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Biomecânica do Movimento Humano

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BIOMECÂNICA: 
Aplicação dos princípios de mecânica ao 
corpo vivo, ou seja, estuda as forças que 
agem em nosso corpo. 
No ser humano o movimento representa as 
distribuições das forças nas articulações 
através do tempo e do espaço. 
 
 
OBJETIVOS DA CINESIOLOGIA E 
BIOMECÂNICA: 
Compreender as forças que agem sobre o 
corpo humano bem como manipulá-las 
para que a atividade (movimento) seja 
melhorada ou ainda para evitar lesões 
(prevenção). 
Na fisioterapia serve como base de 
orientação para determinação de 
diagnóstico. 
FORÇA: 
Qualquer ação que produza ou tenha 
tendência de produzir aceleração 
(deslocamento) sobre um corpo. 
 
 
 
 
Inversamente proporcional, quanto maior 
a massa, mais força se exige, logo menos 
aceleração. E o contrário também ocorre, 
quanto menor a massa, menos força e mais 
aceleração. 
*Estática: Força sem movimento. Quando 
as forças são iguais, não há movimento. 
 
Músculo fazendo força sem movimento: 
Trabalho Isométrico 
 
 
FORÇA VETORIAL: 
 A força tem magnitude, direção (horizontal, 
inclinado e vertical) e sentido (cima, baixo, 
esquerda e direita). Necessita-se então, de 
um vetor para representá-la “força 
resultante” 
 
Forças mesma direção e sentido: se unem 
Força sentido contrário: se subtrai 
 
FORÇAS QUE AGEM NO CORPO VIVO: 
• Gravidade; 1º força - empurra todos os 
corpos para o centro da Terra. 
• Contração Muscular; Tônus - mantém 
em pé sob ação da gravidade. 
• Resistência Externa; Tudo que 
aplicamos no corpo. Ex: mochila, roupa 
• Atrito. Forças paralelas em sentido 
contrário. 
 
CONSEQÜÊNCIA DA AÇÃO DAS 
FORÇAS NO CORPO VIVO: 
• Compressão Articular 
• Tração Articular 
• Cisalhamento Articular – Sacro e L5 
• Lesões Músculos Esqueléticas – 
Ruptura, fratura, distensão. 
 
 
 
 
 
Nosso sistema de amortecimento: 
Articulações 
Leis de Newton 
Inércia ou M.R.U. 
 F = M.A 
Relação de = ou > F 
 
Joelho Varo e Valgo 
 
 
Espondilolistese 
 
PLANOS E EIXOS: 
 
*eixo e plano sagital = anteroposterior. 
 
PLANO FRONTAL: 
Divide o corpo em parte ou metade anterior 
e posterior. Nele se realiza o movimento 
de ABD e AD: 
Abdução – segmento se afasta da linha 
média do corpo 
Adução – segmento se aproxima da linha 
média do corpo 
Obs. Cortado pelo eixo Z do movimento 
O eixo é sempre perpendicular (90°) ao 
plano. 
 
PLANO SAGITAL: 
Divide o corpo em dois lados, ou seja, 
direito e esquerdo. Nele se realizam os 
movimentos de FLEX / EXT: 
Flexão – os segmentos corporais se 
aproximam um do outro. 
Extensão – o contrário. 
Obs. Cortado pelo eixo X do movimento. 
 
 
PLANO HORIZONTAL (TRANSVERSAL): 
Divide o corpo em partes superior e 
inferior. Neles se realizam os movimentos 
de R.I. e R.E: 
Rotação Interna – segmento gira em 
direção à linha média. 
Rotação Externa – segmento gira em 
direção contrária à linha média 
 
*Movimentos acessórios: deslizamento 
articular, jogo articular, podem ser Antero-
posterior ou latero-lateral. 
 
 
EIXO ÂNTEROPOSTERIOR: 
 Ou sagital. Liga a parte anterior do corpo 
e sai pela posterior. 
 
EIXO LÁTERO LATERAL: 
Ou transversal. É um eixo que entra de um 
lado do corpo e sai do outro, possibilita o 
movimento de frente para trás com o braço 
por exemplo. 
 
EIXO SÚPERO INFERIOR: 
Ou longitudinal. É um eixo que liga a parte 
superior à inferior. 
 
*Coluna faz inclinação ou flexão lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOMECÂNICA DO TECIDO ÓSSEO: 
 
• Estrutura rígida que sustenta e protege 
os tecidos corporais. 
• Forma um sistema de alavancas para 
ser movido pelas forças musculares. 
 
CARGAS MECÂNICAS QUE AGEM 
SOBRE O CORPO: 
• Compressão – Força de pressão ou 
aperto dirigida axialmente através de 
um corpo. “Espremer” 
• Tensão – Força de estiramento dirigida 
axialmente através de um corpo. “Puxar, 
esticar”. Ao crescer, o corpo sobre muita 
tensão. 
• Deslizamento/Cisalhamento – Força 
dirigida paralelamente a uma 
superfície. 
 
ESTRESSE MECÂNICO: 
Enquanto pressão representa a distribuição 
externa da força sobre o corpo, o estresse 
resulta da distribuição interna da força, 
aplicada externamente ao corpo. 
Encontra-se, principalmente, nas 
articulações (Joelho, quadril recebem 
muita carga). 
 
INCLINAÇÃO, TORÇÃO E CARGAS: 
• Inclinação: Carga assimétrica que 
produz tração em um dos lados do eixo 
longitudinal do corpo e compressão do 
outro lado. Ex: Escoliose. 
• Torção: “Torcedura” do osso em torno 
do seu eixo longitudinal. Combina 
tensão e compressão. 
 
Ossos não são retos para haver várias 
linhas de força. O osso oferece pontos de 
inserção para a linha de tração dos 
músculos. 
 
CARGAS COMBINADAS: 
 Ação simultânea de mais de uma das 
formas puras de carga. 
 
CARGA REPETITIVA: 
Aplicação de uma carga não traumática 
que é, geralmente, de baixa magnitude. Ex: 
Túnel do carpo, tendinite. 
 
CARGA TRAUMÁTICA: 
Aplicação de uma força com magnitude 
suficiente para causar lesão em um tecido 
biológico. Ex: Fraturas. 
 
 
PROPRIEDADES E ESTRUTURA DO 
TECIDO ÓSSEO: 
 
Constituição e Organização Estrutural: 
Maneira como o osso se comporta em 
respeito às cargas mecânicas a que ele 
está submetido. 
 
Constituição: 
• Carbonato de Cálcio (60 –70% do 
peso do osso) 
• Fosfato de Cálcio: rigidez, resistência 
compressiva 
• Colágeno: elasticidade, resistência 
tensil. Epífise de crescimento. 
• Água 
 
Ocorre variação de acordo com a idade e 
qualidade do osso. Idosos, menopausa faz 
com que os ossos percam qualidade. 
Tomar cálcio para ajudar. 
 
 
Rigidez: Quantidade de estresse aplicado 
dividida pela quantidade relativa de 
deformação. 
Resistência Compressiva: Resistência à 
compressão. É possível romper caso seja 
colocado muita força. 
Elasticidade: Habilidade de voltar à forma 
e o tamanho original após a remoção da 
carga. Após uma fratura, o osso diminui, 
 
 
mas com a consolidação e exercícios, se 
pode retornar ao tamanho e forma original. 
Resistência Tensil: Resistência à tração. 
Se puxar demais, rompe as estruturas. 
 
Organização Estrutural 
 (% mineralização óssea) 
Idade 
Local 
 
Osso Cortical: Tecido ósseo compacto 
com baixa porosidade, encontrado nas 
diáfises dos ossos longos e nas vértebras. 
Suporta mais estresse. 
 
Osso Esponjoso: Tecido ósseo com 
grande porosidade, encontrado nas 
extremidades dos ossos longos e nas 
vértebras. Suporta mais alongamento e 
deformação. A porosidade afeta 
diretamente as propriedades mecânicas do 
osso, recebe o impacto e distribui. 
 
Anisotropia: Propriedade que tanto o osso 
cortical quanto o esponjoso exibem em 
graus de resistência e rigidez diferentes 
em resposta às forças aplicadas em 
diferentes regiões. O osso é mais forte para 
resistir o estresse compressivo e mais fraco 
para resistir a estresse tangencial. Não se 
pode trocar um úmero por um fêmur, uma 
vez que cada um possui suas 
característica. 
 
 
 
Ossos recebem sabem através do forame 
nutrício. 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE OSSOS: 
• Esqueleto Axial: Estruturas incluindo o 
crânio, as vértebras, o esterno e as 
costelas. 
• Esqueleto Apendicular: Osso que 
compõem os apêndices corporais (sup. 
e inf.) 
• Ossos curtos: Ossos pequenos, 
cúbicos, incluindo os ossos do carpo e 
do tarso. 
• Ossos Planos: Ossos Largos na forma. 
Ex. Escápula 
• Ossos Irregulares: Ossos de forma 
irregular. Ex. Sacro 
• Ossos Longos: Constituídos por um 
longo tubo com as extremidades 
dilatadas. Ex. Fêmur 
• Cartilagem Articular: Camada 
protetora de cartilagem sobre as 
extremidades dos ossos longos onde 
eles se articulam com outros ossos. 
 
 
 
O osso está em constante transformação 
(renovação). Oo longo tem canal medular. 
 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
ÓSSEO: 
 
 
• Crescimento Longitudinal: 
O crescimento longitudinal do osso só 
ocorre quando a epífise está presente. 
Epífise – Centro de crescimento do osso 
que produz novo tecidoósseo como parte 
do processo de crescimento normal até o 
fechamento durante a adolescência ou no 
inicio da fase adulta. 
Os ossos longos são responsáveis pelo 
nosso crescimento em altura. 
Fatores determinantes 
 
 
 
• Crescimento Circunferencial: 
Os ossos crescem em diâmetro durante 
quase toda a vida, embora o crescimento 
mais rápido ocorra antes da fase adulta. 
Periósteo – Sua camada interna forma 
osso novo em cima do osso pré-existente, 
formando camadas concêntricas de tecido 
ósseo. Ao mesmo tempo, osso é 
reabsorvido em torno da circunferência da 
cavidade medular, aumentando o diâmetro 
da cavidade. As células responsáveis são 
os Osteoblastos (deposita) e os 
Osteoclastos (macrófago - fagocita). 
 
RESPOSTA ÓSSEA AO ESTRESSE: 
O osso responde dinamicamente à 
presença ou ausência de diferentes forças 
com mudança em seu tamanho, forma e 
densidade (fatores hormonais, idade). 
 
REMODELAGEM ÓSSEA: 
A forma e, em alguma extensão, o tamanho 
do osso de uma pessoa dependem da 
magnitude e direção do estresse mecânico 
aplicado. Através da ação dos osteoblastos 
e dos osteoclastos, o osso está 
continuamente sendo remodelado. Ex: 
Tamanho dos ginastas. 
 
HIPERTROFIA ÓSSEA: 
Aumento do tecido ósseo resultante de 
predomínio da atividade osteoblástica. 
Quando se fratura um osso, se forma um 
calo ósseo (uma hipertrofia), com o 
movimento e exercícios, se remodela a 
região, através de osteoclastos. 
 
ATROFIA ÓSSEA 
Diminuição do tecido ósseo resultante do 
predomínio da atividade osteoclástica. 
Fica tudo poroso. Idosos sofrem muito. 
 
LESÕES ÓSSEAS COMUNS: 
 
FRATURAS: Interrupção da continuidade 
de um osso. 
Tipos: 
• Avulsão: Arranca 
• Cominutiva: Pedaços espalhados 
• Impactada: “cair sentado” 
• Fadiga: Stress no osso, “trincar” 
• Galho Verde: Quebra, mas não se 
separa, comum em crianças. 
 
OSTEOPOROSE: Perda excessiva do 
componente mineral e resistência do 
osso. 
Causa: desconhecida 
Fatores contribuintes: 
Hiperatividade osteoclástica 
Hipoatividade osteoblástica 
Fatores hormonais g 
Alimentação 
Sedentarismo 
Mulheres – 40 anos 
Homens – 60 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOMECÂNICA DAS ARTICULAÇÕES: 
Arquitetura Articular 
• Classificação das Articulações: 
É baseado na complexidade articular, no 
número de eixos presentes, na geometria 
articular e na capacidade de movimento. 
 
•Sinartrose / Fibrosas (imóveis): 
Articulações fibrosas que podem atenuar 
forças (absorção de choques) mas 
permitem pouco ou nenhum movimento dos 
osso articulado. 
• Suturas: Estas articulações tem apenas 
uma leve separação entre os ossos 
adjacentes, e o tecido fibroso da 
articulação se continua com o periósteo. 
Ex. sutura do crânio 
• Sindesmose: Um tecido fibroso denso 
mantém os ossos unidos, permitindo 
movimentos extremamente restritos. Ex. 
Artic. Coracoacromial, radioulnar 
intermédia, tibiofibular intermédia e 
distal. 
 
•Anfiartroses / Cartilagíneas (levemente 
móveis): 
Estas articulações cartilaginosas atenuam 
forças aplicadas e permitem maior 
mobilidade dos osso adjacentes do que as 
sinartroses. 
• Sincondrose: Nestas articulações os 
ossos estão separados por uma fina 
camada de fibrocartilagem. Ex. Artic. 
Esternocostal e os discos epifisários 
(antes da ossificação). 
• Sínfise: Finas camadas de cartilagem 
hialina separam um disco de 
fibrocartilagem dos ossos. Ex. Artic. 
Vertebrais e sínfise púbica. 
 
•Diartroses / Sinoviais (livremente 
móveis): 
Estas articulações variam amplamente na 
estrutura e na capacidade de movimento. 
Nas articulações diartrósicas uma 
separação ou cavidade está presente entre 
os ossos adjacentes, uma cápsula articular 
(ligamentar) envolve a articulação e uma 
membrana sinovial, que reveste o interior 
da cápsula articular, secreta um lubrificante 
conhecido como liquido sinovial. 
 
 
• Planar (planas; artrodial): 
As superficies articulares são quase planas 
e o único movimento permitido é um 
deslizamento não axial. Ex. Ossos do tarso, 
do Carpo, do metatarso e as facetas 
articulares das vértebras. 
 
 
• Dobradiça (gínglimo): 
Nestas articulações a uma superfície é 
côncava e a outra é convexa. Ligamentos 
colaterais fortes restringem o movimento a 
um único plano, como em uma dobradiça. 
Ex. Artic. Umeroulnar e interfalangeanas. 
 
 
• Pivô (parafuso; trocóide): 
Nestas articulações, a rotação é permitida 
em torno de um eixo. Ex. Artic. Atlantoaxial, 
radioulnar proximal e distal. 
 
 
• Condilar (ovóide, elipsoidal): 
Uma superfície tem uma forma ovóide 
convexa e outra côncava. Os movimentos 
permitidos são: flexão, extensão, abdução, 
adução e circundução Ex. 2ª a 5ª 
metacarpofalangeana e a radiocarpica. 
 
 
• Selar: 
As superfícies articulares tem formato de 
uma sela. A capacidade de movimento é a 
mesma da articulação condilar, porém com 
maior amplitude. Ex. Artic. 
Carpometacarpiana do polegar. 
 
 
• Enartrose (esférica): 
Nestas articulações, as superfícies 
articulares são côncavas e convexas. É 
permitida a rotação nos três planos de 
movimento. Ex. Artic. Do ombro e do 
quadril. 
 
 
 
 
 
 
 
CARTILAGEM ARTICULAR 
 
 
 
• Tipo especial de tecido conjuntivo denso 
que forma uma camada protetora (1 a 7 
mm de espessura) de tecido que cobre 
as extremidades ósseas. 
 
A cartilagem articular tem 2 funções 
importantes: 
• Distribuir a carga da articulação por 
uma área maior (diminui o stress 
entre qualquer ponto de contato 
entre os ossos cerca de 50% ou 
mais). 
• Permite a movimentação dos ossos 
da articulação com um mínimo de 
fricção e desgaste. 
 
• Excesso na intensidade e/ou na 
freqüência de carga aplicada sobre uma 
articulação pode lesar a cartilagem 
articular, fazendo-a menos efetiva nas 
suas funções. 
 
FIBROCARTILAGEM ARTICULAR 
• Apresenta-se sob a forma de disco 
fibrocartilaginoso completo ou 
incompleto conhecido como menisco. 
Ex. Discos intervertebrais e Meniscos 
no joelho. 
 
✓ Funções: 
− Absorção e distribuição de cargas 
− Melhora do ajuste das superfícies 
articulares 
− Limitação da translação ou 
deslizamento de um osso em relação ao 
outro 
− Proteção da periferia da articulação 
− Lubrificação 
 
TECIDO CONJUNTIVO ARTICULAR 
• Tendões e ligamentos são tecidos 
compostos primariamente de colágeno 
e fibras elásticas. 
• Não tem contração, mas, são levemente 
distensíveis. Estes tecidos são elásticos 
e podem retornar aos seus 
comprimentos originais após serem 
estirados, a menos que sejam 
distendidos acima de seus limites 
elásticos. 
 
ESTABILIDADE ARTICULAR 
• A estabilidade de uma articulação é a 
sua capacidade de resistir ao 
deslocamento. 
• É fundamental para o movimento. 
• Especificamente, é a capacidade de 
resistir ao deslocamento de uma 
extremidade óssea em relação à outra, 
prevenindo lesões dos ligamentos, 
músculos e tendões que circundam a 
articulação. 
 
 
• Vários fatores influenciam a 
estabilidade articular: 
− Formas das superfícies articulares 
(ajuste perfeito) 
− Disposição dos ligamentos e músculos. 
− Tecidos conjuntivos (fáscias) fonecendo 
proteção e sustentação. 
− Flexibilidade Articular (mobilidade 
articular = arco de movimento). 
 
*A pior coisa para uma articulação é perder 
a capacidade de resistir à deslocamentos – 
Luxação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOMECANICA DO TECIDO 
MUSCULAR: 
Ruptura é o pior cenário para um 
músculo. 
 
TIPOS DE MÚSCULOS: 
• Músculo Estriado Esquelético* 
• Músculo Liso 
• Músculo CardíacoCONTROLE NERVOSO: 
Voluntário (Sistema Nervoso Somático) 
Involuntário (Sistema Nervoso Autônomo) 
 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
(M. ESQUELÉTICO) 
• Somitos – Massas embrionárias de 
células mesodérmicas 
• Algumas células do somito, chamadas 
de miótomos se diferenciam em células 
musculares. 
 
ENVOLTÓRIOS DE TECIDO 
CONJUNTIVO: 
• Músculos – Compostos de fibras 
musculares (Sarcômeros) 
• Epimísio – Fáscia que 
envolve o músculo todo 
• Perimísio - Fáscia que 
separa as fibras musculares 
em feixes 
• Endomísio – Fáscia delgada 
que envolve a membrana 
celular de cada fibra 
muscular 
 
FIXAÇÕES DO MÚSCULO 
ESQUELÉTICO: 
• Tendão – Conexão fibrosa que se fixa 
ao osso 
• Origem – Extremidade menos móvel 
(proximal) 
• Inserção – Extremidade mais móvel 
(distal) 
• Ventre – Porção mais larga entre a O e 
I. 
FORMA DOS MÚSCULOS 
ESQUELÉTICOS: 
De acordo com o arranjo dos feixes de 
fibras: 
• Longitudinal (>movimento) Ex: 
Sartório 
• Unipenado (< movimento e > potencia) 
Ex: Interósseos 
• Bipenado Ex: Reto Femoral 
• Multipenado Ex: Abdominais 
 
*ver anato micro 
PROPRIEDADES MUSCULARES: 
• Muitos textos de fisiologia muscular 
atribuem ao músculo quatro 
propriedades: excitabilidade, 
contratilidade, elasticidade e 
tonicidade. 
• Todas essas propriedades contribuem 
para o movimento, no entanto, cada 
uma delas é propriedade de diferentes 
elementos anatômicos. 
 
 
• A excitabilidade é nervosa. (Através de 
uma membrana excitável). 
• A contratilidade é muscular. (Próprio do 
músculo, através de proteínas e por 
intermédio do cálcio). 
• A elasticidade é própria do tecido 
conjuntivo (porção esticada no 
alongamento), envolvendo e 
estruturando as fibras musculares. (Não 
é contração). 
• A tonicidade é nervosa. (Grau de tensão 
– Stand By). 
 
Tipos de Fibras Musculares: 
 
 
PROPRIEDADES HISTOLÓGICAS E 
HISTOQUÍMICAS DOS MÚSCULOS: 
 
FIBRAS MUSCULARES: Os músculos 
possuem os 3 tipos de fibras (de acordo 
com o metabolismo), porém com maior 
predominância de um determinado tipo de 
acordo com a atividade, metabolismo e 
velocidade de contração: 
 S.O.- Contração Lenta, oxidativo (Slow 
Oxigênio – Corredor, menos fadiga) 
 
 
F.O.G. – Contração Intermediária, 
oxidativo/glicolítico ( Flex) 
 F.G. – Contração Rápida, glicolítico (Fast 
Glicose – Levantador de peso, mais fadiga) 
*é possível alterar conforme o uso. 
 
TIPOS DE CONTRAÇÕES 
MUSCULARES: 
Isométrica – F = R (Músculo não muda de 
tamanho = sem movimento). 
Isotônica – Concêntrica – F > R 
(“Aproxima” - Extremidades se aproximam 
– Aumenta trofismo). 
 Excêntrica - F < R 
(“Distancia” - Extremidade se distanciam – 
Maior ângulo). 
 
AÇÕES MUSCULARES: 
Para realizar o movimento os músculos 
trabalham em grupo 
Agonistas: Músculos cujas contrações são 
responsáveis por um movimento em 
particular. 
 
Antagonistas: Músculos que se opõe à 
ação dos agonistas. Oferecem resistência 
ao movimento 
 
Sinergistas: Músculos que indiretamente 
ajudam num movimento prevenindo 
movimentos não desejados (p.ex. 
imobilizando ma articulação). A ação dos 
sinergistas e antagonistas contribuem para 
movimentos calmos, coordenados e 
precisos. 
 
Fixadores: Sinergistas agindo para 
imobilizar uma articulação. 
 
 
ANATOMIA MICROSCÓPICA DO 
MÚSCULO ESQUELÉTICO. 
• Arranjos longitudinais de proteínas 
(miofibrilas) no sarcoplasma; aparência 
estriada transversalmente por causa 
das faixas claras e escuras. 
• Discos Anisotrópicos (A, Escuros) 
contém uma zona de menor densidade 
no centro (H). 
• Discos Isotrópicos (I, Claros) contem 
densas linhas Z atravessando o centro 
e dividindo as miofibrilas em 
sarcômeros. 
• Sarcômeros: Unidades repetitivas de 
miofibrilas: contém estruturas 
filamentosas chamadas miofilamentos. 
• Filamentos Grossos: somente nos 
discos A, a zona H tem apenas 
filamentos grossos. 
• Filamentos Delgados: banda I, parte 
dos discos A; prendem-se às linhas Z. 
 
SARCÔMERO NA CONTRAÇÃO 
 
 
COMPOSIÇÃO DOS FILAMENTOS 
• Filamentos Delgados: compostos das 
proteínas actina, tropomiosina e 
troponina 
• Filamentos Grossos: compostos da 
proteína miosina. 
• Túbulos Transversos (túbulos T) 
correm profundamente na célula 
muscular a partir do sarcolema até a 
junção dos discos A e I. 
• Retículo Sarcoplasmático é uma rede 
membranosa que atravessa a célula. 
 
CONTRAÇÃO DO MÚSCULO 
ESQUELÉTICO: 
Eventos celulares durante a contração 
 
• Impulso nervoso alcança a junção 
neuromuscular; é liberada acetilcolina, 
muda a permeabilidade da membrana 
plasmática na junção neuromuscular. 
 
• O impulso é transmitido pelos túbulos T 
para o interior da célula. 
 
• Íons cálcio são liberados do retículo por 
locais chamados cisternas terminais; 
inicia-se a contração muscular. 
 
 
 
 
• Íons cálcio prendem-se a moléculas de 
troponina ligadas à tropomiosina e a 
actina; as moléculas de tropomiosina 
movem-se para longe da posição de 
bloqueio. 
 
• Miosina altamente energizada liga-se 
com subunidade de actina. 
 
• ATP se divide em ADP e fosfato 
inorgânico; miosina atua como enzima; 
cabeça da miosina (ponte cruzada) se 
flexiona e puxa o filamento delgado 
contendo actina em direção ao centro 
do sarcômero. 
 
• Com a ligação de outro ATP à miosina, 
o processo se repete, e as linhas Z 
tornam-se próximas, e o músculo 
contrai. 
 
• Íons cálcio retornam ao retículo 
sarcoplasmático; tropomiosina retorna à 
posição de bloqueio; músculo se relaxa. 
 
FONTES DE ENERGIA PARA A 
CONTRAÇÃO 
• Metabolismo Oxidativo – fornece ATP 
(processo aeróbico) 
• ATP e Ácido Lático – produzidos 
durante intensa atividade por 
metabolismo não oxidativo 
(anaeróbico). 
• Fosfato Creatina – Fonte alternativa de 
energia; produz ATP rapidamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMOS DE MOVIMENTO – 
BIOMECÂNICA 
Introdução: 
A mecânica é uma área da física e 
da engenharia, que lida com a análise das 
forças que agem sobre um objeto. Seja 
para a manutenção deste ou de uma 
estrutura em um ponto fixo, como a 
descrição e a causa do movimento do 
mesmo. Assim, a cinesiologia deve ser 
capaz de aplicar leis e princípios básicos de 
mecânica a fim de avaliar as atividades 
humanas. 
Essa aplicação da mecânica cai nos 
domínios da biomecânica que pode ser 
definida como aplicação da mecânica aos 
organismos vivos, tecidos biológicos, aos 
corpos humanos e animais. 
A postura do corpo é resultante de 
inúmeras forças musculares que atuam 
equilibrando forças impostas sobre o corpo, 
e todos os movimentos do corpo são 
causados por forças que agem dentro e 
sobre o corpo. 
Em nossas atividades diárias, no trabalho, 
no esporte, temos que lidar com forças e os 
profissionais que trabalham com lesões 
músculo-esqueléticas precisam 
compreender como as forças afetam as 
estruturas do corpo e como estas forças 
controlam o movimento. 
A biomecânica é a base da função 
musculoesquelética. Os músculos 
produzem forças que agem através do 
sistema de alavancas ósseas. 
O sistema ósseo ou move-se ou age 
estaticamente contra uma resistência. O 
arranjo de fibras de cada músculo 
determina a quantidade de força que o 
músculo pode produzir e o comprimento no 
qual os músculos podem se contrair. Dentro 
do corpo, os músculos são as principais 
estruturas controladoras da postura e do 
movimento. Contudo, ligamentos, 
cartilagens e outros tecidos moles também 
ajudam no controle articular ou são 
afetados pela posição ou movimento. 
 
1. Centro de gravidade 
A gravidade é uma força externa que 
age sobre um objeto sobre a terra, e para 
equilibrar essa força, uma segunda força 
externa precisa ser induzida - ou seja, todo 
o corpo recebe a ação de uma força, reage 
à mesma com uma força igual e oposta. 
O conceito de centro de gravidade é 
proveitoso ao descrever e analisar 
mecanicamente o movimentodo corpo 
humano e outros objetos, sabendo 
exatamente como a força da gravidade atua 
nesses corpos. 
O centro de gravidade é o ponto 
dentro de um objeto onde se pode 
considerar que toda a massa, ou seja, o 
material que constitui o objeto esteja 
concentrado. A gravidade puxa para baixo 
todo ponto de massa que constitui este 
objeto ou o corpo. 
No entanto, a determinação do 
centro de gravidade do corpo humano é 
muito difícil, pois este não apresenta 
densidade uniforme, não é rígido e não é 
simétrico enquanto um objeto com todas 
estas características o centro de gravidade 
em cada ponto é igual. 
Existem cálculos matemáticos que 
analisam parte a parte o centro de 
gravidade de um corpo não uniforme, de 
forma a adquirir um resultado médio do 
centro de gravidade do mesmo. 
 
2. Linha gravitacional 
A localização do centro de gravidade 
do corpo como um todo varia, dependendo 
da posição do corpo. Numa pessoa ereta, 
pode-se situá-lo de forma aproximada 
sobre uma linha, formada pela interseção 
de um plano que corta o corpo em duas 
metades, uma direita e uma esquerda, e um 
plano que corta o corpo em metade anterior 
e posterior. A posição do ponto do centro de 
gravidade ao longo desta linha imaginária 
pode-se considerar que a gravidade atua 
sobre esse único ponto de centro de 
gravidade, puxando diretamente para baixo 
em direção ao centro da terra. Essa linha ou 
direção de tração é a linha de gravidade. 
 
3. Base de sustentação 
A base de sustentação, ou a base de 
apoio para o corpo é a área formada abaixo 
do corpo pela conexão com a linha continua 
de todos os pontos em contato com o solo. 
Na posição ereta, por exemplo, a base de 
apoio é aproximadamente um retângulo, 
formado por linhas retas através dos dedos, 
 
 
calcanhares e ao longo dos dedos de cada 
pé. Quando um corpo está numa posição 
fixa com a linha de gravidade passando 
através da base de apoio, diz-se que ele 
está compensado, estável ou em equilíbrio 
estático. Se a linha de gravidade passar 
fora da base de apoio, o equilíbrio e a 
estabilidade são perdidos e os membros 
apoiadores devem mover-se para evitar 
uma queda. Essa situação ocorre 
continuamente, quando andamos, 
corremos e mudamos de direção. 
 
4. Forcas que atuam no movimento 
A ciência mecânica diz que uma 
força pode ser definida simplesmente como 
um empurrão ou tração. Por definição a 
força é uma entidade que tende a produzir 
movimento. Às vezes, o movimento não 
ocorre ou o objeto se acha em equilíbrio. O 
ramo da mecânica que lida com este 
fenômeno é a estática; caso haja o 
movimento, é chamado dinâmico. 
A força é definida por quatro características 
básicas: 
- magnitude de força; 
- direção; 
- sentido; e 
- quantidade de tração. 
As forças mais comuns envolvidas 
com a biomecânica são: a força muscular, 
gravitacional, inércia, de flutuação e força 
de contato. A força produzida por músculos 
depende de vários fatores. Dois desses 
fatores incluem velocidade de contração do 
músculo e comprimento do músculo. O 
peso de um objeto é resultado da força 
gravitacional. O conceito de inércia mantém 
que um corpo permanece em repouso ou 
em movimento uniforme até receber a ação 
de uma força externa. 
A força de flutuação tende a resistir 
à força da gravidade. Na água a magnitude 
dessa força equivale ao peso de água que 
o objeto desloca. A força de contato existe 
toda vez que dois objetos se acharem em 
contato um com o outro. Esse tipo de força 
pode ser uma força de reação ou uma força 
de impacto. A força pode ser ainda 
subdividida em uma força normal 
perpendicular às superfícies de contato e 
uma força de fricção ou atrito que é paralela 
à superfície de contato. 
 
5. Planos e eixos 
Planos de ação são linhas fixas de 
referencia ao longo das quais o corpo se 
divide. Há 3 planos e cada um está em 
ângulo reto ou perpendicular com dois 
planos. 
O plano frontal passa através do 
corpo de lado a lado, dividindo-o em frente 
e costa. É também chamado plano coronal. 
Os movimentos que ocorrem neste plano 
são abdução e adução. 
O plano sagital passa através do 
corpo da frente para trás e o divide em 
direita e esquerda. Pode-se pensar nele 
como uma parede vertical cuja extremidade 
se move. Os movimentos que ocorrem 
neste plano são flexão e extensão. 
O plano transverso passa 
horizontalmente pelo corpo e o divide em 
parte superior e inferior. É também 
chamado plano horizontal. Neste plano, 
ocorre a rotação. 
Sempre que um plano passa pela 
linha média de uma parte, esteja ela no 
plano sagital, frontal ou transverso, está se 
referindo ao plano cardinal, porque divide o 
corpo em partes iguais. O ponto onde os 
três planos cardinais se encontram é o 
centro de gravidade. No corpo humano este 
ponto é, na linha média, mais ou menos ao 
nível da segunda vértebra sacra, 
ligeiramente anterior a ela. 
Os eixos são pontos que atravessam 
o centro de uma articulação em tomo da 
qual uma parte gira. O eixo sagital é um 
ponto que percorre a articulação de frente 
para trás. O eixo transversal (latero-
lateral) vai de lado a lado e o eixo vertical, 
também chamado longitudinal, vai da parte 
superior à inferior. 
O movimento articular ocorre em 
torno de um eixo que está sempre 
perpendicular a um plano. Outro modo de 
se descrever este movimento articular, é 
que ele ocorre sempre no mesmo plano e 
em torno do mesmo eixo. Por exemplo, 
flexão/extensão ocorrerá sempre no plano 
sagital em torno do eixo transversal (latero-
lateral) e a adução/abdução em torno do 
eixo sagital. Movimentos semelhantes 
como o desvio radial e ulnar do punho 
 
 
também ocorrerão no plano frontal em tomo 
do eixo sagital. 
 
6. Tipos de movimento 
Movimento linear, também chamado 
movimento translatório, ocorre mais ou 
menos em uma linha reta, de um lugar para 
outro. Todas as partes do objeto percorrem 
a mesma distancia, na mesma direção e ao 
mesmo tempo. Se este movimento ocorrer 
em linha reta é chamado movimento 
retilíneo. Se este movimento ocorre numa 
linha reta, mas em uma forma curva, é 
chamado curvilíneo. 
O movimento de um objeto em tomo 
de um ponto fixo é chamado movimento 
angular, também conhecido como 
movimento rotatório. Todas as partes do 
objeto movem-se num mesmo ângulo, na 
mesma direção, ao mesmo tempo. Elas não 
percorrem a mesma distância. 
Falando de um modo geral, a maioria 
dos movimentos do corpo é angular, 
enquanto os movimentos feitos fora da 
superfície corporal tendem a ser lineares. 
Exceções podem ser encontradas. Por 
exemplo, o movimento da escápula em 
elevação/depressão e protração/retração é 
essencialmente linear. Todavia, o 
movimento da clavícula, que é fixada à 
escápula, é angular e realizado através da 
articulação esternoclavicular. 
 
7. Movimentos articulares 
As articulações movem-se em 
direções diferentes. O movimento ocorre 
em tomo de um eixo e de um plano. Os 
termos a seguir são usados para descrever 
os vários movimentos que ocorrem numa 
articulação sinovial. A articulação sinovial é 
uma articulação móvel livre, onde a maioria 
dos movimentos articular ocorre. 
- Flexão: é o movimento de dobra de um 
osso sobre o outro causando uma 
diminuição do ângulo da articulação. 
- Extensão: é o movimento que ocorre 
inversamente à flexão. É o endireitamento 
de um osso sobre o outro, causando 
aumento do ângulo de articulação. O 
movimento, geralmente, traz uma parte do 
corpo à sua posição anatômica após esta 
ser flexionada. A hiperextensão é a 
continuação da extensão, além da posição 
anatômica. 
- Abdução: é o movimento para longe da 
linha média do corpo e adução é o 
movimento de aproximação da linha média 
do corpo. As exceções a esta definição de 
linha média são os dedos e os artelhos, 
onde o ponto de referência para os dedos é 
o dedo médio. O movimento para longe do 
dedo médio abduz, mas aduz somente 
como um movimento de volta da adução. O 
ponto de referência dos artelhos é o 
segundo artelho. Semelhante ao dedo 
médio,o segundo artelho abduz da direita 
para a esquerda, mas não abduz a não ser 
como movimento de volta da adução. 
- Circundução: é a combinação de todos 
esses movimentos numa seqüência em que 
a parte da extremidade faz um grande 
círculo no ar, enquanto as partes próximas 
à extremidade proximal fazem um círculo 
pequeno. 
- Rotação: é o movimento de um osso ou 
parte dele em torno de seu eixo longitudinal. 
Se a superfície anterior se move em direção 
à linha média, é chamado medial ou rotação 
interna. Se a superfície anterior se 
movimenta para longe da linha média, este 
movimento é chamado rotação lateral ou 
externa. Alguns termos são usados para 
descrever movimentos específicos de 
certas articulações, como: 
-Supinação: é o movimento ao longo de 
um plano paralelo ao solo e para longe da 
linha média e pronação é o movimento no 
mesmo plano em direção à linha média. 
Ainda existem alguns termos como desvio 
ulnar e radial, para se referir à adução e 
abdução do punho. 
- Inclinação lateral: quando se refere ao 
tronco que se move para a direita ou para a 
esquerda. 
 
8. Tipos de contrações musculares 
Há três tipos básicos de contrações 
musculares: 
- isométrica; 
- isotônica concêntrica; e 
- isotônica excêntrica. 
Uma contração isométrica ocorre 
quando o músculo se contrai, produzindo 
força sem mudar o seu comprimento. O 
músculo se contrai, mas nenhum 
 
 
movimento ocorre. O ângulo da articulação 
muda. 
Uma contração isotônica pode ser 
dividida em concêntrica e excêntrica. Uma 
contração concêntrica ocorre quando há 
movimento articular, o músculo diminui e as 
fixações musculares se movem em direção 
uma da outra. 
Uma contração excêntrica ocorre quando 
há movimento articular, mas o músculo 
parece alongar, quer dizer, as 
extremidades se distanciam. 
 
8.1. contrações concêntricas 
1- fixações musculares se movem juntas, 
em direção uma da outra. 
2- o movimento se faz contra a gravidade. 
3- se o movimento acontece com 
gravidade, o músculo está usando uma 
força maior do que a força da gravidade. 
 
8.2. contrações excêntricas 
1- as fixações musculares se movem para 
longe uma da outra. 
2- 0 movimento ocorre com gravidade. 
 
9. cadeia cinética 
É o estudo das forças que produzem ou 
afetam o movimento. 
As leis desenvolvidas por Newton formam a 
base para o estudo da cinemática. 
 
11.1. primeira lei de Newton 
A força tem sido definida como uma 
entidade que acelera um objeto (implica em 
movimento). A aceleração, seja positiva ou 
negativa, de um objeto, é a rapidez com que 
muda de velocidade, que é produzida por 
uma ou mais forças. Esta é a lei da inércia, 
que afirma que um objeto permanece em 
seu estado existente de movimento a 
menos que sofra a ação de uma força 
externa. Assim, um objeto estacionário não 
começará a se mover, a menos que uma 
força externa aja sobre ele, e um objeto em 
movimento permanecerá em movimento, 
na mesma velocidade e direção. 
 
11.2. Segunda lei de Newton 
A segunda lei de Newton é a lei da 
aceleração. Afirma que quando uma força 
externa age sobre um objeto, o objeto muda 
sua velocidade ou acelera-se em proporção 
direta à força aplicada. O objeto irá também 
acelerar em proporção inversa à sua 
massa. Assim, a massa tende a resistir à 
aceleração. 
A fórmula bem conhecida como: f = m . a é 
válida para objetos que se movem em 
translação ou linearmente. 
 
11.3. Terceira lei de Newton 
A gravidade é uma força externa que 
sempre age sobre um objeto sobre a terra. 
Para equilibrar essa força crescente, uma 
segunda força externa precisa ser 
introduzida. 
Um objeto apoiado sobre uma mesa 
recebe ação de pelo menos duas forças: a 
da gravidade e a força exercida pela mesa. 
Assim, na medida em que o objeto 
sobre a mesa sofre ação da tração da 
gravidade, a mesa reage à força da 
gravidade com uma força igual e oposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO MECÂNISMO DA 
CONTRAÇÃO MUSCULAR: 
 
Para que ocorra a contração de uma 
fibra muscular, esta fibra precisa ser 
estimulada por um célula nervosa 
denominada motoneurônio, por meio de 
uma formação especializada, chamada 
junção neuromuscular. No momento em 
que o axônio de um motoneurônio chega a 
um músculo, ele se divide em vários 
terminais, cada qual terminando 
firmemente ao sarcolema de uma fibra 
muscular, numa região especializada cujo 
nome é placa motora. O corpo celular do 
motoneuronio em conjunto ao seu 
motoaxônio e as fibras musculares por ele 
inervadas dá-se o nome de unidade 
motora. 
O número de unidades motoras em 
um músculo é determinado pela quantidade 
de motoneurônios que o músculo possui. Já 
o número de fibras musculares varia de 
músculo pra músculo. Dessa forma, 
pequenas unidades motoras são mais 
especializadas em movimentos finos e 
delicados, já as grandes são responsáveis 
pelas contrações de forças e 
deslocamentos. 
No momento em que um 
motoneurônio é estimulado, o impulso 
nervoso, ao chegar no terminal axonal que 
faz sinapse com a placa motora, produz a 
liberação de acetilcolina. Esta, por sua vez, 
se difunde através da fenda sináptica, em 
direção à placa motora, onde se une aos 
receptores. 
Como conseqüência desta 
interação, a permeabilidade iônica dessa 
zona especializada aumenta, resultando na 
diminuição da eletronegatividade da placa. 
Este potencial se propaga 
eletrotonicamente por toda a placa motora, 
e ao chegar à membrana celular, atinge o 
limiar de potencial de ação. 
Para que ocorra a contração, é 
preciso que haja a propagação do potencial 
pelo sistema T, até o centro da fibra, a fim 
de difundir o estimulo para todas as 
miofibrilas, seja através de potencial de 
ação ou eletrotonicamente. 
Ao acontecer a passagem do 
estímulo pelo sistema T, se ativa o retículo 
sarcoplasmático através das cisternas 
terminais, que são despolarizadas. 
Resultando no aumento da difusão de 
Ca++ (agente intermediário entre a 
excitação e a contração) do líquido 
intravesicular para o líquido citoplasmático. 
Esta é uma das principais etapas para que 
ocorra a contração muscular. 
Quando o músculo está em repouso, 
o sistema troponina-tropomiosina impede a 
interação actina-miosina, através de 
bloqueio de sítios ativos presentes na 
molécula de actina. Isso ocorre graças à 
molécula de tropomiosina, que fica 
localizada em uma posição que impede a 
ligação do segmento S-1 da miosina ao seu 
sítio correspondente na actina. 
Por outro lado, o segmento S-1, no 
músculo em repouso, é capaz de ligar-se a 
uma molécula de ATP. Esse complexo, 
através da atividade ATPásica da porção 
globular da miosina, dá origem a um outro, 
a miosina-ADP-Pi. 
O cálcio que é liberado no 
sarcoplasma se une à molécula de 
troponina, formando o sitio troponina-C. 
Após isso, mudanças conformacionais 
ocorrem na troponina e na tropomiosina. 
Com isso, são expostos os sítios ativos da 
molécula de actina. Portanto, os locais de 
ligação com o segmento S-1 da miosina 
ficam descobertos. 
Estes locais interagem com o 
complexo miosina- ADP-Pi, formando um 
complexo intermediário instável e ativo, 
com pouca afinidade pelo ADP e pelo Pi, 
gerando rápida liberação destes e também 
da energia. Esta é a etapa que produz o 
movimento na contração do músculo 
intacto, pelo deslocamento do segmento S-
1 em direção ao centro do sarcômero, 
levando consigo a molécula de actina à qual 
está ligada. Após a fragmentação e 
liberação da molécula de ATP, a porção 
globular da miosina permanece ligada à 
actina, esta associação é chamada de 
complexo rigor, ou rigidez. Se não houver 
ATP disponível no meio, esta associação é 
estável, sem haver desligamento de ambas 
as moléculas. 
Este complexo rigor é desfeito no 
processo de contração muscular, pela 
capacidade que tem a porção globular da 
 
 
miosina de combinar-se com uma nova 
molécula de ATP, formando novamente o 
complexo miosina-ATP. Estecomplexo não 
tem afinidade pela actina e, portanto, há 
desligamento das duas moléculas. O 
filamento fino não retorna a sua posição 
inicial, uma vez que há outros complexos 
rigor atuando conjuntamente. 
Na contração, os filamentos finos 
vão se inter- digitando por entre os grossos. 
O tamanho do sarcômero diminui, o mesmo 
ocorrendo com a zona H e com a banda I. 
Cada ciclo destes promove, na realidade, 
um deslizamento mínimo em relação ao 
encurtamento total do músculo. Porém, 
enquanto houver a interação entre actina e 
miosina, acarretada pelo Ca++, os ciclos se 
repetirão e, somando-se, promoverão a 
contração desejada. 
Antes da relaxação muscular, 
suspende-se o estímulo nervoso, 
conseqüentemente os potenciais retornam 
ao seu nível de repouso, em todo o 
sarcolema e sistema T; isso gera também a 
inativação da ação elétrica sobre o retículo 
sarcoplasmático. Finalizada esta ação, o 
cálcio é removido do sarcoplasma em 
direção ao interior do retículo 
sarcoplasmático, através de processo ativo, 
por uma ATPase situada na membrana do 
retículo. 
Ao diminuir o cálcio no interior do 
sarcoplasma, o Ca++ se desliga da 
troponina, onde a tropomiosina volta a 
encobrir os sítios ativos, impedindo a 
interação entre a actina e a miosina, 
relaxando, assim, a fibra muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLUNA VERTEBRAL: 
Divide-se em Cervical, torácica e lombar. 
Introdução 
• A coluna vertebral é o segmento mais complexo e funcionalmente significativo do corpo 
humano. 
• Exerce a ligação entre os membros superiores e inferiores, a coluna permite o movimento 
nos três planos, funcionando ainda como uma proteção óssea para a medula espinhal. 
• Cada região se movimenta de uma forma. 
• Coluna é a “lixeira” do nosso corpo, pois tudo que ocorre com o corpo, afeta diretamente 
nela. 
Estrutura da Coluna 
Superposição sinuosa de 33 vértebras separadas estruturalmente em cinco regiões: 
•7 vértebras cervicais (as duas primeiras são atípicas) 
•12 vértebras torácicas 
•5 vértebras lombares 
•5 vértebras sacrais 
•4 vértebras coccígeas fundidas 
* cada posição das faces articulares (é onde ocorre o movimento), proporcionam um tipo de 
movimento. Nos discos há pouquíssimo movimento. 
*estenose de canal – canal medular se estreita e comprime raiz nervosa. 
Segmento Motor 
Unidade funcional da coluna vertebral - Duas vértebras adjacentes e as partes moles 
circunjacentes à articulação – Muito pouco movimento. 
*A somatória do movimento de todas vértebras resulta em um grande movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curvaturas fisiológicas – Para podermos ficar em pé, equilibrando forças. 
 
 
 
✓ Centro de gravidade do corpo – Fica aproximadamente na linha do umbigo, onde 
ocorre a intersecção de todos os eixos. “Core”. 
Concavidade para frente – Cifose, são as curvaturas primárias, vidas desde o nascimento. 
Concavidade para trás – Lordose, aparecem depois (ao levantar a cabeça e tentar ficar em 
pé) 
 
Curvaturas da Coluna 
São fisiológicas, precisam existir. 
Plano sagital – apresenta 4 curvaturas normais 
• Curvatura Primária – Cifose Torácica e Sacral ( côncavas anteriormente). 
• Curvatura Secundária – Lordose Lombar e Cervical ( côncavas posteriormente). 
Desenvolvem-se à partir da sustentação do corpo quando a criança começa a sentar e ficar 
em pé. 
A curvatura da coluna (postura) pode ser influenciada pelos seguintes fatores: 
•Hereditários 
•Condições Patológicas 
•Estado Mental do Paciente 
•Forças que atuam habitualmente na coluna 
•Idade 
Alterações das Curvaturas: 
• Lordose (hiper ou retificação) – Desequilíbrio muscular anterior e posterior. Inclinação 
anterior da pelve. Cervical também pode ocorrer. 
• Cifose (acentuação da curvatura torácica) - Doença de Scheuermann (ocorre na placa 
epifisária, fica corcunda). 
• Escoliose – Desvio lateral das curvaturas, tridimensional. 
 
 
 
Vértebras 
• Uma vértebra típica consiste em um corpo e, posteriormente a ele, um anel ósseo conhecido 
como arco neural. 
• Existe um aumento crâniocaudal progressivo no tamanho dos corpos vertebrais e no 
tamanho e na orientação dos processos articulares. 
• A orientação das facetas articulares determina a capacidade de movimento do segmento 
motor. 
•Cervical 45° 
•Torácica 60° 
•Lombar 90° 
O ângulo de encaixe entre as facetas é que limitará o grau de movimentação de cada 
segmento vertebral. Enquanto a coluna cervical, o mais móvel dos segmentos, possui suas 
facetas dispostas em um ângulo de 45 graus, as facetas dorsais têm uma angulação de 60 
graus e, as lombares de 90 graus. 
 
*movimento ocorre nas facetas articulares 
 
 
 
Ligamentos: 
✓ Os ligamentos contribuem para a estabilidade dos segmentos motores 
• Ligg. Longitudinal anterior e posterior – Estendem-se da base do crânio até a base do 
sacro. (Ant – limita extensão, Post – Limita a flexão). 
• Lig. Supra-espinhoso – Percorre todo o comprimento da coluna, conectando os processos 
espinhosos. Na região cervical é chamado de ligamento nucal ou ligamento do pescoço. 
As vértebras adjacentes têm conexões adicionais entre os processos espinhosos, processos 
transversos e lâminas fornecidas respectivamente pelos ligamentos interespinhoso, 
intertransversário e amarelo. 
*Ligg longitudinal posterior, supraespinhoso, interespinhoso - Criam tensão e limitam a flexão. 
*Lig longitudinal anterior – Cria tensão e limita a extensão 
• Ligamento Amarelo – Conecta os pedículos das vértebras. Este ligamento contém uma 
grande proporção de fibras elásticas que aumentam de comprimento quando estiradas 
durante a flexão da coluna e encurtam durante a extensão. É o mais maleável e flexível. 
• Mesmo em posição anatômica está sob tensão, aumentando a estabilidade da coluna. Esta 
tensão cria uma leve e constante compressão nos discos intervertebrais, chamada de pré-
stresse. 
 
Disco Intervertebral: 
• Fibrocartilagem rica em colágeno do tipo II, que sofre compressão absorvendo impacto. 
Pouco movimento. 
• Agem como amortecedores entre as vértebras. 
• É composto por duas porções funcionais: 
Anulo Fibroso – Anel fibrocartilaginoso espesso que forma a porção externa do disco 
intervertebral. 
Núcleo Pulposo – Gel coloidal com conteúdo altamente fluido (H2O) localizados no interior 
do anulo fibroso. 
 
 
 
 
Propriedade Hidráulica: 
•Influxo e efluxo de H2O – Transportar nutrientes e remover metabolitos desempenhando a 
mesma função do sistema circulatório. 
•Disco sob pressão:“Ação de bombeamento” Diminição da hidratação Perde água e absorve 
sódio e potássio.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontos importantes: 
• Quais são as curvaturas? 
• Quais são os distúrbios destas curvaturas? 
• Como e onde ocorre o movimento? 
• Quais são os ângulos vertebrais? 
• Quais são os ligamentos e quais limitam flexão e extensão? 
 
COLUNA CERVICAL: 
✓ Formação : 
•C1 e C2 – Cervical alta (tem um comportamento diferente) 
•C3 a C7 – Cervical baixa (comportamento depende uma da outra) 
•C1 – Suporta o peso da cabeça (occipital) 
 
 
 
•A coluna cervical mantém o equilíbrio da cabeça, já que esta possui tendência a “cair” 
anteriormente 
Movimentos da coluna cervical baixa: 
• Extensão – não é facilitada, pois os processos espinhosos se chocam. 
• Flexão – a superfície articular não facilita, pois a vértebra de cima precisa “escalar” a de 
baixo, protegida pelo ligamento nucal e interespinhoso. A artrose é facilitada, em função do 
grande contato entre as vértebras. 
• Inclinação – somatória dos níveis de inclinação de cada vértebra, é limitada pois há massas 
laterais nas vértebras. 
• Rotação – associada à uma inclinação cervical rotação e inclinação para o mesmo lado 
associada à flexão; 
Para haver ADM maior na cervical alta precisa de uma inclinação,rotação e flexão para o 
mesmo lado associadas. Ou inclinação, rotação e extensão para o lado oposto. 
Cervical alta inclina e roda para o lado oposto associada à uma extensão. 
 
Inclinação da faceta articular 
•“Articulação do Sim” – Occipital / C1: Flexão e extensão devido ao encaixe anatômico entre 
occipital e C1. Rotação e Inclinação mínimas. 
• “Articulação do Não” – C1 / C2: Flexão e extensão mínimas em função do choque entre arco 
anterior do Atlas e dente do áxis. 
Rotação – facilitada pelo dente do axis (eixo). 
Inclinação – Não é boa, em função das massas laterais de C1 e do dente do Axis (choque 
entre o dente e o occipital). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Músculos Cervicais: 
•MM sub-occipitais (occipital, C1 e C2) 
•M. Esternocleido – cervical alta (se agir dos dois lados – flexão; um lado só – rotação e 
inclinação pro lado oposto). 
•M. Trapézio – auxilia o Esternocleido 
•MM Escalenos – cervical baixa 
•MM Longo da cabeça, do pescoço e Íleo-costal – não deixam a cabeça ir para frente. 
COLUNA TORÁCICA 
•As superfícies das vértebras são um pouco mais obliquas e protegidas pelas costelas, cujas 
cabeças estão protegidas pelo corpo vertebral e o tubérculo articular com o processo 
transverso. 
•Articulam-se anteriormente (artic. não verdadeira) com o esterno. 
 
 
✓ Movimentos: 
•Flexão e extensão – são pequenos, pois há contato entre os processos espinhosos e 
diminuição da altura dos discos. 
•Rotação – seu desenho é perfeito para a rotação, mas a presença das costelas restringe 
este movimento. Em decorrência da rotação torácica, as costelas seguem os movimentos das 
vértebras, p. ex. a vértebra gira p/ direita, o processo transverso vai para trás levando as 
costelas. 
•Inclinação Lateral – Dificultada pelo Gradil Costal. A vértebra roda para o lado oposto à 
inclinação – movimento automático da coluna 
 
Músculos (paravertebrais) – Mantém a posição em pé: 
•M. Íliocostal Torácico 
•M. Epi-espinhoso 
•M. Transverso-espinhoso (multifidos) 
 •M. Longo dorsal 
 
 
Movimentos Ativos na Expiração: 
Verdadeiras – descem mais 
Flutuantes – se fecham mais. 
 
Gradil Costal: 
 Músculos que auxiliam na respiração: 
•M. Reto do abdome 
•M. Serratil Anterior e Posterior 
•M. Peitoral 
•MM. Intercostais 
 
Inspiração – No momento em que o ar entra o diafragma se contrai e desce como um todo; 
à partir do momento em que se apóia nas vísceras, o centro frênico cessa os estímulos, as 
bordas laterais continuam o movimento para cima e as costelas sobem e se abrem. É um 
movimento voluntário e ativo. 
Expiração – Quando solta o ar o diafragma relaxa, o gradil costal desce e se fecha. É um 
movimento passivo. 
 
 
Os tipos de costelas tornam diferentes os movimentos inspiratórios: 
Verdadeiras – o movimento maior é para cima. 
Flutuantes – o movimento maior é para os lados. 
 
Movimentos passivos na expiração: 
Verdadeiras – descem 
Falsas – fecham 
 
 
 
 
 BIOMECÂNICA DA COLUNA LOMBAR: 
Considerações Anatômicas: 
• São as maiores vértebras do nosso corpo 
• A lordose lombar é uma curvatura secundária e exerce certa importância, pois, é a 
transição da coluna vertebral para a pelve. 
• Se o sacro estiver mais na horizontal há um aumento da curvatura lombar. 
• Se o sacro estiver mais na vertical há uma retificação da curvatura lombar. 
• A inclinação do sacro deve estar em torno de 30° (ideal). Quando o ângulo aumenta, o 
sacro se horizontaliza, aumentando a lordose lombar. Quando o ângulo diminui, o sacro 
se verticaliza, retificando a lordose fisiológica. 
Ângulo Lombo-Sacro 
 
• Se houver um desvio de pelve, haverá um desvio da coluna lombar e uma rotação para o 
lado oposto. 
• As vértebras têm corpo vertebral grande com processo espinhoso em formato mais 
quadrado (vista lateral). 
• A rotação de uma vértebra lombar não é pura; acontece junto com uma translação. 
• Obs. O eixo de rotação (o movimento) é posterior, nos processos espinhosos, devido a 
isso o corpo da vértebra roda, mas este movimento é limitado pela ação dos ligamentos e 
do disco intervertebral, portanto é difícil o movimento de rotação. 
• A ação da gravidade tem uma força que tende a empurrar a ultima vértebra lombar para 
frente, mas os ligamentos e uma parede articular do sacro impede que caia para frente. 
Ligamentos 
• Ligamento ileolombar superior – íleo – L4. 
• Ligamento íleolombar inferior – íleo – L5 (não protege a queda anterior da vértebra, pois, 
sai da região anterior do íleo e vai para a posterior da lombar). 
• Esses ligamentos são perfeitos na proteção do movimento de inclinação. 
 
 
 
 
Inclinação da L5 –S1 é pequena por essas estruturas. 
 
Espondilolistese – Quando o corpo da vértebra “escorrega”. L5 e Sacro. Os ligamentos 
seguram tal escorregamento. 
MOVIMENTOS: 
• Flexão – A flexão anterior da coluna lombar é possível numa amplitude muito menor que 
a extensão. Aproximadamente 75% de toda a flexão lombar ocorre na junção do osso 
pélvico-sacral e que se constitui a articulação lombosacral. (Ritmo lombopélvico). 
• Extensão – A extensão da coluna lombar pode ser pequena, mas é usualmente possível 
em grau moderado. O ligamento longitudinal anterior é o fator mais restritivo na limitação 
da hiperextensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B- Deve-se tratar os isquiotibiais 
C- Deve-se tratar 
 
Rotação – Muito pequena por causa dos contatos dos processos articulares. Cerca de 5° de 
rotação são permitidos na articulação lombossacral. A rotação não é pura, ou seja, com 
deslizamento. 
Inclinação – A inclinação da coluna lombar é de aproximadamente 6°, com exceção de L5/S1, 
onde é reduzida a apenas 3°. Inclinação à D ocorre rotação para a esquerda. 
 
Atividade e Porcentagem de Aumento na Pressão Discal em L3 
•Tossindo ou fazendo força: 5 a 35%; 
•Andando: 15%; 
•Flexão Lateral: 25%; 
•Pequenos saltos: 40%; 
•Flexão para frente: 150%; 
•Rotação: 20%; 
•Levantando um peso de 20kg com as costas retas e os joelhos dobrados: 73%; 
•Levantando um peso de 20kg com as costas flexionadas e os joelhos retos: 169%. 
 
AO FLETIR A COLUNA, O 1 LIG A ATUAR É O SUPRAESPINHOSO, INTERESPINHO. ANEL 
FIBROSO COMPRIME NA POSTERIR – Capandi – Fisiologia Articular. 
 
Músculos 
• Transverso espinhal (multifido) 
• Íleo-costal lombar 
• Longo dorsal 
• Espinal 
• Quadrado lombar (escoliose) 
 
 
• Diafragma (aumento da lordose) – Seus pilares se inserem na L1 e L2. 
 
Sacro-Ilíaco 
• A articulação entre o osso íleo e sacro nos permite que fiquemos em pé. 
• Formam o anel pélvico 
Apoio bipodal 
• Forças descendentes vem da coluna, batem em L5 e dividem-se no sacro. 
• Forças ascendentes sobem pelo fêmur e dividem-se em 2 forças: uma anula a força 
descendente; a outra se desvia para o púbis e se anula (a fibrocartilagem protege o que 
seria um choque entre forças). 
 
Apoio Unipodal 
• A força ascendente provoca rotação posterior do ilíaco, ascensão do púbis e 
anteriorização do sacro (pé de apoio); a força descendente faz o sacro ir para frente (v a 
base e ^ a parte de traz). No membro não apoiado, o ilíaco roda para frente. O sacro 
compensa o movimento cruzado da pelve. 
 
• Ligamentos 
• Sacro-tuberal (sacro – túber isquiático) 
• Sacro-espinhal (sacro – espinha do ilíaco) Estes ligamentos impedem a hiperlordose e 
evitam a posição horizontal do sacro. 
 
Púbis 
• A função do púbis é amortecer (anular) as forças ascendentes. 
• Durante a marcha a compressão na sínfise púbica acontece de forma não ideal. 
 
Proteção do púbis: 
•Ligamento anterior e inferior (arqueado) 
•Músculo Reto do Abdome 
•Lig. Posterior (contato com peritônio) 
•Músculo Adutor longo 
Jogadores de futebol têm muita pubalgia, pois apóiam uma perna no chão e chutam com a 
outra. Necessita trabalhar musculatura adutora. 
 
Lesões comuns do Dorso e do Pescoço 
 
•Cervicalgias (dor no pescoço) 
•Cervicobraquialgias 
•Lombalgias•Lombociatalgias 
•Contusões 
•Estiramentos musculares e ligamentares 
•Espasmos musculares reflexos 
•Fraturas 
•Hérnias de discos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO ESCOLIOSE: 
ESCOLIOSE: 
A escoliose, ao contrário da cifose e da lordose consideradas desvios fisiológicos, normais 
da coluna vertebral, é uma curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, 
determinada pela rotação das vértebras. Normalmente envolve as regiões torácicas e 
lombares. Pode se apresentar de duas formas básicas: não estrutural e estrutural, cada uma 
com características próprias que as distinguem. A escoliose é um sintoma e não uma doença. 
É chamada de idiopática quando essa alteração não está associada a paralisias, 
malformações congênitas ou doenças metabólicas estabelecidas. 
A escoliose pode apresentar suas curvas em única curvatura ou mais. Possui convexidade 
à esquerda ou à direita, abrangendo uma ou mais regiões da coluna. Quando apresentam 
curvas compensatórias formam um “S” ou um “S invertido”. Foram definidas por Cobb como 
sendo Primárias (maiores – as primeiras) ou secundárias (menores – curvas de 
compensação). A curvatura secundária, de compensação, apresenta curvaturas menores, 
mais flexíveis e fáceis de serem reduzidas. No entanto, não podemos nos esquecer que, 
quanto maior a curva primária, maior a secundária. 
Classificação quanto à idade: 
• Primeiros 3 anos: Infantil 
• 4 – 12 anos: Juvenil 
• 12 – 18 (antes da maturidade esquelética): Adolescente 
• Após a maturidade esquelética: Escoliose adulta. 
 
Classificação quanto às curvas: 
• Várias curvas: 
• Cervicotorácica 
• Dupla torácica 
• Toracolombar 
• Torácica e toracolombar 
 
 
Como nomear: 
Denominam-se as curvas de acordo com a localização do ápice da curva. Em uma 
escoliose cervical, o ápice está entre C1-C6; em uma curva cervicotorácica, em C7 ou T1; em 
uma curva torácica, entre T2-T1; em uma curva toracolombar, em T12-L1; em uma curva 
lombar, entre L2-L4, e por fim, na escolios lombossacral, em L5-S1 
 
 
• Escoliose Estrutural: 
Este tipo de escoliose envolve uma curvatura lateral irreversível com rotação fixa das 
vértebras. A rotação dos corpos vertebrais ocorre em direção à convexidade da curva. Na 
região torácica da coluna vertebral, as costelas rodam com as vértebras, de modo que há uma 
proeminência das costelas posteriormente no lado da convexidade da coluna e anteriormente 
no lado da concavidade. Na escoliose estrutural é detectada uma giba posterior nas costelas 
durante a inclinação para a frente. 
Apresenta três características principais: 
1. Os tecidos moles se retraem na concavidade da curva. 
2. Surgem alterações na forma dos corpos vertebrais, no tamanho das lâminas, nos pedículos 
e nos processos transversos das vértebras envolvidas na deformidade. 
3. Há deformidade em rotação fixa das vértebras envolvidas, em que o corpo vertebral roda 
para a convexidade da curvatura. 
 
• Escoliose Não Estrutural: 
• Uma curva: 
• Cervicotorácica, 
• Torácica, 
• Toracolombar, 
• Lombar 
 
 
Já este tipo de escoliose é reversível e pode ser mudada com a inclinação para a frente 
ou para o lado e com mudanças de posição, como ao se colocar em decúbito dorsal, realinhar 
a pelve pela correção de discrepância no comprimento das pernas ou por meio de contrações 
musculares. Também é chamada de escoliose funcional ou postural. 
Esta curvatura está associada a várias condições patológicas, como postura anormal, 
encurtamento de um dos membros inferiores, espasmos musculares associados a irritações 
de raízes nervosas, processos inflamatórios ou tumores da coluna. A característica da 
escoliose não estrutural é que ela desaparece após o tratamento da doença de base. 
A escoliose não estrutural, quando presente por longo período em crianças em fase de 
crescimento, pode adquirir características estruturais por deformação das vértebras e tornar-
se progressiva. 
 
• Causas comuns: 
Escoliose estrutural: Doenças ou distúrbios neuromuscular (como paralisia cerebral, lesão 
medular, doenças neurológicas ou musculares progressivas), distúrbios osteopáticos (como 
hemivértebra,osteomalacia, raquitismo, fratura) e distúrbios idiopáticos de causa 
desconhecida. 
Escoliose não estrutural: Diferença no comprimento das pernas (estrutural ou funcional), 
defesa muscular ou espasmo decorrente de estímulos dolorosos na coluna ou pescoço e 
posturas habituais ou assimétricas são causas comuns de escoliose não estrutural. 
 
 
• Sinais: 
Os sinais da escoliose são, basicamente, os de aparência desagradável, com todos os 
seus componentes físicos e psicológicos. A má aparência é sua principal seqüela. Dor nas 
costas, na região lombar ou torácica, é considerada outra razão para tratamento. A evolução 
da escoliose na coluna em crescimento é o resultado de alterações do corpo vertebral, 
enquanto grau menor de evolução é possível após a cessação do crescimento da coluna, por 
deterioração angular dos discos intervertebrais 
• Mensuração: 
No alinhamento correto da coluna vertebral, sem escoliose ou numa escoliose 
"compensada", o occipital está em linha com o sacro. Um fio de prumo colocado sobre o 
processo espinhal da sétima vértebra cervical (C7) passando diretamente na prega 
interglútea. 
Com base neste posicionamento, a indicação para um programa de educação postural, 
está associado ao grau da curvatura. Se a curva escoliótica tiver situada entre 0 e 20º, 
escolioses antálgicas ou posturais, o procedimento usual é realizar exercícios de alongamento 
visando a compensação da curva, porém, mantendo contato periódico com o ortopedista. Se 
a curva está entre 20º e 50º, são consideradas escolioses verdadeiras e/ou idiopáticas. O 
ortopedista deverá indicar o colete de Milwaukee e os exercícios terão como objetivo, intervir 
nas curvaturas e manter o tônus muscular. Curvas acima de 50º, as escolioses graves, a 
cirurgia é o método conveniente 
 
ÂNGULO DE COBB: 
É a técnica mais adotada para quantificar a magnitude das deformidades da coluna, 
especialmente no caso da escoliose. Também é utilizada para avaliação do plano sagital da 
escoliose e para a medição de cifose e lordose. 
• Translação da coluna vertebral. Passar um eixo vertical de C7 ao sacro. 
• Determinar o vértice superior e inferior mais inclinado desta curvatura. 
• Fazer traços no platô superior e inferior de todas as vértebras. 
• Nos traços paralelos: Vértebra limite inferior e superior. 
 
 
• Prolongar os traços paralelos = Ângulo de Cobb. 
• Até 5 graus plausíveis; 
 
REFERÊNCIAS: 
• VERDERI, Érica. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO POSTURAL: INTERVENÇÃO EFICAZ 
NA REDUÇÃO DO GRAU DA ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE, [S. l.], p. 
18-29, 12 jun. 2007. Disponível 
em:http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/article/view/3471. 
Acesso em: 22 jun. 2020. 
• CAILLIET, Rene. Escoliose. In: ESCOLIOSE. 3 edição . ed. [S. l.]: Manole, 1979. 
• KISNER , Carolyn. Exercicios Terapeuticos: Fundamentos e técnicas. 6 edição. ed. [S. 
l.]: Manole, 2016.

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