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Manual de Economia Social e Cooperativisto

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Prévia do material em texto

Economia Social e Cooperativismo 
 
Manual do Curso de Licenciatura de Gestão de 
Recursos Humanos 
 
ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
i 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade doInstituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e 
contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipuladoo infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail:isced@isced.ac.mz 
Website:www.isced.ac.mz 
 
 
ii 
 
 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Pela Coordenação 
Pelo design 
Direcção Académica do ISCED 
Direcção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Ruth Simoco, Mestrada em Administração. 
Pela Revisão 
Elaborado Por: Estrela Eduardo Soda Charles 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Financiamento e Logística 
 
Instituto Africano de Promoção da Educação a 
Distancia (IAPED) 
 
iii 
 
 
Visão geral 1 
 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Economia Social e Cooperativismo ............................ 1 
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1 
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 4 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 4 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 7 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 8 
Avaliação ........................................................................................................................... 8 
TEMA – I: INTRODUÇÃO À ECONOMIA. 11 
 
UNIDADE Temática 1.1 Historial da economia e os problemas económicos ................. 12 
Introdução ...................................................................................................................... 12 
Desenvolvimento ............................................................................................................14 
Sumário ........................................................................................................................... 30 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 31 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 33 
UNIDADE Temática 1.2 Factores de Produção e a Fronteira de Possibilidades de 
Produção ......................................................................................................................... 33 
Introdução ...................................................................................................................... 33 
Desenvolvimento ............................................................................................................ 34 
Sumário ........................................................................................................................... 44 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 44 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................44 
UNIDADE Temática 1.3 As acções do Estado e os Elementos básicos da procura e oferta 
de bens ou serviços ......................................................................................................... 45 
Introdução ...................................................................................................................... 45 
Desenvolvimento ............................................................................................................ 46 
Sumário ........................................................................................................................... 64 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 65 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 65 
Bibliografia .................................................................................................................... 187 
TEMA – II: Economia Social 66 
 
 
iv 
 
UNIDADE Temática 2.1 Origem e evolução da economia social .................................... 67 
Introdução ...................................................................................................................... 67 
Desenvolvimento ............................................................................................................67 
Sumário ........................................................................................................................... 74 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 75 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 76 
UNIDADE Temática 2.2 Economia social e os diferentes conceitos a ele relacionados . 76 
Introdução ...................................................................................................................... 76 
Desenvolvimento ............................................................................................................ 77 
Sumário .......................................................................................................................... 93 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 94 
Exercícios de AVALIAÇÃO ............................................................................................... 95 
Bibliografia ......................................................................................................................96 
TEMA – III: Organizações da Economia Social 96 
 
UNIDADE Temática 3.1 Organizações da economia social, principais características e 
fonte de financiamento .................................................................................................. 96 
Introdução ...................................................................................................................... 96 
Desenvolvimento ............................................................................................................97 
Sumário ......................................................................................................................... 105 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 105 
Exercícios de AVALIAÇÃO ..............................................................................................107 
UNIDADE Temática 3.2 Principais Organizações da economia social .......................... 108 
Introdução .................................................................................................................... 108 
Desenvolvimento .......................................................................................................... 109 
Sumário ......................................................................................................................... 126 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 127 
Exercícios de AVALIAÇÃO ............................................................................................. 129 
Referências Bibliográficas .............................................................................................129 
TEMA IV: COOPERATIVISMO 130 
 
UNIDADE Temática 4.1 Surgimento, princípios e valores do Cooperativismo ............. 132 
Introdução .................................................................................................................... 133 
Desenvolvimento .......................................................................................................... 134 
Sumário ......................................................................................................................... 141 
Exercícios de AUTO AVALIAÇÃO ................................................................................... 141 
Exercícios de AVALIAÇÃO .............................................................................................. 143 
UNIDADE Temática 4.2 Conceito e importância das cooperativas .............................. 144 
Introdução .................................................................................................................... 144 
Desenvolvimento .......................................................................................................... 145 
 
v 
 
Sumário ......................................................................................................................... 154 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 154 
Exercícios de AVALIAÇÃO .............................................................................................. 155 
UNIDADE Temática 4.3 Ramos e classificação das cooperativas ................................. 156 
Introdução .................................................................................................................... 156 
Desenvolvimento .......................................................................................................... 157 
Sumário ......................................................................................................................... 164 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 164 
Exercícios de AVALIAÇÃO .............................................................................................. 165 
UNIDADE Temática 4.4 Cooperativas de nova geração ............................................... 165 
Introdução .................................................................................................................... 165 
Desenvolvimento .......................................................................................................... 166 
Sumário ......................................................................................................................... 170 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 171 
Exercícios de AVALIAÇÃO ............................................................................................. 171 
UNIDADE Temática 4.5 Cooperativismo em Moçambique .......................................... 172 
Introdução .................................................................................................................... 172 
Desenvolvimento .......................................................................................................... 172 
Sumário ......................................................................................................................... 184 
Exercícios de AVALIAÇÃO ............................................................................................. 184 
Bibliografia ....................................................................................................................185 
Exercícios de preparação para o exame ....................................................................... 185 
 
Índice de Figura 
Figura 1:Economia e os temas abordados .............................................................................. 14 
Figura 2: Principais problemas económicos ........................................................................... 22 
Figura 3: Factores de produção .............................................................................................. 36 
Figura 4: Evolução da economia social ................................................................................... 73 
Figura 5: Financiamento das organizações da economia social .......................................... 103 
Figura 6: Classificação das cooperativas .............................................................................. 161 
Figura 7: Bandeira do cooperativismo ................................................................................. 163 
 
Índice de Gráfico ........................................................................................................................ v 
Gráfico 1: Fronteira de possibilidades de produção .............................................................. 38 
Gráfico 2: principais pontos da FPP ........................................................................................ 39 
Gráfico 3: FPP e escolhas ......................................................................................................... 41 
Gráfico 4:Deslocação da FPP para a direita ............................................................................ 42 
Gráfico 5: Deslocação da FPP para a esquerda ...................................................................... 43 
Gráfico 6: FPP e o custo de oportunidade .............................................................................. 44 
 
vi 
 
Gráfico 7: Curva da procura .................................................................................................... 53 
Gráfico 8: deslocação da curva da procura para a direita ..................................................... 56 
Gráfico 9: Deslocação da curva da procura para a esquerda ................................................ 56 
Gráfico 10: curva da oferta ..................................................................................................... 58 
Gráfico 11: Deslocações da curva da oferta para a direita e para a esquerda ..................... 61 
Gráfico 12: Equilíbrio procura e oferta ................................................................................... 62 
Gráfico 13: Escassez de bens ................................................................................................... 63 
Gráfico 14: Excesso de bens .................................................................................................... 64 
 
Índice de Tabelas 
Tabela 1: Opções de produção ............................................................................................... 38 
Tabela 2: Procura do leite ...................................................................................................... 52 
Tabela 3: factores que afectam a curva da procura ............................................................... 56 
Tabela 4: Preço e quantidades oferecidas............................................................................. 58 
Tabela 5: Diferença entre economia do mercado, economia solidária e economia estatal 87 
Tabela 6: Diferença entre empresas e OES ............................................................................. 97 
Tabela 7: Organizações da economia social ......................................................................... 110 
Tabela 8: Diferença entre associações, cooperativas e Fundações ..................................... 124 
Tabela 9: Diferença entre cooperativas, associações e sociedades comerciais .................. 146 
Tabela 10: Direito e deveres dos associados ........................................................................ 162 
 
1 
 
Visão geral 
 
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Economia Social e Cooperativismo 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Economia Social e 
Cooperativismo deverá ser capaz de: compreender os principais 
conceitos económicos e as leis que sustentam o mercado de bens e 
serviços, identificar e diferenciar os diferentes tipos de 
organizações sociais, conhecer o seu funcionamento, compreender 
a importância do cooperativismo num contexto de globalização dos 
mercados. 
 
No final deste modulo esperamos que tenha capacidade de: 
• Compreender o conceito de economia social, terceiro sector 
e os outros relacionados; 
• Diferenciar as principais funções do mercado e do Estado e 
Objectivos 
Específicos 
interprete-as de forma adequada; 
Diferenciar os diversos tipos de instituições da economia 
social. 
 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Gestão de Recursos Humanos do ISCED. Poderá 
ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e 
consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão 
bemvindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá 
adquirir o manual. 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Economia Social e Cooperativismo, para estudantes 
do 2º ano do curso de licenciatura em Gestão de Recursos 
 
2 
 
Humanos, à semelhança dos restantes módulos do ISCED, está 
estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
▪ Um índice completo. 
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos 
 e actividades práticas, algumas incluindo estudo de caso. 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
 
3 
 
como: Livros e/ou módulos, CD, CDROOM, DVD. Para além deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro 
apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza 
didácticoPedagógico, etc., sobre como deveriam ser ou estar 
apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em 
gozo de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo 
venha a ser melhorado. 
 
 
4 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso se existir. 
 
5 
 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à 
noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o 
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem.Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em 
 
6 
 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou 
 
7 
 
invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento 
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo) é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante 
– CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do 
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
 
8 
 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es).Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um autor, 
sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamento de 
avaliação. 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 
9 
 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
 
 
 
11 
 
TEMA – I: INTRODUÇÃO À ECONOMIA. 
 
Introdução 
O primeiro tema do módulo de Economia Social e Cooperativismo é 
introdução à economia. É neste tema que o estudante poderá 
desenvolver ou compreender os diversos conceitos económicos, o 
surgimento do estudo da economia, a importância do estudo. 
 
O estudante terá ainda a oportunidade de analisar as principais funções 
económicas do mercado, nomeadamente a função da procura e a 
função da oferta. 
 
Neste Tema e não só, o estudante será convidado a efectuar análises 
gráficas e por meio de exemplos hipotéticos iremos determinar as 
quantidades de equilíbrio de um determinado produto. 
 
Objectivos Específicos: 
Ao terminar o estudo deste tema, você será capaz 
de: 
▪ Compreender o surgimento da economia e sua importância; 
▪ Diferenciar os bens dos serviços; 
Objectivos 
Específicos 
 
▪ Identificar e explicar os principais problemas económicos; 
▪ Identificar os principais factores de produção; 
▪ Compreender a importância do estudo da fronteira de possibilidades de 
produção; 
▪ Determinar o equilíbrio de mercado de determinado bem. 
 
 
 
 
12 
 
Unidade temática 1.1: historial da economia, objecto de estudo e 
problemas económicos; 
Unidade temática 1.2: Factores de produção e a Fronteira de 
possibilidades de produção; 
Unidade temática 1.3: as acções do estado e os elementos básicos da 
procura e oferta. 
 
UNIDADE Temática 1.1 Historial da economia e os problemas económicos 
 
Introdução 
Na presente unidade temática o estudante irá compreender o historial 
da economia, o objectode estudos, a importância do estudo da 
economia e os principais problemas económicos existentes. 
A partir dos estudos dos conteúdos desta unidade temática, o estudante 
será capaz de entender e analisar os principais fenómenos económicos 
da sociedade 
 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
▪ Compreender o conceito e importância do estudo da economia; 
▪ Identificar o objecto de estudo da economia; 
Objectivos 
Específicos 
 
▪ Identificar e compreender a essência dos principais problemas económicos. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1.1.1 Porque estudar economia 
O presente módulo (economia social e cooperativismo) irá iniciar 
exactamente com o estudo da economia. Para que o estudante 
compreenda o funcionamento da economia social e as várias 
instituições a ela associadas deve antes de tudo perceber o que é a 
economia como surgiu o estudo da economia, o seu objecto de estudo, 
é neste contexto que preparamos a presente unidade de estudo. 
Antes de iniciarmos com o estudo ou o historial da economia é 
necessário ter uma ideia do que é que se estuda em economia, ou 
melhor porque estudar economia. 
Se o estudante for a rua e questionar as pessoas o porquê de estudar 
economia certamente encontraria várias respostas que podemos 
destacar as seguintes: 
“Para saber poupar...” 
“Para saber gerir o salário...” 
“Para entender a inflação2, o desemprego.” 
“Para compreender as políticas do Governo...” 
Podemos assim observar que as respostas a estas perguntas são várias 
e todas elas correspondem a uma parte dos conteúdos leccionados em 
economia. Assim, podemos verificar que a economia está presente nas 
nossas actividades do dia-a-dia, quando acordamos e temos que pensar 
como vamos a escola, o que vamos comer, como iniciar determinado 
processo de produção, etc. etc. 
A importância do estudo da economia pode ser resumida nos principais 
assuntos ou temas tratados nesta ciência. 
 
2 Inflação é a subida continua e generalizada do nível de preço. Isto é, quando um 
conjunto de bens e serviços aumenta o preço durante um determinado período este 
fenómeno chama-se inflação. 
 
14 
 
A economia estuda o comportamento dos mercados de bens e serviços 
(como produzir, quais os custos de produção, qual o processo de 
produção usado etc.), explora o mercado financeiro (determinação da 
taxa de juro, da taxa de câmbio, do nível de notas e moedas a 
disponibilizar a economia) 
A economia analisa questões de crescimento e desenvolvimento 
económico, porquê alguns países ou pessoas tem um nível de 
rendimento maior que os outros, a economia procuram explicações 
para o combate a pobreza. 
A economia estuda o comércio internacional, as trocas comerciais entre 
países, as formas de estabelecer as relações comerciais sem prejudicar 
as economias envolvidas. 
A economia estuda as políticas governamentais para o uso eficiente dos 
recursos disponíveis, Moçambique dispõe de vários recursos naturais 
como usa-los de forma eficiente para reduzir a pobreza e as 
desigualdades sociais. 
Portanto podemos verificar que a economia é uma ciência abrangente 
e as áreas de intervenção são tão vastas que dificilmente poderíamos 
colocar todas nesta unidade. 
A figura 1 resume os vários temas que são abordados na economia, 
atenção que estes temas não se esgotam apenas nesses. Podemos 
observar que a economia estuda a inflação, o desemprego, o 
crescimento e desenvolvimento económico, o mercado financeiro entre 
outros. 
 
 
Figura 1:Economia e os temas abordados 
 
15 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor do manual 
Agora o estudante deve estar a colocar se a seguinte questão: 
Como iniciou o estudo da economia? Quando é que o homem começou 
a preocupar-se com os assuntos económicos? 
Para responder a esta questão vamos agora avançar para o historial da 
economia. 
1.1.2 Historial e definição da economia 
 
O termo economia provém do grego: Oikós (casa) e nomos (norma ou 
lei), que significa Governo da casa. 
 
Antigamente as sociedades estavam organizadas em pequenos grupos 
(famílias ou casa) que tinham como principal objectivo produzir para a 
alimentação e proteger-se dos seus inimigos e dos animais. Assim, a 
economia era tratada como o Governo de cada grupo de sociedade, 
cada casa. 
 
 
 
 
16 
 
Alguns anos depois, por volta do século XVII, com o desenvolvimento 
das sociedades, a economia passou a designar-se economia política 
dada a sua abrangência política e as questões sociais mais importantes 
nesta altura. 
 
Nesta época, (da antiguidade ao renascimento) as questões económicas 
de maior relevância era uma posse territorial, servidão, arrecadação de 
tributo, cunhagem de moeda, comércio internacional, etc. E todas as 
questões económicas eram tratadas no âmbito político, filosófico e do 
direito. 
 
A partir do século XVIII (altura que se verifica a revolução industrial), 
começou a se verificar níveis desiguais de desenvolvimento nas 
sociedades, por um lado alguns países apresentavam um nível 
decrescimento e desenvolvimento muito elevado, dado o aumento da 
produção devido ao melhoramento das máquinas e as novas inovações 
realizadas. Por outro lado, existiam países que tinham um nível de 
crescimento quase inexistente. Esta situação levou ao economista e 
filósofo escocês Adam Smith a iniciar um estudo com o objectivo de 
descobrir a origem e a causa da riqueza das nações. Tendo assim 
publicado em 1776 a obra a riqueza das nações que marcou o início de 
uma nova época para o estudo da economia: a era dos clássicos. 
 
Com os clássicos a economia deixou de ser designada economia política 
e passou somente à economia. Algum tempo depois Adam Smith teve 
os seus seguidores e todos fundamentavam as suas definições em 
quatro pontos: a formação, a acumulação, distribuição e consumo da 
riqueza. 
 
 
A variedade dos pontos ou assuntos abordados na economia leva-nos a 
uma dificuldade na definição da própria economia, por serem vastos os 
 
17 
 
assuntos abordados na economia torna-se difícil ter uma única 
definição de economia. 
Adam Smith definiu a economia como a ciência que estuda a origem e 
causa da riqueza das nações. 
 
Paschoal Rossetti define Economia como a ciência que estuda a acção 
económica do homem como envolvendo essencialmente o processo de 
produção, geração e apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação. 
 
Lionel Robbins define economia como a ciência que estuda as formas 
de comportamento humano, resultantes da relação existente entre as 
ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que embora escassos 
se prestam a usos alternativos. 
 
Samuelson e Nordhaus definem a economia como o estudo da forma 
como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens e 
serviços com valor e para os distribuir entre indivíduos diferentes. 
 
Todas as definições dadas acima são válidas. Contudo, como forma de 
uniformizarmos as definições a usar no presente módulo, consideremos 
a seguinte definição mais abrangente: 
 
Economia é uma ciência social que estuda a forma como as sociedades 
utilizam recursos escassos para produzir deforma eficiente diversos 
bens e serviços e distribui-los entre os vários membros da sociedade. 
 
Na definição dada acima é importante frisar alguns pontos ou palavras 
nomeadamente: ciência social, recursos escassos, produção eficiente. 
Bens e serviços. 
A economia é uma ciência social – pois estuda e analisa o 
comportamento do homem inserido 
na sociedade. 
 
18 
 
 
Recursos escassos – são os diversos recursos disponíveis na economia 
mas que não estão disponíveis livremente para o seu uso, isto é, para 
que o homem use este bem é necessário que este disponha de algum 
valor monetário para os obter. São bens que por outro lado são finitos 
isto é, não estão disponíveis de forma infinitana natureza. 
 
Produção eficiente – para compreender o significado de produção 
eficiente tem que distinguir a palavra eficiência e eficácia. 
Eficiência refere-se ao acto de atingir os objectivos minimizando os 
custos e recursos e eficácia é apenas o alcance dos objectivos sem ter 
em conta os custos e outros danos que pode se causar a natureza e não 
só. Assim, podemos agora perceber que produção eficiente, é aquela 
que atinge o objectivo (produz o bem ou serviço), reduz os custos e 
preocupa-se acima de tudo com a sustentabilidade da produção e com 
aspectos ligados a natureza e ao mio ambiente. Bens e serviços – os 
bens diferenciam-se dos serviços por serem palpáveis ou tangíveis 
enquanto os serviços não são tangíveis. Podemos dar exemplo do 
caderno escolar, é um bem e a consulta médica é um serviço. 
 
1.1.3 Objecto de estudo da economia e os principais problemas económicos 
Conforme referimos na secção 1.1.2 a economia preocupa-se 
essencialmente com a forma como a sociedade utiliza os recursos 
escassos para a produção de diversos bens e serviços. Assim sendo, 
podemos afirmar que a economia existe porque existe a escassez de 
bens. Suponha que os bens existentes na economia não fossem 
escassos que estes existissem na economia de forma abundante e que 
o homem poderia usa-los sem se procurar com o seu término, isto 
significaria que cada um poderia ter e fazer o que quisesse, nesta ordem 
de ideia o estudante não precisaria estudar pois não precisaria comprar 
bens e serviços, não precisaria comprar carros etc., e não haveria a 
necessidade de estudar a economia. 
 
19 
 
As pessoas preocupam-se com o estudo da economia pois os bens são 
escassos e necessitam de formas eficientes de uso dos recursos, neste 
caso, a economia existe porque existe a escassez. A escassez é a 
essência da existência da ciência económica, constitui o objecto de 
estudo da economia. 
Tendo em conta que o homem necessita de bens é necessário que este 
saiba como deverá produzir esses bens, quando deverá produzir, onde 
e para quem estará a produzir. Estas questões o que, como, quando, 
onde e para quem produzir são as principais questões que a economia 
tenta responder e são considerados principais problemas económicos 
que todos (empresas, pessoas individuais e os Governos) devem 
responder. Vamos de seguida analisar cada um destes problemas: 
1. O que produzir 
Esta é a primeira questão e a mais importante, pois pode condicionar as 
respostas às outras questões. Para responder a esta questão temos que 
ter em conta não só os factores financeiros que dispomos mas também 
a questão cultural, demográfica, geográfica de cada país. 
Um país ou uma empresa não pode optar por produzir um bem que é 
totalmente incompatível com as questões culturais ou demográficas 
deste país, pois os custos serão muito maiores. Por exemplo 
Moçambique tem condições climáticas e naturais que favorecem a 
produção de camarão, em relação à Zimbabwe, logo, se Moçambique 
optar pela produção do camarão terá custos de produção relativamente 
menores que o Zimbabwe. 
A questão o que produzir está relacionada com a escolha que deve-se 
fazer entre a produção de bens de consumo (bens finais prontos para o 
consumo exemplo: camisolas, arroz, mesa, etc.) ou bens de capital 
(bens que são usados para a produção de outros bens, exemplo: a 
maquina de costura é usada para a produção de vestuários, o 
computador é usado para produzir manuais de ensino etc. etc.). Cada 
 
20 
 
país deverá escolher o que irá produzir pois esta perante o mesmo lote 
de recursos e não podemos produzir todos os bens simultaneamente e 
nas quantidades que desejamos. 
2. Como produzir 
Como já vimos os recursos que dispomos para a produção de bens e 
serviços são limitados (temos pouca mão-de-obra qualificada, temos 
recursos financeiros limitados e as maquinarias também são limitadas), 
assim sendo, ao decidir como produzir temos que ter em conta a 
combinação de recursos que não tornam os custos muito elevados para 
o país ou empresa. 
Neste caso temos que escolher quais os meios a usar na produção? 
Usaremos tractores para a produção de milho ou usaremos homens? 
3. Onde produzir 
A localização do sector de produção depende muito das necessidades 
do país ou da empresa. A fábrica pode estar localizada próximo a 
matéria-prima, próximo a mão-de-obra, próximo aos clientes ou ainda 
em um local que facilita o escoamento do produto (próximo de 
estradas, portos, caminhos de ferro etc.). Neste caso, para a tomada de 
decisões sobre onde produzir deve ter em conta os custos que a 
empresa irá suportar em todo ciclo produtivo. 
4. Para quem produzir 
Para melhor responder esta questão temos que ter em conta que as 
pessoas que compõem uma sociedade tem rendimentos diferentes, 
tem hábitos e costumes diferentes 
assim sendo, é necessário saber para que público estamos a produzir 
determinado bem, para as pessoas de alta renda (logo os padrões de 
produção devem ser bastante criteriosos em termos de qualidade dos 
factores usados), para a população de baixa renda? Para uso doméstico 
ou para uso industrial? Para o consumo interno ou para exportação? A 
 
21 
 
resposta a estas perguntas irá ditar os factores a usar a qualidade da 
matéria-prima etc. 
5. Quando produzir 
Esta questão está relacionada com o factor tempo. É necessário que a 
empresa tenha em conta o tempo em que irá produzir. No verão ou no 
inverno? No tempo chuvoso ou no tempo seco? A resposta desta 
questão depende do tipo de produto a ser produzido e dos custos que 
estão envolvidos em cada sessão. 
Existem determinados bens que torna-se mais rentável e de menor 
custo produzir no verão para provavelmente vender no inverno, como 
é o caso das camisolas, dos casacos etc. 
 
1.1.4 Relação entre os principais problemas económicos 
 
As questões vistas no ponto 1.1.3 não podem ser analisadas de forma 
isolada, estas estão relacionadas entre si. 
No dia-a-dia todos necessitam de diversos bens e serviços desde o 
simples pão que comemos até a construção de grandes infraestruturas 
como pontes estradas, escolas etc. para a implementação de qualquer 
actividade económica é necessário em primeiro lugar que o país decida 
o que irá produzir tendo em conta que os factores que usamos para a 
produção dos bens são escassos a primeira questão que se coloca é o 
que produzir, produzimos computadores ou milho? 
Depois de decidir o que iremos produzir devemos nos preocupar em 
saber como iremos produzir? Para o 
caso do milho poderemos usar a enxada ou poderemos usar o tractor, 
neste caso, temos que decidir como produzir. A seguir a esta questão 
surgem outras questões onde produzir? Será que produzimos próximo 
à matéria-prima ou próximo ao consumidor para evitarmos custos 
elevados de transportes? 
 
22 
 
Temos ainda outras questões por responder durante o processo de 
transformação dos bens e serviços, como é o caso de quanto produzir? 
Para quem produzir? Será que produzimos 1.000 toneladas ou é melhor 
produzir 500 toneladas e alocar a mão-de-obra para a produção de 
outros bens? Será que produzimos para a população de baixa renda 
(onde procuramos usar factores de produção também acessíveis e mais 
baratos para que o preço por sua vez seja também mais baixo) ou 
produzimos para a população de renda alta investindo mais na 
qualidade? 
Antes de iniciarmos um processo de produção é necessário que as 
principais questões estejam respondidas facilitando assim o processo 
de produção dos bens. 
A figura 2 a seguir mostra a relação entre as cinco principais questões 
económicas. 
 
 
 
 
 
Figura 2: Principais problemas económicos 
 
 
23 
 
 
1.1.5 A Relação da Economia Com as Demais Ciências 
Com a Biologia: quem exerce a actividade económica gera serviço, 
objecto das ciências biológicas.O trabalho gera recursos económicos 
para a alimentação e sobrevivência humana. 
Com a Moral: a moral tem por objectivo o honesto, a economia tem por 
objectivo útil, isto é, a actividade humana em busca de prosperidade 
material. A honestidade com o crescimento económico. 
 Com o Direito: o direito e a economia são ciências sociais, tendo como 
objectivo o homem. 
Com a Contabilidade: essa traz luz à economia, sobre inúmeros 
problemas que se interferem; ambas tratam de juros, empréstimos, 
bancos, bolsas. A contabilidade age sobre o ponto de vista técnico e a 
economia mostra as razões teóricas para as suas conclusões sobre 
determinado fato. 
 Com a Geografia: essa se utiliza de matemática, física e biologia, as 
quais fornecem a economia inúmeros elementos. 
Com a História: a história também é uma ciência social. A história 
económica é o prefácio da economia política. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor do manual 
 
24 
 
Com a Sociologia: mostra os fenómenos económicos interdependentes 
com os sociais. 
Muitos autores consideram a economia política como um ramo da 
sociologia. 
Com a Matemática: cálculos gráficos 
Com a Lógica: uso da razão, raciocínio. 
Com a Estatística: classifica, analisa, critica e interpreta dados relativos 
aos fatos económicos. 
 Com a Administração: a administração é o processo de tomar e colocar 
em prática decisões sobre objectivos e utilização de recursos. 
 
1.1.6. Sistemas económicos 
 O sistema económico é o que caracteriza o espírito, a forma e a 
substância da actividade económica localizada no espaço e no tempo. 
Existe uma lógica geral pela qual a economia funciona e conjunto de 
princípios que regem o seu funcionamento. Os três tipos de sistemas 
económicos são: 
Sistema de Economia de Mercado ou descentralizado – é o sistema 
baseado no mecanismo de mercado que tem como objectivo principal 
alcançar o lucro máximo. Tem o seu fundamento na liberdade individual 
dos agentes económicos não sujeita a orientação ou o mero controlo 
estatal. Apesar da existência da política económica governamental o 
centro das decisões é a nível das empresas privada que decidem sobre 
as formas de concorrência, administra as quantidades e os preços dos 
bens produzidos. Os consumidores é que escolhem os produtos que são 
colocados a sua disposição no 7 mercado. Este sistema carece de 
qualquer mecanismo central, os preços são livres e há liberdades de 
escolha. 
 
25 
 
 Sistema de Direcção Central e Planificada – distingue-se pela 
propriedade estatal dos meios de produção e pela planificação 
centralizada da economia, tendo como objectivo fundamental a 
satisfação das necessidades da população, defendendo por isso uma 
política de redistribuição de rendimentos que reduzem as diferenças 
entre os indivíduos na sociedade. O estado através dos órgãos 
especializados administram a produção geral, determina os objectivos 
e prazos dentro dos quais elas devem concretizar, organizar os 
processos e métodos de produção controlando os mecanismos de 
distribuição e dimensionando o consumo. A planificação global tem em 
princípio o objectivo de racionalização máxima dos recursos disponíveis 
na economia. 
 Sistemas Mistos – este sistema é uma combinação dos dois sistemas, 
com elementos de mercados e dirigismo. 
 Nenhuma das sociedades contemporâneas encaixa a um dos sistemas 
extremos. Nunca houve uma economia 100% de mercado (embora a 
Inglaterra no século XIX se aproximasse). 
1.1.7. Agentes Económicos 
Os agentes económicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, 
através de suas acções, contribuem para o funcionamento do sistema 
económico, tanto capitalista quanto socialista. Podem ser: 
 Empresas: agentes encarregados de produzir e comercializar bens e 
serviços, ligados por sistemas de informação e influenciados por um 
ambiente externo. A produção se dá pela combinação dos factores 
produtivos adquiridos junto às famílias. As decisões da empresa são 
todas guiadas para o objectivo de conseguir o máximo de lucro e mais 
investimentos; 
Família: inclui todos os indivíduos e unidades familiares da economia e 
que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de 
 
26 
 
bens e serviços, objectivando o atendimento de suas necessidades. Por 
outro lado, são as famílias os proprietários dos recursos produtivos e 
que fornecem às empresas os diversos factores de produção, tais como: 
trabalho, terra, capital e capacidade empresarial. Recebem em troca, 
como pagamento, salários, alugueis, juros e lucros, e é com essa renda 
que compram os bens e serviços produzidos pelas empresas. O que 
sempre as famílias buscam é a maximização da satisfação de suas 
necessidades; 
 Governo: inclui todas as organizações que, directa ou indirectamente, 
estão sob o controle do Estado, nas suas esferas estaduais ou 
municipais. Por outra, o governo actua no sistema económico, 
produzindo bens e serviços, através, por exemplo, da EDM, 
Electricidade de Moçambique, etc. 
1.1.8. Tipos de Economia 
A economia pode ser classificada quanto aos resultados, Economia 
Positiva e Economia Normativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Tipos de economia 
 
Economia positiva parte da ciência económica que se interessa pela 
descrição, usando metodologia da teoria de certos aspectos como elas 
são e como se apresentam e ela divide-se: 
Economia Descritiva: trata da identificação do fato económico. É a partir 
dos levantamentos descritivos sobre a conduta dos agentes económicos 
que se inicia o complexo de conhecimento sistematizado da realidade 
no campo da economia positiva. 
 È a tarefa de levantamento e descrição dos fatos que se dedica a 
economia descritiva; é através dela que a realidade começa a ser 
submetida a um criterioso tratamento no sentido de que possam se 
analisados as relações básicas que se estabelecem entre os diversos 
agentes que compõem o quadro da actividade económica. 
 Teoria Económica: a teoria económica é o compartimento central da 
economia, compete-lhe dar ordenamento lógico aos levantamentos 
sistematizados fornecidos pela economia descritiva, produzindo 
generalizações que sejam capazes de ligar aos fatos entre si, desvendar 
cadeias de acções manifestadas e estabelecer relações que 
identifiquem os graus de dependência de um fenómeno em relação a 
outro. Surgiram então em decorrência conjunto de princípios, de 
teorias, de modelos e de leis fundamentadas nas descrições 
apresentadas. 
 
28 
 
 A teoria económica adopta duas posições distintas na apresentação e 
 análise do fenómeno económico, 
estas posições são conhecidas como microeconómica 
 e macroeconomia. 
 A microeconómica é aquela parte da teoria económica que estuda o 
comportamento das unidades, tais como os consumidores, as indústrias 
e empresas, e suas inter-relações. 
 A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu 
conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia 
que, porém, ao mesmo tempo, permita conhecer e actuar sobre o nível 
da actividade económica de um determinado país ou de um conjunto 
de países. 
 Economia Normativa não se preocupa com a realidade mas sim com as 
formas consideradas óptimas de servir. A preocupação é emitir o juízo 
de valor, propor novas situações de organização. 
 Política Económica: os desenvolvimentos elaborados no 
compartimento da teoria económica, tem a finalidade de servir a 
política económica. Nesse terceiro compartimento é que serão 
utilizados os princípios, as teorias, os modelos e as leis. A utilização terá 
a finalidade de conduzir adequadamente a acção económica com vistas 
a objectivos pré-determinados. Quando empregamos a expressão 
política económica governamental estamos nos referindo as acções 
práticas desenvolvidas pelo governo com a finalidade de condicionar,balizar e conduzir o sistema económico no sentido de que sejam 
alcançados um ou mais objectivos politicamente estabelecidos. 1.1.9. 
Bens e Serviços 
Podemos dizer, de forma global, que bem é tudo aquilo que permite 
satisfazer às necessidades humanas. Os bens podem ser: 
 
29 
 
Bens livres: aqueles cuja quantidade é ilimitada e podem ser obtidos 
sem nenhum esforço na natureza. Por exemplo: a luz solar, o ar, o mar. 
Esses bens não possuem preços. 
 Bens económicos: são relativamente escassos, têm valor no mercado, 
e supõem a ocorrência de esforço humano para obtê-lo. Por exemplo: 
um carro, um computador etc. 
 Os bens económicos são classificados em dois grupos: 
Bens materiais: como o próprio nome já diz são todos aqueles de 
natureza material, que podem ser armazenados e são tangíveis, tais 
como roupas, alimentos, livros, televisão etc. 
Bens imateriais ou serviços: consideramos aqui tudo que é intangível. 
Por exemplo, serviço de um médico, consultoria de um economista ou 
serviço de um advogado, que acabam no mesmo momento de produção 
e não podem ser armazenados. 
 Os bens materiais classificam-se em: 
Bens de consumo: são aqueles usados directamente para a satisfação 
das necessidades humanas. Estes bens podem ser: de consumo durável, 
tais como: carros, móveis, electrodomésticos; e de consumo não 
durável, como, por exemplo, gasolina, alimentos, cigarro. 
 Bens de capital: são todos os bens utilizados no processo produtivo, ou 
seja, bens de capital, que permitem produzir outros bens. Por exemplo: 
equipamentos, computadores, edifícios, instalações etc. 
 Tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados 
como: 
Bens finais: são bens acabados, pois já passaram por todas as etapas de 
transformação possíveis. 
 
30 
 
 Bens intermediários: consistem nos bens que ainda estão inacabados, 
que precisam ser transformados para atingir a sua finalidade principal. 
Por exemplo: aço, vidro e borracha usados na produção de carros. 
 Os bens podem ser classificados, ainda, em: 
Bens públicos: são bens não exclusivos e não disputáveis. Referem-se ao 
conjunto de bens fornecidos pelo sector público, tais como: transporte, 
segurança e justiça. 
 Bens privados: são bens exclusivos e disputáveis. São produzidos e 
possuídos privadamente, como, por exemplo: televisão, carro, 
computador etc. 
Podemos dizer então que bem é tudo o que tem utilidade para satisfazer 
uma necessidade ou suprir uma carência, enquanto o serviço implica 
numa actividade intangível que proporciona um benefício sem resultar 
na posse de algo. 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática vimos o surgimento da economia, 
primeiramente era tida como o Governo de uma casa, pois as 
sociedades assim estavam organizadas entretanto, a medida que o 
homem se desenvolvia, desenvolvia-se também a economia e os vários 
temas abordados nesta ciência. Vimos ainda que a economia esta 
presente nas nossas vidas e em todas as actividades que exercemos. A 
economia é importante não só para os governos mas também para cada 
cidadão, na resolução dos problemas de cada indivíduo. 
Ainda nesta unidade temática o estudante analisou o objecto de estudo 
da economia e os vários problemas que devem ser resolvidos ou 
respondidos. 
 
31 
 
A unidade termina com o estudo da relação entre os vários problemas 
económicos o que produzir, quando, onde, como e para quem e a forma 
como a sociedade se organiza para resolver estes problemas. 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Explique qual a importância do estudo da economia. 
2. Qual o significado etimológico da palavra economia e porque foi 
designada Governo da casa. 
3. Explique o que aconteceu para a economia passar de economia 
política à economia quando é que ocorreu essa mudança. 
4. Quem foi Adam Smith e qual foi a contribuição dada por ela à 
economia? 
5. Dê 5 definições de economia de autores diferentes. 
6. Defina os seguintes conceitos: 
a) Ciência social, 
b) Recursos escassos, 
c) Eficiência, 
d) Eficácia, 
e) Bens, 
f) Serviços. 
7. Identifique os principais problemas económicos e explique cada 
um deles de forma detalhada. 
8. Os principais problemas económicos estão relacionados entre 
si? Justifique a sua resposta. 
9. Explique como as sociedades podem organizar se para resolver 
os principais problemas económicos. 
10. Diferencie bens dos serviços. 
 
 
32 
 
Respostas indicativas 
1. Nesta questão o estudante deverá explicar a importância do 
estudo da economia. Para tal poderá analisar os vários 
pontos, temas ou assuntos abordados na economia. Deverá 
consultar a secção 1.1.1 
2. Para melhor responder esta questão reveja o ponto 1.1.2 
da presente unidade temática. 
3. Para melhor responder esta questão reveja o ponto 1.1.2 da 
presente unidade temática. Reveja o parágrafo relacionado 
a Adam Smith. 
4. Para melhor responder esta questão reveja o ponto 1.1.2 da 
presente unidade temática. 
5. Para melhor responder a esta questão o estudante deverá 
não só ler e perceber as definições que estão no ponto 1.1.2 
da presente unidade temática como também poderá 
consultar qualquer bibliografia relacionada. Nota: procure 
dar outras definições que não constam no módulo. 
6. Para melhor responder esta questão reveja o ponto 1.1.2 da 
presente unidade temática. 
7. Para melhor responder esta questão reveja o ponto 1.1.3 da 
presente unidade temática. 
8. Nesta questão o estudante deverá explicar qual a 
consequência de iniciar um processo produtivo sem o estudo 
exaustivo dos principais problemas económicos. Deverá 
ainda explicar se é possível respondermos a questão onde 
quando como sem responder a castão o quê? Reveja o ponto 
1.1.4 para melhor responder. 
9. Para melhor responder esta questão reveja o ponto 1.1.5 da 
presente unidade temática. 
10. Para melhor responder esta questão reveja o ponto 1.1.1 da 
presente unidade temática. 
 
33 
 
 
Exercícios de AVALIAÇÃO 
1. Na secção 1.1.3 vimos que a escassez é o objecto de estudo da economia. 
O que entende por escassez. Se a escassez não existisse será que a 
economia existiria? 
2. Suponha que o estudante é o presidente do País e pretende decidir sobre 
a produção do país. As opções existentes são de produção de dois bens 
(arroz e tractores), explique de forma detalhada como responderia a cada 
uma das principais questões económicas. Atenção: não responda apenas 
a escolha mas também justifique. Por exemplo ao escolher o local de 
produção deverá justificar porquê da escolha, estará próximo a matéria-
prima? Próximo ao consumidor? Deverá ainda comparar a sua escolha com 
as outras opções existentes. 
3. Analise as formas existentes de resolução dos problemas económicos. 
Identifique duas vantagens e duas desvantagens na implementação de 
cada um destes sistemas. Tendo em conta que Moçambique já 
implementou os dois sistemas. 
4. Explique porque a economia é uma ciência que não tem um conceito único 
e unânime. 
5. Os bens são escassos porque os homens desejam muito mais do que os 
homens podem produzir. Comente a afirmação. 
 
 
 
UNIDADE Temática 1.2 Factores de Produção e a Fronteira de Possibilidades de 
Produção 
 
Introdução 
Depois de termos analisado o historial da economia, a definição e as 
principais questões económicas vamos nesta secção estudar os factores 
de produção a fronteira de possibilidades de produção. 
 
34 
 
Toda a economia dispõe de determinados factores de produção e é com 
base nestes que cada economia e sociedade conseguem determinar o 
seu nível de produção. Esta secção é importante pois o estudante verá 
as questões relacionadas com as escolhas e o custo de oportunidade de 
uma determinada economia. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
▪ Identificar os factores necessários para a produçãode determinados bens 
e serviços; 
 
▪ Definir a Fronteira de possibilidades de produção 
 e os seus 
Objectivos 
Específicos determinantes, 
 Definir custo de oportunidade relacionar com a 
 Fronteira de 
possibilidades de produção; 
 Identificar os factores que fazem com que a Fronteira de Possibilidade de 
produção desloque para cima ou para baixo; 
 
 
Desenvolvimento 
1.2.1 Factores de produção 
Para a produção dos bens e serviços é necessário que as economias 
disponham de recursos de produção ou factores de produção. 
Factores de produção são todos os recursos usados durante o processo 
produtivo. São todos os instrumentos quer da natureza, quer humanos 
ou materiais que usamos para poder transformar determinadas 
matérias em bens úteis para a satisfação das nossas necessidades. 
 
35 
 
Os factores de produção podem ser resumidos em quatro a saber: 
1. Terra 
2. Trabalho; 
3. Capital e; 
4. Tecnologia 
Terra 
O factor terra refere-se as reservas naturais renováveis ou não usadas 
com o objectivo de produzir bens e serviços. Por exemplo para a 
produção do milho usamos a terra para a sementeira neste casos, a 
terra é um dos factores de produção. 
A terra refere-se ao recurso natural da sociedade que inclui não só o 
subsolo como todos os seus minerais, os rios, as florestas, lagos, fauna 
e outros. 
Trabalho 
O factor trabalho refere-se a força humana apta para o trabalho. Isto é, 
o factor trabalho corresponde ao número de pessoas que se dedicam a 
produção de determinado bem. Por exemplo se para a produção de 200 
hectares de milho precisamos de 50 trabalhadores significa que os 50 
trabalhadores constituem a foça laboral e é o factor trabalho. 
Capital 
O factor capital refere-se ao conjunto de riqueza acumulado pela 
sociedade. São todos os instrumentos usados pelo homem com o 
objectivo de melhorar a sua produção. 
Rossetti (2003) indica que o factor capital sempre foi usado pelas 
economias por mais rudimentares que fossem. O exemplo dado por 
este autor foi a existência ou a criação de instrumentos como arco 
 
36 
 
flechas, barcos, e outros instrumentos usados com o objectivo de 
melhorar a exploração económica do meio ambiente. 
O desenvolvimento de instrumentos e meios de produção associado as 
primeiras manifestações de construção de infra-estruturas mostram o 
processo de desenvolvimento do capital (acumulação de riquezas com 
o objectivo de fazer mais riqueza). 
De forma resumida podemos dizer que o factor capital refere-se as 
máquinas, equipamentos, ferramentas, infra-estruturas económicas 
(energia, telecomunicações, transportes), infra-estruturas sociais 
(educação, cultura, segurança, etc.) e todos outros instrumentos ou 
objectos que destinam-se a produção de novas riquezas. 
Tecnologia 
A capacidade tecnológica é definida como o conjunto de conhecimentos 
e habilidades usados no processo de produção. 
(Rossetti, 2003). 
Os conhecimentos tecnológicos incluem todos os conhecimentos 
adquiridos relacionados com o factor terra (conhecimento sobre as 
fontes de energia renováveis, sobre o solo, os conhecimentos sobre o 
próprio processo produtivo, a combinação dos materiais até a produção 
final. Assim sendo, a capacidade tecnológica constitui um dos principais 
factores de produção por estabelecer a ligação entre todos os factores 
de produção (ligação inter-factores). 
Figura 3: Factores de produção 
 
 
37 
 
 
 Fonte: Elaborado pelo autor do manual 
Para obtermos o produto final necessitamos de misturar ou usar 
conjuntamente os factores de produção terra, trabalho e capital. 
1.2.2. Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP), ou Curva de 
Possibilidades de Produção (CPP) 
A curva de possibilidade de produção é um gráfico que mostra as 
quantidades máximas de produto que podem ser produzidas por uma 
economia dados os factores de produção disponíveis. 
A CPP mostra as quantidades que podemos produzir tendo em conta os 
factores disponíveis, isto é, se tivermos 10 trabalhadores, 5 máquinas e 
15 hectares de terra qual é a quantidade máxima de tomate e de arroz 
que podemos produzir? A CPP dá-nos a resposta a esta questão. 
De forma resumida podemos dizer que a CPP mostra as várias 
combinações alternativas entre dois bens X e Y que um país pode 
produzir admitindo que todos recursos estão a ser usados para a 
produção (não há recursos que não estão em uso, isto é, há pleno uso 
dos factores de produção). 
Exemplo: 
Sabe-se que Moçambique dispõe de 10 trabalhadores, 5 máquinas e 
10 hectares de terra. Supondo que o país esteja a usar plenamente 
todos estes recursos as quantidades 
 
 
38 
 
máximas de cada produto que pode ser produzida esta resumida na 
tabela que se segue. 
Tabela 1: Opções de produção 
Opções 
 de 
produção 
Açúcar Máquinas 
calcular 
de 
A 250 0 
B 200 250 
C 150 450 
D 100 600 
E 50 700 
F 0 750 
Fonte: Elaborado pelo autor do manual 
O gráfico 1 a seguir correspondente a estas opções está representada 
abaixo e corresponde a FPP. 
Gráfico 1: Fronteira de possibilidades de produção 
 
Tendo em conta que este país produz apenas dois bens, se o país 
aloca todos os seus recursos para a produção de açúcar este irá 
obter 250 toneladas do mesmo e 0 máquinas de calcular 
representado pelo ponto A no gráfico. 
 
39 
 
Por outro, se o país aloca todos os seus recursos para a produção 
de máquinas de calcular este terá um nível de produção de 750 
máquinas, representado pelo ponto F no 
gráfico. Estes pontos (A e F) designam- 
se pontos de especialização, pois o país especializa-se na 
produção de apenas um bem e com base nesta produção poderá 
trocar com outros bens produzidos por outros países. 
Note que todos os pontos ao longo da recta da FPP (ponto A, B, 
C, D, E, F) são pontos onde a combinação de bens é feita de 
modo a usar ao máximo todos os factores de produção. 
A questão que coloca-se logo a seguir é: o que acontece com os 
factores de produção e os níveis de produção quando se o país 
estivesse a produzir fora da recta da FPP? Nos pontos B e C 
representados no gráfico abaixo. 
Gráfico 2: principais pontos da FPP 
 
 O ponto A e o ponto D mostram pontos de especialização. No ponto A 
o país especializa se na produção do açúcar (só irá produzir açúcar, 
todos os factores de produção estarão alocados para a produção do 
açúcar) e no ponto D o país especializa se na produção de máquinas de 
calcular (só irá produzir máquinas, todos os factores de produção 
estarão alocados para a produção do máquinas). 
 
40 
 
O ponto B mostra uma situação em que o país não utiliza plenamente 
os seus factores de produção chama-se ponto de ineficiência (pode por 
exemplo não estar a usar a terra na sua totalidade, se tiver 100 
 hactares pode estar a usar por 
exemplo apenas 50, no caso das maquinas podemos estar perante 
maquinas obsoletas ou ainda podemos estar a produzir com um número 
menor de trabalhadores. Neste ponto, podemos verificar que a 
produção de açúcar é de 150toneladas e a produção de máquinas é de 
250, enquanto que poderíamos aumentar a produção de máquinas para 
450 se estivéssemos a usar plenamente os recursos disponíveis ou ainda 
aumentar a produção do açúcar para 200 toneladas. Conforme mostra 
o gráfico acima. 
O ponto C mostra um ponto inatingível, um ponto que dificilmente 
alcançaríamos usando os factores de produção que temos. Para 
alcançarmos este ponto teríamos que aumentar os factores de 
produção disponíveis. 
1.2.4 A CPP e as escolhas de uma sociedade 
Conforme vimos na secção anterior a CPP mostra as combinações de 
bens que podem ser produzidos tendo em conta os recursos produtivos 
de que dispomos. A questão da escolha está patente na CPP pois não 
será possível produzir mais dosdois bens usando os mesmos recursos 
produtivos. 
 
41 
 
Gráfico 3: FPP e escolhas 
 
Para melhor entender a questão das escolhas voltemos ao gráfico Para 
podermos produzir 250 de açúcar não 
podemos produzir nada de máquinas e se quisermos produzir 250 de 
máquinas de calcular significa que apenas produziremos 200 de açúcar. 
Assim podemos observar que a CPP é um menu de escolhas de 
produção e esse menu é limitado pelos recursos de que dispomos para 
a produção e quanto mais recursos forem alocados na produção de um 
bem menos serão alocados para a produção do outro bem. 
1.2.5 Deslocações Da FPP 
As possibilidades de produção de um país podem alterar de acordo com 
a alteração de alguns fenómenos que condicionam a produção. Esta 
alteração pode ser de forma positiva (aumentar as quantidades 
produzidas) ou de forma negativa (reduzindo as quantidades 
produzidas de cada bem). 
A FPP pode-se deslocar para cima ou para a direita quando aumenta um 
dos factores de produção (terra, trabalho, capital e tecnologia), isto é, 
se o pais tem maior nível de trabalhadores ou se tem um maior nível de 
maquinarias as possibilidades de produção irão aumentar e a FPP irá se 
deslocar para cima conforme mostra o gráfico abaixo. 
 
42 
 
Gráfico 4:Deslocação da FPP para a direita 
 
A deslocação para cima da CPP mostra um crescimento económico para 
o país. 
A FPP pode-se deslocar para baixo ou para a esquerda quando os 
factores de produção reduzem isto é, 
quando ocorre um fenómeno que implique a redução de um dos 
factores de produção como por exemplo cheias, incêndios que podem 
danificar as máquinas usadas na produção e reduzir o número de 
trabalhadores, deslocando assim a FPP para a esquerda conforme 
mostra o gráfico abaixo. 
 
 
 
 
 
43 
 
Gráfico 5: Deslocação da FPP para a esquerda 
 
1.2.4 CPP e o custo de oportunidade 
O conceito de custo de oportunidade é provavelmente um dos 
conceitos mais usados em economia. 
Este conceito surge pelo facto dos recursos serem escassos e as 
necessidades ilimitadas. Dada a limitação dos recursos é necessário que 
cada pessoa tome decisões de como aplicar o seu tempo e dinheiro. 
Quando o estudante decide estudar, ir ao ISCED estará de certa forma 
a prescindir alguma actividade, haverá sempre uma oportunidade 
perdida. Dentre o vasto leque de coisas perdidas podemos escolher a 
melhor delas e esta é que representará o custo de oportunidade. 
Custo de oportunidade é definido como o custo da melhor alternativa 
sacrificada. 
O conceito de custo de oportunidade pode ser ilustrado usando a CPP 
conforme veremos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Gráfico 6: FPP e o custo de oportunidade 
 
Esta CPP mostra a produção do açúcar e de maquinas de calcular. Sendo 
o custo de oportunidade o valor perdido ou o valor sacrificado para 
aumentar a produção do outro bem podemos calcular o custo de 
oportunidade de aumentar a produção do açúcar de 150 para 200, isto 
é, aumentar a produção do ponto C para o ponto C. Neste caso, 
podemos verificar que quando aumentamos a produção do açúcar de 
150 para 200 toneladas perdemos (reduzimos) a quantidade produzida 
de maquinas de calcular de 450 para 250, o que significa que o custo de 
oportunidade de aumentar a produção de açúcar em 50toneladas é a 
perda de 200ton de maquinas de calcular. 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática 1.2 estudamos e discutimos 
fundamentalmente os factores de produção, a Fronteira de 
possibilidades de produção e o custo de oportunidade. 
Vimos que para produção de qualquer bem é necessário que o país 
possua determinados factores de produção. Precisamos da terra, do 
trabalho, do capital e da tecnologia para a produção dos bens e serviços. 
Estes factores devem ser alocados aos bens que se pretende produzir e 
obter assim as quantidades produzidas, que serão representadas pela 
FPP. 
 
45 
 
A medida que forem alterados os factores de produção a FPP pode se 
deslocar para a direita ou para a esquerda. Para a direita quando 
aumentam os factores de produção, isto é, quando temos maiores 
quantidades produzidas, diz se neste caso que a economia esta em 
crescimento e quando as quantidades dos factores reduzem a FPP 
desloca se para a esquerda. 
Vimos ainda o custo de oportunidade e relacionamos a FPP, quando 
prescindimos da produção de um bem em benefício do outro bem. 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Defina o que é microeconómica; 
2. Identifique os principais conceitos empregues na 
microeconómica e o conceito de mercado; 
3. Explique o conceito de equilíbrio da oferta e da demanda. 
4. A partir dos conceitos estudados explique os vazios de 
mercado que existem em Moçambique. 
 
UNIDADE Temática 1.3 As acções do Estado e os Elementos básicos da procura e 
oferta de bens ou serviços 
 
Introdução 
A presente unidade temática estará dividida em dois grupos no primeiro 
grupo o estudante irá compreenderas acções e funções do estado e por 
outro lado analisaremos as principais funções do mercado. 
Nas unidades temáticas anteriores analisamos as principais questões 
económicas o que, como quando onde e porque produzir e vimos 
também que o mercado é responsável pela determinação dos bens e da 
quantidade a produzir. Nesta unidade temática o estudante irá 
compreender as principais funções do estado e como funciona o 
sistema de o processo da procura e oferta de bens e serviços. 
 
46 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz 
de: 
▪ Compreender as funções do estado; 
▪ Analisar o mecanismo de mercado; 
Objectivos 
Específicos 
 
▪ Compreender o conceito de mão invisível; 
▪ Definir e representar graficamente a função da procura e oferta de um bem 
ou serviço; 
▪ Compreender o funcionamento da lei da procura e da oferta; 
▪ Determinar o preço e as quantidades de equilíbrio de um bem; 
▪ Identificar situações de excesso e de escassez dos bens e serviços a partir 
da função da procura e da oferta 
 
1.3.1 Introdução 
Certamente o estudante já esteve envolvido num processo de compra 
de um bem ou serviço. Quando saímos para comprar pão, quando 
compramos um bilhete de avião quando subimos um táxi etc. Vejamos 
o exemplo da compra do pão, ate a fase da compra do pão o estudante 
provavelmente não tenha reparado mas este processo envolveu uma 
serie de fases e determinado numero de equipamentos envolvidos para 
a sua produção. Para a produção do pão a padaria teve que adquirir 
amassadeiras, fornos, lenhas, padeiros, vendedora etc. etc. 
Ao mesmo tempo podemos observar que o Governo desempenha 
também um papel fundamental neste sector pois este cria as normas de 
higiene e segurança que devem ser seguidas pelos padeiros, cria outros 
regulamentos para esta área de actuação, cria incentivos às padarias e 
cria mecanismos de aumentar a produção de trigo etc. etc. Podemos 
assim observar que tanto o mercado (os produtores dos bens e serviços) 
assim como o estado desempenham cada um dos papéis fundamentais 
 
47 
 
todos com o objectivo de melhorar e facilitar as transacções no 
mercado. 
A presente unidade temática ira analisar o mecanismo de mercado e as 
acções do Estado, o papel do Estado na vida económica e as funções 
básicas da procura e da oferta. 
 
 
Desenvolvimento 
 
1.3.2 O mecanismo de mercado 
Para que o estudante perceba o mecanismo de mercado deverá lembrar 
as definições dadas na unidade temática 1 sobre a economia de 
mercado e a economia centralizada ou dirigida. 
Lembre-se que foi dito que actualmente os países não funcionam de 
forma extrema em cada um dos sistemas de mercado, neste sentido 
para lembrar que as economias são mistas e para a actuação na 
actividade económica todos são actores fundamentais isto é, nenhum 
indivíduo, organização ou Estado isoladamente é responsável pela 
resolução dos problemas

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