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em cadelas e gatas Vicente & Apparício (2015). Anatomia do trato reprodutivo Vascularização da cadeia mamária 5 pares de gls mamárias (geralmente) 4 pares (geralmente). Divisão das mamas: Torácicas (cranial e caudal) (MI, M2) Abdominal (cranial e caudal) (M3, M4) inguinal (M5) *gatas não possuem abdominal caudal. Nas cadelas, a mama é irrigada pelos ramos das artérias e veias torácicas, de MI-M3 e por ramos da epigástrica cranial superficial da M3-M5. Drenagem linfática: M1, M2 e parte de M3 - linfonodo axilar; M3, M4 e M5 - linfonodo inguinal superficial. Comunicação arteriovenosa e linfática entre mamas da mesma cadeia e também da contralateral. Evans & Lahunta (2009). Denise R. Pacheco Diretamente relacionadas à inibição do desenvolvimento em parte dos Ductos Paramesonéfricos ou aberrações em seu desenvolvimento. Dor/relutância após intromissão peniana; Vaginites recorrentes; Incontinência urinária. Geralmente tutor nota após a puberdade da fêmea e cópula. Palpação vaginal; Vaginoscopia; Exames de imagem contrastados (vaginografia). Anomalias congênitas 1) SEPTO E ESTENOSES VAGINAIS Fusão incompleta ou anormal dos ductos paramesonéfricos; comprimento variável. Estenose (oclusão do canal vaginal); Septo (estrutura que separa a vagina). sinais clínicos Diagnóstico Tratamento Cirúrgico: episiotomia (incisão na borda dorsal da vagina até o períneo). Ressecação com vaginoplastia. Vaginectomia + OSH. 2) Aplasia segmentar 2) Agenesia vulvarNão formação do útero por desenvolvimento incompleto dos ductos paramesonéfricos ou de Müller. Ausência de desenvolvimento. Denise R. Pacheco Filhotes de gestação cujo foram administrados hormônios exógenos; Animais intersexo. Tratamento Cirúrgico: Clitoridectomia Apenas nos casos que o animal possui ulcerações e lesões na região ou se automutila. Caso contrário, não é necessária a abordagem cirúrgica, pois não representa grande problema reprodutivo. 4) hipertrofia clitoriana Órgão hormônio dependente. Ocorre protuberância da região da fossa clitoriana. CONGÊNITA SECUNDÁRIA Lambedura excessiva da genitália; Tratamento a base de andrógenos (testosterona). 5) hipoplasia de cornos uterinos Útero subdesenvolvido com tecido normal. Etiologia desconhecida: fatores ambientais, endócrinos, genéticos, desenvolvimento ou suprimento inadequado. Camadas uterinas permanecem normais, mas o corno fica com tamanho reduzido. serosa, muscular (miométrio), submucosa e mucosa (lúmen tubular). Denise R. Pacheco Tratamento para ambas Cirúrgico: OSH Retirada do animal da reprodução. É raro, ligado a falha no desenvolvimento de embriogênese. Facilita o desenvolvimento de mucometra e piometra, já que há um fragmento do corno uterino que não se forma ou se desenvolve pouco (aplásico), não possibilitando a drenagem do conteúdo uterino. As alterações congênitas uterinas normalmente não acometem os ovários, mas pode ter acometimento renal ipsilateral (ductos paramesonéfricos, pode ter rins hipoplásicos quando há acometimento uterino). 6) útero unicorno 7) aplasia segmentar uterina Agenesia completa de um corno uterino, com ausência de camadas e lúmen. Apparício (2015). útero unicorno x corno hipoplásico Útero unicorno não apresenta camadas e nem lúmen. Denise R. Pacheco 8) agenesia ovariana Ausência de um ou dois ovários, acompanhado de ausência de outras partes do sistema reprodutivo. animais inférteis 9) hipoplasia ovariana Alteração cromossômica (Monossomia X0). Diagnosticada por cariotipagem e histologia de tecido ovariano. Células intersticiais e do epitélio do cordão sexual não conseguem completar seu desenvolvimento. Geralmente animais inférteis e pode predispor à neoplasias. (agenesia bilateral) Agenesia unilateral: animal pode ter a ciclicidade preservada. 10) animal intersexo Animais que são Hermafroditas Verdadeiros, Pseudohermafroditas e outras formas de reversão sexual. Denise R. Pacheco Animal não possui gônadas condizentes com seu fenótipo, associado à características e comportamento sexual. gônadasfenótipo Alteração ocorre durante a fase de diferenciação dos ductos mesonéfricos e paramesonéfricos, que dão origem à genitália externa. ovários + genitália externa masculina (raro); ação de andrógenos na fase fetal, geralmente; supressão da função ovariana. Animal possui pênis, mas será criptorquida. Não cicla. pseudohermafroditismo fêmeas machos testículos na cavidade abdominal + útero, epidídimo e ducto deferente; genitália externa feminina; ausência de ciclicidade; presença de clitóris hipertrofiado (ação da testosterona) e pênis diminuto. Histórico reprodutivo; Histopatologia de tecido gonadal; Dosagem hormonal (E2, P4 e testosterona) e Cariotipagem + Imunohistoq. Diagnóstico Tratamento Cirúrgico Comum em raças puras, principalmente braquiocefálicas. Denise R. Pacheco Animal com características sexuais ambíguas (raro). Tecido testicular e ovariano na mesma gônada (ovotestis) ou em gônadas sepadas. Ambiguidade genital; Infertilidade; Neoplasias gonadais. Comportamento feminino e masculino. Diferentes apresentações clínicas: pênis subdesenvolvido, vagina com osso peniano, entre outras. Histórico clínico; Cariotipagem; Dosagem hormonal; Exames de imagem; Histopatológico; Imunohistoquímica (presença de receptores para E2, P4 e testosterona). HERMAFRODITISMO VERDADEIRO sinais clínicos Diagnóstico Tratamento Cirúrgico e hormonal gônadasfenótipo Denise R. Pacheco Anamnese detalhada e exame físico; Sinais de pseudociese (galactorreia por exemplo, diestro); Dosagem de P4 (>3 ng/ml - sinal de que animal ovulou); Cadelas jovens < 4 anos (após essa idade reduz a ocorrência). Etiologia desconhecida. Confundido com perda embrionária (aborto). Comum em raças de grande porte (Pastor Alemão). Histórico reprodutivo; Dosagem hormonal (P4); Citologia vaginal; Vaginoscopia. alterações no ciclo estral 1) estro silencioso Ausência de sinais de estro (cio). Diagnóstico Histórico reprodutivo, dosagens hormonais mensais (P4) e citologias vaginais semanais. Histórico reprodutivo (hierarquia, gatas submissas) e citologias vaginais seriadas. Diferenciar ciclo sem sinais ou falha na atividade ovariana. 2) Split heat Sinais de estro 3-5 dias, sem ovulação e retorna os sinais após algumas semanas (cerca de 3), com ovulação. Diagnóstico Apparício (2015). Denise R. Pacheco Alta herdabilidade (35%): considerar raça; Basset Hound, Cocker Spaniel, Labrador e Pastor Alemão; Falha na ovulação (1%) - Pastor Alemão; diestro curto (perdas embrionárias, efeito dormitório em canis - fêmeas ciclando juntas) - P4 baixa; Tratamento: varia conforme a causa. Somente cadelas: intervalo < 4 meses. Considerar idade (mais velhas), porte (grandes podem ter intervalos mais curtos do que pequenos) e raça; Escore corporal (obesidade/caquexia), doenças sistêmicas, endocrinopatias (HAC, hipoT), uso de fármacos e hormônios exógenos (P4); Geralmente de anestro; Tratamento: causa primária e indução de estro (primeiro tentar resolver a causa primária). Cadelas e gatas: intervalo > 12 meses. 3) intervalos irregulares entre cios Longos ou curtos. LONGOS CURTOS Denise R. Pacheco alterações em vulva e vagina 1) hiperplasia/prolapso vaginal Edema da mucosa vaginal em resposta ao aumento do E2 (Fase Folicular). Acomete mucosa cranial de meato urinário até a região caudal, podendo se projetar externamente aos lábios vulvares. Ocorre geralmente a partir do 2º cio e é recidivante nos ciclos posteriores, comum em cadelas jovens. Maior ocorrência em raças braquiocefálicas: Fatores que contribuem para a apresentação clínica: Hiperestrogenismo patológico, separação forçada na cópula e incompatibilidade macho x fêmea no momento da cópula. É rara a ocorrência em gatas! Presença de estrutura em região vulvar (pode estar ulcerada, necrosada ou automutilada); Incompatibilidade na monta; Disquezia, disúria. sinaisclínicos Citologia e exames de imagem. Diagnóstico Denise R. Pacheco Borges et al. (2015). GRAU I GRAU II GRAU III Protuberância que não ultrapassa a borda dos lábios vulvares. Protusão de parede cranial e lateral da vagina (pequena massa em "pêra"). Protusão de toda a circunferência vaginal (grande massa em "donut"). Apparício (2015). Apparício (2015). HIPERPLASIA/PROLAPSO VAGINAL NEOPLASIAS VAGINAIS Cadelas jovens, cio recente, localizado em assoalho e imediatamente cranial ao meato urinário. Cadelas idosas, castradas ou não, localizado em qualquer parte anatômica vaginal, sem correlação com fase do ciclo estral. Denise R. Pacheco Tratamento Cirúrgico: Redução da [E2] ciruclante: Autolimitante (grau I); GnRH - 2,2 mg/kg, IM; hCG - 1000 UI/@, IM. Redução do edema e reintrodução de região prolapsada com suturas de apoio: Lavagem de região prolapsada com SF 0,9% gelada (vasoconstrição); Aplicar açúcar (reduz edema e bactérias); Lubrificação com géis a base de água; Reintrodução e sutura padrão Buhner (captonado). OSH e dependendo do grau de acometimento exérese de tecido prolapsado. Colar elizabetano e compressas geladas no pós-operatório. 2) vaginite Inflamação da vagina. Acomete cadelas de todas as idades. Dividida em vaginite juvenil e vaginite adulta. Sinais de hiperemia e borda vaginal aumentada (edemaciada). Vaginite juvenil Cadelas que não atingiram a puberdade ainda; etiologia desconhecida; inflamação com ou sem bactérias; lambedura excessiva. Hiperemia, edema e corrimento vulvar (ou não). sinais clínicos Histórico clínico, citologia vaginal, cultura + antibiograma. Diagnóstico Tratamento Limpeza com SF 0,9%, colar elizabetano e antibioticoterapia (caso confirmado bactéria). Denise R. Pacheco ATB (em casos primários). Lavagem vaginal (SF 0,9% ou Cloridrato de Benzidamina - Flogo-rosa). Vit. C (Cenevit 200 mg/ml) - 500 mg/@, SID, 7 dias. Tratar causa primária (na vaginite secundária). Histórico reprodutivo, exame reprodutivo, citologia vaginal, vaginoscopia, cultura + ABG. Diagnóstico Tratamento primária secundária 2,4-4,6% em cães, raro em gatos. TVT é comum em cães, faixa etária variável. Origem celular: Mesenquimal: Leiomioma/Leiomiossarcoma/ Fibroma/Fibrossarcoma. Epitelial: Carcinoma/Pólipos. Redonda: TVT/Mastocitoma. Edema perineal, secreção vaginal, prolapso vaginal, disúria, incontinência, disquezia. sinais clínicos Diagnóstico Vaginite adulta Comum em animais castrados, de qualquer raça ou idade. Por infecção viral ou bacteriana (E. coli, Pasteurella spp, Streptococcus spp, Staphylococcus spp). Doenças do trato urinário, afecções endócrinas ou uterinas, neoplasias vaginais, trauma, corpo estranho, anomalias congênitas e atrofia vaginal. 3) neoplasias vulvo/vaginais Palpação, exames de imagem, vaginoscopia, histopatológico, citologia vaginal, estadiamento (TNM). Tratamento Remoção cirúrgica, quimioterapia e terapia suporte. TVT e Mastocitoma possuem sinais clínicos mais específicos. Denise R. Pacheco Tratamento tvt (tumor venéreo transmissível) Vincristina 0,5 - 0,75 mg/m². Doxorrubicina (caso tumor resistente). Tratamento mastocitoma Inibidores de tirosina-quinase. Palladia 3,25 mg/kg -> redução 2,2 mg/kg. alterações em útero 1) complexo hiperplasia endometrial cística (hec)/piometra Alteração da fase de diestro -> fase prolongada de ação da P4. Ação hormonal semelhante em cadela gestante e não gestante. Desenvolvido devido à ações do E2 e P4. Isolada não é prejudicial, mas predispõe à alterações uterinas (hemometra, hidrometra, mucometra e piometra). Ação E2 no útero (fase folicular) Vascularização, edema, relaxamento da cérvix e contrações miometriais -> formação de criptas -> receptores de P4. Ação P4 no útero (fase luteínica) Proliferação das gls endometriais e sua secreção, fechamento da cérvix, inibição de contrações miometriais, diminuição da imunidade local -> predipõe infecção. Denise R. Pacheco mucometra/hidrometra/hemometra Aumento da atividade secretória das gls endometriais. Acúmulo de líquido, muco ou sangue no lúmen uterino. Secreção vulvar mucóide/sanguinolenta em fase luteínica. Ausência de reação inflamatória e infecciosa local. Sem repercussão em exames laboratoriais (observar hematócrito - hemometra, sangramento uterino). "pré-estádio ao desenvolvimento de piometra". Distensão abdominal, apatia, secreção vaginal mucoide/sanguinolenta (pode ter ou não). sinais clínicos Histórico: cio recente (ocorre cerca de 7-15 dias após o cio, enquanto piometra de 15-20 dias). Diagnóstico Tratamento Cirúrgico: OSH. piometra -> urgência! Forma aberta ou fechada (em relação à cérvix); acúmulo de líquido de origem purulenta + processo inflamatório uterino; manifestações clínicas sistêmicas; maioria cadelas com idades > 5 anos e nulíparas; atenção ao histórico de pseudogestação e uso de progestágenos; mais raro em gatas. Exame reprodutivo, exames laboratoriais, citologia vaginal (normalmente em diestro) e ultrassonografia. Ações da P4 no útero + componente bacteriano -> PIOMETRA (ascenção, contaminação ou inseminação). Denise R. Pacheco PERIGO -> SEPTICEMIA! Descarga vaginal (piometra aberta); Êmese/diarreia; Apatia/anorexia; Desidratação; Distensão abdominal; Hipertermia (pode ter hipotermia em quadros de sepse). Poliúria/Polidpsia -> lesões em glomérulos renais (azotemia). Claudicação -> depósito de imunocomplexos nas articulações. Uveíte -> depósito de imunocomplexos na úvea. sinais clínicos Principais agentes isolados: E. coli, Klebsiella, Streptococcus spp., Pasteurella, Staphylococcus spp., Proteus e Pseudomonas. piometra aTENÇÃO AOS PARÂMETROS VITAIS + CLÍNICA E EXAMES LABORATORIAIS: Frequências cardíaca e respiratória Hidratação e TPC Temperatura (retal e periférica) PAS Endotoxemia e deposição de imunocomplexos Glicemia Renais Hepáticos Locomotor Oftálmico Desequilíbrios hidroeletrolíticos Consequências: IRA, azotemia, síndrome urêmica - gastrite, vômito, acidose, alcalose metabólica, deficiência de potássio, aumento de lactato, hepatite aguda, evolução para sepse (CID, disfunção vital) e MORTE. Denise R. Pacheco Diagnóstico *hemograma Anemia N.N. (atenção à hidratação - pode reduzir HT); Leucocitose (desvio à esquerda) - pode ter leucopenia. Trombocitopenia. *urinálise*bioquímica sérica *hemogasometria Alcalose/Acidose Metabólica; Hipocalemia; Aumento de Lactato. Tratamento 1º passo: ESTABILIZAR A PACIENTE! Histórico reprodutivo; Exames laboratoriais*; Sinais clínicos; Exames de imagem (US); Palpação abdominal. Proteinúria; DEU < 1,030; UPC urinário (> 0,5); SDMA (biomarcador precoce). Azotemia; Aumento de FA; Hipoglicemia; Pode ter hipoalbuminemia (por lesão hepática). Tratamento cirúrgico: OSH; Tratamento conservativo: farmacológico (não costuma ter muito sucesso, geralmente se usa para cadelas reprodutoras sem complicações, mas pode ter recidivas). (antes de entrar em cirurgia) PGF2alfa natural: 10-50 microgramas/kg, SC, TID a 5x, 3-7 dias (efeitos colaterais); Cabergolina VO + PGF2alfa natural SC: 5 microgramas/kg ambas, sendo Cabergolina SID e PGF2alfa a cada 3 dias, por 10 dias. Aglepristone: 10 mg/kg, SC, SID. Dias 1, 2, 8 e 15. (Alizin - virbac) TERAPIA DE SUPORTE Denise R. Pacheco fluidoterapia antibioticoterapia reposição de eletrólitos Anti-inflamatórios aquecimento controle da dor antieméticos protetores gástricos 5 mg/kg/hora Correção da acidose, bicarbonato; Correção da alcalose. Reposição de K+ caso necessário. HEMOGASOMETRIA! antitérmicos Opióides: Tramadol 3-5 mg/kg, TID, 5 dias. Dipirona: 25 mg/kg, TID, 5-7 dias. Meloxicam: 0,1-0,2 mg/kg, SID, 3 dias. Carprofeno: 2,2-4,4 mg/kg, BID/SID, 7 dias. (cautela em casos de azotemia) Para animais hipotérmicos. Metoclopramida: 0,5 mg/kg, TID, 5 dias. C. Maroptant: 0,1 mg/kg, SC, SID, 5 dias. Ondansetrona: 0,1-1 mg/kg, TID, 5dias. Ranitidina: 2 mg/kg, BID, 5-7 dias. Omeprazol: 0,5-1 mg/kg, BID, 10-15 dias. QUINOLONAS: Enrofloxacina*: 5-10 mg/kg, BID/SID, 10-15 dias (gatos máx. 5 ml/kg SID ou 2,5 BID). CEFALOSPORINAS: Cefalexina/Cefalotina: 22- 30 mg/kg, BID/TID, 10 dias. BETA-LACTÂMICOS: Amoxicilina + Ac. Clavulânico: 22 mg/kg, TID, 10 dias. NITROIMIDAZÓLICOS: Metronidazol: 15-25 mg/kg, BID/SID, 5 dias. Ceftriaxona: 30 mg/kg, TID, 5-7 dias (cefalosporina mais forte). Denise R. Pacheco 2) neoplasias uterinas Raro, geralmente animais de meia- idade a idosos. Origem: Epitelial -> Anenoma/Adenocarcinoma; Mesenquimal -> Fibroma/Fibrossarcoma/ Leiomioma/Leiomiossarcoma. Distensão abdominal, anorexia, secreção vaginal. sinais clínicos Diagnóstico Tratamento Remoção cirúrgica. Exames de imagem, hitopatológico, estadiamento (TNM). 3) cistos ovarianos Estruturas repletas de líquido envoltas por uma delgada parede no interstício ovariano. Relação com desequilíbrio no eixo hipotálamo- hipófise-gonadal. Os sinais clínicos se alteram conforme sua origem. Cistos foliculares Isolados ou múltiplos em um ou ambos ovários. Atuantes no proestro e estro. Geralmente fêmeas idosas (8-11 anos). Sem predisposição racial, maioria grande porte. Secreção estrogênica (E2): hiperestrogenismo. Ciclo irregular, alterações endócrinas, sinais de estro e prolongamento do proestro e estro; alopecia bilat. e aplasia de MO (pancitopenia). sinais clínicos Diagnóstico Histórico reprodutivo, citologia vaginal, vaginoscopia, ex. de imagem (5-8 mm cisto), dosagem hormonal (E2: 3- 143 pg/ml), histopatológico. metástases! Denise R. Pacheco Tratamento cisto folicular Cirúrgico. Luteinização dos cistos foliculares: GnRH: 50 microgramas, IM; hCG: 220 UI/kg, IV; 500 UI, IM, em duas doses no intervalo de 48 horas. LH: 50 mg, IM. *Recividas: recomendar tratamento cirúrgico. Cistos lúteos Geralmente únicos, em apenas um ovário. Produtores de progesterona (P4). 10% em cadelas, raro em gatas. Sem predisposição de idade e racial. Liberação insuficiente de LH para ovular, mas suficiente para luteinizar as células do folículo anovulatório; ou retardo no amadurecimento folicular na liberação de LH. Diestro prolongado, pseudociese acentuada, HEC/PIOMETRA. sinais clínicos cisto lúteo Diagnóstico cisto lúteo Histórico reprodutivo, citologia vaginal, vaginoscopia, ex. de imagem (1,5-5 cm cisto), dosagem hormonal (P4 > 2 ng/ml), histopatológico. Tratamento cisto lúteo Cirúrgico. Promoção da luteólise: PGF2alfa (Cloprostenol): 2,5 microgramas/kg em intervalos de 48 horas, totalizando 3 aplicações. Eficácia variada, podendo ser necessário repetição do protocolo. Denise R. Pacheco Cistos germinativos Estruturas epiteliais, subcapsulares ou no córtex ovariano. Predisposição à formação de adenomas, cistoadenomas e cistoadenocarcinomas -> produtores de hormônios ou não, aumento de E2. cistos da Rete ovarii e cistos paraovarianos Sem apresentação clínica e disfunção ovariana. Cistos de corpo lúteo Raro acometimento em cães e gatos. 4) síndrome do ovário remanescente Presença de tecido ovariano funcional em cavidade abdominal após procedimento de Ovariosalpingohisterectomia (OSH/OH). Após o procedimento o tecido se revasculariza a passa a sofrer ações hormonais advindos do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (aumento P4, aumento E2). Cadelas e gatas de qualquer idade e raça, porém geralmente se observa maior ocorrência em determinadas raças de cães de grande porte: Denise R. Pacheco Sinais de ciclicidade, pseudociese, sinais de estro, HEC/piometra (piometra de coto). sinais clínicos Diagnóstico Histórico reprodutivo, citologia vaginal, vaginoscopia, exames de imagem (fase do ciclo), dosagem hormonal (E2 > 15 pg/ml, P4 > 2 ng/ml), histopatológico. Tratamento Cirúrgico (Laparotomia Exploratória). É essencial o conhecimento da anatomia reprodutiva (ovários localizados caudais aos rins), fase do ciclo para a realização do procedimento, localizações mais comuns e confirmação pelo exame histopatológico. 5) neoplasias ovarianas Baixa incidência (0,5-1,2% em cães; 0,7-3,6% em gatos). Animais de meia idade a idosos.Origens: Epiteliais: Adenoma/Adenocarcinoma/ Carcinoma. Germinativas: Disgerminoma/Teratoma/Teratocarcinoma. Gonadal-estromal: Tumor de cels da granulosa/Tecoma/Luteoma. Anorexia, perda de peso, efusões abdominais, distensão abdominal. sinais clínicos sintomatologia hormonal metástases! Sinais de estro, alopecia, pancitopenia, HEC.Diagnóstico Ex. de imagem, histopatológico, ex. laboratoriais, estadiamento (TNM), citologia guiada. Tratamento Remoção cirúrgica, quimioterapia adjuvante. Denise R. Pacheco sinais clínicos Diagnóstico Tratamento Síndrome observada em animais não gestantes, que apresentam comportamento gestacional/materno. Alteração fisiológica que passa a ser patológica quando desenvolve sinais clínicos. Cerca de 50-75% das cadelas apresentam sinais clínicos. Os sinais variam conforme a sensibilização da fêmea às alterações hormonais desse período. Manejo; Cirúrgico. Terapia farmacológica: Uso hormonal (efeitos colat.) Carbegolina 5 mg/kg, VO, SID, 5-7 dias. Bromocriptina 10-20 mg/kg, VO, BID, 10-14 dias. Metergolina 0,1 mg/kg, VO, BID, 5-10 dias. alterações em glândula mamária 1) pseudociese Procura de ninhos, agressividade, adoção de objetos inanimados, anorexia, aumento de mamas e galactorreia. Histórico reprodutivo, sinais comportamentais, descartar gestação! Terapia alternativa: Homeopatia -> Pulsatilla 30CH - 3 glóbulos VO, TID, 10 dias. Colar elizabetano, compressas, pomadas a base de Arnica. Denise R. Pacheco 2) mastite Inflamação/infecção das glândulas mamárias. Ocorre em quadros de amamentação, trauma, estase láctea e falta de higiene. E. coli, Streptococcus e Staphylococcus. sinais clínicos Inchaço e inflamação, desconforto, secreção mamária, febre/letargia, fístulas/abscessos, necrose. Diagnóstico Histórico reprodutivo (diestro, puerpério); Hemograma e perfil bioquímico (infecção); Cultura e ABG; Termografia; Exames de imagem complementares. Tratamento Manejo. Antibioticoterapia: Amoxicilina + Ác. Clavulânico: 22 mg/kg, VO, TID (cães), BID (gatos), 10-15 dias. Cefalexina: 22 mg/kg, VO, BID, 10 dias. Sulfa + Trimetroprim: 15 mg/kg, VO, BID, 5-7 dias. Se ferida abscedou ou necrosou -> manejo de ferida -> conservativo ou cirúrgico. Colar elizabetano, manejo com compressas, afastar filhotes. Controle da dor: AINES: Meloxicam 0,1-0,2 mg/kg, VO, SID, 3-4 dias. OPIÓIDES: Cloridrato de Tramadol 3-5 mg/kg, VO, TID, 5 dias. ANTITÉRMICOS: Dipirona 25 mg/kg, VO, TID, 7 dias. Cabergolina: 5 mg/kg, VO, SID, 5-7 dias. Bromocriptina: 10-20 mg/kg, VO, BID, 10-14 dias. Metergolina: 0,1 mg/kg, VO, BID, 5-10 dias. Denise R. Pacheco Proliferação rápida do estroma e epitélio ductal das glândulas mamárias. Ausência de produção láctea. Ocorre após estro ovulatório (aumento P4) ou quando há administração de hormônio exógeno (P4) -> portanto, alteração hormônio-dependente. Existem receptores nas células mamárias para progesterona. Geralmente acomete a cadeia mamária como um todo. sinais clínicos Diagnóstico Tratamento Variável de acordo com a causa principal: Aumento do P4 endógeno: cirúrgico (OSH terapêutica). Aumento P4 exógeno: cirúrgico (OSH + mastectomia bilateral). Farmacológico: Aglepristone: 10-15 mg/kg, SC, SID, dias 1-2 e 7. Cabergolina: 5 mg/kg, VO, SID, 5-7 dias. Bromocriptina: 0,25 mg/@, VO, SID, 5-7 dias. 3) hiperplasia fibroadenomatosa mamária felina Intumescência mamária, desconforto, dor, febre/letargia, fístulações/úlcerações, necrose, evolução para mastite. Sinais clínicos característicos; Histórico pós cio ou uso de progestágenos; Histopatológico (diferenciar de neoplasia mamária). Filgueira et al. (2008). Se abscedou ou necrosou -> manejo de ferida + antibioticoterapia. Controle da dor: AINES: Meloxicam0,1-0,2 mg/kg, VO, SID, 3-4 dias. OPIÓIDES: Cloridrato de Tramadol 3-5 mg/kg, VO, TID, 5 dias. ANTITÉRMICOS: Dipirona 25 mg/kg (fazer dose <), VO, BID, 7 dias. Denise R. Pacheco Tipo de neoplasia mais comum em cadelas e a 3ª mais comum em gatas. Animais de todas as raças, geralmente animais senis (7-12 anos). Desenvolvimento hormônio-dependente (tecido mamário possui receptores para E2, P4, prolactina). Ocorrência: 0,05% se OSH antes do 1º cio; 8% se OSH após 1º cio; 26% se OSH após 2º cio. Fatores nutricionais: dietas ricas em lipídeos, obesidade. Etiologia multifatorial: hormonal, genético, ambiental, nutricional etc. 70% dos tumores em cadelas são de origem maligna; em gatas 85-93% são malignos. sinais clínicos Diagnóstico 4) neoplasias mamárias Nódulos únicos ou múltiplos, aderidos ou não, contorno regular ou irregular, ulcerados ou não, firmes à palpação, com ou sem sinais de inflamação. Citologia (PAAF); Termografia; Histopatologia; Estadiamento tumoral (TNM); Ex. de imagem e laboratoriais. METÁSTASES! (pulmões, fígado, baço, cérebro - SNC, medula, ossos etc). Apparício (2015). Tratamento Cirúrgico: OSH + Mastectomia + Linfadenectomia. Farmacológico. Quimioterapia adjuvante. Cuidados pós-operatórios, por ser cirurgia extensa. Prognóstico Variável (média sobrevida 7-16 meses cães e 10-12 meses gatos). Tamanho, caract. invasoras, ulceração, acometimento de linfonodos regionais/metástases à distância, benignos x malignos, recidivas, comorbidades. o acompanhamento oncológico é essencial! Denise R. Pacheco
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