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ORCRIM novo parte 02

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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
LEI nº 12.850/13 (LEI DAS ORCRIM) .............................................................................................. 3 
COLABORAÇÃO PREMIADA ...................................................................................................... 3 
conceito ......................................................................................................................................... 3 
A COLABORAÇÃO PREMIADA em outras leis ....................................................................... 3 
natureza jurídica ............................................................................................................................ 4 
TRATATIVAS INICIAIS ............................................................................................................ 5 
DOS DEVERES DO COLABORADOR ..................................................................................... 7 
BENEFÍCIOS PARA O COLABORADOR ................................................................................ 8 
não oferecimento da denúncia ...................................................................................................... 8 
atuação do juiz no acordo de colaboração premiada .................................................................... 9 
acompanhamento do advogado ................................................................................................... 11 
retratação da proposta ................................................................................................................. 12 
manifestação do RÉU DELATADO nos autos .......................................................................... 12 
declarações do colaborador ......................................................................................................... 13 
REscisão do acordo de colaboração premiada ............................................................................ 14 
direitos do colaborador ............................................................................................................... 14 
termo do acordo de colaboração premiada ................................................................................. 15 
sigilo do acordo de colaboração premiada .................................................................................. 15 
CAPTAÇÃO AMBIENTAL DE SINAIS ELETROMAGNÉTICOS, ÓPTICOS OU 
ACÚSTICOS .................................................................................................................................. 15 
conceito ....................................................................................................................................... 16 
pacote anticrimes (lei nº 9.296/96) ............................................................................................. 16 
autorização judicial ..................................................................................................................... 17 
AÇÃO CONTROLADA ................................................................................................................ 18 
CONCEITO ................................................................................................................................ 18 
AÇÃO CONTROLADA E AUTORIZAÇÃO JUDICIAL ........................................................ 19 
INFILTRAÇÃO DE AGENTES .................................................................................................... 20 
CONCEITO ................................................................................................................................ 20 
INFILTRAÇÃO DE AGENTES E LEGISLAÇÃO ESPECIAL ............................................... 20 
CARACTERÍSTICAS DA INFILTRAÇÃO DE AGENTES .................................................... 20 
infiltração virtual – pacote anticrimes (lei nº 13.964/19) ........................................................... 21 
responsabilidade PENAL do agente infiltrado ........................................................................... 23 
direitos do agente infiltrado ........................................................................................................ 24 
DO ACESSO A REGISTROS, DADOS CADASTRAIS, DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES
 ........................................................................................................................................................ 24 
CONCEITO ................................................................................................................................ 24 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
TIPOS PENAIS DA LEI Nº 12.850/13 .......................................................................................... 25 
DEMAIS TIPOS PENAIS DA LEI Nº 12.850/13 ...................................................................... 25 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
LEI Nº 12.850/13 (LEI DAS ORCRIM) 
 
COLABORAÇÃO PREMIADA 
 
IMPORTANTE: ALTERAÇÃO LEGISLATIVA (LEI Nº 13.964/2019) 
	
CONCEITO 
	
A	 colaboração	 premiada	 ocorre	 quando	 o	 investigado/acusado,	 além	 de	 confessar	 a	
prática	 do	 delito,	 resolve	 colaborar	 com	 a	 elucidação	 dos	 fatos,	 fornecendo	 informações	
relevantes	que	irão	auxiliar,	efetivamente,	na	colheita	de	provas	contra	os	demais	envolvidos	e,	
em	contrapartida,	recebe	benefícios	penais	e	processuais.	
	
	
	
A COLABORAÇÃO PREMIADA EM OUTRAS LEIS 
	
É	importante	ressaltar	que	a	colaboração	premiada	não	foi	um	instituto	criado	pela	Lei	nº	
12.850/13.	
	
Nesse	sentido,	outras	leis	penais	já	trataram	sobre	a	colaboração	premiada,	por	exemplo,	
destacam-se:	
	
• Lei	de	Lavagem	de	Capitais	(Lei	nº	9.613/98);	
• Lei	de	Drogas	(Lei	nº	11.343/06);	
• Lei	de	Crimes	contra	a	Ordem	Tributária	(Lei	nº	8.137/90);	
• Código	Penal;	
	
Em	relação	ao	Código	Penal,	a	colaboração	premiada	é	prevista	para	o	crime	de	extorsão	
mediante	sequestro	(CP,	art.	159,	§4º).	
	
O investigado/acusado confessa a prática do delito
O investigado/acusado apresenta informações relevantes
O investigado/acusado recebe benefícios penais e processuais
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
Art.	159,	§	4º -	Se	o	crime	é	cometido	em	concurso,	o	concorrente	que	
o	denunciar	à	autoridade,	 facilitando	a	 libertação	do	 sequestrado,	
terá	sua	pena	reduzida	de	um	a	dois	terços.																		 (Redação dada 
pela Lei nº 9.269, de 1996)	
	
DÚVIDA: E por que a Lei nº 12.850/13 é tão importante para a colaboração 
premiada e por que o instituto foi tão utilizado a partir de sua promulgação? 
	
Na	realidade,	o	grande	mérito	da	Lei	nº	12.850/13	foi	tratar	do	instituto	da	colaboração	
premiada	de	forma	mais	detalhada,	inclusive,	descrevendo	o	procedimento	de	celebração	do	
acordo.	
	
NATUREZA JURÍDICA 
	
Inicialmente,	 cumpre	 salientar	 que	 natureza	 jurídica	 é	 a	 “espécie”	 de	 determinado	
instituto	dentro	do	Direito,	ou	seja,	nada	mais	é	do	que	uma	forma	de	classificar	algo	no	mundo	
jurídico.		Por	exemplo,	a	natureza	jurídica	da	legítima	defesa	é	de	causa	de	exclusão	da	ilicitude	
(CP,	art.	23).	
	
Com	 o	 advento	 do	 Pacote	 Anticrimes,	 a	 natureza	 jurídica	 da	 colaboração	 premiada	
tornou-se	prevista	em	lei,	nos	termos	do	art.	3º-A	da	Lei	das	ORCRIM:	
	
Art.	 3º-A.	 O	 acordo	 de	 colaboração	 premiada	 é	 negócio	 jurídico	
processual	e	meio	de	obtenção	de	prova,	que	pressupõe	utilidade	e	
interesse	públicos.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Dito	 isso,	 a	natureza	 jurídica	da	 colaboração	premiada	 é	de	MEIO	DE	OBTENÇÃO	DE	
PROVA.	
	
DÚVIDA: Existe diferença entre meio de prova e meio de obtenção de prova? 
	
Sim,	e	muita!	
	
Meio	de	prova	é	algo	que	serve	ao	convencimento	do	juiz,	como	exemplo,	o	depoimento	
prestado	por	uma	testemunha	ou	um	laudo	pericial.	
	
Por	outro	 lado,	o	meio	de	obtenção	de	prova	é	o	método	empregado	para	alcançar	os	
elementos	 de	 prova,	 por	 exemplo,	 uma	 interceptação	 telefônica	 que,	 sefrutífera,	 tratará	
informações	relevantes	ao	conhecimento	do	juiz.	
	
Assim,	quando	se	afirma	que	a	colaboração	premiada	é	meio	de	obtenção	de	prova,	quer	
dizer	que	ela	não	prova	nada!	Trata-se,	apenas,	de	uma	técnica	para	se	obter	provas.	
	
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
DÚVIDA: Então, se o colaborador não comprovar por meio de outros 
elementos o que informou aos órgãos de investigação/acusação no acordo de 
colaboração premiada, não é possível condenar o delatado? 
	
Isso	mesmo!	
	
Como	a	colaboração	premiada	é	apenas	um	meio	de	obtenção	de	provas,	as	informações	
apresentadas	pelo	colaborador	não	são	aptas,	por	si	só,	a	embasar	uma	condenação	penal.	
	
Assim,	todas	as	 informações	prestadas	pelo	colaborador	deverão	ser	corroboradas	por	
outros	 elementos	 de	 informação	 capazes	 de	 ratificar	 aquilo	 que	 foi	 apresentado	 na	 oitiva	
daquele.	
	
DÚVIDA: O delatado pode impugnar o acordo de colaboração premiada 
celebrado por terceiro colaborador? 
	
A	resposta	é,	em	regra,	NÃO.	
	
Por	se	 tratar	de	um	negócio	 jurídico	personalíssimo,	 firmado	entre	o	colaborador	e	os	
órgãos	de	investigação/acusação,	os	efeitos	são	entre	as	partes	envolvidas.	
	
Contudo,	 caso	 a	 homologação	 do	 acordo	 de	 colaboração	 premiada	 não	 respeitar	 a	
prerrogativa	de	foro,	será	possível	a	impugnação	pelo	delatado.	
	
SITUAÇÃO	 HIPOTÉTICA:	 “A”,	 parlamentar	 federal,	 foi	 delatado	 em	 colaboração	
premiada	 homologada	 pelo	 juiz	 de	 1ª	 instância.	 Nesse	 caso,	 “A”	 poderá	 impugnar	 a	
homologação	em	razão	da	incompetência	do	juízo	que	não	respeitou	sua	prerrogativa	de	foro.	
	
TRATATIVAS INICIAIS 
	
A	Lei	nº	13.964/2019	(Pacote	Anticrimes)	inovou	a	Lei	das	ORCRIM	de	forma	a	esmiuçar	
o	procedimento	para	a	celebração	do	acordo	de	colaboração	premiada,	razão	pela	qual	o	tema	
será	abordado	de	forma	detalhada	no	presente	tópico.	
	
O	art.	3º-B,	caput,	da	Lei	nº	12.850/13	tem	a	seguinte	redação:	
	
Art.	3º-B.	O	recebimento	da	proposta	para	formalização	de	acordo	de	
colaboração	demarca	o	 início	das	negociações	 e	 constitui	 também	
marco	de	confidencialidade,	configurando	violação	de	sigilo	e	quebra	
da	confiança	e	da	boa-fé	a	divulgação	de	tais	tratativas	iniciais	ou	de	
documento	que	as	formalize,	até	o	levantamento	de	sigilo	por	decisão	
judicial.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Da	leitura	do	dispositivo	legal,	resta	evidente	que	a	negociação	da	colaboração	premiada	
é	marcada	pela	confidencialidade,	de	forma	que	a	divulgação	indevida	das	tratativas	iniciais	
configura	violação	dos	princípios	da	boa-fé	e	da	confiança.	
	
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
DÚVIDA: Apesar da confidencialidade do acordo de colaboração premiada, é 
possível que o terceiro mencionado pelo colaborador tenha acesso aos termos da 
colaboração? 
	
A	resposta	é	SIM.	
	
Segundo	recente	julgamento	do	STF	(Info	978),	terceiros	que	tenham	sido	mencionados	
pelos	 colaboradores	 podem	 obter	 acesso	 aos	 termos	 dos	 colaboradores	 em	 obediência	 à	
Súmula	Vinculante	nº	14.	
	
Nesse	caso,	o	acesso	é	restrito	aos	documentos	em	que	o	requerente	é	efetivamente	citado	
e	desde	que	não	se	refira	à	diligência	ainda	em	andamento.	
	
O	art.	3º-B,	§1º,	da	Lei	nº	12.850/13	tem	a	seguinte	redação:	
	
Art.	3º-B,	§	1º	A	proposta	de	acordo	de	colaboração	premiada	poderá	
ser	 sumariamente	 indeferida,	 com	 a	 devida	 justificativa,	
cientificando-se	o	interessado.			 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
O	dispositivo	legal	positivou	(transformou	em	lei)	o	entendimento	jurisprudencial	de	que	
o	Ministério	Público	não	é	obrigado	a	celebrar	o	acordo	de	colaboração	premiada.	
	
Por	 se	 tratar	de	um	negócio	 jurídico	e,	 até	mesmo	pelas	peculiaridades	do	 instituto,	 a	
celebração	 do	 acordo	 de	 colaboração	 premiada	 está	 dentro	 da	 discricionariedade,	 ou	 seja,	
submete-se	ao	juízo	de	conveniência	e	oportunidade	do	órgão	ministerial.	
	
Porém,	 não	 ocorrendo	 o	 indeferimento	 sumário,	 haverá	 a	 assinatura	 do	 termo	 de	
confidencialidade	que	vinculará	as	partes,	impedindo	posterior	indeferimento	imotivado,	nos	
termos	do	art.	3º-B,	§2º:	
	
Art.	 3º-B,	 §	 2º	 Caso	 não	 haja	 indeferimento	 sumário,	 as	 partes	
deverão	 firmar	 Termo	 de	 Confidencialidade	 para	 prosseguimento	
das	tratativas,	o	que	vinculará	os	órgãos	envolvidos	na	negociação	e	
impedirá	o	indeferimento	posterior	sem	justa	causa.					 (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019)	
	
O	art.	3º-B,	§1º,	da	Lei	nº	12.850/13	tem	a	seguinte	redação:	
	
Art.	 3º-B,	 §	 3º	 O	 recebimento	 de	 proposta	 de	 colaboração	 para	
análise	 ou	 o	 Termo	 de	 Confidencialidade	 não	 implica,	 por	 si	 só,	 a	
suspensão	da	investigação,	ressalvado	acordo	em	contrário	quanto	à	
propositura	 de	 medidas	 processuais	 penais	 cautelares	 e	
assecuratórias,	bem	como	medidas	processuais	cíveis	admitidas	pela	
legislação	processual	civil	em	vigor.					(Incluído	pela	Lei	nº	13.964,	de	
2019)	
	
A	Lei	nº	13.964/2019	apresentou	interessante	disposição	acerca	do	prosseguimento	da	
investigação,	mesmo	quando	apresentada	a	proposta	de	acordo	de	colaboração	premiada.	
	
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MUDE SUA VIDA! 
7 
 
Nesse	 sentido,	 o	 recebimento	 da	 proposta	 não	 suspende	 a	 investigação,	 salvo	 acordo	
acerca	 de	 medidas	 processuais	 penais	 cautelares	 e	 assecuratórias,	 como	 exemplo,	 prisão	
preventiva.	
	
Por	outro	 lado,	o	art.	3º-B,	 §6º,	prevê	a	 impossibilidade	de	utilização	das	 informações	
prestadas	pelo	colaborador	quando	não	celebrado	o	acordo	por	iniciativa	do	celebrante	(órgão	
de	persecução	penal).	
	
Art.	 3º-B,	 §	 6º	 Na	 hipótese	 de	 não	 ser	 celebrado	 o	 acordo	 por	
iniciativa	do	celebrante,	 esse	não	poderá	 se	valer	de	nenhuma	das	
informações	 ou	 provas	 apresentadas	 pelo	 colaborador,	de	 boa-fé,	
para	 qualquer	 outra	 finalidade.		 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)	
	
A	exigência	de	boa-fé	do	colaborador	denota	que	se,	ardilosamente,	ocultou	informações	
relevantes	ou	faltou	com	a	verdade,	seria	possível	a	utilização	dessas	contra	si.	
	
Por	fim,	o	art.	3º-C	apresenta	outras	disposições	acerca	das	tratativas	iniciais:	
	
Art.	3º-C.	A	proposta	de	colaboração	premiada	deve	estar	instruída	
com	procuração	do	interessado	com	poderes	específicos	para	iniciar	
o	 procedimento	 de	 colaboração	 e	 suas	 tratativas,	 ou	 firmada	
pessoalmente	pela	parte	que	pretende	a	colaboração	e	seu	advogado	
ou	defensor	público.			 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
§	 1º	 Nenhuma	 tratativa	 sobre	 colaboração	 premiada	 deve	 ser	
realizada	 sem	 a	 presença	 de	 advogado	 constituído	 ou	 defensor	
público.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
§	2º	Em	caso	de	eventual	conflito	de	 interesses,	ou	de	colaborador	
hipossuficiente,	 o	 celebrante	 deverá	 solicitar	 a	 presença	 de	 outro	
advogado	ou	a	participação	de	defensor	público.				 (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019)	
§	3º	No	acordo	de	colaboração	premiada,	o	colaborador	deve	narrar	
todos	os	fatos	ilícitos	para	os	quais	concorreu	e	que	tenham	relação	
direta	 com	os	 fatos	 investigados.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)	
§	4º	Incumbe	à	defesa	instruir	a	proposta	de	colaboração	e	os	anexos	
com	 os	 fatos	 adequadamente	 descritos,	 com	 todas	 as	 suas	
circunstâncias,	 indicando	 as	 provas	 e	 os	 elementos	 de	
corroboração.		 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
DOS DEVERES DO COLABORADOR 
 
Inicialmente,	 a	 colaboração	 premiada	 deverá	 produzir	 um	 ou	 mais	 dos	 resultados	
descritos	no	art.	4º	da	Lei	nº	12.850/13:	
	
Art.	4º	O	juiz	poderá,	a	requerimento	das	partes,	conceder	o	perdão	
judicial,	 reduzir	 em	 até	 2/3	 (dois	 terços)	 a	 pena	 privativa	 de	
liberdade	ou	substituí-la	por	restritiva	de	direitos	daquele	que	tenha	
colaborado	 efetiva	 e	 voluntariamente	 com	a	 investigação	 e	 com	o	
processo	criminal,	desde	que	dessa	colaboração	advenha	um	ou	mais	
dos	seguintes	resultados:	
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
I	-	a	identificaçãodos	demais	coautores	e	partícipes	da	organização	
criminosa	e	das	infrações	penais	por	eles	praticadas;	
II	-	a	revelação	da	estrutura	hierárquica	e	da	divisão	de	tarefas	da	
organização	criminosa;	
III	-	a	prevenção	de	infrações	penais	decorrentes	das	atividades	da	
organização	criminosa;	
IV	 -	a	 recuperação	 total	ou	parcial	do	produto	ou	do	proveito	das	
infrações	penais	praticadas	pela	organização	criminosa;	
V	 -	 a	 localização	 de	 eventual	 vítima	 com	 a	 sua	 integridade	 física	
preservada.	
§	1º	Em	qualquer	caso,	a	concessão	do	benefício	levará	em	conta	a	
personalidade	 do	 colaborador,	 a	 natureza,	 as	 circunstâncias,	 a	
gravidade	e	a	 repercussão	 social	do	 fato	criminoso	e	a	eficácia	da	
colaboração.	
	
BENEFÍCIOS PARA O COLABORADOR 
 
A	Lei	nº	1.850/13	apresenta	um	rol	de	benefícios	ao	colaborador:	
	
• Redução	de	pena;	
• Progressão	de	regime;	
• Substituição	da	pena	privativa	de	liberdade	por	restritiva	de	direitos;	
• Perdão	judicial;	
• Não	oferecimento	de	denúncia;	
	
Em	relação	ao	perdão	judicial,	a	colaboração	é	permitida,	nos	termos	do	art.	4º,	§2º,	da	Lei	
nº	12.850/13.	
	
Art.	4º,	§	2º	Considerando	a	relevância	da	colaboração	prestada,	o	
Ministério	 Público,	 a	 qualquer	 tempo,	 e	 o	 delegado	de	 polícia,	 nos	
autos	 do	 inquérito	 policial,	 com	 a	 manifestação	 do	 Ministério	
Público,	poderão	requerer	ou	representar	ao	juiz	pela	concessão	de	
perdão	judicial	ao	colaborador,	ainda	que	esse	benefício	não	tenha	
sido	previsto	na	proposta	inicial,	aplicando-se,	no	que	couber,	o	art.	
28	 do	 Decreto-Lei	 nº	 3.689,	 de	 3	 de	 outubro	 de	 1941	 (Código	 de	
Processo	Penal).	
	
DÚVIDA: O Delegado de Polícia pode celebrar acordo de colaboração 
premiada? 
	
A	resposta	é	SIM.	
	
Além	da	previsão	legal	expressa	(art.	4º,	§2º),	o	STF	(Info	907)	decidiu	que	o	delegado	de	
polícia	pode	formalizar	acordo	de	colaboração	premiada,	desde	que	seja	no	curso	do	inquérito	
policial	e	sejam	respeitadas	as	prerrogativas	do	Ministério	Público.	
	
NÃO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA 
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MUDE SUA VIDA! 
9 
 
	
Sem	dúvidas,	o	benefício	mais	interessante	que	pode	ser	oferecido	ao	colaborador	é	o	não	
oferecimento	da	denúncia,	conforme	art.	4º,	§4º,	da	Lei	nº	12.850/13.	
	
É	bastante	interessante	a	possibilidade	de	mencionado	benefício,	na	medida	em	que	tanto	
o	órgão	ministerial,	quanto	à	polícia	judiciária,	são	submetidos	ao	princípio	da	obrigatoriedade	
no	Processo	Penal.	
	
DÚVIDA: O que é o princípio da obrigatoriedade no Processo Penal? 
	
Segundo	tal	princípio,	verificada	a	prática	de	uma	conduta	delituosa,	a	autoridade	policial	
é	 obrigada	 a	 instaurar	 o	 inquérito	 policial	 de	 ofício	 (crime	 de	 ação	 penal	 pública	
incondicionada)	ou	a	requerimento	do	ofendido	(crime	de	ação	penal	privada	ou	de	ação	penal	
pública	condicionada	à	representação).	
	
Da	mesma	forma,	o	órgão	ministerial	é	obrigado	a	apresentar	denúncia	quando	presente	
a	justa	causa	e	os	demais	requisitos	da	denúncia.	
	
Em	relação	ao	não	oferecimento	da	denúncia,	a	Lei	nº	13.964/19	trouxe	nova	redação	
quanto	aos	requisitos	de	sua	concessão,	nos	termos	do	art.	4º,	§4º:	
	
Art.	4º,	§	4º	Nas	mesmas	hipóteses	do caput deste	artigo,	o	Ministério	
Público	poderá	deixar	de	oferecer	denúncia	se	a	proposta	de	acordo	
de	 colaboração	 referir-se	 a	 infração	 de	 cuja	 existência	 não	 tenha	
prévio	conhecimento	e	o	colaborador:				 (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
I	-	não	for	o	líder	da	organização	criminosa;	
II	 -	 for	 o	 primeiro	 a	 prestar	 efetiva	 colaboração	 nos	 termos	 deste	
artigo.	
§	 4º-A.	 Considera-se	 existente	 o	 conhecimento	 prévio	 da	 infração	
quando	 o	 Ministério	 Público	 ou	 a	 autoridade	 policial	 competente	
tenha	 instaurado	 inquérito	 ou	 procedimento	 investigatório	 para	
apuração	dos	fatos	apresentados	pelo	colaborador.				 (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Dessa	forma,	para	se	obter	o	benefício	de	não	oferecimento	da	denúncia,	não	basta	apenas	
que	o	colaborador	não	seja	o	líder	da	ORCRIM	e	que	seja	o	primeiro	a	prestar	a	colaboração,	
mas	que	haja	o	elemento	de	novidade	acerca	da	infração	a	ser	revelada.	
	
A	 alteração	 legislativa	 visa	 afastar	 a	 crítica	 que	 envolve	 a	 celebração	 de	 acordo	 de	
colaboração	premiada	em	investigações	que	já	existem	elementos	de	prova	suficientes	e	que	
possam	representar	benefícios	apenas	para	o	colaborador.	
	
ATUAÇÃO DO JUIZ NO ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA 
	
O	art.	4º,	§6º,	da	Lei	nº	12.850/13,	afirma	que	a	autoridade	judicial	não	poderá	participar	
das	negociações	do	acordo	de	colaboração	premiada:	
	
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10 
 
Art.	4º,	§	6º	O	juiz	não	participará	das	negociações	realizadas	entre	
as	 partes	 para	 a	 formalização	 do	 acordo	 de	 colaboração,	 que	
ocorrerá	entre	o	delegado	de	polícia,	o	investigado	e	o	defensor,	com	
a	manifestação	do	Ministério	Público,	ou,	conforme	o	caso,	entre	o	
Ministério	Público	e	o	investigado	ou	acusado	e	seu	defensor.	
	
A	ideia	é	simples:	evitar	que	o	juiz,	ao	participar	das	negociações,	perca	a	imparcialidade	
necessária	para	apreciar	a	ação	penal.	
	
Por	outro	lado,	a	Lei	nº	13.964/2019	(Pacote	Anticrimes)	trouxe	nova	redação	ao	art.	4º,	
7º,	da	Lei	nº	12.850/13:	
	
Art.	4º,	§	7º	Realizado	o	acordo	na	forma	do	§	6º	deste	artigo,	serão	
remetidos	ao	juiz,	para	análise,	o	respectivo	termo,	as	declarações	do	
colaborador	 e	 cópia	 da	 investigação,	 devendo	 o	 juiz	 ouvir	
sigilosamente	 o	 colaborador,	 acompanhado	 de	 seu	 defensor,	
oportunidade	 em	 que	 analisará	 os	 seguintes	 aspectos	 na	
homologação:				 (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
I	-	regularidade	e	legalidade;					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
II	-	adequação	dos	benefícios	pactuados	àqueles	previstos	no caput e	
nos	 §§	4º	 e	 5º	 deste	artigo,	 sendo	nulas	as	 cláusulas	 que	 violem	o	
critério	de	definição	do	regime	inicial	de	cumprimento	de	pena	do art. 
33 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),	
as	regras	de	cada	um	dos	regimes	previstos	no	Código	Penal	e	na Lei 
nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) e	 os	
requisitos	de	progressão	de	regime	não	abrangidos	pelo	§	5º	deste	
artigo;						 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
III	 -	 adequação	 dos	 resultados	 da	 colaboração	 aos	 resultados	
mínimos	 exigidos	 nos	 incisos	 I,	 II,	 III,	 IV	 e	 V	 do caput deste	
artigo;					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
IV	-	voluntariedade	da	manifestação	de	vontade,	especialmente	nos	
casos	 em	 que	 o	 colaborador	 está	 ou	 esteve	 sob	 efeito	 de	medidas	
cautelares.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Na	 redação	 anterior,	 o	 juiz	 deveria	 verificar	 apenas	 a	 regularidade,	 legalidade	 e	
voluntariedade	da	manifestação	de	vontade.	
	
Contudo,	com	o	advento	do	Pacote	Anticrimes,	o	 juiz	deverá	observar	se	os	 termos	do	
acordo	de	 colaboração	premiada	 respeitam,	dentre	outros	 requisitos,	 os	preceitos	 legais	de	
fixação	de	regime	de	pena.	
	
O	 art.	 4º,	 §7º-A,	 da	 Lei	 nº	 12.850/13	 aponta	 que	 o	 juiz	 somente	 poderá	 conceder	 os	
benefícios	pactuados	caso	estejam	adequados	ao	Código	Penal:	
	
Art.	 4º,	 §	 7º-A	 O	 juiz	 ou	 o	 tribunal	 deve	 proceder	 à	 análise	
fundamentada	 do	 mérito	 da	 denúncia,	 do	 perdão	 judicial	 e	 das	
primeiras	etapas	de	aplicação	da	pena,	nos	termos	do Decreto-Lei nº 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) e	do Decreto-Lei nº 
3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal),	antes	de	
conceder	os	benefícios	pactuados,	exceto	quando	o	acordo	prever	o	
não	oferecimento	da	denúncia	na	forma	dos	§§	4º	e	4º-A	deste	artigo	
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11 
 
ou	já	tiver	sido	proferida	sentença.					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)	
	
Com	a	inovação	legislativa,	há	um	maior	controle	judicial	acerca	dos	benefícios	pactuados,	
assim,	evita-se	a	celebração	de	acordos	que	não	atendam	ao	interesse	público.	
	
O	 art.	 4º,	 §7º-B,	 daLei	 nº	 12.850/13,	 garante	 a	 possibilidade	 de	 impugnar	 a	 decisão	
homologatória:	
	
Art.	4º,	§	7º-B.	São	nulas	de	pleno	direito	as	previsões	de	renúncia	ao	
direito	de	impugnar	a	decisão	homologatória.			 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
	
Com	o	Pacote	Anticrimes	(Lei	nº	13.964/19),	a	recusa	do	juiz	em	homologar	o	acordo	de	
colaboração	enseja	a	devolução	às	partes	para	as	adequações	necessárias,	não	existindo	mais	a	
possibilidade	de	a	própria	autoridade	judicial	ajustá-lo.	
	
Art.	4º,	§	8º	O	juiz	poderá	recusar	homologação	à	proposta	que	não	
atender	aos	requisitos	legais,	ou	adequá-la	ao	caso	concreto.	
	
Art.	4º,	§	8º	O	juiz	poderá	recusar	a	homologação	da	proposta	que	
não	 atender	 aos	 requisitos	 legais,	 devolvendo-a	 às	 partes	 para	 as	
adequações	necessárias.			 (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Tal	previsão	aponta	o	cuidado	do	legislador	em	impedir	o	envolvimento	demasiado	do	
juiz	na	fase	de	tratativas	do	acordo	de	colaboração	premiada.	
	
ACOMPANHAMENTO DO ADVOGADO 
	
O	art.	4º,	§9º,	da	Lei	nº	12.850/13,	prevê	que	o	colaborador	será	ouvido	pelo	Ministério	
Público	ou	pela	autoridade	policial	sempre	acompanhado	de	seu	advogado:	
	
Art.	4º,	§	9º	Depois	de	homologado	o	acordo,	o	colaborador	poderá,	
sempre	acompanhado	pelo	seu	defensor,	ser	ouvido	pelo	membro	do	
Ministério	 Público	 ou	 pelo	 delegado	 de	 polícia	 responsável	 pelas	
investigações.	
	
É	interessante	destacar	que	mesmo	acompanhado	de	seu	defensor,	o	colaborador	deverá	
renunciar	ao	direito	ao	silêncio	e	deverá	firmar	o	compromisso	legal	de	dizer	a	verdade,	nos	
termos	do	§14º,	do	mesmo	artigo:	
	
Art.	4º,	§	14.	Nos	depoimentos	que	prestar,	o	colaborador	renunciará,	
na	presença	de	seu	defensor,	ao	direito	ao	silêncio	e	estará	sujeito	ao	
compromisso	legal	de	dizer	a	verdade.	
	
Assim:	
	
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12 
 
	
	
	
RETRATAÇÃO DA PROPOSTA 
	
A	retratação	da	proposta	de	colaboração	premiada	é	admissível,	nos	termos	do	art.	4º,	
§10:	
	
Art.	4º,	§	10.	As	partes	podem	retratar-se	da	proposta,	caso	em	que	
as	 provas	 autoincriminatórias	 produzidas	 pelo	 colaborador	 não	
poderão	ser	utilizadas	exclusivamente	em	seu	desfavor.	
	
Dessa	forma,	caso	o	colaborador	se	arrependa	do	acordo,	as	provas	produzidas	com	base	
em	sua	colaboração	não	poderão	ser	produzidas	em	seu	desfavor.	
	
DÚVIDA: É possível a utilização das provas produzidas por meio da 
colaboração premiada contra terceiros quando o colaborador se retrata? 
	
A	resposta	é	SIM.	
	
A	vedação	quanto	à	utilização	é	reservada,	apenas,	ao	colaborador.	
	
MANIFESTAÇÃO DO RÉU DELATADO NOS AUTOS 
	
O	Pacote	Anticrimes	(Lei	nº	13.964/19)	acrescentou	o	§10-A	ao	art.	4º,	com	a	seguinte	
redação:	
	
Art.	4º,	§	10-A	Em	todas	as	fases	do	processo,	deve-se	garantir	ao	réu	
delatado	a	oportunidade	de	manifestar-se	após	o	decurso	do	prazo	
concedido	 ao	 réu	 que	 o	 delatou.			 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)	
	
COLABORADOR
Sempre 
acompanhado de 
advogado
Renúncia ao direito 
ao silêncio e 
compromisso legal 
de dizer a verdade
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13 
 
A	previsão	é	bastante	 importante	e	dá	primazia	ao	princípio	do	contraditório	e	ampla	
defesa,	na	medida	em	que	permite	ao	réu	delatado	se	pronunciar	após	a	manifestação	de	seu	
delator.	
	
Antes	do	advento	do	Pacote	Anticrimes,	o	tema	já	havia	sido	objeto	de	apreciação	pelo	
STF,	especificamente,	em	relação	à	apresentação	de	alegações	finais	do	delator	ao	final,	após	
manifestação	da	acusação	e	do	réu	colaborador.	
	
O réu delatado tem o direito de apresentar suas alegações finais somente após 
o réu delator. Os réus colaboradores não podem se manifestar por último (ou no 
mesmo prazo dos réus delatados) porque as informações trazidas por eles possuem 
uma carga acusatória. O direito fundamental ao contraditório e à ampla defesa deve 
permear todo o processo legal, garantindo-se sempre a possibilidade de a defesa se 
manifestar depois do agente acusador. Vale ressaltar que pouco importa a 
qualificação jurídica do agente acusador: Ministério Público ou corréu colaborador. 
Se é um “agente acusador”, a defesa deve falar depois dele. Ao se permitir que os 
réus colaboradores falem por último (ou simultaneamente com os réus delatados), 
há uma inversão processual que ocasiona sério prejuízo ao delatado, tendo em vista 
que ele não terá oportunidade de repelir os argumentos eventualmente 
incriminatórios trazidos pelo réu delator ou para reforçar os favoráveis à sua 
defesa. Permitir o oferecimento de memoriais escritos de réus colaboradores, de 
forma simultânea ou depois da defesa — sobretudo no caso de utilização desse meio 
de prova para prolação da condenação —, compromete o pleno exercício do 
contraditório, que pressupõe o direito de a defesa falar por último, a fim de poder 
reagir às manifestações acusatórias. STF. 2ª Turma. HC 157627 AgR/PR, rel. orig. 
Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 27/8/2019 
(Info 949).1 
	
DECLARAÇÕES DO COLABORADOR 
	
Como	 visto	 anteriormente,	 a	 colaboração	 premiada	 tem	 natureza	 jurídica	 de	meio	 de	
obtenção	de	prova,	não	sendo	apta,	por	si	só,	a	ensejar	uma	condenação	criminal.	
	
O	Pacote	Anticrimes	acrescentou	o	§16	ao	art.	4º,	com	a	seguinte	redação:	
	
Art.	 4º,	 §	 16.	 Nenhuma	 das	 seguintes	 medidas	 será	 decretada	 ou	
proferida	 com	 fundamento	 apenas	 nas	 declarações	 do	
colaborador:				 (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)	
I	 -	 medidas	 cautelares	 reais	 ou	 pessoais;				 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
II	-	recebimento	de	denúncia	ou	queixa-crime;				 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
 
1 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Em ação penal envolvendo réus colaboradores e não 
colaboradores, o réu delatado tem o direito de apresentar suas alegações finais somente após o réu 
que firmou acordo de colaboração premiada. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e7ac288b0f2d41445904d071ba37aaff>. 
Acesso em: 27/07/2020 
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MUDE SUA VIDA! 
14 
 
III	-	sentença	condenatória.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Dessa	forma,	com	o	advento	da	Lei	nº	13.964/19,	o	legislador	ampliou	a	restrição	ao	valor	
probatório	 da	 colaboração	 premiada,	 impedindo	 que	 as	 medidas	 listadas	 no	 art.	 4º,	 §16º,	
fossem	decretas	apenas	com	fundamento	nesse	meio	de	obtenção	de	prova.	
	
RESCISÃO DO ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA 
	
O	acordo	de	colaboração	premiada	poderá	ser	rescindido	conforme	art.	4º,	§§	17	e	18:	
	
§	17.	O	acordo	homologado	poderá	ser	rescindido	em	caso	de	omissão	
dolosa	sobre	os	 fatos	objeto	da	colaboração.				 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
§	 18.	 O	 acordo	 de	 colaboração	 premiada	 pressupõe	 que	 o	
colaborador	cesse	o	envolvimento	em	conduta	ilícita	relacionada	ao	
objeto	da	colaboração,	sob	pena	de	rescisão.				 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
	
Inicialmente,	é	oportuno	salientar	que	rescisão	não	se	confunde	com	retratação.	
	
A	rescisão	pressupõe	o	descumprimento	do	acordo	pela	parte	e	enseja	a	 imposição	de	
sanções,	 tais	 como	 a	 perda	 dos	 benefícios	 pactuados	 com	 possibilidade	 de	 utilização	 das	
informações	obtidas,	inclusive,	em	desfavor	do	colaborador.	
	
DIREITOS DO COLABORADOR 
	
O	art.	5º	da	Lei	nº	12.850/13	apresenta	o	rol	de	direitos	do	colaborador:	
	
Art.	5º	São	direitos	do	colaborador:	
I	 -	 usufruir	 das	 medidas	 de	 proteção	 previstas	 na	 legislação	
específica;	
II	 -	 ter	nome,	qualificação,	 imagem	e	demais	 informações	pessoais	
preservados;	
III	-	ser	conduzido,	em	juízo,	separadamente	dos	demais	coautores	e	
partícipes;	
IV	 -	 participar	 das	 audiências	 sem	 contato	 visual	 com	 os	 outros	
acusados;	
V	-	não	ter	sua	identidade	revelada	pelos	meios	de	comunicação,	nem	
ser	fotografado	ou	filmado,	sem	sua	prévia	autorização	por	escrito;	
VI	 -	 cumprir	 pena	 em	 estabelecimento	 penal	 diverso	 dosdemais	
corréus	ou	condenados.	
VI	 -	 cumprir	 pena	 ou	 prisão	 cautelar	 em	 estabelecimento	 penal	
diverso	dos	demais	corréus	ou	condenados.						 (Redação dada pela 
Lei nº 13.964, de 2019)	
	
A	novidade,	como	se	percebe	do	texto	legal,	é	singela	e	se	limita	a	incluir	o	cumprimento	
da	prisão	cautelar	em	estabelecimento	penal	diverso	dos	demais	corréus	ou	condenados.	
	
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15 
 
TERMO DO ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA 
	
O	art.	6º	da	Lei	nº	12.850/13	apresenta	os	requisitos	do	acordo	de	colaboração	premiada,	
que,	sinceramente,	não	apresenta	relevância	para	as	provas	de	carreiras	policiais:	
	
Art.	6º	O	termo	de	acordo	da	colaboração	premiada	deverá	ser	feito	
por	escrito	e	conter:	
I	-	o	relato	da	colaboração	e	seus	possíveis	resultados;	
II	-	as	condições	da	proposta	do	Ministério	Público	ou	do	delegado	de	
polícia;	
III	-	a	declaração	de	aceitação	do	colaborador	e	de	seu	defensor;	
IV	 -	 as	 assinaturas	 do	 representante	 do	 Ministério	 Público	 ou	 do	
delegado	de	polícia,	do	colaborador	e	de	seu	defensor;	
V	-	a	especificação	das	medidas	de	proteção	ao	colaborador	e	à	sua	
família,	quando	necessário.	
	
SIGILO DO ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA 
	
O	art.	7º	da	Lei	nº	12.850/13	trata	do	sigilo	inerente	ao	acordo	de	colaboração	premiada:	
	
Art.	 7º	 O	 pedido	 de	 homologação	 do	 acordo	 será	 sigilosamente	
distribuído,	 contendo	 apenas	 informações	 que	 não	 possam	
identificar	o	colaborador	e	o	seu	objeto.	
§	1º	As	informações	pormenorizadas	da	colaboração	serão	dirigidas	
diretamente	ao	juiz	a	que	recair	a	distribuição,	que	decidirá	no	prazo	
de	48	(quarenta	e	oito)	horas.	
§	2º	O	acesso	aos	autos	será	restrito	ao	juiz,	ao	Ministério	Público	e	
ao	 delegado	 de	 polícia,	 como	 forma	 de	 garantir	 o	 êxito	 das	
investigações,	 assegurando-se	 ao	 defensor,	 no	 interesse	 do	
representado,	 amplo	 acesso	 aos	 elementos	 de	 prova	 que	 digam	
respeito	ao	exercício	do	direito	de	defesa,	devidamente	precedido	de	
autorização	 judicial,	 ressalvados	 os	 referentes	 às	 diligências	 em	
andamento.	
§	3º	O	acordo	de	colaboração	premiada	deixa	de	ser	sigiloso	assim	
que	recebida	a	denúncia,	observado	o	disposto	no	art.	5º	.	
§	 3º	 O	 acordo	 de	 colaboração	 premiada	 e	 os	 depoimentos	 do	
colaborador	serão	mantidos	em	sigilo	até	o	recebimento	da	denúncia	
ou	 da	 queixa-crime,	 sendo	 vedado	 ao	 magistrado	 decidir	 por	 sua	
publicidade	 em	 qualquer	 hipótese.						 (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
	
	
A	novidade	está	no	marco	temporal	do	sigilo	do	acordo	que	é	o	recebimento	da	denúncia	
ou	queixa-crime,	que	passa	a	ser	determinado	por	imposição	legal.	
 
CAPTAÇÃO AMBIENTAL DE SINAIS ELETROMAGNÉTICOS, 
ÓPTICOS OU ACÚSTICOS 
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16 
 
 
Prevista	 no	 art.	 3º,	 inciso	 II,	 da	 Lei	 nº	 12.850/13,	 a	 captação	 ambiental	 de	 sinais	
eletromagnéticos,	ópticos	ou	acústicos	não	teve	seu	procedimento	disciplinado	como	os	demais	
instrumentos	investigativos.	
	
Na	realidade,	coube	à	Lei	nº	9.296/96	(Lei	das	Interceptações	Telefônicas),	por	meio	do	
Pacote	Anticrimes,	disciplinar	o	tema.	
	
CONCEITO 
	
A	 captação	 ambiental	 de	 sinais	 eletromagnéticos,	 ópticos	 ou	 acústicos	 é	 um	meio	 de	
obtenção	de	prova	 que	 consiste	 na	 captura	 de	 informações	 visuais,	 acústicas	 ou	de	 dados	
eletromagnéticos	em	local	específico,	com	o	objetivo	de	levantar	elementos	de	prova	que	não	
seriam	alcançados	pelos	métodos	tradicionais	de	interceptação	de	dados.	
	
PACOTE ANTICRIMES (LEI Nº 9.296/96) 
	
O	 art.	 8º-A	 da	 Lei	 nº	 9.296/96	 apresenta	 os	 requisitos	 para	 a	 utilização	 da	 medida	
cautelar:	
	
Art.	 8º-A.	 Para	 investigação	 ou	 instrução	 criminal,	 poderá	 ser	
autorizada	 pelo	 juiz,	 a	 requerimento	 da	 autoridade	 policial	 ou	 do	
Ministério	Público,	a	captação	ambiental	de	sinais	eletromagnéticos,	
ópticos	 ou	 acústicos,	 quando:						(Incluído	 pela	 Lei	 nº	 13.964,	 de	
2019)	
I	 -	 a	 prova	 não	 puder	 ser	 feita	 por	 outros	 meios	 disponíveis	 e	
igualmente	eficazes;	e						(Incluído	pela	Lei	nº	13.964,	de	2019)	
II	-	houver	elementos	probatórios	razoáveis	de	autoria	e	participação	
em	 infrações	 criminais	 cujas	 penas	máximas	 sejam	 superiores	 a	 4	
(quatro)	anos	ou	em	infrações	penais	conexas.			
	
Dessa	forma:	
	
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AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 
	
MUITO IMPORTANTE 
	
Conforme	o	art.	8º-A	da	Lei	nº	9.296/96,	a	captação	ambiental	exige	autorização	judicial	
para	sua	utilização.	
	
Contudo,	doutrinadores,	como	Renato	Brasileiro2,	afirmam	que	a	captação	ambiental	em	
lugares	 públicos	 independe	 de	 autorização	 judicial,	 pois	 “se	 os	 interlocutores	 desejassem	
privacidade	e	certeza	de	que	não	seriam	importunados	ou	ouvidos,	deveriam	recolher-se	a	lugar	
privado”.	
	
Dessa	 forma,	 para	 o	 autor,	 a	 autorização	 judicial	 exigida	 pela	 Lei	 nº	 13.964/19	 seria	
adequada	à	captação	em	ambientes	privados,	tal	qual	a	residência	ou	escritório	do	investigado.	
	
DÚVIDA: Se um policial, durante a prisão em flagrante, gravasse, 
informalmente e sem conhecimento do conduzido, conversa em que este admitisse 
a prática do crime, tal confissão seria lícita? 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
Segundo	 a	 jurisprudência	 do	 STJ,	 a	 prova	 produzida	 é	 ilícita,	 pois	 o	 preso	 deve	 ser	
informado	de	seu	direito	de	permanecer	calado	(CF/88,	art.	5º,	LXIII).	
 
 
2 BRASILEIRO, Renato. Pacote Anticrimes: Comentários à Lei nº 13.964/19, Vol. Único. 2020. Pág. 443. 
CAPTAÇÃO 
AMBIENTAL
Imprescindibilidade 
da medida cautelar
Elementos 
probatórios 
razoáveis de autoria 
e participação
Penas máximas 
superiores a 04 
anos ou infrações 
penais conexas
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18 
 
AÇÃO CONTROLADA 
 
CONCEITO 
 
É	 um	 instrumento	 de	 investigação	 em	 que	 a	 autoridade	 policial	 (ou	 administrativa),	
mesmo	diante	de	indícios	da	prática	de	uma	conduta	delituosa,	retarda	a	intervenção	para	um	
momento	posterior	e	mais	conveniente	do	ponto	de	vista	da	investigação.	
	
Tal	conveniência	se	traduz	em:	
	
• Angariar	um	maior	número	elementos	de	informação;	
• Implicar	um	maior	número	de	envolvidos;	
• Recuperar	o	produto	do	crime	e,	se	for	o	caso,	salvar/resgatar,	com	segurança	as	
vítimas;	
	
A	 ação	 controlada	 é	 conhecida,	 também,	 como	 flagrante	 prorrogado,	 retardado	 ou	
diferido	e,	devido	a	essa	nomenclatura,	muitos	alunos	se	confundem	com	o	chamado	flagrante	
esperado.	
	
DÚVIDA: O que é o flagrante esperado? 
	
O	flagrante	esperado	ocorre	quando	a	autoridade	ou	agente	policial,	tomando	ciência	da	
iminente	 ocorrência	 de	 um	delito,	 comparece	 ao	 local	 e	 aguarda	 a	 ação	 do	 criminoso,	 sem,	
contudo,	induzi-lo	a	agir.	
	
Em	outras	palavras,	os	policiais	adotam	uma	postura	passiva	e	aguardam	o	desenrolar	
dos	 fatos,	 efetuando	a	prisão	em	 flagrante	no	momento	em	que	o	criminoso	pratica	um	ato	
executório.		
	
Por	exemplo:	Uma	equipe	policial,	com	informações	de	que	bandidos	estariam	a	caminho	
de	 uma	 agência	 bancária	 para	 praticar	 um	 roubo,	 aguarda	 em	posições	 estratégicas	 para	 o	
confronto.	
	
Abaixo,	segue	uma	tabela	para	facilitar	a	diferenciação	entre	os	dois	tipos	de	flagrantes:	
	
	
AÇÃO	CONTROLADA	(FLAGRANTE	
PRORROGADO)	
FLAGRANTE	ESPERADO	
A	 autoridade	 policial,	 tendo	 conhecimento	
dos	 fatos,	 retarda,	 propositalmente,	 a	
intervenção	 policial	 e	 aguarda	 o	 momento	
mais	 oportuno	 para	 realizar	 a	 prisão	 em	
flagrante.	
	
A	 autoridade	 policial,	 tendo	 conhecimento	
dos	 fatos,	 comparece	 ao	 local	 e	 aguarda	 o	
momento	em	que	o	criminoso	pratica	um	ato	
executório	 e,	 então,	 realiza	 a	 prisão	 em	
flagrante.	
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MUDE SUA VIDA! 
19 
 
RESUMO:	 O	 flagrante	 já	 poderia	 ter	 sido	
realizado,	mas	não	foi	feito	por	conta	de	um	
juízo	de	conveniência	e	oportunidade	
	
RESUMO:	O	flagrante	é	um	evento	futuro	e,	
por	isso,	a	autoridade	policial	vai	até	o	local,aguarda	 o	 momento	 da	 prática	 do	 crime	 e	
realiza	a	prisão	em	flagrante.	
 
AÇÃO CONTROLADA E AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 
	
MUITO IMPORTANTE 
	
A	ação	controlada,	assim	como	a	colaboração	premiada,	não	é	uma	novidade	da	Lei	nº	
12.850/13.	
	
Na	 realidade,	 outros	 diplomas	 legais	 importantes,	 como	 a	 Lei	 de	 Drogas	 (Lei	 nº	
11.343/13)	e	a	Lei	de	Lavagem	de	Capitais	(Lei	nº	9.613/98)	já	previam	a	ação	controlada.	
	
Contudo,	diferentemente	do	que	ocorre	com	a	Lei	das	ORCRIM,	tais	leis	penais	exigem	a	
autorização	judicial	para	a	ação	controlada.	
	
A	 necessidade	 de	 autorização	 judicial	 prestaria	 para	 inibir	 atos	 de	 corrupção	 de	
autoridades	policiais	que	justificariam	o	acobertamento	do	ilícito	sob	o	argumento	de	utilização	
da	ação	controlada.	
	
DÚVIDA: A ação controlada prevista na Lei nº 12.850/13 exige autorização 
judicial? 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
A	Lei	nº	12.850/13	exige,	apenas,	a	comunicação	prévia	à	autoridade	judicial.	
	
Art.	 8º,	 §	 1º	 O	 retardamento	 da	 intervenção	 policial	 ou	
administrativa	será	previamente	comunicado	ao	juiz	competente	
que,	 se	 for	 o	 caso,	 estabelecerá	 os	 seus	 limites	 e	 comunicará	 ao	
Ministério	Público.	
	
DÚVIDA: Por qual motivo a Lei nº 12.850/13 não exige autorização judicial 
para a ação controlada? 
	
Apesar	da	autorização	judicial	dificultar	atos	de	corrupção	de	agentes	policiais,	a	dinâmica	
da	investigação	policial	exige	celeridade	na	atuação	da	equipe	de	investigação.	
	
Nesse	 sentido,	 aguardar	 uma	 decisão	 judicial	 autorizativa	 tornaria	 inócua	 a	 ação	
controlada.	
	
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MUDE SUA VIDA! 
20 
 
Diante	 desse	 cenário,	 o	 legislador	 resolveu	 compatibilizar	 a	 prevenção	 de	 atos	 de	
corrupção	 com	 a	 necessidade	 de	 celeridade,	 prevendo	 como	 requisito,	 apenas,	 a	 prévia	
comunicação	ao	juiz.	
	
	
 
INFILTRAÇÃO DE AGENTES 
 
CONCEITO 
 
É	 uma	 técnica	 de	 investigação	 que	 consiste	 em	 implantar,	 dentro	 das	 organizações	
criminosas,	 agentes	 policiais	 disfarçados	 que,	 dessa	 forma,	 conseguirão	 obter	 elementos	 de	
prova	impossíveis	de	serem	coletados	por	outros	métodos	de	investigação.	
 
INFILTRAÇÃO DE AGENTES E LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
 
Como	 ocorre	 com	 outras	 técnicas	 de	 investigação	 previstas	 na	 Lei	 nº	 12.850/13,	 a	
infiltração	de	agentes	não	é	uma	novidade.	
	
Por	exemplo,	a	Lei	de	Drogas	(Lei	nº	11.343/13)	já	tratou	do	tema	em	seu	art.	53,	I	bem	
como	o	ECA,	após	a	alteração	legislativa	trazida	pela	Lei	nº	13.441/17	(arts.	190-A	ao	190-E).	
 
CARACTERÍSTICAS DA INFILTRAÇÃO DE AGENTES 
 
A	infiltração	de	agentes	é	prevista	no	art.	10	da	Lei	nº	12.850/13,	nos	seguintes	termos:	
	
Art.	10.	A	infiltração	de	agentes	de	polícia	em	tarefas	de	investigação,	
representada	pelo	delegado	de	polícia	ou	requerida	pelo	Ministério	
Público,	 após	manifestação	 técnica	do	delegado	de	polícia	quando	
solicitada	 no	 curso	 de	 inquérito	 policial,	 será	 precedida	 de	
circunstanciada,	 motivada	 e	 sigilosa	 autorização	 judicial,	 que	
estabelecerá	seus	limites.	
§	 1º	 Na	 hipótese	 de	 representação	 do	 delegado	 de	 polícia,	 o	 juiz	
competente,	antes	de	decidir,	ouvirá	o	Ministério	Público.	
AÇÃO 
CONTROLADA
(OUTRAS LEIS)
Exige-se 
autorização 
judicial
AÇÃO 
CONTROLADA
(LEI nº 12.850/13)
Não se exige 
autorização 
judicial
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21 
 
§	2º	Será	admitida	a	infiltração	se	houver	indícios	de	infração	penal	
de	que	trata	o	art.	1º	e	se	a	prova	não	puder	ser	produzida	por	outros	
meios	disponíveis.	
§	3º	A	infiltração	será	autorizada	pelo	prazo	de	até	6	(seis)	meses,	
sem	 prejuízo	 de	 eventuais	 renovações,	 desde	 que	 comprovada	 sua	
necessidade.	
§	4º	Findo	o	prazo	previsto	no	§	3º,	o	relatório	circunstanciado	será	
apresentado	ao	 juiz	 competente,	 que	 imediatamente	 cientificará	o	
Ministério	Público.	
§	 5º	 No	 curso	 do	 inquérito	 policial,	 o	 delegado	 de	 polícia	 poderá	
determinar	 aos	 seus	 agentes,	 e	 o	 Ministério	 Público	 poderá	
requisitar,	a	qualquer	tempo,	relatório	da	atividade	de	infiltração.	
	
Dessa	forma,	é	possível	identificar	as	principais	características	da	medida	cautelar:	
	
	
	
É	 interessante	 observar	 que	 se	 o	 requerimento	 for	 feito	 pelo	 Ministério	 Público,	 a	
autoridade	policial	deverá	se	manifestar,	tecnicamente,	acerca	da	infiltração	de	agentes.	
	
Por	outro	lado,	caso	haja	a	representação	do	delegado	de	polícia,	o	juiz	só	poderá	decidir	
após	a	oitiva	do	Ministério	Público	(art.	10,	§1º).	
	
Por	fim,	a	confecção	do	relatório	da	infiltração	poderá	ser	requisitado	a	qualquer	tempo	
pela	autoridade	policial	ou	Ministério	Público.	
	
INFILTRAÇÃO VIRTUAL – PACOTE ANTICRIMES (LEI Nº 13.964/19) 
	
Com	o	advento	do	Pacote	Anticrimes,	há	infiltração	de	agentes	policiais	poderá	acontecer	
em	ambiente	virtual	da	internet,	nos	seguintes	termos:	
	
Art.	 10-A.	 Será	 admitida	 a	 ação	 de	 agentes	 de	 polícia	 infiltrados	
virtuais,	 obedecidos	 os	 requisitos	 do caput do	 art.	 10,	 na	 internet,	
INFILTRAÇÃO 
DE AGENTES
Autorização judicial
Imprescindibilidade
Prazo de 06 meses 
(renovável)
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MUDE SUA VIDA! 
22 
 
com	o	fim	de	investigar	os	crimes	previstos	nesta	Lei	e	a	eles	conexos,	
praticados	por	organizações	criminosas,	desde	que	demonstrada	sua	
necessidade	e	indicados	o	alcance	das	tarefas	dos	policiais,	os	nomes	
ou	apelidos	das	pessoas	investigadas	e,	quando	possível,	os	dados	de	
conexão	 ou	 cadastrais	 que	 permitam	 a	 identificação	 dessas	
pessoas.					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
§	 1º	 Para	 efeitos	 do	 disposto	 nesta	 Lei,	 consideram-se:					 (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019)	
I	 -	 dados	 de	 conexão:	 informações	 referentes	 a	 hora,	 data,	 início,	
término,	duração,	endereço	de	Protocolo	de	Internet	(IP)	utilizado	e	
terminal	 de	 origem	da	 conexão;					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)	
II	-	dados	cadastrais:	informações	referentes	a	nome	e	endereço	de	
assinante	ou	de	usuário	registrado	ou	autenticado	para	a	conexão	a	
quem	endereço	de	IP,	 identificação	de	usuário	ou	código	de	acesso	
tenha	sido	atribuído	no	momento	da	conexão.				 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
§	 2º	 Na	 hipótese	 de	 representação	 do	 delegado	 de	 polícia,	 o	 juiz	
competente,	antes	de	decidir,	ouvirá	o	Ministério	Público.				 (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019)	
§	3º	Será	admitida	a	infiltração	se	houver	indícios	de	infração	penal	
de	 que	 trata	 o	 art.	 1º	 desta	 Lei	 e	 se	 as	 provas	 não	 puderem	 ser	
produzidas	 por	 outros	 meios	 disponíveis.				 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
§	4º	A	infiltração	será	autorizada	pelo	prazo	de	até	6	(seis)	meses,	
sem	 prejuízo	 de	 eventuais	 renovações,	 mediante	 ordem	 judicial	
fundamentada	e	desde	que	o	 total	não	exceda	a	720	 (setecentos	 e	
vinte)	dias	e	seja	comprovada	sua	necessidade.					 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
§	 5º	 Findo	 o	 prazo	 previsto	 no	 §	 4º	 deste	 artigo,	 o	 relatório	
circunstanciado,	 juntamente	 com	 todos	 os	 atos	 eletrônicos	
praticados	durante	a	operação,	deverão	 ser	 registrados,	 gravados,	
armazenados	e	apresentados	ao	juiz	competente,	que	imediatamente	
cientificará	o	Ministério	Público.					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)	
§	 6º	 No	 curso	 do	 inquérito	 policial,	 o	 delegado	 de	 polícia	 poderá	
determinar	 aos	 seus	 agentes,	 e	 o	 Ministério	 Público	 e	 o	 juiz	
competente	 poderão	 requisitar,	 a	 qualquer	 tempo,	 relatório	 da	
atividade	de	infiltração.			 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
§	 7º	 É	 nula	 a	 prova	 obtida	 sem	 a	 observância	 do	 disposto	 neste	
artigo.					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Art.	 10-B.	 As	 informações	 da	 operação	 de	 infiltração	 serão	
encaminhadas	diretamente	ao	juiz	responsável	pela	autorização	da	
medida,	que	zelará	por	seu	sigilo.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)	
Parágrafo	único.	Antes	da	conclusão	da	operação,	o	acesso	aos	autos	
será	reservado	ao	juiz,	ao	MinistérioPúblico	e	ao	delegado	de	polícia	
responsável	pela	operação,	 com	o	objetivo	de	garantir	o	 sigilo	das	
investigações.					 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Dessa	forma,	é	possível	destacar	as	seguintes	características	da	infiltração	virtual:	
	
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23 
 
	
	
RESPONSABILIDADE PENAL DO AGENTE INFILTRADO 
	
A	responsabilidade	criminal	do	agente	infiltrado	é	abordada	nos	seguintes	termos:	
	
Art.	10-C.	Não	comete	crime	o	policial	que	oculta	a	sua	 identidade	
para,	por	meio	da	internet,	colher	indícios	de	autoria	e	materialidade	
dos	 crimes	 previstos	 no	 art.	 1º	 desta	 Lei.				 (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019)	
Parágrafo	único.	O	agente	policial	infiltrado	que	deixar	de	observar	
a	 estrita	 finalidade	 da	 investigação	 responderá	 pelos	 excessos	
praticados.				 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)	
	
Art.	 13.	 O	 agente	 que	 não	 guardar,	 em	 sua	 atuação,	 a	 devida	
proporcionalidade	 com	 a	 finalidade	 da	 investigação,	 responderá	
pelos	excessos	praticados.	
Parágrafo	único.	Não	é	punível,	no	âmbito	da	infiltração,	a	prática	de	
crime	 pelo	 agente	 infiltrado	 no	 curso	 da	 investigação,	 quando	
inexigível	conduta	diversa.	
	
Não	 há	 dúvidas	 de	 que	 o	 agente	 infiltrado	 irá	 se	 deparar	 com	 situações	 em	 que	 será	
obrigado	a	praticar	condutas	típicas,	sob	pena	de	seu	disfarce	ser	descoberto	pelos	criminosos.	
	
Nesse	 sentido,	 não	 há	 como	 imputar-lhe	 a	 prática	 do	 crime	 já	 que	 age	 em	 prol	 da	
investigação	criminal.	
	
Nos	termos	do	art.	13,	parágrafo	único,	a	conduta	do	agente	infiltrado	não	é	punível	em	
razão	da	inexigibilidade	de	conduta	diversa.		
	
Há	responsabilização	criminal	apenas	pelo	excesso	eventualmente	cometido.	
	
INFILTRAÇÃO 
DE AGENTES
Autorização judicial
Imprescindibilidade
Prazo de 06 meses 
(renovável até 720 
dias)
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24 
 
DIREITOS DO AGENTE INFILTRADO 
	
Por	 óbvio	 que	 a	 infiltração	 policial	 é	 uma	 medida	 cautelar	 de	 altíssimo	 risco	 para	 a	
integridade	física	do	agente	infiltrado.	
	
Não	é	por	outra	razão	que	o	art.	14	da	Lei	nº	12.850/13	apresenta	um	rol	de	direitos:	
	
Art.	14.	São	direitos	do	agente:	
I	-	recusar	ou	fazer	cessar	a	atuação	infiltrada;	
II	 -	 ter	 sua	 identidade	 alterada,	 aplicando-se,	 no	 que	 couber,	 o	
disposto	no art. 9º da Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, bem	como	
usufruir	das	medidas	de	proteção	a	testemunhas;	
III	 -	 ter	 seu	nome,	 sua	qualificação,	 sua	 imagem,	 sua	voz	e	demais	
informações	 pessoais	 preservadas	 durante	 a	 investigação	 e	 o	
processo	criminal,	salvo	se	houver	decisão	judicial	em	contrário;	
IV	-	não	ter	sua	identidade	revelada,	nem	ser	fotografado	ou	filmado	
pelos	meios	de	comunicação,	sem	sua	prévia	autorização	por	escrito.	
	
Aliás,	quando	há	indícios	de	que	o	agente	infiltrado	esteja	em	risco	iminente,	deverá	ser	
cessada	a	infiltração	de	agentes,	nos	termos	do	art.	12,	§3º,	da	Lei	nº	12.850/13:	
	
Art.	12,	§	3º	Havendo	indícios	seguros	de	que	o	agente	infiltrado	sofre	
risco	 iminente,	 a	 operação	 será	 sustada	 mediante	 requisição	 do	
Ministério	 Público	 ou	 pelo	 delegado	 de	 polícia,	 dando-se	 imediata	
ciência	ao	Ministério	Público	e	à	autoridade	judicial.	
 
DO ACESSO A REGISTROS, DADOS CADASTRAIS, DOCUMENTOS 
E INFORMAÇÕES 
 
CONCEITO 
	
Trata-se	de	consulta	a	banco	de	dados	de	informações	cadastrais	de	investigado	junto	a	
diversas	instituições,	tais	como	empresas	telefônicas,	 instituições	financeiras,	provedores	de	
internet	e	administradoras	de	cartão	de	crédito.	
	
MUITO IMPORTANTE! 
	
Para	 o	 acesso	 dos	 dados	 cadastrais	 e	 informações,	 não	 é	 necessária	 a	 autorização	
judicial	e,	sem	dúvidas,	é	tal	característica	que	torna	o	instituto	tão	importante	do	ponto	de	
vista	da	investigação.	
	
Por	 exemplo,	 por	 meio	 da	 apreensão	 de	 um	 aparelho	 celular,	 é	 possível	 identificar	
diversos	 números	 não	 registrados	 na	 lista	 de	 contatos.	 Dessa	 forma,	 a	 consulta	 aos	 dados	
cadastrais	 do	 titular	 da	 linha	 telefônica,	 sem	 necessidade	 de	 representação	 policial	 ao	 juiz,	
torna	a	obtenção	da	prova	muito	mais	célere	e	condizente	com	a	dinâmica	das	investigações.	
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25 
 
	
Art.	 15.	 O	 delegado	 de	 polícia	 e	 o	Ministério	 Público	 terão	 acesso,	
independentemente	 de	 autorização	 judicial,	 apenas	 aos	 dados	
cadastrais	 do	 investigado	 que	 informem	 exclusivamente	 a	
qualificação	pessoal,	 a	 filiação	 e	 o	 endereço	mantidos	 pela	 Justiça	
Eleitoral,	 empresas	 telefônicas,	 instituições	 financeiras,	 provedores	
de	internet	e	administradoras	de	cartão	de	crédito.	
Art.	 16.	 As	 empresas	 de	 transporte	 possibilitarão,	 pelo	 prazo	 de	 5	
(cinco)	 anos,	 acesso	 direto	 e	 permanente	 do	 juiz,	 do	 Ministério	
Público	ou	do	delegado	de	polícia	aos	bancos	de	dados	de	reservas	e	
registro	de	viagens.	
Art.	17.	As	concessionárias	de	telefonia	fixa	ou	móvel	manterão,	pelo	
prazo	de	5	(cinco)	anos,	à	disposição	das	autoridades	mencionadas	
no	art.	15,	registros	de	identificação	dos	números	dos	terminais	de	
origem	 e	 de	 destino	 das	 ligações	 telefônicas	 internacionais,	
interurbanas	e	locais.	
 
TIPOS PENAIS DA LEI Nº 12.850/13 
 
DEMAIS TIPOS PENAIS DA LEI Nº 12.850/13 
	
Outros	tipos	penais	são	previstos	na	Lei	das	ORCRIM,	a	partir	de	seu	art.	18:	
	
Art.	18.	Revelar	a	identidade,	fotografar	ou	filmar	o	colaborador,	sem	
sua	prévia	autorização	por	escrito:	
Pena	-	reclusão,	de	1	(um)	a	3	(três)	anos,	e	multa.	
Art.	 19.	 Imputar	 falsamente,	 sob	 pretexto	 de	 colaboração	 com	 a	
Justiça,	a	prática	de	infração	penal	a	pessoa	que	sabe	ser	inocente,	ou	
revelar	informações	sobre	a	estrutura	de	organização	criminosa	que	
sabe	inverídicas:	
Pena	-	reclusão,	de	1	(um)	a	4	(quatro)	anos,	e	multa.	
Art.	 20.	 Descumprir	 determinação	 de	 sigilo	 das	 investigações	 que	
envolvam	a	ação	controlada	e	a	infiltração	de	agentes:	
Pena	-	reclusão,	de	1	(um)	a	4	(quatro)	anos,	e	multa.	
Art.	21.	Recusar	ou	omitir	dados	cadastrais,	registros,	documentos	e	
informações	requisitadas	pelo	juiz,	Ministério	Público	ou	delegado	de	
polícia,	no	curso	de	investigação	ou	do	processo:	
Pena	-	reclusão,	de	6	(seis)	meses	a	2	(dois)	anos,	e	multa.	
Parágrafo	único.	Na	mesma	pena	incorre	quem,	de	forma	indevida,	
se	apossa,	propala,	divulga	ou	faz	uso	dos	dados	cadastrais	de	que	
trata	esta	Lei.	
	
Como	se	observa,	os	crimes	listados	estão	relacionados	aos	instrumentos	investigatórios	
previstos	 na	 Lei	 das	 ORCRIM,	 circunstância	 que	 revela	 a	 importância	 de	 bem	 observar	 os	
procedimentos	legais.

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