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ECONOMIA POLITICA - APOL 1 - TERCEIRA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Economia Política
Leia a tirinha abaixo:
Para todos verem: Na tirinha da Mafalda, estão ela, Liberdade e Susanita na sala da casa da Mafalda brincando de “casinha”. Liberdade então pergunta: “Parece que nas reportagens da TV está na moda perguntar aos políticos se são a favor ou contra a propriedade privada, já notou?” Mafalda responde: “Já”. E Liberdade diz: “E você, Susanita, o que acha? É para ser a favor ou contra a propriedade privada?”. Susanita responde, no outro canto da sala, abraçando todos os brinquedos: “Depende... propriedade privada de quem?”
Como vimos no livro-base da disciplina de Economia Política, a organização da sociedade na perspectiva dos fisiocratas, acerca dos mecanismos de produção, distribuição e consumo, seria regida por leis naturais, tal como é a lei de Newton para a física. Nesse contexto, caberia ao governo não interferir na propriedade privada, um fundamento essencial da ordem econômica. Karl Marx, ao analisar o modo de produção capitalista, concebe a realidade concreta não como produto de leis naturais, mas da atividade humana. A propriedade privada dos meios de produção, sob essa perspectiva, determina a divisão da sociedade entre duas classes, burguesia e proletariado.
Com base na teoria de Karl Marx sobre o modo de produção capitalista, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A separação total entre aquele que vende a sua força de trabalho e o proprietário dos meios de produção foi condição prévia para o surgimento do capitalismo
PORQUE
II. Sendo um sistema de trocas livre e equivalente, permitiu ao despossuído de posses a escolha do assalariamento regular.
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Como visto no capítulo 3 do livro-base da disciplina, a característica específica do modo de produção capitalista é a separação total entre o agente do processo de trabalho e a propriedade dos meios de produção. Essa separação foi condição prévia para o surgimento do capitalismo. Somente tal separação permite que o agente do processo de trabalho, como pura força de trabalho, desprovida de posses objetivas, se disponha ao assalariamento regular. Dessa forma, a primeira asserção é uma proposição correta, a segunda, incorreta.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1 e 3.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 2/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"A influência de Engels será um divisor de águas na produção intelectual de Marx. Até aquela altura de sua trajetória intelectual, Marx ocupara-se essencialmente do problema da alienação humana nas suas diversas formas (inclusive no trabalho, mas também na religião, na política, nas próprias relações ecológicas do homem com a natureza). Ao mesmo tempo, seu viés era mais filosófico, seus interesses mais abrangentes, sua tonalidade mais intensamente humanista . Ao entrar em contato intelectual com o livro A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), Marx perceberia, ou julgaria perceber (conforme se dê ou não crédito à sua escolha ou descoberta), que a alienação produzida no mundo do trabalho era o ventre materno de todas as alienações – a raiz do “estranhamento” que lançava no sofrimento e na inconsciência o homem comum do mundo moderno".
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 229.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e o conteúdo da disciplina, assinale a alternativa que apresente corretamente a relação entre trabalho e alienação no capitalismo dentro do pensamento marxiano:
Nota: 0.0
	
	A
	Para Marx, sob a égide capitalista o trabalho é alienado porque o homem não se reconhece naquilo que faz e produz, uma vez que, mesmo sendo o agente produtor, ele participa apenas parcialmente do processo produtivo e o fruto do seu trabalho acaba lhe sendo subtraído em decorrência do modo social de organização da produção. 
Assim, a essa afirmação está correta porque para Marx sob o capitalismo, o homem não se reconhece no que faz, no que produz. Trata-se de um trabalho alienado. Alienado sob um duplo aspecto: porque o produtor só participa de uma pequena parte do processo produtivo, restrito a operações simples e repetitivas, e alienado porque o fruto do seu trabalho lhe é subtraído por conta do modo social de organização da produção, marcado pela propriedade privada dos meios de produção, de um lado, e do trabalhador destituído desses meios, de outro.
A segunda está incorreta porque Marx está se referindo ao fato de que o trabalhador, no modo de produção capitalista, não possui acesso a todo o processo de produção e se aliena em sua tarefa. Assim, não se refere a uma segmentação entre trabalho intelectual e manual - embora isso possa ser uma consequência. A terceira está incorreta porque o trabalhador só tem acesso parcial (a sua tarefa) ao modo de produção e Marx não fala de habilidade em processar informações quando se refere a alienação. A quarta está incorreta porque Marx não vê a alienação como natural - é um fenômeno social advindo do modo de produção capitalista. A quinta está errada porque a alienação não dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro. Pelo contrário, eles dão sustentação à dominação capitalista. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.
	
	B
	De acordo com a teoria marxiana o trabalho é considerado alienado porque a produção capitalista acaba por dirimir o trabalho intelectual dos processos produtivos. Dessa forma, cria-se uma segmentação entre trabalho físico e intelectual, sendo o primeiro completamente alienado e ignorante.
	
	C
	Marx compreende que o trabalho, dentro do sistema capitalista, conduz o operário a estabelecer uma visão global sobre o sistema de produção. Todavia, a incapacidade desse operário em processar essas informações acaba tornando-o alienado.
	
	D
	Dentro do pensamento marxiano a alienação é um processo natural que acaba sendo amplificado pelo modo de produção capitalista, uma vez que esse acaba incentivando que o trabalhados se especialize e aperfeiçoe em suas atividades e, consequentemente, não desenvolva interesses culturais. 
	
	E
	Alienação e trabalho, em Marx, constituem-se em fenômenos políticos e econômicos inerentes ao modo de produção capitalista. Dessa forma, eles são considerados como complementares e dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro.
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“As páginas iniciais da Riqueza das Nações são eloquentes sobre o novo papel assumido por este conceito: é o trabalho, trabalho em geral, a única fonte da riqueza de uma sociedade. De um lado, Smith se distancia das convicções mercantilistas, que supunham que a riqueza de uma nação só poderia provir de seu comércio externo (vale dizer, que a vantagem de uma nação só poderia advir da desvantagem das demais), mas também supera a visão unilateral da fisiocracia, que atribuía ao trabalho do agricultor — e só a ele — a capacidade de produzir riquezas” Cerqueira, 2004, p. 442).
Fonte: CERQUEIRA, Hugo E. A. da Gama. Adam Smith e o surgimento do discurso econômico. Revista de Economia Política, vol. 24, nº. 3(95), p. 433-453, 2004. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rep/v24n3/1809-4538-rep-24-03-433.pdf0>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, análise as afirmações abaixo, que abordam o pensamento econômico de Adam Smith:
I. Uma das premissasdo pensamento econômico de Adam Smith entende que, em decorrência da racionalidade dos indivíduos, a busca pela satisfação dos interesses individuais conduziria ao bem-estar coletivo.
II. De acordo com Adam Smith, os indivíduos possuem uma propensão natural ao intercâmbio. Essa tendência se constitui no elemento produtor da divisão do trabalho e a competição no mercado é a maneira mais eficiente de organizar as relações sociais.
III. As concepções liberais de Adam Smith definiam o trabalho escravo como mais lucrativo do que o trabalho livre, uma vez que o trabalho era considerado por ele como a única fonte para o aumento da riqueza e da concentração lucros.
IV. Segundo o liberalismo de Adam Smith, a mão invisível do mercado se refere à força ordenadora da economia, que está baseada na regulação das trocas entre os países por instituições econômicas internacionais.
Agora, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
A alternativa correta é aquela que indica que apenas as afirmativas I e II estão corretas. Assim, a afirmação I está correta, uma vez que para Adam Smith os indivíduos possuem uma propensão natural ao intercâmbio e, para isso se comportam de maneira racional e em busca dos seus interesses. Em consequência disso a busca pela satisfação dos interesses individuais conduziria ao bem-estar coletivo. A afirmação II está correta porque para Adam Smith os indivíduos possuem uma propensão natural às trocas, sendo esta propensão o elemento produtor da divisão do trabalho, e a competição no mercado, onde todos são movimentos pelo auto interesse, que seria a maneira mais eficiente de organizar as próprias relações sociais. A afirmação III está incorreta porque o pensamento de Adam Smith não definia o trabalho escravo como mais lucrativo, mas sim o trabalho livre. A afirmação IV está incorreta porque a ideia de mão invisível do mercado fazia referência a uma força ordenadora do mercado que não deveria ser interrompida por forças externas, como aquela que o Estado exercia em favor do estabelecimento de monopólios.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 71-72, adaptado.
Questão 4/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“[Na fisiocracia] toda riqueza é reduzida à terra e à lavoura (agricultura). A terra não é ainda capital, mas já é um modo particular de sua existência que deve valer em e por sua particularidade natural; a terra, porém é um elemento natural e universal, enquanto o sistema mercantilista reconhece no metal nobre a existência da riqueza” (Gianotti, 2010, p. 50).
Fonte: GIANNOTTI, JA. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2010. Primeira crítica da economia política. pp. 39-73. Disponível em: http://books.scielo.org/id/n22qp/pdf/giannotti-9788579820441-05.pdf.
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como os fisiocratas dividiam a sociedade:
Nota: 10.0
	
	A
	Classe produtiva e classes estéreis.
Você acertou!
Para os fisiocratas é apenas na agricultura que pode haver trabalho produtivo. Nesse contexto, a sociedade para essa corrente está dividida entre a classe produtiva – trabalhadores da agricultura – e as classes estéreis – comércio e manufaturas, onde o comércio é considerado improdutivo.
Referência: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 62, adaptado.
	
	B
	Classe proletária e classe camponesa.
	
	C
	Classe burguesa e classe aristocrática.
	
	D
	Classe revolucionária e classe conservadora.
	
	E
	Classe política e classe trabalhadora.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“A nascente economia política (clássica) tratou de analisar criticamente os mecanismos que sustentavam a velha ordem, procurando mostrar como a organização corporativa, os ganhos monopolísticos e os regulamentos mercantilistas, bem como suas justificativas teológicas e estruturas de poder, funcionavam como entraves ao livre funcionamento da sociedade econômica (sociedade civil). A sociedade deveria caminhar para aquilo que lhe seria natural e inerente, a saber, a riqueza e o progresso. Colocada em contexto, a nascente economia política foi, portanto, um instrumento a serviço da transformação social e contra a velha ordem.” (Calabrez, 2019).
Fonte: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a que “velha ordem” o trecho se refere:
Nota: 0.0
	
	A
	Feudalismo.
Feudal, pré-capitalista.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
	
	B
	Socialismo.
	
	C
	Capitalismo.
	
	D
	Comunismo.
	
	E
	Mercantilismo.
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"Marx define o valor da força de trabalho como o tempo de trabalho necessário para a produção das mercadorias que entram na reposição da capacidade de trabalho. Essas mercadorias se encontram no mercado pelos seus preços de produção. A força de trabalho não pode receber seu valor, isto é, a tradução em dinheiro do tempo de trabalho necessário, pois se as mercadorias de que necessita fossem produzidas em ramos de composições orgânicas maiores que a média, os preços dessas mercadorias estariam acima dos seus valores e a força e trabalho não poderia se reproduzir. A força de trabalho deve ser paga pelo seu preço de (re)produção, que é a soma dos preços de produção das mercadorias das quais necessita normalmente para viver. O preço de mercado da força de trabalho, por sua vez, é o preço decorrente do embate entre oferta e demanda de trabalho, assim como da capacidade organizativa das classes na luta pelos seus interesses materiais. O preço de mercado da força de trabalho tem como baliza de referência o preço de (re)produção da força de trabalho."
Fonte: CIPOLLA, Francisco Paulo. O Mecanismo da Mais Valia Relativa. Estud. Econ., São Paulo, vol. 44, n.2, p. 383-408, abr.-jun. 2014, p. 388. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ee/v44n2/06.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no decorrer da disciplina, analise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa  correta:
I. Para os marxistas a disparidade entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho acaba por dar origem à mais-valia e, consequentemente, ao lucro capitalista. 
PORQUE
II. A teoria marxista do valor-trabalho demonstra como, dentro das relações estabelecidas no sistema capitalista, o trabalho gera um valor superior ao valor recebido pelo trabalhador na forma de salário. 
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
A resposta correta é as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A afirmação I está correta porque, como se vê na aula 3, o lucro se forma por meio da apropriação do valor que não é pago ao trabalhador - essa disparidade entre o salário pago pelo trabalho e o valor produzido é a mais-valia. A afirmação II está correta porque a teoria marxista do valor consiste em demonstrar que na relação que se estabelece no processo de produção capitalista, o trabalho gera um valor superior àquele que seu agente (o trabalhador) recebe na forma de salário. A segunda pode ser considerada uma justificativa para a primeira porque é, justamente,pela razão de o trabalho gerar um valor superior ao valor recebido pelo trabalhador (salário) que ocorre a mais-valia e o lucro capitalista - no modo de produção capitalista o lucro é obtido por meio da apropriação do valor que não é pago ao trabalhador. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 3.  
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O pensamento de Marx em torno do Estado e da sociedade civil pode ser encontrado no decorrer de sua vasta produção, desde 1843-44 até a publicação de O capital. Entretanto, os textos produzidos em Paris, conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos, juntamente com a Crítica da filosofia do direito de Hegel - Introdução e A questão judaica, podem ser considerados os marcos iniciais da crítica marxiana à produção da filosofia idealista e política da época. Nesses escritos, Marx já demonstra que as contradições e os fetiches da sociedade capitalista impregnam a filosofia idealista e política, marcadas pela não ultrapassagem do nível aparente da realidade. Para Marx, era preciso alcançar o conteúdo essencial da sociedade burguesa. Sua crítica dizia respeito às operações da filosofia idealista que insistia em tomar o Estado, a população, o dinheiro e assim por diante, categorias descoladas da totalidade social".
Fonte: SOUZA, Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 101, p. 25-39, jan./mar. 2010. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/03.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique corretamente o entendimento marxiano sobre o Estado:
Nota: 0.0
	
	A
	O Estado, dentro de um enquadramento marxiano, pode ser definido como um órgão legal que controla as fronteiras nacionais e condiciona o comportamento da população em seu interior por meio de um ordenamento jurídico.
	
	B
	Para Marx o Estado é uma realidade material imprescindível para a reprodução do capitalismo, uma vez que é por meio dele que as classes sociais garantem os seus direitos fundamentais.
	
	C
	Para a teoria marxista o Estado é uma instituição política desconectada das relações de produção. Portanto, a sua atuação se resume a esfera jurídica como garantidor da lei e da ordem.
	
	D
	A noção marxista de Estado o concebe como a entidade capaz de centralizar o poder e monopolizar a utilização da força dentro do seu território.
	
	E
	No pensamento marxiano o Estado é visto como reflexo das das relações de poder instituídas na base do sistema capitalista, de modo que ele se converte em um agente garantidor dos interesses da classe dominante (burguesia). 
Sob a perspectiva marxiana, a política e o Estado não possuem vida própria, ou autonomia, em relação à sua infraestrutura. Eles só podem ser o reflexo das relações de poder que se estabelecem na base, nas relações econômicas, ou, se quisermos, na sociedade civil. Sendo assim, temos a impossibilidade da existência de um “Estado racional”, que se coloque acima das partes em conflito. O poder do Estado não paira no ar, ele deriva do poder da classe dominante. Dessa perspectiva de Estado como garantidor dos interesses da classe dominante surgirá o debate marxista sobre o Estado, que será brevemente apresentado.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 6
Questão 8/10 - Economia Política
"As flutuações de emprego e produto que ocorrem na economia são explicadas por duas teorias que podem ser consideradas como a base da macroeconomia. Uma voltada para as flutuações de longo prazo e determinantes da oferta agregada (paradigma clássico-liberal) e outra para as flutuações de curto prazo que determinam a demanda agregada (paradigma keynesiano)."
Fonte: TEBCHIRANI, Flávió Ribas. Princípios de economia: micro e macro Curitiba: Intersaberes, 2012 (adaptado).
A passagem acima indica que existem ao menos duas linhas de pensamento sobre as flutuações macroeconômicas. Assinale a alternativa correta a respeito da Lei de Say:
Nota: 0.0
	
	A
	Derivada da teoria Keynesiana, a Lei de Say afirma que a demanda é maior que a oferta agregada.
	
	B
	Surgida no Marxismo, a Lei de Say nega a teoria de demanda a oferta, colocando um descompasso entre ambas.
	
	C
	A Lei de Say, originária do pensamento ortodoxo da Economia, afirma que a oferta cria sua própria demanda.
Derivada de Lei de Say (que prega que ‘a oferta cria sua própria demanda’), a teoria clássica assegura que a demanda agregada será sempre igual à oferta agregada, sendo esta determinada pela capacidade instalada, que, por sua vez, refere-se à quantidade e à qualidade dos insumos de capital e de trabalho. 
Fonte: Tema 5 da Aula 2.
	
	D
	Keynes concorda com a Lei de Say, uma vez que afirma que o mercado se autoregula com relação à geração de demanda.
	
	E
	Os liberais elaboram a crítica à Lei de Say, que a oferta cria a sua própria demanda, uma vez que negam o equilíbrio de mercado.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O termo “burguesia” virou praticamente um jargão presente em qualquer discussão política. Mas você sabe o que esse termo significa? Frequentemente utilizado como sinônimo de elite, o conceito de burguesia data do século XI, em referência à uma classe social que surgia naquele período histórico.
Compreender a história e as características dessa classe social é fundamental para o entendimento sobre economia e política, uma vez que a burguesia é responsável pelo surgimento do capitalismo e por importantes marcos históricos, como as Revoluções Francesa e Inglesa. Além disso, este termo também é essencial para a ideia de luta de classes, central no debate político desde o século XIX.”
Fonte: Burguesia: quem é e qual sua origem? Site Politize! Disponível em: https://www.politize.com.br/burguesia/
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que descreve corretamente o que foi a desagregação do feudalismo:
Nota: 0.0
	
	A
	O início de um sistema novo em que não havia diferenças entre trabalhadores e burguesia.
	
	B
	O fim de um sistema em que havia igualdade nas relações de trabalho e institucionalização dos processos.
	
	C
	O processo de acumulação de trabalho não remunerado e baseado na servidão, com o surgimento de um novo sistema dividido entre vassalos submetidos ao dono de terra.
	
	D
	O avanço do processo de troca de serviços mútuos que se fundamenta sobre a propriedade de terra, cedida pelo senhor feudal e que abarca aspectos econômicos, políticos e sociais.
	
	E
	O processo de acumulação de capitais por parte da nascente burguesia comercial, o que colaborou para a quebra dos vínculos de servidão, surgindo assim, trabalhadores livres, que, desprovidos de meios materiais de existência, passaram a vender sua força de trabalho em troca de salário.
A desagregação do feudalismo deve ser entendida como contexto do processo de acumulação de capitais por parte da nascente burguesia comercial, o que contribuiu para o esfacelamento dos vínculos de servidão, dando lugar a uma classe de trabalhadores "livres" (porque libertos de tais vínculos), embora agora desprovidos de meios materiais de existência e impelidos a vender sua força de trabalho em troca de salário.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma manufatura muito pequena, mas na qual a divisão do trabalho muitas vezes temsido notada: a fabricação de alfinetes. Um operário não treinado para essa atividade (que a divisão do trabalho transformou em uma indústria específica) nem familiarizado com a utilização das máquinas ali empregadas (cuja invenção provavelmente também se deveu à mesma divisão do trabalho), dificilmente poderia talvez fabricar um único alfinete em um dia, empenhando o máximo de trabalho; de qualquer forma, certamente não conseguirá fabricar vinte. Entretanto, da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o trabalho todo constitui uma indústria específica, mas ele está dividido em uma série de setores, dos quais, por sua vez, a maior parte também constitui provavelmente um ofício especial. Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente. Assim, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente 18 operações distintas [...]” (SMITH, 1974, p. 65-66)
Fonte: SMITH, A. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os Pensadores).
Levando em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na Aula 2, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Para Adam Smith é na produção industrial que reside o segredo da produção da riqueza e do excedente. 
II. Todo excedente econômico, para Smith, vem do trabalho, que é a medida real do valor de troca das mercadorias. 
III. Como o valor das mercadorias vem do trabalho humano, o valor do trabalho está embutido na mercadoria. O tempo de trabalho que foi empregado a feitura de um produto é agregado em seu preço final.
IV. Adam Smith inicia a discussão sobre o lucro e a concentração desse excedente econômico. 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as alternativas I e II estão corretas.
	
	B
	Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
Vimos que Adam Smith inicia a explicação da origem do excedente econômico que avança em relação aos fisiocratas: é na produção industrial, e não na agricultura, que reside o segredo da produção da riqueza e do excedente. Todo excedente econômico vem do trabalho, que é a medida real do valor de troca das mercadorias, no entanto, Smith não inicia a explicação sobre o lucro, que será feita só após David Ricardo, com Karl Marx. Fonte: Tema 4 da videoaula 2.
	
	C
	Apenas as alternativas I e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as alternativas II e III estão corretas.

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