necessário. E, acima de tudo, busque fazer muitos exercícios para 
assegurar a fixação do conteúdo apreendido. Eu me despeço por aqui. 
 
 
Um forte abraço e até a próxima. 
"A persistência é o melhor caminho do êxito” – Charles Chaplin 
 
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