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Prof. Dra. Brenda Carla Luquetti NOVEMBRO/2020 Eutanásia BIOCLIMATOLOGIA E BEM ESTAR ANIMAL “Prática pela qual se busca abreviar a vida de um doente que padece de uma doença reconhecidamente incurável, proporcionando-lhe morte tranqüila e sem sofrimento” Falta de legislação específica em Medicina Veterinária Dificuldade de se nortear todos os aspectos éticos por leis Formação moral individual Posição pessoal Medicina Veterinária Única profissão com o direito de execução de um paciente Manutenção da saúde 2 aspectos Animais de produção Abate Animais de estimação Eutanásia Posição do médico veterinário Como e o que fazer? Eutanásia 3- Minimizar medo e estresse; 4- Ser confiável e irreversível. 1- Minimizar dor e desconforto; 2- Alcançar rápida inconsciência seguida da morte; Código de Ética do Médico Veterinário Cap. 1. Deveres Fundamentais Art. 1º , a: “..exercer seu mister com dignidade e consciência, observando as normas de ética profissional prescritas neste Código e na legislação vigente, bem como pautando seus atos pelos mais rígidos princípios morais de modo a se fazer respeitado, preservando o prestígio, a dignidade e as nobres tradições da profissão” Cap. 2. Comportamento profissional Art. 2º, i: ” é vetado ao médico veterinário deixar de utilizar todos os conhecimentos técnicos ou científicos a seu alcance contra o sofrimento do animal” Art. 3º : o médico veterinário deve esclarecer seu cliente sobre os riscos e demais circunstâncias que possam comprometer a recuperação do paciente Aspectos Legais Código de Ética do Médico Veterinário Cap. 5- Responsabilidade Profissional Art. 22: “o médico veterinário responde civil e penalmente por atos profissionais que, por imperícia, imprudência ou infrações éticas, prejudiquem o cliente” Art. 24: “é de exclusiva responsabilidade do médico veterinário a escolha do tratamento para seus pacientes” Eutanásia Deve ser indicada: 1- Bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a dor e/ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos, sedativos ou outros tratamentos. Eutanásia 2- O animal constituir ameaça à saúde pública; Eutanásia 3- O animal constituir risco à fauna nativa ou ao meio ambiente; 4- O animal for objeto de ensino ou pesquisa (CEUA); Eutanásia 5- O tratamento representar custos incompatíveis com a atividade produtiva a que o animal se destina ou com os recursos financeiros do proprietário. Verificar se a opção por manter a vida do animal não põe em risco a saúde ou integridade física do proprietário, de seus familiares ou de terceiros Proprietário deve estar plenamente consciente e de acordo com estes motivos O médico veterinário deve ter o consentimento ou o pedido do procedimento formalizado e documentado Deve-se estar certo de que a pessoa que autoriza é realmente proprietário do animal ou tem poderes para tal Proceder a eutanásia de forma humana e técnica, de forma a preservar a dignidade do animal e evitar seu sofrimento Indicação de Eutanásia PERGUNTAS Poderá o animal ter uma vida de boa qualidade (sem dor ou estresse)? Alguém o adotaria após a recuperação, apesar da incapacidade e tratamentos posteriores? Existem possibilidades reais (físicas, técnicas, econômicas) de proporcionar tratamento, casa, alimentação e suprir outras necessidades para o bem estar físico e psicológico? O animal é inofensivo para as pessoas ou animais tais como doenças transmissíveis, temperamento, etc ? Se a resposta a alguma dessas perguntas é NÃO, a EUTANÁSIA é uma alternativa válida IMPORTANTE: Utilização da eutanásia fica restrita às situações nas quais não há possibilidade da adoção de medidas alternativas. Respeitar as legislações pertinentes. Conselho Federal Medicina Veterinária Resolução n. 714 de 20.08.2002 Institui normas reguladoras de procedimento e métodos relativos à eutanásia em animais Art. 7º “Os procedimentos de eutanásia, se mal empregados, estão sujeitos à legislação federal de crimes ambientais. Art. 10º “ Os procedimentos de eutanásia são de exclusiva responsabilidade do médico veterinário” Técnicas empregadas Responsabilidade pelo destino do corpo Lei n.9605/98 - Lei de Crimes Ambientais Art. 32 “ Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção de 3 meses a um ano e multa §1. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos, quando existirem recursos alternativos §2. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal Decisão Profissional Partindo da definição.... o que é um doente ou uma doença incurável? As características da própria doença? A falta de condições financeiras do proprietário na aquisição de medicamentos necessários? Influência de fatores Paciente Proprietário Profissional Ética profissional Falta de meios de diagnósticos Falta de tratamento especializado Ética Profissional “Estudo da conduta humana classificável como do bem ou do mal” Médico veterinário: mero curador de animais ? profissional da saúde responsável também pelo bem estar do proprietário? Fatores ligados ao profissional Falta de recursos de diagnóstico, equipamentos ou instrumental cirúrgico adequado Ética pessoal inflexível em relação a abreviar a vida de um animal Desconsideração pelos problemas pessoais ou dos fatores ligados ao proprietário Má avaliação do grau de ligação entre proprietário e seu animal Fatores ligados ao paciente Características da própria doença Extremos de idade ou debilidade física grave Intolerância a droga específica para o seu tratamento Animal excessivamente agressivo Animal sadio mas com distúrbios comportamentais intoleráveis para o proprietário e sua família Fatores ligados ao proprietário Falta de poder aquisitivo para executar o tratamento Idade avançada ou outra incapacidade física que o impeça de executar o tratamento Falta de condições culturais mínimas que o impeçam de executar o tratamento Falta de meios e/ou ambiente adequados para tratar o animal com doença que coloque em risco sua saúde ou de seus familiares Seria moralmente correto considerar a possibilidade de manter a vida de um animal sem levar em conta a condição física ou o drama familiar de seu proprietário? Seria moralmente incorreto manter um paciente terminal em sofrimento sabendo que o manuseio e a convivência com o animal nesta situação seria benéfica ao dono? Pode o veterinário colocar a dor do animal à frente da dor ou sofrimento de seu semelhante? Reflexão ASPECTOS HUMANITÁRIOS Postura avaliando grau de afetividade entre animal-proprietário Procedimento Humano métodos indolores e eficazes Amenizar o sofrimento do proprietário segurança na decisão sem comentários e atitudes que coloquem o proprietário em situação de desconforto ou conflitos de consciência Carinho, conforto e condolências IMPACTOS PSICOLÓGICOS Esclarecimentos: necessidade do processo, método a ser empregado e irreversibilidade do mesmo. Facultado o direito de presenciar o ato e, se necessário, um tempo a sós com o animal (antes). Destinação do corpo - discutida antes do procedimento. Manifestar o entendimento e proceder à autorização de forma expressa. ASPECTO ECONÔMICO - último numa escala de prioridades! JAMAIS: eutanásia para atender a uma NECESSIDADE DO PROPRIETÁRIO! Ex: limitações impostas pela idade avançada do animal. IMPACTOS PSICOLÓGICOS Equipe envolvida na eutanásia Treinamentos continuados, Apoio psicológico Rodízio na execução da atividade. Exaustão física, emocional e falta de vigor. Além disso, a pessoa afetada com o Burnout acaba por sentir-se improdutiva, menos importante e pouco realizada com sua atuação profissional. Eutanásia assistida pelo proprietário Certificar-se de queo proprietário tem condições de assistir a morte do animal Procedimento o menos traumático possível para o proprietário Canular vaso e/ou contenção física Monitorar parâmetros vitais até o final e após constatação da morte deixar o proprietário sozinho com o seu animal Considerar: Espécie envolvida; Idade; Estado fisiológico dos animais; Meios disponíveis para a contenção destes; Capacidade técnica do executor; Número de animais. Resolução no 714 de 20/06/2002 Cap. III dispõe nos Art. 12, §1º e 2º , Art.13 e Art.14 acerca dos métodos recomendados para eutanásia e os inaceitáveis Métodos de Eutanásia Eutanásia Método deve ser: 1- Compatível com os fins desejados e embasado cientificamente; 2- Seguro para quem o executa; 3- Realizado com o maior grau de confiabilidade possível, comprovando-se SEMPRE a morte do animal; 4- Aprovado institucionalmente na Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA), no caso de fins científicos. Princípio de bem-estar animal relevantes para a eutanásia garante: 1- Elevado grau de respeito aos animais; 2- Ausência ou redução máxima de desconforto e dor; 3- Inconsciência imediata seguida de morte; 4- Ausência ou redução máxima de desconforto e dor; 5- Segurança e irreversibilidade; 6- Ser apropriado para a espécie, idade e estado fisiológico do animal ou animais em questão; 7- Ausência ou mínimo impacto ambiental; 8- Ausência ou redução máxima de riscos aos presentes durante o ato; 9- Treinamento e habilitação dos responsáveis por executar o procedimento de eutanásia para agir de forma humanitária, sabendo reconhecer o sofrimento, grau de consciência e morte do animal. 10- Ausência ou redução máxima de impactos, emocional e psicológico negativos, em operadores e observadores. Contenção cuidadosa - de preferência por indivíduo familiar ao animal, e em ambiente seguro, para ajudar a acalmá-lo; Contenção química – via de administração de acordo com a facilidade de aplicação e riscos; Ambiente tranquilo – livre de ruídos e movimentação; Estimulação tátil dos animais deve ser mínima. Entender o comportamento de cada espécie para determinar o nível de estresse: Comportamento e respostas fisiológicas ao estímulo nocivo podem incluir: Vocalização; Agressividade; Tentativa de fuga; Postura defensiva; Salivação; Micção; Defecação; Dilatação das pupilas; Taquicardia; Hipertermia; Arrepios; Tremores; Espasmos musculares. Eutanásia Avaliar a necessidade de espécies que sentem mais segurança: Em grupo; Individual. Depressão cerebral provocada pelos métodos deve sempre anteceder a parada cardiorrespiratória. Eutanásia Cabe ao Médico Veterinário: 1- Garantir um ambiente tranquilo e adequado; 2- Atestar a morte do animal, observando ausência de parâmetros vitais; 3- Manter prontuários com métodos e técnicas empregados sempre disponíveis para fiscalização pelos órgãos competentes; Eutanásia 4- Esclarecer ao proprietário ou responsável legal pelo animal sobre o ato da eutanásia; 5- Solicitar autorização, POR ESCRITO, do proprietário ou responsável legal pelo animal, para realização do procedimento; 6- Permitir que o proprietário ou responsável legal pelo animal, se quiserem, assista ao procedimento, desde que não exista risco inerente. CONFIRMAÇÃO DA MORTE DO ANIMAL: Ausência de movimentos torácicos e sinais de respiração (parada respiratória antecede a cardíaca e pode ser reversível); Ausência de batimentos cardíacos e pulso, constatados com estetoscópio, palpação torácica e compressão digital da artéria superficial femoral. Perda de coloração das membranas mucosas que ocorre por ausência de fluxo sanguíneo, deixando o tempo de reperfusão capilar muito prolongado; Perda do reflexo corneal, que é avaliado por compressão digital da córnea com retração reflexa do globo ocular; Perda de brilho e umidade das córneas e rigor mortis. CONFIRMAÇÃO DA MORTE DO ANIMAL: REDUCTION, REPLECEMENT, REFINEMENT Os 3 Rs: REDUÇÃO, SUBSTITUIÇÃO e REFINAMENTO Métodos utilizados na PESQUISA Minimizar o número de repetições experimentais Métodos utilizados no ENSINO Trocar animais vivos por técnicas in vitro, modelos computacionais etc. Melhorar condições de manejo e sofrimento ANTES da eutanásia Métodos de Eutanásia Inaceitáveis: (seu uso – infração ética) embolia gasosa (causa dor extrema); - traumatismo craniano (quando mal aplicado produz dor severa); - incineração in vivo (causa morte por queimadura causando dor e sofrimento); - hidrato de cloral para pequenos animais (por ser dose dependente, causa extrema angústia); - clorofórmio ou éter sulfúrico (são tóxicos e causam dor e sofrimento); VI - descompressão (pode causar dor extrema); VII - afogamento (causa dor e sofrimento); Métodos de Eutanásia Inaceitáveis: (seu uso – infração ética) - exsanguinação sem inconsciência prévia (causa angústia e dor); - imersão em formol ou qualquer outra substância fixadora (causa dor e sofrimento); - uso isolado de bloqueadores neuromusculares, cloreto de potássio ou sulfato de magnésio (causam dor e angústia); - qualquer tipo de substância tóxica, natural ou sintética, que possa causar sofrimento ao animal e/ou demandar tempo excessivo para morte; - eletrocussão sem anestesia prévia (causa dor e angústia); - qualquer outro método considerado sem embasamento científico e/ou que não esteja devidamente aprovado pelo CFMV. Métodos de Eutanásia Recomendados produzem morte humanitária Aceitos sob Restrição pela natureza técnica ou pela possibilidade de ocorrer erro por parte do executor ou por falta de segurança, podendo não produzir morte humanitária. Só podem ser usados quando da total impossibilidade dos métodos recomendados Métodos químicos: Agentes injetáveis: Rápido; IV Medicamento controlado – autorização, armazenamento correto, transporte adequado, e registro do uso; Intracardíaca – somente quando o animal estiver sob anestesia ou estado de coma. CLASSIFICAÇÃO Métodos Químicos Agentes injetáveis Agentes injetáveis Especificações Exemplos Barbitúricos Mais aceitos, menor custo Muito usados Rápida ação Depressores do SNC (córtex → bulbo) Dose ~3x vezes maior anestésica Tiopental Pentobarbital (IV rapidamente – evitar que haja estimulação do animal para não perder acesso venoso.) Anestésicos usados em combinação Necessário sedação ou anestesia geral antes da aplicação T-61: 3 agentes não barbitúricos e não narcóticos – IV(paralisia do centro respiratório) + Mebezônio (paralisia dos membros estriados esqueléticos) + Tetracaína. Agentes complementares Adjuvantes Aplicar apenas após anestesia geral KCl Bloqueadores Neuromusculares Agentes complementares: Aplicar somente após o animal estar sob efeito de anestesia geral Cloreto de potássio (KCl) – Extrema dor antes que ocorra morte – produz fibrilação ventricular cardíaca e morte entre 1-2 minutos – IV. Bloqueadores neuromusculares (BNM): Causa parada respiratória seguida da morte por hipóxia. Não possuem efeito hipnótico ou analgésico – SEMPRE após anestesia geral. Como não causa parada cardíaca direta – aplicar KCl após o uso de BNM. Outros agentes anestésicos injetáveis: Cetamina – inaceitável como único agente, por ser dissociativa, não é considerada anestésico geral. Cetamina + xilazina – camundongos e ratos; Propofol e etomidato – doses de 3-4 vezes superior a anestésica – IV. Custo elevado. Anestesia inalatória: Dosagem elevada do agente; Anestésicos inalatórios: pequeno porte – pássaros, roedores, cães e gatos pequenos. Quando a aplicação IV é difícil; CONTRA INDICADA PARA COELHOS – reagem adversamente aos gases – mostrando excitação! Reptéis e anfíbios – possuem capacidade de entrar em apneia – longo tempo para indução anestésica; Exposição dos operadores aos gases! Anestésicos inalatórios – grupo dos hidrocarbonos fluorados: Halotano – mais lento; Isofluorano – 2º mais rápido; Sevoflurano – mais rápido. Uso prévio de medicação tranquilizante para evitar excitação. Outros agentes inalatórios: Dióxido decarbono (CO2): morte por depressão excessiva do SNC e hipóxia (deslocamento do O2 durante a troca gasosa alveolar). Vantagens do CO2: Rápido efeito depressor, analgésico e anestésico; Fácil obtenção; Baixo custo; Ausência de resíduos nos tecidos – suínos. Desvantagens do CO2: Dificuldade de uso em alguns animais: peixes, répteis, anfíbios (acidez da substância e manutenção prolongada da atividade cerebral). Animais maiores podem não ter acesso suficiente ao CO2; Maior tempo que outros agentes. Nitrogênio: Acima de 90% desloca o O2 promovendo hipóxia – sedação e desorientação inicial, seguida de perda da consciência e morte. Argônio (AR): Mesmas características do Nitrogênio; Animais tem menor aversão; Preço elevado. Imersão Peixes e anfíbios: Doses elevadas de anestésicos; Benzocaina – baixo custo e segurança para o manipulador. Etomidato, metomidato e 2-fenoxietanol. Abate de Pescado Insensibilização - Choque térmico (água 5 PPM cloro+ gelo) *aumenta movimentos de fuga, batimentos cardíacos, morte lenta = estresse - Imersão em água saturada com CO2 (Dióxido de carbono) - Imersão em água saturada com CO (Monóxido de carbono) - Eletricidade (Ex.: 60V por 5 seg / depende do peixe) - Secção da medula e Sangria de Brânquias -Asfixia (retirada da água) Discutido sobre Bem estar animal! Sem insp? Métodos físicos: Aceitável, sob restrição ou inaceitável – varia com a condição/espécie Percepção negativa do observador Envolvem trauma: ↑ risco animal e operador ↑ treinamento do operador Métodos físicos: Pistola de ar comprimido, tiro por arma de fogo, deslocamento cervical,decapitação, eletrocussão, maceração e exsanguinação. Bovinos, ovinos, suínos, peixes e aves comerciais. Não garantem a morte – devem ser seguidos de métodos química, exsanguinação ou decapitação. Eletronarcose → exsanguinação Pistola de ar comprimido Maceração CO2 → exsanguinação Pistola de ar comprimido (não penetrativa) e dardo cativo (penetrativo): Ruminantes, equinos, suínos, animais selvagens. Concussão cerebral – pistola; Trauma direto com consequente lesão no encéfalo – dardo. Ruminantes – pista de ar causa atordoamento – seguida de exanguinação. Arma de fogo: Pessoas altamente treinadas; Morte imediata, sem sofrimento do animal; Projétil em direção à cabeça do animal – lesão encefálica – morte; Deslocamento cervical: Animal sob anestesia geral; Aves pequenas, roedores com menos de 200g, coelhos jovens com menos de 1kg; Após o procedimento – avaliar fratura dos ossos do pescoço por palpação das vértebras.
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