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FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A CIRCULAÇÃO Série de vasos sanguíneos que levam sangue Divisão: Circulação pulmonar (do ventrículo direito para o pulmão): 9% Circulação sistêmica (do ventrículo esquerdo parra o corpo pela artéria aorta): 84% Veias, vênulas e seios venosos: 64% Arteríolas e capilares: 7% Artérias: 13% Coração: 7% Modelo funcional: FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A Pressão, volume, fluxo e resistência: O fluxo sanguíneo obedece à regra do fluxo de fluidos. 1) Flui se houver um gradiente de pressão 2) Flui das áreas de maior pressão para de menor pressão 3) O fluxo é contraposto a resistência (R) do sistema 4) 3 fatores afetam: Raio dos vasos (principal) Comprimento dos vasos Viscosidade do sangue 5) Fluxo sanguíneo (L/min ou ml/min – representam velocidade) Taxa de fluxo: quanto sangue flui num determinado tempo (L/min ou ml/min) Velocidade de fluxo: quão rápido o sangue flui por determinado ponto. PRESSÃO (ΔP): ΔP = P1 – P2 Em caso de NÃO haver diferença de pressão, NÃO HÁ FLUXO SANGUÍNEO (pressão hidrostática). A pressão do liquido diminui de acordo com o aumento da distância. RESISTÊNCIA: 3 fatores que afetam: Raio Maior Raio, mais passagem de sangue Maior área, menor pressão Comprimento Maior comprimento, maior resistência Viscosidade Maior viscosidade, maior resistência MAIOR PRESSÃO MENOR PRESSÃO PRESSÃO FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A ARTÉRIAS, CAPILARES, ARTERÍOLAS E VEIAS Artérias e veias são maiores que arteríolas, capilares e vênulas. Artérias: até 10mm Veias: até 100mm, são os maiores reservatórios de sangue existente. Artérias, veias e arteríolas: contém músculo liso vascular Capilares: promovem trocas Vênulas e veias: reservam ARTÉRIAS: SÍSTOLE VENTRICULAR: Aorta e outras artérias sistêmicas são artérias elásticas, ou seja, possuem capacidade de receber sangue depois da sístole ventricular ‘acomodando’ o volume de sangue (acomodamento receptivo), aumentando a pressão, mas possibilitando entrada de sangue, uma vez que a válvula semilunar permanece aberta. DIÁSTOLE VENTRICULAR: a retração elástica e fechamento da válvula semilunar impedem o retorno sanguíneo e levam o sangue em fluxo unidirecional adiante. PRESSÃO ARTERIAL: Contração ventricular força o sague contra a parede dos vasos sanguíneos. Reflete a pressão de propulsão do bombeamento cardíaco. Pressão é maior nas artérias do que nas veias e compartimentos mais distantes do coração. MÚSCULO LISO Presente nas artérias, arteríolas e veias. Função: controlar o fluxo sanguíneo que chega aos capilares. FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A MAIOR PRESSÃO: Artéria aorta Pressão aórtica durante a sístole ventricular: aproximadamente 120mmHg Pressão aórtica durante a diástole ventricular: aproximadamente 80mmHg AFERINDO A PRESSÃO (esfigmomanômetro + estetoscópio) Esfigmomanômetro exerce pressão no vaso 1) Oclusão do vaso sanguíneo devido à pressão realizada, interrompendo o fluxo sanguíneo, NÃO havendo som algum. 2) Os sons de Korotkoff são gerados pelo fluxo sanguíneo pulsátil. 3) O fluxo sanguíneo é silencioso quando não há mais compressão na artéria. 1º som: Pressão arterial Sistólica 2º som: Pressão arterial Diastólica PRESSÃO DE PULSO: medida da amplitude da onda de pressão. Devido ao atrito, a pressão de pulso diminui com a distância até desaparecer nos capilares. PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA: pressão direcionadora do sangue. Pressão arterial média é proporcional ao debito cardíaco x resistência das arteríolas. Fatores que influenciam: 1. VOLUME SANGUÍNEO 2. DÉBITO CARDÍADO 3. RESISTÊNCIA 4. DISTRIBUIÇÃO RELATIVA DO SANGUE ENTRE OS VASOS SANGUÍNEOS VENOSOS PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA – PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA = PRESSÃO DE PULSO PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA = PRESSÃO DIASTÓLICA + 1/3 (P. SISTÓLICA – P. DIASTÓLICA) FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A 1) VOLUME SANGUÍNEO Determinado por: Ingestão de líquidos Perda de líquidos (passiva ou regulada pelos rins) – se houver aumento da perda de liquido, acontece diminuição do volume sanguíneo e diminuição da pressão arterial. Se há aumento do volume sanguíneo, e consequente aumento da pressão arterial, opta-se por uma das saídas para tentar normalizar: RÁPIDA: pelo Sistema Circulatório RELACIONADA AO CALIBRE DO VASO Mudança no que está antes ou depois da geração da Pressão arterial Média Vasodilatação: Quanto maior a área, menor é a pressão. (Se houver dilatação dos vasos, a pressão é reduzida) Diminuição do débito cardíaco: por meio da diminuição da frequência cardíaca. LENTA: pelos Rins (geralmente são medidas mais duradouras) RELACIONADA AO VOLUME SANGUÍNEO Aumento do volume de urina, que causa diminuição do volume sanguíneo. 2) DÉBITO CARDÍACO: volume de sangue ejetado ao longo de 1 minuto. Frequência cardíaca: relacionado à frequência de despolarização nas células auto-excitáveis. Maior excitação gera maior frequência cardíaca – inervação simpática e adrenalina Menor excitação gera menor frequência cardíaca – inervação parassimpática FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A Volume sistólico: determinada pela força de contração do miocárdio ventricular. Contratibilidade (aumentada pela inervação simpática e adrenalina) Volume diastólico final, que varia de acordo com o retorno venoso, que é influenciado pela constrição venosa (aumentada pela inervação simpática e adrenalina). O retorno venoso aumentado significa chegada de mais sangue, e consequente saída de mais sangue também (com auxilio da bomba do musculo esquelético e da bomba respiratória). 3) RESISTÊNCIA DO SISTEMA AO FLUXO SANGUÍNEO Diâmetro das arteríolas Aumento da pressão arterial média em caso de resistência maior (vasoconstrição) na passagem pelas arteríolas para porção periférica. 4) DIÂMETRO DAS VEIAS: Maiores retentores de sangue (64%) Aumento do sangue que estiver na veia acusa o aumento da pressão exercida nela, gerando mais sangue chegando pelas veias no coração e mais sangue saindo pelas artérias do coração. ARTERÍOLAS São submetidas às resistências controlada por controle sistêmicos e controles locais. Controle local da resistência arteriolar (local) Reflexo simpático (sistêmico) Reflexo hormonal (sistêmico) Microcirculação: Parede da arteríola com musculatura lisa Ramificações que levam aos capilares FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A ESFÍNCTERES PRÉ-CAPILARES: fecham os capilares em resposta a sinais locais. Relaxados: sangue flui por todos o capilares. Contraídos: sangue é desviado completamente dos capilares e passa pelas metarteríolas. (Vai direto das cavidades arteriais cavidades venosas) METARTERÍOLAS: canal ‘central’ que pode servir como canal de desvio. Vasomotilidade (fluxo intermitente): controle da quantidade, volume e velocidade do fluxo sanguíneo das arteríolas. Regulação pode ser local: diminuição da concentração de Oxigênio gera maiores períodos de fluxo e menores períodos de contração. REFLEXOS SIMPÁTICOS: Aumento da noradrenalina sobre os receptores : vasoconstrição (aumenta o estimulo a contração) Diminuição da noradrenalina sobre os receptores : vasodilatação (diminuição do estimulo a contração) CAPILARES: Geram passagem do material da circulação arteriolar para células e resgata das células material paraestrutura venosa e para estruturas linfáticas. Movimentação térmica de H2O e das substâncias dissolvidas no liquido (DIFUSÃO): Lipossolúveis (O2, CO2): direta – permitida pelos fosfolipídeos. Hidrossolúveis (H2O, Na+, Cl-, glicose): exigem colaboradores para passarem. VASOCONSTRIÇÃO: aumento da pressão arterial média VASODILATAÇÃO: diminuição da pressão arterial média FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A Fatores que afetam a difusão: Tamanho da molécula Concentração da molécula Filtração nos capilares sistêmicos: PRESSÃO HIDROSTÁTICA: facilita forçar o liquido para fora do vaso, mas não pode haver saída do liquido por completo, sendo necessário manter o H2O nos vasos. Pressão hidrostática capilar: maior na extremidade capilar e menor na extremidade venosa. PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA: a mesma no inicio e no fim, mas a variação da pressão hidrostática leva a absorção na porção venosa e filtração na porção arterial. FORÇAS DE STALING: forças competitivas Pressão capilar: expulsar do capilar Pressão coloidosmótica do plasma: atrair para capilar Pressão do líquido intersticial: expulsar do meio externo ao capilar Pressão coloidosmótica do líquido intersticial: atrair para o meio externo ao capilar Negativo: do interstício capilar (ABSORÇÃO) Positivo: do capilar interstício (FILTRAÇÃO) + FÁCIL Soma das forças: Tendem a mover o liquido para fora do capilar: FORÇA TOTAL PARA FORA Tendem a mover o liquido para fora do capilar: FORÇA TOTAL PARA DENTRO Proteínas plasmáticas: servem como mantedores da pressão arterial do vaso (PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA) responsável por levar e/ou atrair liquido para o capilar. Pressão efetiva de filtração = Soma das 4 forças + FÁCIL Força total para fora (filtração) – força total para dentro (absorção) = Força efetiva FISIOLOGIA ANA BEATRIZ DE MELLO MED 103A VEIAS: Dependem da contração da musculatura estriada esquelética para ejetarem o sangue de volta ao coração. TÚNICA MÉDIA das veias são pouco organizadas e incapazes de gerar tanta contração a ponto de vencer a força da gravidade. Movimentos das valvas das veias: ABERTURA: de acordo com o fluxo de sangue gerado pela contração. FECHAMENTO: impede manutenção do sangue nas estruturas inferiores, direcionando assim o sangue para o coração. Distensibilidade e complacência: Veias são mais distensíveis (8x) que as artérias, acomodando assim melhor o volume e não pressurizando tanto (mudança de volume pela distensibiliade). Complacência vascular: Quantidade total de sangue que pode ser armazenada em determinada região da circulação para cada aumento de mmHg de pressão. CASO CLÍNICO: Veias são muito mais complacentes que artérias devido a maior capacidade de se distenderem. É preciso fazer as extremidades venosas sempre enviarem o sangue para veias de maior calibre para desembocarem no coração, impedindo assim a retenção de sangue nas extremidades venosas e arteriais dos capilares. Caso haja retenção, o volume é aumentado e acarreta em resultado positivo mais alto (filtração), levando mais líquido para fora do vaso, o qual não consegue ser suficientemente drenado de volta para o capilar, gerando EDEMA.
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