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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - MARCO WESLEY

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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Prof. Marcos Wesley www.facebook.com/impactoconcursos 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
1. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
Conceito Formal: 
Segundo o Conselho Federal de Medicina, em sua Resolução CFM n° 1451, de 10/03/1995, temos: 
Urgência: ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo 
portador necessita de assistência médica imediata. 
Emergência: constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente 
de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. 
Conceitua-se ainda: 
Emergências: são situações que apresentem alteração do estado de saúde, com risco iminente de 
vida. O tempo para resolução é extremamente curto, normalmente quantificado em minutos. Tais 
como: perda de consciência sem recuperação, dificuldade respiratória de forma aguda 
acompanhada de arroxeamento, chiado, dor intensa súbita no peito acompanhada de suor frio, falta 
de ar e vômitos; dificuldade de movimentação ou de fala repentina; grande hemorragia; quadro 
alérgico grave com placas vermelhas, tosse, falta de ar e inchaço; movimentos descoordenados em 
todo o corpo ou parte dele acompanhado de desvio dos olhos, repuxo da boca com salivação 
excessiva; aumento súbito da pressão arterial, acompanhado de dores de cabeça de forte 
intensidade. Acidentes domésticos graves com fraturas e impossibilidade de locomoção do enfermo, 
queda de grandes alturas, choque elétrico, afogamentos e intoxicações graves. 
Urgências: são situações que apresentem alteração do estado de saúde, porém sem risco iminente 
de vida, que por sua gravidade, desconforto ou dor, requerem atendimento médico com a maior 
brevidade possível. O tempo para resolução pode variar de algumas horas até um máximo de 24 
horas. Tais como: dores de cabeça súbitas de forte intensidade, não habituais e que não cedem aos 
medicamentos rotineiros; dor lombar súbita muito intensa acompanhada de náuseas, vômitos e 
alterações urinárias; febre elevada em crianças de causa não esclarecida e rebelde a antitérmicos. 
 
2. ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRISMO 
 
OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO 
 
ART. 135 – Deixar de prestar assistência quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança 
abandonada e extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; 
ou não pedir, nesses casos o socorro da autoridade pública: 
Pena – detenção de um a seis meses, ou multa 
Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza 
grave, e triplicada, se resulta a morte. 
 
OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO A RESOLUÇÃO 311/2007 (CÓDIGO DE ÉTICA DOS 
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM) 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência, epidemia e 
catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais. 
PROIBIÇÕES 
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Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou 
emergência. 
Art.129 - A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao 
que está estabelecido nos artigos: 9º, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste Código. 
 
3. APH - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
 
• Atendimento Pré-Hospitalar é o conjunto de procedimentos técnicos realizados no local da 
emergência e durante o transporte da vítima. 
• O objetivo é manter a vítima com vida e em situação mais próxima possível da normalidade até sua 
chegada a unidade hospitalar. Alguns exemplos são as ações ligadas ao socorro: controlar 
hemorragia, manter livres as vias aéreas, imobilizar fratura etc. 
O atendimento pré-hospitalar compreende três etapas: 
• Atendimento na cena do acidente; 
• Transporte rápido e com segurança até o hospital; 
• Chegada no hospital. 
Uma assistência adequada e qualificada é fundamental para o paciente chegue ao hospital com vida. 
Estatísticas norte americanas mostram que metade dos acidentes e de números de óbitos registrados 
poderiam ser evitados se tivesse um atendimento adequado 
RESGATE 
• Resgate é o grupo de providências técnicas para a retirada de vítimas de locais de onde não 
conseguem sair por si e sem risco. 
• O objetivo é resgatar a vítima com as melhores condições possíveis para o APH. 
Exemplos: vítima libertada das ferragens de um carro, de um edifício em chamas, de um poço etc.. 
SOCORRO BÁSICO - são os procedimentos não invasivos. 
SOCORRO AVANÇADO- são os procedimentos invasivos. 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE NO AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR (APH) 
 
Atualmente, a maioria dos programas de capacitação em primeiros socorros ou atendimento pré-
hospitalar estão passando a abordar o processo de avaliação geral do paciente em, pelo menos, 
cinco fases: 
 
• Dimensionamento (avaliação) da cena; 
• Avaliação inicial do paciente; 
• Avaliação dirigida (para trauma ou para problemas médicos); 
• Avaliação física detalhada; e 
• Avaliação continuada. 
 
I) O DIMENSIONAMENTO DA CENA 
 
1) A verificação das condições de segurança: 
- Segurança pessoal; 
- Segurança do paciente; 
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- Segurança de terceiros (familiares, acompanhantes, testemunhas e curiosos); 
2) A adoção de medidas de proteção pessoal (precauções universais); 
3) A observação dos mecanismos de trauma ou a natureza da doença; 
4) A verificação do número total de vítimas; e 
5) A determinação da necessidade de recursos adicionais. 
 
De forma geral, são fontes rápidas de informação no local da emergência: 
A cena por si só; 
O paciente (se estiver consciente e em condições de responder); 
Familiares, testemunhas ou curiosos; 
Os mecanismos do trauma; 
A posição do paciente, qualquer deformidade maior ou lesão óbvia; 
Qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência médica. 
 
II) A AVALIAÇÃO INICIAL 
 
Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida, por ordem de importância são: 
 
1. Vias aéreas = Estão abertas/permeáveis? Existe comprometimento da coluna cervical? 
2. Respiração = A respiração está adequada? 
3. Circulação = Existe pulso palpável? Existe algum sangramento grave? Existe sinais indicativos de 
choque? 
O socorrista deverá posicionar-se ao lado da vítima e executar a avaliação rapidamente, geralmente 
em um prazo inferior a 45 segundos. A avaliação inicial deve ser executada na seguinte seqüência: 
1. Forme uma impressão geral do paciente; 
2. Avalie o nível de consciência; 
3. Avalie a permeabilidade das vias aéreas/coluna cervical; 
4. Avalie a respiração; 
5. Avalie a circulação (presença de pulso carotídeo palpável e hemorragias graves); 
6. Decida a prioridade para o transporte do paciente. 
Já no caso dos pacientes potencialmente instáveis ou estáveis, o socorrista deverá continuar a 
avaliação ainda na cena da emergência e transportar o paciente somente após sua estabilização. 
Recomendamos também que o socorro pré-hospitalar seja realizado num prazo máximo de 10 (dez) 
minutos, para garantir o atendimento integral do paciente dentro da chamada hora de ouro do 
trauma (60 minutos). 
Escala CIPE 
Crítico: Paciente em parada respiratória ou parada cardiorrespiratória. 
Instável: Paciente inconsciente, em choque e/ou dificuldade respiratória severa, lesão grave de 
cabeça ou tórax. 
Potencialmente instável: Paciente vítima de mecanismo agressor importante, em choque, com lesão 
isolada importante ou lesão de extremidade com prejuízo circulatório. 
Estável: Paciente portador de lesões menores, sem problemas respiratórios e com sinais vitais 
normais. 
O propósito da avaliação inicial consiste na identificação e na correção imediata das falhas 
nos sistemas respiratório e/ou cardiovascular, que representem risco iminente de vida do paciente. 
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III)A AVALIAÇÃO DIRIGIDA 
 
A avaliação dirigida é realizada logo após o término da avaliação inicial e é dividida em três 
etapas distintas, são elas: 
1. Entrevista (paciente, familiares ou testemunhas); 
2. Aferição dos sinais vitais; e 
3. Exame físico (limitado a uma lesão ou problema ou completo da cabeça aos pés). 
Entrevista: Etapa da avaliação onde o socorrista conversa com o paciente buscando obter 
informações dele próprio, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de lesão ou enfermidade 
existente e outros dados relevantes. 
Sinais Vitais: Etapa da avaliação onde o socorrista realiza a aferição da respiração, pulso, pressão 
arterial e temperatura do paciente. 
Exame físico: O exame físico poderá ser limitado a uma lesão ou realizado de forma completa (da 
cabeça aos pés). Nesta etapa da avaliação, o socorrista realiza uma apalpação e uma inspeção visual, 
de forma ordenada e sistemática, buscando localizar no paciente, indicações de lesões ou problemas 
médicos. 
Atenção! Fique sempre muito atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a 
natureza da emergência pode não estar claramente definida. 
 Por exemplo, um paciente pode vir a perder a consciência devido a uma emergência médica e sofrer 
uma queda, sofrendo posteriormente um trauma. 
Se o paciente for incapaz de responder ou estiver inconsciente, o socorrista deverá buscar as 
informações sobre o que aconteceu entrevistando as pessoas presentes no local da emergência. 
Tente conduzir seus questionamentos de forma ordenada, pois na maioria das vezes você dispõe de 
um tempo curto para obter essas informações. 
Pergunte: 
1) O nome da vítima; 
2) O que aconteceu?; 
3) Se a vítima queixou-se de algo antes de perder a consciência; 
4) Se a vítima tem alguma doença ou problema de saúde; 
5) Se alguém sabe se a vítima toma algum remédio ou é alérgica. 
Se o paciente estiver consciente e em condições de respondê-lo, questione-o utilizando as seguintes 
perguntas chaves: 
1) Nome e idade (se é menor, procure contatar com seus pais ou um adulto conhecido) 
2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da lesão ou doença) 
3) A quanto tempo isso aconteceu? 
4) Você tem algum problema de saúde? 
5) Você tem tomado algum remédio? 
6) Você ingeriu algum alimento ou bebida? 
7) Você é alérgico a alguma coisa? 
Mais recentemente, os programas de treinamento em primeiros socorros estão adotando um 
modelo de entrevista simplificada, através de um processo denominado SAMPLE. Cada letra da 
palavra representa uma pergunta que deverá ser feita ao paciente, ou seja: 
Sinais e sintomas (O que está errado?); 
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Alergias (Você é alérgico a algum tipo de substância ou alimento?); 
Medicações (Você toma algum tipo de remédio?); 
Passado médico (Você está realizando algum tratamento médico?); 
Líquidos e alimentos (Você ingeriu alguma coisa recentemente?); 
Eventos relacionados com o trauma ou doença (O que aconteceu?). 
Na avaliação dirigida permite que o socorrista realize o exame físico do segmento corporal levando 
em conta o que o paciente refere (o mais atingido ou de maior queixa). 
Certos cuidados podem ser ministrados conforme os 
problemas são identificados. Assim o exame físico completo da cabeça aos pés pode não ser 
necessário. 
 
IV) A AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA 
 
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o socorrista deverá: 
 
1) Verificar a região posterior e anterior do pescoço (região cervical), procurando identificar 
deformidades ou pontos dolorosos. Se você perceber qualquer indício de trauma, pare o exame e 
imobilize a cabeça e o pescoço aplicando um colar cervical de tamanho apropriado; 
2) Verifique a cabeça (couro cabeludo), procurando identificar deformidades, ferimentos, contusões, 
edemas ou hemorragias; 
3) Verifique a testa e a face do paciente procurando identificar deformidades, ferimentos, 
descolorações ou qualquer sinal indicativo de trauma de crânio. 
- Inspecione os olhos e pálpebras. 
- Verifique o diâmetro, a simetria e a reação a luz das pupilas. Identifique a presença de sangue no 
nariz e orelhas. 
- Examine a boca do paciente, observando sinais de obstrução das vias aéreas, presença de sangue e 
alterações no hálito; 
4) Inspecione ombros apalpando a clavícula e a escápula do paciente, bilateralmente, procure por 
deformidades, ferimentos, hemorragias ou edemas; 
5) Inspecione e apalpe as regiões anterior e lateral do tórax do paciente. Avalie os movimentos 
respiratórios, deformidades, fraturas, áreas de contusão ou edemas; 
6) Inspecione e apalpe os quatro quadrantes abdominais. Procure identificar dor, presença de 
rigidez, contusões, ferimentos, hemorragias, eviscerações. Verifique a sensibilidade e o 
tônus/rigidez em cada um dos quadrantes separadamente; 
7) Inspecione e apalpe as regiões anterior, lateral e posterior da pelve. Pesquise instabilidade, dor, 
ferimentos ou hemorragias. Procure identificar lesões na região genital e priapismo nos homens; 
8) Inspecione e apalpe as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquise por ferimentos, 
deformidades, hemorragias ou edemas. Cheque o pulso, a capacidade de movimentação, a perfusão 
e a sensibilidade; 
9) Inspecione e apalpe as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquise por ferimentos, 
deformidades, hemorragias ou edemas. Cheque o pulso, a capacidade de movimentação, a perfusão 
e a sensibilidade; 
10) Realize o rolamento em bloco e inspecione a região dorsal. Apalpe e pesquise visualmente as 
costas, coluna vertebral e as nádegas. Procure deformidades, áreas de contusão, ferimentos e 
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hemorragias. Role o paciente sobre uma maca rígida e imobilize-o para em seguida, iniciar seu 
transporte. 
V) A AVALIAÇÃO CONTINUADA 
 
A avaliação ou assistência continuada é usualmente utilizada pelas equipes de socorro pré-
hospitalar durante o transporte do paciente até a unidade hospitalar mais adequada ao seu 
tratamento definitivo. Após o término da avaliação física detalhada, o socorrista deverá verificar 
periodicamente os sinais vitais e manter uma constante observação do aspecto geral do paciente. 
 
4. Noções de Regulação Médica em Situações de Atenção a Múltiplas Vítimas 
 
Conceitos: 
DESASTRE OU CATÁSTROFE - Situação na qual os meios de atendimento de urgência disponíveis não 
são suficientes para fazer frente à situação de emergência, havendo necessidade de ajuda externa. 
ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - São aquelas situações em que há desequilíbrio entre os 
recursos disponíveis e as necessidades, porém com os recursos locais consegue-se manter um padrão 
mínimo de atendimento adequado. 
Em ambos os casos, a concepção moderna de atendimento prioriza a ação pré-hospitalar, envolvendo 
procedimentos na área do sinistro e durante o transporte para o tratamento definitivo. 
 
Principais Causas de Acidentes de Massa 
ACIDENTES NATURAIS - enchentes, terremotos, vulcões, furacões, incêndios, etc. 
MODERNOS MEIOS DE TRANSPORTE - acidentes rodoviários, ferroviários, aeronáuticos, etc. 
AGRESSIVIDADE E AGLOMERAÇÕES - shows, estádios, passeatas, etc. 
CIRCULAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS TÓXICOS 
GUERRAS E ATENTADOS TERRORISTAS 
ACIDENTES TECNOLÓGICOS - fábricas, indústrias, reatores nucleares, etc. 
 
Existe três ações distintas, mas complementares, e, sobretudo hierarquizadas, no local do atendimento: 
SALVAMENTO OU RESGATE - compreende as ações técnicas necessárias para a retirada de uma ou 
várias pessoas de um meio ou local que ofereça risco de vida (exemplo: salvamento de um incêndio, 
desmoronamento, afogamento, etc.). 
SOCORRO - compreende as ações bastante específicasdos gestos básicos de vida, as quais devem ser 
efetuadas imediatamente na vítima, para garantir sua vida (desobstrução e liberação de vias aéreas, 
controle de hemorragias, etc.). 
CUIDADO MÉDICO DE URGÊNCIA OU ATENDIMENTO MÉDICO DE URGÊNCIA - compreende as técnicas 
realizadas por médicos, ou profissionais por eles designados, para assegurar o tratamento de uma 
vítima. 
 
Princípios Gerais do Plano de Atendimento de Emergências 
 
Para alcançar uma eficiência satisfatória no atendimento das vítimas, torna-se necessária a obediência a 
princípios gerais de ação no acidente de massa (PLANO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAS). 
A) PLANEJAMENTO 
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O plano de Emergência deve obedecer a um comando centralizado que distribui e esclarece as funções 
de cada elemento da equipe, de acordo com a capacidade de cada um. O planejamento estabelece as 
ações e organiza a utilização dos recursos disponíveis, além de prever a solicitação de ajuda externa, se 
for o caso. 
B) COMANDO 
O coordenador do atendimento deve estar em posição de destaque em relação aos demais socorristas. 
Os componentes das equipes devem estar identificados uniformemente, com coletes, bonés, etc... 
C) COMUNICAÇÃO 
Não há comando sem comunicação. Portanto, as alternativas de comunicação devem ser as mais 
variadas possíveis, dispondo de rádios, telefones celulares, apitos, sirenes, bandeiras, faixas, painéis, 
lanternas, etc... O comando das operações deve dispor de números de telefones dos órgãos de socorro, 
segurança, transporte e imprensa, bem como as freqüências de rádio desses órgãos. 
D) SEGURANÇA 
A segurança é fundamental para o sucesso do atendimento de urgência nos grandes acidentes. Os 
cordões de isolamento e barreiras policiais tornam-se necessárias para facilitar o trabalho dos 
socorristas e garantir a liberação das rotas de evacuação, evitando as interferências externas ao serviço. 
A área isolada deve ser grande o suficiente para estabelecer a setorização dos locais de atuação das 
equipes, garantindo um desempenho melhor e mais seguro. A setorização compreende 03 zonas 
concêntricas: vermelha, laranja e verde. 
A ZONA VERMELHA (OU QUENTE) compreende a área do sinistro propriamente dito, onde está 
contido a totalidade dos destroços. Deve ter um controle rigoroso e seu acesso é limitado apenas às 
equipes de resgate e atendimento de urgência. O Posto Médico Avançado será instalado dentro desta 
zona, em local que não ofereça risco. 
A ZONA LARANJA (OU MORNA) compreende a área onde será instalado o Posto de Comando, as 
viaturas para transporte das vítimas e de materiais, os alojamentos de vítimas sem lesões, o depósito 
mortuário, etc... Seu acesso é limitado apenas aos profissionais que irão atuar nessas áreas. 
A ZONA VERDE (OU FRIA) compreende a área de livre circulação, mas com cuidado especial para que o 
trânsito pelas ruas e estradas de acesso estejam liberadas, garantindo a chegada até os hospitais e 
outros serviços médicos. 
E) TRIAGEM 
A triagem e estabilização das vítimas no local do acidente tem se mostrado muito mais eficiente do que 
“pôr na maca e correr”. A triagem aumenta a percentagem de sobreviventes e evita o desperdício de 
transporte e hospitalização desnecessária, permitindo uma racionalização dos meios e distribuindo 
adequadamente os feridos para os hospitais certos. A triagem deve priorizar a análise primária, 
enquanto a estabilização deve cuidar da análise secundária e preparo para o transporte ao serviço de 
saúde mais adequado. Existe inúmeros métodos de realizar a triagem das vítimas no local do acidente. 
No Brasil o método que tem sido mais divulgado e utilizado é o “START” (Simple Triage And Rapid 
Treatment) , utilizando cores para designar a gravidade, baseando-se na análise primária da vítima 
(ABC): 
VERMELHO - 1ª- prioridade ou prioridade absoluta 
Compreende os pacientes críticos, com risco de vida iminente, que necessitam de cuidados imediatos 
para sua estabilização e posterior transporte. Tem prioridade no transporte, o qual deve ser efetuado 
em UTIs móveis. 
AMARELO - 2ª prioridade ou prioridade relativa 
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Compreende os pacientes graves, também com risco de vida, mas que dispõem de algumas horas para 
receber atendimento . Devem ser transportadas após as vermelhas. 
VERDE - 3ª prioridade ou prioridade baixa 
Compreende os pacientes ilesos, os pacientes com traumas simples, sem risco de vida ou de função de 
membros, que podem aguardar várias horas para serem atendidos. Serão transportadas depois das 
amarelas. 
PRETO - 4ª prioridade ou prioridade nula 
Compreende os pacientes em morte clínica ou evidente e os extremamente graves, com probabilidade 
mínima de sobrevivência. 
A categorização é relativa, pois deve levar em conta o número de profissionais disponíveis para o 
atendimento. 
PASSOS A SEGUIR NA APLICAÇÃO DO MÉTODO START 
 
PRIMEIRO PASSO - O socorrista entra na cena da emergência, identifica e conduz (poderá ser utilizado 
um megafone para isso) as vítimas que podem caminhar para uma área de concentração previamente 
delimitada. Estas vítimas receberão uma identificação verde, entretanto, esse não é o momento de 
rotulá-las com etiquetas ou fitas, sendo que tal providência será realizada posteriormente e de forma 
individual. 
SEGUNDO PASSO - Os socorristas iniciam a avaliação das vítimas que permaneceram na cena de 
emergência e que não apresentam condições de caminhar. Deverá ser avaliada a respiração. A 
respiração está normal, rápida ou ausente ? Se está ausente, abra imediatamente as VAS, com a técnica 
de “elevação do mento” para determinar se as respirações iniciam-se espontaneamente. Se a vítima 
continua sem respirar, identifique-a com a etiqueta/fita de cor preta (Não perca tempo tentando 
reanimar a vítima). Se a vítima está inconsciente e necessita ajuda para manter as VAS abertas 
providencie auxílio de voluntários que estejam na cena da emergência ( vítimas código verde podem 
auxiliar ). Toda vítima inconsciente, em princípio, será classificada no final como código vermelho, por 
não responder à ordens simples. Avalie a freqüência respiratória de vítimas conscientes e caso sua 
freqüência respiratória seja superior a 30 MRM, receberá uma etiqueta/fita de cor vermelha (nesses 
casos, tente conseguir voluntários para manter abertas suas VAS). Caso a respiração esteja normal 
(menor de 30 MRM), vá ao passo seguinte. 
TERCEIRO PASSO - Verifique a perfusão através da prova do enchimento capilar ou através da palpação 
do pulso radial. Se o enchimento capilar é superior a 2 segundos ou se o pulso radial está ausente, a 
vítima deverá receber a etiqueta/fita de cor vermelha. Se o enchimento capilar é inferior a 2 segundos 
ou se o pulso radial está presente, vá ao passo seguinte. Qualquer hemorragia grave que ameace a vida 
deverá ser detido nesse momento. Posicione a vítima com as pernas elevadas, salvo contra-indicações, 
para prevenir o choque (novamente tente conseguir voluntários para fazer pressão direta sobre o 
sangramento e prevenir choque). 
QUARTO PASSO - Verifique o nível de consciência da vítima. Se a vítima não consegue executar ordens 
simples emanadas pelo socorrista, deverá receber a etiqueta/fita de cor vermelha. Se a vítima executa 
corretamente as ordens simples recebidas, receberá a etiqueta/fita de cor amarela 
 
 
 
 
 
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5. A sistematização das técnicas de Ressuscitação Cardiopulmonar 
 
A sistematização das técnicas de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e sua difusão possibilitam o 
salvamento de muitas vidas ameaçadas por Parada Cardiorrespiratória (PCR) e melhoram a qualidade 
de vida de pessoas que sofremde emergências cardiovasculares. 
A rapidez na identificação de situações de emergência, a solicitação por ajuda e a chegada de um suporte 
de atendimento adequado são elementos fundamentais para o sucesso da RCP e, consequentemente, o 
aumento da sobrevida dessas vítimas. 
O índice de sobrevida de pessoas em RCP eleva-se acentuadamente quando o suporte básico de vida 
(SBV) é iniciado nos primeiros quatro minutos e o suporte avançado de vida (SAV) até oito minutos, 
pois em quatro minutos o cérebro começa a sofrer danos e em 10 a morte cerebral está confirmada. 
A American Heart Association (AHA) adotou uma padronização de condutas sistematizadas em 
ressuscitação, onde o sucesso das intervenções depende de esforços interligados entre si, que é 
chamado de "Corrente de Sobrevivência", que é composta de quatro elos: 
 
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� Acesso precoce - a pessoa que reconhece uma emergência deve imediatamente solicitar por 
ajuda e atendê-la prontamente; 
� RCP precoce - manobras de ressucitação como abertura de vias aéreas, ventilação e circulação 
sangüínea devem ocorrer tão breve quanto possível; 
� Desfibrilação precoce - identifica e trata o ritmo de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia 
ventricular (TV) sem pulso. Considerada pela AHA a intervenção isolada mais importante, está 
comprovado que 90% das vítimas que ressuscitaram de uma PCR apresentaram FV e; 
� SAV precoce - controle avançado da via aérea e medicações apropriadas ao ritmo devem ser 
aplicadas tão logo possível. 
Se um desses elos for inadequado, os índices de sobrevivência serão baixos. 
Algumas pesquisas mostraram que 30 a 40% de todas as mortes súbitas por PCR ocorrem no ambiente 
hospitalar e, comumente, são detectadas inicialmente por profissionais de enfermagem. 
Esta realidade evidência a importância da equipe de enfermagem estar preparada técnica e 
cientificamente para uma rápida atuação no atendimento da PCR. 
Segundo Guidelines de 2010 da American Heart Association (AHA), houve o aumento do quinto elo 
na nova Cadeia de Sobrevivência do Adulto: 
1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço de emergência/urgência 
2. RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas 
3. Rápida desfibrilação 
4. Suporte avançado de vida eficaz 
5. Cuidados pós-PCR integrados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.1 MUDANÇAS DE PROTOCOLO DE 2005 E DE 2010 
Resumo das Manobras ABCD BLS para Lactentes, Crianças e Adultos 
Mudanças contidas no Manual de Atendimento da American Heart Association (AHA) de 2005 para 
Ressuscitação Cardio-Pulmonar (RCP) e Serviços Emergenciais Cardiovasculares(SEC). 
 
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Quadro de resumo dos principais pontos de discussão e alterações contidas no Manual de 
Atendimento da American Heart Association (AHA) de 2010 
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Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
5.2 Resumo dos principais pontos de discussão e alterações contidas no Manual de Atendimento 
da American Heart Association (AHA) de 2010 
Os principais pontos de discussão e alterações nas recomendações das Diretrizes da AHA 2010 para RCP 
e ACE para profissionais de saúde são os seguintes: 
• Como as vítimas de PCR podem apresentar um curto período de atividade semelhante à convulsão ou 
gasp agônico, que podem confundir os possíveis socorristas, os atendentes/operadores devem ser 
especificamente treinados para identificar tais manifestações de PCR para melhorar o reconhecimento 
da PCR. 
• Os atendentes/operadores devem instruir socorristas leigos não treinados a aplicar a RCP somente 
com as mãos em adultos com PCR súbita. 
• Foram feitos refinamentos nas recomendações para o reconhecimento e o acionamento imediatos do 
serviço de emergência/urgência tão logo o profissional de saúde identifique que a vítima adulta não 
responde, está sem respiração ou apresenta respiração anormal (isto é, apenas gasping). O profissional 
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de saúde deve verificar rapidamente se não há respiração ou se a mesma é anormal (isto é não 
respirando ou apenas com gasping) ao verificar a capacidade de resposta da vítima. Em seguida, o 
profissional deve acionar o serviço de emergência/urgência e buscar o DEA/DAE (ou encarregar alguém 
disso). O profissional de saúde não deve levar mais do que 10 segundos verificando o pulso e, caso não 
sinta o pulso em 10 segundos, deve iniciar a RCP e usar o DEA/DAE, se disponível. 
• O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração" foi removido do algoritmo. 
• Minimizando interrupções nas compressões e evitando. Tem-se dado maior ênfase em RCP de alta 
qualidade (com freqüência e profundidade de compressão torácicas adequadas, permitindo retorno 
total do tórax entre as compressões, ventilação excessiva). 
• O uso de pressão cricóide durante as ventilações, em geral, não é recomendado. 
• Os socorristas devem iniciar as compressões torácicas antes de aplicar ventilações de resgate (C-A-B, 
em vez de A-B-C). Iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, diminui a demora em 
aplicar a primeira compressão. 
• A freqüência de compressão foi modificada para um mínimo de 100 por minuto, em vez de 
aproximadamente 100/minuto. 
• A profundidade da compressão em adultos foi ligeiramente alterada para, no mínimo, 2 polegadas 
(cerca de 5 cm), em lugar da faixa antes recomendada de cerca de 1½ a 2 polegadas (4 a 5 cm). 
• Tem-se dado ênfase permanente na necessidade de reduzir o tempo entre a última compressão e a 
administração do choque e o tempo entre a administração do choque e o reinício imediato das 
compressões. 
• Há um maior foco na aplicação de RCP em equipe. Estas alterações foram concebidas para simplificar o 
treinamento do profissional de saúde e continuar enfatizando a necessidade de aplicar a RCP de alta 
qualidade, o quanto antes, em vítimas de PCR. 
• Integração dos DEAs/DAEs à Cadeia de Sobrevivência com acesso público à desfibrilação 
• Consideração do uso de DEA em hospitais 
• Os DEAs/DAEs, agora, podem ser usados em bebês, se não houver um desfibrilador manual disponível 
• Choque primeiro versus RCP primeiro em PCR 
• Protocolo de 1 choque versus seqüência de 3 choques em FV 
• Desfibrilação externa com desfibrilador cardioversor implantado 
Dispositivos de RCP 
Vários dispositivos mecânicos de RCP estiveram no centro de ensaios clínicos recentes. O inicio do 
tratamento com esses dispositivos (isto e, sua aplicação e seu posicionamento) tem o potencial de 
retardar ou interromper a RCP da vitima de PCR e, portanto, os socorristas devem ser treinados e, se 
necessário, treinados novamente para minimizar qualquer interrupção das compressões torácicas ou 
da desfibrilação. O uso do dispositivo de limiar de impedância (DLI) melhorou o RCE e a sobrevivência 
no curto prazo quando usado em adultos com PCR extra-hospitalar, mas não melhorou a sobrevivência 
no longo prazo de pacientes com PCR. Um ensaio aleatório, prospectivo e multicêntrico controlado 
comparando a RCP com faixa de distribuição de carga (AutoPulseR) com a RCP manual em PCR extra-
hospitalar demonstrou não ter havido melhoria na sobrevivência em 4 horas e um pior resultado 
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neurológico quando o dispositivo foi usado. São necessários mais estudos para determinar se os fatores 
específicos ao local e a experiênciacom o uso do dispositivo podem influenciar sua eficácia. Não ha 
evidências suficientes que respaldem o uso rotineiro deste dispositivo. 
Quadro comparativo entre as mudanças contidas no Manual de Atendimento da American Heart 
Association (AHA) 
ATUAL ANTERIOR 
Pressão cricóide 
2010 (Nova): O uso rotineiro de pressão cricóide em PCR não é 
recomendado. 
Motivo: A pressão cricóide é uma técnica para aplicar pressão à cartilagem 
cricóide da vítima, de forma a empurrar a traqueia posteriormente e 
comprimir o esôfago contra as vértebras cervicais. A pressão cricóide pode 
impedir a distensão gástrica e reduzir o risco de regurgitação e aspiração 
durante a ventilação com bolsa-válvula-máscara/insuflador manual, mas 
também pode impedir a ventilação. Sete estudos aleatórios mostraram que 
a pressão cricóide pode retardar ou impedir a colocação de uma via aérea 
avançada e que, a despeito da aplicação de pressão cricóide, pode ocorrer, 
ainda assim, um pouco de aspiração. Além disso, é difícil treinar os 
socorristas de forma apropriada no uso da manobra. Por isso, o uso 
rotineiro de pressão cricóide em PCR não é recomendado. 
2005 (Antiga): A pressão 
cricóide deverá ser usada 
apenas se a vítima estiver 
profundamente 
inconsciente e, em geral, 
requer um terceiro 
socorrista, não envolvido 
em ventilações de resgate 
ou compressões. 
 
Ênfase nas compressões torácicas* 
2010 (Nova): As compressões torácicas são enfatizadas para os 
socorristas, sejam eles treinados ou não. Se a pessoa presente não tiver 
treinamento em RCP, ela deverá aplicar a RCP somente com as mãos 
(somente compressões) na vítima adulta com colapso repentino, com 
ênfase em "comprimir com força e rapidez" no centro do tórax, ou seguir as 
instruções do atendente/operador de emergência/urgência médica. 
O socorrista deve continuar a RCP somente com as mãos até a chegada e 
preparação de um DEA/DAE para uso ou até que os profissionais do SME 
assumam o cuidado da vítima. 
O ideal é que todos os profissionais de saúde sejam treinados em SBV. 
Nessa população treinada, faz sentido que o SME e os socorristas 
profissionais nos hospitais apliquem compressões torácicas e ventilações 
de resgate em vítimas de PCR. 
Motivo: A RCP somente com as mãos (somente compressões) é mais fácil 
de ser executada por um socorrista não treinado e pode ser prontamente 
orientada por telefone pelos atendentes/operadores. Porém, como o 
profissional de saúde deve estar treinado, a recomendação continua sendo 
a de aplicar compressões e ventilações. Se o profissional de saúde não 
puder aplicar ventilações, deverá acionar o serviço de 
2005 (Antiga): As 
Diretrizes da AHA 2005 
para RCP e ACE não 
forneciam recomendações 
distintas para socorristas 
treinados e não treinados, 
nem enfatizavam 
diferenças nas instruções 
fornecidas a socorristas 
leigos ou a profissionais 
de saúde, mas 
recomendavam que os 
atendentes/operadores 
fornecessem instruções 
para RCP somente com 
compressões para pessoas 
presentes não treinadas. 
Além disso, as Diretrizes 
da AHA 2005 para RCP e 
ACE observavam que, se o 
socorrista não estivesse 
disposto a aplicar 
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emergência/urgência e aplicar compressões torácicas. ventilações, ou preparado 
para tal, ele deveria 
aplicar somente 
compressões torácicas. 
Note que o parecer "RCP 
somente com as mãos" da 
AHA foi publicado em 
2008. 
Acionamento do serviço de emergência/urgência 
2010 (Nova): O profissional de saúde deve verificar se o paciente responde 
observando-o para determinar se a respiração está anormal ou ausente. O 
profissional deverá suspeitar de PCR se a vítima não estiver respirando ou 
estiver com gasping. 
Motivo: O profissional de saúde não deve retardar o acionamento do 
serviço de emergência/urgência, porem deve obter duas informações 
simultaneamente: verificar se a vitima responde e se esta sem respiração 
ou com respiração anormal. 
Se a vitima não estiver respondendo e não estiver respirando ou 
apresentar respiração anormal (isto e, apenas gasp agônico), o profissional 
devera acionar o serviço de emergência/urgência e buscar o DEA/DAE, se 
disponível (ou encarregar alguém disso). 
Se o profissional de saúde não sentir pulso na vitima em 10 segundos, 
devera iniciar a RCP e usar o DEA/DAE, quando estiver disponível. 
2005 (Antiga): O 
profissional de saúde 
acionava o serviço de\ 
emergência/urgência tão 
logo encontrasse uma 
vitima que não 
apresentasse resposta. Em 
seguida, voltava a vitima, 
abria a via aérea e 
verificava a respiração 
quanto a anormalidades. 
 
Alteração na seqüência da RCP: C-A-B, em vez de A-B-C* 
2010 (Nova): Uma das alterações feitas nas Diretrizes da AHA 2010 para 
RCP e ACE recomenda o inicio das compressões toracicasantes das 
ventilações. 
Motivo: Embora nenhuma evidência em humanos ou animais publicada 
demonstre que iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, 
leve a um melhor resultado, as compressões torácicas fornecem fluxo 
sanguíneo; ademais, estudos de PCR extra-hospitalar em adultos mostram 
que a Sobrevivência e maior quando as pessoas presentes fazem alguma 
tentativa de aplicar a RCP, em vez de simplesmente não tentarem fazê-lo. 
Dados de animais demonstram que atrasos ou interrupções nas 
compressões torácicas reduzem a sobrevivência; logo, tais atrasos ou 
interrupções devem ser minimizados ao longo de toda a ressuscitação. As 
compressões torácicas podem ser iniciadas quase imediatamente, ao passo 
que posicionar a cabeça e obter um selo para a respiração boca a boca ou 
com bolsa-valvula-mascara/insuflador manual sempre demoram certo 
tempo. A demora no inicio das compressões poderá ser reduzida se houver 
dois socorristas presentes: o primeiro inicia as compressões torácicas e o 
2005 (Antiga): A 
seqüência da RCP em 
adultos tinha inicio com a 
abertura da via aérea, 
seguida de verificação 
quanto a presença de 
respiração normal e, em 
seguida, a aplicação de 
duas ventilações de 
resgate, acompanhadas de 
ciclos de 30 compressões 
torácicas e 2 ventilações. 
 
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segundo abre a via aérea e se prepara para aplicar respirações tão logo o 
primeiro complete a primeira serie de 30 compressões torácicas. 
Quer haja um ou mais socorristas presentes, o inicio da RCP com 
compressões torácicas garante que a vitima receba logo essa intervenção 
critica. 
Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e sentir se há respiração”* 
2010 (Nova): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” foi 
removido da seqüência de avaliação da respiração após a abertura da via 
aérea. O profissional de saúde verifica rapidamente a respiração ao 
verificar se o paciente esta respondendo a fim de detectar sinais de PCR. 
Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho devera 
abrir a via aérea da vitima e aplicar duas ventilações. 
Motivo: Com a nova seqüência “compressão torácica primeiro”, a RCP será 
executada se o adulto não estiver respondendo e não estiver respirando ou 
apresentando respiração anormal (isto e, não respirando ou com gasping), 
sendo iniciada pelas compressões (seqüência C-A-B). Logo, a respiração e 
rapidamente verificada como parte da verificação da PCR. Após a primeira 
serie de compressões torácicas, a via aérea e aberta e o socorrista aplica 2 
ventilações. 
2005 (Antiga): O 
procedimento "Ver, ouvir 
e sentir se há respiração” 
era usado para avaliar a 
respiração após a abertura 
da via aérea. 
 
Freqüência de compressão torácica: mínimo de 100 por minuto* 
2010 (Nova): E sensato que os socorristas leigos e profissionais de saúde 
realizem compressões torácicas a uma freqüência mínima de 100 
compressões por minuto. 
Motivo: O numero de compressões torácicas aplicadas por minutodurante 
a RCP e um fator determinante importante do retorno da circulação 
espontânea (RCE) e da sobrevivência com boa função neurológica. O 
numero real de compressões torácicas aplicadas por minuto e 
determinado pela freqüência das compressões torácicas e o numero e a 
duração das interrupções nas compressões (para, por exemplo, abrir a via 
aérea, aplicar ventilações de resgate ou permitir a analise do DEA/DAE). 
Na maioria dos estudos, a aplicação de mais compressões durante a 
ressuscitação esta associada a uma maior sobrevivência, ao passo que a 
aplicação de menos compressões esta associada a uma menor 
sobrevivência. A aplicação de compressões torácicas adequadas exige 
ênfase não somente na freqüência adequada de compressões, mas também 
em minimizar interrupções a este componente critico da RCP. Uma 
freqüência de compressão inadequada ou interrupções freqüentes (ou 
ambas) reduzirão o numero total de compressões aplicadas por minuto. 
2005 (Antiga): Executar 
aproximadamente 100 
compressões por minuto. 
 
Profundidade das compressões torácicas* 
2010 (Nova): O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo, 2 
2005 (Antiga): O esterno 
adulto deve ser 
comprimido de 1. a 2 
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polegadas (5 cm). 
Motivo: As compressões criam fluxo sanguíneo principalmente por 
aumentarem a pressão intratorácica e comprimirem diretamente o 
coração. Compressões geram fornecimento de fluxo sanguíneo, oxigênio e 
energia, críticos para o coração e o cérebro. Pode haver confusão quando 
se recomenda uma faixa de profundidade; por isso, agora, recomenda-se 
uma profundidade de compressão especifica. Os socorristas, muitas vezes, 
não comprimem adequadamente o tórax, apesar das recomendações de 
“comprimir com forca”. Alem disso, a ciência disponível sugere que as 
compressões de, pelo menos, 2 polegadas são mais eficazes do que as de 
1polegada. Por essa razão, as Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE 
recomendam uma profundidade mínima especifica para a compressão 
torácica em adultos, maior do que a recomendação anterior 
polegadas 
(aproximadamente de 4 a 
5 cm). 
 
Uso de DEAs/DAEs em hospitais 
2010 (Reafirmação da recomendação de 2005): Apesar de evidência limitada, os DEAs/DAEs podem 
ser considerados para o ambiente hospitalar como forma de facilitar a desfibrilação precoce (meta de 
administração de choques em ≤ 3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja 
capacitado para reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja freqüente. Os hospitais 
devem monitorar os intervalos entre o colapso e o primeiro choque e os resultados da ressuscitação. 
Reafirmação da recomendação de 2005 
Uso de DEA/DAE em crianças agora inclui bebês 
2010 (Nova): Na tentativa de desfibrilação em crianças de 1 a 8 
anos de idade com um DEA/DAE, o socorrista deve usar um 
sistema atenuador de carga pediátrico, se disponível. Se o 
socorrista aplicar a RCP contra a PCR em uma criança e não houver 
um DEA/DAE com sistema atenuador pediátrico, deve-se usar um 
DEA/DAE padrão. Em bebês (com menos de 1 ano de idade), é 
preferível um desfibrilador manual. Se não houver um 
desfibrilador manual disponível, aconselha-se um DEA/DAE com 
atenuação de carga pediátrica. Se nenhum dos dois estiver 
disponível, use um DEA/DAE sem atenuador de carga. 
Motivo: Não se conhece a carga de energia mínima para que se 
possa realizar uma desfibrilação eficaz em bebês e crianças. O 
limite superior para desfibrilação segura também não é conhecido, 
mas cargas > 4 J/kg (chegando a 9 J/kg) têm apresentado 
desfibrilação eficaz em crianças e modelos animais de PCR 
pediátrica sem efeitos adversos significativos. DEAs/DAEs com 
cargas de energia relativamente alta têm sido usados com êxito em 
bebês com PCR, sem efeitos adversos claros. 
2005 (Antiga): Em crianças de 1 a 
8 anos de idade, o socorrista deve 
usar um sistema atenuador de 
carga pediátrico, se disponível. Se 
o socorrista aplicar a RCP contra a 
PCR em uma criança e não houver 
um DEA/DAE com sistema 
atenuador pediátrico, deve-se usar 
um DEA/DAE padrão. Há dados 
insuficientes para recomendação 
pró ou contra o uso de 
DEAs/DAEs em bebês com menos 
de 1 ano de idade. 
 
 
Protocolo de 1 choque versus seqüência de 3 choques 
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2010 (Sem alterações em relação a 2005): 
Na época da Conferencia do Consenso 2010 da ILCOR (International Liaison Committee on 
Resuscitation) sobre a Ciência da RCP e ACE com Recomendações de Tratamento, dois novos estudos 
publicados, realizados com seres humanos, comparavam o protocolo de 1 choque com o protocolo de 3 
choques consecutivos no tratamento da PCR por FV. A evidência desses dois estudos sugere significativo 
beneficio a Sobrevivência com o protocolo de desfibrilação com 1 choque, em comparação com o 
protocolo de três choques consecutivos. Se um choque não eliminar a FV, o beneficio incremental de 
outro choque e baixo, e o reinicio da RCP provavelmente terá maior valor do que outro choque imediato. 
Este fato, aliado aos dados de estudos em animais - que documentam os efeitos nocivos da interrupção 
das compressões torácicas - e a estudos em humanos - que sugerem beneficio a sobrevivência com o uso 
da abordagem de RCP com 1 choque em comparação com o protocolo de 3 choques -, respalda a 
recomendação de um só choque acompanhado de RCP imediata em vez de choques consecutivos, como 
tentativa de desfibrilação. 
Sem alterações em relação a 2005 
Desfibrilação com desfibrilador cardioversor implantado 
2010 (Nova): As posições anteroposterior e anterolateral são, 
geralmente, aceitas em pacientes com marca-passos/pacemakers e 
desfibriladores implantados. Em pacientes com desfibriladores 
cardioversores ou marca-passos/pacemakers implantados, a 
colocação das pás/pás manuais não deve retardar a desfibrilação. 
Convem evitar colocar as pás ou pás manuais diretamente sobre o 
dispositivo implantado. 
Motivo: O discurso desta recomendação e um pouco mais suave do 
que o discurso usado em 2005. Existe a possibilidade de o marca-
passo/pacemaker ou o desfibrilador cardioversor implantado 
funcionar incorretamente após a desfibrilação quando as pás são 
colocadas muito próximas do dispositivo. Um estudo com 
cardioversão demonstrou que posicionar as pás com pelo menos 8 
cm de distancia do dispositivo não danifica a estimulação, o sensor, 
nem a captura do dispositivo. Os picos dos marca-
passos/pacemakers com estimulação unipolar podem confundir o 
software do DEA/DAE e impedir a detecção de FV (e, por 
conseguinte, a administração do choque). A principal mensagem para 
os socorristas e que a preocupação com o posicionamento preciso 
das pás ou pás manuais em relação a um dispositivo medico 
implantado não deve retardar a tentativa de desfibrilação. 
2005 (Antiga): Quando um 
dispositivo medico implantado 
se situar em uma área onde 
normalmente se colocaria uma 
pa, posicione a pa, no mínimo, a 
1 polegada (2,5 cm) de distancia 
do dispositivo. 
 
Taquicardia ventricular 
2010 (Nova): A taquicardia ventricular monomórfica estável adulta 
responde bem a choques de cardioversão (sincronizada) com forma 
de onda monofásica ou bifásica com energias iniciais de 100 J. Se não 
houver resposta ao primeiro choque, pode ser oportuno aumentar a 
carga de modo paulatino. Não foi encontrado nenhum estudo 
2005 (Antiga): Havia evidência 
insuficiente para recomendar 
uma carga bifásica para a 
cardioversão de TV 
monomórfica. 
As Diretrizes da AHA 2005 para 
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provisório que abordasse esse ritmo e, portanto, as recomendações 
foram feitas por consenso de especialistasdo grupo de autores. 
A cardioversão sincronizada não deve ser usada para o tratamento 
de FV, por ser improvável que o dispositivo perceba uma onda de 
QRS e, com isso, acabe não administrando o choque. A cardioversão 
sincronizada também não deve ser usada para TV sem pulso ou 
polimórfica (TV irregular). Tais ritmos exigem a administração de 
choques (isto e, cargas de desfibrilação) de alta energia não 
sincronizados 
Motivo: O grupo de autores concordou que seria útil acrescentar uma 
recomendação de carga bifásica as Diretrizes da AHA 2010 para RCP e 
ACE no tocante a cardioversão de TV monomórfica, mas queria 
enfatizar a necessidade de tratar a TV polimórfica como instável e 
como um ritmo de PCR 
RCP e ACE recomendavam o uso 
de um choque não sincronizado 
para o tratamento do paciente 
instável com TV polimórfica. 
 
Soco Precordial 
2010 (Nova): O soco precordial não deve ser usado em PCR extra-
hospitalar não presenciada. O soco precordial poderá ser 
considerado para pacientes com TV instável (inclusive TV sem pulso) 
presenciada e monitorizada se não houver um desfibrilador 
imediatamente pronto para uso. No entanto, ele não devera retardar 
a RCP nem a aplicação dos choques. 
Motivo: Em alguns estudos, ha relatos de conversão de 
taquiarritmias ventriculares pelo soco precordial. No entanto, duas 
series de casos maiores demonstraram que o soco precordial não 
resultou em RCE nos casos de FV. O relato de complicações 
associadas ao soco precordial inclui fratura do esterno, osteomielite, 
AVE/AVC e desencadeamento de arritmias malignas em adultos e 
crianças. O soco precordial não deve retardar o inicio da RCP ou da 
desfibrilação. 
2005 (Antiga): Não havia 
recomendações anteriormente. 
 
Novos protocolos de medicação 
2010 (Nova): A atropina não é recomendada para uso de rotina no 
tratamento de AESP/assístole e foi retirada do algoritmo de SAVC 
para PCR. O tratamento de AESP/assistole agora está consistente nas 
recomendações e nos algoritmos de SAVC e SAVP (suporte avançado 
de vida em pediatria). 
O algoritmo de tratamento de taquicardia com pulso foi simplificado. 
A adenosina é recomendada no diagnostico e no tratamento iniciais 
da taquicardia de complexo largo monomórfica regular 
indiferenciada (isto também esta consistente nas recomendações de 
SAVC e SAVP). É importante notar que a adenosina não deve ser 
usada para taquicardias de complexo largo irregulares, já que pode 
2005 (Antiga): A atropina foi 
incluída no algoritmo de SAVC 
para a PCR: para pacientes em 
assistole ou AESP lenta, 
considere o uso de atropina. No 
algoritmo de taquicardia, a 
adenosina foi recomendada 
somente para suspeita de 
taquicardia supraventricular de 
complexo estreito regular de 
reentrada. No algoritmo de 
bradicardia, infusões de 
medicamento cronotrópico 
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causar degeneração do ritmo para FV. Para o tratamento de adultos 
com bradicardia sintomática e instável, infusões de medicamento 
cronotrópico são recomendadas como alternativa a estimulação. 
Motivo: Há varias alterações importantes no tocante ao tratamento 
de arritmias sintomáticas em adultos. A evidência disponível sugere 
ser improvável que o uso de rotina de atropina durante AESP ou 
assistole produza benefícios terapêuticos. Por essa razão, a atropina 
foi retirada do algoritmo da PCR. Com base na nova evidência de 
segurança e possível eficácia, a adenosina pode, agora, ser 
considerada na avaliação e no tratamento iniciais da taquicardia de 
complexo largo monomórfica regular estável indiferenciada quando 
o ritmo for regular. Para bradicardia sintomática ou instável, a 
infusão intravenosa (IV) de agentes cronotrópicos e agora 
recomendada como alternativa igualmente eficaz a estimulação 
transcutânea externa quando a atropina for ineficaz. 
foram listadas após a atropina e 
enquanto se aguarda um marca-
passo/pacemaker ou por 
ineficácia da estimulação. 
 
Cuidados organizados pós-PCR 
2010 (Nova): Cuidados organizados pos-PCR e uma nova seção das 
Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE. Para melhorar a 
sobrevivência das vitimas de PCR que dão entrada em um hospital 
após o RCE, um sistema abrangente, estruturado, integrado e 
multidisciplinar de cuidados pos-PCR deve ser implementado de 
maneira consistente. O tratamento deve incluir suporte 
cardiopulmonar e neurológico. Hipotermia terapêutica e 
intervenções coronárias percutâneas (ICPs) devem ser executadas, 
quando indicadas. Como convulsões são comuns após a PCR, deve-se 
realizar um eletroencefalograma (EEG) para o diagnostico das 
convulsões, com pronta interpretação tão logo quanto possível e 
monitorização freqüente ou continua em pacientes comatosos após o 
RCE. 
Motivo: Desde 2005, dois estudos não aleatórios com controles 
simultâneos, assim como outros estudos usando controles históricos, 
indicaram um possível beneficio da hipotermia terapêutica após PCR 
intra ou extra-hospitalar com ritmo de apresentação de 
AESP/assistole. Cuidados organizados pos-PCR, com ênfase em 
programas multidisciplinares que enfoquem a otimização da função 
hemodinâmica, neurológica e metabólica (incluindo a hipotermia 
terapêutica) podem melhorar a sobrevivência a alta hospitalar entre 
as vítimas que obtiveram o RCE após a PCR intra ou extra-hospitalar. 
Embora ainda não seja possível determinar o efeito individual de 
muitas dessas terapias, quando conjugadas em um sistema de 
cuidados integrados, sua implementação tem demonstrado uma 
melhoria na sobrevivência à alta hospitalar. 
2005 (Antiga): Cuidados pos-
PCR foram incluídos na seção de 
SAVC das Diretrizes da AHA 
2005 para RCP e ACE. A 
hipotermia terapêutica foi 
recomendada a fim de melhorar 
o resultado de vitimas 
comatosas adultas de PCR extra-
hospitalar presenciada, quando 
o ritmo de apresentação era de 
FV. Alem disso, foram feitas 
recomendações para otimizar a 
hemodinâmica, o suporte 
respiratório e neurológico, 
identificar e tratar causas 
reversíveis da PCR, monitorar a 
temperatura e considerar o 
tratamento de distúrbios na 
regulação da temperatura. 
Contudo, a evidência para 
sustentar tais recomendações 
era limitada. 
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A AHA recomenda uma única relação compressão-ventilação de 30:2 para todos os socorristas 
que atuam sozinhos, para ser utilizada em todas as vítimas, desde lactentes (exceto recém-
nascidos) até adultos. Essa recomendação se aplica a todos os socorristas leigos e a todos os 
profissionais de saúde que realizam RCP por 1 socorrista. 
Motivo: Os especialistas da área querem simplificar as informações sobre RCP, para que mais 
socorristas possam aprender, memorizar e realizar melhor a RCP. Eles também querem garantir que 
todos os socorristas apliquem séries mais longas de compressões torácicas sem interrupções. 
Embora a pesquisa não tenha identificado uma relação ideal compressão-ventilação, quanto mais 
alta a relação compressão-ventilação, mais compressões torácicas são aplicadas em uma série 
durante a RCP. Esta modificação deve aumentar o fluxo sangüíneo para o coração, o cérebro e 
outros órgãos vitais. Durante os primeiros minutos de uma PCS com FV, a ventilação ou seja, as 
respirações de resgate provavelmente não é tão importante quanto as compressões. A ventilação, 
contudo, é importante para vítimas de parada por hipóxia e após os primeiros minutos de qualquer 
tipo de parada. Em sua maioria, os lactentes e as crianças e a maioria das vítimas de afogamento, de 
overdose de drogas e de traumatismos que desenvolvem parada cardíaca estão em condições de 
hipóxia. Essas vítimas apresentam maior chance de sobrevivência se receberem tanto compressões 
torácicas quanto ventilação. Portanto, a RCP somente com compressão torácica não era 
recomendada como a melhortécnica de RCP para socorristas leigos. Os especialistas concluíram que 
a combinação de compressão e ventilação é a técnica com maior probabilidade de surtir os 
melhores resultados para todas as vítimas de parada cardíaca. 
Todos os socorristas devem respirar normalmente (não devem respirar profundamente) antes 
de iniciarem a aplicação de ventilação de resgate boca-a-boca ou boca-dispositivo de barreira. 
Motivo: O socorrista deve ser capaz de aplicar ventilações que façam o tórax da vítima elevar, sem 
precisar respirar profundamente. 
Todos os socorristas devem aplicar cada ventilação de resgate (com ou sem um dispositivo 
de barreira) durante 1 segundo. 
Motivo: As ventilações de resgate podem ser aplicadas em 1 segundo. Quanto mais curto for o 
tempo necessário para aplicar as ventilações, mais rapidamente os socorristas podem reiniciar as 
compressões torácicas. As ventilações mais longas podem diminuir o retorno sangüíneo para o 
coração e, assim, reduzir o enchimento do coração com sangue. Isso diminuirá o fluxo de sangue 
produzido pela próxima série de compressões torácicas. 
2005 (Nova): Quando houver mais de um socorrista presente, 
eles devem se revezar no papel de “compressor”, 
aproximadamente a cada 2 minutos ou 5 ciclos de RCP (1 ciclo 
de RCP = 30 compressões e 2 ventilações de resgate). Os 
socorristas devem concluir o revezamento em até 5 segundos. 
Motivo: Em estudos realizados em manequins, a fadiga do 
socorrista, refletida por inadequação na freqüência ou na 
profundidade das compressões torácicas e por retorno torácico 
insuficiente, desenvolve-se após 1 a 2 minutos. 
Contudo, os socorristas não relatavam sentir fadiga antes de, pelo 
menos, 5 minutos. Em estudos de casos reais de ressuscitação 
Em 2000 (Antiga), 
recomendava-se aos 
socorristas trocar de posição 
quando o primeiro socorrista 
que realizava as compressões 
torácicas começasse a ficar 
exausto, com interrupções 
mínimas nas compressões 
torácicas. 
 
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realizada por socorristas profissionais, 50% das compressões 
torácicas não foram suficientemente 
profundas. Dada a importância das compressões torácicas eficazes, 
será útil para os socorristas alternarem a responsabilidade de 
realizar a compressão. 
Encerramento dos esforços de ressuscitação em adultos com PCR extra-hospitalar 
2010 (Nova): Para adultos que sofram PCR extra-hospitalar e que estejam recebendo apenas SBV, foi 
estabelecida a “regra de SBV para encerramento de ressuscitação”, que considera o encerramento do 
SBV antes do transporte por ambulância, se todos os seguintes critérios forem atendidos: 
• PCR não presenciada pelo profissional do SME ou primeiro socorrista 
• Ausência de RCE após três ciclos completos de RCP e analises do DEA/DAE 
• Nenhum choque aplicado com o DEA/DAE 
Em situações em que as equipes de SAV do SME estiverem presentes para fornecer cuidados para um 
adulto com PCR extra-hospitalar, foi estabelecida uma "regra de SAV para encerramento da 
ressuscitação", que considera o encerramento dos esforços de ressuscitação antes do transporte por 
ambulância, se todos os seguintes critérios forem atendidos: 
• PCR não presenciada (por qualquer pessoa) 
• RCP não administrada por nenhuma pessoa presente 
• Ausência de RCE após cuidados completos de SAV em campo 
• Nenhum choque aplicado 
A implementação destas regras envolve contatar o controle medico por telefone quando os critérios 
forem atendidos. Os profissionais do serviço medico de emergência/urgência devem receber 
treinamento sobre a sensibilidade de comunicação do resultado da ressuscitação para a família. Deve-se 
buscar apoio para as regras junto a agências colaboradoras, como Serviços de Emergência/Urgência 
hospitalares, consultórios de medicos-legistas, diretores médicos e a policia. 
Motivo: As regras de SBV e SAV para encerramento da ressuscitação foram validadas externamente em 
vários ambientes de SME nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa. A implementação dessas regras 
pode reduzir em 40% a 60% a taxa de transporte hospitalar desnecessário, diminuindo, assim, os riscos 
rodoviários associados, que colocam em risco os prestados de assistência e o publico, expõem 
inadvertidamente o pessoal de SME a possíveis riscos biológicos e elevam o custo de preparação do 
Serviço de Emergência/Urgência. Nota: nenhum desses critérios foi estabelecido para a PCR pediátrica 
extra-hospitalar (neonatos, bebes ou crianças), visto que nenhum preditor de resultado de ressuscitação 
foi validado para a PCR extra-hospitalar nessa população. 
Administração de aspirina para desconforto torácico 
2010 (Nova): Os prestadores de primeiros socorros são incentivados a acionar o sistema de SME 
sempre que estiverem diante de alguém com desconforto torácico. Enquanto aguardam a chegada do 
SME, os prestadores de primeiros socorros devem aconselhar o paciente a mastigar uma aspirina adulta 
(sem revestimento entérico) ou duas aspirinas infantis de dosagem mais baixa, se o paciente não tiver 
histórico de alergia à aspirina ou de hemorragia gastrointestinal recente. 
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Motivo: A aspirina é benéfica quando o desconforto torácico se deve a uma SCA. Pode ser muito difícil, 
mesmo para profissionais, determinar se o desconforto torácico é de origem cardíaca. A administração 
de aspirina, portanto, nunca deve retardar o acionamento do SME. 
6. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 
Conceitos gerais - PCR é a interrupção súbita da atividade mecânica ventricular, útil e suficiente, e 
da respiração; morte clínica: falta de movimentos respiratórios e batimentos cardíacos eficientes 
na ausência de consciência, com viabilidade cerebral e biológica; morte biológica irreversível: 
deterioração irreversível dos órgãos, que se segue à morte clínica, quando não se institui as 
manobras de RCR; morte encefálica (freqüentemente referida como morte cerebral): ocorre 
quando há lesão irreversível do tronco e do córtex cerebral, por injúria direta ou falta de 
oxigenação, por um tempo, em geral, superior a 5min em adulto com normotermia. 
6.1 Causas 
NO ADULTO 
Infarto Agudo do Miocárdio, Doenças coronarianas, Traumas, Obstrução de vias aéreas, Distúrbios 
hidroeletrolíticos, Hipóxia aguda, Hemorragia e choque, Insuficiência respiratória, Hipotermia, 
Lesões cerebrais, Intoxicação por drogas ou medicamentos, Reflexo vagal excessivo etc. 
EM CRIANÇAS 
Insuficiência respiratória é a causa mais comum, Cardiomiopatias congênitas, Reflexo vagal, 
Distúrbios hidroeletrolíticos, Trauma etc. 
No ambiente extra-hospitalar e em adultos predominam as causas de origem cardíaca. Por outro 
lado, em ambiente hospitalar destaca-se as causas como a hipoxemia e hipovolemia. 
 
6.2 MODALIDADES DE PARADA CARDÍACA 
6.2.1 Assistolia - É a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos ventrículos. No 
eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela ausência de qualquer atividade elétrica ventricular 
observada em, pelo menos, duas derivações . 
 É a causa mais freqüente de PC no ambiente hospitalar (85%) 
 
Fig. - Assistolia ventricular; no início do traçado registrou-se um complexo QRS e onda T, seguido de linha isoelétrica. 
6.2.2 FV - Fibrilação ventricular - É a contração incoordenada do miocárdio em conseqüência da 
atividade caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência total do 
coração em manter um rendimento de volume sangüíneo adequado. No ECG, ocorre a ausência de 
complexos ventriculares individualizados que são substituídos por ondas irregulares em 
ziguezague, com amplitude e duração variáveis. 
É a causa mais freqüente de PC em adultos no ambiente extra-hospitalar (85-90%) 
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Fig. - Fibrilação ventricular. A) ondas amplas e rápidas - fv tipo "grosseiro"; B) ondas pequenas e lentas - fibrilação tipo "fino". 
6.2.3 (TVSP) Taquicardia ventricular sem pulso - É a sucessão rápida de batimentos ectópicos 
ventriculares que podem levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando mesmo a 
ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma modalidade de parada 
cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da FV. O ECG caracteriza-se pela repetição de 
complexos QRS alargados não precedidos de ondas P e, se estas estiverem presentes, não guardam 
relação com os complexos ventriculares. Podem ocorrer capturas isoladas de alguns complexos QRS. 
Em geral os ciclos ventriculares têm sucessão a intervalos irregulares. Também pode ser conhecida 
como ritmo pré-fibrilatório, pois rapidamente evolui para uma FV. A FC fica superior a 100 bpm. 
 
Fig. - Taquicardia ventricular. 
6.2.4 (AESP) Atividade elétrica sem pulso - É caracterizada pela ausência de pulso detectável na 
presença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão de TV ou FV. 
Ao ECG, caracteriza-se pela presença de complexos QRS largos e bizarros que não produzem 
resposta de contração miocárdica eficiente e detectável, 10 a 15% dos casos intra-hospitalares. 
Fig. - Dissociação eletromecânica ou ritmo agônico. Complexos QRS largos e bizarros. sem contração mecânica.
 
As causas mais comum de AESP são os chamados 5T e 5H 
5T 5H 
Tamponamento cardíaco -neoplasia, IAM, trauma torácico Hipovolemia 
Tensão do tórax ( pneumotórax hipertensivo) Hipóxia 
Trombose coronariana ( IAM extenso) Hipercalemia / Hipocalemia 
Tromboembolismo pulmonar Hipotermia 
Tóxicos ( antidepressivos, beta-bloqueadores, etc.) H + íon hidrogênio (acidose) 
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ALGORÍTIMO SIMPLIFICADO DE SBV (SUPORTE BÁSICO DE VIDA) ADULTO, SEGUNDO O MANUAL 
DE ATENDIMENTO DA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) DE 2010 
 
 
TRATAMENTO (SEGUNDO PROTOCOLO DE 2005) 
Consiste no conjunto de medidas básicas e avançadas de RCR. 
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7. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
Reconhecimento e abordagem inicial: 
- Avaliar nível de consciência – tocar e chamar a vítima 
- Solicitar ajuda 
- Posicionar corretamente a vítima – posicioná-la em decúbito dorsal sobre uma superfície plana, 
rígida e firme. Caso a vítima se encontre em decúbito lateral ou ventral, o Socorrista deve virá-la em 
bloco de modo que a cabeça, pescoço e ombros movam-se simultaneamente. 
- Posicionar-se corretamente – o socorrista deve colocar-se ao nível dos ombros da vítima, se 
ajoelhando quando ela estiver no solo. 
 
ABC PRIMÁRIO ( obs. Segundo o protocolo 2010, a ordem deve ser CAB) 
A = ABERTURA DE VIAS AÉREAS 
 
Nos indivíduos inconscientes existe o relaxamento da musculatura anterior do pescoço, em decúbito 
dorsal. Este acontecimento possibilita a queda da base da língua sobre a faringe obstruindo as vias 
aéreas. A queda da epiglote, indiretamente, também é um fator obstrutivo à passagem do ar para a 
traquéia. 
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Entre as manobras destinadas a desobstruir as vias aéreas a manobra de 
Ruben é a mais segura e efetiva. A manobra consiste em: hiperextensão da 
cabeça (head tilt) e elevação do mento (jaw thrust). 
No caso de suspeita de lesão cervical, realizar a manobra tripla de Safar, 
conhecida também como manobra de tração mandibular, observar a 
colocação dos ded os nos ramos, atrás dos ângulos da mandíbula, 
deslocando-a para frente, com a cabeça dorsofletida. Os polegares retraem o lobo inferior. O 
socorrista deve colocar-se atrás do polo cefálico da vítima. 
 
OVACE - Obstrução das vias aéreas por corpo estranho - Pode ser 
completa ou incompleta. Nas incompletas a ventilação e as trocas gasosas 
podem ser suficientes ou insuficientes. Na presença de troca gasosa 
suficiente, a vítima tosse vigorosamente, o que deve ser encorajado. O 
socorrista não deve tentar a expulsão do corpo estranho com manobras, 
como o golpeamento da região posterior do tórax. 
A troca gasosa insuficiente é reconhecida por tosse fraca e ineficiente, 
com ruído inspiratório agudo, crescente dificuldade respiratória e 
cianose. O seu manuseio é idêntico ao da obstrução completa. 
Na vítima de obstrução completa, ainda consciente, utiliza-se a manobra 
de Heimlich O socorrista posiciona-se atrás da vítima envolvendo-a com 
os braços, fechando uma das mãos que é colocada com o lado do polegar contra o abdômen da 
vítima na linha média entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. O punho fechado deve ser 
agarrado pela outra mão. Em seguida, aplica-se um golpe rápido para dentro e para cima. Esta 
manobra provoca uma tosse artificial tentando expelir o corpo estranho. Na vítima inconsciente, 
esta manobra deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal, ficando o socorrista ajoelhado 
sobre a vítima, cavalgando-a, colocando a base de uma das mãos na região do abdômen. A outra mão 
é colocada sobre a 1ª, pressionando o abdômen para dentro e para cima com múltiplos impulsos. 
Em gestantes e em pacientes muito obesos, essa manobra é realizada no tórax, sobre o esterno, sendo 
entre os seios na gestante. 
 
B = BOA VENTILAÇÃO (OBS. Esta etapa foi retirada do protocolo 2010) 
 
VER 
OOUVIR 
SENTIR 
 
Avaliação feita no máximo em 5 segundos 
 
Na ausência de ventilação espontânea, iniciar manobras de ventilação artificial 
 
 
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MANOBRAS: 
VENTILAÇÃO BOCA-A-BOCA 
Na ventilação boca-a-boca o reanimador respira normalmente (não 
se deve inspirar profundamente) e coapta sua boca com toda a boca 
da vítima. Segue-se a insuflação pulmonar do paciente com o ar 
expirado. A insuflação pulmonar deve durar cerca de 1 segundo, 
correspondendo aproximadamente a 500 ml a 700 mL. É 
impossível determinar o volume administrado durante a ventilação 
boca-a-boca 
É obrigatório observar a expansão da caixa torácica durante a 
insuflação pulmonar uma vez que, se as vias aéreas não estiverem 
corretamente desobstruídas, poderá advir distensão gástrica. A 
deflação do tórax deve ser igualmente observada, pois pode ocorrer mecanismo valvular com o palato 
mole e a expiração passiva dos pulmões não acontecer. A hiperinsuflação pulmonar é desnecessária e 
dificulta o retorno venoso o que induz a diminuir a eficiência da MCE 
Apesar de raros os relatos, durante o socorro com a ventilação boca-a-boca, a possibilidade de 
contaminação existe para alguns tipos de agentes como: neisseria, herpes, 
tuberculose. 
VENTILAÇÃO BOCA- A- NARIZ 
VENTILAÇÃO BOCA- A- NARIZ E BOCA 
VENTILAÇÃO BOCA-MÁSCARA 
VENTILAÇÃO BOLSA-VÁLVULA-MÁSCARA (AMBÚ) 
 
C = CIRCULAÇÃO 
 
 Em primeiro lugar deve-se constatar a ausência de pulso em artérias 
centrais, o local de realização da massagem é conforme o quadro visto 
anteriormente segundo as novas recomendações da AHA. Nas gestantes, 
a execução é como nos adultos, porém é importante e tração do útero 
gravídico para a esquerda, objetivando a descompressão da veia cava 
inferior. 
 
 
A RCP mantém um débito ao redor de 30% do débito cardíaco normal quando realizada por dois 
reanimadores experientes. 
A descompressão ( diástole ) torácica é feita sem a retirada das mãos do local correto, a finalidade de 
não perder o posicionamento. A seqüência de compressões/descompressões é executada na freqüênciaaproximadamente de 100 por minuto. O sincronismo entre as compressões e ventilações é realizado na 
proporção de 30 compressões para 2 ventilações (30:2). A ventilação é administrada em 1 segundo, 
gerando aproximadamente 10 a 12 ventilações por minuto. Antes do controle definitivo da via aérea 
através de algum artefato é recomendado 5 ciclos completos RCP (cerca de 2 minutos). Após este 
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controle a ventilação e a MCE deve ser feita simultaneamente, portanto não havendo pausa para 
ventilação. Nesta circunstância a MCE devem ser de aproximadamente 100 compressões por minuto e 
as ventilações de 8 a 10 incursões por minuto. A troca das funções durante a RCP evita a fadiga dos 
reanimadores, e é recomendada a cada 2 minutos. É obrigatório ressaltar que os reanimadores devem 
ocupar os lados opostos com relação ao paciente. Quando existir fadiga de um dos reanimadores a troca 
é feita imediatamente após o término de um ciclo (ventilação). 
Complicações mais comuns: fraturas de costelas e esterno; pneumotórax; hemotórax, embolia 
gordurosa; luxação costo-esternal, perfuração de vísceras (coração, pulmões, aorta, diafragma, fígado 
etc.) 
 
D = DESFIBRILAÇÃO PRECOCE 
- Um desfibrilador é o equipamento que permite aplicar um choque elétrico controlado ao paciente, com 
o objetivo de terminar uma FV (desfibrilação) ou uma TV ou supraventricular (cardioversão). 
A desfibrilação elétrica do coração pode ser considerada, de uma forma muito simples, como uma 
descarga elétrica não sincronizada com o ritmo cardíaco, aplicado no tórax do paciente. 
Nos casos de parada cardíaca súbita, o ritmo mais freqüentemente observado é a FV; o único tratamento 
realmente eficaz da FV é a desfibrilação elétrica; a probabilidade de sucesso na desfibrilação decai 
rapidamente com o passar do tempo; a FV tende a se transformar em assistolia em poucos minutos. 
Estas considerações justificam que em caso de parada cardíaca, a desfibrilação deve ser realizada o mais 
rápido possível. Além disto é importante se ter em mente que, em caso de FV, muitos adultos podem 
sobreviver neurologicamente bem, mesmo se desfibrilados tardiamente, após 6 a 10min. A RCR, 
realizada enquanto se espera pela desfibrilação, prolonga a FV e conserva o miocárdio e o cérebro. 
Deve-se lembrar que em adultos nos quais sofreram PCR sem testemunha, portanto estavam 
inconscientes quando foram encontrados, ou quando o socorro apresentou um tempo de chegada ao 
local maior que 4 a 5 minutos é obrigatório realizar 5 ciclos de RCP (aproximadamente 2 minutos) antes 
do emprego do DEA. O objetivo é diminuir a hipóxia e acidose do miocárdio e facilitar a desfibrilação 
É importante advertir que após o desfecho da desfibrilação do AED, a avaliação do pulso é feita somente 
após 5 ciclos de RCP (aproximadamente 2 minutos). O objetivo é não descontinuar as manobras de RCP 
desnecessariamente e piorar o prognóstico. Os profissionais de RCP devem avaliar a presença, ou 
ausência de pulso no adulto em uma grande artéria como a carótida ou femoral durante no máximo em 
10 segundos. 
 
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ALGORÍTIMOS DE SAVC (SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA) SEGUNDO 
PROTOCOLO DE 2005 
 
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DROGAS UTILIZADAS EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA. 
MEDICAÇÃO QUANDO COMO PORQUE ATENÇÃO 
ADRENALINA FV/TV sem 
pulso Assistolia 
AESP 
1 mg EV em 
bolus, a cada 3 a 
5 min enquanto 
durar a PCR 
Aumenta a pressão 
de perfusão 
- Doses elevadas, acima 
das preconizadas estão 
associadas a maior 
recuperação de 
circulação espontânea, 
mas não à alta 
hospitalar. 
AMIODARONA 
Apresentação 
- 150 mg/3 ml; 
ampolas. 
FV/TV sem 
pulso 
Ataque 
- PCR - 300 mg 
ev em bolus 
seguidos, de 20 
ml de SF; 
considerar 150 
mg após 15 min 
se não houver 
reversão 
- Fora da PCR - 
150 mg diluído 
em 100 ml, 
- Diminui a 
condução através 
do sistema His-
Purkinje e de feixes 
anômalos 
- Inibe receptores 
alfa e beta 
adrenérgicos e 
possui 
propriedades 
vagolíticas e de 
bloqueadores de 
- Hipotensão arterial é o 
principal efeito colateral 
- Bradicardia (pode 
Necessitar de marca-
passo) 
- Precipita em meio 
básico 
- Diminui o 
metabolismo da 
digoxina e da warfarina 
- Efeito aditivo com 
outras medicações que 
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infundidos em 
15 min; pode-se 
repetir a cada 15 
min até 
conversão do 
ritmo. 
Manutenção 
- 1 mg/ min nas 
primeiras 6h, 
seguido de 0,5 
mg/min nas 18 h 
consecutivas. 
canais de cálcio 
- Aumenta a 
duração do 
potencial de ação 
em todo o tecido 
cardíaco 
- No nó sinusal - 
reduz a FC, diminui 
a condução para o 
nó AV e diminui a 
resposta 
ventricular 
prolongam o QT: 
antiarrítmicos Classe IA, 
fenotiazínicos, 
tricíclicos, tiazídicos e 
sotalol 
ATROPINA 
Apresentação 
- variável; 
ampolas de 
0 , 2 5 mg/1ml 
(0,5 e 1 mg, na 
dependência do 
serviço). 
Assistolia AESP 
com ritmos 
bradicárdicos 
(FC < 60 bpm) 
 
Obs. Não é mais 
recomendada 
pela AHA 2010 
- PCR - 1mg a 
cada 3 a` 5 min 
- Fora da PCR - 
0,5 a 1 mg a cada 
3 a 5 min 
Dose máxima 
- 0,03 a 0,04 
mg/kg 
- Aumenta a FC por 
acelerar a descarga 
do NSA e o bloqueio 
vagal 
- Efeito 
dromotrópico 
- Não utilizar subdoses 
(efeito paradoxal) 
- Taquicardia, TV e 
extrassístoles 
- Cuidado em pacientes 
isquêmicos e em pac 
com alto grau de 
bloqueio AV 
- Não atua em corações 
transplantados 
BICARBONATO 
DE SÓDIO 
Apresentação 
- soluções de 
bicarbonato de 
sódio 8,4% - 
1mEq/ml 
Assistolia ou 
AESP 
- somente em 
situaç õ es de 
ressuscitação 
prolongada ou 
em que se 
suspeite de: 
intoxicação por 
antidepressivo 
tricíclicos, 
acidose 
metabólica ou 
hiperpotasemia 
Ataque 
- 1 mEq/ kg ev 
inicialmente 
metade dessa 
dose a cada 10 
min 
posteriormente 
- Nas fases iniciais 
da PCR, a RCP é 
eficaz para 
controlar a acidose 
metabólica. 
- Suplementação de 
bicarbonato nas 
fases iniciais pode 
acarretar 
complicações 
- Nas fases tardias 
da PCR (> 10 min) 
ou nos casos em 
que suspeite de 
acidose prévia 
- Complicações 
 –Acidose do líquido 
cerebroespinal; 
hipernatremia e 
hiperosmolaridade. 
- Cuidados na 
administração 
- administrar em via 
separada de aminas 
vasoativas ou 
adrenalina, pois inativa 
tais substâncias 
LIDOCAÍNA 
Apresentação 
- 100 mg/5ml 
FV/TV sem 
pulso 
 - TV estável - 1 a 
1 , 5 mg/kg ev 
em bolus; repetir 
0,5 a 0,75 mg/kg 
a cada 3 a 5 min, 
se não houver 
reversão. 
- FV/TV sem 
- Inibe o influxo de 
sódio através dos 
canais rápidos das 
células miocárdicas. 
- Diminui a 
condução em 
tecidos isquêmicos, 
com menor 
- Metabolismo 
diminuído em pacientes 
com ICC, disfunção 
hepática, choque, idade 
maior de 70 anos, 
perfusão periférica 
diminuída e uso de 
cimetidina ou 
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pulso - 1 a 1,5 
mg/kg ev em 
bolus; repetir 1 a 
1,5 mg/kg a cada 
3 a 5 min, se não 
houver reversão. 
Pode ser 
utilizada por 
cânula 
endotraqueal 
(dobro da dose 
ev). 
Dose máxima - 
3 mg/kg. 
Manutenção 
- 1 a 4 
mg/minuto. 
influência no tecido 
normal. 
betabloqueadores. 
Nesses pacientes, a dose 
de ataque é a mesma, 
mas a de manutenção 
deve ser diminuída à 
metade. 
- Toxicidade SNC – 
graus variados de 
confusão mental. 
- Contra- indicada em 
pacientes com graus 
avançados de BAV

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