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Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 1 – BOAS PRÁTICAS PARA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA AE EMERGÊMCIA portaria n° 1.600, de 7 de julho de 2011 Reformula a política nacional de atenção às urgências e institui a rede de atenção às urgências (RUE) no sistema único de saúde (SUS) A rede de atenção às urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovasculares, cerebrovasculares e traumatologia. Art. 4° a rede de atenção às urgencias é constituída pelos seguintes componentes I. Promoção, prevenção e vigilância à saúde II. Atenção básica em saúde III. Serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU 192) e suas centrais de regulação médica das urgências IV. Sala de estabilização V. Força nacional de saúde do SUS VI. Unidade de pronto atendimento (UP 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas VII. Hospitalar, e VIII. Atenção domiciliar COMPONENTE PRÉ-HOSPITALAR FIXO • UBS • Ambulatório de especialidades • Serviços de apoio diagnóstico • UPAS Os recursos organizados permitem o atendimento e estabilização do cliente ate que seja transferido, de forma adequada para uma unidade de maior complexidade. PRÉ-HOSPITALAR FIXO: PRINCIPAIS UE NA APS/ESF • Urgência pediátrica • Traumatismo não-intencionais, violências e suicídios • Urgências cardiovasculares • Urgências ginecológicas e obstétricas • Urgências metabólicas • Urgências psiquiátricas • Urgências respiratórias Infância: • Desidratação, infecções respiratórias agudas (IRA), doenças infecciosas/parasitarias/ acidentes domésticos. Adolescência: • Violência, acidente de causas externas Adultos • Hipertensão • Diabetes • Doenças infecciosas – dengue Velhice Morte • PCR, traumas Nascimento • Prematuridade COMPONENTE PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL Centrais de regulação médica de urgência – Portaria 2048 de 2002 • É parte integrante do samu 192, definida como uma estrutura física, com a atuação de profissionais médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica (Tarm) e rádio operadores (RO) • Além de ordenas o fluxo efetivo das referenciase contrarreferências dentro da rede de atenção à saúde COMPONENTE HOSPITALAR HOSPITAL TIPO 1 Especializados: contam com recurso tecnológicos e humanos adequados para atendimento de urgência e de natureza clinica e cirúrgica, nas áreas pediátricas ou trauma-ortopedia ou cardiologia HOSPITAL TIPO 2 Hospitais gerais: dispõe de unidade de emergência, recursos tecnológicos e humanos adequados para o atendimento geral de urgência clínica e cirúrgica HOSPITAL TIPO 3 Hospital geral: contam com recursos tecnológicos e humanos adequados para atendimento de urgências clinicas, cirúrgicas e traumáticas. Desempenha ações de capacitação, aprimoramento e atualização para todos os profissionais envolvidos no atendimento de urgência, conhecido como hospitais universitários ou de ensino. MELHOR EM CASA – HOME CARE Modalidades de atenção domiciliar, projetos de reabilitação PORTARIA N° 354 DE 10 DE MARCO DE 2014 PORTARIA N° 393, DE 13 DE MARÇO DE 2020 Aprova a resolução GMC n° 02/2015 “registros de boas práticas para organização e funcionamento de serviços de urgência e emergência (revogação da Res. GMC n° 12/07) “boas práticas para organização e funcionamento de serviços de urgência e emergência” Considera: • Que é necessário contar com boas práticas para organização e funcionamento dos serviços de urgência e emergência • Que os serviços de urgência e emergência são de importância para o funcionamento de nossos sistemas de saúde • Que essa resolução define qualidade desejadas que devam reunir a organização e funcionamento dos serviços de urgência e emergência. • As boas praticas estabelecidas no anexo são aplicadas à atenção em serviços de urgência e emergência e não são aplicáveis à atenção móvel pré-hospitalar • Os serviços de urgência e emergência devem estar organizados e estruturado considerando as necessidades da área de atenção a saúde existente • É de responsabilidade da administração do serviço de saúde prever e prover os recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos necessários para o funcionamento os serviços de urgência e emergência. • A direção do serviço de saúde e o chefe do serviço de urgência e emergência têm a responsabilidade de planejar, implementar e garantir a qualidade dos processos. REQUISITOS • Podem funcionar como serviço de saúde independente ou dentro de outra unidade • Todos os serviços de urgência e emergência, publico ou privado, devem possuir ou estar inserido em um serviço que possua habilitação ou licença de funcionamento • O serviço de urgência e emergência deve dispor de instruções escritas e atualizadas das rotinas técnicas implementadas • As rotinas técnicas devem ser elaboradas em conjunto com as áreas envolvidas na assistência ao paciente, assegurando a assistência integral e a interdisciplinaridade, O SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGENCIA DEVE: • Possuir estrutura organizacional documentada • Oferecer orientação ao paciente e aos familiares em linguagem clara, sobre o estado de saúde e a assistência a ser prestada, desde a admissão até a alta • Promover um ambiente acolhedor • Preservar e identificar e a privacidade do paciente, assegurando um ambiente de respeito e dignidade • Levar em consideração todas as condições momentâneas relativas ao estado geral do paciente. RECURSOS HUMANOS – URGÊNCIA E EMERGENCIA: • Responsabilidade técnico legalmente habilitado • Equipe médica: deve ser composta por médicos em quantitativo suficiente para o atendimento dos serviços nas 24 horas. • o serviço de urgência e emergência de maior complexidade deve contar com profissionais especializados de acordo com o perfil de atenção, capacitados para atendimento das urgências e emergências • coordenação de enfermagem: 1 enfermeiro coordenador • enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem em quantitativo suficiente para os atendimentos dos serviços nas 24 horas do dia. AS UNIDADES NÃO-HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGENCIAS E EMERGENCIAS DEVERÃO CONTAR, OBRIGATORIAMENTE: • técnico de radiologia, auxiliar de serviços gerais, auxiliar administrativo e, quando houver laboratório na unidade, também deverão contar com bioquímico, técnico de laboratório e auxiliar de laboratório. • Outros profissionais poderão compor a equipe, como: assistente social, odontólogo, cirurgião geral, ortopedista, ginecologista, motorista, segurança e outros. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PRÉ- HOSPITALAR FIXO PORTARIA N°354 DE 10 DE MARÇO DE 2014 INFRAESTRUTURA FÍSICA MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Manter instruções escritas de uso e manutenção. DISPOR OU GARANTIR ACESSO ÀS ESPECIALIDADES CLÍNICAS • ÁREA EXTERNA COBERTA PARA AMBULANCIAS • PRONTUARIOS • SALA DE RECEPÇÃO E ESPERA • CLASSIFICAÇÃO DE RISCO • HIGIENIZAÇÃO • NEBULIZAÇÃO • SERVIÇO SOCIAL • PROCEDIMENTOS • CONSULTORIOS • SALA PARA REANIMAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO • SALAS PARA OBSERVAÇÃO E ISOLAMENTO • POSTO DE ENFERMAGEM • BANHEIRO COMPLETO • DEPÓSITO PARA RESIDUOS SÓLIDOS • DEPOSITO PARA MATERIAL LIMPEZA • VESTIÁRIOS E BANHEIROS PARA PROFISSIONAIS • FARMACIA • ALMOXARIFADO METERIAIS E EQUIPAMENTOS • Estetoscópio adulto e infantil • Esfigmomanômetro adulto e infantil • Otoscópio adulto e infantil • Oftalmoscópio • Espelho laríngeo • Ventilador manual reservatório adulto e infantil • Desfibrilador • Marcapasso externo • Monitor cardíaco • Oxímetro de pulso, eletrocardiógrafo • Equipamentos para aferição deglicemia capilar • Aspiradores • Bombas de infusão com bateria e equipo universal • Cama hospitalar com rodas e grades laterais • Mascara para ventilador adulto e infantil • Ventilador mecânico adulto e infantil • Foco cirúrgico portátil • Foco cirúrgico com bateria • Negatoscópio, mascaras, sondas, drenos, cânulas, pinças e cateteres • Laringoscópio adulto e infantil • Material para traqueostomia • Equipos de macro e microgotas • Material para pequenas cirurgias • Colares de imobilização cervical tamanhos P, M, G • Prancha longa para imobilização do paciente em caso de trauma • Prancha curta para massagem cardíaca • Equipamentos necessários para reanimação cardiorrespiratória • Medicamentos para assistência em urgências e emergências • Cilindro de oxigênio portátil e rede canalizada de gases • Cama hospitalar com rodas e grades laterais. SALA DE ESTABILIZAÇÃO E REANIMAÇÃO – SALA DE EMERGENCIA ELETROCARDIOGRAMA CARRO DE EMERGENCIA MONITOR MULTIPARÂMETROS VENTILADOR MECÂNICO BOMBA DE INFUSÃO GASOMETRIA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PRÉ- HOSPITALAR MÓVEL • Ambulância • Moto • Helicóptero • Lanchas EQUIPES Suporte básico de vida (SBV) Suporte avançado de vida (SAV) Profissionais Auxiliar ou técnico de enfermagem conduto de veículo – bombeiro militar* Enfermeiro Médico Condutor de veiculo Atribuição Atendimento de baixa complexidade, não realizando procedimentos invasivos, em casos de vítima de menor gravidade Atendimento de urgência e emergência de alta complexidade, realizando procedimentos não invasivos e invasivos, em casos de vítima grave USUÁRIO • Medo • Solidão • Angustia • Tristeza • Desespero • Sofrimento • Família URGENCIA E EMERGENCIA • Acesso restrito • Alta demanda • Deficiência de recursos humanos • Escassez de recursos • Gravidade • Diversos casos PROCESSOS OPERACIONAIS ASSISTENCIAIS O serviço de urgência e emergência deve: • Prestar ao paciente assistência integral e interdisciplinar • O serviço de urgência e emergência deve realizar a classificação dos pacientes por níveis de risco • Garantir a transferência do paciente, em caso de necessidade. URGENCIA X EMERGÊNCIA Primeiros socorros: atendimento prestado, inclusiva por leigos, para manter a vida e evitar o agravamento das condições até o recebimento da assistência especializada Atendimento pré-hospitalar: atendimento prestado por profissionais da área da saúde, treinados e capacitados para prover os cuidados iniciais ao cliente, de forma organizada e sistematizada, seguindo de transporte até serviço de saúde que proporcionará o tratamento definitivo Resgate: consiste na retirada do individuo de um local, por vezes de difícil acesso, de onde o mesmo não possa sair sozinho em segurança, pode ser necessário o uso de materiais e equipamentos especiais para efetuar a retirada, além de treinamento específico para realizar esses procedimentos. ATRIBUIÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGE: • Atuar com agilidade, rapidez. • Ser eficaz • Protocolos de atendimento de rotina • Educação continuada • Abordagem humanizada no atendimento em situações especificas no pré-hospitalar e no intra-hospitalar Pré-hospitalar: oferece condições de estabilização hemodinâmica do quadro clínico Intra-hospitalar: demais intervenções. ENFERMEIRO EMERGENCISTA: • Assistência direta • Planejamento, liderança, comunicação • Educação (capacitação) Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 2 – ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ACOLHIMENTO Ministério da saúde (politica nacional de humanização – PNH): • “é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários”. • Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização , orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos” ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO • Classificação de risco • Processo dinâmico • Identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato • De acordo com o potencial de risco, agravou à saúde ou grau de sofrimento Objetivo: • O cuidado certo • Para o paciente certo • No lugar certo • No tempo certo CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Ferramenta que, além de organizar a fila de espera e propor outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada, tem também outros objetivos importantes, como: • Garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado • Informar o paciente que não corre o risco imediato, assim como a seus familiares, sobre o tempo provável de espera • Dar melhores condições de trabalho para os profissionais • Implantação do cuidado horizontalizado • Aumentar a satisfação dos usuários • Possibilitar e instigar a pactuação e a construção de redes internas e externas de atendimento Finalidade: Definir a ordem do atendimento em função do potencial de gravidade ou de agravamento da queixa apresentada. • Quem realiza? Enfermeiro e medico • Experiencia em serviços de urgência e após capacitação • Deve ser apropriado por toda a equipe que atua no local. RESOLUÇÃO 423/2012 Normatiza, no âmbito do sistema COFEN/COREN, a participação do enfermeiro na atividade de classificação de risco. • Art.1° no âmbito da equipe de enfermagem, a classificação de risco e priorização da assistência em serviços de urgência é privativa do enfermeiro. Observadas as disposições legais da profissão. DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS (RUE) “o serviço de urgência e emergência deve dispor de infraestrutura física dimensionada de acordo a demanda, complexidade e perfil assistencial da unidade, garantindo a segurança e continuidade da assistência ao paciente e deve disponibilizar uma sala de classificação de risco” ACOLHIMENTO (vinculo e responsabilização) CLASSIFICAÇÃO DE RISCO URGÊNCIA EMERGÊNCIA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO X TRIAGEM DE MANCHESTER Cada cor prioriza um tempo CLASSIFICAÇÃO – VERMELHO • Politraumatizado grave • TCE grave • Coma • Comprometimento da coluna cervical • Parada cardiorrespiratória • Desconforto respiratório grave • Dor no peito e falta de ar • Perfurações no peito, abdome ou cabeça • Grandes queimaduras CLASSIFICAÇÃO – LARANJA • Vômitos com dor severa • Lesão toraco-abdominal • Gravidez com história de convulsão, sangramento vaginal, com dor abdominal e alterações de sinais vitais • Diabéticos apresentando sudorese, alteração do estado metal, visão turva, febre, vômitos, taquipneia, taquicardia. • Estados de pânico, overdose CLASSIFICAÇÃO – AMARELO • Idosos • Retorno com 24 horas não apresentar melhora do quadro. • Asma fora da crise • Dor de ouvido moderado a grave • Dor abdominal sem alterações dos SSVV • Lombalgia intensa • Abscessos CLASSIFICAÇÃO – VERDE • O paciente deve aguardar em cadeira o atendimento médico, porém, informado que pacientes em condições mais graves serão atendidos primeiramente • Informar ao paciente que em cada caso de superlotação, poderá eventualmente ser encaminhado para UPA de sua referência, por documento escrito, com garantia de atendimento CLASSIFICAÇÃO – AZUL • São paciente que deverão ser orientadosa procurar o centro de saúde que seja de sua referência, com encaminhamento prévio, que garanta seu atendimento, ou será atendido por ordem de chegada. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO através da consulta de enfermagem para: • Identificação dos fatores e potenciais de risco ou sinais de alerta. (choque, palidez, febre alta, desmaio ou perda da consciência, desorientação, tipo de dor, etc) • Queixa principal (apresentação da doença) • Pontos importantes na avaliação inicial o Sinais vitais, saturação de O2, escala de dor, escala de Glasgow, doenças preexistentes, idade, dificuldade de comunicação • Reavaliar constantemente poderá mudar a classificação Ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata (em curto prazo Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento imediato (AGORA) MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O AGTENDIMENTO DE ENFERMAGEM: • Manual de classificação de risco e computador • Esfigmomanômetro e estetoscópio • Termômetro • Glicosímetro • Relógio • Monitor (para aferir frequência cardíaca e SPO2) • Pulseira de identificação conforme a classificação destinada • Ficha de registro para classificação de risco • Equipamentos de proteção individual (EPI) CASO CLÍNICO S.F.S idade: 55 anos; sexo: masculino. Profissão: pedreiro; estado cível: casado; residência: bairro Guamá. HA- paciente deu entrada nesta unidade com crise hipertensiva e dor torácica há 30 minutos. Apresenta vertigem e cefaleia intensa. AP: fumante de 20 cigarros/dia. Faz uso moderado de bebida alcoólica. Sedentário no momento. AF: pai diabético e hipertenso. Mãe faleceu de infarto aos 76 anos. Exame físico: altura/peso: 1,65cm / 80kg, pulso (Cheio e irregular). FR 27rpm. PA 180x100 mmHg. T: 36°c Resposta: o paciente mostra uma pressão arterial alta, alteração na frequência respiratória, vertigem e cefaleia intensa (atenção) – no caso desse paciente os seus sintomas podem mostrar um provável infarto. Então sua classificação é VERMELHA, atendimento imediato. Risco iminente de morte. Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 3 – BIOMECÂNICA DO TRAUMA Traumas: É uma lesão produzida por ação violenta física ou química caracterizada por uma alteração estrutural ou fisiológica, de parte ou de todo o corpo, resultante da exposição excessiva a uma energia ou da privação de uma energia essencial • Principal causa de morte no indivíduo jovem • No Brasil ocupa o 3º lugar • Em algumas cidades do Brasil é a primeira causa de morte • Alto Custo social, acaba sendo uma epidemia; Distribuição trimodal: • Mortes imediatas (acontece na cena do acidente) • Mortes precoces (2 a 3 hrs depois) • Mortes tardias CINEMÁTICA DO TRAUMA X BIOMECÂNICA DO TRAUMA A avaliação de um paciente traumatizado inicia-se antes mesmo da visualização da vítima, na fase pré- hospitalar do atendimento. • “Saber onde procurar lesões é tão importante quanto saber o que fazer após encontrá-las.” AVALIAÇÃO DA CENA DO ACIDENTE Determinar as lesões resultantes das forças e movimentos envolvidos; • Danos no veículo; • Distância de frenagem; • Posição das vítimas (vítimas no carro e ejetadas); • Uso do cinto de segurança (lesão menos grave); • Lesões aparentes (sangramentos, abertas); • Exame inicialmente normal, considerar lesão potencial; PRINCÍPIOS GERAIS O primeiro passo para obtenção da história é a avaliação dos eventos que ocorreram no local: • Como se apresenta o local do incidente? • Quem atingiu o quê, e com que velocidade? • Qual foi o tempo de parada? • As vítimas estavam contidas por cinto de segurança? • O air bag foi acionado? • Ocupantes foram ejetados do veículo? • Eles colidiram com objeto? O tratamento bem sucedido dos traumatizados depende da identificação das lesões ou das possíveis lesões e de uma boa avaliação; A compreensão dos princípios da biomecânica aumentará o nível de suspeita, com base no padrão das lesões, provavelmente associadas ao exame local da ocorrência, logo ao chegar; Os princípios gerais são as leis da Física que governam a transferência de energia e os efeitos gerais dessa transferência; Primeira Lei de Newton – Um corpo em repouso ou em movimento tende a permanecer neste estado até que uma força externa atue sobre ele. FASE DA COLISÃO – Uma colisão? três colisões!! • Momento 1: o carro bate no poste • Momento 2: o corpo bate no volante causando fraturas de costelas • Momento 3: o corpo bate no volante causando contusão do coração Lei da conservação da energia – “nenhuma energia é perdida e sim transformada.” • E= m × v² ÷2 TROCAS DE ENERGIA • Quanto maior a distância de parada, menor a desaceleração; • Quanto maior a densidade e a área de contato entre os corpos, maior a troca de energia; • Ex. parede, espuma, quando não tem distância pra parar, alta velocidade; tamanho da vítima x bicicleta; pedestre x carro; adulto e criança x carro; FASES DE EVOLUÇÃO DA VÍTIMA DE TRAUMA Pré-colisão: • Ingestão de álcool ou drogas; • Doenças preexistentes; • Condições ambientais; • Idade da vítima; Colisão: • Direção da variação de energia; • Quantidade de energia transmitida; • Forma como as forças afetaram a vítima Pós-colisão • Começa tão logo a energia é absorvida e o doente traumatizado; Pré-evento: • Medidas educativas e preventivas; capacitação do profissional; treinamento; equipamentos; entrosamento • Evitar o trauma Evento: • Cinemática; situação; energia; qual recurso vou precisar? pra onde o paciente será encaminhado? Pós-evento: • Zona; local; cena • Exame primário; medidas de suporte ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO COLISÃO FRONTAL COLISÃO TRASEIRA COLISÃO LATERAL CAPOTAMENTO • A cada 1 morte por trauma ficam 5 pacientes com sequelas • Com ejeção da vítima as lesões são muito mais graves COLISÃO TRASEIRA • Aceleração, altamente súbito • Coluna cervical/ encosto de cabeça • Novo impacto (frontal) CAPOTAMENTO • Impacto em qualquer direção; • Grandes potenciais de lesões; • Atenção para a coluna; • Ocupante ejetado (06 vezes mais chances de óbito); SISTEMAS DE CONTENÇÃO DO OCUPANTE Cinto de segurança • Uso apropriado • Cinto abdominal • Evita ejeção • Fixação em pontos • Maior chance de sobreviver AIR BAGS • Desaceleração frontal • Um só impacto • Deslocamento para baixo A equipe que atende um politraumatizado deve ter dois tipos de lesões em mente: • Lesões facilmente identificáveis • Lesões potenciais CAVITAÇÃO O impacto do objeto sobre as partículas do tecido acelera estas partículas, afastando-as do ponto de impacto; Os próprios tecidos podem se tornar objetos em movimento e colidir com outras partículas de tecido, produzindo um “efeito dominó”. Cavitação – quando um objeto sólido atinge o corpo humano, ou quando o corpo está em movimento e atinge um objeto estacionário, as partículas de tecido do corpo humano são deslocadas da sua posição normal, criando um orifício ou uma cavidade. Dois tipos de cavidade: • Cavitação temporária • Cavitação permanente • Temporária: forma-se no momento do impacto, parte ou toda cavidade retorna a sua posição prévia; • Permanente: forma-se no momento do impacto e é causada por compressão ou laceração do tecido; TRAUMA PENETRANTE • Saber se o agressor foi homem ou mulher; • Depender da força, velocidade e tamanho da lâmina (PREVER LESÕES GRAVES); • Tudo vai depender da cinemática (posição davítima) para inferir possíveis lesões; • Nunca deve retirar o objeto na cena; • A aparência externa da ferida penetrante não determina a extensão das lesões internas; • É importante definir a trajetória de uma ferida penetrante e considerar todas as lesões internas possíveis; • Evisceração; TRAUMA CONTUSO • Não há perfuração; • A lesão diafragmática representa <10% dos traumas abdominais contusos e a lesão esplênica é a mais comum em traumas contusos do que em traumas penetrantes; • Ex. Barotrauma, Pneumotórax hipertensivo; Situações mais comuns nos traumas abdominais: • Trauma hepatobiliar: mais comum arma de fogo ou penetrante • Trauma esplênico: trauma contuso por fratura dos últimos arcos costais • Trauma pancreático: lesões penetrantes • Trauma duodenal: trauma penetrante ou fechado por lesão no impacto no volante FAF – FERIMENTO POR ARMA DE FOGO Fatores mais importantes • Área frontal • Deformação do míssil • Fragmentação • Trauma penetrante • Maior chance de lesão permanente (trajeto do projétil) ACIDENTE DE MOTOCICLETA • Uso do capacete para prevenir o TCE grave; • Colisão frontal (lançado), angular (moto cai sobre o ocupante) e lateral; • Derrapamento; • Impacto com ejeção; ATROPELAMENTO • Existe dois fatores que diferenciam as lesões: • Faixa etária: adulto ou criança; • Altura: adulto ou criança; • Diferença de densidade e velocidade; QUEDAS • Desaceleração vertical; • Vítimas de queda também podem sofrer lesões causados por impactos múltiplos; • A primeira estrutura que recebe o impacto terá uma lesão maior; • AVALIAR: • Altura da queda; • Queda de uma altura 3 x maior que a vítima é considerado grave; • Tipo de superfície; • “A depender de como ele caiu que vai determinar a lesão” EXPLOSÕES • Rápida dissipação de energia; o Tipo do agente explosivo; o Espaço Físico da detonação; o Grau de confinamento da explosão; o O trauma é através da onda de energia capaz de ejetar o paciente; • Com explosão sempre tem estilhaço para realizar traumas; • Própria queda do paciente que foi lançado; RESUMO • A cinemática permite prever ate 90% das lesões • Para entender a cinemática, é necessário ter conhecimento de anatomia e de troca de energia • As leis da física aplicam-se tanto ao trauma fechado quando aos ferimentos penetrantes • Na determinação da energia cinética, a velocidade é mais importante do que a massa Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 4 – SUPORTE BÁSICO DE VIDA • São cuidados imediatos prestados a alguém com uma doença ou ferimento. • Uma atuação nos primeiros minutos pode definir se a vítima irá se recuperar completamente ou não. Suporte Básico de vida SBV – BLS • Atendimento prestado a uma vítima de mal súbito ou trauma o Manutenção de seus sinais vitais e a preservação da vida ▪ Tratamento definitivo Precauções universais: • Evite ao máximo contato com fluidos corporais da vítima, como sangue, urina, saliva e outros. • Procure usar equipamentos de proteção individual (luvas, máscara, etc.). PASSO AÇÃO 1 Se a vítima estiver responsiva, apresente-se antes de ter qualquer contato físico: “Meu nome é Antônio e tenho treinamento em primeiros socorros. Posso ajudar?” 2 Se a vítima concordar, você pode prestar os primeiros socorros. 3 Se a vítima recusar sua ajuda, telefone para o atendimento de emergência (192) e permaneça com a vítima até a chegada de um socorrista para assumir o caso. 4 Se a vítima estiver confusa ou não responder, considere que ela queira que você a ajude. Obs: ao prestar assistência à vítima, use o bom- senso 1° PASSO: VERIFICAR A SEGURANÇA DO LOCAL • Observe o ambiente (Ex.: vapores tóxicos, avenida movimentada, etc.) e certifique-se de que o local seja seguro para você e para a vítima. • Preocupe-se em primeiro lugar com a sua segurança. CORRENTE DE SOBREVIVÊNCIA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) 2020 Formadas por 5 elos ou ações básicas: 1. Rápido reconhecimento da situação de emergência e ativação da equipe ou sistema de emergência; 2. Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP); 3. Desfibrilação imediata/rápida; 4. Suporte avançado imediato; 5. Cuidados pós-parada Em 2015, aproximadamente 350.000 adultos nos Estados Unidos apresentaram PCR não traumática extra-hospitalar (PCREH) atendida por pessoal dos serviços médicos de emergência (SME). Apesar dos avanços recentes, menos de 40% dos adultos recebem RCP iniciada por leigos e menos de 12% têm um DEA aplicado antes da chegada do SME Além disso, aproximadamente 1,2% dos adultos internados nos hospitais dos EUA sofrem PCR intra- hospitalar (PCRIH). Os resultados da PCRIH são significativamente melhores que os resultados da PCREH e continuam a melhorar. Mesmo com todos os avanços na área da saúde, a Parada Cardiorrespiratória (PCR) ainda se mantém como uma das emergências cardiovasculares de maior prevalência e com elevadas taxas de morbimortalidade no mundo. Ocorrem cerca de 200.000 casos de PCR por ano no Brasil, sendo que metade transcorre no ambiente hospitalar e a outra metade no ambiente extra hospital como praças, shoppings e aeroportos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2019). “HERÓIS MORTOS NÃO PODEM SALVAR VIDAS”, PORTANTO, AVALIE OS RISCOS DO LOCAL. 1. Existe algum perigo para o socorrista? 2. Existe algum perigo para a vítima? 3. Existem outras pessoas à sua volta que possam ajudar? 4. Onde fica um telefone mais próximo? alguém possui celular? 5. Quantas pessoas estão feridas? como se feriram? 6. Qual é sai localização? 7. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA • Paciente inconsciente o Respiração ausente ou em gasping ▪ Sem pulso central palpável A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma situação clínica em que se tem a interrupção súbita e contínua dos batimentos cardíacos seguido da suspensão da circulação sanguínea, levando o paciente a inconsciência, apneia, ausência de resposta aos estímulos e inexistência de pulsações palpáveis. EPIDEMIOLOGIA • A doença cardíaca isquêmica, principal determinante da PCR, continua liderando as causas de morte no mundo, e no Brasil não é diferente. • Em 2013, nos Estados Unidos, a ocorrência de PCREH foi responsável por 63% desses eventos, com sobrevida de 9,5%, o que reflete diretamente nos esforços do atendimento inicial realizados pelos presentes no local. O atendimento da PCR é descrito na literatura como Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), que compreende uma sequência de manobras e procedimentos destinados a manter a circulação cerebral e cardíaca, e garantir a sobrevida do paciente. ATENDIMENTO E SUPORTE DURANTE A RECUPERAÇÃO • 2020 (novo): recomendamos que os sobreviventes de PCR tenham avaliação de reabilitação multimodal e tratamento para prejuízos fisiológicos, neurológicos e cognitivos antes da alta do hospital • 2020 (novo): recomendamos que os sobreviventes de PCR e seus cuidadores recebam planejamento de alta abrangente e multidisciplinar para incluir recomendações de tratamento médico e de reabilitação e retornar às expectativas de atividades/trabalho • 2020 (novo): recomendamos avaliação estruturada para ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e fadiga para os sobreviventes de PCR e seus cuidadores 5 PASSOS PARA SALVAR VIDAS 1. Reconhecer – avaliação inicial 2. Ajuda – 192+DEA 3. RCP 4. DEA 5. Cuidados pós parada Prioridades que necessitam de investigação imediata para antecipar um colapso 1) Rebaixamento agudo do nível de consciência e alterações neurológicas agudas 2) Alterações importantes dos sinais vitais: • Frequência respiratória(FR) >30 ou < 8 ipm ou uso de musculatura acessória • Saturação arterial oxigênio (SatO) < 90% • Frequência cardíaca (FC) >100 ou <50 bmp • Pressão arterial sistólica (PAS) <90 mmHg • Tempo de reenchimento capilar (EC) > 3 segundos 3) Pacientes com achados potencialmente emergenciais: • Precordialgia ou dor torácica • Febre com suspeita de neutropenia • Suspeita de obstrução de via aéria • Intoxicação agudas • Hematêmese, enterorragia ou hemoptise • Dor intensa • Hipóxia Reconhecimento e acionamento imediato do serviço médico de emergência • O profissional de saúde deve reconhecer a PCR • Avaliar a responsividade: chamar o paciente pelo nome! • Avaliar a respiração e o pulso simultaneamente por 10 segundos • Em caso de detecção de ausência de responsividade, respiração (ou gasping) e pulso, solicitar a outro profissional, de forma clara e objetiva que: Acione a equipe médica Traga o carrinho de emergência - PCRIH Traga o desfibrilador / DEA Reconhecer a OCR PCREH Chamar ajuda (192) + DEA Checar pulso no adulto • Carotídeo • Pelo menos 5 segundos, não mais de 10 segundos • No NOVO protocolo 2020, o pulso não é prioridade para leigos RCP DE ALTA QUALIDADE 1° PASSO: como aplicar a compressão? PASSO AÇÃO 1 Coloque a vítima de barriga para cima em superfície dura e plana. 2 Ajoelhe-se ao lado da vítima. 3 Afaste ou remova as roupas da parte anterior do tórax para que não possam atrapalhar a realização das compressões 4 Ponha a região Hipotênar de uma mão no centro do tórax, dois dedos acima do apêndice xifoide, e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando os dedos. – Técnica correta 5 Pressione o tórax ate que ele abaixe pelo menos 5 cm e não mais do que 6 cm – profundidade 6 Aplique compressões em uma frequência de 100 a 120/min - velocidade entre 16 a 18 7 Após cada compressão, permitir o retorno total do tórax – sístole e diástole artificial Os socorristas devem: • Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min • Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5cm) • Permitir o retorno total do tórax após cada compressão. • Minimizar as interrupções nas compressões • Ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões. Cada respiração administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax) Os socorristas NÃO DEVEM: • Comprimir a uma frequência inferior a 100/min ou superior a 120/min • Comprimir a uma profundidade inferior a 2 polegadas (5 cm) ou superior a 2,4 polegadas (6 cm) • Apoiar-se sobre o tórax entre as compressões • Interromper as compressões por mais de 10 segundos • Aplicar ventilação excessiva (ou seja, uma quantidade excessiva de respiração ou respirações com força excessiva) Hands Only – apenas compressões atualizações 2020 PCREH • Início precoce de RCP por socorristas leigos • 1° - coração não é feito pra parar • 2° - insuflações gástricas, aumentam a chance de broncoaspiração 2° PASSO: ventilação PASSO AÇÃO 1 Incline a cabeça da vítima, tracionando* a cabeça para trás. *(Não faça isso se você suspeitar que a pessoa pode ter uma lesão no pescoço) * 2 Eleve o queixo da vítima, colocando os dedos na parte óssea 3 Eleve o queixo, movendo a mandíbula para trás. Relação ventilação – compressão adequada • Sem via área avançada: o Realizar abertura de vias aéreas o Ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 compressões e 2 ventilações (até garantia de uma via aérea avançada) • com via aérea avançada (máscara laríngea, tubo orotraqueal ou traqueostomia) o compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/min e 1 ventilação a cada 6 segundo (10 respirações por minuto) 3° PASSO: como aplicar ventilações? PASSO AÇÃO 1 Mantenha as vias aéreas abertas com a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo. 2 Aperte as narinas com os dedos da mão. 3 Inspire normalmente e cubra a boca da vítima com sua boca, criando uma ventilação que impeça o escape de ar. 4 Aplique 2 ventilações de 1 segundo cada, observando a expansão do tórax. Observações: • 30 compressões para cada 2 ventilações. • Respiração agônica não é respiração. Neste caso, continua- se a RCP. • Se a vítima estiver responsiva, gire-a para o lado e aguarde o socorrista. Caso a vítima pare de responder, reinicie a RCP. • Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10 segundos para realização de duas ventilações. Considere obter uma fração de compressão torácica maior possível, tendo como objetivo um mínimo de 60% • Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos para evitar o cansaço e compressões de má qualidade • As manobras de RCP devem ser interruptas, exceto quando: a vitima se movimentar; durante a fase de análise do ritmo cardíaco pelo desfibrilador; durante o posicionamento de vias aéreas avançadas; e quando ocorrer exaustão do socorrista. ATENÇÃO! No ambiente intra-hospitalar, permanece a recomendação de: • SEM via aérea avançada: alternar 30 compressões torácicas com 2 ventilações • COM via aérea avançada: compressões torácicas contínuas por 2 minutos, com 1 ventilação a cada 6 segundos sem interromper as compressões • Sem via aérea avançada no momento das compressões aumenta a pressão intratorácica e por esse motivo a lógica para fazer as compressões-parar-e ventilar; • Com via aérea avançada essa vertente muda e por isso está indicado fazer compressões contínuas e ventilação • Benefícios de ambas compressões (circulação) x respiração (O2) DESFIBRILAÇÃO RÁPIDA Assim que chegar o desfibrilador externo automático (DEA) • Verificar o ritmo • Em caso de ritmo chocável (fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso) • Aplique 1 choque • Reinicie a RCP por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do ritmo; continue até que o suporte avançado de vida assuma ou a vitima se movimente Em caso de ritmo não chocável: • Reinicie a RCP por 2 minutos, até ser avisado pelo DEA para verificação do ritmo; continue ate que o médico assuma ou até que a vítima se movimente. Em hospitais, onde não há disponível o DEA, somente o desfibrilador manual, e, nesse caso, necessita que a equipe médica esteja disponível 24 horas, tendo em vista que é um procedimento privativo do médico. Neste caso a equipe de enfermagem realizara o suporte básico de via com a RCP de alta qualidade com o desfibrilador posicionado próximo ao paciente quando o médico assumir o atendimento possa utilizado imediatamente. PASSO A PASSO PARA O USO DO DEA • Abrir/ligar + colocar ao lado da cabeça da vítima • Colocar as pás no tórax da vítima • Ouvir • Aplicar o choque se necessário (TODOS AFASTADOS) • Reiniciar RCP DESFIBRILAÇÃO: ritmo com necessidade de choque. Ritmo caótico – Despolariz. Desorganizada Os dois ritmos que são chocáveis: • Fibrilação ventricular • Taquicardia ventricular sem pulso Melhor prognóstico RITMOS DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Atividade elétrica sem pulso: identifica no monitor, mas não é efetiva pra gerar PA • Assistolia: causas reversíveis • Os dois primeiros são ritmos CHOCAVEIS CAUSAS REVERSÍVEIS AESP e Assistolia: • 5 “Hs” o Hipóxia o Hipovolemia o Hipotermia o Acidose (H+) o Hiper/ hipocalemia, hipocalcemia, hipomagnesemia • 5 “Ts” o Tamponamento cardíaco o Pneumotórax o Trombose coronariana o TEP o Tóxicos Monofásico / bifásico – mais recomendado O tempo ideal para o primeiro choque compreende os primeiros3 a 5 minutos da PCR CONSIDEREM FV.... RESUMO DOS COMPONENTES DE UMA RCP DE ALTA QUALIDADE PARA PROFISSIONAIS DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV): • Segurança do local • Verificar responsividade • Acionar o serviço médico de emergência (SME) • Avaliar respiração e checar o pulso simultaneamente • Compressões torácicas/ ventilações • Iniciar 30:2 e/ou 151;2* • Frequência de 100 a 120/min • Profundidade – entre 5 até 6 cm em adultos Avaliação: verifique a resposta • Técnica de avaliação e ação: toque nos ombros e pergunte: você está bem? Avaliação: chame ajuda e peça o carro de emergência • Técnica de avaliação e ação: grite por ajuda para pessoas mais próximas; busque o carro de emergência com desfibrilador Avaliação: verifique respiração e pulso • Técnica de avaliação e ação: confirme a apneia ou respiração anormal (GASPING); verifique o pulso durante 5 a 10 segundos; ausência de pulso após 10s. inicie RCP de alta qualidade; presença de pulso mas não há respiração forneça 1 ventilação com ambu a cada 6 segundos Avaliação: desfibrilador • Técnica de avaliação e ação: monitore o paciente com o desfibrilador (manual ou DEA); use o DEA imediatamente, se disponível; após o choque, independente do tipo de desfibrilador, reinicie a reanimação DESFIBRILAÇÃO PRECOCE + MEDICAÇÕES NO AV RITMOS CHOCAVEIS – TV E FV Atualização AHA 2020: uso precoce de epinefrina (adrenalina) AESP ou ASSISTOLIA não tem choque, porém tem adrenalina EV de 3 a 5 minutos e compressões. CUIDADOS PÓS – PCR Principais objetivos iniciais e subsequentes dos cuidados pós-PCR • Otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais após o retorno da circulação espontânea • Transportar/transferir para um hospital apropriado ou UTI com completo sistema de tratamento pós-PCR • Identificar e tratar síndromes coronarianas agudas e outras causas reversíveis • Controlar a temperatura para otimizar a recuperação neurológica (Evitar febre) • Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de órgãos. Isto inclui evitar ventilação excessiva e hiperóxia. • Pressão arterial sistólica ideal: acima de 100mmHg (associado a uma melhor recuperação) • É aconselhável evitar e corrigir imediatamente PA sistólica menor que 90 mmHg e pressão arterial média (PAM) menor que 65 mmHg durante os cuidados pós parada, pois a hipotensão associada ao aumento da mortalidade e à redução da recuperação funcional. • Identificar e tratar hipo e hiperglicemia. Equipe de atendimento a PCR: atribuição de cada profissional no atendimento à PCR de acordo com a orientação da american heart association (AHA), a equipe de atendimento deve dispor de seis elementos assim distribuídos: • Um líder da equipe • Um na ventilação • Um na compressão torácica • Um anotado de medicação e de tempo • Um na manipulação dos medicamentos • Um no comando, próximo ao monitor / ECG Dentro da realidade de cada instituição, procura-se padronizar as funções dessas pessoas com atribuições mais específicas, tornando o atendimento mais eficiente e rápido. Atribuição de cada profissional no atendimento à PCR Enfermeiro: • Coordena as ações e direciona as atribuições da equipe de enfermagem. • Instala o desfibrilador semi automático DEA) e se indicado realiza desfibrilação • Preparar o desfibrilador convencional • Instalar o monitor, no caso de não haver possibilidade ou necessidade de realizar a desfibrilação, ou quando a primeira desfibrilação não teve sucesso • Auxiliar o médico nas manobras de RCP, assumindo a ventilação ou a compressão torácica Auxiliar e técnico de enfermagem • Aproximação do carro de emergência e colocação da tábua rígida • Preparo de medicação • Controle de tempo de administração de cada medicamento • Obtenção de vias de acesso venoso SBV EM PEDIATRIA As causas de PCR em bebês e crianças diferem da PCR em adultos e um número crescente de evidências pediátricas específicas corroboram essas recomendações. RCP EM LACTENTES • Principal causa – hipoxia • Checar responsividade com estímulos nos pés e avaliar respiração + pulso central (braquial) • Pedir ajuda (192+DEA) • Leigos – hands Only / profissionais – compressões + ventilações • RCP – coloque dois dedos de uma mão imediatamente abaixo a linha dos mamilos; pressione o osso esterno do lactente 1/3 a ½ de profundidade do tórax, aplicando compressões rápidas da mesma forma que são feiras em crianças • Resp. boca nariz boca • 30:2 (1 socorrista) ou 15:2 (dois socorristas) • DEA RCP EM CRIANÇAS (DE 1 A 8 ANOS) Quando acionar a emergência: Sozinho: • Acione a emergência • Aplique 5 ciclos de 30 compressões e 2 ventilações • Profundidade das compressões: pressione 1/3 ou ½ da profundidade tórax (5cm) • Numero de mãos usadas para compressão: criança muito pequena (uma mão); criança um pouco maior (pode ser usada as duas mãos). O importante é a profundidade da compressão PARADA RESPIRATÓRIA Vítima que não respira ou respira de forma ineficaz (gasping), porém apresenta pulso palpável, encontra-se em parada respiratória. Nesses casos, realize uma ventilação a cada 5 a 6 segundos (10 a 12 ventilações por minuto) para vítimas adultas. Para lactentes e crianças 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos durante 2 minutos até reavaliar. O pulso deve ser checado a cada dois minutos, com a finalidade de verificar se a parada respiratória progrediu para uma PCR, necessitando de RCP. MANOBRA DE HEIMLICH (AHA) • Confirmar se a vítima está consciente estranho; • Se posicionar por detrás da vítima; • Posicionar as mãos fechadas entre o processo xifoide e cicatriz umbilical para as compressões; • Manobra torácica em grávidas e obesos em obstrução total das VA; Incentivar a tosse em engasgo parcial Secundário ao engasgo: • Vítima inconsciente devido Hipóxia cerebral; • 1º passo: Posicionar a vítima em decúbito dorsal; • 2º passo: solicitar ajuda (192); • 3º passo: iniciar a RCP 30 compressões • 4º passo: abrir a via aérea e observar se há possibilidade de retirar o corpo estranho; • se conseguir retirar, realiza duas ventilações na vítima, posteriormente checar o pulso e observar a respiração espontânea; - Se não tiver pulso, reinicia a RCP; • se não conseguir retirar, realiza duas ventilações, se não observar movimento torácico, reposiciona a via aérea e repete a ventilação e posterior reinicia as compressões; Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 5 – AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA APH Essência do APH • Filosofia Scoop and Run -> transporte o mais rápido possível • Filosofia Stay and Play -> realizar atendimento na cena e ir Play and Run A Resolução COFEN 375/2011 estabelece em seu artigo primeiro que: “A assistência de Enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre, aérea ou marítima) destinada ao Atendimento Pré-Hospitalar e Inter- Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do Enfermeiro.” Quem é esse enfermeiro? • Titular do diploma de Enfermeiro; • Devidamente registrado no COREN de sua jurisdição; • Habilitado para ações de enfermagem no APH conforme os termos do regulamento, devendo além das ações assistenciais, prestar serviços administrativos e operacionais em sistemas de APH. • No APH, assume o papel de articulação entre a equipe; • Coordenador da equipe de enfermagem; Avaliação da cena • Avaliação da cena: assegurar de que a cena é segura para equipe e paciente, bem como considerar cuidadosamente a natureza exata da situação • Avaliação de cadadoente: inclui uma forma inicial de triagem, de modo que os doentes mais graves sejam avaliados primeiro, com ênfase em: condições que possam resultar em perdas de vida e/ou de membros. • Situações de catástrofe ou incidente de múltiplas vítimas: em uma situação de desastre, a prioridade muda. Em vez de dirigir todos os recursos para o doente mais grave, deve-se dirigi-los para o salvamento do maior número de vítimas. Avaliação primária e atendimento do doente X – ABCDE • X – Hemorragias exsanguinante • A – Manter as vias aéreas (airway) pérvias e estabilização da coluna cervical • B – Boa respiração (breathing) e ventilação • C – Circulação (circulation) – verificação do pulso e controle de hemorragias • D – Avaliação de disfunção neurológica (disability) pela escala de coma de Glasgow (ECG), AVDI* e pela pupila. • E – exposição (exposure) e ambiente, prevenção da hipotermia. Avaliação primária e atendimento do doente A avaliação primária à vítima de trauma precisa ser realizada de forma dinâmica e integrada. Essas fases seguem a sequência X-A-B-C-D-E, mas podem ser desempenhadas simultaneamente, quando possível. Avaliação secundária • Consiste na avaliação cefalocaudal (da cabeça aos pés) da vítima. • Sedo somente realizada após o término da avaliação primária e tratamento de todas as lesões que ameacem a vida. Novidade – uso do torniquete! Quando podemos usar? • Quando a pressão direta ou o curativo compressivo não se mostrarem eficazes no controle de lesões graves e exsanguinantes, principalmente de extremidades. • Uso do torniquete pode ser seguramente aplicado pelo período de tempo de 120- 150minutos. (2- 2,5h), o horário de início deve ser escrito na faixa do torniquete ou em um esparadrapo. • Um tempo maior que este pode isquemiar o membro. X Controle de Hemorragia no APH No APH não faz controle de hemorragias internas (tórax e abdômen) 1. Pressão direta – ferimento aberto sangrante (chumaço de gazes ou atadura e coloca encima do ferimento para realizar uma pressão) 2. Preenchimento - ferimentos profundos seguido de pressão direta 3. Agentes Hemostáticos - técnica adjunta ex. celox, gaze hemostática 4. Curativo Compressivo - complemento de outra técnica, liberar um socorrista para outro procedimento (atadura israelense) 5. Torniquete de Extremidades - 120 a 150 minutos para chegar no hospital (com acesso ao molinete para frente) A – VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL Principal causas de obstrução de vias aéreas • Queda da língua em pacientes inconscientes • Presença de corpos estranhos, sangue e restos alimentares. • Fraturas de face • Traumas cervicais – ruptura da laringe e traqueia. Novo paradigma de restrição de movimento de coluna em atendimento pré-hospitalar no Brasil A maneira mais simples de diagnosticas problemas com as vias aéreas é através da resposta verbal da vítima, pois estando está respondendo evidencia-se a permeabilidade das vias. Sinais como agitação, cianose ou respiração ruidosa põem significar obstrução das vias aéreas. B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO A ventilação pode estar prejudicada tanto por obstrução das vias aéreas como: • Observe as incursões torácicas procurando movimentos simétricos. • Ausculte ambos os hemitórax; murmúrio vesicular diminuído ou ausente • Taquipnéia pode indicar falta ar. C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA • A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a primeira causa de morte nas primeiras horas após o trauma • Hipotensão arterial em vítimas de trauma deve ser sempre considerada como consequência de hipovolemia. D – EXAME NEUROLÓGICO • Uma rápida avaliação do estado neurológico deve determinar o nível de consciência e a reatividade pupilar do traumatizado • O rebaixamento do nível de consciência é indicativo de diminuição da oxigenação, lesão direta do encéfalo ou uso de drogas e/ou álcool. o A – Alerta o V – Resposta ao estímulo verbal o D – Responde ao estímulo doloroso o I – Irresponsivo aos estímulos • Avaliação pupilar o Pupilas normais (ISOCORIA) o Pupilas desiguais (ANISOCORIA) o Pupilas contraídas (MIOSE) o Pupilas dilatadas (MIDRÍASE) ESCALA DE COMA DE GLASGOW COM RESPOSTA PUPILAR (ECG-P) Verifique: fatores que interferem com a comunicação, capacidade de resposta e outras lesões Observe: a abertura ocular, o conteudo do dicurso e os movimentos dos hemicorpos direito e esquerdo Estimule: estimilação sonora: ordem em tom de voz normal ou em voz alta. Estimulação física: pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária • O estímulo no osso esterno não é mais indicado para avaliar o inespecífico. Pontue: de acordo com a melhor resposta observada. O estímulo no osso esterno não é mais indicado para avaliar por ser inespecífico Que fatores podem interferir na avaliação da escala de coma de Glasgow? • Fatores pré-existentes: o Linguagem ou diferentes culturais o Déficit intelectual ou neurológico o Perda auditiva ou impedimento de fala • Efeitos do tratamento atual: o Intubação física ou traqueostomia o Farmacológicos -> sedação ou paralisia • Efeitos de outras lesões ou lesões: o Fratura orbital/craniana o Disfasia ou hemiplegia o Dano na medula espinhal CLASSIFICAÇÃO – ESCALA DE COMA DE GLASGOW • <8 – TCE GRAVE • 9 a 12 – TCE MODERADO • 13 a 15 – TCE LEVE Para escrever a escala não será realizado apenas a somatória dos pontos e dos critérios, e sim cada pontuação de cada critério junto com a somatória. • Abertura Ocular = O • Resposta Verbal = V • Melhor resposta Motora = M PUPULAR (ATUALIZAÇÃO 2018) • (2) inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz • (1) parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz • (0) completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luzu Analise a reatividade pupilar: suspenda cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcione um foco de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação ao estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultado final mais preciso. Essas reações devem ser anotadas periodicamente para possibilitar uma visão geral do progresso ou deterioração do estado neurológico do paciente. E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DE HIPOTERMIA O paciente traumatizado deve ser completamente despido para facilitar o exame completo e a determinação de lesões que podem comprometer a sua vida para se evitar movimentos e eventual mobilização de fratura ou luxações, as vestes devem ser cortadas antes da remoção. Durante o transporte do paciente, o enfermeiro deve assegurar a manutenção dos cuidados e evolução dos sinais e sintomas, transmitindo as informações a respeito do caso à equipe do pronto-socorro. No pós atendimento, deve repor o material utilizado, recarregar bateria dos equipamentos, limpeza e desinfecção dos equipamento e veículo de emergência. Registro das condutas adotas no atendimento e fazer relatório em livro de ocorrência de enfermagem. ESTUDO DE CASO 1 Paciente durante o atendimento: • Conversa e apresenta olhos abertos • Responde que gosta de maçã quando é perguntado sobre o que aconteceu • Retira a mão do examinador quando o mesmo faz pressão na ponta dos dedos. o Glasgow 11 o Glasgow 12 o Glasgow 13 ESTUDO DE CASO 2 • Tem olhos total queimados por fogo • Não tem qualquer resposta verbal a nenhuma pergunta • Faz movimento de extensão quando se realiza Pinçamento de trapézio o Glasgow 4 o Glasgow 6 o Glasgow 3 Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 6 –CUIDADO DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMAS DE TÓRAX E ABDOMINAL Trauma de tórax: a caixa torácica protege órgãos nobres, coração e pulmões, além de estruturas vitais, como traqueia, brônquios e grandes vasos (artéria aorta, veia cava, etc) Identificar e tratar essas lesões de maneira rápida e eficaz, contribuindo para diminuir as elevadas taxas de mortalidade. Fisiopatologia das lesões torácicas • Hipóxia - hipovolemia, alteração de ventilação/perfusão • Hipoventilação - alteração mecânica ventilatória, depressão do novel de consciência • Acidose – respiratória • Perfusão tecidual inadequada • Mecanismo e trauma – impressão geral do doente • A enfermagem salva vidas – define rapidamente a gravidade Aberto • Penetrante: objetos que atravessam a parede torácica, penetram na cavidade torácica e laceram os órgãos internos do tórax (pneumotórax, pneumotórax hipertensivo, hemotórax) Fechado: não penetrante ou contusa – a força contusa aplicada à parede torácica é transmitida através da parede torácica aos órgãos torácicos, especialmente aos pulmões. Essa onda de enegia pode lesar os tecidos e os vasos sanguíneos pulmonares, o que pode causar sangramento no interior dos alveolos (contusão pulmonar) Lesões com risco de morte • Lesão laringotraqueal • Obstrução pneumotórax hipertensivo • Aberto hemotórax volumoso tamponamento cardíaco • Contusão e tórax instável não é mais risco imediato. Pneumotórax Presença de ar no espaço pleural existente entre a parede interna do tórax e o pulmão. O ar no espaço pleural comprime o pulmão, diminuindo a oxigenação do sangue que sai do pulmão • Pode ser devido trauma aberto ou fechado • Pneumotórax aberto (menos grave, mas pode agravar) • Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax hipertensivo Entrada contínua de ar para o interior da cavidade torácica sem qualquer saída Se a quantidade de ar no espaço pleural continuar a aumentar, o pulmão do lado afetado sofre colabamento, o mediastino é desviado para o lado oposto, o pulmão do lado oposto também sofre colabamento, aumentando a pressão intratorácica • dor torácica, dispneia, taquicardia, ausência de MV, timpanismo Sinais e sintomas: • desconforto respiratório • desvio de traqueia-tardio • ausência de múrmuros vesiculares • estase jugular • timpanismo • cianose – tardio • diagnóstico: clínico • conduta: descompressão imediata (punção, seguida de drenagem) Drenagem com curativo de três pontas (curativo valvulado) hemotórax a quantidade de sangue que pode se acumular na cavidade torácica (causando hipovolemia) gera uma situação muito mais grave do que a quantidade de pulmão comprimida pelo sangue perdido conduta: reposição volêmica, drenagem de tórax, quando sangue não consegue ser controlado = toracotomia de emergência. colapso das veias do pescoço; sinais de hipovolemia; ausência de MV; macicez tórax instável a instabilidade do tórax ocorre quando duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas em pelo menos dois lugares; a força necessária para esse tipo de lesão leva a crer que haverá contusão pulmonar. O paciente apresenta afundamento de tórax com muita dor; a FR aumenta e a respiração se torna profunda. • Pode haver hipóxia ou cianose • O tratamento é cirúrgico • Dispneia; assimetria da parede torácica; dor e crepitação à palpação Contusão pulmonar Presença de sangue e edema nos alvéolos dificultando a troca gasosa. Conduta: suporte ventilatório ATENTAR com a administração excessiva de líquidos IV pois pode aumentar o edema pulmonar e comprometer a ventilação e a oxigenação tamponamento cardíaco acumulo agudo de líquidos entre o saco pericárdio e o coração • Causas: ferimento por arma branca no coração • Conduta: pericardiocentese ou toracotomia de emergência • Atenção: possibilidade de tamponamento pericárdio na avaliação de qualquer paciente com lesão torácica penetrante • Distensão das veias do pescoço; hipotensão arterial; abafamento das bulhas e pulso paradoxal ABORDAGEM DA VÍTIMA DE TRAUMA DE TÓRAX • ABCDE • Lesões frequentes em pacientes traumatizados • São eventualmente graves e fatais • Estar tecnicamente preparado para assistir esse doente • Mantê-lo sempre monitorizado • Profissional médico – dar o diagnóstico • Profissional enfermeiro – avaliar os sinais e sintomas • Conduta B • Avaliação clínica no diagnóstico, Raio-x só para paciente estável • Inspeção • Percussão • Palpação • Ausculta – MV + ou ausente • Papel do enfermeiro com múltiplas vítimas identificar o comportamento para priorizar o paciente grave. TRAUMA ABDOMINAL Exame físico abdominal no trauma • Inspeção • Ausculta • Percussão • Palpação • Exame da pelve e do períneo Exame físico • Exame físico em um paciente com trauma abdominal é essencial realizar a ausculta do abdômen, em busca de ruido hidroaéreo, pois a ausência pode indicar hemoperitônio ou presença de conteúdo gástrico na cavidade peritoneal • Sempre priorizar o atendimento primário no trauma ABCDE no trauma aberto e fechado • No exame da pelve e períneo, avaliar cuidadosamente possíveis traumas perineais Penetrantes • Afetam o peritônio, comunicando a cavidade abdominal com o exterior. • É quando ocorre solução de continuidade, oi seja, a penetração da parede abdominal por objetos, próteses, armas brancas, ou a ruptura da parede abdominal provocada por esmagamentos. • A penetração limita-se à parede do abdome sem provocar lesões internas Perfurantes • Quando há envolvimento visceral (de vísceras oca ou maciça) • É quando o objeto que penetra na cavidade abdominal atingir alguma víscera, lesando órgãos e estruturas. Sinais indicativos de lesão abdominal • Fratura de costela inferiores • Equimose de parede abdominal • Ferimento na parede abdominal, dorso e tórax • Sangramento pela uretra, vagina ou reto Evisceração Em caso de evisceração (saída de vísceras por ferimentos abdominais), limpar essas vísceras de detritos grosseiros com soro fisiológico e cobri-las com plástico esterilizado próprio para esse fim ou com compressas úmidas a fim de isola-las do meio ambiente Em hipótese alguma, tentar reintroduzir as vísceras no abdômen, porque o sangramento se agrava ou propicia o extravasamento de fezes Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 7 - CUIDADO DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais como a energia térmica, química ou elétrica) capazes de produzir calor excessivo que danifica os tecidos corporais e acarreta a morte celular. Tais agravos podem ser classificados como queimaduras de primeiro grau, segundo grau ou terceiro grau. Pele Epiderme, derme e subcutâneo • epiderme • derme • subcutâneo ou hipoderme o objetivo do tratamento de queimaduras em primeiros socorros deve ser: parar o processo de lesão, esfriar e cobrir o ferimento isso proporciona alivio da dor e minimizara a perda de tecido causas • térmicas – causadas pelo calor: são as queimaduras mais comuns, podem ser provocadas por gases, líquidos e sólidos quentes. • Químicas – causas por álcalis ou ácido • Elétrica – lesões causadas pelo trajeto de corrente através do organismo • Radiação – raio UV, ou por radiação ionizante. PROFUNDIDADE – PODE SER DETERMINADA PELA APARENCIA DA LESÃO E PELO AGENTE CAUSADOR. EXTENSÃO É AVALIADA ATRAVÉS DA PORCENTAGEM DA SUPERFICIE CORPORAL QUEIMADA(SCQ) Superfície corporal queimada (SCQ) Método de wallace (regra dos nove) • Cabeça e pescoço: 9% • Tronco: 18% cada lado (anterior e posterior) • MMSS: 9% cada • Genitália e períneo: 1% • MMII: 18% cada Gravidade – internação em centro de queimados • Espessura parcial < 10% SCQ • Face, mãos, pés, genitália, períneo ou articulações • Qualquer queimadura de espessura total • Queimaduras elétricas • Queimaduras Químicas • Lesão inalatória (UTI) • Comorbidades • Crianças, idosos, pacientes com problema social • Trauma concomitante Alguns cuidados que devemos ter com nosso paciente: • Cuide da sua segurança, de expectadores e da vitima • Não entre em um ambiente perigoso sem a proteção adequada • Cuidado com uma vítima em chamas • Parar, deitar e rolar/abafar com um cobertor • Afaste-se do ambiente o mais rápido possível • Chame socorro • Lave com água corrente e fria por 20 minutos • Se possível, remova todos os anéis, relógios, joias ou outros itens restritivos da área afetada sem causar danos aos tecidos • Remova roupas molhadas e não aderentes, pois as roupas embebidas em líquidos quentes retêm calor • Cubra a área queimada com curativo leve e antiaderente, de preferencia material limpo, seco e sem fiapos (não macio), por exemplo, filme plástico aderente • Cubra as áreas não queimadas e mantenha o restante da vítima quente para reduzir o risco de hipotermia. • As prioridades no gerenciamento da vítima de choque elétrico são: isolar/desligar a fonte de alimentação sem tocar na vítima • Inicie a ressuscitação cardiopulmonar, se necessário, seguindo o fluxograma de suporte básico de vida • Queimaduras frias, se for seguro, com água corrente fria por 20 minutos O objetivo dos primeiros socorros para queimaduras químicas não é esfriar a queimadura, mas diluí-la • Evite o contato com qualquer produto químico ou material contaminado, usando equipamento de proteção individual adequado • Retire a vítima para uma área segura • Remova o produto químico e qualquer roupa e joia contaminada assim que possível • Escove produtos químicos em pó da pele. Sem espalhar o produto químico para áreas não afetadas, IMEDIATAMENTE coloque água corrente fria diretamente na área por uma hora ou até que a dor pare • Aplique um curativo não aderente, mesmo que nenhuma marca de queimadura seja óbvia. Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 8 – CHOQUES Tripe das causas de choque CHOQUE HIPOVOLÊMICO Choque hipovolêmico: é causado pela redução acentuada do volume circulante nos organismos, devido à perda de sangue (também chamado de choque hemorrágico), plasma (queimadura, contusões e lesões traumáticas) ou liquido (desidratação provocada por vômito ou diarreia) • Sinais clínicos de choque hipovolêmico: pulso rápido e filiforme, FR aumentada, pele fria e pegajosa, palidez, irritabilidade, hipotensão, sede extrema e oligúria. Vias aéreas Considere SAV • Fadiga muscular respiratória • ECG < 8 • Instabilidade hemodinâmica a (choque) • Incapacidade de proteção das vias-aéreas Atualização ATLS 10°ED • Ofertar 1000ml de cristaloide e já em hemotransfusão (concentração de hemácias, plasma e plaquetas) • Utilizar o transamin – reduz a mortalidade – melhora a evolução • Fazer sondagem vesical já no choque classe II – observar a resposta de perfusão orgânica pela diurese. Atenção!! Reposição de líquidos para restaurar o volume intravascular Os líquidos administrados podem incluir: • Cristaloides – (solução eletrolítica que se movimentam livremente entre os espaços intravascular e intersticial), principalmente isotônica (mesma concentração de eletrólitos que o líquido extracelular) – parte da solução é perdida • SF 0,9% e lactato de ringer – solução eletrolítica que contém o íon lactato, que é convertido em bicarbonato, o que ajuda a tamponar a acidentes global • Hemoderivados – (papa de hemácias, plasma fresco congelado e plaquetas) CHOQUE CARDIOGÊNICO Choque cardiogênico coronário • Terapia trombolítica • Intervenção coronária percutânea (PCI) • Cirurgia revascularização do miocárdio (CABG) • Terapia com bomba por balão intra-aortico ou alguma combinação desses tratamentos Choque cardiogênico não coronário • Corrigir causa subjacente, como a substituição de uma válvula cardíaca defeituosa • Correção de uma arritmia • Correção de acidose e dos distúrbios eletrolíticos ou tratamento do pneumotórax hipertensivo CHOQUE NEUROGÊNICO OU NASCULAR CHOQUE ANAFILÁTICO Crítico: necessita de atendimento de emergência Apesar de ser uma situação de emergência, é controlável e reversível desde que diagnosticada e tratada a tempo. O esclarecimento e a correta orientação do paciente e de seus familiares, bem como a prevenção, constituem o melhor tratamento da anafilaxia, reduzindo sua mortalidade. CHOQUE SÉPTICO TRAUMAS ABDOMINAIS RUPTURA DE INTESTINO Conduta no choque séptico Deve-se iniciar terapia de amplo espectro com um ou mais antimicrobianos intravenosos para cobrir todos os patógenos prováveis deve ser iniciada imediatamente. CHOQUE OBSTRUTIVO • TRAUMA TORÁCICO CONTUSO – PODE EVOLUIR PARA CHOQUE CARDIOGÊNICO DEVIDO UM TAMPONAMENTO PERICÁRDICO. Uma vez confirmada a presença de choque, duas ações simultâneas devem ocorrer: 1. Reposição volêmica 2. Reversão da causa do choque – no trauma, o choque hemorrágico é disparadamente mais comum e você deve pensar e tratar como se fosse na ausência de pistas para outras causas. Causas menos comuns de choque no trauma: • Neurológico: no paciente com TRM, mas não no TCE isolado • Obstrutivo: tamponamento e pneumotórax são os fantasmas. Taquicardia com hipotensão e jugulares túrgidas são a principal pista. • Séptico: raro no trauma, a não ser em pacientes nas fases tardias, por infecção de feridas. Medicações vasoativas EXERCÍCIO 1. (Residência Multiprofissional/UFS/2016) Correlacione os tipos de choque e suas definições e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Tipos de Choque: 1. Cardiogênico. 2. Séptico. 3. Hipovolêmico. 4. Distributivo Definições: (_3_) Há diminuição da pré-carga devido à diminuição do volume intravascular. Consequentemente, há diminuição do Débito Cardíaco, inicialmente compensado por taquicardia. (_2_) Presença de agente patógeno capaz de produzir uma grave resposta infecciosa sistêmica. (_1_) Alteração cardiovascular na qual o principal evento é a falência total ou parcial das funções cardíacas. (_4_) é consequência da diminuição severa da Resistência Vascular Periférica. O Débito Cardíaco encontra-se aumentado na tentativa de compensar a diminuição da resistência vascular sistêmica. a) 3/ 2/ 1/ 4 b) 1/ 2/ 3/ 4 c) 2/ 4/ 3/ 1 d) 1/ 3/ 4/ 2 e) 4/ 2/ 1/ 3 2. (PMMG – 2009) Marque com “V” as afirmativas verdadeiras e com “F” as falsas e a seguir assinale a alternativa com a sequência CORRETA. São sinais e sintomas de choque hipovolêmico: (_V_) Pressão arterial decrescente. (_V_) Acidose metabólica. (_V_) Pele fria e úmida. (_F_) Enchimento capilar acelerado. (_F_) Bradipnéia e bradicardia. (_V_) sensório alterado. a) V, F, V, F, V, V. b) V, F, F, V, F, V. c) V, V, V, F, V, F. d) V, V, V, F, F, V. 3. (PMMG – 2009) Considerando a fisiopatologia dos estados de “choque”, marque a alternativa CORRETA: a) As soluções cristaloides são administradas em pequeno volume devido a rápida expansão do volume plasmático. b) A sequência fisiopatológica do choque hipovolêmico compreende: volume sanguíneodiminuído, retorno venoso diminuído, volume sistólico diminuído, débito cardíaco diminuído e perfusão tecidual diminuída. c) Imunossupressão, desnutrição, hemorragia e diabetes insípido são fatores de risco para o choque cardiogênico. d) A posição de trendelemburg plena é um posicionamento adequado ao paciente em choque por facilitar a respiração e auxiliar na redistribuição de líquidos. 4. (Prefeitura Teresina/PI - FMS/NUCEPE/UESPI/2015) O choque é uma emergência. Para o atendimento correto é necessária uma ação rápida e imediata, pois é uma condição que acarreta risco de vida em razão das diversas causas subjacentes. Assinale a alternativa que corresponde ao choque anafilático: a) Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos. b) É uma reação de hipersensibilidade sistêmica que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma substância à qual é extremamente alérgico. c) É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de sangue, de plasma ou de água perdida em diarreia e vômito. d) Ocorre por vasodilatação e grandes perdas hídricas para o espaço intersticial que podem somar-se à depressão miocárdica. e) É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa. Este choque pode ser causado, por exemplo, por transecção da medula espinhal. 5. (Prefeitura de Parnaíba-PI/NUCEPE/2016) Analise os itens abaixo: I. São características de choque hipovolêmico: pele fria e pegajosa com coloração pálida e cianótica, pressão arterial diminuída, nível de consciência alterado e taquicardia. II. O choque é quase sempre o estado de hipoperfusão celular generalizado, na qual a liberação de oxigênio no nível celular é inadequada para atender as necessidades metabólicas. III. A principal ação do socorrista, em casos de objetos encravados no corpo da vítima, é retirar imediatamente o objeto. IV. Pacientes com fraturas mandibulares, apresentam um alto risco de evoluir com obstrução das vias aéreas, pois, sem o suporte ósseo, a língua tende a se deslocar permitindo a passagem do ar V. A avaliação primária em pacientes idosos tem algumas particularidades. Um exemplo é a questão circulatória, em que o enchimento capilar não avalia insuficiência circulatória no idoso. A alternativa em que os itens estão CORRETOS é: a) I, II, IV, V. b) I, III, V. c) I, II, V. d) I, II, III, IV, V. e) I, II, III, IV. 6. (MARINHA/2016) Assinale a opção que apresenta a ação básica do enfermeiro para avaliar o déficit de volume de líquidos (DVL) ou hipovolemia. a) Observar o turgor da pele a cada 48 horas. b) Monitorar e medir o balanço hídrico, pelo menos, a cada 8 horas. c) Controlar a glicemia capilar horária. d) Controlar a bomba de sódio e potássio diariamente. e) Instalar sonda nasogástrica em sinfonagem para controle do débito. 7. (Instituto Dante Pazzanese/QUADRIX/2013) Dentre as principais causas de óbito no paciente traumatizado, os choques abrangem uma porcentagem considerável, principalmente os hemorrágicos; mas não podemos excluir os não hemorrágicos. O tamponamento cardíaco e a bradicardia refratária de um trauma estão relacionados a quais tipos de choque, respectivamente? a) Choque hemorrágico e choque neurogênico. b) Choque hemorrágico e choque cardiogênico c) Pneumotórax hipertensivo e choque hemorrágico. d) Choque neurogênico e pneumotórax hipertensivo. e) Choque cardiogênico e choque neurogênico. 8. (HUAP/UFF/2016) Tendo em vista a etiologia do choque, assinale a alternativa correta: a) Uso de drogas não é uma das causas do choque neurogênico. b) São subdivisões do choque distributivo: neurogênico, séptico, obstrutivo e anafilático. c) O choque cardiogênico caracteriza-se por uma falha na bomba cardíaca. d) A contaminação de cateteres, sondas vesicais e pneumonias são fatores importantes no surgimento do choque neurogênico. 9. (Residência Multiprofissional/UFG/2016) O estado de choque hipovolêmico é caracterizado pela diminuição acentuada das pressões de enchimento ventricular, com consequente redução do volume sistólico. A finalidade da correção desse estado é aumentar o débito cardíaco e melhorar a perfusão tecidual por meio da elevação da a) contratilidade. b) pós-carga. c) pré-carga. d) resistência vascular. Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 9 – CRISES HIPERTENSIVAS Definição: Caracteriza-se por uma elevação rápida, inapropriada, intensa e sintomática da pressão arterial, com ou sem risco de deterioração rápida dos órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e artérias), que pode conduzir a um risco imediato ou potencial de vida. Os níveis tensionais estão elevados, levando-se em consideração a pressão arterial diastólica, geralmente >120 mmHg Epidemiologia • Prevalência da HAS 20%-30% (mais de 34 milhões de brasileiros) * • Emergências hipertensivas ocorrem mais frequentemente em pacientes previamente diagnosticados com hipertensão primária que não adotam um tratamento adequado * • Pacientes apresentando hipertensão severa podem representar + de 25% dos indivíduos que chegam a um serviço de emergência Emergência x urgência x pseudocrise • Urgência hipertensivas: elevação acentuada da pressão arterial (PA), definida arbitrariamente como pressão arterial diastólica (PAD) ≥120mmHg sem lesão de órgão-alvo (LOA) aguda progressiva • Emergência hipertensiva: pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 180mmHg ou PAD ≥120mmHg associada a LOA aguda e progressiva • Pseudocrise hipertensiva: pacientes com queixas de dor torácica atípica, estresse psicológico agudo e síndrome do pânico associado à PA elevada não caracterizam. Devem ser tratados com repouso, analgésicos tranquilizantes. • Urgência = elevação sintomática da PA sem lesão em órgãos-alvo. Medicação VO. • Emergência = deterioração rápida de órgãos- alvo e risco imediato de vida. Com necessidade imediata de baixar os valores de PAM de 10-15% em 30’ por via EV. • Pseudocrise = pressão arterial elevada por dor, tontura, desconforto, ansiedade. O tto visa o controle dos sintomas. Crises hipertensivas Principais sintomas: • Cefaleia • Tontura • Dispnéia • Déficit neurológico • Dor torácica • Epistaxe • Ansiedade Urgência • Cefaleia • Tontura Emergência • Déficit neurológico • Dispnéia Conduta • Anamnese • Exame Físico • Fundo de olho • Hemograma etiologia • Exame de Urina • Rx Tórax • ECG terapêutica anti-hipertensiva • Uréia • Creatinina • Eletrólitos Terapia Objetivos • Reduzir a pressão arterial média em 25% • 1min-1h, e então se estável, para 160/100– 110 mmHg dentro das próximas 2–6 horas ESCALA DE COMA DE GLASGOW ABERTURA OCULAR VERIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO Olhos abertos previamente à estimulação V espontânea 4 abertura ocular após ordem em tom de voz normal ou em voz alta V ao som 3 abertura ocular após estimulação da extremidade dos dedos V a pressão 2 ausencia persistente de abertura ocular, sem fatores de interferencia V ausente 1 olhos fechados devido a fator local V não testavel NT RESPOSTA VERBAL VERIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO resposta adequada relativamente ao nome, local e data V orientada 5 resposta não orientada, mas comunicação coerente V confusa 4 palavras isoladas inteligíveis V palavras 3 apenas gemidos V sons 2 ausencia de resposta audivel, sem farores de interferencia V ausencia 1 fator que interfere com a comunicação V não testavel NT MELHOR RESPOSTA MOTORA VERIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO cumprimento de ordem com 2 ações V a ordem 6 elevação da mão acima
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