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resumo dos trabalhos de TTIV

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4
	
Alexandre Xavier
Armando Munguambe
Jaime Cuna
Marta Domingos Macamo
Licenciatura em Ensino de Química - 4 ano
Tema: Ética e Moral
Universidade Pedagógica
Maputo
2021
Alexandre Xavier
Armando Munguambe
Jaime Cuna
Marta Domingos Macamo
Licenciatura em Ensino de Química - 4 Ano
	Trabalho de Química Analítica, a apresentar na Faculdade de Matemática e Ciências Naturais Departamento de Química Delegação de Maputo, sob a orientação para efeitos de avaliação, docente:
Mestre Boane
Universidade Pedagógica
Maputo
2021
Índice
I- INTRODUCAO	5
Objectivos:	5
Geral	5
Metodologia	5
A ética na antiguidade.	6
A ética medieval.	7
A ética moderna.	9
A ética contemporânea.	10
Moral	11
Ética social	13
a)	Consciencia	13
b)	Liberdade	14
c)	Normas	14
d) Responsabilidade	15
3.Divisão da ética	15
Meta ética	15
Ética Normativa	17
Ética aplicada	18
Ética Descritiva	18
4.Questões centrais da ética	18
O problema da Virtude	18
O problema da Felicidade	21
O problema da liberdade	22
O problema do Bem e mal	22
5.Formas de Argumentação Moral	23
Factos	24
Sentimentos	25
Resultados	26
Consciência	26
Código moral	26
Autoridade	27
Deontologia profissional	28
Classes profissionais	28
Código da ética profissional	29
Conduta pessoal e sucesso	30
7.Deveres profissionais	31
Génese e a natureza intima do dever	31
Sensibilidade para com o dever	31
Compulsoriedade do dever	32
Educação e dever	32
Vocação para o dever e conflitos entre vontade e compulsório	33
O dever social	33
CAUSAS DA CORRUPÇÃO	35
CAUSAS CULTURAIS	36
Manifestações sobre a corrupção	37
CUSTOS ECONÓMICOS	37
Ética vs Deontologia Profissional	38
10. Ética vs Pedagogia	39
III – CONCLUSÃO	40
IV – BIBLIOGRAFIA	41
I- INTRODUCAO
Este trabalho visa resumir todos os tópicos relacionados sobre os elementos de 
ética “Ética Profissional”, referente a cadeira de Temas Transversal IV.
A ética e a Moral são elementos determinantes num individuo sociologicamente e que demonstram a forma de como ele pode se proceder numa sociedade. Eles são tidos como sinónimos, podendo ser explicado por uma relação intrínseca entre os dois. Ao longo do trabalho iremos abordar os seguintes temas: Ética e Moral, Condições transcendentes do agir moral, Divisões da ética, Questões Centrais da ética, Formas de argumentação moral, Deontologia profissional, Deveres profissionais e Virtudes, Problema da corrupção, Ética/ Deontologia Profissional e por a Ética e Pedagógica
Objectivos:
Geral
· Conhecer 
Específicos 
· Definir o conceito da ética e Moral
· Descrever a evolução da ética e moral
· Definir as condições transcendentais da acção moral
· Identificar as principais condições transcendentais do agir moral
· Caracterizar as condições transcendentais da acção moral.
· Descrever as divisões da ética;
· Explicar os conceitos gerais da deontologia profissional;
Metodologia 
Para o efeito do presente trabalho foi na base de consultas bibliográficas e internet.
II – DESENVOLVIMENTO 
1.Ética ou filosofia da moral 
Definição
É uma área de conhecimento que tem como objecto de investigação as acções humanas e seus princípios orientadores. 
A ética é o estudo e a reflexão sobre os princípios da moral, das regras de conduta aplicadas a alguma organização ou sociedade. É também chamada de filosofia moral.
Origem e significado
Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser; “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. 
Evolução conceitual da ética
Desde a antiguidade, a ética percorreu um longo caminho, distinguindo-se da moral e se segmentando, adquirindo contemporaneamente um sentido amplo e outro mais estreito.
Actualmente, existe uma ética da humanidade que pauta comportamentos pensando em pressupostos maiores; e outra que padroniza acções no interior de um grupo especifico.
As duas vertentes nem sempre caminharam juntas, gerando recomendações contraditórias e paradoxais.
Para entender o que e como se configurou a chamada ética profissional, apenas um dos ramos da ética normativa, é necessário percorrer o desenvolvimento conceitual da ética ao longo da história.
A ética na antiguidade.
A ética nasceu na Grécia, praticamente junto com a filosofia, embora seus preceitos fossem praticados entre outros povos desde os primórdios da humanidade, mesclados ao contexto mítico e religioso, tentando pautar regras de comportamento para permitir o convívio entre indivíduos agrupados no conjunto da sociedade.
Um conceito importante para os gregos, tanto que a palavra eudeimon tem a mesma origem etimológica, denotando riqueza e denominando um homem poderoso e com boa fortuna.
A ética deveria permitir que os indivíduos partilhassem o poder, impedindo a concentração do governo da Pólis nas mãos de um segmento da sociedade ou de um individuo.
representa seu desejo por bajulações, demonstrando total ausência de virtude e pobreza de alma.
O papel da ética é justamente convencionar o que deve ser repetido, racionalizando comportamentos benéficos ao individuo e à Pólis.
A ética medieval.
A Idade Média foi dominada pelo catolicismo na Europa Ocidental, pautando uma ética vinculada com a religião e dogmas cristãos, dominando o panorama conceitual entre o século XI e XIX; a despeito de mudanças significativas com o renascimento e, depois, a entrada na modernidade e o iluminismo.
Dentre as concepções filosóficas que influenciaram fortemente o conceito de ética medieval, cabe destacar as ideias de Santo Agostinho, Santo Anselmo e São Tomás de Aquino.
Para Santo Agostinho a verdade é uma questão de fé, é revelada por Deus, superando a razão; subordinando o Estado e a política à autoridade da Igreja.
Houve também uma subordinação da ética à moral; com a última sobrepondo-se a primeira e invertendo a óptica a favor da heteronomia pautada pelo cristianismo.
O catolicismo alterou profundamente a ética, introduzindo a ideia de que a bondade, uma vida virtuosa, só podia ser alcançada pela vontade de Deus, desvinculando a felicidade da racionalização do mundo.
Embora a máxima cristã - fazer ao outro o que queres para ti - seja perfeitamente condizente com a concepção original de ética; o ascetismo e o martírio modificaram o conceito, operando uma releitura das ideias filosóficas de Platão e Aristóteles.
Um grande problema para fundamentação ética, visto que a mesma se caracteriza pela busca do prazer, representado pela felicidade, configurando um hedonismo relativo e satisfação consigo mesmo e o próprio papel no colectivo.
O martírio implicava em valorizar a dor em nome da fé - do grego martys = testemunha - implicando em agir de acordo com a vontade de Deus, mesmo quando contrário à razão, guiando-se pelos dogmas estabelecidos pela igreja, independente do que é determinado pela ética.
Mais um factor de fortalecimento da moral, aumentando a ignorância da maior parte da população europeia quanto ao discernimento conceitual da ética.
A ética cristã, através do pensamento de São Tomás de Aquino, também fez uma releitura do pensamento aristotélico.
Para Tomás de Aquino, o caminho para a felicidade passaria pela “grande ética”, caracterizada pelo justo equilíbrio divino, projectado na ordenação da sociedade.
O que representou uma relativização da ética, fragmentada e aplicada apenas a um contexto.
Segundo ele, “os princípios comuns da lei natural não podem ser aplicados do mesmo modo indiscriminadamente a todos os homens, devido à grande variedade de raças, costumes e assuntos humanos; por isto, existe a diversidade das leis positivas nos diversos povos”.
Para harmonizar a sociedade, ao invés da ética, dada sua segmentação, caberia a moral servir de referencial.
Santo Anselmo, pai da escolástica, tendência filosófica que propunha a educação como meio de vencer o cepticismo e doutrinar o homem na fé cristã, mostrando sua superioridade frente à razão; afirmou que os princípios morais seriam intuitivamente auto-evidentes,condicionando as acções à vontade de Deus.
Relegada ao segundo plano na efectivação da justiça, a ética passou a ser entendida como aplicada a contextos específicos; abrindo caminho para a visualização conceitual dos aspectos éticos erroneamente apenas vinculados com a actuação profissional, com regras que valeriam somente entre iguais.
Assim, a tendência de interpretação conceitual da ética platónica prevaleceu sobre as demais abordagens, sendo acentuada pela visão cristã que valorizou a moral em detrimento da uma concepção ética universalizadora.
A ética moderna.
Entre os séculos XVI e XVIII, as discussões éticas estiveram centralizadas no embate entre racionalismo e empirismo.
A Idade Moderna foi à época da formação e consolidação dos Estados Nacionais europeus, precedendo a Revolução Francesa e Industrial, quando a separação entre Estado e igreja tornou-se definitiva, com a preponderância do antropocentrismo e a aceleração do avanço da Ciência.
Foi também um período de transição para a Idade Contemporânea, registrando contradições de cunho ainda medieval e forte influencia da religião na vida das pessoas.
Neste sentido, os preceitos religiosos começaram a perder força, em uma tentativa da ética se sobrepor a moral, universalizando e discutindo princípios de convivência em sociedade.
Embora Descartes não tenha pensando especificamente a ética, sua concepção filosófica remete a uma transição entre a Idade Média e Moderna, pois Deus é a garantia de existência do eu físico, factor significativo que compôs a ética racionalista em meio à dúvida que origina o cogito.
O caminho da dúvida cartesiana conduziu Descartes a estabelecer uma moral provisória, baseado em recomendações como obedecer às leis e costumes do país, mantendo a religião e a fé em.
Ele fixou como parâmetro de definição do que é bom ou mau as necessidades e interesses humanos, inserindo a razão como elemento capaz de frear as paixões, permitindo alcançar prazer e felicidade.
Thomas Hobbes forneceu a base de sustentação para o Estado Absolutista, ligando a monarquia com a vontade de Deus; mas defendeu a ideia de que a natureza humana é desonesta, solitária e violenta, expressa pela máxima “O homem é o lobo do homem”.
Como consequência seria necessário organizar a sociedade, estabelecendo um contrato social para eliminar a guerra de todos contra todos, fortalecendo o Estado para reprimir a maldade humana.
A implicação ética estaria fixada na figura do cidadão, o qual, para integrar-se a sociedade, precisaria reflectir sobre si mesmo e seu papel colectivo.
Influenciado por esta concepção, John Locke retomou o conceito de contrato social como limitador do poder absoluto da autoridade, promovendo a felicidade através da garantia de liberdade individual restrita.
David Hume também complementou a concepção de Hobbes, afirmando que as ideias inatas não existiam, sendo regras compostas pela experiência, exigindo a padronização de comportamentos éticos a partir daquilo que fosse útil e prazeroso para a maioria.
Portanto, a ética moderna, a despeito de ainda vinculada com a religião, começou a tentar sobrepujar a moral, resgatando discussões presentes na antiguidade, avançando alguns passos rumo à vinculação com a liberdade.
Entretanto, foi pensada como instrumento de sustentação do poder do Estado perante a vida coletiva e individual.
A ética contemporânea.
Ao separar o conhecimento da religião, no século XVIII, o iluminismo inaugurou uma releitura da ética, estabelecendo criticas que voltaram a centralizar o foco na razão, apostando na autonomia humana e na crença optimista no progresso.
Foi estabelecida uma visão ética por um viés mais amplo, não só circunscrito ao grupo, mas sim ao contexto do conjunto da humanidade.
Neste período, pela primeira vez, iniciou-se um dialogo em torno dos direitos humanos, culminando com a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” em 1789.
Representando o iluminismo alemão, Immanuel Kant exerceu forte influencia na universalização dos preceitos conceituais da ética humana.
Segundo o qual, não é tarefa da ética normalizar, pois, sendo de carácter puramente racional, é guiada apenas pela boa vontade.
Enquanto a teoria evolucionista de Charles Darwin possibilitou conceber a moral como produto da evolução do comportamento humano.
O que levou Friedrich Hegel, no século XIX, a discutir se os princípios éticos condicionam a história, ou, ao contrário, esta modifica os parâmetros.
Algo que poderia conferir a ética uma grande semelhança com a moral.
Embora Hegel nunca tenha escrito especificamente sobre a ética, até porque considerava esta como mero sinónimo de moral, sua concepção foi herdeira das discussões do século XVIII, vinculando a vivência ética com a política, a sociedade e a história.
Para ele, como também para a tradição estabelecida a partir do século XVI, o Estado deveria garantir a vivência ética.
Destarte, Friedrich Nietzsche, na segunda metade do século XIX, tornou a ética definitivamente uma Ciência, totalmente desvinculada da religião.
Para ele, a ética seria o centro, justificativa e fundamentação das acções humanas; constituindo o elemento que torna possível a convivência, estabelecendo padrões de comportamento que reprime a natureza.
Moral
Definição:Moral é o conjunto de regras que se baseia em valores culturais e históricos de cada sociedade, por meio da prática ou de aspectos de condutas humanas específicas.
Origem e significado
Etimologicamente, o termo moral tem origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”. São as regras definidas pela moral que regulam o modo de agir das pessoas.
Evolução da palavra Moral
A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos.
Ética individual
Ética individual é o conhecimento que cada um tem de si próprio e a forma como cada assume as suas decisões e as suas consequências.
A ética individual é distinta em cada ser humano, embora obedeça a um determinado padrão ético.
É uma forma de libertação interior ao que nos é imposto por “lei”, sempre que o agir correctamente não depende de regras, mas, da vontade.
Respeito pela diversidade cultural e ética.
Aspectos da Ética Individual
Os aspectos da ética individual representam as formas de coexistência com os outros, a saber: Amor, Indiferença, Ódio e Sentimentos.
a) O Amor
Segundo Japiassú (2001: 12) Amor é o sentimento de inclinação e de atracção ligando os homens uns aos outros, a Deus e ao mundo, como também o individuo a si mesmo. O amor é uma emoção da alma causada pelo movimento dos espíritos, levando-a a unir-se voluntariamente aos objectos que lhe parecem ser convenientes (DESCARTES citado por JAPIASSÚ, 2001: 12).
b) Indiferença
Neste aspecto, o Outro é nisto de acordo com a função que desempenha, onde muitas vezes, pode ser substituído. Em segundo lugar, o Outro não é um Tu, mas um Ele. Este Ele implica uma certa objectiva da pessoa e a redacção da subjectividade à soma da qualidade e função. Portanto, o Outro acaba por ser substituído por uma máquina, uma vez que, o “Ele” significa uma ausência em relação a mim, isto é, o Ele é como se não existisse.
c) Ódio
É a negação ou a rejeição do Outro enquanto sujeito. O ódio é a rejeição da subjectividade do outro. No entanto, neste aspecto é necessário que o outro exista, mas não para o promover, mas sim, para o rejeitar.   
d) Os Sentimentos
Sentimentos são reacções positivas ou negativas, discretas e suaves, sobre alguém. Sentimento pode significar: o mesmo que emoção, no significado mais geral, ou algum tipo ou forma superior de emoção.
Ética social 
Ética Social
A reflexão ético-social do século XX trouxe, além disso, uma outra observação importante: na massificação actual, a maioria hoje talvez já não se comporte mais eticamente, pois não vive imoral, mas amoralmente. Os meios de comunicação de massa, as ideologias,os aparatos económicos e do Estado, já não permitam mais a existência de sujeitos livres, de cidadãos conscientes e participantes, do consciências com capacidade julgadora
A Ética Social são os princípios filosóficos e morais que, de uma forma ou de outra, representam a experiência colectiva de pessoas e culturas. Esse tipo de ética geralmente age como uma espécie de “código de conduta” que governa o que é e o que não é aceitável, além de fornecer uma estrutura para assegurar que todos os membros da comunidade sejam cuidados.
3. As condições trancendentais do agir moral
a) Consciencia
No seu significado fundamental a consciência, de uma maneira geral, quer dizer a capacidade que o homem tem de se aperceber da presença dos objectos;
Segundo Kant (1992:210) consciência moral é a voz interior, que provém da razão, que nos dita a lei moral(papel normativo), e aplica a sentença( papel crítico); 
Em outras palavras, é capacidade ou função que nos permite discernir o bem do mal e nos orienta a agir e julgar as nossas acções segundo o seu valor ou contravalor conforme forem julgadas boas ou más.
· Componentes fundamentais da consciência moral:
· Discriminativa para distinção do bem e do mal;
· Prescritiva para a orientação das acções;
· Apreciativa – serve para a formulação dos juízos de valor sobre as acções praticadas
b) Liberdade
Livre arbítrio - designa a capacidade e a obrigação ou o dever do homem a autodeterminação moral;
· Assim estendida, a liberdade fundamenta-se na aceitação das outras liberdades. Neste sentido, significa autonomia (em oposição a heteronomia), uma das categorias da ética. 
· Em suma, liberdade moral é uma capacidade humana para escolher ou decidir racionalmente quais os actos a praticar e praticá-los sem coações externas.
c) Normas 
Kant (1992), define a norma moral como a única condição mediante a qual pode ser alcançada a plena liberdade. 
A liberdade, porem, deve ser guiada por uma norma, por um princípio director. Uma liberdade absoluta, isto é, que recusa a sujeitar se a qualquer lei não é liberdade;
As regras estabelecem uma ordem, uma estrutura da prática humana.
· Uma norma moral, ou lei moral, e uma regra de acção universal e obrigatória, a qual o homem se deve conformar para se desdobrar como ser racional e livre. 
· Em suma, as normas morais são regras de conivência social ou guias de acção, pois nos dizem o que devemos ou não fazer e como o fazer. 
· Caracterizadas pelos seguintes princípios:
· Auto-obrigação - independentemente do exterior;
· Universalidade - ninguém esta fora dela
· Incondicionalidade - não estão sujeitas a prémios ou penalizações. 
d) Responsabilidade
· Segundo Viegas & Chihulume (2011:15) responsabilidade moral é a obrigação de prestar contas dos nossos próprios actos.
· Em ética, responsabilidade moral é tudo relacionado á responsabilidade que se relaciona com as acções e suas consequências nas relações sociais.
· A responsabilidade moral classifica-se em:
Responsabilidade retrospectiva - é destinada a reparar o mal praticado; está voltada, portanto, para o passado;
Responsabilidade prospectiva - voltada para o futuro destina-se a promover o bem;
· Em suma, responsabilidade moral refere-se ao principio do querer o que e bom em si mesmo, ou seja, a causa livre e susceptível de ser determinada a não por si mesma. Portanto, a responsabilidade moral remete-nos a constatação da livre subjectividade do agente; 
E o dever de arcar com as consequências do seu próprio comportamento.
3.Divisão da ética 
Meta ética
É abstracta e epistemológica, o seu objectivo é investigar a natureza dos valores, dos juízos morais (bem/mal); e os significados da linguagem avaliativa (das estruturas do discurso), métodos e lógicos.
A Meta ética é o campo da Ética que consiste em uma investigação e descrição das práticas morais. Ao usarmos palavras como ‘errado’, ‘permitido’ e outras em sentido moral, qual é exactamente o sentido dessas palavras? Quando praticamos uma ação considerada ‘boa’, que elementos a justificam como ‘boa’? Seria a obrigação moral apenas fruto de um processo de construção histórico social? Muitas dessas questões apontam para a reflexão filosófica implementada por estudos em Meta ética.
Essas investigações não pretendem estabelecer critérios para distinguir o moralmente correcto do moralmente errado -- o que seria o objectivo das Teorias Morais, como as de Aristóteles e Immanuel Kant -- mas pretendem oferecer suporte racional para que possamos escolher entre as diversas alternativas. Por exemplo, se a análise do comportamento moral nos levar a concluir que a Moralidade é uma questão mais emotiva do que racional, teríamos razões para escolher Teorias Morais que priorizam os sentimentos como fundamento explicativo do agir moral.
Os estudos realizados em Metaética consistem em questionamentos não morais e são compostas por um conjunto de teses metafísicas, semânticas e epistemológicas. A linguagem moral relaciona situações, pensamentos e actos a valores morais, como em “Praticar bullying é errado”, mas podemos nos questionar sobre se esses usos representam uma verdade ou se expressam sentimentos quanto ao que avaliamos.
Embora a Ética seja entendida como um estudo do campo prático, a Metaética é um estudo mais abstrato e teórico. Em todo caso, é um estudo que se seguiu, historicamente, do debate entre as Teorias Morais e pretende não apenas esclarecer a linguagem moral, mas também especificar o que são os valores morais. Vestígios do que hoje chamamos de Metaética são encontrados em toda a história da Filosofia, como na defesa de que a Justiça seria o que é conveniente ao mais forte, feita por Trasímaco ou na argumentação de David Hume sobre a impossibilidade de inferir julgamentos morais de fatos naturais.
Apesar de muitos filósofos terem refletido sobre a natureza dos valores morais e da justificação do comportamento moral, esse campo de investigação começa a se estabelecer propriamente após a publicação de Principia Ethica (1903), de George Edward Moore. Esse filósofo considerou que a pergunta pelo o que é realmente ‘bom’, em sentido moral, e não em outros sentidos, como o de utilidade, nos levaria a eliminar qualquer resposta com origem em ciências naturais, como a Biologia, a Psicologia e outras.
Qualquer tentativa de resposta, como dizer que ‘bom’ é a maximização do bem-estar social, pode ser questionada, pois essa identificação ainda não explica completamente o que é para algo ser moralmente bom.
Desde Principia Ethica, os estudos meta éticos estiveram mais relacionados à Filosofia analítica e os filósofos que tentaram explicar a natureza dos valores morais e dos conceitos morais dividem-se em naturalistas, que aceitam uma explicação do comportamento moral por via natural, a saber, localizando o fundamento dos valores morais nos sentimentos, nos acordos sociais ou na cultura, e aqueles que rejeitam essa relação estreita entre aquilo que é obrigatório ou o que se deve fazer, pensar e/ou acreditar e explicações que dependem diretamente das decisões e escolhas do homem. Estes últimos propõem, assim, que, embora haja moralidade porque os humanos existem, não podemos dizer que o certo e o errado sejam simplesmente suas invenções.
Ética Normativa 
Procura racionalmente configurar o campo pratico da moral num estudo histórico filosófico ou conceituar sobre normas morais das sociedades, desenvolvidas critérios o foco das problemáticas é a acção moral. As principais correntes de pensamento e discursão ético normativas podem ser divididas em duas correntes de pensamento teórico: ética normativa teológica e ética deontológica..
A ética normativa é uma área da filosofia que procura definir o que é uma acção certa e uma acção errada, o que diferencia uma acção boa de uma má. O debate sobre essas questões está presente na filosofia pelo menos desde Sócrates e os Sofistas e por isso, ao longo desses mais de dois mil anos, várias teorias alternativas foram elaboradas como uma tentativa de respostas.
Esse campo de estudo da filosofia é chamado de “normativo”porque procura definir normas de conduta. Nesse sentido, se diferencia de outras abordagens de disciplinas como a sociologia ou a biologias que são descritivas, porque se limitam a descrever as acções morais.
A ética normal também se diferente de outras abordagens sobre ética presentes na filosófica, como a ética pratica e a metafísica. A primeira é uma espécie de filosofia aplicada, que discute questões polémicas como o aborto, a eutanásia, o melhoramento genético, o direito dos animais etc. A segunda, questiona a natureza dos juízos morais, se são objectivos ou subjectivos, se estão limitado à cultura no qual surgiram ou se podem ser universais.
Ética aplicada 
A ética aplicada compreende a ação de condutas morais e éticas visando o bem estar social.
Assim sendo, a prática da ética aplicada pode ser ser vista em situações de empatia, onde pode - se observar pessoas se colocando no lugar de outras.
Nesse sentido, pode - se ver que a ética aplicada apresenta um grande campo de conhecimento.
Nisso, por meio da prática da ética aplicada pode - se levar a construção de uma sociedade melhor e justa para todos.
Ética Descritiva 
Descreve o que é o bom e o que é mal, através da pressão empírica dos fenómenos morais. Não há posicionamento normativo. 
4.Questões centrais da ética 
O problema da Virtude
Alguns conceitos básicos da ética Aristotelica 
O principal texto a ser trabalhado nesse tópico é a Ética a Nicômaco, obra de grande influência na história da filosofia, na qual foi apresentada a teoria ética aristotélica. Essa é uma teoria das virtudes, que nos diz quais disposições são virtudes e que tipo de pessoas devemos ser. 
 Na teoria aristotélica das virtudes, a acção tem um carácter ambíguo de objectividade e subjectividade. É objectiva no que concerne à predeterminada meta da acção e subjectiva no que concerne ao critério de escolha do indivíduo, pois este sempre visa a um bem particular. Não há como investigar todos os sentimentos e razões que foram levados em consideração para que aquela escolha fosse tomada. Antes de apresentar a sua concepção de virtude, Aristóteles tenta responder a questionamentos que acredita serem relevantes, quanto à definição do “bem”, da felicidade e da natureza humanas. 
Para que fique claro o motivo de sua teoria das virtudes, pergunta feita previamente sobre por que esses conceitos e não outros, faz-se necessária a apresentação de um aspecto essencial na sua filosofia moral: a teleologia. É nessa perspectiva que o filósofo inicia o seu texto: “toda arte e toda investigação, assim como toda acção e toda escolha, têm em mira um bem qualquer e, por isso, foi dito, com muito acerto, que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem” (EN I, 1094a 1-5, p.49). 
A admissão de um carácter teleológico para uma teoria ética é uma escolha de peso e deve ser considerada o marco inicial da filosofia prática aristotélica, pois, ao fazê-la, o autor está determinando, em grande parte, os padrões que a sua teoria terá de seguir, como o exame do fim ou fins que devem ser alcançados pelos indivíduos e pela comunidade. É da necessidade de se investigar os fins que surgem as questões às quais se dedica Aristóteles no início da Ética a Nicômaco. 
A primeira questão é sobre o “bem”, pois, ao tomar como preceito que o fim para a vida humana é o que é “bem” para a mesma, é preciso saber que “bem” é esse, para que possamos buscá-lo, reconhecê-lo e praticá-lo. Ao contrário do “bem” metafísico – um estudo teórico que tem como fim o próprio conhecimento – o exame do “bem” na filosofia prática tem como fim o conhecimento da realidade para que se possa transformá-la. Para responder à questão sobre o que é o “bem” para a vida humana, o autor recorre à sua doutrina das partes da alma, apresentada resumidamente na Ética a Nicômaco e com mais detalhes no De Anima, em que ela é dividida em duas partes: irracional e racional. A parte irracional da alma se divide em duas partes, a parte vegetativa e a parte sensitiva. A parte vegetativa, concernente às funções orgânicas do corpo humano, como a nutrição e crescimento, é comum a todos os seres vivos e não tem qualquer tipo de relação com a actividade racional. 
A parte sensitiva da parte irracional da alma é relativa às percepções do mundo externo, desejos e paixões e está presente em algumas espécies. Ela se relaciona com a razão na medida em que pode ou não se submeter às suas orientações, visto que o apetitivo e, em geral, o elemento desiderativo participa dele (o princípio racional) em certo sentido, na medida em que o escuta e lhe obedece” (EN I, 1102b 30-35, p.64). Para Aristóteles, aprender a submeter a parte sensitiva da alma às orientações da parte racional é um modo de exercício da virtude moral, cuja definição investigaremos mais adiante.
A virtude é uma habilidade para a medida certa, uma espécie de moderação na acção. A disposição para tal habilidade só se desenvolve no indivíduo que for apto a exercer, com plenitude, a sua racionalidade. Para Aristóteles, há dois tipos de virtudes, as quais ele distingue pelo modo de aquisição: a virtude moral (como a temperança, a justiça e coragem) e a virtude intelectual. 
A virtude moral é desenvolvida no indivíduo pelo hábito e, para que se torne parte do carácter do agente, são necessários esforço e repetição. Já a virtude intelectual é desenvolvida pelo aprendizado e só acontece a partir de uma disposição prévia do indivíduo a possuí-la. A virtude moral atinge o seu nível máximo quando é incorporada ao modo habitual de acção do indivíduo e não simplesmente reproduzida.
Aristóteles distingue duas espécies de virtude: a virtude intelectual, que tem como objecto o saber e a contemplação, e a virtude moral, que tem como objecto os actos da vida prática. Enquanto a virtude intelectual requer experiência e tempo para desenvolver-se, pois vem, via de regra, através do ensino, a virtude moral é adquirida pelo hábito. Diferentemente dos sentidos que já estão presentes em nós desde o início, isto é, os possuímos antes de usá-los, as virtudes são adquiridas pelo exercício. 
 Uma pequena lista de virtudes pode ser extraída da Ética a Nicômaco, resumidos de vícios por deficiência e por excesso e a virtude correspondente, que está situada entre ambos:
 Vício por deficiência: Covardia; Insensibilidade; Modéstia; Moleza; Indiferença; Desavergonhado; Malevolência, etc.
  Virtude: Coragem; Liberalidade; Magnificência; Respeito Próprio; Prudência; Gentileza; Amizade; Modéstia; Justa Indignação e etc.
  Vício por excesso: Timidez; Zombaria; Condescendência; Orgulho; Ambição; Esbanjamento; Vaidade; Temeridade; Inveja e etc.
Os sentimentos e paixões tendem ao excesso ou à deficiência. A virtude é a moderação. Está entre dois extremos, entre dois termos opostos. Ambos estão no mesmo género. Caso contrário, não haveria passagem, não poderíamos encontrar um termo, a virtude, no meio do caminho dos vícios.
    O problema da Felicidade
 Para Aristóteles, como também para Platão, a verdadeira felicidade ou o verdadeiro bem é sempre aquilo que é buscado por si mesmo e não com vistas em outra coisa, por isso ele é algo de absoluto e não relativo. Daí que as acções virtuosas sejam aprazíveis em si mesmas e a consequência disso é que o objectivo da vida política seja o melhor dos fins, pois essa ciência se esforça por fazer com que os cidadãos sejam bons, livres e capazes de nobres acções. 
Experiência de plenitude satisfaz resultante da obtenção daquilo a que o sujeito tendia ou a que aspirava. Esta parece não ser concepção geral de felicidade, o que está na base das inúmeras definições apresentadas pelos diferentes autores.
Segundo um uso não universal mas bastante comum, a felicidade  é mais espiritual que o prazer e menos completa que a beatitude ou felicidade plena. O homem não pode deixar de aspirar à felicidade plena. Mais exactamente em tudo o que deseja e quer ele aspira necessariamente a beatitude, a felicidade plena.
A intensa vida humana desenrola-se sob o signo da felicidade, objectivo inspirador( como móbil, não necessariamente como motivo) de  todas as actuações individuais e colectivas ao longo dos tempos ninguém deixa de sofrer com a infelicidade, nem se resigna a ser definitivamente infeliz , pode-se certamente suportará te abraçar temporariamente o sofrimento, mas com a esperança de vir a alcançar a felicidade e porque se julga tal ser o caminho do bem.
O tema felicidade foi dominante na filosofia grega, nas diversas formas que o hedonismo e o eudemonismo assumiram, tratava-se portanto de felicidade suprema, reservada aos seres divinos.
Inicialmente concebida como dependendo da sorte, do árbitro, dos Deuses, ou do destino, a felicidade passou também desde Demócrito, a ser concebido como fundada na natureza e resultante da actividade humana.
 O problema da liberdade
 A filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre sustenta-se sobre três princípios básicos: O primeiro princípio postula a prioridade da existência sobre a essência. O segundo princípio diz respeito ao primado da subjectividade. E o terceiro, sobre a liberdade constitutiva do projecto humano. Assim como Nietzsche no séc. XIX, Sartre não é um pensador de regras e sistemas mas da consciência e do sujeito que constrói o significado e a sua liberdade: a vida não tem sentido a priori. Antes de viverdes, a vida não é nada; mas de vós depende dar-lhe um sentido, e o valor não é outra coisa senão esse sentido que escolherdes (Idem, p.231). Em Sartre, o homem ganha uma dimensão própria construindo a sua essência, é notório o mote que se instituiu como o marco do existencialismo do Pós- guerra (Segunda Guerra Mundial, 1945) de que a existência precede a essência, vale dizer, o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define (Idem, p.182), o homem não é mais que o que ele se faz. Tal é o primeiro princípio do existencialismo (Ibidem), inversão radical de toda a história da metafísica em que a essência precede a existência de Platão à Hegel, considerado o último pensador metafísico da historia da filosofia . Na concepção do filósofo, a própria História é um movimento de totalização que tem o homem como agente totalizador, o homem consciente e livre: o homem está condenado a ser livre.
     O problema do Bem e mal
Como a palavra e as suas afinas, usadas em múltiplos sentidos, designa a linguagem humana o que é valioso, satisfatório, louvável: numa palavra, o que é “positivo”, porque se trata de uma noção primária, não  é possível dar dela uma definição propriamente dita apenas se pode sugerir o seu significado mediante descrições mais ou menos adequadas.
Essa primeira aproximação é de um modo geral, pode descrever-se o bem como tudo aquilo que, por corresponde a uma necessidade ou a uma tendência e vantajoso, valioso, ou seja, a ideia de bem inclui referência a uma tendência. Na medida em que não é possuído, o bem é o apetecível (no sentido mais amplo deste termo, o que também abrange os apetites ou tendências não psíquicas, embora se verifique mais plenamente no desejo sobretudo espiritual, uma vez alcançado, o bem origina a satisfação (prazer, felicidade, beatitude ou felicidade perfeita), sendo muito variadas as tendências e consequentes bens, a noção de bem, verificando-se de modo simultaneamente semelhante e diferente nos diversos casos.
Bem é o que, no plano dos valores práticos, por todos pode ser desejado que todos desejem. Quem deseja o mal não pode desejar que todós o desejem também. O desejo do mal não é universalizável. Nem mesmo pelo masoquista: o masoquista deseja fazer mal a si próprio mas não deseja que lhe façam algum mal a que não possa subtrair-se. O próprio Sadomasoquista que deseja que todos sejam sadomasoquista não pode desejar a todos o mal. Um Sadomasoquista não pode desejar que todos desejem todos os tipos do mal. Se quem deseja o mal não pode desejar que todos desejem o mal, pode desejar que todos possam desejar o bem, incluído ele próprio
Bem e mal não foram definidos como possíveis desejos mas como meu possível desejo de alheio possível desejo de nenhum indesejo (bem) ou como meu possível desejo de alheio possível desejo do possível não desejo de todos e de cada uma (mal).
O que caracteriza o  bem é a possibilidade de ser algo que todos desejam que possivelmente ninguém indeseje no planos dos valores práticos.
O que caracteriza o mal é a possibilidade de ser algo que todos desejem que ninguém deseje no plano dos valores práticos.
Na esfera de desejo do agente contém-se a emergência do primeiro tipo de possibilidade. Posso desejar que todos desejem que ninguém indeseje algo, e a isso chamo bem. Posso desejar que todos desejem que ninguém deseje algo, e isso chamo de mal. Tal possibilidade limita-se a explicar o sentido essencialmente desiderativo das definições de bem e mal.
5.Formas de Argumentação Moral
Uma das características do fenómeno moral é a argumentação para justificar ou criticar atitudes, acções ou juízos morais, tanto próprios quanto alheios. Argumentar é expor as razões pertinentes para corroborar ou desqualificar uma atitude, uma acção ou um juízo. 
 Annemarie Pieper distinguiu seis tipos de estratégias argumentativas destinadas a mostrar boas razões:
Factos
 Referência a um facto: acontece, quando se diz que se ajudou alguém, porque é nosso amigo. Mas, neste caso o facto refere-se a uma norma que diz que se deve ajudar os amigos. A alusão a factos só pode ser considerada um argumento válido se está subjacente uma norma correcta. Para que uma norma seja correcta algumas condições são exigidas dependendo da teoria ética: estar de acordo com a prática de uma virtude (Aristotelismo); promover maior bem para o maior número (utilitarismo); defender interesses universalizáveis (kantismo).
«As pessoas têm opiniões diferentes, mas no que concerne à moral não há "factos", e ninguém está "certo". As pessoas simplesmente sentem de forma diferente e é tudo.»
«Este é o pensamento de base por detrás do subjectivismo ético. O subjectivismo ético é a ideia segundo a qual as nossas opiniões morais se baseiam nos nossos sentimentos e nada mais. Nesta perspectiva, o "objectivamente" certo ou errado é coisa que não existe.»(James Rachels, Elementos de Filosofia Moral, Gradiva, pags 56-57).
 Rachels é, indiscutivelmente, um filósofo confuso, que nem sequer se apercebeu das múltiplas facetas do termo subjectivismo. Confusos são também os autores de manuais que o seguem quase à letra (Pedro Galvão, Luís Rodrigues, Desidério Murcho, etc). Rachels liga subjectivismo a cepticismo, fazendo com que a noção de subjectivismo desemboque no niilismo moral.
 Mas por que razão não seria possível que as múltiplas subjectividades tivessem razão, em simultâneo, isto é, fossem formas de apropriação da verdade desde diversos ângulos? Porque há-de o subjectivismo conduzir inevitavelmente ao cepticismo?
 É falso que não haja factos morais segundo o subjectivismo. Um exemplo de factos morais no subjectivismo é o amor: toda a gente ama alguém, é um facto sociologicamente objectivo e ética e esteticamente subjectivo. No amor, onde reina o mais absoluto subjectivismo, cada pessoa está convicta, a cada momento, de que ama a pessoa perfeita, a mais bela, ou a mais doce e sedutora ainda que seja imperfeita e com vícios evidentes. Ao contrário do que sustenta James Rachels e, com ele, as centenas de milhar de professores de filosofia que, irreflectidamente, o seguem, subjectivismo é compatível com dogma, com certeza "infalível" e pressupõe a existência de factos morais.
Sentimentos 
Referência a sentimentos: justifica-se uma atitude, acção ou juízo mediante o recurso aos próprios sentimentos ou aos do interlocutor. Ele é totalmente insuficiente, porque apenas explica as causas psicológicas, mas não é suficiente para justificar uma acção como moralmente correcta. Mais uma vez é preciso recorrerà análise de uma norma dada nesta situação, que está por trás do sentimento. O sentimento surge, porque a consciência se remete a uma norma. 
O sentimento moral: Hume. 
Ele compreende a razão ou o entendimento como uma faculdade exclusivamente cognoscitiva, cujo âmbito termina onde deixa de existir a questão da verdade ou da falsidade de juízos, os quais só podem ser referidos ao âmbito da experiência sensível. A moralidade é alheia à experiência sensível que diz respeito a factos, enquanto que a moral está referida a sentimentos subjectivos de agrado ou desagrado. 
O papel da razão no terreno moral concerne unicamente ao conhecimento do dado, mas é totalmente insuficiente para produzir efeitos práticos. Hume delega as funções morais a outras faculdades menos importantes que a razão, as paixões e o sentimento. A razão não está encarregada de estabelecer juízos morais. Para ele, as acções morais se produzem em virtude das paixões orientadas para atingir fins propostos não pela razão, mas pelo sentimento. 
Nesse sentido, a bondade e a maldade das acções dependem dos sentimentos de agrado ou desagrado que provocam em nós. Por isso, o fundamento das normas e dos juízos morais é a utilidade e a simpatia. Hume critica também quem quer extrair juízos morais de juízos fácticos, concluindo um “deve” a partir de um “é”. Ele chama esta atitude de falácia naturalista.
Resultados 
 Referência a possíveis consequências: Para a ética utilitarista é o único critério relevante e definitivo. Mas a teoria ética utilitarista não está restrita ao puro ato, engloba igualmente o “utilitarismo da regra”, defendendo que o cumprimento de normas historicamente comprovadas e eficazes para produzir benefícios também deve ser levado em consideração como consequência. 
Hoje nenhuma teoria ética pode desconsiderar as consequências a serem responsavelmente assumidas.
Formas de argumentação moral.
 Uma das características do fenómeno moral é a argumentação para justificar ou criticar atitudes, acções ou juízos morais, tanto próprios quanto alheios. Argumentar é expor as razões pertinentes para corroborar ou desqualificar uma atitude, uma acção ou um juízo. 
Consciência 
Referência à consciência
Em princípio, esse tipo de argumentação goza de grande prestígio na tradição moral do ocidente. Mas logo é necessário dizer que a consciência não é infalível, pois se pode recorrer a ela para justificar caprichos ou seguir ditames dados por autoridades que influenciaram o processo de socialização dessa pessoa. Por isso, os ditames da consciência precisam ser submetidos a normas racionalmente válidas. 
Código moral
 Referência a um código moral: A maneira mais comum de justificar uma ação é aduzir uma norma determinada, considerada obrigatória, nesse caso concreto. Normas fazem parte de códigos morais mais amplos. Para que esse recurso seja válido é necessário verificar 
a) se a norma efectivamente faz parte desse código moral para que a interpretação não seja incongruente; 
b) se o próprio código está suficientemente fundamentado para ser racionalmente 
obrigatório. 
Autoridade
Referência à competência moral de certa autoridade: O recurso à autoridade 
de uma pessoa ou de uma instituição pode ser aduzido como argumento que 
justifica uma ação. Esta razão é sumamente frágil, pois a confiabilidade de uma norma não vem de quem a dita, mas da sua validade racional. 
1. Significado 
O termo Deontologia surge das palavras gregas “déon, déontos” que significa dever e “lógos” que se traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao exercício da uma profissão.
6. Deontologia
Definição 
Deontologia é um conjunto de regras de que uma profissão ou parte dela, se dota através de uma organização profissional, que se torna a instância de elaboração, de prática, de vigilância e de aplicação destas regras. 
Deontologia profissional
 — Estudo do conjunto dos deveres profissionais estabelecidos num código específico que, muitas vezes, propõe sanções para os infractores;
 — Conjunto de deveres, princípios e normas reguladoras dos comportamentos exigíveis aos profissionais, ainda que nem sempre estejam codificados numa regulamentação jurídica.
O objecto da Deontologia consiste em ensinar o homem a dirigir os seus afectos, de maneira a que eles sejam o mais possível subordinados ao bem-estar.
As regras deontológicas são adoptadas por organizações profissionais, que assumem a função de "legisladoras" das normas e garantem a sua aplicação. 
Classes profissionais
 Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho executado, pela natureza do conhecimento exigido preferencialmente para tal execução e pela identidade de habilitação para o exercício da mesma. A classe profissional é, pois, um grupo dentro da sociedade, específico, definido por sua especialidade de desempenho de tarefa. A questão, pois, dos agrupamentos específicos, sem dúvida, decorre de uma especialização, motivada por selecção natural ou habilidade própria, e hoje constitui-se em inequívoca força dentro das sociedades.
 A formação das classes profissionais decorreu de forma natural, há milénios, e se dividiram cada vez mais. Historicamente, atribui-se à Idade Média a organização das classes trabalhadoras, notadamente as de artesãos, que se reuniram em corporações. A divisão do trabalho é antiga, ligada que está à vocação e cada um para determinadas tarefas e às circunstâncias que obrigam, às vezes, a assumir esse ou aquele trabalho; ficou prático para o homem, em comunidade, transferir tarefas e executar a sua. A união dos que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e hoje se acha não só regulada por lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de classe.
Código da ética profissional
O Código de ética é um documento, elaborado pelos principais gestores de uma organização, ou pelos Conselhos que regem uma profissão, que objectiva evidenciar os princípios, a missão, as atitudes e comportamentos adequados a uma determinada profissão ou empresa, de forma a atender às necessidades que aquela categoria serve e representa e os anseios da sociedade.
 Código da ética profissional evidenciam os direitos e deveres, as proibições, ou seja, as condutas que são vetadas no exercício da profissão e as sanções e punições (éticas e disciplinares), no caso de desobediência ao código. Cada código de ética especifica o papel da profissão na sociedade e a importância do respeito à dignidade humana no exercício de cada uma. Exemplificando, temos o código de ética dos Médicos, dos Psicólogos, dos enfermeiros, do contador, do assistente social, dentre outros, etc.
Principais Objectivos de um Código de Ética
 a) Especificar os princípios e valores de uma instituição e/ou profissão, perante a sociedade;
b) Documentar os direitos e deveres do profissional;
 c) Evidenciar os limites das relações que o profissional ou o funcionário deve ter com colegas e clientes/pacientes;
 d) Explicar a importância de manter o sigilo profissional (essencial em muitos casos) ;
e) Defender o respeito aos direitos humanos nas pesquisas científicas e na relação quotidiana ;
f) Delimitar e especificar o uso de publicidade em cada área;
 g) Falar sobre a remuneração e os direitos trabalhistas.
Conduta pessoal e sucesso
Os códigos de conduta foram adoptados pela primeira vez por volta de 1900, em resposta às reformas instituídas no fim do século XIX (nos EUA). Nos anos 50, os códigos corporativos começaram a incluir referências às leis antitruste e à maneira de cumpri-las. Hoje, a maior parte das grandes empresas e órgãos governamentais tem códigos de conduta que representam as políticas empregadas para definir um comportamento ético. Eles são ferramentas utilizadas para padronizar o comportamento, à medida que as empresas tornam-se maiores e geograficamente mais dispersas. Geralmente, eles se referema questões como conflitos de interesse, concorrentes, privacidade, dar e receber presentes ou contribuições políticas. 
Entretanto, o simples fato de se elaborar um código não é suficiente. Ele precisa ser feito sob medida para as áreas funcionais da empresa (por exemplo, marketing, finanças, recursos humanos) ou para sua principal linha de negócios. O raciocínio que norteia os códigos sob medida é simples. Áreas ou divisões funcionais têm culturas e necessidades diferentes. Uma divisão de bens de consumo, por exemplo, tem um relacionamento um pouco distante com os clientes, já que depende em grande medida da publicidade para vender seus produtos. De outro lado, uma divisão que fabrica produtos industriais tem menos clientes e utiliza uma abordagem pessoal através de seus vendedores. Os códigos precisam reflectir estas diferenças. 
Além disso, se os códigos devem servir de base para a implantação, precisam incluir as características seguintes: 
• Especificidade. Os códigos devem dar exemplos específicos para os empregados a fim de que estes possam determinar as normas ou não. 
• Publicidade. Os códigos devem ser documentos públicos à disposição de todas as partes interessadas para que possam consultá-los e/ou verificar o compromisso da empresa com práticas equitativas e éticas. 
• Clareza. Os códigos devem ser claros, objectivos e realistas a respeito das punições previstas para aqueles que os violarem. 
• Revisão. Os códigos devem ser periodicamente revistos. Trata-se de documentos vivos que precisam ser actualizados a fim de reflectir problemas actuais.
 • Obrigatoriedade. É preciso que haja alguma forma de fazer cumprir os códigos. 
 
7.Deveres profissionais 
Génese e a natureza intima do dever 
A reencarnação de um espírito pode nos trazer lembranças fortes que influenciam no comportamento. A história já registrou muitos casos de homens de inteligência muito superior, bem acima da media dos outros. O electro encefalograma mostra actividades cerebrais, que não diferem de uma pessoa p ara outra, por isso muito se acredita que a inteligência tem ligação com o espírito da pessoa. 
A consciência do homem faz com que ele pense no errado e no certo, no ético e no 
antiético, no justo e no injusto, e quem decide as acções é o próprio homem.
Sensibilidade para com o dever 
Quando praticamos algo que achamos normal tendemos a normalizar essas acções 
como leis. Tem vezes que a lei contraria a ética e tem vezes que a ética contraria a lei, mas se existir coincidência de princípios, a desobediência desses acarretara em violação. 
A ética humana é um sentimento que nos modela para o dever pelas vias de uma 
consciência ética. Aquele que não tem sensibilidade ética termina, quase sempre, marginalizado, embora possa iludir e tirar proveitos dos outro, temporariamente.
Compulsoriedade do dever 
A conduta virtuosa torna-se também, uma obrigação compulsória, por se consagrar nos costumes e consubstanciar em normas, regulamentos e leis. Isto porque representa algo que não se sujeita a opções, nem a alternativas, mas a um necessário cumprimento. 
O não cumprimento do dever assume carácter de violação, ou seja, d e transgressão de obrigação da norma, mas, intimamente, é mais que isto, por representar uma antipropriedade do espírito. 
Logo, a violação torna-se objecto de sanção ou punição, quer natura, quer do grupo 
próximo, quer legal, quer profissional, quer social. Nenhum desses aspectos s e confunde, pois a natureza das obrigações são diferentes diante de também diferentes condições de analise. 
Educação e dever 
Para os que possuem formação educacional de qualidade, que são dotados de 
índole boa, o cumprimento dos deveres éticos torna-se um efeito natural, egresso de 
estruturas espiritual e mental sadias. 
Muitos são os estudiosos que recusam o conceito de dever moral ou ético, como 
efeito da pressão social ou de imposição legal, por entenderem que o ser humano pode possuí-lo como formação própria e recebida , independentemente do que possa 
estabelecer um código, um decreto, um regulamento etc. 
Os efeitos da educação básica de q qualidade, sobre a comunidade e o próprio ser, tem a historia comprovado serem eficazes meios de geração de condutas positivas. 
A orientação para o cumprimento do dever ético é tarefa educacional permanentemente, quer dos lares, quer das escolas, quer das universidades, quer do estado, quer das demais instituições. 
Educar para o dever é contribui r para a harmonia social e para o êxito do ser que 
recebe os modelos de conduta.
Vocação para o dever e conflitos entre vontade e compulsório 
Partindo de uma consciência vocacionada para o dever, o homem age de acordo com essa determinação intima que o impele a uma conduta sadia, como u m modelo de boa vontade. Esta não se confunde com a lei, com a norma, com o regulamento, pois estes podem, inclusive, provocar resistências subjectivas. 
O normativo pode ser gerado de experiências sadias e consagradas e pode estar impregnado de interesses de grupos dominantes do poder, que decidem sobre suas aprovações para um uso compulsório. 
Devido a ambiência social a vida impõe-nos condutas que parecem, algumas discrepar daquelas a que somos instruídos por efeitos naturais. 
Devido a isso podemos então, discordar da lei, por entendê-la contraria ao que nossa consciência ética determina, especialmente quando esta, impregnada pela pureza das propriedades espirituais, se contrapõe aquela, contaminada por conveniências d e 
grupos dominantes. 
O dever ético natural é o que a ética acolhe como categórico, como especifico da natureza da conduta. Desta forma, nasce e se desenvolve por uma voluntaria manifestação de vontade, sem que exista a obrigação de cumprir , mas como cumprimento de uma determinação que fluiu sem esforços. 
O dever social
Apesar de muitos sociólogos terem opiniões diferentes, o autor entende qu e a sociedade não nos impõe, mas nos impele, transcendentemente, a aceitação do dever como principio. Logo, parece não ser a imitação ou a obrigação por efeitos ambientais que nos conduz a entender o dever ético, em seu sentido natural. 
Torna-se contraditório aceitar que o homem tenha um instinto gregário e que o gregário possa reger s eu instinto. Sendo assim a causa não pode se r o efeito assim como 
este não pode ser a causa. 
Apesar das dimensões poderem ocorrer simultaneamente, não podem ser confundidas, causando-nos assim à perda a óptica das percepções exigíveis racionalmente.
8.VIRTUDE COMO SUBSTÂNCIA ÉTICA
 
Para Aristóteles as virtudes são chamadas de hábitos dignos de louvor. O autor 
entende essa colocação analisando de forma p articular d e ver as coisas, ou seja, um 
olhar particular de um grupo. M as ele entende também que os actos, para serem 
virtuosos, têm que estarem de acordo com a prática do amor, não causando malefícios a 
si e nem a seu semelhante, havendo sempre respeito a si a aos seus semelhantes. 
CONCEITO GENÉRICO DE VIRTUDE ÉTICA 
A virtude a uma propriedade do espírito envolvida pelo amor, p ela sabedoria, pela acção e a prática do b em. Na ética a virtude é um princípio, uma condição essencial, basilar à conduta.
O ser humano nasce com características que não se pode definir, m as podemos moldá-las com a educação no lar, nas escolas, nas igrejas, nos clubes, nas diversas convivências. Assim, com tudo isso, a virtude em um ser é definida na pratica de actos morais, essenciais,íntimos da alma.
A virtude, por ser algo raro, é vista como uma qualidade que traz confiança às pessoas. Apesar de ser uma qualidade, a virtude é também motivo de desconfiança devido mui tas pessoas a utilizarem para atingir seus interesses e não para uma causa humano-social. 
EFEITOS E RESPONSABILIDADES NA PRATICA DA VIRTUDE 
A virtude consagra profissionais que usam a virtude não pela consciência, mas pela conveniência. Fazendo com que sejam beneficiados, na ordem material e social, quando não mereciam, pois fazem isso por interesse. 
A virtude, por ser algo raro, é vista como uma qualidade que traz confiança às pessoas. Apesar de ser uma qualidade, a virtude é também motivo de desconfiança devido muitas pessoas a utilizarem para atingir seus interesses e não para uma causa humano-social. 
Nessa terrível onda de corrupção, dificilmente u m contabilista está envolvido em algum caso. H á mui tos e muitos anos os contabilistas são os homens de confiança dos empresários e dos homens públicos, por isso sempre preservaram a virtude. A compensação pela virtude nem sempre é material, m as é moral, é um beneficio de ordem íntima, espiritual, mental, de consciência, que traz vibrações positivas que evidencia algo mais prazeroso que o dinheiro, o amor. 
CARÁTER E VIRTUDE 
Por mais que sejamos semelhantes, nunca seremos idênticos. O homem tem virtudes e defeitos que são adquiridos no decorrer da vida, o carácter. Para que o homem construa a virtude em si depende da sua vontade que querer. De acordo com os espiritualistas, a humanidade tende a evolui r, pois com os principio da conservação e da evolução do espírito. Essa evolução vem da sabedoria que é adicionada à entidade espiritual e que tem que ser reconquistada a cada reencarnação. 
O carácter é originado da energia desse espírito e beneficiado pela educação e pela qualidade do ambiente em que s e vive. Carácter é um sistema energético consubstanciado em virtudes que regem a acção do homem. Essa energia é contagiante e inspiradora. Quando existe lideres virtuosos, a virtude se propaga p elos membros da sociedade. Assim como a virtude, corporificada em pessoas, inspira outras para a conduta perfeita. O carácter de uma pessoa pode ser desenvolvido a partir da virtude.
9.O problema da corrupção
CAUSAS DA CORRUPÇÃO
No domínio jurídico, seleccionamos a definição do Andrade (2007:3) que afirma que: “ A corrupção é um fenómeno social, através do qual um funcionário público é levado a actuar contra as leis, normas e práticas implementadas, a fim de favorecer interesses particulares”.
Percebemos que existem diversas causas e que as mesmas estão interligadas, na medida que se influenciam entre si e geram efeitos. Entendemos dividi-las em quatro grupos: culturais, económico-sociais, políticas e jurídicas. 
A interligação das causas e seus efeitos percebe-se facilmente com os exemplos abaixo descritos: 
• A consolidação de uma cultura de exploração do homem pelo homem ao longo dos tempos, a impunidade de que gozam os mais fortes, em etapas sucessivas da nossa história, e outros factores culturais facilitam e encorajam a corrupção; 
• As profundas desigualdades no poder económico, onde uns são cada vez mais ricos e outros cada vez mais pobres; a marginalização e a acentuada injustiça social, associadas à ausência de um verdadeiro exercício da cidadania, tendo em vista um controlo social exigente e rigoroso, contribuem também para a proliferação da corrupção; 
• A falta de transparência do poder político, um nível baixo de democracia e políticos que não fazem da moral e da ética princípios fundamentais da sua acção, têm contribuído sobremaneira para que esse mal atingisse a dimensão actual; 
• A fraqueza no exercício do controlo interno e da auditoria; a ausência de legislação convincente e compatível ou a falta de aplicação oportuna, isenta e rigorosa quando esta exista; a excessiva morosidade dos tribunais e a distorção do verdadeiro sentido das imunidades políticas, são também factores determinantes para a promoção deste fenómeno. 
CAUSAS CULTURAIS 
Refere-se a cultura política de um País, ou seja, conjunto de atitudes, normas e crenças partilhadas pelos seus cidadãos que tenham como objecto um fenómeno político, neste caso a corrupção. 
As condições culturais permitem delimitar a extensão dos actos corruptos, a probabilidade da sua ocorrência bem como o nível da tolerância social para com que podem contar. 
Podemos destacar algumas condições culturais básicas que facilitam a corrupção: 
- A existência de nível elevado de tolerância social perante o deleite de privilégio privado permite que prevaleça uma moralidade do lucro privado sobre a moralidade cívica. 
Klitgaard (1994:78-80) ao abordar "culturas que favorecem a corrupção" discorre: “Em algumas culturas, as pessoas (ou talvez os membros do governo) têm valores tão diferentes que a corrupção é menos perseguida, mais aceite, e até mesmo "parte dos mores". 
Manifestações sobre a corrupção
Manifesta-se nos países desenvolvidos e também no mundo em geral, com nefastas consequências e com tendência à auto perpetuação.
Essa vocação multiplicativa da corrupção (spillover eftect) acontece. segundo Werner, de três formas:
a) por meio de efeitos - demonstração do comportamento de líderes que, sendo o paradigma do corpo político, exercem importante papel na formação da opinião pública e no comportamento social;
b) por meio da tolerância a violações pequenas. chegando-se a um senso geral de impunidade, que encoraja tipos mais sérios de corrupção;
c) por meio do efeito - demonstração da corrupção no nível institucional que, apesar de pouco documentada, reproduz também a si mesma, graças à interacção corrupta de líderes.
CUSTOS ECONÓMICOS 
Neste mundo cada vez mais globalizado, a elevação de competitividade é um desafio para com o qual os países confrontam na luta pela expansão do seu potencial económico. Pois, os países precisam reunir condições para que possam produzir de forma mais eficiente, o que certamente exige, que se aproveite ao máximo os recursos disponíveis da economia e se explore as oportunidades de investimento interessantes que forem surgindo. 
Quando não, a corrupção pode lesar a competitividade do país ao elevar o custo do investimento produtivo e tornar o ambiente de negócios menos estável, uma vez que, as empresas não terão o controlo daquilo que deverão orçar em termos de valor adicional que lhes venha a permitir a viabilidade.
Ética vs Deontologia Profissional 
A deontologia e a ética profissional servem de um lado, para controlar a acção dos membros de um grupo profissional e, de outro lado, para orientar sua conduta, colaborando para a formação de um grupo que se identifica e é identificado por um modo de agir. Assim a sustentação de uma profissão depende do conjunto de seus membros, dado, a conduta de cada um. A deontologia diz respeito aos “deveres específicos do agir humano no campo profissional”, e a dicologia, trata do “estudo dos direitos que a pessoa tem ao exercer suas actividades” (CAMARGO, 1999, p. 32). 
Algumas vezes, a deontologia aparece institucionalizada em códigos de conduta, códigos de princípios, mas geralmente, nos chamados códigos de ética profissional. Tais códigos podem ser proclamados e votados em assembleias de profissionais (no âmbito das associações) ou lavrados por lei (no âmbito dos conselhos ou colégios), como é o caso do “Código de Ética do Bibliotecário Brasileiro” (ZAMORA, 2003). McGarry (1999) ressalta que a validade da ética profissional reside no papel que a pessoa desempenha e na confiança depositada no “profissional”, que ganha ênfase em sociedades tecnologicamente complexas nas quais, a aplicação de conhecimento por especialistas tende a aumentar. Além disso, a conduta ética profissionalenvolve os interesses do grupo, com base no interesse em garantir a sobrevivência de cada um, os interesses de realização pessoal obtida por meio do exercício profissional adequado, no sentido tanto de preservar, como de enobrecer a si e à profissão.
 Esse contexto confere as discussões de ética profissional, uma carga ideológica (FREIDSON, 1998). Para Souza (2001) tal carga ideológica, reflecte os interesses dos membros de uma profissão limitando as discussões éticas e deontológicas em função, principalmente do modelo económico vigente. A ética compreende os fundamentos dos códigos deontológicos ou éticos porque estuda e reflecte a conduta. Tais códigos reflectem o contexto de constituição da própria profissão, o modo como ela se organiza como ela se situa em dada sociedade, como seus membros se relacionam entre si e com os usuários de seus serviços. Cabe citar aqui, que Sousa (2001) destaca a existência de códigos deontológicos e de códigos com conteúdos éticos. O autor mostra como o “Código de Ética do Bibliotecário Brasileiro” e “Chileno” constituem propostas de deontologia, enquanto o “Código dos Bibliotecários Norte-Americanos” apresenta um texto com conteúdo mais voltado a ética. Uma análise comparativa de códigos de ética de bibliotecários e outros profissionais da informação, realizada por Pérez Pulido (2002), classifica os códigos em quatro tipos: aspiracionais (enumeram princípios básicos); educacionais (oferecem um conhecimento dos valores da profissão por meio de comentários e interpretações); disciplinarias (relacionam deveres baseados em normas sob supervisão de comités com a função de aplicar normas e sanções); e por fim, os códigos mistos (englobam mais de uma das tipologias citadas).
 
10. Ética vs Pedagogia 
Tradicionalmente, ética é subsumida como estudo ou reflexão, científica ou filosófica e, eventualmente, até teológica, em âmbito de costumes ou acções humanas. É assunto eminentemente cultural. 
Também chamamos de ética algo da própria vida, quando conforme comportamento identificado ou idealizado como coreto. Insisto, é tema cultural, inegavelmente vinculado às variáveis humanas. 
Etimologicamente, moral, do latim mos, moris, carrega um significado de costume, de algo sedimentado pelo tempo, pela prática reiterada e rotineira, com plena aceitação no espaço social. Assim, utiliza-se a expressão “bons costumes” como sinónimo de moral ou de moralidade (Catão, 1995). Pode se inferir que quando se aceitam costumes e valores morais estabelecidos pela sociedade, não se faz necessário discutir sobre eles. Aceitação generalizada afasta qualquer dialéctica. É a retórica do silêncio. Entretanto, quando a validade de determinados valores ou costumes é objecto de questionamentos, surge a necessidade de se fundamentar teoricamente esses valores vividos de forma prática, concreta. E para não se concordar com eles é factível criticá-los. 
III – CONCLUSÃO 
Seguindo a actual tendência das ciências de se embaçarem não só na lógica, mas 
também na metafísica, o livro estuda a consciência ética e o dever ético sempre com 
base em filósofos clássicos e modernos significativos no que diz respeito à ética 
profissional na sociedade contemporânea. 
Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam "respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vai formando seu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apoia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se formam numa mesma realidade. A ética norteia os princípios e valores de uma sociedade, para que ela possa prosperar com justiça, harmonia, integridade e cooperação. 
A ética aristotélica propõe observar as necessidades do homem como individuo e membro da colectividade, o que é possível estabelecer como norma em dado contexto, teorizar e reflectir para padronizar como correcto.
A ética das virtudes é apelativa porque fornece uma descrição atraente da motivação moral. Tanto para Aristóteles quanto para MacIntyre, as virtudes são constitutivas de sua opção intelectual na exposição do que seria uma teoria ética razoável
IV – BIBLIOGRAFIA 
SÁ, Antonio Lopes de. Ética Profissional. São Paulo: Edi tora Atlas, 2005. 
Valls AL. O que é ética. 8a ed. São Paulo: Brasiliense; 994. p.7-2.
ROOJEN, Mark van. Metaethics: A Contemporary Introduction. New York: Routledge, 2015. (Routledge Contemporary Introductions to Philosophy)
MOORE, G. E. Principia Ethica, rev. ed. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.
SHAFER-LANDAU, Russ. Moral Realism: A Defence. Oxford: Clarendon Press, 2003.
ARISTÓTELES. A Política. Trad. Jacques Tricot. Paris: PUF, 1962. _____________. Ética à Nicômaco. Trad. Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. 1ª ed. São Paulo: Abril Cultural,1973 (Col. Os Pensadores). 
BARRENECHÉA, Miguel Angel de. Nietzsche e a liberdade. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008.
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www.todamateria.com.br/etica
www.portalsaofrancisco.com.br/filosofia/etica-social

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