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Diabetes Mellitus - Fisioterapia Preventiva

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Fisioterapia preventiva: 
 
− Diabetes mellitus (DM) é um importante 
e crescente problema de saúde para 
todos os países, independentemente do 
seu grau de desenvolvimento. 
 
− Se as tendências atuais persistirem, o 
número de pessoas com diabetes foi 
projetado para ser superior a 642 
milhões em 2040. 
 
− O aumento da prevalência do diabetes 
está associado a diversos fatores, como: 
rápida urbanização, transição 
epidemiológica, transição nutricional, 
maior frequência de estilo de vida 
sedentário, maior frequência de 
excesso de peso, crescimento e 
envelhecimento populacional e, 
também, à maior sobrevida dos 
indivíduos com diabetes 
 
− A Organização Mundial da Saúde 
(OMS) estima que glicemia elevada é o 
terceiro fator, em importância, da causa 
de mortalidade prematura, superada 
apenas por pressão arterial aumentada 
e uso de tabaco. 
 
− Diabetes é um fator pra AVC e 
neuropatia diabética (primeiro fator 
para amputação). 
 
Diabetes na Era Covid-19: 
− Maior risco e maiores complicações 
 
 
Pâncreas e diabetes: 
− A porção do pâncreas que 
desempenha uma função hormonal ou 
endócrina é formada pelas Ilhotas de 
Langerhans, constituídas por dois tipos 
de células: as betas, responsáveis pela 
produção de insulina, e as células alfa, 
que produzem o glucagon. Ambos os 
hormônios são responsáveis pela 
manutenção de níveis ideais de glicose 
no sangue, ambos com efeitos 
contrários, diminuindo e aumentando 
respectivamente os valores da glicose. 
 
• Células beta: Secretam insula 
• Células alfa: Secretam glucagon 
 
− Músculo esquelético: aproximada-
mente 40% da massa corporal. 
− Exerce papel primordial no metabolismo 
da glicose (Smith; Muscat,2005). 
− Responsável por 30% do dispêndio de 
energia e pela captação, liberação e 
estocagem de glicose (nuutila et 
al,1992). 
 
Vias de sinalização da insulina – Músculo 
Esquelético 
Regulação do metabolismo de glicose no 
fígado 
 
 
Definição: 
− O Diabetes Melito é uma síndrome de 
comprometimento do metabolismo dos 
carboidratos, das gorduras e das 
proteínas, causada pela ausência de 
secreção de insulina ou por redução da 
sensibilidade dos tecidos à insulina. - 
Guyton 10ª ed 
− O Diabetes Mellitus é um grupo de 
doenças metabólicas, com etiologias 
diversas, caracterizado por 
hiperglicemia que resulta de uma 
deficiente secreção de insulina pelas 
células B, resistência periférica à ação 
da insulina ou ambas. - Endocrinologia 
Clínica – 3ª ed 
− D.M. é uma síndrome de etiologia 
múltipla, decorrente da falta de insulina 
e/ou da incapacidade da insulina de 
exercer adequadamente seus efeitos. 
Caracteriza-se por hiperglicemia 
crônica, frequentemente 
acompanhada de dislipidemia, 
hipertensão arterial e disfunção 
endotelial. - Consenso Brasileiro sobre 
Diabetes – 2002 
− Aumenta incidência de complicações 
macrovasculares – risco maior de infarto 
do miocárdio. 
− Aumenta 8x na presença de 
hipertensão e para quase 20x com 
hipertensão e dislipidemia. 
− tabagismo aumenta mais os riscos. 
− Avaliação clínica após diagnostico de 
diabetes = Medidas preventivas 
− O DM e a hipertensão arterial sistêmica 
(HAS) são responsáveis pela primeira 
causa de mortalidade e de 
hospitalizações no SUS e representam, 
ainda, mais da metade do diagnóstico 
primário em pessoas com insuficiência 
renal crônica submetidas à diálise. 
 
 
− Os clássicos são 3: 3P – Poliuria, 
polidipsia (muita sede) e polifagia 
(muita fome) – comuns da diabetes tipo 
1, e também a perda inexplicada de 
peso. 
− Fadiga sem explicação, não fez nada 
que justifique 
− Fraqueza muscular mesmo, pela falta de 
energia para contração 
− Letargia: movimentos lentos 
− Visão turva: Devido à hiperglicemia 
− Prurido vulvar – Coceira na vulva 
− Balanite inflamação da glande 
− Balanopostite prepúcio do pênis 
− Neuropatia diabética: A cada 6 
amputações no mundo 5 são por DM. 
− Hiperglicemia lesa os vasos sanguíneos 
− Obs: Em alguns casos não há sintomas. 
Isto ocorre com maior frequência no 
diabetes tipo 2. 
− Passa meses ou anos para descobrir 
sintomas vagos como formigamento nos 
pés e mãos. 
 
Disfunção erétil 
− A DE e a DAC frequentemente 
compartilham os mesmos fatores de 
risco. Hipertensão arterial, diabetes 
mellitus, tabagismo, dislipidemia e 
obesidade são comuns às duas 
condições e o seu impacto na 
disfunção endotelial já foi bem 
documentado 
− A disfunção erétil (DE) é uma das 
complicações mais comuns da 
diabetes, sendo uma patologia com 
grande prevalência a nível mundial e 
com um importante impacto negativo 
na qualidade de vida dos homens 
diabéticos e das suas parceiras. Os 
diabéticos apresentam um risco, 
aproximadamente 3 vezes maior de 
desenvolver DE, comparativamente a 
indivíduos não diabéticos (29% vs 9,6%). 
Nos doentes diabéticos, a DE manifesta-
se numa idade precoce, aumentando 
com a duração da diabetes. 
 
− A neuropatias diabéticas autonômicas 
(NAD) também pode provocar 
distúrbios geniturinários, incluindo 
disfunção sexual e disfunção vesical. 
Nos homens, pode causar disfunção 
erétil (DE) e/ou ejaculação retrógrada. 
A DE é três vezes mais comum em 
homens com DM que naqueles sem a 
doença. A disfunção sexual também é 
mais comum em mulheres com DM. 
− A hiperglicemia lesa os nervos que 
inervam o pênis. 
 
Epidemiologia 
− Dados OMS apontam que 16 milhões de 
brasileiros sofrem de diabetes. 
− Ainda de acordo com o estudo, a taxa 
de incidência da doença cresceu 61,8% 
nos últimos dez anos. 
− O Rio de Janeiro aparece como a 
capital brasileira com maior prevalência 
de diagnóstico médico da doença, 
com 10.4 casos a cada 100 mil 
habitantes. 
− De acordo com a pesquisadora 
Hermelinda Cordeiro Pedrosa, é preciso 
retomar uma política preventiva efetiva, 
que seja de estado e não de governo, 
pois doenças crônicas requerem 
planejamento e ações no médio e 
longo prazo, com educação de 
profissionais de saúde na atenção 
básica e implantação de equipes 
especializadas nos centros de média e 
alta complexidade, e certamente, 
educação de pacientes e familiares 
− Não há ação preventiva para tipo 1, pois 
é uma doença autoimune 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
− É um problema de saúde considerado 
Condição Sensível à Atenção Primária, 
ou seja, evidências demonstram que o 
bom manejo deste problema ainda na 
Atenção Básica evita hospitalizações e 
mortes por complicações cardiovascu-
lares e cerebrovasculares. 
 
Prevenção efetiva significa atenção à 
saúde de modo eficaz 
− No diabetes, isso envolve prevenção do 
seu início (prevenção primária), 
prevenção de suas complicações 
agudas e crônicas (prevenção 
secundária) ou reabilitação e limitação 
das incapacidades produzidas pelas 
suas complicações (prevenção 
terciária). 
− Quanto mais controle glicêmico, menos 
chances de comprometimentos. 
− O diabetes mellitus (DM) não controlado 
pode provocar, a longo prazo, 
disfunção e falência de vários órgãos, 
especialmente rins, olhos, nervos, 
coração e vasos sanguíneos. 
− Estudos epidemiológicos sustentam a 
hipótese de uma relação direta e 
independente entre os níveis 
sanguíneos de glicose e a doença 
cardiovascular. 
− Também está associado ao aumento da 
mortalidade e ao alto risco de 
desenvolvimento de complicações 
micro e macrovasculares, bem como 
de neuropatias. 
− Desta forma, o DM é considerado causa 
de cegueira, insuficiência renal e 
amputações de membros, sendo 
responsável por gastos expressivos em 
saúde, além de substancial redução da 
capacidade de trabalho e da 
expectativa de vida. 
− As complicações do diabetes são 
categorizadas como distúrbios micro-
vasculares e macrovasculares, que 
resultam em retinopatia, nefropatia, 
neuropatia, doença coronariana, 
doença cerebrovascular e doença 
arterial periférica. 
− O diabetes tem sidoresponsabilizado, 
entretanto, por contribuir para agravos, 
direta ou indiretamente, no sistema 
musculoesquelético, no sistema 
digestório, na função cognitiva e na 
saúde mental, além de ser associado a 
diversos tipos de câncer. 
− Estudo de 2013 mostrou que, dentre os 
indivíduos que declararam apresentar 
diabetes, 26,6% tinham relato de outra 
morbidade associada; 23,2%, de outras 
duas; e 32,0%, de outras três ou mais 
morbidades associadas. O diagnóstico 
de diabetes apareceu de forma isolada 
em apenas 18,1% dos indivíduos. 
 
 
 
Aspectos relevantes da história clínica da 
pessoa com DM 
 
 
− Glicemia capilar não dá diagnostico, 
mas se o pcte tem o diagnóstico, 
analisamos se naquele momento ele 
está passível de fisioterapia 
 
Valores de glicemia 
Cai na prova 
− Normal: 
• Glicemia em jejum entre 70 mg/dl a 
99 mg/dl 
• Hipoglicemia (menor) < 70 mg/dl 
• Inferior a 140 mg/dl 2h após 
sobrecarga de glicose 
• Intolerância à glicose - glicemia de 
jejum entre 100 a 125mg\dl 
*Lembrar de pôr mg/dl 
 
Teste Oral de Tolerância à glicose – TOTG 
− Ingere 75g de glicose diluída em água, 
após 2h coleta sangue – medir taxa de 
glicose – glicemia: 
− Entre 140 e 199 mg/dl: pré diabetes. 
− Superior ou igual a 200 mg/dl: portador 
de diabetes. 
 
 
Hemoglobina 
− A hemoglobina absorve a glicose - 
açúcar no sangue - na mesma 
proporção que ela se encontra na 
corrente sanguínea. 
− Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece 
vantagens ao refletir níveis glicêmicos 
dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer 
menor variabilidade dia a dia e 
independer do estado de jejum para 
sua determinação. 
 
− Pode sofrer interferências de algumas 
situações, para que possa ser utilizada 
no diagnóstico de DM, a determinação 
da HbA1c deve ocorrer pelo método 
padronizado no Diabetes Control and 
Complications Trial (DCCT) e certificado 
pelo National Glycohemoglobin 
Standardization Program (NGSP). 
 
 
 
 
 
Fatores de risco 
− Diabete tipo 1 
• Afeta 1% a 5% das pessoas com diabete 
– aparece geralmente na infância e 
adolescência 
• Doença auto imune 
• Predisposição genética 
 
− Diabete tipo 2: 
• Afeta 90% a 95% das pessoas com 
diabetes – aparece geralmente após os 
40 anos 
• Hipertensão / obesidade –resistência a 
ação da insulina 
• Proporção circunferência da cintura e 
quadril 
• Índice de massa corpórea (IMC) 
• Inatividade física 
• Estresse 
• Fatores hereditários 
✓ Podem ser prevenidos com programas 
educativos 
✓ Obs: HDL baixo, triglicérides elevados, 
doença coronariana, uso de 
medicamentos que aumentam a 
glicose (ex. corticóides) 
 
 
− Destaca-se a antropometria, e o índice 
de massa corporal (IMC), a 
circunferência da cintura (CC) e a 
razão cintura-quadril (RCQ) têm seu uso 
largamente difundidos. Recentemente, 
a razão entre a circunferência da 
cintura e a estatura (RCE) tem sido 
proposta como medida antropométrica 
para avaliar adiposidade central por 
estar fortemente associada aos fatores 
de risco cardiometabólicos e por sua 
relação com a mortalidade, 
independentemente do peso corporal. 
 
Relação cintura e quadril 
− RCQ – é a proporção da circunferência 
da cintura pela do quadril – índice 
antropométrico - determina padrão de 
distribuição de gordura corporal. 
− Divide o nº obtido das circunferências, 
estabelece-se a relação (cm). 
 
 
 
 
IMC – Índice de Massa Corporal 
− O IMC tem sido recomendado pela 
OMS como um indicador da gordura 
corporal por ser obtido de forma rápida 
e praticamente sem custo nenhum. 
 
 
 
− A circunferência abdominal, medida no 
meio da distância entre a crista ilíaca e 
o rebordo costal inferior, por ser o índice 
antropométrico mais representativo da 
gordura intra-abdominal e de aferição 
mais simples e reprodutível, é a medida 
recomendada. 
 
Síndrome Metabólica (SM) 
− É um transtorno complexo representado 
por um conjunto de fatores de risco 
cardiovascular usualmente 
relacionados à deposição central de 
gordura e à resistência à insulina. 
− É importante destacar a associação da 
SM com a doença cardiovascular, 
aumentando a mortalidade geral em 
cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular 
em cerca de 2,5 vezes. 
− Consiste na presença conjunta de 
fatores de risco para enfarto do 
miocárdio, nomeadamente obesidade 
abdominal, dislipidemia (caracterizada 
pelo aumento dos triglicérides e 
diminuição do HDL), hipertensão arterial 
e elevação da glicemia em jejum. 
 
 
 
Cetoacidose Diabética (CAD): 
− É uma complicação aguda do DM 
caracterizada por hiperglicemia, 
acidose metabólica, desidratação e 
cetose, na vigência de deficiência 
profunda de insulina. 
− Acomete principalmente pacientes 
com DM tipo 1 e geralmente é 
precipitada por condições infecciosas 
ou omissão da administração de 
insulina. 
− Por vezes, a CAD pode ser a forma de 
apresentação clínica inicial do DM1 ou 
mesmo do tipo 2 (DM2). A CAD é 
observada ao diagnóstico de DM1 em 3 
a 40% dos pacientes diagnosticados 
com DM1. 
− Quando há falta de insulina e o corpo 
não consegue usar a glicose como 
fonte de energia, as células utilizam 
outras vias para manter seu 
funcionamento. Utilizar os estoques de 
gordura para obter a energia resultado 
leva ao acúmulo dos corpos cetônicos, 
substâncias que deixam o sangue 
ácido, ou seja, com o pH mais baixo do 
que o normal. 
− Essa acidez é extremamente desfa-
vorável para o organismo, porque a 
maioria das reações químicas que 
acontecem a cada segundo em nossas 
células depende de uma faixa muito 
estreita de pH. 
Fatores desencadeante da CAD: 
• Tratamento insulínico interrompido ou 
inadequado às condições do paciente 
(21% a 49%) 
• Processos infecciosos (pneumonia, itu, 
gastroenterite) 
• Transgressão alimentar 
• Pancreatite aguda 
• Estresse agudo 
• Oclusões vasculares 
• Drogas 
• Medicamentos: Corticosteroides, diuré-
ticos, outros sem acompanhamento. 
 
Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não 
cetótica – SHH 
− SHH é uma grave complicação 
metabólica do DM. 
− O mecanismo fisiopatológico básico da 
SHH consiste na redução da ação 
efetiva (insulinorresistência) e/ou nos 
níveis séricos de insulina circulantes 
(insulinopenia) em associação ao 
concomitante aumento nos hormônios 
contrarreguladores (glucagon, 
catecolaminas, cortisol e hormônio do 
crescimento). 
− Como consequência dessas alterações 
hormonais, ocorre o aumento da 
gliconeogênese hepática e renal, além 
da diminuição da utilização periférica 
de glicose, que culminam com a 
hiperglicemia. 
− Não há lipólise nem cetogênese. 
− Glicemia acima de 600mg/dl. 
− Desidratação importante. 
 
Hipoglicemia: 
− Abaixo de 70 mg/DL 
− A hipoglicemia é a principal barreira em 
pacientes com DM e é fator limitante 
para alcançar a euglicemia. 
− Estudos relacionaram a hipoglicemia 
com morbidade e mortalidade 
excessivas e questionaram a 
necessidade de inclusão da avaliação 
do número de eventos e do tempo 
dispendido em hipoglicemia, como 
variáveis na monitorização glicêmica, 
segundo a qual a duração de pelo 
menos 15 minutos de glicemia abaixo 
de < 70 mg/dL seria de risco. 
− Seguem hipoglicemias segundo os 
valores basais: 
• Nível 1: Baixo; entre 55 e 70 mg/dL; 
• Nível 2: Severamente baixo; < 54 mg/dL; 
• Nível 3: Comprometimento cognitivo 
com necessidade de terceiros para 
recuperação, sem limites glicêmicos 
definidos. 
• Não trabalhamos em hipoglicemia, 
devemos encaminhar para PS. Também 
não atendemos maior que 250. 
 
Causas que Favorecem: 
− Overdose de insulina ou de agentes 
orais 
− Refeições omitidas ou tardias 
− Exercício sem automonitorização 
− Comprometimento das respostas contra 
reguladoras à insulina (insulina injetada – 
forma não fisiológica) 
− Perdem a resposta do glucagonà 
hipoglicemia 
 
Como Evitar a Hipoglicemia: 
− Programe suas atividades físicas; 
− Ingerir alimentos extras antes de 
exercícios físicos; 
− Cumprir o plano alimentar: horário, 
quantidade e qualidade dos alimentos; 
− Em caso de vômitos e diarreia, informe 
seu médico imediatamente; 
− Utilizar a medicação prescrita nas doses 
e horários indicados pelo médico; 
− Evitar bebidas alcoólicas. 
 
Importante: 
− Use sempre um cartão de identificação 
de diabético. Ele pode salvar sua vida. 
− Tenha sempre consigo balas ou tabletes 
de glicose. 
− Reconheça os sintomas e trate-os 
prontamente. 
 
 
 
− A monitorização da glicemia capilar 
diariamente por indivíduos com DM de 
qualquer faixa etária traz grandes 
benefícios, por diminuir o risco de 
complicações agudas, tais como 
cetoacidose e hipoglicemia, e por 
permitir que o paciente entenda os 
determinantes de sua glicemia ao 
correlacionar os resultados glicêmicos 
em tempo real com a ingestão de 
alimentos ou com a prática de atividade 
física/exercícios físicos por exemplo. 
 
− São necessárias verificações frequentes 
da glicemia capilar ao se implementar 
ajustes de insulina e carboidratos 
 
 
Complicações do DM: 
 
− Retinopatia Diabética; 
− Complicações Cardiovasculares; 
− Nefropatia Diabética; 
− Neuropatia Diabética; 
Retinopatia diabética: 
 
Retina normal / Retinopatia diabética 
 
Complicações cardiovasculares: 
 
 
Nefropatia Diabética: 
 
− Exercícios de alongamento muscular 
são benéficos, pois devolvem aos 
músculos seu comprimento e 
elasticidade normais, o que pode ser 
muito útil na redução da incidência de 
cãibras. 
− Os exercícios de fortalecimento 
muscular auxiliam na manutenção da 
tensão normal do músculo e no retorno 
venoso, atenuando a rápida perda de 
líquidos que a hemodiálise promove. 
 
Neuropatia Diabética: 
 
 
− Até 2025, mais de 125 milhões de 
pessoas vão desenvolver úlceras 
diabéticas e mais de 20 milhões serão 
submetidos a uma amputação em todo 
o mundo, 
 
− As complicações macrovasculares do 
diabetes, incluindo doença cardíaca 
coronária, acidente vascular cerebral e 
doença vascular periférica, e 
complicações microvasculares, como 
doença renal em estágio terminal, 
retinopatia e neuropatia, juntamente 
com amputações nos membros 
inferiores, são responsáveis por grande 
parte do fardo associado ao diabetes. 
 
− A osteomielite é encontrada subjacente 
a 20% de todas as úlceras nos pés 
diabéticos infectados e a 60% das 
infecções graves. Em um estudo 
recente, o risco de amputação foi de 
14% em pacientes com infecção 
limitada ao tecido mole do pé e de 60% 
em pacientes com osteomielite 
 
Artropatia de Charcot 
 
− Pcte perde a sensibilidade e não sente 
dor, com isso fratura todo o pé 
− Ocorre devido à neuropatia 
 
Mal Perfurante Plantar: 
 
 
 
 
 
Exercícios e DM: 
− Muitas são as barreiras que fazem 
portadores de diabete tipo (mais tipo 1 
que 2) não aderirem a uma vida ativa. 
“O medo da hipoglicemia e a falta de 
conhecimento sobre como treinar estão 
entre eles”, concluem pesquisadores de 
Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, 
Austrália, Dinamarca e Canadá em um 
artigo no periódico The Lancet Diabetes 
& Endocrinology. 
 
− Atividade física para o controle do 
diabetes é indiscutível; no entanto, 
planejada ou não, ela é uma das 
causas mais comuns de hipoglicemia. 
Por sua vez, no exercício físico intenso, 
como o do atleta, também não são 
raros os episódios de hiperglicemia 
durante e após a atividade, com 
possibilidade de hipoglicemia tardia. 
 
− A atividade física é definida como 
qualquer movimento produzido pelo 
músculo esquelético que requer gasto 
energético. 
− O exercício físico é uma forma 
específica de atividade física, que é 
estruturada e planejada, com os 
objetivos de melhorar o 
condicionamento físico e a saúde. 
 
Para lembrar: 
✓ Equilíbrio entre dieta, exercícios e 
tratamento farmacológico. 
✓ Para iniciar programa de exercícios: 
avaliação médica, controle glicêmico 
(inferior a 250mg/dl). 
✓ Glicemias capilares: Antes, durante e 
após atividade – ajuste da dose de 
insulina. 
✓ Cuidados: Retinopatia severa, 
neuropatia (lesões pés), nefropatia, 
doença arterial periférica 
(claudicação, diminuição pulsos 
pedais). Avaliação fisioterapêutica. 
influenciam na modalidade e 
intensidade do exercício. 
✓ Exercício físico é determinante na 
prevenção do diabetes tipo 2 e no 
tratamento de todas as formas de 
diabetes mellitus (DM). 
✓ Controle glicêmico – insulina ou 
medicamentos (hipoglicemiantes) para 
controle de glicemia. 
✓ Atenção em horários dos 
medicamentos, para que não realize a 
atividade em estado hipoglicêmico. 
(local de aplicação de insulina) 
✓ Exercício: Controle do peso corporal, 
dislipidemia, melhora hipertensão 
arterial-síndrome metabólica. 
✓ Trabalho: Exercício reduz em média 3,8 
mmHg (sistólica) e 2,6 mmHg 
(diastólica), melhora resistência à 
insulina 
✓ Melhora imunidade, humor, reduz 
estresse. 
✓ Programas de exercício – eficientes no 
controle glicêmico. 
✓ Melhora a sensibilidade a insulina. 
✓ Diminui glicemia sanguínea 
✓ Estratégias podem aumentar a adesão 
e manutenção do exercício físico, como 
estabelecer metas específicas e usar 
ferramentas de automonitorização 
(pedômetros, acelerômetros, aplica-
tivos, etc). 
 
 
Recomendação: 
✓ Exercício aumenta a utilização 
periférica da glicose associado com um 
aumento na sensibilidade periférica a 
ação da insulina, que persiste por 12h ou 
mais após o final do exercício. 
 
✓ American Diabetes Association, 2010 – 
recomendam pacientes diabéticos 
devem realizar pelo menos 
150min/semana de exercício aeróbico 
de moderada intensidade, atingindo 50 
a 70% da FC máxima. 
 
 
✓ Aplicação de insulina - A Associação 
Americana de Diabetes (American 
Diabetes Association, ADA) recomenda 
a aplicação em um local por semana, 
esgotando-se as possibilidades de 
quadrantes da mesma região, para só 
então escolher outro. 
✓ Para que esse planejamento seja eficaz, 
é necessário considerar número de 
aplicações por dia, atividades diárias, 
exercício físico e respectivos horários, 
além de outros fatores que interfiram na 
velocidade de absorção da insulina. 
 
✓ Deve-se evitar a aplicação de insulina 
nos locais adjacentes aos principais 
músculos envolvidos(exercício), para 
evitar absorção mais rápida da insulina. 
 
Como prescrever: 
− Benefícios do exercício físico no 
diabetes mellitus. 
− Avaliação médica pré-exercício no 
diabetes mellitus. 
− Prescrição de exercício. 
− Tipo de exercício. 
− Frequência do exercício, duração do 
exercício e intensidade do exercício. 
− Prescrição de exercício de resistência. 
− Recomendações de exercício físico em 
diabetes mellitus tipo 1. 
− Recomendações especiais para a 
prática de exercício físico para 
pacientes diabéticos. 
− 2014-2015 Diretrizes SBD 
 
− Os relatos na literatura sugerem que a 
prática de exercício físico induz uma 
diminuição dos níveis de triglicérides de 
11 a 16%, do colesterol de 3 a 10% e 
aumento do HDL- colesterol em 3%. 
 
− Há muitas evidências apoiando a 
hipótese de que o exercício, pode ser 
útil na prevenção ou no retardo das 
manifestações clínicas do DM tipo II. 
− Todos os níveis de exercício, incluindo 
atividades de lazer, esportes 
recreacionais e esportes em nível 
competitivo podem ser realizados por 
indivíduos com diabetes tipo I sem 
complicações e que estejam com bom 
controle da glicemia. 
 
− Há evidências acumuladas que 
sugerem que a redução progressiva da 
aptidão e da massa e força musculares 
com o envelhecimento é em parte 
prevenível pela manutenção de 
atividade física regular. A redução da 
sensibilidade à insulina com o 
envelhecimento é também 
parcialmente devida à falta de 
atividade física. 
 
Prevençãodo Pé Diabético: 
− O tratamento fisioterapêutico teve a 
duração de 60 minutos constando de 
exercícios gerais de alongamento (dez 
minutos), caminhadas (dez minutos), 
exercícios do tipo ativo livre e ativo 
resistido para a flexão plantar, 
dorsiflexão, inversão e eversão do 
tornozelo (dez minutos), de flexão, 
extensão, abdução e adução dos 
dedos dos pés (dez minutos), utilizando-
se bolas, faixas elásticas e bastões para 
os exercícios ativos livres e pesos de ½ kg 
para os exercícios resistidos. 
 
 
− Um grande número de ensaios clínicos 
randomizados demonstrou que o 
exercício pode regular efetivamente o 
distúrbio do metabolismo glicolipídico 
em pacientes com DM2, seja exercício 
aeróbico ou exercício resistido, ou a 
combinação dos 2, que é vantajosa 
para controlar melhor a progressão do 
diabetes. 
− Aumento da captação e utilização de 
glicose: Um dos mecanismos mais bem 
estabelecidos de resistência à insulina 
no DM2 é a diminuição da expressão da 
proteína transportadora de glicose 
(GLUT4) no músculo. Nos últimos anos, os 
pesquisadores descobriram que o 
exercício regular também pode mediar 
a translocação de GLUT4 através de 
mecanismos distintos de sinalização 
proximal que ignoram os defeitos na 
ação da insulina. 
 
Artigo: 
− Efeitos do intervalo de alta intensidade e 
exercício aeróbico contínuo de 
intensidade moderada em pacientes 
obesos diabéticos com doença 
hepática gordurosa não alcoólica: um 
estudo controlado randomizado 
comparativo. 
− Os resultados do estudo aprovaram que 
os programas de exercícios HIIT e MIC 
reduzem o IMC, Triglicérides 
intrahepáticos, lipídios viscerais, 
resistência à insulina e HbA1c nesses 
pacientes. 
 
Tai chi: 
− A revisão sistemática, apesar de estar 
no topo da pirâmide de evidências, a 
qualidade em si mesma pode variar 
devido a déficits metodológicos e outros 
fatores. Assim, é importante avaliar os já 
publicados antes de realizar uma nova 
RS, especialmente com controvérsias 
em um determinado campo. Os 
resultados deste estudo fornecerão uma 
avaliação metodológica sistemática 
das RSs atualmente publicadas sobre a 
eficácia e segurança do Tai Chi para o 
DM2 
 
 
Tecido Adiposo (TA) 
− Sintetizam substâncias lipídicas e as 
armazenam em um vacúolo central, 
fazendo com que o citoplasma e o 
núcleo se desloquem para a periferia da 
célula. 
− As células adiposas não se dividem 
após serem formadas. 
− Os adipócitos do tecido adiposo são 
fibroblastos modificados que 
armazenam triglicerídeos, quase puros, 
em quantidades de até 80% a 95% de 
todo volume das células. 
 
 
 
− Grandes quantidades de gordura são 
armazenadas nos dois principais tecidos 
do corpo, o tecido adiposo e o fígado. 
− A principal função do tecido adiposo 
consiste em armazenar os triglicerídeos 
até que sejam necessários para o 
suprimento de energia em outras partes 
do corpo. 
− TA se encontra espalhado pelo corpo 
com função de sintetizar e armazenar 
lipídeos em forma de gotículas de 
gordura, proteger os órgãos contra 
choques mecânicos, sustentar os órgãos 
internos nos seus lugares, ser isolante 
térmico e ainda ser a maior reserva de 
energia que temos no corpo. 
Esses são os dois tipos de tecido adiposo: 
 
 
 
− Os principais fatores de risco 
comportamentais para doenças 
crônicas não transmissíveis (DCNT) são o 
tabagismo, o consumo excessivo de 
álcool, o sedentarismo e o excesso de 
peso – índice de massa corporal (IMC) ≥ 
25kg/m2 –, sendo este último um 
problema de saúde pública que 
acomete mais da metade da 
população adulta na maioria dos 
países, dentre eles o Brasil. 
− De acordo com estimativas recentes, a 
prevalência de excesso de peso no 
Brasil é de 56,9%. 
 
Sobrepeso/Obesidade 
− Graves problemas de saúde pública, 
probabilidade do desenvolvimento de 
efeitos adversos à saúde, como 
patologias metabólicas e 
cardiovasculares. 
− Obesidade: Pode ser definida como um 
excesso de gordura corporal. 
− É definida como um acúmulo de tecido 
adiposo de magnitude suficiente para 
debilitar a saúde. Excesso de 
adiposidade (conhecido por 
obesidade) e excesso de peso corporal 
estão associados ao aumento na 
incidência de várias das mais 
importantes doenças dos seres 
humanos, incluindo o diabetes tipo 2, 
dislipidemias, doenças cardio-
vasculares, hipertensão e câncer. 
 
 
http://www.ans.gov.br/images/stories/noti
cias/pdf/Manual_Diretrizes_Obesidade.pdf 
 
− OMS aponta a obesidade como um dos 
maiores problemas de saúde no mundo 
(WHO, 2010). 
− O excesso de peso e a obesidade 
constituem o segundo fator de risco 
mais importante para a carga global de 
doenças e estão associados com várias 
doenças crônicas não transmissíveis - 
DCNT, como doenças cardiovasculares, 
diabetes, câncer de cólon, de reto e de 
mama, cirrose, entre outras. 
− De acordo com a OMS, mais de 1,6 
bilhão de adultos se encontra com 
excesso de peso no mundo e pelo 
menos 400 milhões estão obesos 
− Os dados do GBD 2015 indicam 
crescimento para 604 milhões de 
adultos e 112 milhões de crianças em 
todo o mundo com obesidade, além de 
a prevalência ter dobrado entre 1980 e 
2015 em mais de 70 países do mundo 
GBD 
 
− No Brasil, a situação não é diferente. 
Estudos apontam que a obesidade vem 
crescendo cada vez mais. De acordo 
com os dados da pesquisa Vigilância de 
Fatores de Risco e Proteção para 
Doenças Crônicas por Inquérito 
Telefônico – VIGITEL, mais de 50% da 
população adulta está acima do peso, 
ou seja, na faixa de sobrepeso e 
obesidade. 
 
 
Sedentarismo: 
− É o hábito de não realizar esforço físico 
ou realizá-lo de maneira reduzida, 
insuficiente para a demanda que o 
organismo exige, 
− Quando não há um equilíbrio entre a 
ingestão energética e o gasto de 
energia. 
− É encontrado com maior frequência na 
vida urbana, devido à modernidade, 
que proporciona o conforto e 
acomodação. 
− O sedentarismo não é um fator de risco 
isolado associado a ele estão presentes 
as doenças cardiovasculares, a 
hipertensão arterial, a obesidade, o 
AVE, Diabetes Mellitus e complicações 
respiratórias. 
 
 
− Com as transformações ocorridas no 
estilo de vida da população, houve 
aumento na incidência de doenças, 
principalmente as de ordem cardio-
vascular. 
− Mudanças nos hábitos alimentares e da 
falta de atividade física, influenciados 
pela disponibilidade de alimentos com 
alto valor energético e pelo aumento 
do sedentarismo. 
− As doenças cardiovasculares (DCVs) 
são doenças que causam distúrbios no 
coração e vasos sanguíneos, 
responsáveis pela maior taxa de 
morbidade e mortalidade no mundo. 
 
− Compreendendo que o 
sobrepeso/obesidade tem origem 
multifatorial, diversos fatores genéticos, 
metabólicos, comportamentais (princi-
palmente hábitos alimentares e 
atividade física), ambientais, culturais e 
socioeconômicos têm contribuído para 
sua ocorrência. 
− Os principais responsáveis pelo 
crescimento dessa doença são os 
hábitos alimentares e o sedentarismo, o 
que torna o ambiente obesogênico. 
 
 
− Até relativamente pouco tempo, o 
papel da gordura em si no 
desenvolvimento da obesidade e suas 
consequências foi considerado passivo. 
− O tecido adiposo, por muitos anos, foi 
visto somente como local de reserva 
energética, protetor contra choques e 
isolante térmico. 
− Após a descoberta de inúmeras 
substâncias secretadas pelos 
adipócitos, dentre elas hormônios e 
citocinas, esse tecido passou a ser visto 
como órgão dinâmico e suas funções 
inflamatória e endócrina foram 
evidenciadas. 
− Obesidade é caracterizada como 
estado de inflamação crônica de baixa 
intensidade. A inflamação responde de 
forma diretamente proporcional ao 
aumento da adiposidade corporal. 
 
Indução da inflamação a partir da hipóxia 
sofrida pela expansão do tedido 
 
Ciclo vicioso entre inflamaçãoe 
obesidade. A hipertrofia dos adipócitos 
estimula liberação de citocinas 
 
− A obesidade resulta de ingestão maior 
do que o gasto energético. 
− Quando entram no corpo quantidades 
de energia (sob a forma de alimentos) 
maiores do que o gasto, o peso corporal 
aumenta e a maior parte do excesso de 
energia é armazenada como gordura. 
− Portanto, a adiposidade excessiva 
(obesidade) é provocada pela ingestão 
superior à demanda energética. 
− A gordura é armazenada, 
principalmente, no tecido subcutâneo e 
na cavidade intraperitoneal. 
− Estudos recentes: o desenvolvimento da 
obesidade em adultos é acompanhado 
por aumento do número e do tamanho 
dos adipócitos. 
 
 
 
 
− A elevação da massa adiposa ocorrida 
na obesidade é determinada pelo 
aumento do tamanho do adipócito 
(hipertrofia) e/ou do seu número 
(hiperplasia). 
− Modificações no número de adipócitos 
(hiperplasia) dependem da 
diferenciação dos pré-adipócitos em 
adipócitos – processo denominado 
adipogênese. 
− O desenvolvimento da obesidade 
resulta não só da hipertrofia, mas da 
hiperplasia das células de gordura. 
 
− Segundo Scott e colaboradores (2006) a 
distribuição do tecido adiposo 
determina se a obesidade é decorrente 
de um aumento da quantidade de 
gordura em cada célula (obesidade 
hipertrófica), do aumento do número 
de células adiposas (obesidade 
hiperplásica) ou de ambos. Sendo que 
há 25 bilhões de adipócitos em um 
indivíduo normal e de 60 a 80 bilhões em 
um indivíduo extremamente obeso. 
 
 
− De acordo com um estudo publicado 
pela revista "The Lancet" a "Relação 
Cintura- Quadril" é mais eficaz na 
descoberta de doenças 
cardiovasculares que o IMC (índice de 
massa corporal). Uma vez que, o IMC 
não revela o local onde a gordura está 
mais localizada, nem a quantidade de 
musculatura que a pessoa possui. 
− Por isso um atleta poderia ter um IMC 
parecido com de um sedentário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
− O excesso de peso promove alterações 
metabólicas e estruturais que tornam o 
indivíduo obeso mais suscetível a 
diversas doenças, como doenças 
cardiovasculares, alterações meta-
bólicas, afecções pulmonares e apneia 
obstrutiva do sono, doenças renais, 
biliares e certos tipos de neoplasias. 
− Em indivíduos obesos, alterações 
estruturais da região tóraco-abdominal 
levam à limitação da mobilidade 
diafragmática e do movimento costal, 
ambos essenciais para a mecânica 
ventilatória adequada. 
− Os trabalhos publicados até o 
momento investigaram a função 
pulmonar de indivíduos com diferentes 
graus de obesidade e avaliaram 
volumes e capacidades pulmonares de 
forma individual. 
 
− Alterações na função pulmonar 
prejuízos = qualidade de vida e no 
desempenho das atividades de vida 
diária. 
 
− Episódios recorrentes de oclusão das 
vias aéreas superiores durante o sono 
provocam alterações, como hipóxia 
intermitente, severa fragmentação do 
sono, hipertensão aguda, ativação do 
sistema nervoso simpático, da atividade 
inflamatória e do sistema hipotálamo-
hipófise-adrenal (HHA), que agravam a 
obesidade visceral e provocam 
anormalidades metabólicas como 
resistência à insulina, diabetes melito 
(DM), hipertensão arterial sistêmica 
(HAS) e, consequentemente, 
predispõem a danos vasculares 
 
 
 
Doença arterial obstrutiva periférica no 
paciente diabético: avaliação e conduta 
 
− Exercícios de reabilitação: a prática de 
exercícios regulares é a principal 
medida terapêutica para a 
Claudicação Intermitente. Já está bem 
estabelecido que estes programas de 
reabilitação devem incluir caminhadas 
diárias, com intervalos de repouso e 
distâncias progressivamente 
crescentes. É muito importante que 
sejam realizados sob supervisão e 
tenham uma duração mínima de três 
meses antes de se obterem resultados 
significativos. 
 
 
− A obesidade tem sido identificada 
como uma causa importante de 
doença renal, incluindo a Doença Renal 
Crônica (DRC), com evidência causal 
em vários estudos. 
− Devido à sua estreita associação com 
DM e HAS, o sobrepeso e a obesidade, 
que atingem proporções epidêmicas no 
mundo todo, são importantes fatores de 
risco para o desenvolvimento da DRC, 
especialmente em adultos. 
− A incidência e prevalência da DRC 
estão aumentando e associam-se ao 
aumento da expectativa de vida da 
população e ao número de casos de 
hipertensão arterial sistêmica (HAS) e 
diabetes mellitus (DM), as principais 
causas de DRC. 
− A obesidade influencia o 
desenvolvimento da DRC, entre outros 
fatores, por predispor à nefropatia 
diabética, nefroesclerose hipertensiva e 
glomeruloesclerose segmentar e focal. 
 
− A doença hepática gordurosa não 
alcoólica (DHGNA) é caracterizada 
pelo acúmulo de gordura no fígado 
quando este excede 5-10% do seu peso. 
− Constata-se elevada prevalência da 
doença (88,7%) em obesos submetidos 
à cirurgia bariátrica, sendo a 
probabilidade de desenvolvimento de 
esteato-hepatite aumentada na 
obesidade classe III, com 15 a 20% 
desses pacientes com diagnóstico de 
EHNA (esteato-hepatite não alcoólica). 
 
 
 
− A prevalência na população geral varia 
entre 10 e 33% dependendo do país, 
aumentando para 75% em obesos e 90% 
em alcoolistas (consumo de 2 ou mais 
copos por dia). Insuficiência Hepática. 
 
 
− 
 
− A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é 
uma das mais importantes causas 
evitáveis de morte prematura. Segundo 
a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), existem cerca de 800 milhões de 
pessoas com pressão arterial (PA) 
elevada em todo o mundo, causando 
mais de 7 milhões de mortes por ano. 
− Nossos achados são compatíveis com 
recentes revisões da literatura que 
confirmam a hipótese de que a 
obesidade durante a adolescência é 
um fator de risco para o 
desenvolvimento de HAS. 
− Estratégias de saúde pública devem ser 
instituídas para a prevenção, o controle 
e o tratamento da HAS e da obesidade 
na adolescência, a fim de reduzir os 
prejuízos à saúde em curto e longo 
prazo. 
 
− A obesidade, diabetes e hipertensão 
podem levar a mudanças estruturais no 
coração que aumentam a rigidez do 
músculo e reduz a sua capacidade de 
se contrair. Tais mudanças estruturais e 
funcionais no músculo reduziriam a 
capacidade de circulação de sangue, 
o que pode levar à insuficiência 
cardíaca. 
 
 
✓ Incontinência Urinária de Esforço (IUE), a 
mais presente nas mulheres obesas 
✓ Podendo ocorrer durante o ato de tossir, 
de espirrar, de gargalhar, de levantar 
peso, ou de correr. 
✓ Devido a fadiga e ao enfraquecimento 
da musculatura do assoalho pélvico, 
facilitando a perda de urina 
✓ Pela crônica pressão intra-abdominal e 
intra-vesical causada pelo excesso de 
peso. 
 
− A Revista Brasileira de Obesidade, 
Nutrição e Emagrecimento (RBONE) é 
uma publicação do Instituto Brasileiro de 
Pesquisa e Ensino em Fisiologia do 
Exercício (IBPEFEX), é de periodicidade 
bimestral, com publicação de artigos 
científicos, fruto de pesquisas e estudos 
de cientistas, professores, estudantes e 
profissionais que lidam com a 
Epidemiologia da Obesidade, da 
Nutrição Humana com fundamentação 
na fisiologia humana no âmbito da 
saúde, do esporte, da educação e da 
estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obesidade e Coronavírus: 
− A atual experiência europeia parece 
indicar casos cada vez mais graves 
entre as faixas etárias mais jovens. 
Pessoas com obesidade em todo o 
mundo já estão em alto risco de 
complicações graves da Covid-19 em 
virtude do aumento do risco de 
doenças crônicas que a obesidade 
gera. 
− Há sérias implicações para o sistema de 
saúde. O atendimento a pacientes 
obesos gravemente enfermos (5% das 
infecções) que necessitam de cuidados 
intensivos apresenta uma série de 
desafios como: 
• Necessidade de mais leitos hospitalares 
bariátricos 
• Intubações mais desafiadoras 
• Maiordificuldade na obtenção de 
diagnóstico por imagem (existem limites 
de peso nas máquinas de imagem) 
• Maior dificuldade de posicionamento e 
transporte pela equipe de enfermagem. 
• Leitos especiais e equipamentos de 
posicionamento/transporte estão 
disponíveis principalmente em unidades 
especializadas em cirurgia bariátrica, e 
podem não estar amplamente 
disponíveis em outros hospitais. 
− É provável que vejamos uma colisão 
dessas duas epidemias de saúde 
pública, a obesidade e o novo 
coronavírus. 
− O impacto da Covid-19 também será 
sentido fora da unidade de terapia 
intensiva. Pessoas com obesidade já 
vivem mais isoladas e evitam o contato 
social. Já estão estigmatizadas e já 
experimentam taxas mais altas de 
depressão. 
 
Fisioterapeutas e Gerenciamento da 
Obesidade: 
− A Associação Canadense de 
Fisioterapia (CPA) identificou a 
importância dos fisioterapeutas no 
tratamento da obesidade e divulgou 
uma declaração - 
− Fisioterapeutas são frequentemente o 
primeiro contato de uma pessoa com 
dor ou limitação funcional resultante de 
obesidade. 
− Exercício e atividade física são 
componentes-chave da prática de 
fisioterapia e elementos importantes no 
manejo de indivíduos com obesidade. 
− Fisioterapeutas têm um papel a 
desempenhar no manejo de pacientes 
com obesidade, desenvolvendo 
intervenções com exercícios (96%), 
treinamento em mobilidade funcional 
(97%) e treinamento em programa 
cardiorrespiratório para deficiências 
devido à obesidade (95%). 
− Os fisioterapeutas concordaram 
firmemente que têm um papel a 
desempenhar na avaliação e 
tratamento de condições como 
doenças cardíacas, diabetes e 
osteoartrite associadas à obesidade. 
− Promoção da saúde foram orientar os 
indivíduos quanto ao estilo de vida 
saudável e educar os indivíduos sobre 
obesidade e suas implicações para a 
saúde. 
 
− Obesidade sarcopênica (OS) é o termo 
usado para descrever a condição que 
envolve baixa massa muscular 
(sarcopenia) e alta gordura corporal 
(obesidade). 
− Comparados aos indivíduos que 
apresentam apenas sarcopenia ou 
obesidade, indivíduos com OS 
apresentam maiores riscos de distúrbios 
metabólicos, maior prevalência de 
DCV, maiores taxas de mortalidade e 
desempenho físico reduzido, como 
velocidade de caminhada. 
− Os objetivos das intervenções da OS são 
perder a massa gorda, melhorar a 
desregulação do metabolismo e 
inflamação associada à gordura, 
aumentar a massa muscular e melhorar 
a força muscular e a função física. 
− Exercício e nutrição são as duas 
principais intervenções no 
gerenciamento da OS. 
− Foi demonstrado que o exercício isolado 
ou combinado com suplementação 
diminuiu a massa gorda. 
 
 
− Em conjunto, o exercício físico e as 
dietas hipocalóricas promovem a 
diminuição da gordura corporal, o 
aumento da massa magra e a 
atenuação das comorbidades geradas 
pelo excesso de gordura, compondo o 
tratamento clínico da obesidade 
juntamente com o uso de fármacos 
específicos. 
− A cirurgia bariátrica é outra forma de 
tratamento que vem aumentando em 
todo o mundo. 
− Com intuito de garantir maior 
segurança na prescrição de exercícios 
físicos e sua aderência - além de gerar 
maior conhecimento científico dos seus 
efeitos em relação ao emagrecimento 
e à saúde em geral -, surge a 
importância de analisar os estudos que 
utilizaram programas de exercícios 
físicos como intervenção no tratamento 
de obesos mórbidos (OM). 
 
 
− Pôde-se observar que as crianças e 
adolescentes obesos são mais 
predispostos a apresentar compli-
cações ortopédicas que os indivíduos 
eutróficos, e os principais problemas 
relatados foram as alterações posturais, 
como hiperlordose lombar e joelhos 
valgos, e dores músculo-esqueléticas, 
principalmente na coluna lombar e 
membros inferiores. 
− Os principais fatores que causam esses 
problemas não são bem definidos, mas 
incluem aumento da sobrecarga 
articular associado à fragilidade óssea 
em fase de crescimento e à diminuição 
da estabilidade postural, o que conduz 
ao aumento das necessidades 
mecânicas regionais. 
 
✓ O exercício físico, independentemente 
do tipo, mostra-se capaz de promover 
adaptações positivas sobre a 
obesidade infantil, principalmente por 
atuar na restauração da homeostase 
celular e sistema cardiovascular, na 
melhoria da composição corporal e 
também aumento da ativação 
metabólica. 
✓ A maioria dos estudos relacionou a 
prática de exercícios físicos aeróbicos e 
resistidos à melhoria da composição 
corporal, à regulação do perfil lipídico e 
metabólico e ao estado inflamatório de 
crianças e adolescentes obesos. 
✓ Entretanto, a magnitude dos efeitos está 
associada ao tipo, à intensidade e à 
duração da prática. 
 
− As intervenções no estilo de vida 
geralmente prescrevem 150 a 180 
minutos por semana de atividade 
aeróbica, como caminhada rápida ou 
outros tipos de exercícios aeróbicos de 
intensidade moderada. 
− A atividade aeróbica regular está 
associada a uma série de benefícios à 
saúde, incluindo melhorias nos lipídios, 
no sangue pressão e gordura visceral. 
 
− A atividade física também está 
associada à melhora da aptidão física, 
o que pode atenuar o risco de 
mortalidade associado à obesidade 
 
− O treinamento intervalado de alta 
intensidade ou HIIT é um modelo de 
treinamento de curta duração no qual 
são aplicados variados estímulos de alta 
intensidade, intercalados por 
recuperações em baixa intensidade ou 
parado. 
 
− Treinamento contínuo de intensidade 
moderada: O TCMI é um modelo de 
treinamento tradicional, consolidado, 
tendo sua efetividade confirmada por 
diversas agências governamentais, e 
tem sido amplamente recomendado 
para sujeitos que pretendem iniciar em 
um programa de exercício físico, pelos 
seguintes motivos: 
1) Proporciona estímulo suficiente para 
melhorias na saúde, 
2) Risco baixo relacionados a eventos 
cardiovasculares e de lesões 
musculoesqueléticas, 
3) Tolerável por grande parte da 
população, 
4) Proporciona percepções de prazer que 
podem promover maior engajamento e 
aderência em programa de exercício 
físico. 
 
− Em adultos com excesso de peso, o 
Colégio Americano de Medicina do 
Esporte recomenda que inicialmente a 
intensidade deve ser entre 40‒59% da 
frequência cardíaca de reserva (FCres) 
durante 30 minutos em cada sessão 
realizados por 5 dias/sem, com uma 
gradual progressão que permita aos 
sujeitos se adaptarem a tolerância. 
 
− O exercício físico de intensidade 
moderada de 150 a 250 min-semana 
com uma energia equivalente a 1200 a 
2000 kcal-semana parece suficiente 
para impedir um ganho de peso 
superior a 3% na maioria dos adultos e 
pode resultar em perda de peso 
modesta. 
− Exercício físico sem restrição de dieta 
geralmente proporciona perda de peso 
modesta; no entanto, estudos 
laboratoriais que fornecem supervisão e 
doses maiores de exercício físico em 
comparação com estudos 
ambulatoriais tendem a mostrar perda 
de peso igual ou superior a 3% do peso 
inicial. 
 
 
Trabalho: 
Fisioterapia na Obesidade e Sobrepeso: 
De acordo com a Organização Mundial 
da Saúde - OMS, a obesidade é uma 
doença crônica, progressiva e altamente 
complexa, sendo uma epidemia mundial, 
onde só no Brasil há cerca de 20% da 
população obesa e mais de 60% dos 
brasileiros encontram-se em sobrepeso. 
Para a organização, uma pessoa tem 
obesidade quando o IMC (índice de massa 
corporal) é maior ou igual a 30 kg/m2. 
A obesidade pode apresentar inúmeras 
complicações, tais como: desencadear 
Diabetes Melittus tipo 2, hipertensão 
arterial, doenças cardiovasculares, 
problemas ventilatórios, apneia do sono, 
câncer e comprometimentos psicológicos. 
Por isso, seu tratamento deve ser elaborado 
através de um olhar holístico, considerando 
todas as faces do indivíduo e seus aspectosbiopsicossociais. 
O fisioterapeuta tem um papel 
importantíssimo na obesidade e sobrepeso, 
podendo atuar diretamente na redução 
de peso através da prescrição de 
exercícios terapêuticos que visem o 
aumento do gasto calórico, promovendo 
melhor desempenho físico, hipertrofia 
muscular e consequente melhoria da 
qualidade de vida. Além disso, atua na 
reabilitação pulmonar e cardiovascular, 
com objetivo de otimizar a troca gasosa e 
trabalho cardíaco. Ainda pode auxiliar no 
tratamento de algias musculares e 
posturais. 
 Com isso, entende-se que o 
fisioterapeuta tem papel fundamental na 
obesidade e sobrepeso, atuando na 
prevenção e tratamento. Tendo como 
benefícios a melhoria da qualidade de 
vida, redução de risco de maiores 
complica perda de peso, desenvolvimento 
de consciência corporal e melhora da 
autoestima.

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