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BIOMECÂNICA: Aplicação dos princípios de mecânica ao corpo vivo, ou seja, estuda as forças que agem em nosso corpo. No ser humano o movimento representa as distribuições das forças nas articulações através do tempo e do espaço. OBJETIVOS DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA: Compreender as forças que agem sobre o corpo humano bem como manipulá-las para que a atividade (movimento) seja melhorada ou ainda para evitar lesões (prevenção). Na fisioterapia serve como base de orientação para determinação de diagnóstico. FORÇA: Qualquer ação que produza ou tenha tendência de produzir aceleração (deslocamento) sobre um corpo. Inversamente proporcional, quanto maior a massa, mais força se exige, logo menos aceleração. E o contrário também ocorre, quanto menor a massa, menos força e mais aceleração. *Estática: Força sem movimento. Quando as forças são iguais, não há movimento. Músculo fazendo força sem movimento: Trabalho Isométrico FORÇA VETORIAL: A força tem magnitude, direção (horizontal, inclinado e vertical) e sentido (cima, baixo, esquerda e direita). Necessita-se então, de um vetor para representá-la “força resultante” Forças mesma direção e sentido: se unem Força sentido contrário: se subtrai FORÇAS QUE AGEM NO CORPO VIVO: • Gravidade; 1º força - empurra todos os corpos para o centro da Terra. • Contração Muscular; Tônus - mantém em pé sob ação da gravidade. • Resistência Externa; Tudo que aplicamos no corpo. Ex: mochila, roupa • Atrito. Forças paralelas em sentido contrário. CONSEQÜÊNCIA DA AÇÃO DAS FORÇAS NO CORPO VIVO: • Compressão Articular • Tração Articular • Cisalhamento Articular – Sacro e L5 • Lesões Músculos Esqueléticas – Ruptura, fratura, distensão. Nosso sistema de amortecimento: Articulações Leis de Newton Inércia ou M.R.U. F = M.A Relação de = ou > F Joelho Varo e Valgo Espondilolistese PLANOS E EIXOS: *eixo e plano sagital = anteroposterior. PLANO FRONTAL: Divide o corpo em parte ou metade anterior e posterior. Nele se realiza o movimento de ABD e AD: Abdução – segmento se afasta da linha média do corpo Adução – segmento se aproxima da linha média do corpo Obs. Cortado pelo eixo Z do movimento O eixo é sempre perpendicular (90°) ao plano. PLANO SAGITAL: Divide o corpo em dois lados, ou seja, direito e esquerdo. Nele se realizam os movimentos de FLEX / EXT: Flexão – os segmentos corporais se aproximam um do outro. Extensão – o contrário. Obs. Cortado pelo eixo X do movimento. PLANO HORIZONTAL (TRANSVERSAL): Divide o corpo em partes superior e inferior. Neles se realizam os movimentos de R.I. e R.E: Rotação Interna – segmento gira em direção à linha média. Rotação Externa – segmento gira em direção contrária à linha média *Movimentos acessórios: deslizamento articular, jogo articular, podem ser Antero- posterior ou latero-lateral. EIXO ÂNTEROPOSTERIOR: Ou sagital. Liga a parte anterior do corpo e sai pela posterior. EIXO LÁTERO LATERAL: Ou transversal. É um eixo que entra de um lado do corpo e sai do outro, possibilita o movimento de frente para trás com o braço por exemplo. EIXO SÚPERO INFERIOR: Ou longitudinal. É um eixo que liga a parte superior à inferior. *Coluna faz inclinação ou flexão lateral. BIOMECÂNICA DO TECIDO ÓSSEO: • Estrutura rígida que sustenta e protege os tecidos corporais. • Forma um sistema de alavancas para ser movido pelas forças musculares. CARGAS MECÂNICAS QUE AGEM SOBRE O CORPO: • Compressão – Força de pressão ou aperto dirigida axialmente através de um corpo. “Espremer” • Tensão – Força de estiramento dirigida axialmente através de um corpo. “Puxar, esticar”. Ao crescer, o corpo sobre muita tensão. • Deslizamento/Cisalhamento – Força dirigida paralelamente a uma superfície. ESTRESSE MECÂNICO: Enquanto pressão representa a distribuição externa da força sobre o corpo, o estresse resulta da distribuição interna da força, aplicada externamente ao corpo. Encontra-se, principalmente, nas articulações (Joelho, quadril recebem muita carga). INCLINAÇÃO, TORÇÃO E CARGAS: • Inclinação: Carga assimétrica que produz tração em um dos lados do eixo longitudinal do corpo e compressão do outro lado. Ex: Escoliose. • Torção: “Torcedura” do osso em torno do seu eixo longitudinal. Combina tensão e compressão. Ossos não são retos para haver várias linhas de força. O osso oferece pontos de inserção para a linha de tração dos músculos. CARGAS COMBINADAS: Ação simultânea de mais de uma das formas puras de carga. CARGA REPETITIVA: Aplicação de uma carga não traumática que é, geralmente, de baixa magnitude. Ex: Túnel do carpo, tendinite. CARGA TRAUMÁTICA: Aplicação de uma força com magnitude suficiente para causar lesão em um tecido biológico. Ex: Fraturas. PROPRIEDADES E ESTRUTURA DO TECIDO ÓSSEO: Constituição e Organização Estrutural: Maneira como o osso se comporta em respeito às cargas mecânicas a que ele está submetido. Constituição: • Carbonato de Cálcio (60 –70% do peso do osso) • Fosfato de Cálcio: rigidez, resistência compressiva • Colágeno: elasticidade, resistência tensil. Epífise de crescimento. • Água Ocorre variação de acordo com a idade e qualidade do osso. Idosos, menopausa faz com que os ossos percam qualidade. Tomar cálcio para ajudar. Rigidez: Quantidade de estresse aplicado dividida pela quantidade relativa de deformação. Resistência Compressiva: Resistência à compressão. É possível romper caso seja colocado muita força. Elasticidade: Habilidade de voltar à forma e o tamanho original após a remoção da carga. Após uma fratura, o osso diminui, mas com a consolidação e exercícios, se pode retornar ao tamanho e forma original. Resistência Tensil: Resistência à tração. Se puxar demais, rompe as estruturas. Organização Estrutural (% mineralização óssea) Idade Local Osso Cortical: Tecido ósseo compacto com baixa porosidade, encontrado nas diáfises dos ossos longos e nas vértebras. Suporta mais estresse. Osso Esponjoso: Tecido ósseo com grande porosidade, encontrado nas extremidades dos ossos longos e nas vértebras. Suporta mais alongamento e deformação. A porosidade afeta diretamente as propriedades mecânicas do osso, recebe o impacto e distribui. Anisotropia: Propriedade que tanto o osso cortical quanto o esponjoso exibem em graus de resistência e rigidez diferentes em resposta às forças aplicadas em diferentes regiões. O osso é mais forte para resistir o estresse compressivo e mais fraco para resistir a estresse tangencial. Não se pode trocar um úmero por um fêmur, uma vez que cada um possui suas característica. Ossos recebem sabem através do forame nutrício. TIPOS DE OSSOS: • Esqueleto Axial: Estruturas incluindo o crânio, as vértebras, o esterno e as costelas. • Esqueleto Apendicular: Osso que compõem os apêndices corporais (sup. e inf.) • Ossos curtos: Ossos pequenos, cúbicos, incluindo os ossos do carpo e do tarso. • Ossos Planos: Ossos Largos na forma. Ex. Escápula • Ossos Irregulares: Ossos de forma irregular. Ex. Sacro • Ossos Longos: Constituídos por um longo tubo com as extremidades dilatadas. Ex. Fêmur • Cartilagem Articular: Camada protetora de cartilagem sobre as extremidades dos ossos longos onde eles se articulam com outros ossos. O osso está em constante transformação (renovação). Oo longo tem canal medular. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ÓSSEO: • Crescimento Longitudinal: O crescimento longitudinal do osso só ocorre quando a epífise está presente. Epífise – Centro de crescimento do osso que produz novo tecidoósseo como parte do processo de crescimento normal até o fechamento durante a adolescência ou no inicio da fase adulta. Os ossos longos são responsáveis pelo nosso crescimento em altura. Fatores determinantes • Crescimento Circunferencial: Os ossos crescem em diâmetro durante quase toda a vida, embora o crescimento mais rápido ocorra antes da fase adulta. Periósteo – Sua camada interna forma osso novo em cima do osso pré-existente, formando camadas concêntricas de tecido ósseo. Ao mesmo tempo, osso é reabsorvido em torno da circunferência da cavidade medular, aumentando o diâmetro da cavidade. As células responsáveis são os Osteoblastos (deposita) e os Osteoclastos (macrófago - fagocita). RESPOSTA ÓSSEA AO ESTRESSE: O osso responde dinamicamente à presença ou ausência de diferentes forças com mudança em seu tamanho, forma e densidade (fatores hormonais, idade). REMODELAGEM ÓSSEA: A forma e, em alguma extensão, o tamanho do osso de uma pessoa dependem da magnitude e direção do estresse mecânico aplicado. Através da ação dos osteoblastos e dos osteoclastos, o osso está continuamente sendo remodelado. Ex: Tamanho dos ginastas. HIPERTROFIA ÓSSEA: Aumento do tecido ósseo resultante de predomínio da atividade osteoblástica. Quando se fratura um osso, se forma um calo ósseo (uma hipertrofia), com o movimento e exercícios, se remodela a região, através de osteoclastos. ATROFIA ÓSSEA Diminuição do tecido ósseo resultante do predomínio da atividade osteoclástica. Fica tudo poroso. Idosos sofrem muito. LESÕES ÓSSEAS COMUNS: FRATURAS: Interrupção da continuidade de um osso. Tipos: • Avulsão: Arranca • Cominutiva: Pedaços espalhados • Impactada: “cair sentado” • Fadiga: Stress no osso, “trincar” • Galho Verde: Quebra, mas não se separa, comum em crianças. OSTEOPOROSE: Perda excessiva do componente mineral e resistência do osso. Causa: desconhecida Fatores contribuintes: Hiperatividade osteoclástica Hipoatividade osteoblástica Fatores hormonais g Alimentação Sedentarismo Mulheres – 40 anos Homens – 60 anos BIOMECÂNICA DAS ARTICULAÇÕES: Arquitetura Articular • Classificação das Articulações: É baseado na complexidade articular, no número de eixos presentes, na geometria articular e na capacidade de movimento. •Sinartrose / Fibrosas (imóveis): Articulações fibrosas que podem atenuar forças (absorção de choques) mas permitem pouco ou nenhum movimento dos osso articulado. • Suturas: Estas articulações tem apenas uma leve separação entre os ossos adjacentes, e o tecido fibroso da articulação se continua com o periósteo. Ex. sutura do crânio • Sindesmose: Um tecido fibroso denso mantém os ossos unidos, permitindo movimentos extremamente restritos. Ex. Artic. Coracoacromial, radioulnar intermédia, tibiofibular intermédia e distal. •Anfiartroses / Cartilagíneas (levemente móveis): Estas articulações cartilaginosas atenuam forças aplicadas e permitem maior mobilidade dos osso adjacentes do que as sinartroses. • Sincondrose: Nestas articulações os ossos estão separados por uma fina camada de fibrocartilagem. Ex. Artic. Esternocostal e os discos epifisários (antes da ossificação). • Sínfise: Finas camadas de cartilagem hialina separam um disco de fibrocartilagem dos ossos. Ex. Artic. Vertebrais e sínfise púbica. •Diartroses / Sinoviais (livremente móveis): Estas articulações variam amplamente na estrutura e na capacidade de movimento. Nas articulações diartrósicas uma separação ou cavidade está presente entre os ossos adjacentes, uma cápsula articular (ligamentar) envolve a articulação e uma membrana sinovial, que reveste o interior da cápsula articular, secreta um lubrificante conhecido como liquido sinovial. • Planar (planas; artrodial): As superficies articulares são quase planas e o único movimento permitido é um deslizamento não axial. Ex. Ossos do tarso, do Carpo, do metatarso e as facetas articulares das vértebras. • Dobradiça (gínglimo): Nestas articulações a uma superfície é côncava e a outra é convexa. Ligamentos colaterais fortes restringem o movimento a um único plano, como em uma dobradiça. Ex. Artic. Umeroulnar e interfalangeanas. • Pivô (parafuso; trocóide): Nestas articulações, a rotação é permitida em torno de um eixo. Ex. Artic. Atlantoaxial, radioulnar proximal e distal. • Condilar (ovóide, elipsoidal): Uma superfície tem uma forma ovóide convexa e outra côncava. Os movimentos permitidos são: flexão, extensão, abdução, adução e circundução Ex. 2ª a 5ª metacarpofalangeana e a radiocarpica. • Selar: As superfícies articulares tem formato de uma sela. A capacidade de movimento é a mesma da articulação condilar, porém com maior amplitude. Ex. Artic. Carpometacarpiana do polegar. • Enartrose (esférica): Nestas articulações, as superfícies articulares são côncavas e convexas. É permitida a rotação nos três planos de movimento. Ex. Artic. Do ombro e do quadril. CARTILAGEM ARTICULAR • Tipo especial de tecido conjuntivo denso que forma uma camada protetora (1 a 7 mm de espessura) de tecido que cobre as extremidades ósseas. A cartilagem articular tem 2 funções importantes: • Distribuir a carga da articulação por uma área maior (diminui o stress entre qualquer ponto de contato entre os ossos cerca de 50% ou mais). • Permite a movimentação dos ossos da articulação com um mínimo de fricção e desgaste. • Excesso na intensidade e/ou na freqüência de carga aplicada sobre uma articulação pode lesar a cartilagem articular, fazendo-a menos efetiva nas suas funções. FIBROCARTILAGEM ARTICULAR • Apresenta-se sob a forma de disco fibrocartilaginoso completo ou incompleto conhecido como menisco. Ex. Discos intervertebrais e Meniscos no joelho. ✓ Funções: − Absorção e distribuição de cargas − Melhora do ajuste das superfícies articulares − Limitação da translação ou deslizamento de um osso em relação ao outro − Proteção da periferia da articulação − Lubrificação TECIDO CONJUNTIVO ARTICULAR • Tendões e ligamentos são tecidos compostos primariamente de colágeno e fibras elásticas. • Não tem contração, mas, são levemente distensíveis. Estes tecidos são elásticos e podem retornar aos seus comprimentos originais após serem estirados, a menos que sejam distendidos acima de seus limites elásticos. ESTABILIDADE ARTICULAR • A estabilidade de uma articulação é a sua capacidade de resistir ao deslocamento. • É fundamental para o movimento. • Especificamente, é a capacidade de resistir ao deslocamento de uma extremidade óssea em relação à outra, prevenindo lesões dos ligamentos, músculos e tendões que circundam a articulação. • Vários fatores influenciam a estabilidade articular: − Formas das superfícies articulares (ajuste perfeito) − Disposição dos ligamentos e músculos. − Tecidos conjuntivos (fáscias) fonecendo proteção e sustentação. − Flexibilidade Articular (mobilidade articular = arco de movimento). *A pior coisa para uma articulação é perder a capacidade de resistir à deslocamentos – Luxação BIOMECANICA DO TECIDO MUSCULAR: Ruptura é o pior cenário para um músculo. TIPOS DE MÚSCULOS: • Músculo Estriado Esquelético* • Músculo Liso • Músculo CardíacoCONTROLE NERVOSO: Voluntário (Sistema Nervoso Somático) Involuntário (Sistema Nervoso Autônomo) DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO (M. ESQUELÉTICO) • Somitos – Massas embrionárias de células mesodérmicas • Algumas células do somito, chamadas de miótomos se diferenciam em células musculares. ENVOLTÓRIOS DE TECIDO CONJUNTIVO: • Músculos – Compostos de fibras musculares (Sarcômeros) • Epimísio – Fáscia que envolve o músculo todo • Perimísio - Fáscia que separa as fibras musculares em feixes • Endomísio – Fáscia delgada que envolve a membrana celular de cada fibra muscular FIXAÇÕES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO: • Tendão – Conexão fibrosa que se fixa ao osso • Origem – Extremidade menos móvel (proximal) • Inserção – Extremidade mais móvel (distal) • Ventre – Porção mais larga entre a O e I. FORMA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS: De acordo com o arranjo dos feixes de fibras: • Longitudinal (>movimento) Ex: Sartório • Unipenado (< movimento e > potencia) Ex: Interósseos • Bipenado Ex: Reto Femoral • Multipenado Ex: Abdominais *ver anato micro PROPRIEDADES MUSCULARES: • Muitos textos de fisiologia muscular atribuem ao músculo quatro propriedades: excitabilidade, contratilidade, elasticidade e tonicidade. • Todas essas propriedades contribuem para o movimento, no entanto, cada uma delas é propriedade de diferentes elementos anatômicos. • A excitabilidade é nervosa. (Através de uma membrana excitável). • A contratilidade é muscular. (Próprio do músculo, através de proteínas e por intermédio do cálcio). • A elasticidade é própria do tecido conjuntivo (porção esticada no alongamento), envolvendo e estruturando as fibras musculares. (Não é contração). • A tonicidade é nervosa. (Grau de tensão – Stand By). Tipos de Fibras Musculares: PROPRIEDADES HISTOLÓGICAS E HISTOQUÍMICAS DOS MÚSCULOS: FIBRAS MUSCULARES: Os músculos possuem os 3 tipos de fibras (de acordo com o metabolismo), porém com maior predominância de um determinado tipo de acordo com a atividade, metabolismo e velocidade de contração: S.O.- Contração Lenta, oxidativo (Slow Oxigênio – Corredor, menos fadiga) F.O.G. – Contração Intermediária, oxidativo/glicolítico ( Flex) F.G. – Contração Rápida, glicolítico (Fast Glicose – Levantador de peso, mais fadiga) *é possível alterar conforme o uso. TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES: Isométrica – F = R (Músculo não muda de tamanho = sem movimento). Isotônica – Concêntrica – F > R (“Aproxima” - Extremidades se aproximam – Aumenta trofismo). Excêntrica - F < R (“Distancia” - Extremidade se distanciam – Maior ângulo). AÇÕES MUSCULARES: Para realizar o movimento os músculos trabalham em grupo Agonistas: Músculos cujas contrações são responsáveis por um movimento em particular. Antagonistas: Músculos que se opõe à ação dos agonistas. Oferecem resistência ao movimento Sinergistas: Músculos que indiretamente ajudam num movimento prevenindo movimentos não desejados (p.ex. imobilizando ma articulação). A ação dos sinergistas e antagonistas contribuem para movimentos calmos, coordenados e precisos. Fixadores: Sinergistas agindo para imobilizar uma articulação. ANATOMIA MICROSCÓPICA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO. • Arranjos longitudinais de proteínas (miofibrilas) no sarcoplasma; aparência estriada transversalmente por causa das faixas claras e escuras. • Discos Anisotrópicos (A, Escuros) contém uma zona de menor densidade no centro (H). • Discos Isotrópicos (I, Claros) contem densas linhas Z atravessando o centro e dividindo as miofibrilas em sarcômeros. • Sarcômeros: Unidades repetitivas de miofibrilas: contém estruturas filamentosas chamadas miofilamentos. • Filamentos Grossos: somente nos discos A, a zona H tem apenas filamentos grossos. • Filamentos Delgados: banda I, parte dos discos A; prendem-se às linhas Z. SARCÔMERO NA CONTRAÇÃO COMPOSIÇÃO DOS FILAMENTOS • Filamentos Delgados: compostos das proteínas actina, tropomiosina e troponina • Filamentos Grossos: compostos da proteína miosina. • Túbulos Transversos (túbulos T) correm profundamente na célula muscular a partir do sarcolema até a junção dos discos A e I. • Retículo Sarcoplasmático é uma rede membranosa que atravessa a célula. CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO: Eventos celulares durante a contração • Impulso nervoso alcança a junção neuromuscular; é liberada acetilcolina, muda a permeabilidade da membrana plasmática na junção neuromuscular. • O impulso é transmitido pelos túbulos T para o interior da célula. • Íons cálcio são liberados do retículo por locais chamados cisternas terminais; inicia-se a contração muscular. • Íons cálcio prendem-se a moléculas de troponina ligadas à tropomiosina e a actina; as moléculas de tropomiosina movem-se para longe da posição de bloqueio. • Miosina altamente energizada liga-se com subunidade de actina. • ATP se divide em ADP e fosfato inorgânico; miosina atua como enzima; cabeça da miosina (ponte cruzada) se flexiona e puxa o filamento delgado contendo actina em direção ao centro do sarcômero. • Com a ligação de outro ATP à miosina, o processo se repete, e as linhas Z tornam-se próximas, e o músculo contrai. • Íons cálcio retornam ao retículo sarcoplasmático; tropomiosina retorna à posição de bloqueio; músculo se relaxa. FONTES DE ENERGIA PARA A CONTRAÇÃO • Metabolismo Oxidativo – fornece ATP (processo aeróbico) • ATP e Ácido Lático – produzidos durante intensa atividade por metabolismo não oxidativo (anaeróbico). • Fosfato Creatina – Fonte alternativa de energia; produz ATP rapidamente. TERMOS DE MOVIMENTO – BIOMECÂNICA Introdução: A mecânica é uma área da física e da engenharia, que lida com a análise das forças que agem sobre um objeto. Seja para a manutenção deste ou de uma estrutura em um ponto fixo, como a descrição e a causa do movimento do mesmo. Assim, a cinesiologia deve ser capaz de aplicar leis e princípios básicos de mecânica a fim de avaliar as atividades humanas. Essa aplicação da mecânica cai nos domínios da biomecânica que pode ser definida como aplicação da mecânica aos organismos vivos, tecidos biológicos, aos corpos humanos e animais. A postura do corpo é resultante de inúmeras forças musculares que atuam equilibrando forças impostas sobre o corpo, e todos os movimentos do corpo são causados por forças que agem dentro e sobre o corpo. Em nossas atividades diárias, no trabalho, no esporte, temos que lidar com forças e os profissionais que trabalham com lesões músculo-esqueléticas precisam compreender como as forças afetam as estruturas do corpo e como estas forças controlam o movimento. A biomecânica é a base da função musculoesquelética. Os músculos produzem forças que agem através do sistema de alavancas ósseas. O sistema ósseo ou move-se ou age estaticamente contra uma resistência. O arranjo de fibras de cada músculo determina a quantidade de força que o músculo pode produzir e o comprimento no qual os músculos podem se contrair. Dentro do corpo, os músculos são as principais estruturas controladoras da postura e do movimento. Contudo, ligamentos, cartilagens e outros tecidos moles também ajudam no controle articular ou são afetados pela posição ou movimento. 1. Centro de gravidade A gravidade é uma força externa que age sobre um objeto sobre a terra, e para equilibrar essa força, uma segunda força externa precisa ser induzida - ou seja, todo o corpo recebe a ação de uma força, reage à mesma com uma força igual e oposta. O conceito de centro de gravidade é proveitoso ao descrever e analisar mecanicamente o movimentodo corpo humano e outros objetos, sabendo exatamente como a força da gravidade atua nesses corpos. O centro de gravidade é o ponto dentro de um objeto onde se pode considerar que toda a massa, ou seja, o material que constitui o objeto esteja concentrado. A gravidade puxa para baixo todo ponto de massa que constitui este objeto ou o corpo. No entanto, a determinação do centro de gravidade do corpo humano é muito difícil, pois este não apresenta densidade uniforme, não é rígido e não é simétrico enquanto um objeto com todas estas características o centro de gravidade em cada ponto é igual. Existem cálculos matemáticos que analisam parte a parte o centro de gravidade de um corpo não uniforme, de forma a adquirir um resultado médio do centro de gravidade do mesmo. 2. Linha gravitacional A localização do centro de gravidade do corpo como um todo varia, dependendo da posição do corpo. Numa pessoa ereta, pode-se situá-lo de forma aproximada sobre uma linha, formada pela interseção de um plano que corta o corpo em duas metades, uma direita e uma esquerda, e um plano que corta o corpo em metade anterior e posterior. A posição do ponto do centro de gravidade ao longo desta linha imaginária pode-se considerar que a gravidade atua sobre esse único ponto de centro de gravidade, puxando diretamente para baixo em direção ao centro da terra. Essa linha ou direção de tração é a linha de gravidade. 3. Base de sustentação A base de sustentação, ou a base de apoio para o corpo é a área formada abaixo do corpo pela conexão com a linha continua de todos os pontos em contato com o solo. Na posição ereta, por exemplo, a base de apoio é aproximadamente um retângulo, formado por linhas retas através dos dedos, calcanhares e ao longo dos dedos de cada pé. Quando um corpo está numa posição fixa com a linha de gravidade passando através da base de apoio, diz-se que ele está compensado, estável ou em equilíbrio estático. Se a linha de gravidade passar fora da base de apoio, o equilíbrio e a estabilidade são perdidos e os membros apoiadores devem mover-se para evitar uma queda. Essa situação ocorre continuamente, quando andamos, corremos e mudamos de direção. 4. Forcas que atuam no movimento A ciência mecânica diz que uma força pode ser definida simplesmente como um empurrão ou tração. Por definição a força é uma entidade que tende a produzir movimento. Às vezes, o movimento não ocorre ou o objeto se acha em equilíbrio. O ramo da mecânica que lida com este fenômeno é a estática; caso haja o movimento, é chamado dinâmico. A força é definida por quatro características básicas: - magnitude de força; - direção; - sentido; e - quantidade de tração. As forças mais comuns envolvidas com a biomecânica são: a força muscular, gravitacional, inércia, de flutuação e força de contato. A força produzida por músculos depende de vários fatores. Dois desses fatores incluem velocidade de contração do músculo e comprimento do músculo. O peso de um objeto é resultado da força gravitacional. O conceito de inércia mantém que um corpo permanece em repouso ou em movimento uniforme até receber a ação de uma força externa. A força de flutuação tende a resistir à força da gravidade. Na água a magnitude dessa força equivale ao peso de água que o objeto desloca. A força de contato existe toda vez que dois objetos se acharem em contato um com o outro. Esse tipo de força pode ser uma força de reação ou uma força de impacto. A força pode ser ainda subdividida em uma força normal perpendicular às superfícies de contato e uma força de fricção ou atrito que é paralela à superfície de contato. 5. Planos e eixos Planos de ação são linhas fixas de referencia ao longo das quais o corpo se divide. Há 3 planos e cada um está em ângulo reto ou perpendicular com dois planos. O plano frontal passa através do corpo de lado a lado, dividindo-o em frente e costa. É também chamado plano coronal. Os movimentos que ocorrem neste plano são abdução e adução. O plano sagital passa através do corpo da frente para trás e o divide em direita e esquerda. Pode-se pensar nele como uma parede vertical cuja extremidade se move. Os movimentos que ocorrem neste plano são flexão e extensão. O plano transverso passa horizontalmente pelo corpo e o divide em parte superior e inferior. É também chamado plano horizontal. Neste plano, ocorre a rotação. Sempre que um plano passa pela linha média de uma parte, esteja ela no plano sagital, frontal ou transverso, está se referindo ao plano cardinal, porque divide o corpo em partes iguais. O ponto onde os três planos cardinais se encontram é o centro de gravidade. No corpo humano este ponto é, na linha média, mais ou menos ao nível da segunda vértebra sacra, ligeiramente anterior a ela. Os eixos são pontos que atravessam o centro de uma articulação em tomo da qual uma parte gira. O eixo sagital é um ponto que percorre a articulação de frente para trás. O eixo transversal (latero- lateral) vai de lado a lado e o eixo vertical, também chamado longitudinal, vai da parte superior à inferior. O movimento articular ocorre em torno de um eixo que está sempre perpendicular a um plano. Outro modo de se descrever este movimento articular, é que ele ocorre sempre no mesmo plano e em torno do mesmo eixo. Por exemplo, flexão/extensão ocorrerá sempre no plano sagital em torno do eixo transversal (latero- lateral) e a adução/abdução em torno do eixo sagital. Movimentos semelhantes como o desvio radial e ulnar do punho também ocorrerão no plano frontal em tomo do eixo sagital. 6. Tipos de movimento Movimento linear, também chamado movimento translatório, ocorre mais ou menos em uma linha reta, de um lugar para outro. Todas as partes do objeto percorrem a mesma distancia, na mesma direção e ao mesmo tempo. Se este movimento ocorrer em linha reta é chamado movimento retilíneo. Se este movimento ocorre numa linha reta, mas em uma forma curva, é chamado curvilíneo. O movimento de um objeto em tomo de um ponto fixo é chamado movimento angular, também conhecido como movimento rotatório. Todas as partes do objeto movem-se num mesmo ângulo, na mesma direção, ao mesmo tempo. Elas não percorrem a mesma distância. Falando de um modo geral, a maioria dos movimentos do corpo é angular, enquanto os movimentos feitos fora da superfície corporal tendem a ser lineares. Exceções podem ser encontradas. Por exemplo, o movimento da escápula em elevação/depressão e protração/retração é essencialmente linear. Todavia, o movimento da clavícula, que é fixada à escápula, é angular e realizado através da articulação esternoclavicular. 7. Movimentos articulares As articulações movem-se em direções diferentes. O movimento ocorre em tomo de um eixo e de um plano. Os termos a seguir são usados para descrever os vários movimentos que ocorrem numa articulação sinovial. A articulação sinovial é uma articulação móvel livre, onde a maioria dos movimentos articular ocorre. - Flexão: é o movimento de dobra de um osso sobre o outro causando uma diminuição do ângulo da articulação. - Extensão: é o movimento que ocorre inversamente à flexão. É o endireitamento de um osso sobre o outro, causando aumento do ângulo de articulação. O movimento, geralmente, traz uma parte do corpo à sua posição anatômica após esta ser flexionada. A hiperextensão é a continuação da extensão, além da posição anatômica. - Abdução: é o movimento para longe da linha média do corpo e adução é o movimento de aproximação da linha média do corpo. As exceções a esta definição de linha média são os dedos e os artelhos, onde o ponto de referência para os dedos é o dedo médio. O movimento para longe do dedo médio abduz, mas aduz somente como um movimento de volta da adução. O ponto de referência dos artelhos é o segundo artelho. Semelhante ao dedo médio,o segundo artelho abduz da direita para a esquerda, mas não abduz a não ser como movimento de volta da adução. - Circundução: é a combinação de todos esses movimentos numa seqüência em que a parte da extremidade faz um grande círculo no ar, enquanto as partes próximas à extremidade proximal fazem um círculo pequeno. - Rotação: é o movimento de um osso ou parte dele em torno de seu eixo longitudinal. Se a superfície anterior se move em direção à linha média, é chamado medial ou rotação interna. Se a superfície anterior se movimenta para longe da linha média, este movimento é chamado rotação lateral ou externa. Alguns termos são usados para descrever movimentos específicos de certas articulações, como: -Supinação: é o movimento ao longo de um plano paralelo ao solo e para longe da linha média e pronação é o movimento no mesmo plano em direção à linha média. Ainda existem alguns termos como desvio ulnar e radial, para se referir à adução e abdução do punho. - Inclinação lateral: quando se refere ao tronco que se move para a direita ou para a esquerda. 8. Tipos de contrações musculares Há três tipos básicos de contrações musculares: - isométrica; - isotônica concêntrica; e - isotônica excêntrica. Uma contração isométrica ocorre quando o músculo se contrai, produzindo força sem mudar o seu comprimento. O músculo se contrai, mas nenhum movimento ocorre. O ângulo da articulação muda. Uma contração isotônica pode ser dividida em concêntrica e excêntrica. Uma contração concêntrica ocorre quando há movimento articular, o músculo diminui e as fixações musculares se movem em direção uma da outra. Uma contração excêntrica ocorre quando há movimento articular, mas o músculo parece alongar, quer dizer, as extremidades se distanciam. 8.1. contrações concêntricas 1- fixações musculares se movem juntas, em direção uma da outra. 2- o movimento se faz contra a gravidade. 3- se o movimento acontece com gravidade, o músculo está usando uma força maior do que a força da gravidade. 8.2. contrações excêntricas 1- as fixações musculares se movem para longe uma da outra. 2- 0 movimento ocorre com gravidade. 9. cadeia cinética É o estudo das forças que produzem ou afetam o movimento. As leis desenvolvidas por Newton formam a base para o estudo da cinemática. 11.1. primeira lei de Newton A força tem sido definida como uma entidade que acelera um objeto (implica em movimento). A aceleração, seja positiva ou negativa, de um objeto, é a rapidez com que muda de velocidade, que é produzida por uma ou mais forças. Esta é a lei da inércia, que afirma que um objeto permanece em seu estado existente de movimento a menos que sofra a ação de uma força externa. Assim, um objeto estacionário não começará a se mover, a menos que uma força externa aja sobre ele, e um objeto em movimento permanecerá em movimento, na mesma velocidade e direção. 11.2. Segunda lei de Newton A segunda lei de Newton é a lei da aceleração. Afirma que quando uma força externa age sobre um objeto, o objeto muda sua velocidade ou acelera-se em proporção direta à força aplicada. O objeto irá também acelerar em proporção inversa à sua massa. Assim, a massa tende a resistir à aceleração. A fórmula bem conhecida como: f = m . a é válida para objetos que se movem em translação ou linearmente. 11.3. Terceira lei de Newton A gravidade é uma força externa que sempre age sobre um objeto sobre a terra. Para equilibrar essa força crescente, uma segunda força externa precisa ser introduzida. Um objeto apoiado sobre uma mesa recebe ação de pelo menos duas forças: a da gravidade e a força exercida pela mesa. Assim, na medida em que o objeto sobre a mesa sofre ação da tração da gravidade, a mesa reage à força da gravidade com uma força igual e oposta. TRABALHO MECÂNISMO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR: Para que ocorra a contração de uma fibra muscular, esta fibra precisa ser estimulada por um célula nervosa denominada motoneurônio, por meio de uma formação especializada, chamada junção neuromuscular. No momento em que o axônio de um motoneurônio chega a um músculo, ele se divide em vários terminais, cada qual terminando firmemente ao sarcolema de uma fibra muscular, numa região especializada cujo nome é placa motora. O corpo celular do motoneuronio em conjunto ao seu motoaxônio e as fibras musculares por ele inervadas dá-se o nome de unidade motora. O número de unidades motoras em um músculo é determinado pela quantidade de motoneurônios que o músculo possui. Já o número de fibras musculares varia de músculo pra músculo. Dessa forma, pequenas unidades motoras são mais especializadas em movimentos finos e delicados, já as grandes são responsáveis pelas contrações de forças e deslocamentos. No momento em que um motoneurônio é estimulado, o impulso nervoso, ao chegar no terminal axonal que faz sinapse com a placa motora, produz a liberação de acetilcolina. Esta, por sua vez, se difunde através da fenda sináptica, em direção à placa motora, onde se une aos receptores. Como conseqüência desta interação, a permeabilidade iônica dessa zona especializada aumenta, resultando na diminuição da eletronegatividade da placa. Este potencial se propaga eletrotonicamente por toda a placa motora, e ao chegar à membrana celular, atinge o limiar de potencial de ação. Para que ocorra a contração, é preciso que haja a propagação do potencial pelo sistema T, até o centro da fibra, a fim de difundir o estimulo para todas as miofibrilas, seja através de potencial de ação ou eletrotonicamente. Ao acontecer a passagem do estímulo pelo sistema T, se ativa o retículo sarcoplasmático através das cisternas terminais, que são despolarizadas. Resultando no aumento da difusão de Ca++ (agente intermediário entre a excitação e a contração) do líquido intravesicular para o líquido citoplasmático. Esta é uma das principais etapas para que ocorra a contração muscular. Quando o músculo está em repouso, o sistema troponina-tropomiosina impede a interação actina-miosina, através de bloqueio de sítios ativos presentes na molécula de actina. Isso ocorre graças à molécula de tropomiosina, que fica localizada em uma posição que impede a ligação do segmento S-1 da miosina ao seu sítio correspondente na actina. Por outro lado, o segmento S-1, no músculo em repouso, é capaz de ligar-se a uma molécula de ATP. Esse complexo, através da atividade ATPásica da porção globular da miosina, dá origem a um outro, a miosina-ADP-Pi. O cálcio que é liberado no sarcoplasma se une à molécula de troponina, formando o sitio troponina-C. Após isso, mudanças conformacionais ocorrem na troponina e na tropomiosina. Com isso, são expostos os sítios ativos da molécula de actina. Portanto, os locais de ligação com o segmento S-1 da miosina ficam descobertos. Estes locais interagem com o complexo miosina- ADP-Pi, formando um complexo intermediário instável e ativo, com pouca afinidade pelo ADP e pelo Pi, gerando rápida liberação destes e também da energia. Esta é a etapa que produz o movimento na contração do músculo intacto, pelo deslocamento do segmento S- 1 em direção ao centro do sarcômero, levando consigo a molécula de actina à qual está ligada. Após a fragmentação e liberação da molécula de ATP, a porção globular da miosina permanece ligada à actina, esta associação é chamada de complexo rigor, ou rigidez. Se não houver ATP disponível no meio, esta associação é estável, sem haver desligamento de ambas as moléculas. Este complexo rigor é desfeito no processo de contração muscular, pela capacidade que tem a porção globular da miosina de combinar-se com uma nova molécula de ATP, formando novamente o complexo miosina-ATP. Estecomplexo não tem afinidade pela actina e, portanto, há desligamento das duas moléculas. O filamento fino não retorna a sua posição inicial, uma vez que há outros complexos rigor atuando conjuntamente. Na contração, os filamentos finos vão se inter- digitando por entre os grossos. O tamanho do sarcômero diminui, o mesmo ocorrendo com a zona H e com a banda I. Cada ciclo destes promove, na realidade, um deslizamento mínimo em relação ao encurtamento total do músculo. Porém, enquanto houver a interação entre actina e miosina, acarretada pelo Ca++, os ciclos se repetirão e, somando-se, promoverão a contração desejada. Antes da relaxação muscular, suspende-se o estímulo nervoso, conseqüentemente os potenciais retornam ao seu nível de repouso, em todo o sarcolema e sistema T; isso gera também a inativação da ação elétrica sobre o retículo sarcoplasmático. Finalizada esta ação, o cálcio é removido do sarcoplasma em direção ao interior do retículo sarcoplasmático, através de processo ativo, por uma ATPase situada na membrana do retículo. Ao diminuir o cálcio no interior do sarcoplasma, o Ca++ se desliga da troponina, onde a tropomiosina volta a encobrir os sítios ativos, impedindo a interação entre a actina e a miosina, relaxando, assim, a fibra muscular. COLUNA VERTEBRAL: Divide-se em Cervical, torácica e lombar. Introdução • A coluna vertebral é o segmento mais complexo e funcionalmente significativo do corpo humano. • Exerce a ligação entre os membros superiores e inferiores, a coluna permite o movimento nos três planos, funcionando ainda como uma proteção óssea para a medula espinhal. • Cada região se movimenta de uma forma. • Coluna é a “lixeira” do nosso corpo, pois tudo que ocorre com o corpo, afeta diretamente nela. Estrutura da Coluna Superposição sinuosa de 33 vértebras separadas estruturalmente em cinco regiões: •7 vértebras cervicais (as duas primeiras são atípicas) •12 vértebras torácicas •5 vértebras lombares •5 vértebras sacrais •4 vértebras coccígeas fundidas * cada posição das faces articulares (é onde ocorre o movimento), proporcionam um tipo de movimento. Nos discos há pouquíssimo movimento. *estenose de canal – canal medular se estreita e comprime raiz nervosa. Segmento Motor Unidade funcional da coluna vertebral - Duas vértebras adjacentes e as partes moles circunjacentes à articulação – Muito pouco movimento. *A somatória do movimento de todas vértebras resulta em um grande movimento. Curvaturas fisiológicas – Para podermos ficar em pé, equilibrando forças. ✓ Centro de gravidade do corpo – Fica aproximadamente na linha do umbigo, onde ocorre a intersecção de todos os eixos. “Core”. Concavidade para frente – Cifose, são as curvaturas primárias, vidas desde o nascimento. Concavidade para trás – Lordose, aparecem depois (ao levantar a cabeça e tentar ficar em pé) Curvaturas da Coluna São fisiológicas, precisam existir. Plano sagital – apresenta 4 curvaturas normais • Curvatura Primária – Cifose Torácica e Sacral ( côncavas anteriormente). • Curvatura Secundária – Lordose Lombar e Cervical ( côncavas posteriormente). Desenvolvem-se à partir da sustentação do corpo quando a criança começa a sentar e ficar em pé. A curvatura da coluna (postura) pode ser influenciada pelos seguintes fatores: •Hereditários •Condições Patológicas •Estado Mental do Paciente •Forças que atuam habitualmente na coluna •Idade Alterações das Curvaturas: • Lordose (hiper ou retificação) – Desequilíbrio muscular anterior e posterior. Inclinação anterior da pelve. Cervical também pode ocorrer. • Cifose (acentuação da curvatura torácica) - Doença de Scheuermann (ocorre na placa epifisária, fica corcunda). • Escoliose – Desvio lateral das curvaturas, tridimensional. Vértebras • Uma vértebra típica consiste em um corpo e, posteriormente a ele, um anel ósseo conhecido como arco neural. • Existe um aumento crâniocaudal progressivo no tamanho dos corpos vertebrais e no tamanho e na orientação dos processos articulares. • A orientação das facetas articulares determina a capacidade de movimento do segmento motor. •Cervical 45° •Torácica 60° •Lombar 90° O ângulo de encaixe entre as facetas é que limitará o grau de movimentação de cada segmento vertebral. Enquanto a coluna cervical, o mais móvel dos segmentos, possui suas facetas dispostas em um ângulo de 45 graus, as facetas dorsais têm uma angulação de 60 graus e, as lombares de 90 graus. *movimento ocorre nas facetas articulares Ligamentos: ✓ Os ligamentos contribuem para a estabilidade dos segmentos motores • Ligg. Longitudinal anterior e posterior – Estendem-se da base do crânio até a base do sacro. (Ant – limita extensão, Post – Limita a flexão). • Lig. Supra-espinhoso – Percorre todo o comprimento da coluna, conectando os processos espinhosos. Na região cervical é chamado de ligamento nucal ou ligamento do pescoço. As vértebras adjacentes têm conexões adicionais entre os processos espinhosos, processos transversos e lâminas fornecidas respectivamente pelos ligamentos interespinhoso, intertransversário e amarelo. *Ligg longitudinal posterior, supraespinhoso, interespinhoso - Criam tensão e limitam a flexão. *Lig longitudinal anterior – Cria tensão e limita a extensão • Ligamento Amarelo – Conecta os pedículos das vértebras. Este ligamento contém uma grande proporção de fibras elásticas que aumentam de comprimento quando estiradas durante a flexão da coluna e encurtam durante a extensão. É o mais maleável e flexível. • Mesmo em posição anatômica está sob tensão, aumentando a estabilidade da coluna. Esta tensão cria uma leve e constante compressão nos discos intervertebrais, chamada de pré- stresse. Disco Intervertebral: • Fibrocartilagem rica em colágeno do tipo II, que sofre compressão absorvendo impacto. Pouco movimento. • Agem como amortecedores entre as vértebras. • É composto por duas porções funcionais: Anulo Fibroso – Anel fibrocartilaginoso espesso que forma a porção externa do disco intervertebral. Núcleo Pulposo – Gel coloidal com conteúdo altamente fluido (H2O) localizados no interior do anulo fibroso. Propriedade Hidráulica: •Influxo e efluxo de H2O – Transportar nutrientes e remover metabolitos desempenhando a mesma função do sistema circulatório. •Disco sob pressão:“Ação de bombeamento” Diminição da hidratação Perde água e absorve sódio e potássio.” Pontos importantes: • Quais são as curvaturas? • Quais são os distúrbios destas curvaturas? • Como e onde ocorre o movimento? • Quais são os ângulos vertebrais? • Quais são os ligamentos e quais limitam flexão e extensão? COLUNA CERVICAL: ✓ Formação : •C1 e C2 – Cervical alta (tem um comportamento diferente) •C3 a C7 – Cervical baixa (comportamento depende uma da outra) •C1 – Suporta o peso da cabeça (occipital) •A coluna cervical mantém o equilíbrio da cabeça, já que esta possui tendência a “cair” anteriormente Movimentos da coluna cervical baixa: • Extensão – não é facilitada, pois os processos espinhosos se chocam. • Flexão – a superfície articular não facilita, pois a vértebra de cima precisa “escalar” a de baixo, protegida pelo ligamento nucal e interespinhoso. A artrose é facilitada, em função do grande contato entre as vértebras. • Inclinação – somatória dos níveis de inclinação de cada vértebra, é limitada pois há massas laterais nas vértebras. • Rotação – associada à uma inclinação cervical rotação e inclinação para o mesmo lado associada à flexão; Para haver ADM maior na cervical alta precisa de uma inclinação,rotação e flexão para o mesmo lado associadas. Ou inclinação, rotação e extensão para o lado oposto. Cervical alta inclina e roda para o lado oposto associada à uma extensão. Inclinação da faceta articular •“Articulação do Sim” – Occipital / C1: Flexão e extensão devido ao encaixe anatômico entre occipital e C1. Rotação e Inclinação mínimas. • “Articulação do Não” – C1 / C2: Flexão e extensão mínimas em função do choque entre arco anterior do Atlas e dente do áxis. Rotação – facilitada pelo dente do axis (eixo). Inclinação – Não é boa, em função das massas laterais de C1 e do dente do Axis (choque entre o dente e o occipital). ✓ Músculos Cervicais: •MM sub-occipitais (occipital, C1 e C2) •M. Esternocleido – cervical alta (se agir dos dois lados – flexão; um lado só – rotação e inclinação pro lado oposto). •M. Trapézio – auxilia o Esternocleido •MM Escalenos – cervical baixa •MM Longo da cabeça, do pescoço e Íleo-costal – não deixam a cabeça ir para frente. COLUNA TORÁCICA •As superfícies das vértebras são um pouco mais obliquas e protegidas pelas costelas, cujas cabeças estão protegidas pelo corpo vertebral e o tubérculo articular com o processo transverso. •Articulam-se anteriormente (artic. não verdadeira) com o esterno. ✓ Movimentos: •Flexão e extensão – são pequenos, pois há contato entre os processos espinhosos e diminuição da altura dos discos. •Rotação – seu desenho é perfeito para a rotação, mas a presença das costelas restringe este movimento. Em decorrência da rotação torácica, as costelas seguem os movimentos das vértebras, p. ex. a vértebra gira p/ direita, o processo transverso vai para trás levando as costelas. •Inclinação Lateral – Dificultada pelo Gradil Costal. A vértebra roda para o lado oposto à inclinação – movimento automático da coluna Músculos (paravertebrais) – Mantém a posição em pé: •M. Íliocostal Torácico •M. Epi-espinhoso •M. Transverso-espinhoso (multifidos) •M. Longo dorsal Movimentos Ativos na Expiração: Verdadeiras – descem mais Flutuantes – se fecham mais. Gradil Costal: Músculos que auxiliam na respiração: •M. Reto do abdome •M. Serratil Anterior e Posterior •M. Peitoral •MM. Intercostais Inspiração – No momento em que o ar entra o diafragma se contrai e desce como um todo; à partir do momento em que se apóia nas vísceras, o centro frênico cessa os estímulos, as bordas laterais continuam o movimento para cima e as costelas sobem e se abrem. É um movimento voluntário e ativo. Expiração – Quando solta o ar o diafragma relaxa, o gradil costal desce e se fecha. É um movimento passivo. Os tipos de costelas tornam diferentes os movimentos inspiratórios: Verdadeiras – o movimento maior é para cima. Flutuantes – o movimento maior é para os lados. Movimentos passivos na expiração: Verdadeiras – descem Falsas – fecham BIOMECÂNICA DA COLUNA LOMBAR: Considerações Anatômicas: • São as maiores vértebras do nosso corpo • A lordose lombar é uma curvatura secundária e exerce certa importância, pois, é a transição da coluna vertebral para a pelve. • Se o sacro estiver mais na horizontal há um aumento da curvatura lombar. • Se o sacro estiver mais na vertical há uma retificação da curvatura lombar. • A inclinação do sacro deve estar em torno de 30° (ideal). Quando o ângulo aumenta, o sacro se horizontaliza, aumentando a lordose lombar. Quando o ângulo diminui, o sacro se verticaliza, retificando a lordose fisiológica. Ângulo Lombo-Sacro • Se houver um desvio de pelve, haverá um desvio da coluna lombar e uma rotação para o lado oposto. • As vértebras têm corpo vertebral grande com processo espinhoso em formato mais quadrado (vista lateral). • A rotação de uma vértebra lombar não é pura; acontece junto com uma translação. • Obs. O eixo de rotação (o movimento) é posterior, nos processos espinhosos, devido a isso o corpo da vértebra roda, mas este movimento é limitado pela ação dos ligamentos e do disco intervertebral, portanto é difícil o movimento de rotação. • A ação da gravidade tem uma força que tende a empurrar a ultima vértebra lombar para frente, mas os ligamentos e uma parede articular do sacro impede que caia para frente. Ligamentos • Ligamento ileolombar superior – íleo – L4. • Ligamento íleolombar inferior – íleo – L5 (não protege a queda anterior da vértebra, pois, sai da região anterior do íleo e vai para a posterior da lombar). • Esses ligamentos são perfeitos na proteção do movimento de inclinação. Inclinação da L5 –S1 é pequena por essas estruturas. Espondilolistese – Quando o corpo da vértebra “escorrega”. L5 e Sacro. Os ligamentos seguram tal escorregamento. MOVIMENTOS: • Flexão – A flexão anterior da coluna lombar é possível numa amplitude muito menor que a extensão. Aproximadamente 75% de toda a flexão lombar ocorre na junção do osso pélvico-sacral e que se constitui a articulação lombosacral. (Ritmo lombopélvico). • Extensão – A extensão da coluna lombar pode ser pequena, mas é usualmente possível em grau moderado. O ligamento longitudinal anterior é o fator mais restritivo na limitação da hiperextensão. B- Deve-se tratar os isquiotibiais C- Deve-se tratar Rotação – Muito pequena por causa dos contatos dos processos articulares. Cerca de 5° de rotação são permitidos na articulação lombossacral. A rotação não é pura, ou seja, com deslizamento. Inclinação – A inclinação da coluna lombar é de aproximadamente 6°, com exceção de L5/S1, onde é reduzida a apenas 3°. Inclinação à D ocorre rotação para a esquerda. Atividade e Porcentagem de Aumento na Pressão Discal em L3 •Tossindo ou fazendo força: 5 a 35%; •Andando: 15%; •Flexão Lateral: 25%; •Pequenos saltos: 40%; •Flexão para frente: 150%; •Rotação: 20%; •Levantando um peso de 20kg com as costas retas e os joelhos dobrados: 73%; •Levantando um peso de 20kg com as costas flexionadas e os joelhos retos: 169%. AO FLETIR A COLUNA, O 1 LIG A ATUAR É O SUPRAESPINHOSO, INTERESPINHO. ANEL FIBROSO COMPRIME NA POSTERIR – Capandi – Fisiologia Articular. Músculos • Transverso espinhal (multifido) • Íleo-costal lombar • Longo dorsal • Espinal • Quadrado lombar (escoliose) • Diafragma (aumento da lordose) – Seus pilares se inserem na L1 e L2. Sacro-Ilíaco • A articulação entre o osso íleo e sacro nos permite que fiquemos em pé. • Formam o anel pélvico Apoio bipodal • Forças descendentes vem da coluna, batem em L5 e dividem-se no sacro. • Forças ascendentes sobem pelo fêmur e dividem-se em 2 forças: uma anula a força descendente; a outra se desvia para o púbis e se anula (a fibrocartilagem protege o que seria um choque entre forças). Apoio Unipodal • A força ascendente provoca rotação posterior do ilíaco, ascensão do púbis e anteriorização do sacro (pé de apoio); a força descendente faz o sacro ir para frente (v a base e ^ a parte de traz). No membro não apoiado, o ilíaco roda para frente. O sacro compensa o movimento cruzado da pelve. • Ligamentos • Sacro-tuberal (sacro – túber isquiático) • Sacro-espinhal (sacro – espinha do ilíaco) Estes ligamentos impedem a hiperlordose e evitam a posição horizontal do sacro. Púbis • A função do púbis é amortecer (anular) as forças ascendentes. • Durante a marcha a compressão na sínfise púbica acontece de forma não ideal. Proteção do púbis: •Ligamento anterior e inferior (arqueado) •Músculo Reto do Abdome •Lig. Posterior (contato com peritônio) •Músculo Adutor longo Jogadores de futebol têm muita pubalgia, pois apóiam uma perna no chão e chutam com a outra. Necessita trabalhar musculatura adutora. Lesões comuns do Dorso e do Pescoço •Cervicalgias (dor no pescoço) •Cervicobraquialgias •Lombalgias•Lombociatalgias •Contusões •Estiramentos musculares e ligamentares •Espasmos musculares reflexos •Fraturas •Hérnias de discos TRABALHO ESCOLIOSE: ESCOLIOSE: A escoliose, ao contrário da cifose e da lordose consideradas desvios fisiológicos, normais da coluna vertebral, é uma curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras. Normalmente envolve as regiões torácicas e lombares. Pode se apresentar de duas formas básicas: não estrutural e estrutural, cada uma com características próprias que as distinguem. A escoliose é um sintoma e não uma doença. É chamada de idiopática quando essa alteração não está associada a paralisias, malformações congênitas ou doenças metabólicas estabelecidas. A escoliose pode apresentar suas curvas em única curvatura ou mais. Possui convexidade à esquerda ou à direita, abrangendo uma ou mais regiões da coluna. Quando apresentam curvas compensatórias formam um “S” ou um “S invertido”. Foram definidas por Cobb como sendo Primárias (maiores – as primeiras) ou secundárias (menores – curvas de compensação). A curvatura secundária, de compensação, apresenta curvaturas menores, mais flexíveis e fáceis de serem reduzidas. No entanto, não podemos nos esquecer que, quanto maior a curva primária, maior a secundária. Classificação quanto à idade: • Primeiros 3 anos: Infantil • 4 – 12 anos: Juvenil • 12 – 18 (antes da maturidade esquelética): Adolescente • Após a maturidade esquelética: Escoliose adulta. Classificação quanto às curvas: • Várias curvas: • Cervicotorácica • Dupla torácica • Toracolombar • Torácica e toracolombar Como nomear: Denominam-se as curvas de acordo com a localização do ápice da curva. Em uma escoliose cervical, o ápice está entre C1-C6; em uma curva cervicotorácica, em C7 ou T1; em uma curva torácica, entre T2-T1; em uma curva toracolombar, em T12-L1; em uma curva lombar, entre L2-L4, e por fim, na escolios lombossacral, em L5-S1 • Escoliose Estrutural: Este tipo de escoliose envolve uma curvatura lateral irreversível com rotação fixa das vértebras. A rotação dos corpos vertebrais ocorre em direção à convexidade da curva. Na região torácica da coluna vertebral, as costelas rodam com as vértebras, de modo que há uma proeminência das costelas posteriormente no lado da convexidade da coluna e anteriormente no lado da concavidade. Na escoliose estrutural é detectada uma giba posterior nas costelas durante a inclinação para a frente. Apresenta três características principais: 1. Os tecidos moles se retraem na concavidade da curva. 2. Surgem alterações na forma dos corpos vertebrais, no tamanho das lâminas, nos pedículos e nos processos transversos das vértebras envolvidas na deformidade. 3. Há deformidade em rotação fixa das vértebras envolvidas, em que o corpo vertebral roda para a convexidade da curvatura. • Escoliose Não Estrutural: • Uma curva: • Cervicotorácica, • Torácica, • Toracolombar, • Lombar Já este tipo de escoliose é reversível e pode ser mudada com a inclinação para a frente ou para o lado e com mudanças de posição, como ao se colocar em decúbito dorsal, realinhar a pelve pela correção de discrepância no comprimento das pernas ou por meio de contrações musculares. Também é chamada de escoliose funcional ou postural. Esta curvatura está associada a várias condições patológicas, como postura anormal, encurtamento de um dos membros inferiores, espasmos musculares associados a irritações de raízes nervosas, processos inflamatórios ou tumores da coluna. A característica da escoliose não estrutural é que ela desaparece após o tratamento da doença de base. A escoliose não estrutural, quando presente por longo período em crianças em fase de crescimento, pode adquirir características estruturais por deformação das vértebras e tornar- se progressiva. • Causas comuns: Escoliose estrutural: Doenças ou distúrbios neuromuscular (como paralisia cerebral, lesão medular, doenças neurológicas ou musculares progressivas), distúrbios osteopáticos (como hemivértebra,osteomalacia, raquitismo, fratura) e distúrbios idiopáticos de causa desconhecida. Escoliose não estrutural: Diferença no comprimento das pernas (estrutural ou funcional), defesa muscular ou espasmo decorrente de estímulos dolorosos na coluna ou pescoço e posturas habituais ou assimétricas são causas comuns de escoliose não estrutural. • Sinais: Os sinais da escoliose são, basicamente, os de aparência desagradável, com todos os seus componentes físicos e psicológicos. A má aparência é sua principal seqüela. Dor nas costas, na região lombar ou torácica, é considerada outra razão para tratamento. A evolução da escoliose na coluna em crescimento é o resultado de alterações do corpo vertebral, enquanto grau menor de evolução é possível após a cessação do crescimento da coluna, por deterioração angular dos discos intervertebrais • Mensuração: No alinhamento correto da coluna vertebral, sem escoliose ou numa escoliose "compensada", o occipital está em linha com o sacro. Um fio de prumo colocado sobre o processo espinhal da sétima vértebra cervical (C7) passando diretamente na prega interglútea. Com base neste posicionamento, a indicação para um programa de educação postural, está associado ao grau da curvatura. Se a curva escoliótica tiver situada entre 0 e 20º, escolioses antálgicas ou posturais, o procedimento usual é realizar exercícios de alongamento visando a compensação da curva, porém, mantendo contato periódico com o ortopedista. Se a curva está entre 20º e 50º, são consideradas escolioses verdadeiras e/ou idiopáticas. O ortopedista deverá indicar o colete de Milwaukee e os exercícios terão como objetivo, intervir nas curvaturas e manter o tônus muscular. Curvas acima de 50º, as escolioses graves, a cirurgia é o método conveniente ÂNGULO DE COBB: É a técnica mais adotada para quantificar a magnitude das deformidades da coluna, especialmente no caso da escoliose. Também é utilizada para avaliação do plano sagital da escoliose e para a medição de cifose e lordose. • Translação da coluna vertebral. Passar um eixo vertical de C7 ao sacro. • Determinar o vértice superior e inferior mais inclinado desta curvatura. • Fazer traços no platô superior e inferior de todas as vértebras. • Nos traços paralelos: Vértebra limite inferior e superior. • Prolongar os traços paralelos = Ângulo de Cobb. • Até 5 graus plausíveis; REFERÊNCIAS: • VERDERI, Érica. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO POSTURAL: INTERVENÇÃO EFICAZ NA REDUÇÃO DO GRAU DA ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE, [S. l.], p. 18-29, 12 jun. 2007. Disponível em:http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/article/view/3471. Acesso em: 22 jun. 2020. • CAILLIET, Rene. Escoliose. In: ESCOLIOSE. 3 edição . ed. [S. l.]: Manole, 1979. • KISNER , Carolyn. Exercicios Terapeuticos: Fundamentos e técnicas. 6 edição. ed. [S. l.]: Manole, 2016.
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