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DPOC - DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - CASO CLÍNICO

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CASO CLÍNICO DE DOENÇA 
PULMONAR OBSTRUTIVA 
CRÔNICA -DPOC 
Victor Santos
ID - FBS, sexo feminino, 63 anos (20.01.1957), 
Negra, Viúva, Natural e Procedente de São Paulo-
SP, Ensino Fundamental completo, Aposentada, 
trabalhou como faxineira até os 55 anos, Católica, 
45Kg, 1,60m. 
QP – “Sinto um cansaço muito forte desde ontem, 
doutor”. 
APRESENTAÇÃO DO CASO
APRESENTAÇÃO DO CASO
HDA – Paciente deu entrada no serviço de 
Pronto Atendimento com piora de um quadro 
crônico de taquidispneia, agudizado há pelo 
menos 6 horas, além de tosse com secreção 
purulenta. Relata pequena melhora com 
repouso na posição sentada e piora com 
pequenos esforços, sem melhora com uso de 
broncodilatador. 
APRESENTAÇÃO DO CASO
HPP - Relata HAS desde os 40 anos. Relata tosse 
produtiva e falta de ar que se iniciaram há mais 
de 10 anos, de forma gradativa, apresentando 
piora com pequenas caminhadas, tendo sido feito 
diagnóstico de DPOC/enfisema. Há 8 anos, não 
consegue mais realizar as atividades domésticas 
de limpeza. Há 3 anos, foi internada com quadro 
de PAC. Há alguns meses apresenta perda 
ponderal (2 kg em 6 meses). Faz uso de enalapril 
e fenoterol. 
APRESENTAÇÃO DO CASO
Hábitos e Vícios: fumante até o presente 
momento, desde os 25 anos (15 maços/ano), 
sedentária, nega histórico de consumo de 
álcool. HFP: pai falecido há 20 anos por câncer 
de laringe, mãe viva com 84 anos apresentando 
HAS e DRC em estágio dialítico, irmão com 60 
anos apresentando HAS e filha de 40 anos.
PONTOS IMPORTANTES DA ANAMNESE
● Paciente relata que a falta de ar e tosse começaram após os 53 anos, ainda quando
trabalhava, de forma gradativa, agravando-se quando estava trabalhando
● Aos 55, quando se aposentou, não conseguia mais realizar as tarefas de faxina –
Grau de dispneia 3 – mMRC – Escala de dispneia
● Sua condição física foi deteriorando ao passar do anos, não conseguindo realizar
simples tarefas nos últimos meses, como sair de casa – Grau 4 mMRC
● Foi internada com PAC há 3 anos – Fragilidade estrutural e imunológica
● Medicações em uso para tratar o enfisema diagnosticado não surtem efeito –
Broncodilatador – tratamento inadequado
● Sintomatologia geral – Perda de peso não intencional – 2 kg nos últimos 6 meses –
Pesava 47 e agora 45kg – Dificuldade na alimentação
● Interrogatório dos sistemas – Aparelho respiratório: Tosse produtiva; Expectoração
de volume acima de 150ml, de cor amarelada e consistência espessa. Não apresenta
vômito, hemoptise, nem dor torácica
PONTOS IMPORTANTES DA ANAMNESE
● Histórico familiar - pai falecido há 20 anos por câncer de laringe, mãe viva
com 84 anos apresentando HAS e DRC em estágio dialítico, irmão com 60
anos apresentando HAS – Prevalência de Hipertensão na família
● Pai falecido demonstra comportamento semelhante no vício em nicotina
● Mora apenas com a filha de 40 anos – Condições precárias de limpeza do
ambiente domiciliar – pode ter sido fator causador da crise – Reside em São
Paulo – Poluição
● História psicossocial – Tabagismo – 7 cigarros por dia – dos 20 aos 63 anos –
Carga tabágica = 15 maços/ano.
Carga Tabágica = 
C.T. > ou = 5 aumenta o risco de doenças cardiovasculares; Risco
de DPOC aumenta a partir de 10 no valor do escore; Valor > ou =
15 aumenta o risco de câncer de pulmão.
FISIOPATOLOGIA
Paciente já foi diagnosticada com enfisema, mas pode
também desenvolver um processo de bronquite crônica
concomitante - cianose
EXAME FÍSICO
ECTOSCOPIA
● Na admissão, EG comprometido, MOTE, locomoção passiva por 
cadeira de rodas;
● Afebril, 36.6ºC;
● Taquidispneica, FR 32irpm, sat O2: 89% com ar ambiente;
● Uso de musculatura acessória;
● FC 120bpm, PA 100x60mmHg;
● IMC 17,5Kg/mm² (baixo peso), musculatura hipotrófica e hipotônica;
● Anictérica, leve cianose periférica, normocorada;
● Edema MMII (2+/4+);
● Sem linfonodos palpáveis;
● Hiperfonese de P2 da 2ª bulha;
● Sopro de insuficiência tricúspede e pulmonar.
EXAME FÍSICO AR
● Ausência de baqueteamento digital;
● Tórax em barril, hiperinsuflado, sem evidências de lesões ou cicatrizes cirúrgicas;
● Padrão respiratório:
○ Taquidispneico, 32irpm, respiração de baixa amplitude;
● Uso de musculatura acessória, com tiragem intercostal e uso de musculatura 
abdominal, além de respiração com lábios semicerrados;
● Posição preferencial sentada;
● Não se evidenciam pontos de batimentos nem circulação colateral;
● Presença de estase jugular unilateral direita;
● Sem pontos dolorosos à palpação nem enfisema subcutâneo;
● Expansibilidade torácica reduzida;
● FTV reduzido bilateralmente;
● Aumento do timpanismo à percussão dígito-digital;
● MV reduzido bilateralmente;
● Presença de estertores em velcro em bases;
● Presença de sibilos e prolongamento do tempo expiratório.
HIPERTENSÃO PULMONAR
● Pressão nas artérias pulmonares elevada;
● Níveis de O2 ficam baixos -> Artérias pulmonares sofrem constrição e 
suas paredes se tornam espessas;
● Hipertrofia do lado direito do coração;
● Insuficiência cardíaca -> edema MMII;
● Piora progressiva da falta de ar, sensação de desmaio iminente, 
fadiga, dor torácica e edema;
● Ecocardiograma.
DIAGNÓSTICO DA DPOC
●CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS FUNÇÃO PULMONAR
Sintomas respiratórios
●Tosse 
●Expectoração
●Sibilância
●Dispneia
DIAGNÓSTICO DA DPOC
●CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS FUNÇÃO PULMONAR
Fatores de risco
●Idade superior a 40 anos.
●Tabagismo ou inalação de gases
●irritantes ou de material particulado em ambiente ocupacional ou 
domiciliar (por exemplo, fogões a lenha)
DIAGNÓSTICO DA DPOC
●CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS FUNÇÃO PULMONAR
Distúrbio ventilatório obstrutivo
●Espirometria
●VEF1/CVF inferior a 0,7 pós-BD.
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Radiografia simples de tórax em projeção póstero anterior e perfil
●É útil para avaliar sinais radiológicos de bronquite crônica ou enfisema,
sinais de insuficiência cardíaca
●Nódulos pulmonares, sequela de tuberculose, achados como
espessamento brônquico
●Bolhas de enfisema, não associados a limitação ventilatória, não são
suficientes para o diagnóstico de DPOC.
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Bronquite crônica X Enfisema
●Bronquite crônica: é definida clinicamente pela presença de
tosse e expectoração, na maioria dos dias, por no mínimo de
três meses
●Enfisema: é definida como o aumento dos espaços aéreos distais do
bronquíolo terminal com a destruição das paredes alveolares
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Hemograma
●É útil para avaliar anemia (indicativa de deficiência nutricional, perda
sanguínea ou doença crônica) ou policitemia, indicativa de hipoxemia
crônica. Anemia pode ser fator agravante de dispneia e baixa tolerância
ao exercício.
● leucócitos estão em 18 mil e um hematócrito aumentado
●Policitemia em pacientes com saturação periférica de oxigênio (SpO2) em
vigília superior a 90% é sinal sugestivo de hipoxemia durante o sono.
Deve ser solicitado na primeira consulta caso não tenha sido realizado
nos últimos 4 a 6 meses
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Policitemia X Policitemia vera
Policitemia: Corresponde ao aumento da quantidade de glóbulos
vermelhos, também chamados de eritrócitos, no sangue, isto é, mais de 5. 9
milhões de células de sangue de sangue em homens e 5. 4 milhões de
células sanguíneas por μl de sangue em mulheres.
Policitemia Vera: Além das características apresentadas, está é também
uma neoplasia mieloproliferativa crônica caracterizada pelo aumento de
eritrócitos morfologicamente normais; a eritrocitose é típica. Dez a 30% dos
pacientes acabam evoluindo com mielofibrose e insuficiência medular e
esplenomegalia.
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Oximetria em repouso
●Recomenda-se a avaliação da oxigenação arterial por oxímetro de pulso
na primeira consulta. Se a SpO2 for igual ou inferior a 90%, indica-se
gasometria arterial para avaliar a gravidade e a indicação de
oxigenoterapia.
●Deve ser feita reavaliação conforme estadiamento e intercorrências
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Eletrocardiografia em repouso e
ecocardiografia
●Estão indicadas nos casos em que há suspeita de hipertensão pulmonar
●hipoxemia crônica e sinais clínicos de disfunção ventricular direita. Estão
indicadas também para avaliar cardiopatias primárias conforme suspeita
clínica
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Dosagem de alfa-1 antitripsina
●A dosagem do nível sérico está indicada para casos de enfisema
pulmonar de início precoce (idade inferior a 45 anos), especialmente em
não fumantes, e de enfisema com predominância em bases pulmonares
ou associado a doença hepática inexplicada ou a história familiar positiva
para a deficiência.
● A deficiência da atividade de alfa-1antitripsina (AAT) é definida por nível
sérico inferior a 11 micromol/l (inferior a 80 mg/dl) realizada na corrida de
eletroforese da PCR
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Asma
Asmáticos com doença não controlada em longo prazo podem ter obstrução
ao fluxo aéreo de caráter não reversível (remodelamento brônquico).
A normalização dos parâmetros espirométricos após curso de corticoterapia
oral ou inalatória exclui o diagnóstico de DPOC.
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Asma
●Há obstrução ao fluxo aéreo reversível e/ou parcialmente reversível,
possui diferenças fisiopatologias, e sem relação causal com tabagismo.
● Tem boa resposta a corticoterapia, além de ter prognóstico melhor em
longo prazo com tratamento.
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Insuficiência cardíaca
●Congestão pulmonar pode desencadear dispneia, tosse e sibilos.
●Responde bem ao tratamento com diuréticos; há tosse não produtiva ou
mucoide; exames radiológicos mostram sinais de edema pulmonar ou
cardiomegalia
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Bronquiectasias
●Há expectoração crônica; pode haver dispneia e obstrução ao fluxo aéreo.
●Exames radiológicos revelam achado de bronquiectasias; a base
fisiopatológica é diferente.
DIAGNÓSTICO DA DPOC
Padrão ouro para diagnóstico
Espirometria com prova broncodilatadora
DESNUTRIÇÃO
● DPOC produz consequências sistêmicas
○ Redução do IMC e da capacidade física
○ Estado inflamatório exacerbado
● Desnutrição
○ Tipo marasmática
○ 25% dos pacientes ambulatoriais
○ Até 50% dos pacientes hospitalizados
○ Reduz o desempenho respiratório por depleção de proteínas musculares
○ Susceptibilidade a infecções pulmonares
○ Etiologia multifatorial
○ Consequências
■ Mau prognóstico
○ Terapia nutricional
Etapa 1: Espirometria
Fonte: disponível em:< https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRj3MdOF1PAIFTKX7v_vVu45Ztd4y_SfiFpIw&usqp=CAU> acessado em: 27 de abril de 2021 as 22:35
VEF1 - Volume Expiratório Forçado em 1 segundo
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRj3MdOF1PAIFTKX7v_vVu45Ztd4y_SfiFpIw&usqp=CAU
Questionário de estado de saúde CAT – COPD 
Assessment Test
Escala de dispneia mMRC - modified Medical 
Research Concil
disponivel em:< https://docplayer.com.br/docs-images/60/45085098/images/4-1.png > acessado em 27 de abril de 2021 as 22:45
Categorias do DPOC de acordo com os 
sintomas (Classificação GOLD A-D)
Figura 1. Demonstra as categorias de gravidade da DPOC que são baseadas nos sintomas respiratórios e na frequência anual de exacerbações.
Fonte: Adaptado de Medicina Interna de Harrison, 20º edição, 2020
Disponivel em: <https://www.sanarmed.com/caso-clinico-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc> acessado em: 27 de abril de 2021 as 
22:18
Tratamento DPOC
Tratamento DPOC
• O tratamento deve sempre ser avaliado risco e benefícios de cada 
caso e os custos do tratamento para o paciente.
• Existe também o tratamento não farmacológico para o paciente com 
dpoc.
• Quando falamos em terapia farmacológica para o paciente com dpoc, 
temos que ter em mente que tem como objetivo reduzir sintomas; 
diminuir a frequência e reduzir a gravidade das crises de 
exarcebação; melhorar a tolerância de exercícios ou até mesmo a 
prática de situações do dia a dia do pct melhorando o estado geral de 
saúde do mesmo.
Tratamento DPOC
• A primeira medida que deve ser tomada no caso de DPOC é a 
suspensão total da exposição a fatores desencadeantes (Cigarro, 
poeira domiciliar, etc)
• Por se tratar de uma dependência química, o tabagismo requer 
cuidados associados
• Quando o médico julgar necessário, o tratamento medicamentoso 
pode ser associado ao uso de nicotina para aliviar sintomas de 
abstinência 
Tratamento DPOC
• Ainda há controvérsias e falta de evidências de alta qualidade 
que corroborem com as medidas iniciais de terapia 
farmacológica em pcts com DPOC recém-diagnosticados.
• É sugerido que se siga um algoritmo de tratamento usando as 
melhores evidências disponíveis.
• Terapia medicamentosa é feita através de β2-agonistas de 
curta e longa ação, anticolinérgicos de curta e longa duração, 
corticoides inalatórios e orais, metilxantinas, inibidor seletivo da 
fosfodiesterase tipo 4, oxigênio e terapia de reposição de α1 
antitripsina.
Algoritmo de terapia medicamentosa para a 
DPOC
Figura 2. Algoritmo de terapia medicamentosa para a DPOC estável. O tratamento farmacológico recomendado para a DPOC estável se baseia nos sintomas respiratórios e na frequência 
das exacerbações. AMLA – antagonistas muscarínicos de longa ação, BALA – β2-agonistas de longa ação e CI – corticoide inalatório.
Fonte: Adaptada de Medicina Interna de Harrison, 20º edição, 2020.
Disponivel em: <https://www.sanarmed.com/caso-clinico-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc> acessado em: 27 de abril de 2021 as 22:57
Tratamento para exacerbação 
•Tem como objetivo tratar a infecção ou outra causa 
•Melhorar SpO2 do paciente
•Diminuir resistência das vias aéreas 
•Melhorar função da musculatura respiratória 
Tratamento para exacerbação no caso 
clínico 
•Dieta oral para DPOC 
•SF 0,9% 20-30ml/kg EV em 24h (se impossibilidade de hidratação oral)
•Prednisolona 40mg; VO; 1x/dia 
•Salbutamol 5mg/5ml – 0,5 a 1ml de 6/6h
•Brometo de ipratropio 0,25mg/ml – 0,25 a 0,5mg; 6/6h 
•Atb: Ceftriaxona 1g; EV; 12/12h; 7 a 10 dias 
•O2 sob mascara ou cateter nasal a 1-3L/min ( titular a oferta de O2 
para manter SpO2 entre 90% e 92%)
•Cessar tabagismo 
•Fisioterapia respiratória 
Tratamento para o tabagismo 
• Tratamento de primeira linha para o tabagismo consiste em: nicotina; 
bupropiona; vareniclina.
• Segunda linha: nortriptilina e clonidina.
• Uso da nicotina pode ser em gomas de mascar ou em adesivos
• Vareniclina inibe parcialmente a ligação da nicotina com receptor 
a4B2.
Tratamento do tabagismo no caso clínico 
• Suspensão do tabagismo da paciente ---- 1 adesivo transdérmico/dia 
21mg por 4 semanas, seguido de 14mg 4 sem, 7mg 2 sem
• Sintomas ansiosos por abstinência --- Bupropiona 150mg; 01cp/dia por 
3 dias; depois 01cp 2x/dia por 12 sem
• Vareniclina 0,5mg 1x/dia por 3 dias; do 4 ao 7 dia 0,5mg 2x/dia; a partir 
do 8 dia 1mg 2x/dia por 12 sem
Tratamento para DPOC GOLD B
•Brometo de tiotrópio 2,5mcg/dose; 5mcg; via inalatória; 1x/dia 
•Fumarato de formoterol 12 a 24mcg; via inalatória; 1x/dia 
•Reabilitação pulmonar fisioterápica
> Tratar tabagismo do paciente 
Evolução, Reabilitação, Desfecho
● O plano terapêutico consistiu num tratamento não farmacológico, 
farmacológico e um cirúrgico (em casos extremamente graves)
● Não Farmacológico: Cessação do tabagismo / Atividade física / 
Reabilitação
● Farmacológico: Medicamentos voltados para a melhora da função 
pulmonar / VNI quando necessário / Vacinação: influenza todos os 
anos, Pneumocócica (a cada 5 anos - diminuem as chances de uma 
exacerbação)
● Cirurgia: raramente necessária
● Nenhum medicamento busca uma alteração da diminuição em longo 
prazo da função pulmonar, sendo seu principal objetivo controlar os 
sintomas e prevenir outras exacerbações.
● A paciente em questão evoluiu muito bem ao tratamento planejado e 
citado, tendo melhora na sintomatologia e passando a fazer um 
acompanhamento ambulatorial.
● Foi elaborado um plano de autocuidado
para a paciente, com 
aconselhamento sobre técnicas de controle da falta de ar e estresse, e 
formas de evitar fatores agravantes, como monitorizar os sintomas que 
venham a aparecer.
● A paciente recebeu treinamento sobre as terapias inalatórias e os seus 
dispositivos. A maioria dos pacientes comete pelo menos um erro ao 
usar o inalador, e o uso incorreto do inalador está associado a pior 
controle da doença.
● O uso de adesivos transdérmicos, bupropriona e vareniciclina surtiram 
um bom efeito, em consonância com um auxílio multidisciplinar e 
psicossocial, apesar de ter sido referido recaídas durante o tratamento -
redução significativa da taxa de progressão da DPOC e do risco de 
malignidades.
● A reabilitação pulmonar foi iniciada na paciente em consonância com o 
uso de broncodilatadores. A paciente apresentou alívio da dispneia e da 
fadiga. 
● Sua utilização após a internação hospitalar por exacerbação aguda da 
DPOC diminui o risco de reinternação, melhora a qualidade de vida 
relacionada à saúde e reduz a mortalidade.
● Foi recomendado um programa de exercícios em casa, como forma de 
se evitar que os efeitos benéficos diminuam após o término do ciclo.
Reabilitação Pulmonar
Componentes da Reabilitação Pulmonar
● Prática de exercícios
● Treino dos músculos inspiratórios
● Eletroestimulação neuromuscular
● Aconselhamento psicossocial
● Avaliação e aconselhamento nutricionais
● Orientação, incluindo o uso correto de medicamentos 
prescritos
● A prática de exercícios reduziu os efeitos da inatividade e falta 
de condicionamento, resultando em menor falta de ar e maior 
capacidade de praticar exercícios.
● O exercício das pernas foi fundamental para o treinamento. 
Muitos programas de reabilitação utilizam a caminhada 
(algumas vezes em esteiras) como atividade física 
preferencial. 
● A prática de exercícios para os braços também foi indicada 
para evitar sintomas de falta de ar durante a realização de 
suas atividades cotidianas normais
● O Treino dos Músc. Inspiratórios foi usado juntamente com exercícios 
aeróbicos tradicionais e ajuda a diminuir a falta de ar e a aumentar a 
capacidade da pessoa de se exercitar.
● A eletroestimulação neuromuscular (EENM) usa um dispositivo que 
aplica um impulso elétrico, através da pele, em músculos 
selecionados para estimular a contração e, assim, fortalecer esses 
músculos. 
Oxigenoterapia 
● O uso de oxigenoterapia foi mantido mesmo após a estabilização 
dos sintomas. 
● O oxigênio suplementar deve ser ajustado para atingir uma SaO₂ 
≥90%. O paciente deve ser reavaliado após 60 a 90 dias para se 
determinar se o oxigênio ainda é indicado e terapêutico.
● Seu uso deve ser mantido se PaO₂ ≤7.3 kPa (55 mmHg) ou SaO₂ 
≤88%, com ou sem hipercapnia confirmada duas vezes em um 
período de 3 semanas
Desfecho e monitoramento
● A paciente se manteve em avaliação regular em intervalos de 6 meses.
● Foi analisada uma boa adesão ao esquema terapêutico e uma grande 
redução dos sintomas. Os níveis de dispneia em repouso reduziram, 
assim como não houve nenhum tipo de exacerbação grave. 
● A condição de tabagismo e a exposição à fumaça devem ser 
determinadas em cada consulta, seguidas por ação adequada
● O Teste de Avaliação da DPOC foi utilizado tendo uma resposta 
satisfatória
● O VEF1 continua sendo medido por espirometria pelo menos uma vez ao 
ano para identificar se a paciente está apresentando uma piora do 
quadro. 
● Não há melhora na DPOC, apenas um controle do quadro
● A capacidade funcional deve ser medida por um teste de marcha 
cronometrado. 
● A saturação de oxigênio deve ser monitorada e a paciente avaliada 
periodicamente quanto à necessidade de oxigênio suplementar.
● É também necessário monitorar o peso, o estado nutricional e a 
atividade física da paciente. A presença de caquexia e o desempenho 
físico reduzido são indicadores de prognóstico desfavorável. 
● A paciente se manteve estável com o oxigênio domiciliar, continuou a 
fisioterapia respiratória e mostrou um controle satisfatório do seu 
quadro
● O retorno ambulatorial continuou sendo feito a cada 6 meses, com taxas 
de espirometria também controladas
● Embora a sobrevida em curto prazo para pacientes com DPOC e 
insuficiência respiratória dependam da gravidade geral da doença aguda, 
a sobrevida em longo prazo é inicialmente influenciada pelo controle e 
cuidado que está sendo feito DPOC, algo bem relatado na paciente em 
questão.
● Foi mostrado também um aumento gradual no seu peso, confirmando 
uma boa evolução, e tendo um prognóstico satisfatório
Referências
KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 19 ed. Porto Alegre: AMGH
Editora, 2017. 1 v, .
Biondo, A. Santos, J. Silva, A. Desnutrição em pacientes com doença pulmonar
obstrutiva crônica. Rev HCPA 2011;31(3),
Dourado VZ, Tanni SE, Vale AS, Faganell MM, Sanchez FF, Godoy I. Manifestações
sistêmicas da doença pulmonar obstrutiva crônica. J Bras Pneumol. 2006;32:154-
70.
CALLOU, Marlene Rau de Almeida; RAMOS, Paulo Roberto Miranda. 16.
Hipertensão arterial pulmonar. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 93, n. 6, supl. 1,
p. 156-159, Dec. 2009 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2009001300016&lng=en&nrm=iso>. access on 28 Apr. 2021.
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2009001300016.
GOLD – Global Initiative For Chronic Obstructive Lung Disease

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