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12/06/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668758_1&PA… 1/33
PROJETO DE CENOGRAFIA EPROJETO DE CENOGRAFIA E
EVENTOSEVENTOS
DESENVOLVIMENTO DEDESENVOLVIMENTO DE
PROJETO CENOGRÁFICOPROJETO CENOGRÁFICO
IIII
Autor: Me. Laura Carolina Oliveira Nóbrega
Revisor : Ana Carol ina Pere ira de Souza
I N I C I A R
12/06/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668758_1&PA… 2/33
introduçãoIntrodução
Ao longo desta unidade, estudaremos sobre como realizar um projeto
cenográ�co executivo e o que é uma representação grá�ca, seja um desenho
livre, seja um desenho técnico. Veremos também quais os materiais
adequados para a sua produção de representações cenográ�cas. Além disso,
você irá conhecer um pouco sobre o universo dos desenhos
computadorizados feitos por meio de softwares. Atualmente, eles podem e
estão sendo aplicados ao projeto de cenogra�a. Outro ponto a ser estudado
aqui serão as maquetes, quais as características e utilizações. O objetivo é que
você saiba aplicar os conhecimentos obtidos em aula na realização cênica.
Sendo assim, a partir do estudo deste conteúdo, será possível compreender
todo o processo de realização cenográ�ca no âmbito pro�ssional.
12/06/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668758_1&PA… 3/33
O projeto cenográ�co tem seu início na concepção de ideias, passando pela
fase de criação de traços e desenhos, entre outros elementos, e se concretiza
no momento em que todo o processo �ca materializado �sicamente, saindo
da esfera das ideias e chegando ao mundo da materialização das coisas.
O conceito de projeto executivo é emprestado da arquitetura, conhecimento
muito utilizado para quem trabalha na área de cenogra�a. De acordo com
Mano et al. (2018, p. 297), o projeto executivo é a parte �nal de todo o
trabalho, “[...] é o momento de detalhar tudo: plantas técnicas de todo o
projeto arquitetônico, cortes, fachadas, muitas plantas baixas, etc.”.
Segundo Oliveira (2014, p. 15), o projeto executivo “[...] deve ser considerado o
detalhamento construtivo do projeto, pois é nesse documento que deverão
constar todas as informações necessárias para a construção da obra”. Ele
deve abranger também os detalhamentos de toda a construção.
De acordo com Cornetet e Pires (2016, p. 49), “Para a elaboração desta etapa,
você deve ter todas as informações geradas em todas as etapas anteriores e
ProjetoProjeto
Cenográ�coCenográ�co
ExecutivoExecutivo
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por todos os colaboradores responsáveis pelas demais disciplinas,
compatibilizadas em um conjunto de documentos”.
O projeto executivo é a �nalização de todo um trabalho feito em equipe. Ele é
fruto da pesquisa e desenvolvimento de um trabalho feito em equipe. Dentro
da cenogra�a, ele é o projeto �nal, ou seja, o projeto que será apresentado
para a busca de patrocínio, por exemplo.
Em um projeto de arquitetura comercial, o levantamento métrico e
fotográ�co deve fornecer elementos ao arquiteto para averiguar de
que maneira o padrão de identidade visual da loja será implantado.
Os estudos preliminares propõem diferentes soluções de layout,
reposicionando expositores, balcão, caixa e provadores. O
anteprojeto apresenta as soluções consolidadas de layout e fachada,
e um projeto executivo com muitos detalhes construtivos orienta os
trabalhos de marcenaria, gesso, colocação de piso e luminárias. A
instalação de expositores e aplicação dos elementos de comunicação
visual precede o trabalho de revisão e ajustes antes da exposição das
mercadorias e inauguração da loja (MANO et al., 2018, p. 318).
O projeto executivo deve ser muito bem elaborado para que não ocorram
erros de interpretação por parte da equipe. A utilização de maquetes ou
pequenos modelos tridimensionais auxiliam na criação do projeto
cenográ�co, pois demonstram, de uma maneira simpli�cada, como será cada
cenário após a �nalização do projeto inteiro.
praticarVamos Praticar
Leia o trecho a seguir.
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“Tudo isso é outro modo de dizer que os meio visuais têm presença extraordinária
em nosso ambiente natural. Não existe reprodução tão perfeita de nosso ambiente
visual na gênese das ideias visuais, nos projetos e nos croquis. O que domina a pré-
visualização é esse elemento simples e extremamente expressivo que é a linha”
(DONDIS apud URSSI, 2006, p. 95-96).
Considerando o trecho sobre a importância do projeto cenográ�co para o trabalho
do cenógrafo, analise as a�rmações a seguir.
I. O processo criativo se inicia com a formulação de ideias e do imaginário do
cenógrafo.
II. O conceito de projeto executivo é originário do design de interiores.
III. O projeto cenográ�co, quando �nalizado, deve transmitir ao seu público-alvo
toda a identidade visual e a dinâmica expressiva da representação artística.
IV. O uso de maquetes auxilia o trabalho do cenógrafo.
Está correto o que se a�rma em:
a) I, III e IV, apenas.
Feedback: alternativa correta, pois toda a criação começa da cabeça de seu
criador. Nesse caso, o projeto cenográ�co teve seu início com as ideias do
cenógrafo. Quando o projeto cenográ�co chega à sua fase executiva, ele
poderá e deverá imprimir a sua identidade para o espectador. Por �m, os
cenógrafos usam diversos utensílios que os auxiliam na montagem do
projeto cenográ�co, dentre eles a maquete.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I e II, apenas.
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Ao projetar um cenário, o cenógrafo deve realizar a veri�cação do espaço em
que serão inseridos os elementos cenográ�cos. Após tais observações, o
pro�ssional precisa visualizar todo o projeto no papel, portanto é necessário
que o cenógrafo tenha noções de desenho. A �m de concretizar o projeto
cenográ�co, o cenógrafo utiliza diversos utensílios que vão auxiliar o processo
criativo, operacional e organizacional do cenógrafo.
Instrumentos de Desenho
O cenógrafo deverá usar instrumentos para que possa desenhar suas
projeções. Montenegro (2017) lista esses instrumentos em ordem alfabética:
ateliê, borracha, caneta, esquadro, compasso, iluminação, lápis, régua e
transferidor.
O ateliê se trata do espaço físico que contém uma ou várias salas com
pranchetas ou mesas para desenho, na qual o cenógrafo irá sentar e começar
a fazer o desenho para materializar todo o cenário que será construído. Esse
RepresentaçãoRepresentação
Grá�caGrá�ca
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espaço também pode ser chamado de o�cina, e não há necessidade de ser
uma área reservada exclusivamente para esse propósito, pois pode ser
apenas uma mesa qualquer na qual o cenógrafo irá realizar os seus
desenhos.
Todo desenho, antes de �car efetivamente completo, teve todo um processo
de criação anterior com diversos erros e acertos. Por isso a importância da
borracha. Ela serve para apagar ou modi�car aquilo que o cenógrafo acredita
que não esteja correto. Montenegro (2017) a�rma que antigamente usava-se
a borracha chamada de “miolo de pão” nos desenhos feitos à lápis, contudo,
hoje, é usada a borracha sintética ou polímero, além do tipo mais áspero que
serve para apagar os desenhos feitos à caneta.
A caneta é o principal instrumento de desenho, assim como o lápis, pois sem
eles não há como o pro�ssional fazer o desenho que representará o cenário
do espetáculo. De acordo com Montenegro (2017), dentre as canetas usadas
para esse propósitotínhamos a caneta de estilete e a caneta grafos. Contudo,
é importante destacar que essas canetas foram substituídas pelas canetas
com ponta de náilon e tintas químicas, haja vista que, além de serem mais
baratas, são facilmente manipuláveis, pois a tinta seca facilmente e não
entope o compartimento da caneta.
Outro instrumento usado para fazer um desenho angular reto é o esquadro,
que possui diversos tamanhos dependendo do tamanho do desenho.
Montenegro (2017) demonstra alguns exemplos: os esquadros com tamanho
de 16cm são adequados para desenhos em formato A4, e em A1 o tamanho
de 32 cm é melhor usado.
O compasso é utilizado para fazer desenhos circulares com certa precisão.
Segundo Montenegro (2017), há diferentes tipos de compassos, como o
simples, o de balaústre, cintel, de redução e de ampliação, e o compasso de
pontas secas. A régua também é um material essencial. Existem as réguas
graduadas, com três tipos de escalas. Já o transferidor é o instrumento de
desenho que serve para fazer a medição dos ângulos.
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Montenegro (2017, p. 12) explica que, para esse tipo de trabalho, não podem
ser usados qualquer tipo de lápis. Os lápis comuns, cuja graduação é de 1 a 3,
não são usados nos desenhos técnicos. É necessário que se utilize um lápis
de boa qualidade. O mesmo autor a�rma que “[...] a mina de gra�te ou de
polímero deve ser de boa qualidade, quando não é assim, ela varia de dureza,
prejudicando a qualidade do traço”.
Desenho Livre
O desenho feito sem atender normas técnicas serve para a elaboração de
ideias e organização de pensamentos e projetos. Ou seja, é possível a�rmar
que o desenho livre faz parte da fase que precede a concretização do projeto,
sendo utilizado no desenvolvimento do anteprojeto. De acordo com Netto
(2014, p. 75), o anteprojeto é a etapa em que “[...] foi de�nido e aprovado pelo
cliente o estudo preliminar com partido arquitetônico de acordo com o
programa de necessidades, permitindo a con�guração �nal da solução
arquitetônica”.
Chamamos de croqui o desenho feito à mão livre, ou seja, sem nenhuma
técnica. É o desenho feito para organizar as ideias, podendo ter ou não escala.
É a partir dos croquis que muitos cenógrafos materializam, projetam e
planejam seus pensamentos. Ele é o esboço de todo o trabalho que será feito
pelo cenógrafo.
Segundo Yee (2017), os croquis são desenhos feitos rapidamente a �m de
representar diversas ideias aleatórias sobre o projeto em si. Esses desenhos
podem ter uma característica mais bruta ou até com certo re�namento, e,
mesmo tendo natureza de experimento, esses croquis devem representar a
realidade do projeto em sua fase inicial.
O croqui do plano cênico é considerado o primeiro marco do bom
cenógrafo que coletou os dados disponíveis, realizou diversas visitas
ao local e comprou novas provisões de lâminas a�adas e placas de
espuma sintética laminadas com papel branco dos dois lados para
confeccionar sua maquete (HOWARD, 2015, p. 46).
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Nesse sentido, o croqui é a fase inicial do desenho realizado pelo pro�ssional
de cenogra�a. Muitas vezes, esse desenho livre é feito na mesma hora em
que o cenógrafo está visualizando o espaço reservado para a cena, onde ele
faz esboços a �m de registrar as suas ideias iniciais de como ocorrerá todo o
projeto.
Yee (2017) a�rma que os croquis representam uma espécie de “aquecimento”
ou “preparação” do trabalho do arquiteto e do designer, como se eles fossem
boxeadores preparando-se para entrar no ringue de luta. Ademais, o mesmo
autor explica que “[...] a execução dos croquis age como um exercício de
aquecimento para a sua faculdade mão-olho-cérebro a �m de que o “motor
de desenho” dê a partida e em preparação para que as ideias �uam”.
Desenho Técnico
O trabalho do cenógrafo parte do estudo do espaço em que serão inseridos
diversos elementos cenográ�cos. Após tais observações, o cenógrafo precisa
visualizar todo esse projeto no papel. É necessário que o cenógrafo tenha
noções de desenho técnico para que possa realizar um projeto cenográ�co
exato. 
Figura 4.1 - Desenho técnico 
Fonte: serezniy / 123RF.
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Marques (2015, p. 2) conceitua desenho técnico como sendo “uma ferramenta
utilizada no desenvolvimento e na comunicação de ideias, conceitos e
projetos”. O desenho técnico se faz necessário principalmente para que toda
a equipe envolvida em um projeto cenográ�co se utilize do desenho para se
orientar e compreender o projeto executivo.
Segundo Ribeiro et al. apud Marques (2015, p. 2), o desenho técnico “[...] é
uma forma de expressão grá�ca que tem por �nalidade a representação, a
dimensão e o posicionamento dos objetos de acordo com as necessidades
requeridas pela Arquitetura e pelas várias modalidades de Engenharias”.
O desenho técnico utiliza-se de regras para representar no papel a realidade
do projeto �nal. Portanto, a seguinte pergunta surge: é possível desenhar um
palco ou um cenário em suas dimensões reais? Se sim, seria necessária uma
grande quantidade de papel para poder realizar esse desenho. Para isso,
contamos com a escala.
A escala de um desenho, segundo Montenegro (2017, p. 31), é “a relação
entre a medida do desenho e a sua dimensão real no objeto”. Ou seja,
quando o pro�ssional desenha um espaço, um palco ou cenário, ele irá usar
uma numeração que servirá como escala para o real tamanho da coisa que se
desenha.
Há tanto a escala de redução como a escala de ampliação, na qual a primeira
demonstra um objeto ou lugar muito grande para caber no papel, portanto o
seu desenho será menor, porém terá ao lado uma escala grá�ca, a �m de
demonstrar o seu tamanho real. A mesma coisa ocorre com os objetos muito
pequenos, no entanto eles serão desenhados maiores do que realmente são,
para que seja possível a sua visualização.
Um exemplo de escala é a que se utiliza da numeração 1/5, na qual o número
1 (um) representa o tamanho do desenho e o 5 (cinco) representará a sua real
dimensão.
Os desenhos técnicos devem indicar todas as suas medidas de maneira
correta, caso contrário poderão ocorrer prejuízos e transtornos em grandes
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proporções. Diante disso, conforme explica Montenegro (2017, p. 39), “[...] a
unidade usada é o metro ou o milímetro, menos utilizado. O centímetro é
reservado para medidas inferiores a 1 m. Nos três casos, a cota é escrita sem
o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm)”.
As cotas são “os números que correspondem às medidas” (MONTENEGRO,
2017, p. 39). Elas precisam ser escritas na mesma direção das linhas de cota.
Segundo o autor, há certas regras que precisam ser seguidas para o uso de
cotas:
● as cotas de um desenho devem ser expressas em uma única
unidade; 
● uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho; 
● as linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida; 
● a altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em
geral, usa-se 2,5 mm a 3 mm de altura; 
● no caso de divergência entre cotas da mesma medida em
desenhos diferentes, prevalece a cota do desenho feito em escala
maior. Por exemplo: se houver divergência de cotas numa medida
indicada nas escalas de 1:10 e 1:200, será válida a cota escrita no
desenho feito na escala de 1:10 (MONTENEGRO, 2017, p. 40).
Para além dos elementos técnicos, no desenvolvimento de um desenho
técnico, é preciso que as informações estejam dispostas de maneira clara.
Segundo Netto (2014, p. 29), as folhas do projeto devem conter as seguintes
informações:
● Nome da empresa 
● Autor do Projeto 
● Dados do cliente e endereçodo projeto 
● Título da folha e conteúdo 
● Número da folha sequencial 
● Escala 
● Data 
● Nome do desenhista 
● Número da revisão
12/06/2021 Ead.br
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Tais informações são importantes para que todos os dados sejam sinalizados
e sejam de fácil acesso a todos os pro�ssionais envolvidos no projeto.
praticarVamos Praticar
Leia o texto a seguir.
“A escala é uma relação entre as medidas reais do objeto e as medidas do desenho.
Dessa forma conseguimos colocar no papel a planta de uma edi�cação com uma
escala de redução das medidas da edi�cação. Existem várias escalas para o desenho
arquitetônico e, dependendo do desenho a ser representado, deve-se escolher uma
escala que permita representar as informações necessárias para a construção do
objeto. Em geral, a escala escolhida para o desenho determina o tamanho da folha
a ser utilizada” (NETTO, 2014, p. 31-32).
Considerando o trecho apresentado, sobre o uso de escala no desenho técnico,
indique quais são os principais exemplos de convenções de desenho.
a) Carimbo e escala.
Feedback: alternativa correta, pois ambos são exemplos de convenções de
desenho. O carimbo é obrigatório para indicar qual a empresa ou
pro�ssional que foi responsável pelo desenho técnico, e a escala é a medida
usada para comparar o tamanho do desenho com suas dimensões reais.
b) Escala e croqui.
Feedback: alternativa incorreta, pois somente a escala faz parte da lista
exempli�cativa das convenções de desenho, uma vez que o croqui é o
desenho feito à mão e sem nenhum uso de técnica, ao passo que a escala é a
12/06/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668758_1&P… 13/33
medida usada para comparar o tamanho do desenho com as dimensões
reais.
c) Croqui e Aquarela.
Feedback: alternativa incorreta, pois tanto o croqui como a aquarela são
tipos de desenhos feitos à mão livre, sem nenhum uso de técnica. A diferença
reside no fato que a aquarela utiliza tinta, e o croqui não.
d) Cotas e desenho livre.
Feedback: alternativa incorreta, pois somente as cotas fazem parte da lista
exempli�cativa das convenções de desenho, uma vez que o desenho livre
que está inserido no anteprojeto é a maneira livre de desenhar inicialmente,
a �m de representar as ideias do pro�ssional.
e) Título do desenho e aquarela.
Feedback: alternativa incorreta, pois somente o título do desenho faz parte
da lista exempli�cativa das convenções de desenho, pois esse é obrigatório
constar nos desenhos técnicos realizados pelo pro�ssional. Contudo, não
signi�ca que os desenhos livres não possam ter títulos também.
12/06/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668758_1&P… 14/33
Com a evolução e a criação de programas de computador, os processos
manuais descritos no capítulo anterior foram mecanizados e se tornaram
processos mais ágeis e exatos. A tecnologia de modelagem de informações da
construção, popularmente conhecida como BIM (Building Information
Modeling), proporcionou aos pro�ssionais a criação digital de modelos
precisos de uma construção. 
DesenhoDesenho
ComputadorizadoComputadorizado
Figura 4.2 - Desenho sendo feito no CAD 
Fonte: Juan Jimenez Fernandez / 123RF.
12/06/2021 Ead.br
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Atualmente, os softwares CAD e as ferramentas BIM são capazes de criar
desenhos arquitetônicos tridimensionais. Netto (2014) a�rma que foi no início
dos anos 90 que a tecnologia CAD começou a ser utilizada em desenhos
arquitetônicos. Um ponto importante é que tais programas são exatos, pois
consideram as escalas reais. Alguns programas são gratuitos, porém a
maioria deles é paga. Yee (2017, p. 91) cita que:
[...] os softwares de modelagem de informações de construção (BIM)
e desenho para criação de croquis, como o Revit, ArchiCAD, AutoCAD
e Bentley, se transformaram não só em ferramentas e�cazes de
desenho, mas também em facilitadores de precisão do processo de
construção.
Existem diferenças entre os programas CAD e BIM. No caso do CAD, os
desenhos são feitos através de linhas, formas e textos. Netto (2014) a�rma
que os softwares CAD possuem ferramentas para organizar as espessuras de
linha e, quando impresso, o desenho se parece com um feito à mão.
12/06/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668758_1&P… 16/33
O BIM é mais complexo e envolve outras informações referentes à análise
construtiva, como espessura, medidas, detalhes de materiais e propriedades,
entre outras. Um projeto é alterado inúmeras vezes pelos mais diversos
fatores. Um ponto vantajoso no uso de novas tecnologias é que, quando há
alguma alteração projetual, a tecnologia BIM “[...] habilita os pro�ssionais a
atualizarem automaticamente um conjunto inteiro de desenhos quando são
feitas alterações no projeto” (YEE, 2017, p. 91).
De acordo com Yee (2017), a grande vantagem da computação grá�ca em
relação aos desenhos manuais é a questão da e�ciência e do tempo de
saibamaisSaiba mais
A partir da invenção de programas grá�cos
em computadores, o desenho arquitetônico
mudou. Atualmente, o CAD (Computer Aided
Design) é popularmente utilizado para esse
�m. Muito se discute acerca da utilização de
tais programas nas representações
arquitetônicas. Eles vieram para aperfeiçoar
o trabalho de desenho, tornando o processo
cada vez mais �exível, exato e ágil. Hoje, eles
servem como apoio desde o processo
criativo até a �nalização do projeto. Leia mais
sobre o assunto no artigo Os três momentos
do uso da tecnologia computacional grá�ca em
arquitetura a seguir.
ACESSAR
http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/oculum/article/view/387
12/06/2021 Ead.br
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trabalho. O autor coloca que:
Os pontos fortes do desenho feito à mão e da modelagem residem
na manipulação intuitiva do lápis ou de outros materiais físicos na
criação de modelos e croquis conceituais �uidos. Todavia, à medida
que uma equipe de projeto se depara com prazos �nais, o
movimento quase sempre é na direção da maior e�ciência
presumida da computação grá�ca (YEE, 2017, p. 92).
Sobre tais vantagens, Netto (2014) a�rma que tais desenhos podem ser
editados e reimpressos rapidamente, o que evitaria retrabalhos. Além disso, é
possível imprimir diversas cópias do mesmo projeto e em escalas diferentes
do projeto original, trazendo mais �exibilidade ao pro�ssional.
Montenegro (2017, p. 28) mostra que os softwares auxiliam o trabalho
projetual e seu uso traz diversas vantagens, como:
● agrega instrumentos como lápis, canetas, régua graduada,
compasso, esquadros, régua-tê, prancheta e outros, tornando o
processo mais rápido e preciso; 
● dá a visão global do projeto, inexistente nos desenhos manuais
fragmentados de plantas, cortes, fachadas e perspectivas; 
● abre a possibilidade da animação grá�ca com o observador
circulando dentro ou fora do edifício; 
● permite o estudo de alternativas de acabamentos internos e
externos (simulação) de modo simples e rápido; 
● possibilita grande compatibilidade entre o projeto arquitetônico e
os projetos complementares; 
● traz facilidade de reprodução e transmissão dos desenhos do
projeto.
Yee (2017, p. 91) coloca que existem outros softwares que são mais
conceituais. O autor cita o 3D Studio Max, Maya, Rhino e SketchUp, que são
utilizados no desenvolvimento de prévias do projeto. Ele a�rma que, “Como
alguns desses programas foram desenvolvidos originalmente para a indústria
do entretenimento, eles são ferramentas maravilhosas para acrescentar
detalhes realistas a um projeto diagramático ainda em desenvolvimento”. Tais
12/06/2021Ead.br
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softwares também são utilizados nos processos �nais para �ns de
apresentação do projeto ao público e/ou marketing.
Para entender o ambiente grá�co digital característico do
computador como um ambiente de auxílio ao projeto, é preciso
conhecer o que os programas podem ajudar a criar, quais
características esses modelos digitais trazem e como eles podem ser
desenvolvidos. Depois, essas técnicas poderão ser experimentadas
em um processo de projeto, e somente aí suas vantagens e
desvantagens serão realmente conhecidas (FERNANDES et al., 2006,
p. 38).
Atualmente, existe uma in�nidade de softwares que podem ajudar o projeto a
ser tornar mais exato, ilustrativo e criativo. É importante estar atento às novas
tecnologias, conhecê-las e compreender suas funcionalidades para que o
projeto se torne cada vez mais atraente, atual e correto do ponto de vista
técnico.
praticarVamos Praticar
Com as novas tecnologias, o desenho feito à mão foi sendo substituído por
desenhos desenvolvidos através de softwares. O desenho computadorizado trouxe
mais possibilidades ao cenógrafo. Com ele, é possível realizar desenhos exatos, com
escalas, dando uma visão global a um projeto cenográ�co. Sobre os softwares CAD
e BIM, é correto a�rmar que:
a) O BIM é um software mais simples do que o CAD. Nele, o usuário é capaz de fazer desenhos
coloridos e alterar linhas e formas.
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b) O CAD é um software mais complexo do que o BIM. O CAD envolve outros elementos
técnicos como medidas e detalhes de materiais.
c) O CAD possibilita a utilização de linhas e formas na construção de um desenho, e o BIM
envolve outros elementos técnicos, como medidas e detalhes de materiais.
Feedback: alternativa correta, pois O CAD é um software menos complexo
do que o BIM.
d) Enquanto o BIM possibilita apenas o desenho de linhas, com o CAD é possível desenvolver
desenhos muito semelhantes aos manuais.
e) O CAD é um software mais simples do que o BIM e envolve elementos como espessuras,
medidas e propriedades de materiais, o que o torna mais vantajoso.
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Após o desenvolvimento do desenho tridimensional, o cenógrafo passa para a
etapa de confeccionar uma maquete.
[...] o termo maquete ou maqueta, vem do Francês maquette
derivado do italiano macchietta, diminutivo de macchia, originário
do latim mácula (pequena mancha). Mancha pode ser entendida
como uma forma bruta de limites pouco precisos, uma forma bruta
ainda pouca elaborada (CUNHA apud ROZESTRATEN, 2003, p. 10).
A maquete cenográ�ca tem o objetivo de representar, em dimensões
menores, a construção de um cenário. A escala de redução da maquete irá
variar principalmente pelo objetivo e pelos detalhes que precisam, ou não,
serem representados.
Segundo Paese (2018), a maquete física é um instrumento de representação
de fácil compreensão por ser tridimensional. A autora coloca que, “Além
disso, ela possibilita que o corpo se desloque no espaço, estabelecendo uma
MaquetesMaquetes
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relação com seus volumes. O contato e a visualização da maquete física a
tornam um meio de representação que se aproxima muito da realidade”.
É por meio da maquete que o cenógrafo consegue fazer com que os outros
pro�ssionais envolvidos no projeto também tenham noção de volume e
detalhes de tal construção. Segundo Paese (2018, p. 73), “as maquetes podem
representar o resumo de uma pesquisa ou auxiliar no estudo de novas
soluções para o projeto”.
Mills (2007) a�rma que as maquetes devem fazer parte do projeto. O autor
esclarece que talvez a vantagem mais importante da maquete “[...] seja a
possibilidade de se observar (vivenciar) a forma, o espaço físico,
tridimensional concretamente. Essa presença física permite ao projetista
interagir diretamente com a maquete e obter feedback imediato”. Elas
materializam as ideias e reproduzem o projeto de modo com que ele possa
ser inclusive reavaliado e, se preciso, modi�cado.
A maquete de um cenógrafo deve reproduzir uma realidade
existente, que é, frequentemente, um espaço bastante usado, sujo e
sombrio, com tubos e climatizadores localizados em
convenientemente no meio das paredes, sinais de saída iluminados
em cantos escuros e paredes que se parecem com colchas de
retalhos de tijolos e gesso deteriorados. Todos os obstáculos e
di�culdades que o cenógrafo, o diretor e os autores encontraram,
incluindo cores e texturas que dão ao espaço sua característica
individual, precisam ser indicados (HOWARD, 2015, p. 46).
É importante notar que a etapa de confecção de uma maquete vai além de
mera representação tridimensional. Ela abrange a linguagem simbólica do
contexto cenográ�co. Além das dimensões do espaço e suas características, o
cenógrafo estuda a visibilidade do projeto, a movimentação dos atores em
cena, quais objetos e onde eles serão dispostos, entre diversos outros
elementos.
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Equipamentos e materiais para a
confecção de maquetes
Segundo Paese (2018), o material para se confeccionar uma maquete
dependerá de como ela será utilizada. Podem ser utilizados papéis, plásticos e
madeiras, entre outros elementos. Mills (2007, p. 12) observa que, para a
confecção de maquetes, são necessários equipamentos básicos. São eles:
● Instrumentos para desenho 
● Régua de aço 
● Esquadros 
● Escalímetro 
● Estiletes e lâminas 
● Base para corte 
● Cortador circular 
● Limpador de ar comprimido 
● Tesoura 
● Colas (branca, em spray e para acetato) 
● Pistola de cola quente 
● Al�netes 
● Fita mágica 
● Alicate 
● Lixa 
● Pinça 
● Furadeira 
● Fita adesiva 
● Acu-Arc 
● Pistola de soldar 
● Ferro de soldar 
● Terceira mão
Em relação aos materiais necessários, para a Mills (2007, p. 18) podem ser
utilizados os seguintes exemplos:
● Papelão simples 
● Papelão Corrugado 
● Papel Foam Core 
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● Passepartout Branco 
● Papel Gatorborad 
● Cartolina 
● Papel Fosco Colorido 
● Papel vegetal 
● Papel Manteiga 
● Palitos em plástico e madeira 
● Canudos de plástico e madeira 
● Arame 
● Lâminas de acrílico e de plástico transparente 
● Fita adesiva branca 
● Linha de costura 
● Esmalte Spray 
● Tecido 
● Folhas de metal
Tipos de Maquetes
Segundo Farrelly (2014), existem diversos tipos de maquetes convencionais
que são empregadas em um projeto. As maquetes de volumes são mais
abstratas e têm o objetivo de mostrar o espaço. Para Mills (2007, p. 25), “Essas
maquetes podem ser feitas em pequena escala, devido à falta de detalhes, e
re�etirão de forma rápida o tamanho e a proporção de uma edi�cação em
um estágio preliminar”.
Farrelly (2014) a�rma que, nas maquetes de conceito, são utilizados diversos
materiais e escalas para que se compreenda a ideia a ser realizada. Mills
(2007, p. 25) explica que os conceitos podem ser traduzidos “[...] de diversas
formas, como através da dissecação da maquete através de desenhos, pelo
uso de geometrias sugeridas, pela interpretação de leituras a partir de
qualidades formais ou até mesmo pela interpretação de temas literários”.
As maquetes de detalhes exempli�cam elementos especí�cos e não o todo.
Mills (2007) a�rma que esse tipo de maquete é desenvolvido para que se
representem detalhes de interior ou exterior, janelas, corrimão e fachada,
entre outros elementos importantes no projeto.
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Já as maquetes de interiores ilustram todo o espaço e o mobiliário externo.
Para Mills (2007, p. 32), “essas maquetes precisam de�nir os limites do espaço
e, ao mesmo tempo, permanecer abertas, para a visualização e manuseio”.
Escala
Em geral, as maquetes podem ser confeccionadas em diversas escalas. Para
realizar tal escolha, alguns aspectos devem ser levados em consideração.
Primeiramente, é necessário pensar no tamanho físico do local e sobre
quantos e quais detalhes precisam ser ilustrados por meio da maquete. Se o
projeto for muito detalhado, talvez seja interessante o uso de uma escala
maior. Mills (2007, p. 65) comenta que: “Embora a maquete não precise ser
elaborada em uma escala predeterminada, ela deve incluir relações de
proporções relativas entre suas partes, como as alturas entre os pavimentos”.
Etapas de Confecção de Maquetes
Panazio e Ferreira apud Paese (2018) a�rmam que as etapas de confecção de
maquetes podem ser divididas em: Plani�cação, corte e montagem.
Na etapa de plani�cação, são desenhadas as partes da maquete. Os
materiais utilizados para a confecção (papéis, plásticos e/ou madeiras) são
marcados. Na etapa de corte, as partes riscadas são recortadas.
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Para cortar materiais em folhas, lâminas e chapas, como madeira
aglomerada e papel foam core, aplica-se uma leve pressão com o estilete e
com a passagem de sua lâmina diversas vezes, conforme a espessura do
material exija. É necessária uma lâmina bem a�ada, assim como uma borda
de apoio metálica com base que não escorregue ou uma régua paralela com
borda de aço. Nota: esses materiais devem ser cortados sobre uma prancha
de corte ou outra superfície protetora, como um papelão grosso (MILLS,
2007).
Na etapa de montagem, as partes cortadas serão unidas. Paese (2018, p. 75)
a�rma que
Algumas partes da maquete podem ser unidas previamente com �ta-
crepe para depois serem coladas e unidas à estrutura maior [...].
Quando a posição da peça depois de colada impossibilitar o perfeito
reflitaRe�ita
O trabalho do cenógrafo envolve a
utilização de muitos materiais. Você já
imaginou a quantidade de lixo após a
realização de uma maquete e/ou de
um cenário? Para a confecção de uma
nova maquete, é possível que se faça a
reciclagem de materiais,
reaproveitando suas bases ou
recobrindo-as com papel.
Fonte: Adaptado de Mills (2007).
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acabamento, você deve fazer a pintura ou o revestimento �nal antes
da montagem.
Para além de tais etapas também podem ser feitos tratamentos de
superfícies. Mills (2007, p. 36) explica que existem diversos tipos de
acabamentos de superfície, como:
● Lixamento: Cabos são normalmente lixados a �m de uma
superfície lisa. 
● Limpeza: Pode ser feita através de jato de ar comprimido. 
● Pintura: As maquetes são limpas e acabadas com pintura spray. 
● Acabamento de Bordas: Fitas são colocadas nas bordas dos
painéis. 
● Revestimento: Um papel colorido (ou adesivo) é utilizado para
revestir partes da maquete.
Eles irão incorporar às maquetes cores e texturas. Para deixar a superfície
plana, é interessante o uso de lixas. Segundo Paese (2018, p. 76), “A limpeza
do pó em uma maquete nunca deve ser feita com água, e sim a seco, com
recursos como espanador, secador de cabelo ou jato de ar comprimido”. A
autora a�rma ainda que é aconselhável que se passe uma camada de base
automotiva antes da pintura da maquete.
praticarVamos Praticar
Leia o trecho a seguir.
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“A maquete física, junto ao croqui, aos desenhos técnicos e à maquete eletrônica,
forma o conjunto de recursos de representação, estudo e desenvolvimento de um
projeto de arquitetura. Antes de iniciar uma maquete, você precisa de desenhos
técnicos relativos ao nível de desenvolvimento em que o projeto se encontra. Caso
esses desenhos não estejam prontos, ou estejam feitos em escala diferente, você
deve reservar um tempo para produzi-los” (PAESE, 2018, p. 74).
São etapas da confecção de maquetes:
I. análise de componentes;
II. corte;
III. tratamento de superfícies.
É correto o que se a�rma em:
a) I, apenas.
Feedback: alternativa incorreta, pois a análise de componentes não faz
parte da confecção de maquetes. As etapas de plani�cação, corte, montagem
e tratamento de superfícies são necessárias para a confecção de maquetes.
b) II, apenas.
Feedback: alternativa incorreta, pois, apesar de a etapa de corte fazer parte
da confecção de maquetes, o tratamento de superfícies é essencial para a
plani�cação e bene�ciamento do material.
c) I e II, apenas.
Feedback: alternativa incorreta, pois a análise de componentes não faz
parte do processo de confecção, porém o corte é uma fase essencial para a
construção de uma maquete.
d) II e III, apenas.
Feedback: alternativa correta, pois as etapas de plani�cação, corte,
montagem e tratamento de superfícies são necessárias para a confecção de
maquetes.
e) I, II e III.
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Feedback: alternativa incorreta, pois a análise de componentes não faz
parte do processo de confecção. O corte e o tratamento de superfícies são
etapas importantes na concepção de uma maquete física.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
Maquetes cenográ�icas: catálogo da
exposição
Editora: EDUTFPR
Autor: Ismael Sche�er (Org.).
ISBN: 9788570141231
Comentário: Trata-se de um catálogo fruto da
exposição “Maquetes cenográ�cas”, que ocorreu em
Curitiba no ano de 2014. Os trabalhos enfatizam a
importância das maquetes dentro do processo de
criação da cenogra�a.
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WEB
Teatro e circunstância: a desconstrução do
espaço cênico – pro�issão cenógrafo
Ano: 2009
Comentário: O documentário convida pro�ssionais da
área de cenogra�a para falarem sobre sua os desa�os
de suas vidas pro�ssionais. Eles contam sobre seus
projetos e mostram, inclusive, alguns trabalhos
desenvolvidos.
Para conhecer, assista ao documentário a seguir.
A S S I S T I R
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conclusão
Conclusão
Foi possível observar pelo conteúdo que o projeto cenográ�co executivo se dá
por meio de diversas técnicas que, juntas, formam um arsenal importante de
representações grá�cas bidimensionais e tridimensionais. Cada técnica citada
possui certa aplicabilidade e será utilizada conforme as características e as
necessidades de cada projeto. O desenho livre foi e é um grande aliado em
projetos cenográ�cos, principalmente para comunicar ideias e conceitos. O
desenho técnico tem o papel de, através de normas, colocar no papel
números e dados importantes para a construção de um cenário. O desenho
computadorizado vem como uma ótima e vantajosa alternativa na concepção
de projetos, inclusive de maneira tridimensional. A maquete, elemento
historicamente muito utilizado, tem a função de ilustrar projeções, conceitos e
possibilidades. Por �m, tais conhecimentos permitem que você reconheça
elementos cênicos, bem como domine sua aplicação de acordo com o projeto
cenográ�co em elaboração.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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