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Exercícios de Gramatica + Gabarito --> FCC

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Prévia do material em texto

N do CadernooN de Inscriçãoo
ASSINATURA DO CANDIDATO
N do Documentoo
Nome do Candidato
P R O V A
A C D E
Junho/2014
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16 REGIÃOa
Concurso Público para provimento de cargos de
Conhecimentos Gerais
Conhecimentos Específicos
Redação
INSTRUÇÕES
VOCÊ DEVE
ATENÇÃO
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção de cargo.
- contém 60 questões, numeradas de 1 a 60.
- contém a proposta e o espaço para o rascunho da Prova de Redação.
Caso contrário, solicite ao fiscal da sala um outro caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.
- Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.
- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Ler o que se pede na Prova de Redação e utilizar, se necessário, o espaço para rascunho.
- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitido o
uso de lápis, lapiseira, marca-texto ou borracha durante a realização das provas.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora.
- Em hipótese alguma o rascunho da Prova de Redação será corrigido.
- Você deverá transcrever a redação, a tinta, na folha apropriada.
- A duração da prova é de 4 horas e 30 minutos para responder a todas as questões objetivas, preencher a Folha de
Respostas e fazer a Prova de Redação (rascunho e transcrição).
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.
- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
Técnico Judiciário
Área Administrativa
Caderno de Prova ’K11’, Tipo 001 MODELO
0000000000000000
MODELO1
00001−0001−0001
 
2 TRT16-Conhecimentos Gerais5 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
 
Português 
 
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 7, 
considere o texto abaixo. 
 
 
Introduzido no Brasil nos primeiros anos de vida republi-
cana, o velho e bretão football foi apropriado por toda a 
sociedade e, sendo rebatizado no Brasil como “futebol”, virou 
uma paixão nacional e um acontecimento festejado e amado 
pelo povo. 
Embora tivesse a chancela colonial de tudo o que vinha 
de fora, o futebol sofreu muitos ataques em nome de um 
nacionalismo que se pensava frágil como porcelana. E, no 
entanto, canibalizamos e digerimos o “football”, roubando-o dos 
ingleses. Hoje, há um estilo brasileiro de jogar e produzir esse 
esporte. De elemento capaz de desvirtuar, ao lado da música e 
do cinema americanos, o estilo de vida e a língua pátria, o 
futebol acabou servindo como um instrumento básico de refle-
xão sobre o Brasil. O sucesso futebolístico foi o nosso primeiro 
instrumento de autoestima diante dos países “adiantados” e 
inatingíveis. 
Como prova do imprevisível destino das coisas sociais, o 
futebol não veio confirmar a dominação colonial. Pelo contrário, 
ele nos fez colonizadores. 
A relação entre povo e futebol tem sido tão profunda e 
produtiva por aqui, que muitos brasileiros se esquecem de que 
o futebol foi inventado na Inglaterra e pensam que ele é, como o 
samba e a feijoada, um produto brasileiro. Provavelmente, 
conforme muitos têm acentuado, porque é uma atividade que 
indubitavelmente promove sentimentos básicos de identidade 
individual e coletiva entre nós. 
Talvez o futebol possa ser tudo isso porque ele é um 
esporte dotado de uma vocação complexa que permite en-
tendê-lo e vivê-lo simultaneamente de muitos pontos de vista. 
Assim, embora o futebol seja uma atividade moderna, um 
espetáculo pago, produzido e realizado por profissionais da 
indústria cultural, ele, não obstante, também orquestra com-
ponentes cívicos básicos, identidades sociais importantes, va-
lores culturais profundos e gostos individuais singulares. O seu 
maior papel foi o de ensinar democracia. Foi o de revelar com 
todas as letras que não se ganha sempre e que o mundo é 
instável como uma bola. Perder e vencer, ensina o futebol, 
fazem parte de uma mesma moeda. 
(Adaptado de DAMATTA, Roberto. Trechos dos ensaios “O 
futebol como filosofia” e “Antropologia do óbvio”. Disponíveis em 
estadao.com.br e usp.br/revistausp. Acesso em 10/05/2014) 
1. Depreende-se do contexto que o segmento 
 
(A) ele é um esporte dotado de uma vocação complexa 
(5
o
 parágrafo) ratifica o fato de que o futebol é um 
esporte em que a criatividade supera a técnica. 
 
(B) canibalizamos e digerimos o “football” (2
o
 parágrafo) 
condensa a opinião, expressa pelo autor, de que o 
brasileiro se apropriou do esporte importado da 
Inglaterra. 
 
(C) o mundo é instável como uma bola (5
o
 parágrafo) 
retoma e reforça o argumento de que o futebol foi 
peça fundamental na construção da autoestima do 
brasileiro. 
 
(D) um espetáculo pago, produzido e realizado por pro-
fissionais da indústria cultural (5
o
 parágrafo) alude ao 
caráter comercial do futebol, que, na modernidade, 
teria perdido seu significado simbólico. 
 
(E) o velho e bretão football (1
o
 parágrafo) é uma crítica 
sutil ao insípido futebol inglês, superado pelo estilo 
inconfundível que os brasileiros imprimiram ao es-
porte. 
_________________________________________________________ 
 
2. Identifica-se relação de causa e consequência, nessa 
ordem, na frase que se encontra em: 
 
(A) A relação entre povo e futebol tem sido tão profunda 
e produtiva por aqui, que muitos brasileiros se es-
quecem de que o futebol foi inventado na Ingla-
terra... 
 
(B) Embora tivesse a chancela colonial de tudo o que 
vinha de fora, o futebol sofreu muitos ataques em 
nome de um nacionalismo... 
 
(C) ... pensam que ele é, como o samba e a feijoada, um 
produto brasileiro. 
 
(D) ... sendo rebatizado no Brasil como “futebol”, virou 
uma paixão nacional... 
 
(E) Como prova do imprevisível destino das coisas sociais, 
o futebol não veio confirmar a dominação colonial. 
_________________________________________________________ 
 
3. De elemento capaz de desvirtuar, ao lado da música e do 
cinema americanos, o estilo de vida e a língua pátria, o 
futebol acabou servindo como um instrumento básico de 
reflexão sobre o Brasil. (2
o
 parágrafo) 
 
 Uma redação alternativa para o segmento acima, em que 
se mantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o 
sentido original, está em: 
 
(A) A música americana, assim como o cinema, foi con-
siderada capaz de adulterar o estilo de vida e a lín-
gua dos brasileiros, enquanto que o futebol serviria 
como um instrumento básico de reflexão sobre o 
Brasil. 
 
(B) Tanto o cinema quanto a música americana, embora 
capazes de desviar o estilo de vida e a língua dos 
brasileiros, configuram-se, assim como o futebol, em 
um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. 
 
(C) O futebol, juntamente com a música e o cinema 
americano, foram vistos como capazes de deturpar o 
estilo de vida e a língua pátria, mas passaram a ser 
um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. 
 
(D) O futebol, assim como a música e o cinema america-
nos, foi tido como capaz de corromper o estilo de vida e 
a língua dos brasileiros; entretanto, tornou-se um 
instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. 
 
(E) Servindo como um instrumento básico de reflexão 
sobre o Brasil, o futebol, apesar de ter sido, juntamente 
com a música e o cinema americanos, capaz de 
corromper o estilo de vida e a língua dos brasileiros. 
Caderno de Prova ’K11’, Tipo 001
 
TRT16-Conhecimentos Gerais5 3 
4. ...ele, não obstante, também orquestra componentes cívi-
cos básicos, identidades sociaisimportantes, valores 
culturais profundos e gostos individuais singulares. O seu 
maior papel foi o de ensinar democracia. (último pará-
grafo) 
 
 Mantêm-se as relações de sentido estabelecidas no 
contexto substituindo-se, no segmento acima, 
 
(A) singulares por quaisquer. 
(B) não obstante por por conseguinte. 
(C) orquestra por articula. 
(D) papel por propósito. 
(E) ensinar democracia por democratizar-se. 
_________________________________________________________ 
 
5. Provavelmente (...) porque é uma atividade que indubita-
velmente promove sentimentos básicos de identidade 
individual e coletiva entre nós. (4
o
 parágrafo) 
 
 Mantém-se a correção do segmento acima, no contexto, 
substituindo-se os elementos sublinhados do seguinte 
modo: 
 
(A) É provável que isso se dê porque o futebol é uma 
atividade que, sem dúvida, promove sentimentos 
básicos de identidade individual e coletiva entre nós. 
 
(B) Com certeza, porque o futebol é uma atividade que, 
não se duvidem, promove sentimentos básicos de 
identidade individual e coletiva entre nós. 
 
(C) Talvez porque o futebol é uma atividade onde é 
incontestável que promove sentimentos básicos de 
identidade individual e coletiva entre nós. 
 
(D) Por certo que isso se deve porque o futebol é uma 
atividade fora de questão, que promove sentimentos 
básicos de identidade individual e coletiva entre nós. 
 
(E) É possível que se deve ao futebol ser uma atividade 
da qual é claro que promove sentimentos básicos de 
identidade individual e coletiva entre nós. 
_________________________________________________________ 
 
6. O segmento em que se apresenta uma das razões pelas 
quais o futebol já foi alvo de ataques por parte da socie-
dade é: 
 
(A) ... instrumento de autoestima diante dos países 
“adiantados” e inatingíveis. (2
o
 parágrafo) 
 
(B) ... ele nos fez colonizadores. (3
o
 parágrafo) 
 
(C) ... um espetáculo pago... (5
o
 parágrafo) 
 
(D) Embora tivesse a chancela colonial de tudo o que 
vinha de fora... (2
o
 parágrafo) 
 
(E) ... um nacionalismo que se pensava frágil como por-
celana. (2
o
 parágrafo) 
_________________________________________________________ 
 
7. Antigamente, a forma de jogar de um time ...... uma 
década. Vários jogadores entravam e saíam, mas alguma 
coisa ......, uma verdade de fundo, parecida com aquela 
que num artista podemos chamar de “estilo”. Isso ...... 
definitivamente nos anos 90. 
(Adaptado de DAMATTA, Roberto. Trechos dos ensaios “O 
futebol como filosofia” e “Antropologia do óbvio”. Disponíveis em 
estadao.com.br e usp.br/revistausp. Acesso em 10/05/2014) 
 
 Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na 
ordem dada: 
 
(A) durou - permanece - terminasse 
(B) durava - permanecia - termina 
(C) durara - permanecera - terminaria 
(D) durava - permanece - terminara 
(E) durou - permanecesse - terminava 
Atenção: Para responder às questões de números 8 a 12, 
considere o texto abaixo. 
 
A sociedade de consumo se construiu sobre o “visível”, 
com o desenvolvimento das lojas de departamentos e, depois, 
dos supermercados, baseando-se neste princípio: mostrar, 
sugerir, instigar e seduzir. Nas lojas tradicionais, os produtos se 
encontravam nos fundos da loja e, a pedido do cliente, o 
vendedor os trazia. As lojas de departamentos foram as 
primeiras a “mostrar”, conforme Zola, no século XIX, 
descreveu de forma extraordinária em seus romances. 
Em seguida, os supermercados estenderam esse princí-
pio; as mercadorias são não apenas visíveis, mas também 
apreensíveis, o consumidor já não precisa do vendedor para se 
servir. A visibilidade do produto se torna então um fator-chave: 
para ser vendido, o produto deve ser visto, e, quanto mais é 
visto, mais é vendido, as vendas das prateleiras que estão no 
nível dos olhos do comprador são superiores àquelas dos 
outros níveis. 
Conforme John Berger, no livro Modos de Ver: “em 
nenhuma outra forma de sociedade na história houve tal con-
centração de imagens, tal densidade de mensagens visuais”. A 
exibição dos produtos foi acompanhada de um fluxo de imagens 
destinado a facilitar seu escoamento: a publicidade invadiu as 
revistas, as ruas, a televisão e agora a tela do computador. 
(Adaptado de TISSIER-DESBORDES, Elisabeth. Consumir 
para ser visto: criação de si ou alienação?, São Paulo,
Fap-Unifesp, p. 227-228) 
_________________________________________________________ 
 
8. De acordo com o texto, conclui-se corretamente: 
 
(A) O mercado tem dado visibilidade cada vez maior às 
necessidades dos consumidores, por meio do incre-
mento da propaganda. 
 
(B) A visibilidade das mercadorias tem se tornado um 
fator de redução de vendedores e, consequente-
mente, de preços, o que faz aumentar o consumo. 
 
(C) Se, a princípio, a visibilidade dos produtos não esta-
va atrelada a seu consumo, hoje é associada direta 
e proporcionalmente às vendas. 
 
(D) Os meios de comunicação têm oferecido mais e 
mais espaço para a publicidade, de modo a relegar a 
segundo plano as necessidades básicas dos con-
sumidores. 
 
(E) Com o desenvolvimento do mercado, a visibilidade 
dos produtos ganhou autonomia em relação aos 
meios de comunicação utilizados habitualmente. 
_________________________________________________________ 
 
9. Os pronomes “os” (1
o
 parágrafo), “àquelas” (2
o
 parágrafo) 
e “seu” (3
o
 parágrafo) referem-se, respectivamente, a: 
 
(A) produtos - vendas das prateleiras - fluxo 
(B) fundos - vendas das prateleiras - fluxo 
(C) fundos - mercadorias - produtos 
(D) fundos - mercadorias - fluxo 
(E) produtos - vendas das prateleiras - produtos
Caderno de Prova ’K11’, Tipo 001
 
4 TRT16-Conhecimentos Gerais5 
10. Considere as frases abaixo. 
 
 I. O segmento ... as vendas das prateleiras que estão 
no nível dos olhos do comprador são superiores 
àquelas dos outros níveis expressa uma decor-
rência da afirmativa imediatamente anterior : ... para 
ser vendido, o produto deve ser visto, e, quanto 
mais é visto, mais é vendido... 
 
 II. A vírgula imediatamente após “mostrar”, no segmen-
to As lojas de departamentos foram as primeiras a 
“mostrar”, conforme Zola, no século XIX, descre- 
veu ..., pode ser suprimida sem prejuízo para o 
sentido original. 
 
 III. No segmento ... estenderam esse princípio; as 
mercadorias são não apenas visíveis..., o ponto e 
vírgula pode ser substituído por dois pontos, uma 
vez que a ele se segue uma explicação. 
 
 Está correto o que se afirma APENAS em 
 
(A) I e III. 
(B) I e II. 
(C) I. 
(D) II e III. 
(E) III. 
_________________________________________________________ 
 
11. O consumidor já não precisa do vendedor para se servir, 
...... a visibilidade do produto se torna um fator-chave. 
 
 Reescrevendo-se um segmento do 2
o
 parágrafo, de forma 
a manter, em linhas gerais, o sentido original, preenche 
corretamente a lacuna acima o que está em: 
 
(A) conquanto 
(B) ainda que 
(C) mas 
(D) de modo que 
(E) se 
_________________________________________________________ 
 
12. O trecho que admite transposição para a voz passiva 
encontra-se em: 
 
(A) ... que estão no nível dos olhos do comprador... 
 
(B) ... o consumidor já não precisa do vendedor... 
 
(C) ... na história houve tal concentração de imagens... 
 
(D) ... as mercadorias são não apenas visíveis... 
 
(E) ... a publicidade invadiu as revistas... 
_________________________________________________________ 
 
13. O elemento em destaque está empregado corretamente 
em: 
 
(A) Mais que o luxo do produto, é a aparência de luxo de 
que conta para os consumidores. 
 
(B) Os produtos e as marcas permitem com que as 
pessoas adquiram a visibilidade desejada. 
 
(C) A visibilidade é uma das características pelas quais 
se estrutura a sociedade de consumo. 
 
(D) Quanto mais se tem a impressão em que se é visto 
com os novos produtos, mais se quer adotá-los. 
 
(E) Nas sociedades por cuja ordem social é abalada 
com guerras, a ostentaçãoé particularmente visível. 
Atenção: Para responder às questões de números 14 e 15, 
considere o poema abaixo. 
 
 
Cantiga para não morrer 
 
Ferreira Gullar 
 
Quando você for se embora, 
moça branca como a neve, 
me leve. 
 
Se acaso você não possa 
me carregar pela mão, 
menina branca de neve, 
me leve no coração. 
 
Se no coração não possa 
por acaso me levar, 
moça de sonho e de neve, 
me leve no seu lembrar. 
 
E se aí também não possa 
por tanta coisa que leve 
já viva em seu pensamento, 
menina branca de neve, 
me leve no esquecimento. 
 
 
14. Com respeito ao poema, é correto afirmar: 
 
(A) Para não morrer, o poeta pede à menina que, pa-
radoxalmente, permaneça vivo no esquecimento. 
 
(B) A presença física e a lembrança opõem-se diame-
tralmente ao coração e ao esquecimento. 
 
(C) O acaso, exposto na 2
a
 estrofe, desencadeia a deci-
são do poeta em, ao final, deixar-se morrer no 
esquecimento. 
 
(D) A caracterização de sonho e de neve põe em xeque 
o que se afirma ao fim do poema, mostrando que se 
trata apenas de uma ilusão. 
 
(E) Para que permaneçam juntos, ainda que apenas na 
memória, é antes necessário o esquecimento. 
_________________________________________________________ 
 
15. De acordo com o poema, o verso que exprime causa de 
um acontecimento está em: 
 
(A) Quando você for se embora 
 
(B) por tanta coisa que leve 
 
(C) por acaso me levar 
 
(D) Se acaso você não possa 
 
(E) me leve no esquecimento 
Caderno de Prova ’K11’, Tipo 001
 
Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região 
Analista e Técnico Judiciário 
 
Relação dos gabaritos 
 
Conhec Gerais / Conhec Específicos / Discursiva - Redação 
Cargo ou opção K11 - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMI NISTRATIVA 
Tipo gabarito 1 
001 - B 
002 - A
003 - D
004 - C 
005 - A
006 - E 
007 - B 
008 - C 
009 - E 
010 - A
 
011 - D
012 - E 
013 - C 
014 - A
015 - B 
016 - B 
017 - E 
018 - C 
019 - D
020 - E 
 
021 - C 
022 - B 
023 - E 
024 - D
025 - D
026 - A
027 - C 
028 - E 
029 - A
030 - B 
 
031 - B 
032 - A
033 - C 
034 - A
035 - E 
036 - D
037 - B 
038 - E 
039 - D
040 - C 
 
041 - B 
042 - D
043 - A
044 - E 
045 - E 
046 - B 
047 - C 
048 - C 
049 - A
050 - D
 
051 - E 
052 - A
053 - B 
054 - E 
055 - C 
056 - A
057 - D
058 - B 
059 - A
060 - C 
 
N do CadernooN de Inscriçãoo
ASSINATURA DO CANDIDATO
N do Documentoo
Nome do Candidato
P R O V A
A C D E
Agosto/2014
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1 REGIÃOa
Analista Judiciário - Área Apoio Especializado
Especialidade Arquitetura
Concurso Público para provimento de cargos de
Conhecimentos Gerais
Conhecimentos Específicos
Redação
INSTRUÇÕES
VOCÊ DEVE
ATENÇÃO
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção de cargo.
- contém 60 questões, numeradas de 1 a 60.
- contém a proposta e o espaço para o rascunho da Prova de Redação.
Caso contrário, solicite ao fiscal da sala um outro caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.
- Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.
- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Ler o que se pede na Prova de Redação e utilizar, se necessário, o espaço para rascunho.
- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitido o
uso de lápis, lapiseira, marca-texto ou borracha durante a realização das provas.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora.
- Em hipótese alguma o rascunho da Prova de Redação será corrigido.
- Você deverá transcrever a redação, a tinta, na folha apropriada.
- A duração da prova é de 4 horas e 30 minutos para responder a todas as questões objetivas, preencher a Folha de
Respostas e fazer a Prova de Redação (rascunho e transcrição).
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.
- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
Caderno de Prova ’F’, Tipo 001 MODELO
0000000000000000
MODELO1
00001−0001−0001
www.pciconcursos.com.br
 
2 TRF1R-Conhecimentos Gerais1 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
 
Língua Portuguesa 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às 
questões de números 1 a 4. 
 
 
DEPOIMENTO 
 
Fernando Morais (jornalista) 
 
O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, 
não era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario português 
recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha 
própria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em 
Ouro Preto era o Grande Hotel − um prédio limpo, reto, liso, um 
monólito branco que contrastava com o barroco sem violentá-lo. 
Era “o Hotel do Niemeyer”, diziam. Deslumbrado com a 
construção, eu acreditava que seu criador (que supunha 
chamar-se “Nei Maia”) fosse mineiro − um marianense, quem 
sabe? 
A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas, 
mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele só 
podia mesmo ser mineiro. No bairro de Santo Antônio ficava o 
Colégio Estadual (a caixa d’água era o lápis, o prédio das 
classes tinha a forma de uma régua, o auditório era um mata-
borrão). Numa das pontas da vetusta Praça da Liberdade, 
Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte 
andares de discos brancos superpostos, um edifício de 
apartamentos cujo nome não me vem à memória. E, claro, tinha 
a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a 
igreja. 
Com o tempo cresceram as calças e a barba, e saí 
batendo perna pelo mundo. E não parei de ver Niemeyer. Vi na 
França, na Itália, em Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na 
Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou 
minha confusão sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase 
meio século depois do alumbramento produzido pela visão do 
“Hotel do Nei Maia”, continuo sem saber onde ele nasceu. 
Mesmo tendo visto um papel que prova que foi na Rua Passos 
Manuel número 26, no Rio de Janeiro, estou convencido de que 
lá pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, 
não tenham dúvidas, é mineira. 
(Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, 
Cecília (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos car-
tas. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1998. p. 29) 
1. O sentido das palavras surpreendia e espantoso (ambas 
do primeiro parágrafo) é posteriormente retomado no texto 
pela palavra: 
 
(A) suspeita. 
 
(B) vetusta. 
 
(C) suavemente. 
 
(D) memória. 
 
(E) alumbramento. 
_________________________________________________________ 
 
2. No contexto do texto, o autor utiliza os pronomes seu (no 
primeiro parágrafo) e sua (no último) para se referir, 
respectivamente, a: 
 
(A) Nei Maia e Oscar Niemeyer. 
 
(B) Grande Hotel e Oscar Niemeyer. 
 
(C) Ouro Preto e Hotel do Nei Maia. 
 
(D) Mariana e Rua Passos Manuel. 
 
(E) Hotel do Niemeyer e Rio de Janeiro. 
_________________________________________________________ 
 
3. A afirmação do último parágrafo E não parei de ver 
Niemeyer, no contexto do texto, permite a pressuposição 
de que autor 
 
(A) manteve contato pessoal com o arquiteto no exterior. 
 
(B) revisitou o hotel construído pelo arquiteto em 
Mariana. 
 
(C) encontrou diversas obras do arquiteto em suas 
viagens. 
 
(D) comprovou em documentos a origem mineira do 
arquiteto. 
 
(E) divulgou a beleza da obra do arquiteto no exterior. 
_________________________________________________________ 
 
4. No último parágrafo, as aspas são utilizadas para destacar o 
 
(A) nome indevido que na infânciao jornalista atribuía 
ao criador do prédio. 
 
(B) apelido com que o arquiteto era conhecido em sua 
terra de origem. 
 
(C) modo correto de se pronunciar o sobrenome do 
arquiteto. 
 
(D) título do papel que prova o local de nascimento do 
jornalista. 
 
(E) jeito correto de escrever o nome do hotel cinquenta 
anos antes. 
Caderno de Prova ’F’, Tipo 001
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TRF1R-Conhecimentos Gerais1 3 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às ques-
tões de números 5 a 8. 
 
O LIVRO 
 
Jorge Luis Borges (escritor) 
 
Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais 
espetacular é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensões de 
seu corpo. O microscópio, o telescópio, são extensões de sua 
visão; o telefone é a extensão de sua voz; em seguida, temos o 
arado e a espada, extensões de seu braço. O livro, porém, é 
outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da 
imaginação. 
Dediquei parte de minha vida às letras, e creio que uma 
forma de felicidade é a leitura. Outra forma de felicidade − 
menor − é a criação poética, ou o que chamamos de criação, 
mistura de esquecimento e lembrança do que lemos. 
Devemos tanto às letras. Sempre reli mais do que li. 
Creio que reler é mais importante do que ler, embora para se 
reler seja necessário já haver lido. Tenho esse culto pelo livro. É 
possível que eu o diga de um modo que provavelmente pareça 
patético. E não quero que seja patético; quero que seja uma 
confidência que faço a cada um de vocês; não a todos, mas a 
cada um, porque “todos” é uma abstração, enquanto “cada um” 
é algo verdadeiro. 
Continuo imaginando não ser cego; continuo comprando 
livros; continuo enchendo minha casa de livros. Há poucos dias 
fui presenteado com uma edição de 1966 da Enciclopédia 
Brockhaus. Senti sua presença em minha casa − eu a senti 
como uma espécie de felicidade. Ali estavam os vinte e tantos 
volumes com uma letra gótica que não posso ler, com mapas e 
gravuras que não posso ver. E, no entanto, o livro estava ali. Eu 
sentia como que uma gravitação amistosa partindo do livro. 
Penso que o livro é uma felicidade de que dispomos, nós, os 
homens. 
(Adaptado de: BORGES, Jorge Luis. Cinco visões pessoais. 
4. ed. Trad. de Maria Rosinda R. da Silva. Brasília: UnB, 2002. 
p. 13 e 19) 
 
 
5. No terceiro parágrafo, Borges justifica e reforça o motivo 
que o levou a dizer cada um, em vez de todos. No 
contexto, a diferença entre as duas expressões (cada um 
e todos) reside no contraste de sentido, respectivamente, 
entre: 
 
(A) totalidade inclusiva e totalidade exclusiva. 
(B) negação e afirmação. 
(C) particularização e generalização. 
(D) omissão de pessoa e presença de pessoa. 
(E) nenhuma coisa e alguma coisa. 
6. No período É possível que eu o diga de um modo que 
provavelmente pareça patético, o autor utiliza os verbos 
dizer e parecer no presente do subjuntivo. Encontram-se 
estes mesmos tempo e modo verbais em: 
 
(A) é a criação poética, ou o que chamamos de criação. 
 
 
(B) mistura de esquecimento e lembrança do que lemos. 
 
 
(C) quero que seja uma confidência. 
 
 
(D) com uma letra gótica que não posso ler. 
 
 
(E) uma felicidade de que dispomos. 
_________________________________________________________ 
 
7. Nos trechos O livro, porém, é outra coisa (do primeiro 
parágrafo) e reler é mais importante do que ler, embora 
para se reler seja necessário já haver lido (do terceiro), as 
conjunções, no contexto dos parágrafos, estabelecem, 
respectivamente, relação de 
 
(A) causa e condição. 
 
 
(B) consequência e finalidade. 
 
 
(C) adição e temporalidade. 
 
 
(D) oposição e concessão. 
 
 
(E) proporção e contraste. 
_________________________________________________________ 
 
8. As alternativas apresentam trechos da entrevista que foi 
concedida por Jorge Luis Borges, em julho de 1985, ao 
jornalista Roberto D’Ávila. Borges morreria um ano depois. 
O trecho da entrevista que pode ser diretamente rela-
cionado com as informações autobiográficas dadas no 
texto indicado para a leitura é: 
 
(A) O fracasso e o sucesso são impostores. Ninguém 
fracassa tanto como imagina. Ninguém tem tanto 
sucesso como imagina. Além disso, o que importa o 
sucesso e o fracasso?. 
 
 
(B) Quando publico um livro, não sei se teve êxito, se 
está vendendo. O que disse a crítica. Meus amigos 
sabem que não devem falar do que escrevo. 
 
 
(C) Nunca li um jornal na vida. Pra que lê-los? É tudo 
bobagem. Só falam de viagens de presidentes, con-
gressos de escritores, partidas de futebol. 
 
 
(D) Nasci aqui no centro de Buenos Aires: Rua 
Tucumán, quatro ou cinco quadras daqui. Toda a 
Buenos Aires era de casas baixas com terraços, 
pátios, campainhas manuais. 
 
 
(E) Continuo a adquirir livros porque gosto de estar 
rodeado por eles. Como quando era menino, já que 
minhas primeiras lembranças são de livros e acho 
que minhas últimas o serão também.
Caderno de Prova ’F’, Tipo 001
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4 TRF1R-Conhecimentos Gerais1 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às ques-
tões de números 9 a 11. 
 
 
QUANDO A CRASE MUDA O SENTIDO 
 
Muitos deixariam de ver a crase como bicho-papão se 
pensassem nela como uma ferramenta para evitar ambiguidade 
nas frases. 
 
Luiz Costa Pereira Junior 
 
O emprego da crase costuma desconcertar muita gente. 
A ponto de ter gerado um balaio de frases inflamadas ou 
espirituosas de uma turma renomada. O poeta Ferreira Gullar, 
por exemplo, é autor da sentença “A crase não foi feita para 
humilhar ninguém”, marco da tolerância gramatical ao acento 
gráfico. O escritor Moacyr Scliar discorda, em uma deliciosa 
crônica “Tropeçando nos acentos”, e afirma que a crase foi feita, 
sim, para humilhar as pessoas; e o humorista Millôr Fernandes, 
de forma irônica e jocosa, é taxativo: “ela não existe no Brasil”. 
O assunto é tão candente que, em 2005, o deputado 
João Herrmann Neto propôs abolir esse acento do português do 
Brasil por meio do projeto de lei 5.154, pois o considerava “sinal 
obsoleto, que o povo já fez morrer”. Bombardeado, na ocasião, 
por gramáticos e linguistas que o acusavam de querer abolir um 
fato sintático como quem revoga a lei da gravidade, Herrmann 
logo desistiu do projeto. 
A grande utilidade do acento de crase no a, entretanto, 
que faz com que seja descabida a proposta de sua extinção por 
decreto ou falta de uso, é: crase é, antes de mais nada, um 
imperativo de clareza. Não raro, a ambiguidade se dissolve com 
a crase − em outras, só o contexto resolve o impasse. Exemplos 
de casos em que a crase retira a dúvida de sentido de uma 
frase, lembrados por Celso Pedro Luft no hoje clássico 
Decifrando a crase: cheirar a gasolina X cheirar à gasolina; a 
moça correu as cortinas X a moça correu às cortinas; o homem 
pinta a máquina X o homem pinta à máquina; referia-se a outra 
mulher X referia-se à outra mulher. 
O contexto até se encarregaria, diz o autor, de 
esclarecer a mensagem; um usuário do idioma mais atento intui 
um acento necessário, garantido pelo contexto em que a 
mensagem se insere. A falta de clareza, por vezes, ocorre na 
fala, não tanto na escrita. Exemplos de dúvida fonética, 
sugeridos por Francisco Platão Savioli: “A noite chegou”; “ela 
cheira a rosa”; “a polícia recebeu a bala”. Sem o sinal diacrítico, 
construções como essas serão sempre ambíguas. Nesse 
sentido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que 
prioritariamente de escrita. 
(Adaptado de: PEREIRA Jr., Luiz Costa. Revista Língua portu-
guesa, ano 4, n. 48. São Paulo: Segmento, outubro de 2009. 
p. 36-38) 
9. Logo na abertura do texto, o autor destaca a importância 
da crase como uma ferramenta para evitar ambiguidade 
nas frases. Ideia semelhante é reafirmada no trecho: 
 
(A) O emprego da crase costuma desconcertar muita 
gente. 
 
 
(B) sinal obsoleto, que o povo já fez morrer. 
 
 
(C) crase é, antes de mais nada, um imperativo de cla-
reza. 
 
 
(D) só ocontexto resolve o impasse. 
 
 
(E) A falta de clareza, por vezes, ocorre na fala. 
_________________________________________________________ 
 
10. Acerca dos exemplos utilizados nos dois últimos parágra-
fos para ilustrar o papel da crase na clareza e na organi-
zação das ideias de um texto, é correto afirmar: 
 
(A) quando se escreve cheirar a gasolina, o sentido do 
verbo é de “feder” ou “ter cheiro de”. 
 
 
(B) em a polícia recebeu a bala, afirma-se que a polícia 
foi vitimada pelo tiro. 
 
 
(C) na frase À noite chegou, “noite” assume função de 
sujeito do verbo chegar. 
 
 
(D) no trecho a moça correu as cortinas, o verbo 
assume o sentido de “seguir em direção a”. 
 
 
(E) em o homem pinta à máquina, diz-se que o objeto 
que está sendo pintado é a máquina. 
_________________________________________________________ 
 
11. A melhor explicação para o uso da vírgula, na frase do 
último parágrafo “Nesse sentido, a crase pode ser antes 
um problema de leitura do que prioritariamente de escrita”, 
é: 
 
(A) “As orações coordenadas aditivas ligadas pela 
conjunção e devem ser separadas por vírgula se os 
sujeitos forem diferentes. Se o sujeito for o mesmo, 
não há o uso da vírgula, presume-se”. 
 
 
(B) “As orações adverbiais, desenvolvidas ou reduzidas, 
podem iniciar o período, findá-lo ou interpor-se na 
oração principal. Quase sempre aparecem separa-
das ou isoladas por vírgula”. 
 
 
(C) “O vocativo é um termo relacionado com a função 
fática da linguagem; como regra, isola-se por 
vírgula”. 
 
 
(D) “A datação que se segue a nomes de documentos, 
periódicos, atos normativos, locais etc., como regra 
geral, separa-se ou isola-se por vírgula”. 
 
 
(E) “É comum vir isolado por vírgula o vocábulo ou 
expressão com valor retificativo ou explanatório, 
embora, às vezes, possa aparecer sem esse sinal 
de pontuação”. 
Caderno de Prova ’F’, Tipo 001
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TRF1R-Conhecimentos Gerais1 5 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às ques-
tões de números 12 a 14. 
 
 
ANTES QUE O CÉU CAIA 
 
Líder indígena brasileiro mais conhecido no mundo, o 
ianomâmi Davi Kopenawa lança livro e participa da FLIP 
enquanto relata o medo dos efeitos das mudanças climáticas 
sobre a Terra. 
Leão Serva 
 
 
Davi Kopenawa está triste. “A cobra grande está 
devorando o mundo”, ele diz. Em todo lugar, os homens 
semeiam destruição, esquentam o planeta e mudam o clima: 
até mesmo o lugar onde vive, a Terra Indígena Yanomâmi, que 
ocupa 96 km
2
 em Roraima e no Amazonas, na fronteira entre 
Brasil e Venezuela, vem sofrendo sinais estranhos. O céu pode 
cair a qualquer momento. Será o fim. Por isso, nem as muitas 
homenagens que recebe em todo o mundo aplacam sua 
angústia. 
Ele decidiu escrever um livro para contar a sabedoria 
dos xamãs de seu povo, a criação do mundo, seus elementos e 
espíritos. Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria 
trajetória. “Não adianta só os brancos escreverem os livros 
deles. Eu queria escrever para os não indígenas não acharem 
que índio não sabe nada.” 
A obra foi lançada em 2010, na França (ed. Plon), e no 
ano passado, nos EUA, pela editora da universidade Harvard. 
Com o nome “A Queda do Céu”, está sendo traduzido para o 
português pela Companhia das Letras. No fim de julho, Davi vai 
participar da Feira Literária de Paraty/FLIP, mas a versão em 
português ainda não estará pronta. O lançamento está previsto 
para o ano que vem. 
O livro explica os espíritos chamados “xapiris”, que os 
ianomâmis creem serem os únicos capazes de cuidar das 
pessoas e das coisas. “Xapiri é o médico do índio. E também 
ajuda quando tem muita chuva ou está quente. O branco está 
preocupado que não chove mais em alguns lugares e em outros 
tem muita chuva. Ele ajuda a nossa terra a não ficar triste.” 
Nascido em 1956, Davi logo cedo foi identificado como 
um possível xamã, pois seus sonhos eram frequentados por 
espíritos. Xamã, ou pajé, é a referência espiritual de uma 
sociedade tribal. Os ianomâmis acreditam que os xamãs 
recebem dos espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura 
dos doentes. Davi descreve assim sua vocação: “Quando eu 
era pequeno, costumava ver em sonhos seres assustadores. 
Não sabia o que me atrapalhava o sono, mas já eram os xapiris 
que vinham a mim”. Quando jovem, recebeu a formação 
tradicional de pajé. 
Com cerca de 40 mil pessoas (entre Brasil e Venezuela), 
em todo o mundo os ianomâmis são o povo indígena mais 
populoso a viver de forma tradicional em floresta. Poucos falam 
português. Davi logo se tornou seu porta-voz. 
(Adaptado de: SERVA, Leão. Revista Serafina. Número 75. 
São Paulo: Folha de S. Paulo, julho de 2014, p. 18-19) 
12. Considerando as informações do texto, é correto afirmar 
sobre o autor e o livro apresentados na reportagem: 
 
(A) tendo recebido quando jovem a formação necessária 
para se tornar pajé, o autor de “A Queda do Céu” 
explica no livro as funções dos espíritos xapiris 
segundo seu povo, os ianomâmis. 
 
(B) originalmente escrito em português, o livro de Davi 
Kopenawa vem acompanhado de 15 fitas, nas quais 
o autor relata em língua nativa indígena histórias 
mitológicas do seu povo. 
 
(C) lançado no exterior, durante a FLIP, “A Queda do Céu” 
motivou muitas homenagens a Davi Kopenawa, líder 
indígena brasileiro que já viveu na França e nos 
Estados Unidos. 
 
(D) destinado aos não indígenas, o livro de Davi Kopenawa 
busca orientar leitores com problemas de saúde 
ocasionados pela ação predatória do homem branco 
sobre o meio ambiente. 
 
(E) narrando sua própria trajetória de porta-voz dos 
costumes de uma sociedade tribal tradicional, o 
autor de “A Queda no Céu” foi homenageado em 
Paraty por cerca de 40 mil pessoas. 
_________________________________________________________ 
 
13. Sobre a flexão de alguns verbos utilizados no texto são 
feitas as seguintes afirmações: 
 
 I. Em Os ianomâmis acreditam que os xamãs 
recebem dos espíritos chamados xapiris, o verbo 
“receber” está no plural porque concorda com o 
sujeito cujos núcleos são “ianomâmis” e “xamãs”. 
 
 II. Em E também ajuda quando tem muita chuva ou 
está quente, o verbo “ajudar” concorda com o 
sujeito elíptico “xapiri”. 
 
 III. Em O céu pode cair a qualquer momento, o verbo 
“poder” concorda em número com “céu”, sujeito 
simples no singular. 
 
 Está correto o que se afirma APENAS em 
 
(A) II e III. 
(B) I e III. 
(C) I e II. 
(D) I. 
(E) III. 
_________________________________________________________ 
 
14. No período O livro explica os espíritos chamados ‘xapiris’, 
que os ianomâmis creem serem os únicos capazes de 
cuidar das pessoas e das coisas (quarto parágrafo), a 
palavra grifada tem a função de pronome relativo, reto-
mando um termo anterior. Do mesmo modo como ocorre 
em: 
 
(A) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos 
espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura. 
 
(B) Eu queria escrever para os não indígenas não 
acharem que índio não sabe nada. 
 
(C) O branco está preocupado que não chove mais em 
alguns lugares. 
 
(D) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria 
trajetória. 
(E) Não sabia o que me atrapalhava o sono. 
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15. Considere a tirinha reproduzida abaixo. 
 
(Revista Língua Portuguesa, ano 4, n. 46. São Paulo: Segmento, agosto de 2009, p.7) 
 Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no primeiro quadrinho, também deixaria de 
receber o acento agudo a palavra: 
(A) Tatuí. 
(B) graúdo. 
(C) baiúca. 
(D) cafeína. 
(E) Piauí. 
 
 
Caderno de Prova ’F’, Tipo 001
 
CONHEC. GERAIS/CONHEC. ESPECÍFICOS/REDAÇÃO 
Cargo ou opção F - AN JUD - ÁREA APOIO ESPEC - ESPE C ARQUITETURA 
Tipo gabarito 1 
 
001 - E 
002 - B 
003 - C
004 - A 
005 - C
006 - C
007 - D
008 - E 
009 - C
010 - B 
 
011 - E 
012 - A 
013 - A 
014 - D
015 - C
016 - E 
017 - C
018 - B 
019 - B 
020 - D
 
021 - C 
022 - A 
023- C 
024 - B 
025 - E 
026 - D 
027 - D 
028 - A 
029 - E 
030 - B 
 
031 - A 
032 - A 
033 - D
034 - E 
035 - E 
036 - A 
037 - D
038 - A 
039 - B 
040 - C
 
041 - A 
042 - E 
043 - B 
044 - A 
045 - C 
046 - D 
047 - E 
048 - A 
049 - D 
050 - C 
 
051 - B 
052 - B 
053 - A 
054 - E 
055 - E 
056 - C
057 - D
058 - C
059 - D
060 - B 
 
N do CadernooN de Inscriçãoo
ASSINATURA DO CANDIDATO
N do Documentoo
Nome do Candidato
Analista Administrador
Concurso Público para provimento de cargos de
Julho/2016
Colégio Sala Ordem
Quando autorizado pelo fiscal
de sala, transcreva a frase
ao lado, com sua caligrafia
usual, no espaço apropriado
na Folha de Respostas.
INSTRUÇÕES
PROVA
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Conhecimentos Gerais
Conhecimentos Específicos
A C D E
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- corresponde a sua opção de cargo.
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- Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa.
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- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitida a utilização de
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer tipo de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos, manuais,
impressos ou quaisquer anotações.
- Aduração da prova é de 3 horas para responder a todas as questões objetivas e preencher a Folha de Respostas .
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VOCÊ DEVE
ATENÇÃO
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Caderno de Prova ’C03’, Tipo 001 MODELO
0000000000000000
TIPO−001
00001 0001 0001
 
2 COPER-Conhec.Gerais1 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
 
Português 
 
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte. 
 
 
A velhinha contrabandista 
 
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era 
revistada pelos guardas da fronteira, à procura de contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era contrabandista, mas 
revistavam a velhinha, revistavam a sua bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa: nada. Até que um dia um 
dos guardas decidiu seguir a velhinha, para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela contrabandeava e, principalmente, 
como. E seguiu a velhinha até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas. 
Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal 
aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo, 
ou que o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração. 
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 41) 
 
 
1. Os dois parágrafos que compõem o texto constituem-se, respectivamente, de uma 
 
(A) tese exposta de modo categórico e sua demonstração factual. 
(B) narrativa de sentido intrigante e sua elucidação aberta em hipóteses. 
(C) narrativa de propósito moral e sua contestação no confronto com outro fato. 
(D) fábula de sentido enigmático e a busca inútil de seu esclarecimento. 
(E) fábula formulada como hipótese e a confirmação cabal de seu sentido. 
 
 
2. Atente para as seguintes afirmações, referentes a segmentos do 2
o
 parágrafo do texto: 
 
 I. em quem se concentra no mal aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente, a expressão 
sublinhada refere-se ao contrabando que a velhinha parecia ocultar na bolsa. 
 
 II. em muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo, a expressão sublinhada refere-se ao fato de que a bolsa em 
si mesma e a bicicleta, tão evidentes, não levantaram suspeitas. 
 
 III. em o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração, a expressão sublinhada refere-se ao fato de que se julgou 
que o contrabando só poderia estar dentro da bolsa da velhinha. 
 
 Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 
 
(A) I, II e III. 
(B) I e II, somente. 
(C) II e III, somente. 
(D) I e III, somente. 
(E) II, somente. 
 
 
3. Está plenamente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
 
(A) Embora revistada pelos guardas da fronteira, supondo que a velhinha contrabandeava, isso jamais foi localizado. 
(B) Ao atravessar a fronteira, a velhinha era sintomaticamente revistada pelos guardas, embora esses nada lhe encontrassem. 
(C) Tira-se várias lições a partir desta pequena narrativa, mesmo por que todas convergem na mesma direção de sentido. 
(D) Ninguém imagina que um contrabando se faça à vista de todos, pois sempre se espera que um delito seja disfarçado. 
(E) É comum, de fato, que uma evidência se dê tão desapercebida que mau acreditamos naquilo que se vê. 
 
 
4. A frase do texto Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo descobrir qual mantém-se clara, correta e coerente 
nesta nova redação: 
 
(A) A lição que, como todas as fábulas, esta também traz, é preciso que nos caiba sua descoberta. 
(B) O que nos cabem, como ocorre em todas as fábulas que trazem uma lição, é descobrir a mesma. 
(C) Cabe-nos descobrir, uma vez que há uma lição em todas as fábulas, qual é a que esta contém. 
(D) Todas as fábulas devem de trazer uma lição, razão pela qual nos cabe revelar a esta. 
(E) Esta fábula, como as demais também apresentam, tem uma lição que nos enseja descobri-la. 
Caderno de Prova ’C03’, Tipo 001
 
COPER-Conhec.Gerais1 3 
5. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se, obrigatoriamente, numa forma do PLURAL para integrar de modo 
adequado a seguinte frase: 
 
(A) Aos guardas da fronteira não (despertar) suspeitas o que era mais evidente nos pertences da velhinha. 
(B) Muitas vezes nos (escapar) a unidade dos detalhes expostos, ao atentarmos para a singularidade de cada um. 
(C) Às fabulas tradicionais (caber) desenvolver narrativas cujo sentido moral reste plenamente exemplificado. 
(D) Tantas vezes nos (desorientar) a evidência dos detalhes que perdemos o sentido do conjunto. 
(E) A revista que (fazer) da bolsa da velhinha não esclarecia os guardas quanto à natureza do contrabando. 
 
 
6. Transpondo-se para a voz passiva a frase Um dos guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como contrabandista, 
as formas verbais resultantes deverão ser 
 
(A) era seguida − fosse flagrada 
(B) tinha seguido − vir a flagrá-la 
(C) tinha sido seguida − se flagrasse 
(D) estava seguindo − se tivesse flagrado 
(E) teria seguido − tivesse sido flagrada 
 
 
Atenção: As questões de números 7 a 14 referem-se ao texto seguinte. 
 
 
A música relativa 
 
Parece existir uma série enorme de mal-entendidos em torno do lugar-comum que afirma ser a música uma linguagem 
universal, passível de ser compreendida por todos. “Fenômeno universal” − está claro que sim; mas “linguagem universal” − até que 
ponto? 
Ao que tudo indica, todos os povos do planeta desenvolvem manifestações sonoras. Falo tanto dos povos que ainda se 
encontram em estágio dito “primitivo” − entre os quais ela continua a fazer parte da magia − como das civilizações tecnicamente 
desenvolvidas, nas quais a música chega até mesmo a possuir valor de mercadoria, a propiciarlucro, a se propagar em escala 
industrial, transformando-se em um novo fetiche. 
Contudo, se essa tendência a expressar-se através de sons dá mostras de ser algo inerente ao ser humano, ela se concretiza 
de maneira tão diferente em cada comunidade, dá-se de forma tão particular em cada cultura que é muito difícil acreditar que cada 
uma de suas manifestações possua um sentido universal. Talvez seja melhor dizer que a linguagem musical só existe concretizada 
por meio de “línguas” particulares ou de “falas” determinadas; e que essas manifestações podem até, em parte, ser compreendidas, 
mas nunca vivenciadas em alguns de seus elementos de base por aqueles que não pertençam à cultura que as gerou. 
(Adaptado de: MORAES, J. Jota de. O que é música. São Paulo: Brasiliense, 2001, p.12-14) 
 
 
7. Quanto ao alcance da música entre os diferentes povos, o autor do texto, 
 
(A) referendando o que diz o senso comum, afirma ser um fenômeno de linguagem estritamente nacional. 
(B) divergindo do senso comum, pretende que ela seja universal apenas quando entendida como linguagem. 
(C) relativizando o que afirma o senso comum, propõe que ela se traduza sobretudo em vivências particulares. 
(D) apoiando-se no que dizem os críticos de arte, argumenta em favor da universalidade das peças musicais. 
(E) indo de encontro ao que propõe o público em geral, considera que só a música de qualidade seja universal. 
 
 
8. Atente para as seguintes afirmações: 
 
 I. No 1o parágrafo, ao distinguir “fenômeno universal” de “linguagem universal”, o autor do texto distingue entre a ocorrência 
de uma prática planetária e os diferentes sentidos que essa prática ganha em diferentes comunidades. 
 
 II. No 2o parágrafo, afirma-se que a prática da música está intimamente associada à magia, independentemente do estágio 
de desenvolvimento das diferentes comunidades humanas. 
 
 III. No 3o parágrafo, elimina-se a relação de causa e efeito que frequentemente se estabelece entre o nível cultural de um 
povo e a qualidade da música que ele produz. 
 
 Em relação ao texto está correto SOMENTE o que se afirma em 
 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e III. 
(D) I. 
(E) II. 
Caderno de Prova ’C03’, Tipo 001
 
4 COPER-Conhec.Gerais1 
9. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em: 
 
(A) uma série enorme de mal-entendidos (1
o
 parágrafo) = uma sequência significativa de paradoxos. 
(B) passível de ser compreendida (1
o
 parágrafo) = submetida a várias interpretações. 
(C) a se propagar em escala industrial (2
o
 parágrafo) = a servir como propaganda de produtos. 
(D) dá-se de forma tão particular (3
o
 parágrafo) = discrimina de modo tão imparcial. 
(E) não pertençam à cultura que as gerou (3
o
 parágrafo) = não se incluam no contexto cultural que as produziu. 
 
 
10. O segmento sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses, sem prejuízo para a correção, o sentido e a 
clareza da frase, em: 
 
(A) Ao que tudo indica, todos os povos do planeta desenvolvem manifestações sonoras. (Há que se constar) 
(B) Falo (...) dos povos que ainda se encontram em estágio dito primitivo (dado como) 
(C) (...) a música chega até mesmo a possuir valor de mercadoria (ainda assim) 
(D) dá mostras de ser algo inerente ao ser humano (dissimula) 
(E) essas manifestações podem até, em parte, ser compreendidas (quase, parceladamente) 
 
 
11. Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: 
 
(A) Não seria de se esperar que todas as músicas alcançaram igual repercussão onde quer que se produzissem. 
(B) Se todos os povos frequentassem a mesma linguagem musical, a universalidade de sentido terá sido indiscutível. 
(C) A cada vez que se propaga em escala industrial, a música poderia se transformar num fetiche do mercado. 
(D) Dado que as culturas são muito diferentes, é de se esperar que as linguagens da música também o sejam. 
(E) As diferentes manifestações musicais trariam consigo linguagens que se marcarão como particulares. 
 
 
12. Quanto à regência e à concordância, considere: 
 
 I. Os mal-entendidos que nem se imaginavam existir no que concerne da universalidade da música devem-se à confusão 
criada entre o fenômeno e a linguagem da música. 
 
 II. Constam que todos os povos cultivam formas musicais, salientando-se as que apresentam um ritmo mais batido, que nos 
impelem de dançar. 
 
 III. Assiste-se, nos dias de hoje, ao fenômeno da expansão abusiva de músicas comerciais, pela qual são responsáveis os 
ambiciosos produtores de discos e diretores de rádios. 
 
 É inteiramente adequado o emprego de todas as formas verbais SOMENTE em 
 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
 
13. Está correta a seguinte afirmação sobre a pontuação empregada no texto: 
 
(A) Os travessões presentes no 1
o
 e no 2
o
 parágrafos precisam ser todos substituídos por sinais de dois-pontos. 
 
(B) O sinal de interrogação em até que ponto? (1
o
 parágrafo) está servindo a uma pergunta retórica, cuja precisa resposta já é 
sabida. 
 
(C) A vírgula na expressão Ao que tudo indica, (2
o
 parágrafo) é excessiva e prejudica o sentido da frase. 
 
(D) O ponto e vírgula em “falas” determinadas; (3
o
 parágrafo) pode dar lugar ao emprego alternativo de uma vírgula. 
 
(E) A expressão ,em parte, (3
o
 parágrafo) não pode ser empregada entre vírgulas, neste contexto. 
 
 
14. Atente para a seguinte frase: 
 
Essas manifestações podem ser compreendidas, mas nunca vivenciadas de modo amplo. 
 
 Numa nova redação dessa frase que comece com Essas manifestações não são nunca vivenciadas de modo amplo, o 
segmento complementar deverá ser, para que se mantenha o sentido original, 
 
(A) a menos que possam ser compreendidas. 
(B) na hipótese de que não sejam compreendidas. 
(C) a fim de que venham a ser compreendidas. 
(D) mesmo porque não podem ser compreendidas. 
(E) não obstante possam ser compreendidas. 
Caderno de Prova ’C03’, Tipo 001
 
COPER-Conhec.Gerais1 5 
Atenção: As questões de números 15 a 20 referem-se ao texto seguinte. 
 
 
Idades e verdades 
 
O médico e jornalista Drauzio Varella escreveu outro dia no jornal uma crônica muito instigante. Destaco este trecho: 
 
“Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem ‘cabeça de jovem’. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de
20 anos que se comporta como criança de dez. Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das 
ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos 
anteriormente.” 
 
Tomo a liberdade de adicionar meu comentário de velho: não preciso que os jovens acreditem em mim, tampouco estou aberto 
para receber lições dos mocinhos. Nossa alternativa: ao nos defrontarmos com uma questão de comum interesse, discutirmos 
honestamente que sentido ela tem para nós. O que nos unirá não serão nossas diferenças, mas o que nos desafia. 
(LAMEIRA, Viriato, inédito) 
 
 
15. O trecho de Drauzio Varella, citado no texto, considera que as ambiguidades, as diferenças e as contradições, 
 
(A) aceitas pelos velhos, associam-se a experiências que nem imaginaríamos desfrutar em outras idades. 
(B) abominadas pelos jovens, mostram que eles não se prepararam para enfrentar tais adversidades. 
(C) valorizadas apenas tardiamente, provam que os mais moços teriam muitas razões para temê-las. 
(D) desconsideradas a princípio até pelos mais velhos, dotam-nos de uma sabedoria que os faz rejuvenescer. 
(E) recolhidas ao final da vida, parecem hostis apenas para aquele que não sabe como enfrentá-las. 
 
 
16. Ao comentar a afirmação de Drauzio Varella, citado no texto, o autor Viriato Lameira propõe que 
 
(A) os jovens, mostrando-se desprovidos de preconceitos, disponham-se a apoiar os argumentos dos mais velhos. 
(B) os velhos, salvaguardadas as experiências acumuladas, saibam aproveitar ao máximo as vividas pelos jovens. 
(C) velhos ejovens aliem-se a cada vez que os instigar o que haja de desafiador numa questão que lhes seja comum. 
(D) jovens e velhos disputem com honestidade o poder que lhes caiba por ocasião de uma forte divergência. 
(E) todas as pessoas, consideradas as suas idades, disputem entre si as vantagens de suas descobertas. 
 
 
17. Deve-se entender que as afirmações de Drauzio Varella e as do autor do texto mantêm entre si 
 
(A) uma clara relação de causa e efeito, na ordem em que são expostas. 
(B) uma relação de independência, uma vez que não os move uma questão comum. 
(C) uma interligação compulsória, pois não se entende uma sem a presença da outra. 
(D) um caráter de alguma complementaridade, dado que a segunda é motivada pela primeira. 
(E) uma relação de subordinação, pois a segunda é uma simples dedução da primeira. 
 
 
18. O texto citado de Drauzio Varella parte de uma premissa que ele considera 
 
(A) verdadeira: os velhos, apesar da experiência acumulada, têm nostalgia dos anos dourados da juventude. 
(B) enganosa: a de que os velhos gostariam de ser aceitos como se mantivessem a pujança da juventude. 
(C) aceitável: há algo de pueril na velhice, mas que não obsta aos velhos demonstrar tudo o que aprenderam. 
(D) legítima: desde cedo somos obrigados a enfrentar as ambiguidades e os paradoxos do nosso pensamento. 
(E) preconceituosa: a de que os velhos tendam a amaldiçoar sua idade, quando o que sucede é exatamente o contrário. 
 
 
19. É preciso corrigir, por apresentar em sua construção uma deficiência estrutural, a redação da seguinte frase: 
 
(A) A muita gente ocorre que os velhos estimem ser tratados como jovens, em vez de serem valorizados pelos ganhos obtidos 
em sua longa experiência de vida. 
 
(B) Imagina-se que a ingenuidade de uma criança ou o caráter aventureiro de um jovem possam ser atributos positivos 
invejados pelos velhos, quando não o são. 
 
(C) Os jovens, presumivelmente, não deverão considerar-se criaturas privilegiadas se alguém os julga tão ativos e inventivos 
quanto costumam ser as crianças de dez anos. 
 
(D) Ao comentar a afirmação de Drauzio Varella, o autor do texto não se mostra disposto nem a aprender algo com os jovens, 
nem a esperar que estes acreditem nele. 
 
(E) Conquanto os velhos pareçam injustiçados, razão pela qual as pessoas tendem a consolá-los atribuindo-lhes juventude, há 
por isso mesmo como valorizar sua experiência. 
 
 
20. Está plenamente adequado o emprego de ambas as formas sublinhadas na frase: 
 
(A) A decadência atribuída a um velho, fato de que poucos duvidam, tem como contrapartida suas experiências. 
(B) O adendo que o autor submete ao pensamento de Drauzio Varella acaba por reforçar-lhe. 
(C) As experiências dos jovens, de cujas o autor diz não carecer, a um velho pode parecer algo inútil. 
(D) Não lhes competem julgar os velhos pelas supostas deficiências que se costumam atribuí-los. 
(E) Parecerão absurdos, aos jovens dos nossos dias, os velhos lhes julgarem enquanto aventureiros e precipitados. 
Caderno de Prova ’C03’, Tipo 001
 
Companhia Pernambucana de Gás - COPERGÁS 
Diversos Cargos 
 
Relação dos gabaritos 
 
 
Conhecimentos Gerais / Conhec Específicos 
Cargo ou opção C03 - ANALISTA - ADMINISTRADOR 
Tipo gabarito 1 
 
 
 
001 - B 
002 - A
003 - D
004 - C 
005 - E 
006 - A
007 - C 
008 - D
009 - E 
010 - B 
 
011 - D
012 - C 
013 - D
014 - E 
015 - A
016 - C 
017 - D
018 - B 
019 - E 
020 - A
 
021 - C 
022 - B 
023 - C 
024 - E 
025 - A
026 - D
027 - B 
028 - D
029 - B 
030 - A
 
031 - C 
032 - A
033 - D
034 - E 
035 - A
036 - B 
037 - E 
038 - C 
039 - D
040 - B 
 
041 - A
042 - D
043 - C 
044 - A
045 - B 
046 - C 
047 - E 
048 - D
049 - B 
050 - A
 
051 - E 
052 - B 
053 - C 
054 - B 
055 - E 
056 - A
057 - D
058 - D
059 - E 
060 - C 
 
 
2 PMCAM-Conhec.Gerais3 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
 
Língua Portuguesa 
 
Atenção: As questões de números 1 a 3 referem-se ao texto abaixo. 
 
 
Há muitas pessoas que precisam aprender, mas a humanidade não dispõe de doutos em número suficiente para lhes ensinar. 
Então, como resolver o problema? [...] 
O professor não precisa ser douto, mas saber tudo o que deve fazer, e este "tudo" lhe é dado nas mãos pelos doutos, que 
preparariam o que ensinar e como ensinar. Esta passagem de um sujeito que produzia conhecimentos para um sujeito que sabe o 
saber produzido por outros e que o transmite, instaura na constituição mesma da identidade profissional do professor, o signo da 
desatualização, porque como o professor não está produzindo os saberes que ensina, ele está sempre atrás destes saberes que 
estão sendo produzidos por outros. É necessária uma contínua atualização para estar sabendo o que se produz de novo que, para se 
tornar objeto de ensino, passará pelo processo de sua transformação em conteúdo de ensino. 
Esta identidade social do professor, o sujeito que sabe o saber produzido por outros, e que o transmite, permanece ao longo da 
história, mais ou menos do século XVII até meados do século XX. 
(GERALDI, João Wanderley. Professor: construção e reconstrução da identidade profissional. Disponível em: http://portos.in2web.com.br) 
 
 
1. De acordo com o texto, historicamente, a identidade profissional do professor 
 
(A) definiu-se como a habilidade para produzir novos saberes para usá-los no ensino. 
 
(B) nasceu atrelada à necessidade de ser douto. 
 
(C) vinculou-se ao como ensinar, com a necessidade de produzir e transmitir novos saberes. 
 
(D) foi se restringindo à transmissão aos alunos de conhecimentos sempre atualizados. 
 
(E) alterou-se de produtor para transmissor de conhecimentos produzidos por outros. 
 
 
2. Substituindo-se a forma verbal destacada no trecho – “Há muitas pessoas que precisam aprender, mas a humanidade não 
dispõe de doutos em número suficiente para lhes ensinar”. − , pelo verbo existir, mantêm-se corretas a voz verbal, a correlação 
temporal e a concordância verbal em: 
 
(A) Existe. 
 
(B) Existem. 
 
(C) Existiram. 
 
(D) Existirão. 
 
(E) Existia. 
 
 
3. “O professor não precisa ser douto, mas saber tudo o que deve fazer, e este "tudo" lhe é dado nas mãos pelos doutos, que 
preparariam o que ensinar e como ensinar”. 
 
No trecho acima, retirado do texto, a substituição da conjunção mas que mantém o sentido da relação entre as orações, é: 
 
(A) porém. 
 
(B) portanto. 
 
(C) pois. 
 
(D) porque. 
 
(E) por isso. 
Caderno de Prova ’97001’, Tipo 001
 
PMCAM-Conhec.Gerais3 3 
4. É quase um consenso entre os analistas que os instrumentos criados no Acordo de Paris não bastarão para manter a emissão 
de gases-estufa nos níveis que os cientistas consideram necessários para evitar os efeitos mais perigosos da mudança 
climática. É inegável, contudo, que estamos melhor do que na semana passada, já que agora ao menos existe um 
mecanismo jurídico internacional ao qual poderemos recorrer quando a situação o exigir. 
(SCHWARTSMAN, Helio. Sempre teremos Paris? Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas) 
 
 A alteração na última frase do texto que mantém o sentido e correta pontuação é: 
 
(A) Contudo é inegável que, já que agora ao menos existe um mecanismo jurídico internacional, ao qual poderemos recorrer, 
quando a situação o exigir estamos melhor, do que na semana passada. 
 
(B) Contudo é inegável que: estamos melhor do que na semana passada, já que agora ao menos existe um mecanismo 
jurídico internacional, ao qual poderemos recorrer, quando a situação o exigir. 
 
(C) Já que, agora, ao menos, existe um mecanismo jurídico internacional, ao qual poderemos recorrer quando a situação o 
exigir, é inegável contudo que, estamos melhor do que na semana passada. 
 
(D) Já que agora ao menos existe um mecanismo jurídico internacional, ao qual poderemos recorrer quando a situação o 
exigir, é inegável que estamos melhor do que na semana passada contudo. 
 
(E) Contudo é inegável que estamos melhor do que na semana passada, já que agora ao menos existe um mecanismo 
jurídicointernacional ao qual poderemos recorrer quando a situação o exigir. 
 
 
Atenção: As questões de números 5 e 6 referem-se ao texto abaixo. 
 
 
Vamos supor que toda palavra tenha uma vocação primeira. A palavra mudança, por exemplo, nasceu filha da transformação e 
da troca, e desde pequena servia para descrever o processo de mutação de uma coisa em outra coisa que não deixou de ser, na 
essência, a mesma coisa – quando a coisa é trocada por outra coisa, não é mudança, é substituição. A palavra justiça, por exemplo, 
brotou do casamento dos direitos com a igualdade: servia para tornar igual aquilo que tinha o direito de ser igual, mas não estava 
sendo tratado como tal. 
No entanto as palavras cresceram. E, assim como as pessoas, foram sendo contaminadas pelo mundo à sua volta. As 
palavras, coitadas, não sabem escolher amizade, não sabem dizer não. A liberdade, por exemplo, é dessas palavras que só dizem 
sim. Não nasceu de ninguém. Nasceu contra tudo: a prisão, a dependência, o poder, o dinheiro – mas não se espante se você vir a 
liberdade vendendo absorvente, desodorante, cartão de crédito, empréstimo de banco. 
(Adaptado de: DUVIVIER, Gregório. O sequestro das palavras. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas) 
 
 
5. De acordo com a leitura do texto, infere-se que as palavras 
 
(A) mudam com o tempo, independentemente da vontade dos usuários que queiram impedir qualquer alteração. 
(B) vão adquirindo novos significados, quando usadas com diferentes propósitos em diversas situações sociais. 
(C) mantêm o sentido original, apesar de poder agregar outros, em função da deliberação do falante. 
(D) foram, na origem, criadas com múltiplos sentidos, por isso as pessoas as empregam equivocadamente. 
(E) são contaminadas pelas pessoas, que as utilizam de modo inadequado para representar o mundo. 
 
 
6. De acordo com o texto, a frase que contém sentido figurado é: 
 
(A) Vamos supor que toda palavra tenha uma vocação primeira. 
(B) ... servia para descrever o processo de mutação de uma coisa em outra coisa. 
(C) ... quando a coisa é trocada por outra coisa, não é mudança, é substituição. 
(D) A palavra justiça, por exemplo, brotou do casamento dos direitos com a igualdade. 
(E) ... servia para tornar igual aquilo que tinha o direito de ser igual. 
 
 
7. Ao fazer pesquisas na internet, nossa atividade cerebral é muito diferente da de quando estamos lendo um livro. Ao ler, nossa 
mente está mais relaxada e ativamos ...... áreas cerebrais relativas ...... linguagem, ...... memória e ...... processamento visual. 
 
 A alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto acima é: 
 
(A) as – à – à – ao 
(B) as – à – à – o 
(C) às – a – a – ao 
(D) às – à – à – ao 
(E) as – a – a − ao 
Caderno de Prova ’97001’, Tipo 001
 
4 PMCAM-Conhec.Gerais3 
Atenção: As questões de números 8 e 9 referem-se ao texto abaixo. 
 
 
Usar a avaliação para premiar ou punir, apesar de ser tema litigioso, costuma dar bons resultados. [...] 
Essencialmente, há três formas principais de conhecer o desempenho dos professores. A primeira é a verificação de quanto 
seus alunos aprenderam. Se aprendem mais e, por isso, tiram boas notas, deduzimos que seus professores são melhores. [...] 
A segunda é a percepção dos próprios alunos. O que eles acham da aula, da didática e do professor? Nesse particular, 
existem bons questionários para captar seu julgamento. 
A terceira é a observação da aula, por mestres preparados para tal, munidos de protocolos apropriados. Um complemento 
interessante desse método é filmar a aula, permitindo ao professor ver o próprio desempenho. [...] 
Mesmo que cada indicador possa falhar em certos casos, o conjunto dos três gera resultados robustos. Em suma, começam a 
se consolidar técnicas relativamente simples de diagnosticar o que o professor faz certo e o que ele faz errado na sala de aula. Não é 
uma excelente notícia? 
(CASTRO, Cláudio de Moura. Impeachment para professores? VEJA, 06/04/2016, p. 28. Com cortes) 
 
 
8. Pode-se inferir da leitura do texto, a proposta do autor expressa em: 
 
(A) A aula necessita ser previamente avaliada por especialistas para que possa dar bons resultados. 
 
(B) Os alunos devem avaliar sistematicamente as aulas dos professores, usando questionários para isso. 
 
(C) Avaliar os professores é importante porque permite distinguir acertos e equívocos no ato de ensinar. 
 
(D) Em geral, os alunos que tiram notas ruins em avaliações têm os piores professores da rede pública. 
 
(E) O professor só deve ser avaliado por meio de técnicas específicas, porque os resultados podem falhar. 
 
 
9. Na frase do texto – “Usar a avaliação para premiar ou punir, apesar de ser tema litigioso, costuma dar bons resultados”. −, o 
termo litigioso quer dizer 
 
(A) criterioso. 
 
(B) ilegal. 
 
(C) impróprio. 
 
(D) repetitivo. 
 
(E) polêmico. 
 
 
10. A alternativa que atende às normas de escrita da língua portuguesa em relação à ortografia, à acentuação das palavras e à 
colocação de pronomes é: 
 
(A) Me parece que a primeira grande divisão social do trabalho educativo dará-se no período do Mercantilismo, já como 
consequência, inclusive, da expansão européia, quer pela ação dos comerciantes venezianos quer pelas conquistas do 
ocidente pela ação da Peninsula Ibérica. 
 
(B) Parece-me que a primeira grande divisão social do trabalho educativo se dará no período do Mercantilismo, já como 
conseqüencia, inclusive, da expansão européia, quer pela ação dos comerciantes venezianos, quer pelas conquistas do 
Ocidente pela ação da Península Ibérica. 
 
(C) Me parece que a primeira grande divisão social do trabalho educativo dar-se-á no período do Mercantilismo, já como 
consequência, inclusive, da expansão europeia, quer pela ação dos comerciantes venezianos, quer pelas conquistas do 
ocidente pela ação da Peninsula Iberica. 
 
(D) Parece-me que a primeira grande divisão social do trabalho educativo dar-se-á no período do Mercantilismo, já como 
consequência, inclusive, da expansão europeia, quer pela ação dos comerciantes venezianos, quer pelas conquistas do 
Ocidente pela ação da Península Ibérica. 
 
(E) Parece-me que a primeira grande divisão social do trabalho educativo dará-se no periodo do Mercantilismo, já como 
conseqüencia, inclusive, da expansão europeia, quer pela ação dos comerciantes venezianos, quer pelas conquistas do 
ocidente pela ação da Península Ibérica. 
Caderno de Prova ’97001’, Tipo 001
 
Conhec. Gerais / Conhec. Específicos / Discursiva - Redação 
Cargo ou opção 97001 - PROFESSOR ADJUNTO I 
Tipo gabarito 1 
 
 
 
 
 
 
 
001 - E 
002 - B 
003 - A
004 - E 
005 - B 
006 - D
007 - A
008 - C 
009 - E 
010 - D
 
011 - A
012 - E 
013 - C 
014 - A
015 - D
016 - B 
017 - E 
018 - C 
019 - D
020 - E 
 
021 - C 
022 - A 
023 - B 
024 - C 
025 - D 
026 - A 
027 - C 
028 - D 
029 - B 
030 - B 
 
031 - A
032 - A
033 - E 
034 - D
035 - E 
036 - C 
037 - A
038 - E 
039 - B 
040 - A
 
041 - D
042 - C 
043 - A
044 - B 
045 - A
046 - C 
047 - E 
048 - E 
049 - D
050 - B 
 
N do CadernooN de Inscriçãoo
ASSINATURA DO CANDIDATO
N do Documentoo
Nome do Candidato
Professor B
Arte
Concurso Público para provimento de vagas de
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Janeiro/2016
Colégio Sala Ordem
Quando autorizado pelo fiscal
de sala, transcreva a frase
ao lado, com sua caligrafia
usual, no espaço apropriado
na Folha de Respostas.
INSTRUÇÕES
PROVA
Conhecimentos Básicos
Conhecimentos Específicos
Discursiva
A C D E
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção de cargo.
- contém 70 questões, numeradas de 1 a 70.
- contém as propostas e o espaço para o rascunho da Prova Discursiva.
Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.
- Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa.
- Essa resposta deveser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.
- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Ler o que se pede na Prova Discursiva e utilizar, se necessário, o espaço para rascunho.
- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitido o uso de lápis,
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VOCÊ DEVE
ATENÇÃO
Encontra-se a oportunidade em meio a crises e dificuldades.
Caderno de Prova ’DA’, Tipo 001 MODELO
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TIPO−001
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2 SEDES-Conhecimentos Básicos1 
 
CONHECIMENTOS BÁSICOS 
 
Língua Portuguesa 
 
Atenção: As questões de números 1 a 7 referem-se ao texto abaixo. 
 
 
Medo da eternidade 
 
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem 
de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu 
lucraria não sei quantas balas. 
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
− Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
− Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
− Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha 
cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras 
crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa 
cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
− E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
− Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga 
a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
Perder a eternidade? Nunca. 
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
− Acabou-se o docinho. E agora? 
− Agora mastigue para sempre. 
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha 
que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a 
vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. 
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava 
obedientemente, sem parar. 
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. 
− Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! 
− Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir 
mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não 
perderá. 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra 
da boca por acaso. 
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 
 
06 de junho de 1970 
 
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91) 
 
 
1. As expressões reino de histórias de príncipes e fadas, elixir do longo prazer e milagre (7
o
 parágrafo) são mobilizadas pela autora 
para 
 
(A) deixar entrever como a criança, a partir da descrição do chiclete pela irmã com palavras que sugerem a sua impe-
recibilidade, acabou por associá-lo ao mundo do maravilhoso e da fantasia. 
 
(B) ilustrar o modo como, para uma criança pobre, uma coisa simples e barata como um chiclete pode ser tão difícil de obter 
que a sua compra é associada à esfera do imaginário ou do miraculoso. 
 
(C) sugerir o caráter fictício do episódio, que no entanto é narrado como se realmente tivesse acontecido, o que leva ao 
embaralhamento entre o que seria próprio da ficção e o que pertenceria à realidade. 
 
(D) argumentar que, na infância, a imaginação sempre predomina sobre a realidade, o que faz com que a criança vivencie 
situações concretas como se estivesse no mundo da fantasia. 
 
(E) enfatizar a desconfiança da criança em relação à veracidade do que é dito pela irmã sobre o chiclete, pois antes de 
experimentá-lo não lhe parecia crível a existência de uma bala que não se acabava nunca. 
Caderno de Prova ’DA’, Tipo 001
 
SEDES-Conhecimentos Básicos1 3 
2. Ainda que se saiba da liberdade com que Clarice Lispector lidava com esse gênero, pode-se assegurar que Medo da 
eternidade é uma crônica na medida em que se trata 
 
(A) de uma dissertação filosófica sobre uma questão fundamental da vida humana, ainda que a escritora acabe se valendo de 
sua experiência pessoal para ilustrar a tese que se dispõe a defender. 
 
(B) de uma visão subjetiva, pessoal, de um acontecimento do cotidiano imediato, muito embora vivenciado na infância, que 
acaba dando margem à reflexão sobre uma questão capaz de interessar a todos. 
 
(C) de um texto poético, mesmo que em prosa, em que os acontecimentos vividos no passado ganham uma tonalidade lírica e, 
em lugar de serem explicitamente narrados, são dados a conhecer de modo alusivo e sugestivo. 
 
(D) da rememoração de um episódio ocorrido na infância e que é narrado tal como foi vivido, sem deixar transparecer as 
crenças e convicções do adulto que rememora. 
 
(E) de um texto alegórico, em que a história narrada oculta um sentido que vai muito além dela, servindo apenas como veículo 
da expressão de ideias abstratas que os acontecimentos permitem concretizar. 
 
 
3. Parei um instante na rua, perplexa. (5
o
 parágrafo) 
 
 Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. (7
o
 parágrafo) 
 
 – E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9
o
 parágrafo) 
 
 As palavras grifadas nessas frases assumem no texto, respectivamente, o sentido de: 
 
(A) atônita – figurava – cerimônia 
(B) inerme – transcendia – liturgia 
(C) atônita – simbolizava – périplo 
(D) desorientada – figurava – imolação 
(E) assustada – transcendia – périplo 
 
 
4. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. (10
o
 parágrafo) 
 
 No trecho acima, retirado de uma das falas da irmã da autora, o segmento grifado poderia ser substituído corretamente por: 
 
(A) A exceção que 
(B) Antes que 
(C) A não