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Ensino Clínico do Adulto e Idoso Teórico - Profª. Ma. Janaína Câmara Aula 1 – Apresentação da Ementa da Disciplina Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitudeProfa. Ma. Janaína de Jesus Castro Câmara Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude AGORA VAMOS REFLETIR SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude POR QUE A BORBOLETA É UM DOS SÍMBOLOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS? “A borboleta não vive muito. Mas nesse pouco tempo, ela transforma muitas vidas. No pouco tempo de vida, ela poliniza as plantas, embeleza a natureza e deixa as pessoas mais felizes. Ela é um exemplo de que a vida não se mede só em tempo. A vida também se mede em intensidade”. (Fundação do Câncer) Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS Segundo a Organização Mundial da Saúde, cuidados paliativos são as ações ativas e integrais prestadas a pacientes com doença progressiva e irreversível, e a seus familiares. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS Nesses cuidados é fundamental o controle da dor e demais sintomas mediante a prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS • O objetivo é garantir que essa prática seja ofertada aos pacientes desde o diagnóstico da doença até a fase terminal, permitindo mais qualidade de vida aos pacientes, cuja doença não tem cura ( MS, 2018). • Em 1997 surge a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos. • Portaria GM/MS n°19, 03 de janeiro de 2002, estabeleceu o Programa Nacional de Assistência à Dor e Cuidados Paliativos. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude AÇÕES PALIATIVAS Definidas como medidas terapêuticas, sem intenção curativa, que visam diminuir as repercussões negativas da doença sobre o bem- estar do paciente. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS AO FIM DA VIDA Aqueles prestados aos familiares e aos pacientes em fase aguda e de intenso sofrimento, na evolução final de uma doença terminal, num período que pode preceder horas ou dias o óbito. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude TRATAMENTO FÚTIL É toda intervenção que não atenda ou que seja incoerente com os objetivos propostos no tratamento de um determinado doente. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS NA UTI • Cuidados prestados ao paciente crítico em estado terminal, quando a cura é inatingível e, portanto deixa de ser o foco da assistência. • Nesta situação, o objetivo primário é o bem estar do paciente, permitindo-lhe uma morte digna e tranquila. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS NA UTI • A priorização dos cuidados paliativos e a identificação de medidas fúteis devem ser estabelecidas de forma consensual pela equipe multiprofissional em consonância com o paciente (se capaz), seus familiares ou seu representante legal. • Após definidas, as ações paliativas, devem ser registradas de forma clara no prontuário do paciente. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS NA UTI Durante o tratamento de um paciente terminal muitas das medidas curativas/restaurativas, podem configurar tratamento fútil, tais como: nutrição parenteral ou enteral, administração de drogas vasoativas, terapia renal substitutiva, instituição ou manutenção de ventilação mecânica invasiva e, inclusive, a internação ou permanência do paciente na UTI. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS NA UTI Caso venha a existir conflito durante a tomada de decisão de um tratamento paliativo, sugere- se que as chefias da UTI levem o fato ao conhecimento da direção da instituição para que esta, através de seus instrumentos (Comissão de Ética, Bioética, etc) viabilize a intermediação necessária. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude CUIDADOS PALIATIVOS NA UTI Deve-se priorizar uma adequada comunicação entre os atores envolvidos no processo, pois, a má comunicação é uma das principais barreiras que gera conflitos no tratamento de um paciente terminal na UTI. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude A PRÁTICA PALIATIVA • Na prática paliativa é importante a interatividade de todos os envolvidos no processo, isto é, do paciente, de seus familiares e da equipe da saúde. • Esses cuidados incluem, necessariamente, uma perspectiva multidisciplinar e dimensão institucional, voltada também para as equipes de saúde. • Uma abordagem ampla permite a inclusão dessa prática no sistema de saúde e na sociedade. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude A PRÁTICA PALIATIVA Os cuidados paliativos podem e devem ser oferecidos concomitantemente a cuidados curativos/ restaurativos, pois não são excludentes para a prevenção e tratamento do sofrimento de pacientes e seus familiares. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude A PRÁTICA PALIATIVA Os princípios fundamentais dos cuidados paliativos na UTI Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude A PRÁTICA PALIATIVA Para a prestação de cuidados paliativos a pacientes gravemente enfermos e seus familiares devem ser seguidas áreas de atuação: próprias do paciente, dos seus familiares e da equipe multiprofissional. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude A PRÁTICA PALIATIVA • No que concerne a área de atuação própria do paciente deve- se respeitar a autonomia do indivíduo e o princípio da não- maleficência, privilegiando-se as decisões por consenso dentro da máxima certeza da irreversibilidade. • Dessa forma, a decisão da equipe deve ser antecedida pelo consentimento do paciente ou de seus representantes legais, com registro em prontuário. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude A PRÁTICA PALIATIVA • Visando a não-maleficência o médico estará autorizado a suspender intervenções fúteis, que somente prolongam o morrer, sem trazer benefícios ao paciente. • Esse profissional não pode se eximir da responsabilidade dessa decisão final. • Todos os atores do processo devem evitar qualquer conflito de interesse diante desta tomada de decisão. Pr of a. M a. Ja na ín a deJ. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude AS AÇÕES PALIATIVAS EM UTI Existe um enorme desgaste emocional dos membros da equipe que conduzem o tratamento do paciente em condição terminal nas UTIs. Portanto, essa equipe deve ser reconhecida como provedora, mas também como objeto dos cuidados. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude FATORES QUE INTERFEREM NAS AÇÕES PALIATIVAS • Os pacientes fora de possibilidades terapêuticas enfrentam dificuldades relacionadas ao despreparo profissional; • Falhas nas diretrizes politicas de saúde; • Falta de informação ao paciente ou informações pouco claras; • O avanço tecnológico como fator desencadeante de interesse de apenas cuidar e não tratar (cuidado mecânico, rotineiro). Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude • Médicos • Enfermeiros • Nutricionistas • Psicólogos • Assistente social • Fisioterapeuta • Terapeuta ocupacional EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ENVOLVIDA NOS CUIDADOS PALIATIVOS Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS • Linha de frente do cuidado. • Promoção de conforto. • Aconselhamento da família e paciente. • Identificação de problemas de ordem psicossocial ,física e espiritual. • Executar a sistematização da assistência de enfermagem ao paciente no final de vida. • Avaliação e manejo das necessidades do paciente e familiares. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude • Empregar a comunicação de forma eficaz. • Não omitir informações de saúde do paciente. • Utilizar linguagem clara e simples (compreensível). • Respeitar a autonomia do paciente. • Demonstrar empatia. • Adaptar-se às necessidades individuais do paciente. • Tratamento e alivio da dor. A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude • Cuidar destes pacientes fora exige muito mais do que conhecimento técnico e científico. • É importante compreender a individualidade de cada paciente e estabelecer um relacionamento interpessoal, voltado para a valorização da pessoa humana e sua dignidade. • Questões de cuidados paliativos precisam ser discutidas com maior frequência. DESAFIOS FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude • Alguns profissionais e acadêmicos não tem segurança e estabilidade emocional para prestar um cuidado de qualidade, devido à falta de preparo. DESAFIOS FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude • É importante que as instituições ofertem treinamentos para a equipe, que às vezes apenas mascaram essa dificuldade, utilizando de suas próprias experiências para acompanhar o processo de finitude; DESAFIOS FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude • É importante que as instituições ofertem treinamentos para a equipe, que às vezes apenas mascaram essa dificuldade, utilizando de suas próprias experiências para acompanhar o processo de finitude; • A postura coerente dos profissionais de saúde faz um grande efeito durante todo o processo de acompanhamento de um paciente fora de possiblidades terapêuticas. DESAFIOS FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude Preocupar-se com o lado emocional é, acima de tudo, agir em prol da melhoria da qualidade de vida do paciente terminal e de sua família, capacitando-o deste modo, a acompanhar e suportar a dor e a angústia e resgatar a vida num contexto de morte iminente. SANTANA, 2008. Pr of a. M a. Ja na ín a de J. C . C âm ar a Aula 11: CUIDADOS PALIATIVOS: a enfermagem no processo de cuidar em finitude • BROMBERG, M.H.P.F.; KOVÁCS, M.J.; CARVALHO, M.M.M.J & CARVALHO, V. A. Vida e morte: laços da existência. Casa do Psicólogo, 1996. • SILVARES, E.F.M; JÚNIOR, F.B.A & PROSZKULNIK, L. KOVÁCS, M.J (Coordenação). Morte e existência humana: caminhos e possibilidades de intervenção. • BOEMER, M.R. Sobre cuidados paliativos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 43, n. 3, p. 500-501, 2009. • SANTANA, J.C.B et al. Cuidados paliativos aos pacientes terminais: percepção da equipe de enfermagem. Bioethikos, v. 3, n. 1, p. 77-86, 2009. • CARVALHO, D.B.G. A enfermagem e o paciente com câncer terminal: cuidados paliativos em pauta. 2017. • MORITZ ,R.D; LAGO, P.M; SOUZA, R.P; et al . Terminalidade e cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva. Rev. bras. ter. intensiva [Internet]. 2008. Referências
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