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REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA DA INFORMAÇÃO Dra. Maria Eduarda dos Santos Puga GUIA DA DISCIPLINA 2021 WIN08 Máquina de escrever colocados por Lubtzy: 1 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1. REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA DA INFORMAÇÃO Objetivo Discorrer e dar a conhecer sobre os fundamentos teóricos e históricos da representação descritiva (fundamentos da catalogação), capacitar quanto a catalogação descritiva sua evolução aplicação das regras de catalogação de acordo com o uso do Código de Catalogação Anglo-Americano – AACR2r. Formato MARC21: introdução, estrutura e uso para a catalogação de distintos recursos informacionais. Tipos de catálogos. Formatos de intercâmbio. Práticas de catalogação. 1.1 Introdução Representar palavra definida no dicionário como: a imagem, o símbolo, a reprodução e que em nossa disciplina indicara a descrição da informação a ser representada em seus mais diversos formatos. Vamos adentrar ao universo da descrição de informação que pode estar disponível nos mais variados formatos e suportes, de forma que esta informação estará representada de tal forma e linguagem que pode ser encontrada de forma precisa. Fazendo o exercício de imaginar que você está guiando alguém a encontrar um determinado objeto e que este objeto está em meio a muitas outras coisas o que você faria? Você descreveria todas as informações possíveis e necessárias para que a pessoa que deseja encontrar possa encontrar de forma fácil e ágil. Na imagem abaixo temos uma biblioteca em um formato muito inusitado e podemos imaginar como seria para um usuário encontrar um livro que está em um lugar mais alto dela. O que vamos aprender nessa disciplina é exatamente isso auxiliar cada usuário a encontrar de maneira precisa o que ele está procurando. 2 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Biblioteca na Holanda é formada por um móvel central de 26 metros de altura que é um labirinto com 70 mil exemplares. https://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI322656-16938,00- MONTANHA+DE+LIVROS.html Ainda fazendo o exercício de imaginar podemos citar como alguns exemplos de sistemas e aplicativos baseados em GPS (Google Maps ou Waze) que tem como missão guiar e direcionar de forma rápida e assertiva ao endereço digitado e desejado, contudo ele se utiliza de códigos e mapas previamente catalogados. Estaremos aqui nesta disciplina aprendendo e descrevendo os sistemas de informação de forma representativa e através de regras, normas e símbolos a imagem exata da informação que desejamos que seja encontrada. Vamos então conhecer e aprender a estrutura e uso da catalogação de distintos recursos informacionais. Tipos de catálogos. Formatos de intercâmbio. Práticas de catalogação. 1.2. Fundamentos O objeto qualquer que seja deverá ser representado de tal forma que se possa localizar, para isso (ser localizado) será necessário um registro e de descrição (SIMONATO; SANTOS, 2013). O registro bibliográfico nos define as autoras como um https://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI322656-16938,00-MONTANHA+DE+LIVROS.html https://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI322656-16938,00-MONTANHA+DE+LIVROS.html 3 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância conjunto de dados ou palavras relacionadas e que tratadas como um todo em termos lógicos ou físicos servem para identificar um documento (SANTOS; RIBEIRO, 2003). Adentramos aqui na coleta de informação necessária para a identificação de um objeto seja ele bibliográfico ou não, e a descrição será representada por normas e regras denominada catalogação descritiva. O que é catalogação? CATALOGAÇÃO: É a fase do processo que se preocupa com a identificação e descrição de um recurso de informação, o registro dessas informações na forma de registro dessas informações na forma de registro de catalogação, a seleção de nomes e títulos uteis para fornecer acesso ao recurso, e ao estabelecimento de pontos de acesso autorizados para nomes e títulos. A catalogação descritiva descreve a composição de um recurso de informação e, identifica as entidades responsáveis por seus conteúdos intelectuais e ou artísticos sem referência a sua classificação por assunto ou a atribuição de cabeçalhos de assuntos, ambos os quais são da alçada da catalogação de assuntos (JOURDREY, D.N 2015). A origem da palavra catalogação vem de catalogo, objeto (móvel) onde eram depositadas as fichas catalográficas. 4 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Fig. 1 Móvel de Madeira confeccionado para ser um catalogo onde irá armazenar as fichas catalográficas. Um móvel que ainda pode ser visto em algumas bibliotecas como um objeto histórico e de preservação porque conta a história do lugar (Bibliotecas Nacionais dos países por exemplo) do seu catalogo em papel mantido e preservado para contar a sua história, ou ainda hoje encontramos lugares, onde não há recursos para implantação de um sistema de gestão eletrônica de informação e é mantido os catálogos em papel. As fichas catalográficas Um outro componente deste catalogo são as fichas catalográficas e que podemos visualizar nas fig. 2 e 3 abaixo. Um formato de papel cartão em um tamanho padrão de 7,5 cm por 12,5cm e que possuía um orifício na parte inferior para que fosse passado um ferro que prendia todas as fichas daquela gaveta, com o propósito de impedir que o usuário retirasse a ficha do lugar exato onde ela estava arquivada. Fig. 2 Ficha catalográfica 5 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Fig. 3 Ficha catalográfica Falamos de dois elementos nesse processo o Catalogo e a Ficha e faltou falar do principal que é o Bibliotecário. Fig.4 Catalogo em formato digital 6 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A pergunta que não quer calar. O que faz o Bibliotecário Catalogador? Existem várias áreas de atuação deste profissional dentro de uma biblioteca ou mesmo unidade de informação, centro de documentação e indiferente se este irá atuar diretamente com a catalogação é primordial que ele conheça e domine as normas e regras de descrição bibliográfica. Em outras palavras esse é um conhecimento que todo bibliotecário ainda que não esteja diretamente designado para o setor de catalogação, precisa ter um bom conhecimento. Este será um conhecimento e um posto de trabalho exclusivo do Bibliotecário. Existe dentro da divisão administrativa da Biblioteca um setor dentre vários denominado Processo Técnico – setor considerado como o coração, porque é dele que é bombeado todo o tratamento da informação que aquela biblioteca vai disponibilizar. O Bibliotecário inserido nesse setor de Processamento Técnico exerce a atividade de catalogação (tratamento da informação) que não limita só a catalogar, mas a classificar (catalogação temática- classificação e indexação), ele vai descrever e identificar o conteúdo temático do documento. Estes são processos que fazem parte de um conjunto de ações que tem como fim o acesso do usuário a informação da qual necessita (Silva FCC, 2005). Que conhecimentos então são necessários para que este profissional possa dominar ou coordenar as atividades desta unidade de informação (processo técnico) e 7 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância fazer com este setor funcione e responda com seu objetivo final que nada mais é que todo o material bibliográfico ou outros materiais que compõe este acervo seja encontrado:1. Códigos de catalogação (normas e regras); 2. Tabelas de Classificação, 3. Vocabulários controlados; 4. Tesauros, 5. Linguagens documentárias Como bem destaca o autor (Silva FCC., 2005) todo material que é recebido pela unidade de informação, seja por aquisição (compra), permuta, doação deve passar pelas mãos do bibliotecário para que receba todo o tratamento necessário e que este não fique escondido, mas que seja encontrado. O bibliotecário estará aqui nesse ponto gerenciando o banco de dados. Nesta disciplina vamos tratar de uma dessas etapas do processo técnico que é a catalogação descritiva. 8 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 2. A CATALOGAÇÃO Nas Bibliotecas, seja universitária, especializada ou mesmo pública e até mesmo um centro de informação a catalogação é uma atividade básica, indispensável e o coração do processo da organização bibliográfica. O trabalho bem fundamentado e executado na catalogação reflete no catalogo e na satisfação do usuário. Essa atividade técnica é totalmente desconhecida por praticamente todos da instituição desde a direção da instituição, ao usuário e no entanto um trabalho importante para que se tenha sucesso com o objetivo tornar-se visto e encontrado todo e qualquer objeto adquirido. Muitas definições e significados sobre catalogação estão disponíveis na literatura e pretendemos abordar alguns: • Catalogar – significa registrar todo o material de uma unidade de informação e tornar disponível (visível, encontrável) para que todo usuário (aluno, professor, docente, pesquisador, etc.) cheguem a esse registro (Silva FCC., 2005). • Processo pelo qual o catalogador, preparará os arquivos necessários para identificar cada um dos materiais que compõem o acervo de uma biblioteca. Esses arquivos, uma vez nos catálogos, constituirão a forma de armazenar e recuperar as informações contidas nesses materiais. (Gloria Escamilla, 2003) • “Catalogar é a preparação de informações bibliográficas para a catalogação de registros” (Mary Mortimer 2005), • “ Catalogação - Operação pela qual o documento é identificado a partir de suas características formais e de seu conteúdo, como autor, título, local de publicação, ano de publicação, características físicas, etc. como tema do trabalho. É um processo que deve estar sujeito a regras estritas da mais ampla extensão possível para que os registros resultantes possam ser intercambiáveis e compreensíveis em todos os níveis. Trata-se de preparar informações bibliográficas para a criação de registros bibliográficos” (Blanca Estela Sánchez 2001) No dicionário de biblioteconomia: “a catalogação é um processo técnico que compreende duas etapas: a redação da entrada bibliográfica e a ordenação de cada uma 9 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância delas para formar o catálogo. O primeiro é descritivo e responde à necessidade de identificar do ponto de vista intrínseco e extrínseco qualquer forma; a segunda, por outro lado, é distribuidora, classificadora, e visa sistematizar o conjunto bibliográfico para dar- lhe unidade e coerência. De acordo com os critérios aplicados nesta tarefa de ordenação, ou seja, alfabética, sistemática, títulos, etc., será, correlativamente, o tipo de catálogo ” A magnitude da catalogação está em identificar, cada um dos materiais existentes no acervo da biblioteca, pois por meio dela o usuário recebe dados importantes sobre cada um dos materiais como autor, título, outras pessoas que participam na sua preparação (tradutores, ilustradores), o local de publicação e a editora, as suas características físicas (o número de páginas, a sua dimensão) bem como a coleção ou série a que pertence, entre outros Refletindo as definições que nos foi apresentada permite que entendamos os objetivos da catalogação, conclui-se que para a prática é necessário: - identificar os dados de uma obra (catalogação descritiva) - representar seu conteúdo temático (catalogação temática) - indicar sua localização física dentro da biblioteca (classificação). São esses elementos que compõem o arquivo bibliográfico e que por sua vez dão origem à divisão da catalogação: 1. Catalogação descritiva; 2. Catalogação temática e a 3. Classificação. Portanto catalogar é um processo que serve como meio para identificar e descrever cada um dos materiais existentes no acervo da biblioteca; permitindo distinguir um documento de outro, mesmo quando existam outros com características semelhantes. Ao mesmo tempo, permite criar um documento secundário; denominado catálogo ou registo bibliográfico, em ficheiros ou bases de dados, onde são transcritos os principais elementos físicos de cada um dos materiais, obedecendo a uma determinada ordem de acordo com as normas internacionais de bibliotecas estabelecidas (para intercambiar informação). Com o foco final compor e integrar o catálogo para que o usuário recupere o material com precisão e rapidez. O Bibliotecário para a realização dessas tarefas deve utilizar como foi dito normas internacionais estabelecidas e que vamos conhecer em detalhes como o código anglo americano de catalogação (AACR2) que tem como objetivo padronizar as descrições bibliográficas de maneira mundial. 10 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Quando dos catálogos em papel (fichas 12,5cm X7,5cm) os mais utilizados eram o sistema Alfabético e o Sistemático: • Alfabético – organizado pela ordenação de autor, título, assunto, nome do colaborador, tradutor, analíticas de autor, sendo todas arquivadas numa ordem única alfabética; • Sistemático – este é organizado por assunto e conforme o sistema adotado pela biblioteca (CDD, CDU, NLM, etc.) – disciplina de representação temática ou catalogação temática) Classificação Decimal de Dewey – CDD / A Classificação Decimal de Dewey (em inglês: Dewey Decimal Classification; DDC ou CDD), também conhecida como Sistema Decimal de Dewey, é um sistema de classificação documentária desenvolvido pelo bibliotecário americano Melvil Dewey (1851–1931) em 1876, e desde então enormemente modificado e expandido ao longo de vinte e três grandes revisões que ocorreram até 2011. Segundo Guarido ”Dewey pode-se dizer ter sido um dos percussores da ideia, tão bem expressa pelas palavras de Smit ao referir-se ao métier da documentação, do 'reunir e organizar para achar', na medida em que, pautando-se em princípios filosóficos que nortearam, dentre outras, as ideias classificatórias de Harris e Bacon, conferiu ao ato de classificar documentos um dimensão efetivamente utilitária” https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewe y Classificação Decimal Universal – CDU / A Classificação Decimal Universal (CDU ou UDC) é um sistema de classificação documentária desenvolvido pelos bibliógrafos belgas Paul Otlet e Henri la Fontaine no final do século XIX. Segundo Suaiden Otlet “ao criar a CDU, estava doando ao mundo, junto à sua magistral obra, um dos instrumentos mais poderosos para a organização, recuperação, disseminação, acesso e uso de informação em qualquer tipo de coleção, seja de biblioteca, arquivo ou museu.”[1] Ela é baseada na classificação decimal de Dewey, mas usa sinais auxiliares para indicar vários aspectos especiais. https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_universal National Library of Medicine Classification – NLM/ O sistema de classificação da National Library of Medicine (NLM) é um sistema de indexação de biblioteca que cobre os campos da medicina e ciências básicas pré- clínicas. A classificação do NLM segue o padrão do sistema de classificação da Biblioteca do Congresso (LC) : as letras do alfabeto denotam amplascategorias de assuntos que são subdivididas por números. [1] Por https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteconomia https://pt.wikipedia.org/wiki/Povo_americano https://pt.wikipedia.org/wiki/Melvil_Dewey https://pt.wikipedia.org/wiki/Melvil_Dewey https://pt.wikipedia.org/wiki/1876 https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewey https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewey https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9lgica https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Otlet https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_la_Fontaine https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_la_Fontaine https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_universal#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewey https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_universal https://en.wikipedia.org/wiki/Library_classification https://en.wikipedia.org/wiki/Library_classification https://en.wikipedia.org/wiki/Medicine https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine https://en.wikipedia.org/wiki/Library_of_Congress_Classification https://en.wikipedia.org/wiki/Library_of_Congress_Classification https://en.wikipedia.org/wiki/Library_of_Congress_Classification https://en.wikipedia.org/wiki/Alphabet https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine_classification#cite_note-NLM_Factsheet-1 11 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância exemplo, QW 279 indicaria um livro sobre um aspecto da microbiologia ou imunologia .Os códigos alfabéticos de uma ou duas letras na classificação NLM usam uma gama limitada de letras: apenas QS – QZ e W – WZ. Isso permite que o sistema NLM coexista com o esquema de codificação LC maior, pois nenhuma dessas faixas é usada no sistema LC. Existem, no entanto, três códigos pré-existentes no sistema LC que se sobrepõem ao NLM: Anatomia Humana (QM), Microbiologia (QR) e Medicina (R). Para evitar mais confusão, esses três códigos não são usados no NLM. https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine_classification Quando os catálogos estão em sistemas informatizados o que é praticamente a totalidade dos catálogos hoje, a catalogação se dá de forma informatizada e os registros se dão de outras formas:1. Importação de registros já criados em catálogos de outras bibliotecas; 2. Catálogos coletivos de outras bases de dados com formatos que permitem serem compartilhados (intercâmbio de registros); 3. Compra de registros bibliográficos MARC disponível comercialmente e 4. Catalogação realizada na unidade. O Bibliotecário deve primar sempre que possível fazer uso de registros já existentes, sendo o item 4 (catalogação realizada na unidade) último recurso em sua opção. 2.1. Catalogação História Para entender o presente e o futuro precisamos saber o que aconteceu no passado, para isso serve a história porque baseada em fatos reais faz com que compreendamos porque em que ponto chegamos (presente) e onde tudo pretende nos levar (futuro). Importante conhecer a origem e a evolução dos códigos de catalogação para que possamos bem entender os processos de catalogação descritiva, entender as origens e onde está calcado o uso dos códigos, normas e padrões que usamos hoje. 2.1.1 Cronologia O que nos relata MEY, (1985) é que um levantamento dos mais completos registrados foi elaborado Ruth French Strout (1956) que relatou quase que século a século, os fatos ocorridos até 1900. https://en.wikipedia.org/wiki/Microbiology https://en.wikipedia.org/wiki/Immunology https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine_classification 12 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Vamos nos ater as datas e a fatos importantes e marcantes que delimitaram o tempo e mudaram a história como conhecemos hoje os primórdios da catalogação. Períodos remotos Desde os primórdios até o marco no século XIX o que tínhamos eram listas inventariais e na verdade não instrumentos bibliográficos. Entendamos que nas bibliografias a ênfase era dada aos autores e não aos livros. O que sabemos é que o homem prima desde as cavernas por registrar sua informação e lógico com a sua evolução ele passa a organizar listas daquilo que suas “bibliotecas” ou “coleções” possuem: • A mais antiga lista de livros de que se tem conhecimento data de 2.000 a.C., encontrada em um tablete de argila, com 62 títulos. Os registros que chegaram até elas são registros babilônicos talvez devido ao fato de que os babilônicos escreveram sobre tabletes de argila um material que durou muito mais que os registros egípcios que se davam em papiros. • Já foram encontrados em escavações no Egito tabletes de argila, escritos em língua babilônica, datados de 1.400 a.C., e que se referiam a títulos de obras. Mas ainda se desconhece se seriam propriamente um catálogo. Os tabletes com as primeiras informações bibliográficas de descrição física são de 1.300 a.C., encontrados em escavações hititas. • Foram encontrados muito mais tabletes e esses identificavam o número do tablete em uma série, o título e o escriba (quem escreveu). São: a biblioteca do rei assírio, Assurbanipal, em Nínive, datando de 650 a.C - cerca de 20 mil tabletes, que registravam o título, o número do tablete ou volume, as primeiras palavras do tablete seguinte, o nome do possuidor original, o nome do escriba e um selo, indicando tratar-se de propriedade real. • A civilização grega desenvolveu as bibliotecas mais famosas da Antiguidade: Alexandria e Pérgamo - Calímacus um dos sábios de Alexandria, elaborou seus Pínakes [Tabulas], cerca de 250 a.C. - registrava o número de linhas de cada obra e suas palavras iniciais, assim como dados bibliográficos sobre os autores. Há referências posteriores a pínakes dos sábios de Pérgamo, mas não restaram vestígios dessas obras. Para Strout, o período se voltava muito mais à atividade de reunir (colecionismo) dos conhecimentos existentes do que à criação de novos conhecimentos. 13 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância • Os gregos foram responsáveis pela introdução do conceito de autor como ponto de acesso a uma obra e o que se sabe é que as bibliotecas romanas foram criadas por influência de um estudioso de Pérgamo. PONTO DE ACESSO Primeiramente, um “ponto de acesso” é definido como “um nome, termo, código, etc. por meio do qual, dados bibliográficos ou de autoridade são procurados e identificados” (Statement…, 2009, p. 9, tradução nossa). https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso- controlados- nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de% 20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa). Idade Média Século VI - São Bento ensinou seus monges (Os monges copistas) em Monte Cassino a copiar manuscritos. Por alguns séculos, os mosteiros passaram a ser os únicos preservadores, copistas e catalogadores de livros. Século VIII - uma das primeiras listas de obras de bibliotecas medievais, provavelmente um inventário do acervo, contendo apenas título e, por vezes, nome do autor, mas sem ordem visível (talvez ordem das obras nas estantes). Século IX - Catálogos dignos de nota surgem na Alemanha, a biblioteca de Richenau compilou vários catálogos entre 822 e 842, que indicavam as obras contidas em cada volume e o número dos volumes ou rolos em que cada obra estavacontida. O primeiro desses catálogos apresenta uma ordem, reunindo as obras de cada autor. O segundo catálogo é do mosteiro beneditino de Saint Requier, na França, compilado em 831. Organizado por autor, embora não em ordem, também registra o conteúdo dos volumes e o número dos volumes relativos a uma obra. Lista Bibliográfica como um Inventário Catalogo Século X - Catálogo do mosteiro de Bobbio, na Itália, registra quase 700 volumes, e o de Lorsch, na Alemanha, quase 600, mas sem inovações. https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa 14 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Séculos XI, XII e XIII – nenhum progresso para as listas inventariantes (catálogos). Uma curiosidade foi o acréscimo feito ao registro dos livros na lista da biblioteca de Glastonbury, na Inglaterra, em 1247: sobre as condições prováveis do estado dos livros - “inúteis”, “legíveis”, “velhos” e “bons. Século XIII - registro dos acervos das bibliotecas monásticas inglesas um catálogo coletivo em que cada biblioteca era identificada por um código numérico. O registro nunca foi concluído. Século XIV - Inglaterra, uma lista organizada pelos frades agostinianos de York, de 1372, classificada separa as obras do autor quando os assuntos são diferentes; também, registra as palavras iniciais da segunda folha de cada volume, tornando a identificação mais precisa. A experiência mais próxima de um catálogo é a lista do convento St. Martin, em Dover, de 1389. Dividia-se em três seções. A primeira, organizada pelo número de localização do volume na estante, incluía um título breve, o número da página do livro em que o número de localização foi registrado, as primeiras palavras do texto nesta página, o número de páginas do livro e o número de obras contidas no volume. A segunda, também organizada pelo número de localização, registrava o conteúdo de cada volume, com a paginação e as palavras iniciais de cada obra. A terceira é um marco na catalogação: incluía análise das partes (entradas analíticas) e uma lista alfabética, às vezes de autor, outras de título e autor e outras, ainda, de palavras genéricas, como ‘livro’, ‘parte’ ou ‘códice’. Século XIV - início das bibliotecas universitárias, não trouxeram contribuições à catalogação, talvez por serem muito incipientes, a maioria com menos de cem livros. Séculos XV a XVIII Século XV - grandes mudanças surgem pela primeira vez as remissivas. (registros que remetem a outros registros ou obras), embora de forma primitiva, no catálogo compilado por Amplonius Ratnick de Berka entre 1410 e 1412. Há remissivas no catálogo da abadia de Santo Agostinho, em Canterbury, na Inglaterra, compilado por volta de 1420. No final do século, há um avanço importante Johann Tritheim, bibliógrafo e bibliotecário alemão, compilou uma bibliografia, apresentando-a em ordem incluindo cronológica e em apêndice um índice alfabético de autor, pela primeira vez. 15 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Século XVI - surge um catálogo classificado e que incluía também um índice alfabético de autor: o catálogo do mosteiro Syon, em Isleworth, Inglaterra. Neste mesmo país, o catálogo do convento de Bretton, Yorkshire, de 1558, introduz nos registros os nomes dos editores e tradutores das obras. Outro bibliógrafo, seguindo o precedente de Tritheim, o suíço Konrad Gesner, de Zurique, publicou uma bibliografia por autor em 1545 e o respectivo índice de assuntos em 1548. Gesner, bibliógrafo e naturalista, incluiu em sua obra instruções para a organização de livros em uma biblioteca e desenvolveu um sistema de classificação, servindo tanto a bibliotecas como a bibliografias. Em 1548, Gesner sugeriu que se utilizasse cópia de sua bibliografia como catálogo, bastando apenas acrescentar os dados de localização ao lado do registro da obra que a biblioteca possuísse. Em 1560, Florian Trefler, monge beneditino, publicou em Augsburg um tratado sobre a manutenção de uma biblioteca. Desenvolveu nessa obra um sistema de classificação e números de localização e defendeu um catálogo em 3 cinco partes: catálogo alfabético de autores, lista das estantes, índice classificado para os registros das partes (entradas analíticas), índice alfabético para o índice classificado e lista dos livros não integrados ao acervo geral. Em 1595, o livreiro inglês Andrew Maunsell compilou um catálogo dos livros ingleses impressos e, no prefácio, determinou regras para o registro das obras. Preconizou a entrada dos nomes pessoais pelo sobrenome, para as obras anônimas, usou tanto o título como o assunto e às vezes ambos; estabeleceu o princípio de entrada uniforme para a Bíblia; defendeu a ideia de que um livro deva ser encontrado tanto pelo sobrenome do autor como pelo assunto e pelo tradutor; incluiu em seus registros: tradutor, impressor ou a pessoa para quem foi impresso, data e número do volume. As obras de Trefler e Maunsell podem ser consideradas como os primeiros códigos de catalogação. Século XVII - avanços significativos. Sir Thomas Bodley, diplomata aposentado, no início do século, ofereceu-se para a reconstituição da biblioteca da universidade de Oxford, Inglaterra, destruída por um incêndio. Bodley criou um código minucioso de catalogação. Entre outras normas, indicava o arranjo sistemático, com um índice alfabético organizado pelo sobrenome dos autores, e incluía as entradas analíticas. Na França, Gabriel Naudé escreveu um trabalho sobre catálogos e catalogação, onde assinalava a importância dos catálogos como meios de encontrar livros e de identificá-los bibliograficamente, perspectivas muito próximas da visão atual. Naudé recomendava um catálogo dividido em duas seções; uma por autores e outra por assuntos. Também sugeriu uma organização das estantes que permitisse expansão do acervo. Em 1650, John Drury, na Inglaterra, também escreveu um tratado sobre o assunto, em que advogava a 16 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância publicação de suplementos anuais, para atualização dos catálogos, que na época eram impressos em formato de livro, e um método para se lidar com obras doadas não, desejáveis para as bibliotecas (problema que temos até hoje!). Em 1697, curadores da Bodleyana, como também é denominada a biblioteca da universidade de Oxford, pediram aos funcionários que apresentassem sugestões para melhoria da biblioteca. Um desses funcionários, Humphrey Wanley, incluiu entre suas sugestões inúmeros questionamentos sobre problemas de catalogação, dentre os quais: se o catálogo deveria ser alfabético ou classificado, se os títulos e os dados do livro deveriam ser registrados na língua do livro; se o tamanho do livro deveria ser registrado; se deveriam incluir-se autor e título das entradas analíticas; se o nome do editor deveria ser registrado nos dados de publicação; se deveria ser mencionado o fato de um livro não trazer local e data de publicação; se a primeira ou a melhor edição de um livro deveria ser indicada; e, finalmente, se a raridade ou alto custo de um livro deveriam ser anotados. No mesmo ano, em Paris, Frederic Rostgaard publicousuas normas sobre a organização do catálogo. Preconizava um arranjo por assuntos, subdividido cronologicamente e por tamanho do volume, visando a que todos os autores voltados ao mesmo assunto e todas as edições de uma mesma obra fossem reunidas. Indicava ainda a elaboração de índices alfabéticos por assuntos e autores, estes últimos pelos sobrenomes, a serem localizados no final do catálogo (sempre catálogos impressos); as obras encadernadas juntas deveriam ter registros separados; dever-se-ia registrar a ordem dos títulos como aparecesse na página de rosto; em obras anônimas, dever-se-ia transcrever o nome do autor quando conhecido; por fim, as normas poderiam ser utilizadas de forma diferente quando mais adequado à biblioteca. Rostgaard exerceu muita influência no continente europeu, assim como Bodley e seus bibliotecários na Inglaterra. Século XVIII - catálogos eram visualizados como listas de encontrar, mais do que como inventários. Algumas práticas se impuseram: catálogos classificados ou alfabéticos, embora alguns ainda permanecessem organizados pelo tamanho dos livros; os índices eram considerados úteis, embora não indispensáveis os nomes dos autores vinham pelo sobrenome, embora ordenados cronologicamente; a página de rosto adquiriu um certo prestígio, sendo os títulos transcritos literalmente; incluíram-se dados de publicação e notas de 'encadernado com'; as remissivas tornaram-se de uso comum, assim como algumas entradas analíticas. O século XVIII é marcado pelo desenvolvimento da pesquisa científica e das atividades de estudo, o que levou a um crescimento substancial das bibliotecas na Europa. Os fatos mais significativos e interessantes surgiram durante a Revolução 17 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Francesa. As bibliotecas dos nobres foram confiscadas e transformadas em bibliotecas de uso público, o que levou o governo da Revolução a estabelecer, em 1791, normas para sua organização: o primeiro código nacional de catalogação. Segundo Strout, esse código é um paradigma de brevidade e simplicidade prática. Também se deve ao governo revolucionário o uso de catálogos em fichas, pela primeira vez na história da catalogação. Não propriamente por facilidade, mas devido à falta de papel, deveriam ser utilizadas cartas de baralho para o registro das obras: cartas de ases e dois seriam reservadas para os títulos mais longos, talvez por disporem de 4 mais espaço. Quaisquer que tenham sido os motivos para o uso de fichas, essa ideia muito racional e prática permanece até nossos dias. O código francês determinava que se transcrevesse a página de rosto, sublinhando o sobrenome do autor para alfabetação. Quando não houvesse autor, seria sublinhada a palavra mais significativa do título. Incluíam-se dados físicos: número de volumes, tamanho, ilustrações, material de que o livro era feito, encadernação e indicação de falta de páginas. Muitas dessas informações são registradas até hoje. 1791- Regras de catalogação segundo a influência de Jean-Baptiste Massieu, código francês de 1791, Método antigo de fazer as cédulas para inseri-las após o índice de autor desconhecido. Século XIX O século XIX - fatos notáveis na história da catalogação, com trabalhos de grande importância e muita influência em nossa prática moderna. Catálogo no British Museum - em 1836 a House of Commons (câmara baixa do parlamento britânico) nomeou uma comissão que deveria investigar as condições a administração e os serviços do museu que incluía (catalogação e o catálogo) na biblioteca do museu. Muitos foram as pessoas ouvidas durante a pesquisa uma delas conseguiu vencer a comissão com seus argumentos e ideias: Anthony Panizzi, Collier, empregando suas próprias normas, tentou catalogar 25 livros, e Panizzi, utilizou estas catalogações como defesa de suas 91 regras. Panizzi saiu vitorioso nunca houve tamanho interesse por questões biblioteconômicas, envolvendo governo, personalidades e eruditos. 18 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1839 – Sir Anthony Panizzi – 91 regras – primeiro código criado- refugiado político italiano, advogado de profissão, que trabalhava no museu (British Museum) como bibliotecário assistente desde 1831. Em 1839, após várias audiências, Panizzi convenceu os membros da comissão e estes aprovaram seu código, as famosas 91 regras de Panizzi. Mas nem a controvérsia nem a investigação pararam por aí. Em 1847, outra pesquisa tornou-se necessária, desta vez referente à constituição e administração do museu, e novamente levantou-se a questão do catálogo e das regras de Panizzi. Um episódio muito interessante foi a crítica de Collier, um especialista em Shakespeare, às 91 regras e ao próprio Panizzi. Dizia Collier que Panizzi estabeleceu um número tão elevado de regras para atrasar a elaboração do catálogo, que ele chamava “o interminável catálogo de Mr. Panizzi”, e preconizava suas próprias regras. Panizzi e suas regras tiveram grande influência na biblioteconomia inglesa e, também, na americana. 1852 – Charles Jewet – Código baseado no código de Panizzi. Catalogação uma única vez. Smithsonian Instituion – EUA Em 1850, Charles C. Jewett viu aceito seu código para o catálogo da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos. No prefácio, reconhecia seu débito para com Panizzi e suas regras, mas em inúmeros pontos apresentou discordâncias e soluções diferentes. Alguns preceitos de Jewett, em especial no tocante a cabeçalhos de responsabilidade e obras anônimas, até hoje são seguidos. Jewett determinou a finalidade de um código de catalogação, como citada por Strout: As regras de catalogação devem ser estritas e devem ir ao encontro, o mais possível, de todas as dificuldades do detalhe. Nada, o máximo que se possa evitar, deve ser deixado ao gosto individual ou ao julgamento do catalogador . Também em 1850 surgiu na Alemanha o código de Munique, que, segundo Ranganathan, manteve-se em forma manuscrita. Foi a partir desse código que Carl Dziatzko criou em 1886, para a universidade de Breslau, suas instruções, que, por sua vez, serviram de base para o código alemão. As Instruktionen für die alphabetischen Kataloge der Preussischen Bibliotheken [Instruções para os catálogos alfabéticos das bibliotecas prussianas] ou Instruções prussianas, de 1899, como relatou Alice Príncipe Barbosa, foram elaboradas por homens de formação científica e filosófica, exercendo grande influência em outros países de língua alemã, ou mesmo sendo integralmente adotadas por eles. 1876 – Charles Ammi Cutter – Regras para um catalogo Dicionário – Havard College – EUA. Melvil Dewey também estabeleceu regras simplificadas de catalogação, mas seu renome se deve à Classificação Decimal (1876), que hoje leva seu nome, por ironia 19 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância publicada anonimamente na primeira edição. No mesmo ano de 1876, Charles Ami Cutter publicou suas Rulesfor a dictionary catalogue [Regras para um catálogo dicionário]. Cutter, considerado por Ranganathan como o gênio da biblioteconomia, não elaborou apenas um código de catalogação: sua obra é na verdade uma declaração de princípios. As regras são entremeadas com os porquês das soluções e com observações diversas, às vezes irônicas de fácil leitura, se constitui em um código muito completo, incluindo a catalogação de assuntos e de materiais especiais, normas de transliteração e elaboração de catálogos auxiliares. Cutter criou, ainda, um esquema de classificação e uma tabela representativa de sobrenomes, esta utilizada até hoje. Mas sua contribuição mais importante está na catalogação. Determinou os objetivos do catálogo e ditou a visão do catalogador. De um ponto de vista muito pessoal,acredito que a catalogação moderna, automatizada, deveria voltar a Cutter, pois inúmeras soluções por ele apontadas, quando a catalogação era manuscrita ou datilografada, se aplicam inteiramente aos recursos computacionais. Sua obra é um exemplo de catalogação prática adequada ao usuário. A Tabela de Cutter é uma tabela de códigos que indicam a autoria de uma obra literária elaborada por Charles Ammi Cutter em 1880 e é utilizada para classificar livros em bibliotecas. A tabela utiliza todas as letras para designar as categorias de livros, em contraste com a Classificação Decimal de Dewey que utiliza apenas números. https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_de_Cutter 1895 – Paul Otlet e Henri La Fontaine – Fundam um instituto Internacional de Bibliografia – este com um levantamento e registro de todas as publicações editadas em todo o mundo. Controle Bibliografico Universal – CBU. 16.000.000 milhões de registros. Século XIX — época de proliferação de códigos de catalogação, Cutter marca este período. No final do século, em 1895, dois belgas, Paul Otlet e Henri La Fontaine fundam o Institut International de Bibliographie (IIB), atual Federação Internacional de Informação e Documentação (FID), e dão início ao levantamento e registro de todas as publicações editadas em todo o mundo. Chegaram a 16 milhões de registros, segundo alguns autores, e 12 milhões, segundo outros. Embora não fossem os primeiros a alimentar o sonho do controle bibliográfico universal, certamente deram um passo decisivo nesse sentido. Após um período em que utilizaram a Classificação Decimal de Dewey, criaram a https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Charles_Ammi_Cutter&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/1880 https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela https://pt.wikipedia.org/wiki/Letra https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_Decimal_de_Dewey https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_Decimal_de_Dewey https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_de_Cutter 20 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Classificação Decimal Universal, embasada em Dewey, porém mais especializada, visualizando-a como um meio de intercâmbio de informações bibliográficas, acima das barreiras lingüísticas. Otlet e La Fontaine eram advogados e pacifistas, acreditando ser a bibliografia universal a base para a paz. Otlet juntamente com Robert GoIdschmidt, projetou uni equipamento de ampliação de filme, introduzindo o microfilme em bibliotecas; em 1906 publicou um trabalho em que tratava da “nova forma do livro”. La Fontaine recebeu o prêmio Nobel da Paz de 1913, foi senador socialista (1894-1936) e representante belga junto à Liga das Nações (1920-1921). A Primeira Guerra Mundial interrompeu os trabalhos de compilação da bibliografia, que cessaram definitivamente por volta de 1920, quando o IIB atravessou séria crise financeira. Nessa ocasião, o jovem químico holandês Frits Donker Duyvis (futuro secretário-geral da FID) propôs o estabelecimento de centros nacionais cooperantes para dar continuidade ao trabalho. No ano seguinte, a Holanda tornou-se o primeiro país a fazer parte do acordo de cooperação. Em 1931 o IIB tornou-se o Institut International of Documentations, que, em 1938, transferiu-se definitivamente para Haia, comi o nome de Federação Internacional de 1 Documentação. Como se verá adiante, a ideia de Otlet e La Fontaine foi retomada pela UNESCO após a Segunda Guerra Mundial. O controle bibliográfico consiste, de modo geral, em um arranjo de técnicas e procedimentos cujo objetivo é organizar e preservar determinado conjunto de suportes de informação para torná-los acessíveis, da forma mais eficiente possível, a qualquer indivíduo de que dele necessite. De forma mais ampla, o controle bibliográfico também é definido como o domínio que se possui sobre certos documentos. Este domínio pode ser exercido pela criação de bibliografias ou pela adoção de procedimentos de padronização da descrição bibliográfica, por exemplo. Em outras palavras, a ideia de controle bibliográfico está relacionada ao estabelecimento de sistemas e padrões a serem adotados na representação descritiva de itens bibliográficos tendo em vista facilitar o acesso à informação nas diferentes áreas do conhecimento. 1899 - "Instruções Prussianas" - Regras Prussianas. Adotada pela Alemanha, Áustria, Hungria, Suécia, Suíça, Dinamarca e Noruega e teve sua origem 1886 por Carl Dziatzko. https://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3o 21 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Em uma nova edição de 1941 dessas Instruções prussianas, são introduzidas modificações para atualizá-las e adaptá-las à evolução da técnica de catalogação nos primeiros quarenta anos do século XX, corrente europeia de princípios do século foi representado pelo Código do Vaticano de 1931. Século XX 1901 – Marcado pela impressão e venda de fichas catalográficas pela Library of Congress (LC) dos Estados Unidos. Cada biblioteca não precisava fazer a própria catalogação de seus livros, a LC vendia suas fichas impressas, às quais bastava que fossem acrescentados cabeçalhos, também por ela indicados. Isso resultou em padronização, já que as fichas vendidas, e, portanto, utilizadas pelas bibliotecas, eram rigorosamente idênticas. Quando as fichas começaram a ser impressas, a American Library Association (ALA) nomeou uma comissão para estudar as regras adotadas pela LC. 1908 – ALA – American Library Association (EUA) com a colaboração da Library Association (Inglaterra) - Regras de catalogação: entradas de autor e título. Primeira edição. – “Cataloguing rules: author and title entries”. Uma 2ª Edição é lançada em 1941 com o intuito de corrigir e melhorar o que os catalogadores consideraram como problema (confusão e excesso de detalhes principalmente da parte descritiva). Os catalogadores queriam um código que lhes atendessem e que fosse simples e objetivo. Em colaboração com a Library Association da Inglaterra, a ALA publica a primeira edição de seu código em 1908, utilizando regras de Panizzi, Cutter, Jewett e LC: Cataloging rules - author and title entries [Regras de catalogação: entradas de autores e títulos]. Concomitantemente publicava-se, na Alemanha, a segunda edição das Instruções prussianas, que alcançaram grande aceitação na Europa, enquanto o código da ALA era bem recebido nos Estados Unidos e outros países. Buscou-se, então, uma compatibilidade entre ambos, mas, a tão desejada padronização internacional só chegaria muito mais tarde 1911 - Na base deste código estava o Regole (as Regras) italiano de 1911 complementado com regras retiradas do Código Anglo-Americano de 1908, a fim de internacionalizá-lo, (o que, por sua vez, reflete uma clara influência dos códigos de Panizzi, Cutter e Instruções Prussianos). Foi a melhor amostra de síntese da corrente europeia e norte-americana, cuja influência se fez sentir em maior medida na Europa e na América Latina mais do que nos Estados Unidos, pois envolveu a adaptação da prática anglo- americana a uma língua, o italiano com características semelhantes ao espanhol. 22 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1920 – Código da Vaticana – pautado no código da ALA de 1908 - traduzido para o português e espanhol teve grande aceitação na América Latina - ocorre uma mudança para a tendência anglo-americana, se reflete no fato de que pela primeira vez uma seção dedicada a pessoas jurídicas aparece, uma lista de clássicos anônimos é adicionada à lista de clássicos latinos autores do código anterior, é que adota o cânone bíblico do Código da Vaticana e, como neste, são dadasnormas sobre a transcrição de alfabetos não latinos, entre outras alterações; Na segunda edição teve reimpressões em 1945, 1955 e 1960 sem variações. Em 1920 foram editadas as Norme per il catalogo degli stampati [Normas para o catálogo de impressos] ou código da Vaticana, elaborado por um grupo de bibliotecários norte-americanos, sob a direção de John Asteisson, norueguês de formação americana, para a Biblioteca Apostólica Vaticana. As normas da Vaticana basearam-se no código da ALA de 1908, embora sua terceira edição tenha sido considerada superior à segunda da ALA, ambas de 1949. O código da Vaticana exerceu enorme influência na biblioteconomia brasileira, a partir de 1940, primeiramente em sua edição em espanhol e, depois, nas duas edições em português (1949 e 1962), até 1969. Ensinava-se a ‘Vaticana’ na escola de biblioteconomia do Rio de Janeiro (cursos da Biblioteca Nacional), sendo adotada por inúmeras bibliotecas, e ainda hoje se encontram algumas que a usam. Paralelamente, a escola de biblioteconomia de São Paulo, iniciada no Colégio Mackenzie em 1929 e de nítida influência norte-americana, optou por ensinar o código da ALA. Entre 1934 e 1963, muitos foram os trabalhos que preconizaram a criação de um código brasileiro, ou código para países de língua portuguesa. Podem-se citar: Duarte Ribeiro (1934), Associação Paulista de Bibliotecários (1941), Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) (1943), Maria Luísa Monteiro da Cunha (1946 e, novamente, 1963), primeiro Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, como recomendação (1954), Felisbela Carvalho (1961) e Mário Costa (1963). As ideias não prosperaram, obtendo-se apenas normas para cabeçalhos de nomes em língua portuguesa. No entanto, houve uma obra em português de considerável influência e aceitação: Catalogação simplificada (1970), de Cordélia R. Cavalcanti, que por um certo tempo assumiu o lugar de um código brasileiro em muitas bibliotecas, algumas de vasto acervo. 23 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 2.1.2 Evolução histórica A normalização da informação e a pratica da catalogação tem sido e seguira sendo uma preocupação permanente para as instituições internacionais como a - The International Federation of Library Associations and Institutions - (IFLA) e a Biblioteca do Congresso Americano – (Library of Congress - https://www.loc.gov/) e no Brasil a Biblioteca Nacional – BN https://www.bn.gov.br/, essas instituições consideram uma atividade indispensável para o ótimo aproveitamento dos recursos informacionais e também valioso método que facilita o intercâmbio de informação em um mundo hoje totalmente globalizado. Há muitos séculos a comunidade internacional de Biblioteconomia tem se dedicado a tarefa de uma análise da teoria e também da prática de catalogação mundial. Entendendo onde chegamos Conferência de Paris, 1961- entre 1958 e 1959 se consolida um convênio apresentando as necessidades pela comunidade de biblioteconomia ocorre uma cooperação entre a IFLA e a UNESCO. Este convênio tem como objetivo estudar com maior determinação e atenção os detalhamentos que se refere aos títulos de obras anônimas, obras de autores coletivos e a forma como os nomes próprios e geográficos devem ser tratados nos títulos. The International Federation of Library A ssociations and Insttutions (IFLA) é o principal organismo internacional que representa os interesses dos serviços bibliotecários e de informação e seus usuários. É a voz global da biblioteca e da profissão de informação. https://www.ifla.org/ UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) dentre outras inúmeras Iniciativas, tem-se voltado ao estabelecimento de padrões para as bibliotecas nacionais, que se refletem diretamente sobre nossas práticas biblioteconômicas. Dentre as finalidades e funções da UNESCO está a de manter, desenvolver e disseminar o conhecimento, por meio da cooperação internacional, para acesso a todos os materiais publicados. Para tornar possível a consecução desse objetivo. Mey 1985 https://www.loc.gov/ https://www.ifla.org/ 24 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Esse acordo levou à convocação de uma reunião internacional em outubro de 1961 para chegar a um acordo sobre os princípios básicos que regulariam a seleção e a forma dos títulos na ficha de catalográfica. O encontro foi realizado na Casa da UNESCO em Paris, o produto desse encontro foi a “Declaração dos 12 Princípios de Catalogação”, que agora é conhecido como “Princípios de Paris”. Declaração dos Princípios Internacionais de Catalogação (Princípios de Paris revisitados) - que os códigos de catalogação devem ter como diretrizes: 1. a conveniência dos usuários, 2. o uso comum, 3. a representação, 4. a precisão, 5. a suficiência 6. a necessidade, 7. a significância, 8. a economia, 9. a consistência 10. a padronização e 11. a integração. Vale mencionar que o usuário deve ser o foco primordial da atividade de catalogação. Cronologia após o “Princípios de Paris” 1961 - Com a Conferência de Paris (1961) sobre os Princípios de Catalogação, avançou-se na tarefa unificadora e a Comissão Europeia para a reforma das Instruções decidiu aderir a essa tendência, portanto, na introdução das Instruções para a redação do catálogo alfabético de autores e obras anônimas. 1964 - Diz: “teria sido um absurdo encerrarmo-nos na defesa das nossas peculiaridades, virando-nos completamente as costas ao que se está fazendo ao longo o mundo. Por mais que tenhamos apegos as peculiaridades e mesmo se estivéssemos convencidos de que o sucesso as inspira ... podemos obter maiores vantagens sacrificando-as na busca da unificação. Ele reconhece na introdução que “a própria missão do catálogo consiste em garantir que o leitor encontre os livros de que precisa com o mínimo de dificuldades possível; nada melhor para isso do que… encabeçar as obras de cada autor pelo nome pelo qual costumam ser conhecidos, mesmo que não seja o que consta em sua certidão de 25 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância nascimento”. Esse critério, talvez menos científico, mas muito mais prático, já existente nos códigos anteriores, é o que inspirou muitas das mudanças que então foram introduzidas e que perduram até hoje. • Principais pontos colocados por Lubtzy, 1961 - catalogo é auxiliar para a exploração dos recursos da Biblioteca. • Distinção entre obra e livro; • Privilegiar a entrada principal; • Fidelidade a página de rosto; Folha de rosto ou página de rosto é um elemento pré-textual de um livro (publicação), trabalho acadêmico ou científico, como um relatório, monografia, tese, dissertação. Trata-se de uma página onde aparecem como itens obrigatórios o nome da instituição, o nome do autor, o título do trabalho, disciplina, orientador e data. É a fonte que fornece os dados necessários à identificação da obra. No caso de um livro deve conter os mesmos elementos gráficos e textuais da capa em fundo branco invertendo as cores caso não haja legibilidade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha_de_rosto Fig.4 Pagina de Rosto (folha de rosto) https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha_de_rosto 26 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A folha de rosto é o lugar por excelência (imperativo) onde catalogador identificará os dados para a catalogação descritiva. 27 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Garantir a Uniformidade nos catálogos 1967 – ANGLO-AMERICAN CATALOGING RULES (AACR)/ CÓDIGO DE CATALOGAÇÃO ANGLO-AMERICANO - American Library Association (ALA) EUA -Canadian Library Association (Canadá) -Library Association (Inglaterra) -Library of Congress (LC) EUA AACR – Aplicabilidade as atividades biblioteconômicas como: descrição bibliográfica, livrescas, confecção de fichas catalográficas, bibliografias, citações bibliográficas, lista de livros e de outros materiais para qualquer finalidade, inclusive catálogos coletivos. 1969 – International Standard Bibliographic Description (ISBD) / Descrição Bibliográfica Normalizada Internacional -/ IFLA - International Federation of Library A ssociations and Institutions. Utiliza de pontuações e abreviaturas padronizadas entre os elementos de descrição e esses elementos tem que estar descrito pela ordem preestabelecida pela norma. Consequência do importante Encontro de Especialistas em Catalogação, Copenhague 1969, no qual se chegou a um acordo para estabelecer normas internacionais de descrição bibliográfica e, assim, poder realizar um efetivo intercâmbio mecanizado de informações, as Regras de Catalogação. 1978 – AACR2 – resultado da Junção dos dois conjuntos de regras Americana e Inglesa e AACR + ISBD – Utilizou a pontuação prescrita pela ISBD. 1985 é publicado o primeiro volume dedicado a Monografias e Publicações em Série; o segundo volume será lançado em 1988 e trata da catalogação de materiais especiais. Embora estes sejam considerados a quarta versão das regras oficiais já mencionadas (1902, 1941, 1964), as anteriores continuaram a manter uma estrutura tradicional de divisão do conteúdo em quatro grandes capítulos: regras gerais, arquivos principais, arquivos secundários e ordenação no catálogo. Nesta edição a estrutura em capítulos é influenciada pelo surgimento do AACR2 de 1978 que deu grande importância à 28 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância descrição, e reúne o que já havia sido feito na catalogação bibliográfica desde o surgimento da ISBD (M) de 1974 e as sucessivas ISBDs e conforme declarado em sua Introdução. Compartilhar foi a palavra que marcou os anos 90. Por um lado, a necessidade e de outro a tecnologia. 1988 e 2003 – AACR2r – Foi traduzida para vários idiomas e revisada significativamente e depois disso sendo atualizada anualmente de 2003 e 2005. A edição consolidada e revisada é publicada em 1995, na qual algumas regras são modificadas de acordo com as mudanças introduzidas nas sucessivas edições publicadas das ISBDs e, além disso, procura-se suprir algumas lacunas tanto na descrição bibliográfica quanto em outras. A reformulação envolveu uma mudança na estrutura com a redação do primeiro capítulo com as regras gerais de descrição bibliográfica anterior aos capítulos específicos para cada tipo de documento (do capítulo 2 ao 12), um capítulo 13 dedicado à descrição analítica, o Capítulo 14 à escolha dos pontos de acesso, 15 à forma dos títulos, 16 aos títulos uniformes e 17 às referências. A decisão prática de ter um capítulo com as regras gerais de descrição bibliográfica comuns a todos os tipos de materiais e uma sucessão de capítulos específicos para o conteúdo desses materiais implica uma maior integração de todos os tipos de materiais e menos diferenças em sua descrição. Diferenças específicas do material em seu capítulo especial. Isso supôs um grande trabalho de síntese na redação por parte da Comissão de Revisão. A última edição revisada dessas regras data de 1999, em que a redação de algumas regras é modificada para torná-las mais precisas e os erros são corrigidos. Reunião de Copenhague, 1969 - “Encontro Internacional de Especialistas em Catalogação, organizado pelo Comitê de Catalogação da IFLA em Copenhague, onde nesta reunião foi criada e se produziu norma a nova redação foi baseada no estudo não apenas do AACR2 e das diferentes normas ISBDs, mas também nos mais modernos códigos de catalogação para regularizar a forma e conteúdo da descrição bibliográfica” O paradigma marcado na década de 60 manteve-se em vigor por cerca de 40 anos. 29 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Conferência de Toronto, 1997 Atualização da estrutura das regras que até então regiam: 1. Os regulamentos internacionais representados pela International Standard Bibliographic Description (ISBD) - (Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada); 2. Regramento representado pelo Anglo-American Cataloguing Rules - (AACR) - Código de Catalogação Anglo-Americano. As evoluções de ambos os padrões não seguiram um perfil uniforme, o ISBD evoluiu como necessidades de desenvolvimento tecnológicos, o AACR estagnou e só conseguiu uma segunda edição com vários adendos ou atualizações. International Standard Bibliographic Description (Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada), conhecida amplamente por ISBD, é um padrão desenvolvido pela International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) para a criação de descrições bibliográficas. A ISBD especifica os elementos necessários para descrição de diversos tipos de documentos (por exemplo, livros, mapas, partituras, gravações de áudio, etc.), a ordem em que estes elementos devem ser registrados e a pontuação utilizada entre os elementos. https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Bibliographic_Descripti on / O Código de Catalogação Anglo-Americano (em inglês: Anglo-American Cataloguing Rules) - 2ª edição (CCAA2, ou AACR2 a partir da sigla em inglês) é um compêndio de regras para a criação de descrições bibliográficas e para a escolha, a construção e a atribuição dos pontos de acesso (cabeçalhos) representando pessoas, localizações geográficas e entidades coletivas, além de títulos uniformes representando obras e expressões[ publicada em 1978. https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Cataloga%C3%A7%C3%A3o _Anglo-Americano Na reunião de Toronto em 1997, as seguintes questões foram levantadas: 1. Revisão das áreas de descrição da ficha de catalográfica. Com uma abordagem mais minimalista, uma redução nas áreas de descrição, já que segundo seu ponto de vista era uma preciosidade técnica de bibliotecários e não chaves ou pontos de acesso relevantes para o público/usuário. 2. Estabelece canais de comunicação entre agências bibliográficas propõe consolidar a cooperação bibliotecária do ponto de produtividade do catálogo, https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Bibliographic_Description%20/ https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Bibliographic_Description%20/ https://pt.wikipedia.org/wiki/1978 https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Cataloga%C3%A7%C3%A3o_Anglo-Americano https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Cataloga%C3%A7%C3%A3o_Anglo-Americano 30 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância tentando não centralizar os registros bibliográficos em uma única entidade, mas sim realizar a catalogação compartilhada e que os registros fluam de forma ágil e transparente entre agências bibliográficas nacionais. 3. Redução de elementos bibliográficos não relevantes. As erupções de sistemas automatizados em bibliotecas mudaram a forma de acesso as informações contidas nos catálogos, os usuários exigiram menos pontos controlados, menos estruturas quanto ao formato do registro, por exemplo, sugere-se cancelar definitivamente relacionado a títulos uniformes, já que de acordo com vários estudos realizados em alguns OPAC's (Online Public Acess Catalog) de universidades unificados, os usuários raramente usam este elemento como um ponto de recuperação. Em catálogos impressos, o uso da pontuação nas áreas de publicação e descrição física, que deve ser opcional ou simplesmente desaparecer. OPAC:Online Public Acess Catalog, em português, catálogo de acesso público on-line. É a interface voltada para atender ao usuário em linha, e conforme as configurações preestabelecidas pelo administrador (superlibrarian) . Oferece recursos que vão além do campo de busca e podem trazer retornos para o usuário e a equipe da biblioteca. http://wiki.ibict.br/index.php/OPAC Não são apenas propostas de mudanças em termos de questões relacionadas ao uso de tecnologia, também em termos de representação na reprodução e / ou geração de catálogos de papel, novamente destaca a tendência para uma visão minimalista, ou seja, redução e simplificação de áreas. A tendência deixa de ser estruturalista e se torna uma visão minimalista com foco mais nos usuários. É neste encontro que o uso de metadados e sistemas também foi discutido automatizado para o armazenamento e recuperação de informações, como FRBR, da mesma forma o uso do protocolo Z39.50 como ferramenta para comunicação entre OPACs para troca de informações. Eles surgem e da mesma forma, os problemas relativos à informação na Internet e ao uso de documentos em formato SGML, dados não considerados pela AACR2. http://wiki.ibict.br/index.php/OPAC 31 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância METADADOS - Metadados, literalmente "dados sobre dados" - especificamente, metadados descritivos - são dados estruturados sobre qualquer coisa que possa ser nomeada, como páginas da web, livros, artigos de periódicos, imagens, músicas, produtos, processos, pessoas (e suas atividades), dados de pesquisa, conceitos e serviços. Agora um conceito mainstream, os metadados tendiam pela primeira vez em 1995, seguindo de perto a World Wide Web em 1994. (Metadados de "Big data" sobre ações e transações como curtidas no Facebook, ligações, tweets e similares, que tendiam em 2013, foram lançados de escopo para esta breve introdução.). https://www.dublincore.org/resources/metadata-basics/ É aqui que a importância da utilização de catálogos eletrônicos é destacada pela primeira vez. Nossa sociedade é o preâmbulo para a conversão unidades de informação retrospectiva, pelo menos no campo acadêmico. A criação de catálogos eletrônicos de registros e informações. Conferência de Washington, 2000 - foi mencionado anteriormente que o AACR2 não evoluiu em conjunto com o ISBD's, a Biblioteca do Congresso Americano (Library of Congress), ciente dessa situação, decide realizar uma reunião em 2000 em Washington, para analisar este problema. A reunião girou em torno do crescimento acelerado da informação eletrônica, e evidenciou as deficiências existentes no AACR2. Da mesma forma, a recuperação desses recursos na Internet, foi o aspecto mais importante desta reunião. Os pontos abordados foram os seguintes: • Identificação das lacunas do AACR2, nos termos da descrição dos recursos eletrônicos, bem como informações impressas. • Importância da recuperação oportuna de informações em qualquer formato, com base nos cabeçalhos de assuntos da Biblioteca do Congresso Americano. • Uso das entradas por assunto combinado com o uso dos sistemas metadados com base em sua operabilidade. • •. Futuro gerenciamento de catálogos de bibliotecas no contexto da Internet por meio do desenvolvimento de software para multirelacionar as descrições de recursos informativos. https://www.dublincore.org/resources/metadata-basics/ 32 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Conferência de Florença, 2003 - Três anos após a conferência de Washington, em Florença, Itália, realiza-se outra reunião onde o tema principal foi o uso de metadados com foco no usuário. Os antecedentes diretos deste encontro remontam também ao ano 2000 nesta mesma cidade. Começa com a postura marcada pelo Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR) / (Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos) FRBR, onde o objetivo principal era produzir um modelo conceitual que serviria de base para relacionar qualidades específicas (refletidas no registrar como itens de dados discretos) com as várias tarefas que o os usuários realizam ao consultar registros bibliográficos. Os objetivos do estudo que deu origem ao FRBR foram: (1) prover um quadro definido com clareza e estruturado para relacionar os dados que são registrados em registros de bibliográficos às necessidades dos usuários desses registros; e (2) recomendar um nível básico de funcionalidade para registros criados por agências bibliográficas nacionais. https://fabricioassumpcao.com/2012/07/o-que-e-frbr.html • Um ponto importante deste encontro é o peso específico que é dado ao controle da autoridade como um dos elementos mais importantes dentro do controle bibliográfico. Reunião em Frankfurt, Alemanha, 2003 - considerou que todas as reuniões mencionadas acima foram preparatórias para o grande encontro, que aconteceu em Frankfurt em 2003, em que o paradigma dos Princípios de Paris deixou de estar em vigor e é substituído pelos princípios de Frankfurt, isso é realizado 1ª Reunião de Especialistas em um Código Internacional de Catalogação. Esses novos princípios substituem e expandem os Princípios de Paris, de apenas trabalhos textuais para todos os tipos de materiais e a escolha e forma do assento para todos os aspectos dos registros bibliográficos e de autoridade usados em Catálogos de bibliotecas. Consulte o (apêndice 1do guia) para que entenda com detalhes o documento na integra traduzido para o português: https://fabricioassumpcao.com/2012/07/o-que-e-frbr.html 33 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância “DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO” Os novos princípios são: 1. 1 Alcance 2. Entidades, atributos e relacionamentos 3. Funções do Catálogo 4. Descrição bibliográfica 5. Pontos de acesso 6. Registros de autoridade 7. Fundamentos para recursos de pesquisa Estes são construídos com base nas grandes tradições de catalogação do mundo e também nos modelos conceituais dos documentos da IFLA e FRBR e Requisitos Funcionais e Numeração para Registros de Autoridade (FRANAR), que estendem os Princípios de Paris ao campo da catalogação por assuntos. Encontro Nacional sobre um Código Internacional de Catalogação, México, 2004 - Como evento preparatório para o 2º. Reunião de especialistas em um Código de Catalogação Internacional realizado em agosto de 2004 na cidade de Buenos Aires, Argentina, o Centro de Pesquisa Universitária Bibliotecários (CUIB) convoca o Encontro Nacional sobre um Código Catalogação Internacional na Cidade do México, com o objetivo de trazer a posição de bibliotecários mexicanos para aquele 2º. Reunião. Os resultados desta reunião não foram muito animadores e a proposta apresentada ambígua, dado que durante as discussões a posição estruturalista de alguns participantes, que continuam a pensar mais sobre a forma não no benefício para o usuário, portanto, era difícil defender a abordagem minimalista, onde alguns dos elementos descritivos propostos pelos AACRs, como os títulos uniformes e a forma das entradas do autor pessoais e corporativos, foram simplificados. Meeting Buenos Aires, Argentina, 2004 - Os resultados da 2ª. Reunião de especialistas sobre um código internacional Catalogação realizada em agosto de 2004 na cidade de Buenos Aires, Argentina ainda não foi publicado. O objetivo inicial desta reunião foi para discutir com base nos princípios de Frankfurt, que têm uma tendência marcada pelo FRBR e pelo FRANAR. Sem poder assegurar tudo parece indicar que de acordo com os resultados, a tendência hoje gira em torno das necessidades de informação dos usuários altamente alfabetizado tecnologicamente e osavanços vertiginosos em 34 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância tecnologias de informação e comunicação, portanto, o FRBR e FRANAR provavelmente acabará impondo sua filosofia. A cultura do hipertexto afetou consideravelmente as formas de representação do conhecimento na maioria das ciências e disciplinas. O catalogar como uma disciplina e um componente substancial da ciência biblioteconômica, foi seriamente afetada em seus quadros referenciais e conceitual, de tal forma que há a necessidade de atualização de seus conceitos, neste tipo de movimento cultural, não escapa deste corte transversal feita pela cultura do hipertexto nas formas de representação científico. Assim, o conceito de catalogação tradicional foi endossado na mudança de categorizações do registro bibliográfico. A possibilidade de observar e analisar uma variedade de catálogos eletrônicos tem trazido como consequência para passar da concepção tradicional de registro bibliográfico ao qual categoricamente diferença entre documento, trabalho, e entidade documental da taxonomia dos registros bibliografias produzidas baseado em agrupamentos dos registros de acordo com seus tipos de "inter-relações bibliográficas". Ou seja, a possibilidade de ver as transformações do registro bibliográfico em formato MARC - Machine Readable Cataloging / catalogação legível por computador para uma possível estruturação de acordo com o esquema minimalista proposto pelo FRBR. MARC é a sigla para Machine Readable Cataloging que quer dizer catalogação legível por computador. Para o computador processar os dados catalogados é necessário colocá-los em forma legível pela máquina, identificando os elementos de forma clara, para que possa ler e interpretar os dados de um registro catalográfico. O Formato MARC é muito utilizado no mundo todo, existem formatos baseados no MARC em vários países, como nos Estados Unidos – USMARC, na Inglaterra – UKMARC, na França – InterMARC e no Canadá – CanMARC. As informações contidas em uma ficha catalográfica não podem ser simplesmente digitadas no computador para produzir um catálogo automatizado. O computador precisa de um meio para interpretar a informação encontrada no registro bibliográfico. Este meio se encontra no Formato MARC, do qual veremos a seguir seu significado, seu histórico, seus objetivos, como funciona um registro MARC, os campos, subcampos e indicadores e sua importância para os bibliotecários. https://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC https://pt.wikipedia.org/wiki/Cataloga%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficha_catalogr%C3%A1fica https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficha_catalogr%C3%A1fica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1logo https://pt.wikipedia.org/wiki/Registro_bibliogr%C3%A1fico https://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC 35 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância No Brasil, o uso de códigos de catalogação estrangeiros iniciou-se pelo Curso de Biblioteconomia do Colégio Mackenzie em São Paulo, em 1929, que optou pelo ensino do código da American Library Association (ALA). Nas décadas seguintes, obtiveram grande influência a edição em espanhol e as duas traduções em português do código da Biblioteca Apostólica Vaticana, ou Código da Vaticana (1949 e 1962), até a chegada da primeira tradução das Anglo-American Cataloguing Rules, ou Código de Catalogação Anglo- Americano - AACR, em 1969, quando este, gradativamente, substituiu o código da Vaticana, mesmo assim ainda empregado nos anos 1980. A partir de então, a Biblioteconomia brasileira traduz e aplica integralmente as AACR2, em suas diferentes edições e revisões, apesar de inúmeras propostas, entre os anos 1934 e 1963, para criação de um código brasileiro, ou luso-brasileiro de catalogação (MEY, 2003). O mundo caminhava para a padronização, pressionado pelos avanços tecnológicos, e todos os códigos iriam chegar a pontos comuns. Iniciando suas atividades em janeiro de 1946, a UNESCO criou o programa de Controle Bibliográfico Universal, gerenciado pela Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), atuando em bases cooperativas. Cooperação significa, além do respeito aos padrões, que cada um dos países deverá responsabilizar-se por seu controle bibliográfico nacional, por intermédio de uma ou mais entidades designadas, geralmente a biblioteca nacional ou instituição similar. Tal programa elegeu como norma básica para a descrição bibliográfica a ISBD, da qual trataremos adiante, e, como formato de intercâmbio, o UNIMARC. A UNESCO e a IFLA vêm exercendo um papel fundamental no intercâmbio de registros bibliográficos e, em consequência, na catalogação. Controle Bibliográfico – CB - O controle bibliográfico consiste, de modo geral, em um arranjo de técnicas e procedimentos cujo objetivo é organizar e preservar determinado conjunto de suportes de informação para torná-los acessíveis, da forma mais eficiente possível, a qualquer indivíduo de que dele necessite. De forma mais ampla, o controle bibliográfico também é definido como o domínio que se possui sobre certos documentos. Este domínio pode ser exercido pela criação de bibliografias ou pela adoção de procedimentos de padronização da descrição bibliográfica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_bibliogr%C3%A1fico https://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_bibliogr%C3%A1fico 36 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Controle Bibliográfico Universal O Controle Bibliográfico – CB data de 1949, porém sabemos que sua pratica remonta a antiguidade. As Bibliotecas são as principais instituições responsáveis pelo CB já que são elas que guardam acervos e coleções completas (MACHADO, 2003). O Controle Bibliográfico Universal (CBU) foi idealizado pela IFLA e adotado pela UNESCO e deve ser entendido como um programa cuja suas atividades levam a formação de uma rede universal de controle e intercâmbio de informações bibliográficas. Seu propósito maior tornar disponível com rapidez e de forma compatível e universal os dados bibliográficos básicos de todas as publicações editadas em todos os países (MACHADO, 2003). Na atualidade a IFLA lidera o CBU e faz isso se utilizando da Catalogação de Leitura Mecânica, pela cooperação do projeto MARC, exigindo a adoção de princípios internacionalmente aceitos para o CB nacional (MACHADO, 2003). Controle Bibliográfico Brasileiro Bibliografia nacional é denominada a modalidade mais difundida do CB em qualquer país cooperante do CBU. É nesse documento que deve ser registrado tudo que foi gerado por uma nação e que será incorporado ao Acervo da Biblioteca Nacional como garantia da conservação daquele patrimônio. A UNESCO vê nesses dois pilares Biblioteca Nacional e Bibliografia Nacional a base para o CB em cada país. No Brasil a responsável por esse controle é a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (MACHADO, 2003). A legislação Brasileira que torna viável é o depósito legal. Depósito Legal Uma exigência que por força da Lei de (DL) – Decreto Legislativo n.433, de 3 julho de 1847, que foi substituído por Decreto 1.825 de 20 de dezembro de 1907 que deve ser enviado a Biblioteca Nacional um exemplar de todas as publicações produzidas em território brasileiro, sendo por qualquer meio ou processo. O objetivo é assegurar a coleta, a guarda e a difusão da produção intelectual brasileira. 37 Representação Descritiva da Informação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Lei de Depósito Legal - Biblioteca Nacional O Depósito Legal é definido pelo envio de um exemplar de todas as publicações produzidas em território nacional, por qualquer meio ou processo, segundo
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