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BMC - Membrana - estrutura, função e transporte

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
Funções da MP 
 
Na membrana uma das funções é separar o meio 
interno do meio externo. Tem função de desidratação 
celular, e outras funções que se estuda em fisiologia, 
por exemplo, o processo de homeostase que é o 
equilíbrio do organismo. Esse equilíbrio se dá através 
de diversos mecanismos. A gente tem como 
mecanismo homeostático a manutenção, o controle do 
que está dentro e o que está fora célula. Esse 
controle acontece através do transporte dessas 
moléculas de dentro para fora e de fora para dentro 
dessas células. E agora, a gente vai estudar alguns 
desses mecanismos de transporte. 
Composição química da MP 
 
A célula é composta por compostos inorgânicos: Água 
e sais. Muitos desses sais são moléculas iônicas como 
o Cálcio, sódio, potássio, hidrogênio, bicarbonato. E 
os compostos orgânicos: Lipídio, carboidrato, 
proteína, e ácidos nucléicos. Desses quatro 
compostos inorgânicos, o único que não tem na 
membrana são os ácidos nucléicos. Na membrana a 
gente tem lipídeo, proteína, carboidrato. Não existe 
um só tipo de lipídio na membrana, nem proteína e 
carboidrato. Então assim, são alguns tipos de lipídios, 
proteínas e carboidratos 
pertencentes à membrana 
plasmática. Uns exemplos de 
lipídios são os fosfolipídios, 
glicolipídios, colesterol. E 
mesmo dentro dos 
fosfolipídios, têm vários tipos de fosfolipídios e 
proteínas também. 
Bicamada lipídica da MP 
Falando sobre da parte lipídica da membrana 
plasmática, o protagonista dessa história é o 
fosfolipídio. Afinal, a membrana plasmática é uma 
Bicamada Fosfolipídica. Ela não é formada 
exclusivamente por fosfolipídio, tem também 
glicolipídios, colesterol. 
Falando em fosfolipídio, o fato dessa molécula ser 
anfipática nos permite vedar o meio interno do meio 
externo. Tem uma porção polar e a outra apolar. A 
porção polar é aquela molécula que tem afinidade com 
água (hidrofílica). A porção apolar é hidrofóbica, não 
tem afinidade com água. 
Os fosfolipídios são assim formados: Com a cabeça 
polar e caudas apolares, ou hidrofóbicas. Uma vez que 
eu tenho caudas que não tem afinidade com água, 
obviamente, elas vão tender a ficar com uma sobre a 
outra. As cabeças vão ficar voltadas para o meio 
extracelular e intracelular, que são meios que tem 
água. Essas moléculas de fosfolipídios vão ter uma 
cabeça e duas caudas. Fosfolipídio nem sempre tem 
duas caudas, mas os fosfolipídios de membrana 
geralmente têm. São vários tipos de fosfolipídios: 
fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, 
fosfatidilserina, esfingomielina. 
 
Membrana: estrutura, função e transporte 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
Esses lipídios de membrana seguem o Modelo do 
Mosaico Fluido. O que quer dizer mosaico? Mistura. E 
fluido por que? Porque os fosfolipídios de membrana 
se movimentam. Existem alguns tipos de movimento. 
Sabendo que a membrana plasmática é uma bicamada 
e, pensando numa mesma monocamada, o fosfolipídio 
pode caminhar sobre sua monocamada lateralmente 
fazendo um tipo de movimentação chamado 
movimentação lateral. Pode girar em torno do seu 
próprio eixo, que é o movimento de rotação. O 
fosfolipídio também pode sair de uma camada e ir pra 
outra. Geralmente, ele não o faz. Por que? Porque 
existe uma propriedade da bicamada que é a 
assimetria, ou seja, as coisas que tem numa bicamada 
são coisas que não tem na outra. A monocamada 
externa vai estar voltada para o meio extracelular e 
a camada interna para o meio intracelular. As coisas 
que acontecem fora da célula são diferentes das 
coisas que acontecem dentro das células. Portanto, as 
que estão voltadas para o meio extracelular vão 
executar um tipo de função e as que estão voltadas 
para o meio intracelular vão executar outro tipo de 
função. Por exemplo, a PKC é responsável por 
executar diversas funções no nosso organismo. Ela é 
causada por uma cascata de sinalização intracelular, 
mas começa através da quebra de um fosfolipídio de 
membrana que se chama ´´Fosfatidioglicositol´´. 
Então, ele vai ter que estar voltado para o meio 
intracelular, porque essa cascata de sinalização é 
intracelular. 
Existe um outro fosfolipídio que normalmente ele 
está voltado para o meio intracelular, é a 
Fosfatidilserina. A célula pode sinalizar para que ela 
venha para o meio externo. Para ir pro meio externo, 
ela sinaliza para o macrófago que aquela célula quer 
ser fagocitada. A fosfatidilserina normalmente está 
voltada para o lado de dentro, mas quando essa célula 
precisa morrer, ela vai ser sinalizada para isso. E ai, 
quando ela for sinalizada, ela vai jogar a 
fosfatidilserina pro lado de fora através do 
movimento Flip Flop. Então, os fosfolipídios só saem 
de uma camada para outra através desse movimento 
Flip Flop que é auxiliado pela enzima chamada Flipase. 
Ele só faz esse movimento quando essa enzima é 
sinalizada. O movimento Flip Flop não é um movimento 
espontâneo que acontece o tempo todo, e essa 
sinalização só acontece quando houver necessidade. 
 
A parte da cauda dos fosfolipídios é uma cauda de 
hidrocarbonetos, ou seja, há ligação entre carbonos 
nessas caudas. Quando há uma dupla 
ligação/insaturada o que as vezes acontece é que uma 
das pernas da cauda se dobra. Na imagem acima 
(imagem abaixo desse parágrafo), a cauda que só tem 
ligação saturada está com as pernas esticadas. Na de 
baixo, a ligação de uma das pernas tem ligação 
insaturada que culminou no dobramento de uma 
dessas pernas. Isso acontece sempre? Não! Mas 
acontece muito. O fato é: quanto menos ligações 
insaturadas tiver, mais próximos vão ficar os 
fosfolipídios. Então, a membrana vai ficar menos 
permeável e menos fluida. Eles vão estar tão 
próximos uns dos outros que não vão conseguir se 
movimentar tanto. Em contrapartida, quando se tem 
a instauração, eles aumentam o espaço e a fluidez 
entre eles e fica mais permeável. Entretanto, a 
permeabilidade da membrana não pode acontecer de 
forma demasiada. 
 
Existe um outro lipídio que vai entrar na história para 
modular essa permeabilidade que é o Colesterol. Ele 
se liga aos fosfolipídios de membrana para tornar 
essa membrana um pouco menos permeável. Ou seja, 
a membrana semipermeável. (Muitos livros vão falar 
que o colesterol modula a fluidez da membrana, 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
alguns não consideram isso. Então isso não será 
perguntado em prova). 
 
Sobre a assimetria da membrana já foi falado 
anteriormente, é extremamente importante saber 
disso por causa das funções executadas. 
 
Proteínas da MP 
As proteínas da membrana vão executar diversos 
tipos de funções. Nós sabemos que a membrana 
plasmática é cheia de proteína, embora tenha mais 
lipídio (fosfolipídio) do que proteína em termo de 
quantidade, mas em massa é mais proteína mesmo. 
 
 Quais são as funções das proteínas de membrana? 
Várias! Acabamos de ver que a membrana é 
semipermeável, isso quer dizer que algumas coisas 
vão passar pela membrana e outros não. A glicose não 
passa, mas vai precisar passar auxiliada por uma 
proteína transportadora. Exemplo: íons, pois 
proteínas carregadas não passam livremente pela 
membrana, então elas vão passar auxiliadas por essas 
proteínas transportadoras. Além disso, tem proteínas 
que funcionam como âncora, por exemplo, o 
citoesqueleto. Tem proteínas receptoras, que servem 
como sinalização celular. 
Hoje vamos falar sobre o Receptor de Angiotensina e 
tem também as enzimas de membrana que são várias. 
A gente vai falar, por exemplo, de algumas delas 
super importantes que é a Adenilciclase. O que é que 
essa enzima faz? Ela pega molécula de ATP e 
transforma em AMP-cíclico. 
 
A maneira em que a proteína está associada à 
membrana vai variar. Ela pode ser transmembrana, ou 
seja, passar pela membrana completamente e ter a 
porção voltada para o meio extracelular;ela pode 
estar associada somente a uma monocamada; ela pode 
estar ligada ao lipídio do lado externo; pode também 
estar ligada à proteína na membrana. 
 
Essa formação da proteína é super importante, a 
formação do poro hidrofílico. A água é uma molécula 
polar. Moléculas polares, simples e não carregadas 
fazem difusão simples, passam pela membrana sem 
auxílio de proteína. Elas passam muito lentamente. 
Por exemplo, num processo de 
osmose em que a água precise 
passar absurdamente rápido 
do lúmen para o sangue para 
aumentar a Pressão Arterial 
e, aumentar também a volemia 
do sangue, vai precisar de poros aquosos que são as 
aquoporinas. 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
Propriedades das proteínas da MP 
As proteínas de membrana também são fluidas, ou 
seja, podem se movimentar na membrana. Nesse 
experimento, (imagem abaixo) mostra uma célula de 
camundongo onde as proteínas foram marcadas em 
corante vermelho, e uma célula humana onde as 
proteínas foram marcadas com corante verde. Essas 
membranas foram fusionadas e depois de um tempo 
percebeu-se que houve uma mistura mostrando e 
comprovando que as proteínas se movimentam 
através da membrana. 
 
Entretanto, muitas proteínas precisam sofrer o 
domínio de membrana, ou seja, precisam ficar 
confinadas em determinados locais. No nosso tecido 
epitelial temos as células grudadas umas nas outras 
fazendo as junções celulares. Para essas células se 
manterem unidas umas às outras precisam ancorar o 
citoesqueleto de uma célula na outra. E quem faz esse 
ancoramento são as proteínas que fazem junções de 
ancoramentos, as Caderinas. 
 
Vai adiantar essas caderinas estarem voltadas para a 
porção apical de célula? Não! Elas vão ter que estar 
na porção basolateral porque vai ter que juntar uma 
célula com a outra. Do mesmo modo, essas células do 
epitélio precisam estar ancoradas na lâmina basal. 
Quem vai fazer essa ligação? As Integrinas, que vão 
ligar o citoesqueleto da célula com a lâmina basal. Vai 
adiantar ter integrina na porção apical? Não! Vai 
precisar dela lá na porção basal, portanto, essas 
proteínas sofrem domínios de membrana. Elas vão 
ficar confinadas no local onde ela vai executar sua 
função. 
 
Outro exemplo de confinamento de membrana: A 
proteína responsável por nossa respiração celular, na 
mitocôndria, quando coloca a glicose para dentro da 
célula essa glicose vai sofrer glicólise (quebra), vão 
ser gerados ácidos pirúvicos. Esse ácido pirúvico vai 
ser convertido em Acetil Co-enzimaA que vai entrar 
na matriz mitocondrial e sofrer o ciclo de krebs para 
fornecer NADH E FADH2. Esses NADH e FADH2 vão 
vir para a crista mitocrondria para passar pela cadeia 
transportadora de elétron para pegar esses 
hidrogênios para entrar na bomba, que é uma ATP 
SINTASE, para produzir ATP. 
 
Vai adiantar essas proteínas/enzimas estarem 
localizadas na parte extrema da membrana? Não! Ela 
tem que estar na crista mitocondrial. Todas essas 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
proteínas (NADH redutase, NADH oxidase) tem que 
estar voltadas/confinadas nas cristas mitocondriais 
que é ali que elas vão executar suas funções. 
Carboidratos da MP 
Falando sobre os açucares/carboidratos de 
membrana, também não tem só um tipo de 
carboidrato. Tem glicoproteínas, proteoglicanas, 
glicolipídeos que vai formar o glicocálice. Pra que a 
célula tem glicocálice? A célula tem essa porção de 
açúcar do lado de fora pra reconhecimento, 
lubrificação... 
No neutrófilo, quando ele vai migrar pro local da 
infecção na célula endotelia,l existem proteínas 
receptoras que vão reconhecer um oligossacarídeo na 
membrana desse neutrófilo. Essa ligação entre esse 
oligossacarídeo e o receptor da célula endotelial é 
uma ligação fraca. Ele vai ligar e soltar várias vezes, 
acontecendo o rolamento da proteína. Isso também 
vai acionando outras proteínas de membrana que são 
as Integrinas que vão fazer uma ligação do tipo forte, 
essas proteinas vão se ligar fortemente nessas 
células, e depois migrar pro local da infecção. 
Portanto, esse é um exemplo da função do glicocálice 
que é o reconhecimento e adesão celular. 
 
Outra importância do glicocálice está relacionada às 
nossas hemácias. Por que tem sangue tipo A, sague 
tipo B? Quem determina nosso tipo sanguíneo é o 
glicocálice, é o tipo de açúcar que existe nas nossas 
hemácias. Quem tem sangue tipo O, por exemplo, só 
tem esses quatro tipos de açúcar (imagem abaixo). 
Quem tem sangue tipo A tem os mesmos açúcares que 
tem no tipo O, mas tem um outro açúcar a mais que o 
diferencia. Por isso, a pessoa com o sangue tipo O não 
pode receber sangue do tipo A, porque quem tem o 
tipo O vai enxergar aquele açúcar a mais do tipo A 
como algo estranho, e aí, o sistema imune vai atacar, 
da mesma forma acontece com o tipo B, embora esse 
açúcar a mais que tem no tipo A e no tipo B sejam 
diferentes entre eles. Mas tipo O pode doar para os 
dois e não pode receber de ninguém. E o tipo AB tem 
todos os açúcares da galáxia, então, pode receber de 
todo mundo, mas não pode doar pra ninguém, só pra 
ele mesmo. 
 
Transporte de membrana 
A membrana é semipermeável, isso significa que 
algumas coisas vão conseguir passar, outras não. Por 
exemplo: Gases passam. O óxido nítrico entra dentro 
da célula sem auxílio de proteína, pois faz difusão 
simples. Outras moléculas pequenas também 
conseguem passar, ou que sejam apolares, mas mesmo 
as polares que sejam pequenas que não sejam 
carregadas passam como o glicerol, água, cortisol, 
aldosterona. Agora, as moléculas polares grandes, não 
carregadas e mais carregadas não vão passar 
livremente, exemplo: Glicose. Glicose passa 
livremente? Não! Existem alguns tipos de 
transportadores de glicose que são as SGLTs que é o 
co-transporte de sódio e glicose e os GLUTs que são 
proteínas que fazem o transporte de glicose. E para 
essas moléculas que não conseguem passar 
livremente, vão passar auxiliadas por proteínas 
transportadoras que podem ser proteína canal ou 
proteína carreadora. O próprio nome da proteína 
canal já diz, ela forma um canal, mesmo. A proteína 
carreadora é uma proteína que se abre no meio, o 
soluto entra, ela fecha e se abre para o outro lado. 
Em relação aos tipos de transporte através da 
membrana pode ocorrer passivamente e ativamente. 
No transporte passivo, o soluto vai a favor do 
gradiente de concentração, então se eu tenho mais 
soluto do lado de fora do que do lado de dentro esse 
soluto tende a entrar e a célula tenta o tempo todo 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
igualar os meios. Acontece que esse transporte 
passivo pode acorrer através do soluto sem auxílio de 
proteína alguma, fazendo difusão simples. Em 
contrapartida, várias moléculas que não conseguem 
passar livremente pela membrana vão ter que passar 
facilitada por uma proteína transportadora que pode 
ser tanto proteína canal como carreadora, portanto, 
o esse tipo de transporte passivo se chama difusão 
facilitada. 
 
Um processo de transporte passivo extremamente 
importante é a osmose. A osmose é uma rápida 
passagem de água do meio onde tem menos soluto 
para o meio onde tem mais soluto. Se eu estou cheia 
de soluto do lado de fora a água tende a sair para 
tentar igualar o meio. Então, a água sempre vai do 
lugar onde tem menos soluto para o lado que tem mais 
soluto. 
 
O transporte ativo ele é assim chamado por quê? 
Porque você precisa de uma atividade de gasto de 
energia: Primeiro, sempre vai ter uma proteína 
transortadora porque o transporte vai contra o 
gradiente de concentração, e essa proteína vai gastar 
energia para ir contra o gradiente de concentração. 
Essas proteínas transportadoras podem ser Uniport, 
Simport ou Antiport. O tipo Uniport só transporta um 
soluto por vez; a proteína do tipo Simport transporta 
dois solutos por vez, entretanona mesma direção, a 
SLGT2 é um exemplo de proteína simport que carrega 
o sódio e a glicose ao mesmo tempo e na mesma 
direção; e tem a proteína transportadora do tipo 
Antiport, onde ela transporta solutos diferentes em 
direções opotas, um exemplo é a bomba de sódio-
potássio, ela coloca sódio para fora e potássio para 
dentro. 
 
No transporte ativo tem tansrportadores acoplados, 
bombas dirigidas por ATP como a bomba de sódio-
potássio, e as bombas dirigidas por luz. 
 
E, por falar em bombas acionadas por ATP, tem três 
tipos de bombas acionadas por ATP: Bomba do tipo P, 
Bomba de Prótons do tipo F e Transportador ABC. 
Bombas tipo P 
O que é bomba do tipo P? Bomba de sódio-potássio, 
bomba de cálcio, bomba de hidrogênio. Sabe onde tem 
bomba de hidrogênio? Membrana lisossomal. Ela faz 
a disgestão celular por causa das enzimas que estão 
ali dentro (hidrolases ácidas). É a bomba de 
hidrogênio que vai manter o lisossomo com PH ácido 
bombeando ativamente H+ para dentro dessa 
organela. A Bomba de Na+/K+ todos já conhecem. A 
Bomba de Ca+ bombeia ativamente Ca+ para fora do 
citosol e para dentro do Retículo Endoplasmático 
Liso. Inclusive, uma das funções do REL é armazenar 
cálcio, faz isso através da bomba de Ca+ que existem 
na membrana do REL. Também tem bomba de Ca+ na 
membrana plasmática. Não pode ter cálcio no citosol, 
ele é bombeado lá para o retículo sarcoplasmático 
para contração muscular. 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
 
A bomba do tipo P é uma ATPase (gasta ATP).A bomba 
do tipo F é uma ATPSintase (produz ATP). Os 
transportadores ABC são transportadores que usam 
ATP para movimentar moléculas. 
Exemplificando algumas bombas do tipo P, que são 
justamente essas três: A bomba de Na+/K+, a de Ca+ 
e a de H+. A bomba de Na+/K+ tem como principal 
importância potencial de membrana. Mas quando eu 
jogo mais Na+ pro lado de fora, quem fica mais do 
lado de fora também? a Água! Então, a bomba de 
Na+/K+ ajuda a manter a osmorregulação. 
Por que saem 3 Na+ e entram 2 K+? Por causa do sítio 
de ligação. Ela só tem 3 lugares para o sódio e só 2 
para o potássio, gasta o ATP que quando utilizado vira 
ADP e assim vai. Mas, a célula sempre tenta fazer 
resposta passiva. Então, se o sódio está saindo o 
tempo todo, ele vai tender a entrar, pois tem vários 
canais de sódio, e esse sódio vai ficar entrando 
passivamente. E esse gradiente de sódio ajuda várias 
moléculas se transportarem também, por exemplo, a 
glicose. Co-transporte do sódio com a glicose só 
acontece por causa disso. 
 
O gradiente do potássio também é muito importante, 
porque se eu tenho mais potássio do lado de dentro 
do que do lado de fora, ele vai tender a sair. Quando 
tem uma desplarização da membrana, só vai ter a 
repolarização porque o potássio vai seguir a questão 
do gradiente de concentração. 
A proteína que faz o Co-transporte do sódio e da 
glicose é a a SGLT no lúmen intestinal, acontece 
também no túbulo proximal renal. A absorção da 
glicose no intestino vai ser dada por transporte ativo 
da glicose, porque a glicose vai entrar contra seu 
gradiente de concentração. Mas, se diz que é um 
Transporte Ativo Secundário porque essa proteína 
transportadora que está transportando ativamente a 
glicose contra seu gradiente de cocentração não 
gasta energia, é um gasto de energia indireto. Porque 
a glicose só entra se a sódio entrar e, o sódio só está 
entrando passivamente porque a bomba está tirando 
o sódio ativamente e gastando energia. Isso porque 
ele tende a entrar e, por causa disso, a glicose entra 
junto. Nesse transporte, a glicose não consegue se 
ligar sozinha, porque ele fica bloqueado. Só quando o 
sódio se liga que a glicose vai conseguir se ligar. Uma 
vez que isso acontece, a proteína vai e se abre para 
outro meio e todos os dois passam. Lembrar que essa 
proteína não está gastando energia, apesar do sódio 
estar entrando ativamente, por estar contra seu 
gradiente de concentração. Mas, apesar dessa 
proteína não estar gastando energia, o sódio só estar 
entrando porque ela está saindo ativamente pela 
bomba de Na+/K+. Indiretamente vai haver o gasto 
de energia, por isso se chama Transporte Ativo 
Indireto ou Secundário. 
 
A importância mais especial dessas Bombas de Ca+ 
está relacionada com a sua atuação no Retículo 
Endoplasmático. Isso porque nunca tem cácio 
estocado para quando tiver a necessidade desse 
calcio no citosol, abrir canais de cálcio para que esse 
cálcio saia. Muitas vezes, esses canais vão estar 
bloqueados. Mas, em outras situações esse cálcio vai 
ter que sair, poiso calcio não sinaliza só para cotração 
muscular, ele sinaliza para uma porção de coisas. 
Inclusive, o cálcio sinaliza para vasodilatação 
também, mas não na célula múscular, mas sim na célula 
endotelial. Da célula endotelial, para o óxido nítrico 
ser produzido, ele vai precisar do cálcio no citosol 
para produzir endotelina, e essa endotelina vai fazer 
com que haja o óxido nítrico na célula endotelial. Já 
na célula muscular, o óxido nítrico vai atuar 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
bloqueando os canais de Ca+. Portanto, se a célula 
para contrair é necessário que esses canais de cálcio 
estejam livres para que o cálcio saia. Então, se estiver 
contração, haverá necessidade da abertura dos 
canais de Ca+ para que tenha a contração muscular. 
Bloqueadores de canal de CA+ 
Num processo de Hipertensão Arterial Sistêmica, é 
interessante bloquear os canais de Ca+ para que ele 
não entre no citosol para não haver vasoconstrição. 
Por isso, um dos medicamentos utilizados para 
tratamento da HAS são os bloqueadores de canal de 
Ca+. 
 
Contração muscular 
No processo de contração muscular é preciso que a 
actina deslize sobre a miosina. Só que, para isso 
acontecer, a miosina tem que ter acesso a actina, e 
no relaxamento não tem esse acesso porque a 
tropomiosina impede, só que quando o cálcio vem, ele 
se liga à troponina. A troponina muda de conformação, 
expoe o sítio de ligação à miosina para ter o 
deslizamento. 
 
Sistema renina angiotensina aldosterona 
Quando tem a queda da PA no rim a Renina vai 
aparecer no nosso organismo, convertendo 
angiotensinogênio em Angiotensina 1, e o ECA 
transforma Angiotensina 1 em Angiontensina 2. O que 
a Angiotensina 2 faz? Atua sobre a hipófise, fazendo 
com que a hipófise produza ADH; estimula o córtex 
cerebral a sentir sede; estimula a adrenal a produzir 
Aldosterona; promove constrição através da ligação 
dos receptores de membrana. 
A angiotensina atua na adrenal fazendo com que 
secrete aldosterona. A aldosterna vai entrar na 
célula por difusão simples e vai promover síntese de 
proteína que vão super estimular bomba de Na+/K+ e 
canal de Na+. Essas proteinas sofrem domínio juntas, 
e elas tem que estar localizadas nesse local (imagem 
abaixo) – explicação da imagem inaudível 
A angiotensina 2 vai na hipófise e avisa para secretar 
vasopressina, a vasopessina não passa passivamente 
pela membrana. Então, ela vai se ligar ao receptor de 
membrana que vai se ligar a célula para que vesículas 
que estavam paradas na célula se fusionem na 
membrana. E agora que tem aquoporina na membrana, 
quando o sódio for para o sangue atraves da 
sinalização da membrana, a água também vai junto 
através da sinalização da vasopressina. Se está 
tirando água para jogar dentro do sangue, então vai 
precisar de mais água e ai a angiotensina 2 vai lá na 
hipófise avisar para beber água. Por isso, quando a 
pessoa está com a pressão baixa as pessoas dão sal. 
Mas vocês que são estudantes de medicina vão dar 
água, essa pessoa precisa de água. O sódio funciona, 
mas é mais seguro dar água. 
 
 
 
9 
Beatriz Machado de Almeida 
BMC – Aula 2 
Além disso, a angiotensina 2 promove vasoconstrição. 
Isso acontece porque os receptores de angiotensina 
na célula sinalizam paraque se abra os canais de Ca+, 
e se tem cálcio, terá vasoconstrição. Quando a pessoa 
tem pressão alta é interessante ‘’calar a boca’’ dessa 
membrana, dessa angiotensina. E é isso que os IECAs 
(inibidor da enzima conversora de angiotensina) 
fazem, eles vão inibir a formação da angiotensina 2. 
E vocês entende o porquê dessa inibição? Porque ela 
atua em todo o processo para aumentar da PA. 
Existe outra 
classe de 
medicamento que 
são os BRAs 
(bloqueadores de 
receptores de 
angiotensina). 
Que são os receptores de angiotensina. Portanto, por 
que tem que saber biologia celular? Por que quando 
BRA e um bloqueador de canal de cálcio ao mesmo 
tempo? Pra que? Se no final das contas eles fazem a 
mesma coisa que é inibir os canais de cálcio. 
Bombas tipo F 
As bombas do tipo F, já falado anteriromente, são 
ATPsintase que produzem ATP na crista mitocondrial. 
 
 
 
Transportadores ABC 
Os transportadores ABC são super importantes, pois 
eles fazem transporte da maioria das moléculas 
(hemácia, pepitídio, açúca) e o transportador que faz 
transporte do Cl- é um transportador desse tipo. 
 
O pâncreas é um órgão misto, tem sua porção 
endócrina que secreta insulina e glucagon e a porção 
exócrina secreta suco pancreático. 
Quando a pessoa se alimenta e o quimo chega lá no 
estômago, vai haver o processo de quimificação. Na 
hora que come ocorre o processo digestão do 
carboidrato com a amilase salivar, quando chega no 
estômago passa pelo suco gástrico restrita, entre 
ácido, e a amilase não funciona em meio ácido. Quando 
chega no intestino, no processo de quilficação o suco 
pancreático vai secretar amilase pancreática e 
bicarbonato para tornar o meio básico. 
Lá no pâncreas, na membrana da célula, tem um 
transportador de Cl- chamado CFTR, ele vai 
transportar o cloro ativamente para o lado de fora da 
célula por conta que tem muito cloro de um lado que 
do outro. Se o cloro está saindo ativamente, ele vai 
tender a entrar passivamente. E o cloro entrando 
passivamente, o bicarbonato vai sair ativamente, Co-
transporte Antiport.Nas pessoas com fibrose cística 
esse processo não funciona, por isso ocorre a má 
digestão. 
As proteínas transportadoras regulam o PH 
citosólico. Existem vários permutadores. Tem de 
cloro e bicarbonato... existe também os 
permutadores de sódio e hidrogênio. Enfim, são 
vários. Só foi mostrado algumas dessas bombas, que 
tem transporte direto culminando no transporte 
passivo indireto. 
As proteínas transportadoras na membrana 
plasmática regulam o PH citosólico.

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