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Caso clínico- farmacodinâmica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FACULDADE DE MEDICINA 
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA 
MONITORIA DE FARMACOLOGIA 
GD4: FARMACODINÂMICA II 
 ALUNA: YNGRID CAROLIA 
 MATRÍCULA: 473800 
 
CASO 1. J.G.A foi deixado na emergência de um hospital com parada 
cardiorrespiratória, irresponsivo, apático e com ausência de pulso periférico. 
Foi percebido marcas recentes de agulhas na fossa cubital esquerda 
(antebraço esquerdo) e em outras regiões de administração intramuscular. 
A equipe suspeita de uma vítima de overdose de opióides, e imediatamente 
é receitado e aplicado grandes doses endovenosas de Naloxona. Em poucos 
minutos o paciente apresentou reversão dos efeitos opióides, mas 
eventualmente os sintomas voltavam e eram necessárias mais doses de 
Naloxona. A Naloxona, sendo um antagonista competitivo, vai agir de que 
forma nos receptores? E quais efeitos são esperados? Quais os receptores 
opióides e qual o tipo deles? Porque a resposta do medicamento é rápida? 
Quais fatores farmacocinéticos explicariam a volta dos sintomas após a 
aplicação de Naloxona? 
R= Opioides são derivados de morfinas, e são drogas que atuam no SN, 
provocando alívio da dor. O Naloxona é um antagonista competitivo 
utilizado para reverter efeitos de agentes agonista, dessa forma, vai competir 
pelo mesmo sítio de ligação do receptor opioide. Ao se ligar ao receptor, 
impede que o fármaco opioide se ligue, consequentemente, bloqueando sua 
ação. E como o fármaco Naloxona é um antagonista, se ligará ao receptor 
alvo, porém, sem provocar efeitos farmacológicos, pois é totalmente 
desprovida de ação analgésica, não se observando elevação do nível de 
percepção dolorosa nem diminuição ou atraso nas diversas reações do 
organismo que reagem á dor. 
Os receptores opioides são mu (µ) que é ativado pelo morfina e tem como 
seu antagonista a Naloxona, kappa (k) que é estimulado pela cetociclazocina 
e tem como seu antagonista a Norbinaltorfimina, e o receptor delta (δ) que 
possui como agonista a Deltorfina (endorfina) 
A resposta rápida do medicamento Naloxona está relacionado a sua rápida 
entrada no cérebro. Estudos mostram também que a Naloxona tem uma 
relação cérebro-plasma 12 a 15 vezes maior do que a morfina. Porém, apesar 
da sua grande potência, também apresenta uma curta duração, pois é 
rapidamente metabolizada no fígado, pela conjugação com ácido 
glicurônico, que torna a molécula mais hidrofílica, auxiliando na eliminação 
do fármaco. 
A volta dos sintomas mesmo após a aplicação de Naloxona está relacionado 
a rápida eliminação do fármaco no organismo, e porque devido a alta 
concentração do agonista apioides, compete diretamente com o Naloxona, 
fazendo com que consiga se desligar do receptor, e isso ocorre de forma mais 
rápida se for um antagonismo reversível. 
 
CASO 2. H.T.A, sexo masculino, 43 anos, agricultor, chegou à emergência 
com letargia, olhos lacrimejantes, pupilas muito contraídas, dor nos olhos, 
visão turva, salivação e transpiração excessiva e braquicardia. Seu 
acompanhante, também agricultor, relata que no trabalho estavam 
aplicando agrotóxicos na plantação, um organofosforado (malathion). O 
enfermeiro de plantão acredita que o paciente tenha sofrido uma intoxicação 
por organofosforado, provocando uma toxíndrome colinérgica, e comunica 
o médico que prescreve o tratamento. Para o tratamento, foi prescrito a 
administração de atropina e pralidoxima para reverter os efeitos da 
intoxicação. Sobre o caso, responda: 
1) Quais os receptores envolvidos na transmissão colinérgica? Qual o tipo 
deles? 
 
 R= Os receptores envolvidos na transmissão colinérgica são o nicotínico 
que está presente nas sinapses ganglionares, SNC e no músculo 
esquelético, e o muscarínico que está presente no músculo liso e cardíaco. 
No qual a acetilcolina é o neurotransmissor natural de ambos os 
receptores, no qual tem efeitos excitatórios no receptor nicotínico e efeitos 
inibitório no receptor muscarínico. 
 
2) Qual o mecanismo de ação dos organofosforados? Qual o alvo 
farmacológico deles? Como eles agem em relação aos efeitos 
colinérgicos, de forma agonista ou antagonista? 
 
 R= O mecanismo de ação dos organofosforado ocorre pela inibição 
enzimática, e o alvo de sua atuação tóxica é a acetilcolinesterase (AChE), 
que é uma enzima cuja ação é indispensável no impulso nervoso, visto que 
inativa a ação do neurotransmissor acetilcolina, que é responsável por 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pupila
estimular os receptores pós-sinápticos, devendo se desligar do receptor ao 
fim do estímulo. Como a enzima acetilcolinesterase está impedida de atuar, 
porque este bloqueada, a Ach fica incapaz de se ligar a enzima. Dessa forma, 
a Ach retorna ao receptor, reativando-o e gerando um acúmulo de Ach, que 
resulta em uma hiper estimulação colinérgica, com os aparecimentos dos 
sinais e sintomas desencadeados pela interação com receptores nicotínicos e 
muscarínicos e do SNC. 
O inibidor da enzima tem o mesmo efeito de um agonista colinérgico. 
 
3) Sobre a atropina, qual seu mecanismo de ação? Qual o alvo 
farmacológico dela? Como ela age em relação aos efeitos colinérgicos, 
de forma agonista ou antagonista? 
 
R= A Atropina é um medicamento que estimula o SN parassimpático, 
inibindo as ações muscarínicas da acetilcolina nas estruturas inervadas pelos 
nervos colinérgicos pós-ganglionares e nos músculos lisos que respondem á 
acetilcolina endógena, mas não são tão inervados. E é indicado para bloqueio 
temporário de efeitos muscarínicos graves e potencialmente letais, por 
exemplo, como um agente contra a salivação. 
É um antagonista competitivo das ações da acetilcolina e outros agonistas 
muscarínicos, competindo com esses agonistas por um local de ligação 
comum no receptor muscarínico. 
 
4) Sobre a pralidoxima, qual seu mecanismo de ação? Qual o alvo 
farmacológico dela? Como ela age em relação aos efeitos colinérgicos, 
de forma agonista ou antagonista? 
 
R= A pralidoxima reativa a acetilcolinesterase por remover o grupo fosforil 
ligado ao grupo éster da proteína. Nesta reação, tanto os organosfosforados, 
como a pralidoxima são mutuamente inativados. Estes produtos são 
submetidos a um rápido metabolismo, levando á remoção dos 
organofosforado. 
A pralidoxima reverte a ligação de organofosforados com a 
acetilcolinesterase. É usado em combates como antídoto para 
envenenamento por organofosfatos ou inibidores da acetilcolinesterase 
(contra agentes que atacam o sistema nervoso), em conjunto com a atropina 
A pralidoxima, também regenera a enzima colinesterase, principalmente as 
localizadas perifericamente, ou seja, fora do SNC, do efeito inibidor 
provocado pelos inseticidas organosfosforados, permitindo, assim, que essa 
enzima continue a degradar a acetilcolina acumulada junto á placa 
neuromuscular restaurando seu funcionamento. 
A pralidoxina age como uma antagonista colinérgico.

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