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Aulas Unidade 1

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Fundamentos de Enfermagem
Unidade 1 - Conhecimento crítico na prática de enfermagem
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS 
Elaborar e realizar a coleta de dados, abordando todas as necessidades biopsicossociais dos pacientes; 
realizar os diagnósticos de enfermagem com base nas necessidades de cuidados do paciente; 
aplicar os diagnósticos de enfermagem com base nos cuidados necessários; 
estabelecer prioridades e avaliar os cuidados prestados, com base nas prioridades do indivíduo.
IMPORTANTE:
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) proporciona um atendimento de cuidados individualizados, humanizados e contínuos aos pacientes.
Todas as etapas da SAE são atribuições privativas do Enfermeiro (Lei nº 7498 de 25/06/86).
Utiliza métodos e estratégias de trabalho científico para identificar as ações que possam contribuir para a promoção da saúde e para a reabilitação do paciente.
Fases dos Processo de Enfermagem
COFEN-358/2009
Coleta de Dados
Diagnóstico de Enfermagem
Planejamento dos resultados
Implementação dos cuidados
Avaliação de Enfermagem
Neste caso o Enfermeiro passa a executar os cuidados de maior complexidade, assumindo todas as atribuições que lhe são privativas , resgatando desta forma o seu verdadeiro papel assistencial.
As vantagens da implantação da SAE:
 o aprofundamento da relação entre os pacientes e os Enfermeiros, 
o aperfeiçoamento da equipe que se obriga a estar atualizada
a racionalização do Serviço de Enfermagem, com maior controle dos recursos materiais e também humanos.
ESCUTA ATIVA AO PACIENTE
Durante todo o processo de coleta de dados, desde a entrada do paciente ao sistema de saúde, a escuta ativa é a principal característica a ser aplicada durante a entrevista, a partir da prática da alteridade, ou seja, colocar-se no lugar do outro, sem julgamentos, compreendendo a realidade do cliente a partir do seu ponto de vista. 
A compreensão do processo da escuta ativa se dá na percepção da humanização, enquanto peça-chave para ver o paciente em sua integralidade
Ao iniciar a entrevista: DICAS
Apresente-se e identifique-se;
Verifique o	nome	as	pessoa,	se	possível pergunte como gostaria de ser chamado;
Explique o seu propósito; Dê atenção total a pessoa; Não tenha pressa;
Se possível, sente-se (demostra disponibilidade);
ANAMNESE: O QUE PERGUNTAR?
Pergunte sobre o principal motivo da sua ida ao serviço de saúde.
COMO O (A) SENHOR (A) ESTÁ?
Focalize	as	perguntas	de	modo	a	obter	informações detalhadas sobre os sinais e sintomas.
Não	use	perguntas	indutoras:	você	não	bebe	álcool, bebe? Está sentindo dor?
Segundo Martins (2014), o profissional de enfermagem deve estar receptivo e disponível, portanto, precisa expressar o desejo de ouvir, de conversar, não interrompendo o paciente, de modo a ser verdadeiro, compartilhando esperanças e sentimentos.
De acordo com Martins (2014), a escuta ativa estabelece dois atributos, o da compreensão e o da ajuda. Também estabelece uma relação de ajuda entre o e enfermeiro e seu paciente, promove a compreensão, o conforto e a segurança do paciente, assim como a busca de informação e planejamento dos cuidados, uma gestão eficaz da doença por meio da adesão terapêutica e do autocuidado, uma redução de fatores de risco e complicações, além de uma melhoria dos resultados em saúde.
COLETA DE DADOS
Fatores que dificultam a sua aplicação:
Dificuldades emocionais: defesas e valores;
imposição de autoridade de enfermeiro;
ambiente inadequado;
expressão de opinião própria;
falta de habilidade técnica e científica;
falta de habilidade de relacionamento interpessoal.
OBJETIVOS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Organizar a assistência; 
guiar as ações de enfermagem; 
atender as necessidades individuais do paciente.
A estrutura do diagnóstico de enfermagem é composta por: 
• Problema: título ou diagnóstico. 
• Caracterização: evidenciado por sinais e sintomas, parte do diagnóstico que dá a primeira indicação da aplicabilidade ou não de um diagnóstico. 
• Características definidoras: características das pessoas e família, ou seja, características que o cliente apresenta e que dão subsídio ao diagnóstico de enfermagem. 
• Origem: fatores relacionados ou fatores de risco, de alguma forma contribuem para o diagnóstico.
Para Carpenito (2006), após a fase da coleta de dados, é preciso analisar e comparar os dados obtidos, com o objetivo de estabelecer o diagnóstico de enfermagem. 
Para fazer um diagnóstico de enfermagem preciso, é necessário coletar dados válidos e pertinentes; agrupar os dados; 
diferenciar diagnósticos de enfermagem (diagnósticos clínicos sobre as informações do paciente), de problemas colaborativos (complicações fisiológicas que podem vir a ocorrer); 
formular corretamente os diagnósticos de enfermagem e selecionar os diagnósticos prioritários.
Preparando, assim, a próxima etapa, isto é, a implementação da intervenção de enfermagem, que consiste na determinação global da assistência de enfermagem a partir dos diagnósticos estabelecidos.
Os tipos de diagnósticos de enfermagem podem ser: 
• Real: descreve um julgamento clínico que o enfermeiro validou devido à presença de características definidoras maiores. 
• De risco: descreve um julgamento clínico em que o indivíduo está mais vulnerável ao desenvolvimento de um problema. 
• De promoção da saúde: é preciso aumentar o bem-estar e concretizar o potencial de saúde humana. 
• De bem-estar: julgamento clínico sobre o paciente em transição, de um nível específico de saúde para um outro mais elevado. 
• De síndrome: conjunto de diagnósticos reais ou de risco previsíveis devido a um certo evento ou situação
As prioridades são estabelecidas com base nas necessidades do paciente, em relação a seus aspectos biopsicossociais, e são denominados pela Classificação da Nanda como domínios.
Portanto, temos: promoção à saúde, nutrição, eliminação e troca, atividade/repouso, percepção e cognição, auto percepção, papeis e relacionamentos, sexualidade, enfrentamento e tolerância ao estresse, princípios da vida, segurança/ proteção. 
A partir da coleta de dados, é preciso respeitar seguinte roteiro: 
a estrutura do diagnóstico;
o tipo de diagnóstico; 
os sete eixos de diagnóstico; 
as prioridades nas necessidades do paciente.
APLICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO AO PLANO DE CUIDADO DE ENFERMAGEM
Os planos de cuidados têm a função de representar o conjunto prioritário de diagnóstico: proporcionar um roteiro para orientar o registro; comunicar a equipe de enfermagem sobre o que ensinar, o que observar e o que implementar; proporcionar resultados para a revisão e a avaliação do atendimento; orientar as intervenções que a equipe de enfermagem precisa implementar. 
É fundamental planejar os cuidados e procedimentos mais adequados, com a intenção de minimizar ou solucionar os problemas reais ou potenciais do paciente. 
As prioridades devem ser estabelecidas de acordo com a situação e a percepção do paciente e da família, assim como o grau de ameaça a seu bem-estar, garantindo a individualização do processo. 
Na escolha de cada ação de cuidado, devemos sempre considerar o conjunto de consequências positivas ou negativas que terá como resultado.
PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DOS CUIDADOS
Tem por objetivo planejar a implementação das intervenções de enfermagem. Toda ação de planejamento exige uma visão crítica e que priorize as ações da equipe de enfermagem, afinal, para planejar é necessário coletar todas as informações acerca dos objetivos e das metas deverão individualizadas (para cada paciente). 
Para isso, as ações são priorizadas com base nas necessidades do paciente, na prevenção, promoção, recuperação e manutenção de sua saúde. 
O planejamento exige uma visão sobre os recursos humanos envolvidos, as perspectivas do paciente e os fatores de risco. 
O planejamento, então, é o plano de cuidados.
ESTABELECER PRIORIDADES DE CUIDADOS
Para que o enfermeiro estabeleça asprioridades em relação aos cuidados, é essencial planejar as ações de intervenção aplicáveis ao diagnóstico, utilizando seus conhecimentos práticos, científicos, a sua experiência e seu pensamento crítico e clínico. 
Para Barros (2015), o planejamento pode ser compreendido a partir do estabelecimento de diagnósticos, metas ou resultados esperados, além da prescrição das ações de enfermagem, as quais serão executados na fase de implementação.
A priorização dos diagnósticos pode ser realizada segundo sua importância vital: aqueles que não podem esperar e demandam atenção imediata; problemas que devem ser controlados; problemas que podem ser adiados sem comprometer a saúde dos pacientes que estão sob cuidados do enfermeiro.
Sendo assim, o planejamento é a etapa em que o enfermeiro efetivamente prepara um plano de ação para ter eficácia e assertividade em seus próximos passos no processo de cuidar. 
PENSAMENTO CRÍTICO DURANTE A IMPLEMENTAÇÃO
O objetivo da implementação é a ação do enfermeiro, na qual ele executa as atividades prescritas na etapa de planejamento da assistência. 
Essa etapa é dividida em duas partes interdependentes: a prescrição de enfermagem (realizada pelo enfermeiro) e execução da prescrição (realizada pela equipe de enfermagem).
A prescrição de enfermagem é o roteiro que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento do paciente. 
Os itens devem ser enumerados e checados, assim como deve ser feita a utilização de verbos (comandos de ação) no infinitivo (fazer, ajudar, orientar, supervisionar e observar, por exemplo) e indicativos da dependência do paciente
Para Murta e Garcia (2006), no plano assistencial constam: 
• Prescrição de enfermagem: conjunto de medidas que direcionam e coordenam a assistência de enfermagem ao paciente de forma individualizada, tendo como objetivo a prevenção, promoção, proteção, recuperação e manutenção da saúde. 
• Relatório de enfermagem: toda e qualquer anotação feita pela equipe de enfermagem (auxiliar, técnico e enfermeiro) no prontuário do paciente, assim como as intercorrências que não tenham sido previstas pelo enfermeiro na prescrição de enfermagem. Tudo o que é prescrito pelo enfermeiro deve ser checado pelo profissional que executou as ações
Outros detalhes também são importantes, como:
O nome do paciente e todas as outras informações, iniciar sempre a anotação com data, horário e terminar com o nome e COREN. 
Além disso, utilizar termos científicos, abreviaturas conhecidas, horário preciso, sem espaço em branco ou rasuras, e não deixar espaço entre a anotação e a assinatura. 
As anotações devem, então, conter:
condições gerais do paciente no início do plantão; 
dados referentes às necessidades básicas, a saber: nutrição, hidratação, sono e repouso, locomoção, motilidade, eliminação, sinais vitais, comunicação e tratamentos realizados; 
sinais (o que é observado) e sintomas (o que é relatado pelo paciente); acidentes e intercorrências, se houverem; 
condições gerais do paciente ao término do plantão; 
não repetir anotações checadas na prescrição de enfermagem; 
todas as anotações devem ser feitas logo após a verificação da ocorrência do cuidado prestado; 
evitar expressões como “hábitos fisiológicos normais”, “sem anormalidades”, “sem intercorrência”, “sem queixas” e outras que materializam julgamentos de quem anotou.
AVALIAÇÃO DOS CUIDADOS PRESTADOS E DOS OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS
Na etapa de avaliação, chegaremos ao processo final do PE, em que o objetivo é avaliar as consequências dos cuidados prestados a partir da prescrição e das intervenções praticadas. 
Considerando a evolução de enfermagem, sabemos que o enfermeiro realiza a entrevista e o exame físico do paciente, considerando todas as anotações feitas pela equipe, desde a última avaliação até aquele momento. Para Barros et al. (2015), a avaliação é um procedimento deliberado, sistemático e contínuo, podendo ser de:
Estrutura: refere-se aos recursos materiais humanos e financeiros, garantindo um mínimo de qualidade à assistência. 
Processo: inclui o julgamento do cuidado prestado. 
De resultado: diz respeito à satisfação do paciente durante e após o cuidado
Podemos concluir, então, que a avaliação de enfermagem determina se os resultados desejados foram atingidos, se as intervenções foram efetivas e se são necessárias modificações, desse modo, deve-se realizar a mudança ou concluir o plano, conforme indicado. 
Referências
BARROS, A. L. B. L. et al. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de enfermagem: guia para a prática. São Paulo: COREN-SP, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3F4guPC. Acesso em: 21 set. 2021. 
CARPENITO, L. J. Cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos e problemas colaborativos. 2. ed. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 1999. CARPENITO, L. J. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 
CARPENITO, L. J. Manual de diagnósticos de enfermagem. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
COFEN – CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 272, de 27 de agosto de 2002. Brasília, DF: COFEN, [2002]. Disponível em: https://bit. ly/30g5LTA. Acesso em: 21 set. 2021. COFEN – CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 358, de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Brasília, DF: COFEN, [2009]. Disponível em: http://www. cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html. Acesso em: 21 set. 2021. 
MARTINS, P. A. P. C. Escuta ativa nos cuidados de enfermagem: uma intervenção confortadora. 2014, 173f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3kvhjt0. Acesso em: 23 set. 2021. 
MURTA, G. F.; GARCIA, J. N. R. Procedimentos básicos de enfermagem no cuidar. São Paulo: Difusão, 2006. 
NANDA International. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificação 2009-2011. Porto Alegre: Artmed, 2010. POSSO, M. B. S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. 
SILVA, E. G. et al. O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem: da teoria à prática. Rev. Esc. Enferm, São Paulo, 2011; v. 45, n. 6, p. 1380-1386. Disponível em: https://bit.ly/3n8x6PS. Acesso em: 23 set. 2021. 4

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