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As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúr- bios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), são agravos decorrentes da utilização exces- siva imposta ao sistema músculo-esquelético. Histórico • 1700: “doença dos escribas e notórios” • 1920: “doença das tecelãs” • 1965: “doença das lavadeiras” • Década de 80: universalização dos problemas para várias profissões. • São considerados a segunda maior causa de afas- tamento do trabalho. Obtiveram um aumento de- vido a informatização e foi dado como problema na década de 80. Causas Sabe-se que as principais causas para o desenvolvi- mento de LER/DORT são atividades com repetitivi- dade, diminuição do aporte sanguíneo na região, ex- cesso do uso do sistema musculoesquelético, postu- ras incorretas, forças dos movimentos estáticos, frio excessivo, vibração excessiva e ruído elevado, além de fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho. Sinais e sintomas As LER/DORT podem provocar desconforto, alteração muscular, dificuldade ao uso do membro afetado, fadiga, dormência ou formigamento, perda da força e coordenação nas mãos. Além disso, podem ocorrer limitações dos movimentos, edemas locais, dores in- tensas, que devem ser observados com atenção. Doenças relacionadas ao trabalho • Tenossinovite: inflamação da membrana que reco- bre o tendão. • Radiculopatia cervical: compressão e inflamação da raiz do nervo cervical (hérnia de disco). • Epicondilite lateral: inflamação da inserção dos músculos responsáveis pela extensão e supinação do antebraço. • Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano ao nível do punho. • Bursites: inflamação da Bursa (presente nas arti- culações). • Tendinite: inflamação dos tendões. Estadiamento, sinais e conduta nas Le- sões por Esforços Repetitivos O estadiamento da LER/DORT, ou seja, a classificação do grau em que se encontra a lesão ou distúrbio os- teomuscular relacionado ao trabalho auxilia no pla- nejamento terapêutico, na avaliação da incapaci- dade laborativa e no prognóstico. Fase 1 Queixas: sensação constante de desconforto ou sen- sação de peso nos membros superiores relacionados com os movimentos repetitivos. Dor a palpação e à movimentação ativa. Conduta: emissão da CAT, estudos e intervenção no local de trabalho, afastamento e repouso. Fase 2 Queixas: dor constante nos membros superiores com pequenos períodos de remissão que agrava com a realização de esforços repetitivos; inchaço; dor à palpação, aumento do volume. Conduta: analgésico/anti-inflamatório, afastamento e avaliação fisioterápica. Fase 3 Queixas: dificuldades para realizar tarefas fora do trabalho, deixa objetos caírem das mãos. Edema, presença de sinais sugestivos de compressão dos nervos. Conduta: emissão de CAT, estudo e intervenção no local de trabalho, repouso, encaminhamento à clí- nica e avaliação fisioterápica. Fase 4 Queixas: dificuldade para realizar movimentos finos, exacerbação da dor e edema, impossibilidade de re- alizar tarefas domésticas e de trabalho. Limitação dos movimentos, atrofia e/ou deformidades. Conduta: emissão de CAT, estudo e intervenção no local de trabalho, avaliação da equipe médica e multiprofissional. Formas de prevenção • Programas de supervisão no trabalho e discussão para conhecimento dos fatores de riscos de LER/DORT. • Alternância das tarefas, rotação dos postos de trabalho e pausas. • Adequação do posto de trabalho para evitar pos- turas corporais incorretas, ambiente adequado. • Realização de exames periódicos. Ler e Dort
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