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ECONOMIA POLITICA - APOL 2 - TERCEIRA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“Entre os anos 1930 e 1970, a América Latina e principalmente seus dois maiores países, Brasil e México, se industrializaram e apresentaram elevadas taxas de crescimento. Este desenvolvimento, que também ganhava momentum nos demais países subdesenvolvidos deu origem, após a Segunda Guerra Mundial, à teoria estruturalista da Cepal. Esta teoria, e a respectiva estratégia nacional de desenvolvimento, surgiu no quadro da crise das oligarquias agrário-exportadoras dependentes associadas aos países ricos, e deu embasamento teórico para as coalizões políticas nacionalistas, desenvolvimentistas e industrializantes envolvendo a burguesia industrial, a burocracia pública e os trabalhadores urbanos” (BRESSER-PEREIRA; GALA, 2010, p. 363-364).
Fonte: BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; GALA, Paulo. Macroeconomia estruturalista do desenvolvimento. Revista Economia Política, São Paulo, v. 30, n. 4, p. 663-686, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572010000400007&lng=en&nrm=iso>
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e o texto citado acima, análise as afirmações abaixo sobre a teoria estruturalista do desenvolvimento:
I. O ponto de partida da teoria estruturalista da CEPAL foi a crítica às teorias clássicas do comércio internacional, uma vez que elas ignoravam as assimetrias existentes entre centro e periferia no capitalismo mundial.
II. As relações assimétricas entre centro e periferia advinham da difusão desigual do progresso tecnológico e do processo de deterioração dos termos de troca no comércio internacional.
III. Para a teoria cepalina, a deterioração dos termos de troca corresponde ao processo de desvalorização dos preços, no comércio internacional, dos produtos primários diante da constante valorização dos preços dos produtos industrializados.
IV. A solução proposta pela teoria cepalina consistia na ampliação da entrada de capitais privados externos nos países subdesenvolvidos, de modo que se pudesse financiar a industrialização e o setor de serviços.
Agora, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. A afirmação I está correta porque como foi possível observar no decorrer da disciplina, o trabalho de Raúl Prebisch foi muito importante para a consolidação do estruturalismo cepalino. Esse autor, na obra “O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus principais problemas” (1949), realiza uma crítica às teorias clássicas do comércio internacional, em especial à teoria das vantagens comparativas de David Ricardo. Para Prebisch essas teorias ignoravam as profundas assimetrias existentes entre centro e periferia no capitalismo mundial. A afirmação II está correta porque a assimetria observada entre centro e periferia no capitalismo mundial estava vinculada à difusão desigual do progresso tecnológico (que possibilitava a industrialização) e ao processo de deterioração dos termos de troca no comércio internacional. A afirmação III está correta porque a deterioração dos termos de troca é conceituada pela CEPAL como o processo por meio do qual se observa a desvalorização dos preços internacionais dos produtos primários – produzidos e exportados pela periferia – diante da valorização dos preços dos produtos industrializados e de maior valor agregado, exportados pelos países centro capitalista. A afirmação IV está incorreta porque a CEPAL apontava como
um dos problemas mais primordiais dos países subdesenvolvidos o desequilíbrio no balanço de pagamentos e a dependência estrutural dos movimentos de capitais dos países do centro capitalista. Assim, a solução era pensar no processo de industrialização que pudesse romper com essa dependência e modernizar a economia.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 184-186, adaptado.
Questão 2/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“Passados mais de 50 anos desde a publicação do texto inaugural de Raúl Prebisch na CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina), ganha-se cada vez mais o benefício do tempo para avaliar o significado e o impacto das teses elaboradas pelo grupo de economistas e outros cientistas sociais reunidos a partir do final da década de 1940 em Santiago do Chile no então recém-criado órgão da ONU. Um dos consensos emergentes, após todos esses anos, é o de que, mais que um "manifesto" pelo desenvolvimento latino-americano, os autores cepalinos desenvolveram uma estrutura conceitual própria, que deu suporte e legitimidade às propostas de política econômica oriundas da CEPAL. Esse conjunto de proposições teóricas e de políticas econômicas deu substância ao que passou a ser chamado de desenvolvimentismo cepalino” (COLISTETE, 2001, p.21).
Fonte: COLISTETE, Renato Perim. O desenvolvimentismo cepalino: problemas teóricos e influências no Brasil. Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 41, p. 21-34, Apr. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000100004&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como a CEPAL entendia que o desenvolvimento poderia ser alcançado na América Latina:
Nota: 10.0
	
	A
	Por meio da criação de um programa estatal de desenvolvimento voltado ao fomento da industrialização e à superação da posição periférica no capitalismo internacional.
Você acertou!
O diagnóstico da CEPAL apontava claramente para a necessidade de um programa político e propositivo. Era necessário acionar o Estado, para superar a posição desfavorável e periférica, dos países em desenvolvimento/subdesenvolvidos no sistema internacional frente aos países centrais e industrializados, mediante um programa de desenvolvimento e marcadamente antiliberal, na medida que deveria proteger a indústria infante. A estratégia de crescimento deveria ser planejada e coordenada pelo Estado, pois as características estruturais da periferia não ofereciam condições para que o mercado liderasse o processo.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 187, adaptado.
	
	B
	Por meio da facilitação para o estabelecimento das empresas transnacionais em território nacional, fomentando o aumento dos postos de trabalho.
	
	C
	Por meio do incremento técnico e científico na agricultura, de modo adicional ao valor agregado aos produtos primários e ao aumento dos preços.
	
	D
	Por meio de uma política de modernização no sistema de transportes dos Estados com o objetivo de facilitar e baratear o escoamento de produtos para exportação.
	
	E
	Por meio da criação de uma organização de empresas privadas nacionais, favorecendo a formação de grandes monopólios industriais.
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"No que se refere à ordem internacional, há uma gama enorme de instituições e fatores em geral que possibilitaram a expansão econômica fordista. Em primeiro lugar, como destacam Glyn et al (1990), foram criadas várias instituições internacionais importantes, que deram as condições para a expansão do comércio então verificada e para a reconstrução dos países arrasados pela Segunda Guerra. O FMI, como instituição financeira responsável por lidar com problemas no Balanço de Pagamentos dos países. Em seguida, o Banco Mundial, incumbido de financiar investimentos de longo prazo sobretudo para países desenvolvidos. O GATT, em terceiro, como o órgão que buscava supervisionare impedir o aumento de tarifas comerciais que lograssem reduzir a intensidade do comércio internacional. Por fim, mas não menos importante, o Plano Marshall, através do qual uma enorme quantia de dólares foi investida sobretudo nos países da Europa Ocidental, criando as próprias condições de crescimento naqueles países e, além disso, criando a própria demanda por investimento norte-americano."
Fonte: LIMA, Ana Carolina Bottega de; STERNICK, Ivan Prates. Teoria da Regulação e crise do fordismo. p. 17. Disponível em: <file:///C:/Users/92007228/Downloads/4147-Texto%20do%20artigo-16052-2-10-20171127.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indique corretamente como se denomina o sistema monetário internacional no qual essas instituições estavam incluídas:
Nota: 0.0
	
	A
	Sistema Monetário de Bretton Woods
Como é sabido, os EUA saíram, embora de forma muito lenta, do atoleiro da Grande Depressão. As medidas do New Deal favoreceram a recuperação econômica e os EUA despontaram no século XX como potência hegemônica. Após a Segunda Guerra Mundial, os americanos tomaram a frente no sistema 5 monetário internacional e lograram impor a hegemonia do dólar. Construía-se o chamado acordo de Bretton Woods e o padrão dólar.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, p. 4-5.  
	
	B
	Sistema Monetário de Luxemburgo
	
	C
	Sistema Monetário de Madrid
	
	D
	Sistema Monetário New Deal
	
	E
	Sistema Monetário de Pequim
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
Um olhar para o capitalismo contemporâneo como sistema global não nos suscita uma visão muito animadora. Ou, pelo menos, não tão otimista quanto aquela propagada pelos liberais clássicos. Os indicadores revelam uma queda generalizada nas taxas de crescimento dos países a partir dos anos 1980, após certa euforia com o modelo de organização chamado por certas vertentes de keynesiano-fordista (Arrighi, 2013; Hirsch, 2010). Observa-se também um declínio do crescimento da renda per capita e um aumento da disparidade de renda tanto no interior dos países mais ricos quanto entre os países mais ricos e os mais pobres (Relatório Anual da Unctad, 1997, citado por Fiori, 1999). E isso ocorreu justamente após o retorno da hegemonia de premissas de cunho liberal aplicadas especialmente à defesa da mobilidade de movimento de capitais, período para o qual se cunhou o termo neoliberalismo” (CALABRESE, 2020, p. 204).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma explicação possível para o aumento da disparidade de renda entre os países capitalistas centrais e os países periféricos:
Nota: 0.0
	
	A
	Aceleração do processo de industrialização em países da Ásia.
	
	B
	Expansão da taxa de lucro vinculada aos produtos tecnológicos
	
	C
	Flutuação da taxa de câmbio internacional e valorização do dólar.
	
	D
	Retração dos percentuais de crescimento dos PIBs desenvolvidos.
	
	E
	Aceleração do processo de financeirização a partir dos anos 1980.
Tendo em conta os aspectos apresentados no enunciado dessa questão e se seguirmos, portanto, essa perspectiva de capitalismo como sistema histórico e global confrontando-a com os prognósticos dos economistas clássicos, podemos nos apoiar na hipótese de Fiori (1999, p. 14), segundo a qual, talvez "a simples competição intercapitalista em mercados desregulados e globalizados não assegure o desenvolvimento, nem muito menos a convergência entre as economias nacionais do centro e da periferia do sistema capitalista mundial". Tudo indica que esse aumento da disparidade de renda entre países e intrapaíses pode ser explicado em parte pela aceleração do processo de financeirização ocorrido a partir dos anos 1980, que produziu um aumento da participação do setor financeiro nos PIBs.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020, p. 205, adaptado.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"É possível imaginar o assombro daqueles familiarizados com as lidas do pensamento então hegemônico ao tomarem contato pela primeira vez com A Teoria Geral. Keynes planejara seu ataque em múltiplas frentes. Insistia sobre a importância de se compreender a economia como uma economia monetária da produção, na qual a moeda desempenha papel de suma importância e não apenas por consubstanciar a forma mais geral da riqueza, conferindo a seu detentor a possibilidade de comando sobre o trabalho alheio, mas fundamentalmente por representar em simultâneo os papéis - somente em aparência contraditórios - de refúgio contra a incerteza e de objeto de desejo compelindo à valorização do capital".
Fonte: FRACALANZA, Paulo Sérgio. As lições de Keynes. Novos estud. - CEBRAP  no.88 São Paulo Dec. 2010. p. 200. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/nec/n88/n88a12.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresente corretamente o objetivo central de empresários e empresas dentro do sistema capitalista para Keynes:
Nota: 10.0
	
	A
	Para Keynes a poupança é o objetivo central no sistema capitalista, uma vez que as transações econômicas são sempre feitas tendo em vista a acumulação de capital.
	
	B
	Para Keynes, a acumulação de metais preciosos para produzir moeda era o ponto de partida no sistema capitalista, desse modo os Estados deveriam intervir na economia abastecendo o mercado de metais preciosos. 
	
	C
	Para Keynes, as transações econômicas são o objetivo central do sistema capitalista, desse modo para ele os investimentos são feitos tendo em conta o objetivo de construir uma poupança. 
	
	D
	Para Keynes, o dinheiro é o ponto de partida e a chegada no sistema capitalista, desse modo para ele os investimentos são feitos tendo em conta o objetivo central de se obter mais dinheiro. Portanto o lucro monetário constitui-se no princípio motor do sistema.
Você acertou!
Como pode ser visto na Aula 4 a teoria keynesiana compreende que o dinheiro era o ponto de partida e a chegada no sistema capitalista, desse modo para ele os investimentos são feitos tendo em conta o objetivo central de se obter mais dinheiro. Portanto o lucro monetário constitui-se no princípio motor do sistema.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Vídeo Aula: Tema 02 – Aspectos da teoria keynesiana e a macroeconomia (7'45 a 9'41).  
	
	E
	Para Keynes a acumulação de capital é o objetivo central do capitalismo, de modo que o Estado deve intervir buscando distribuir as oportunidades de forma mais igualitária entre as classes.
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Um característico exemplar de um “protocolo” neoliberal é o Consenso de Washington, um conjunto de políticas voltadas para solucionar os problemas da América Latina durante as décadas de 1980 e 1990 [...] Tais políticas foram implementadas de maneira excessiva e muito rapidamente, excluindo outras políticas que se faziam necessárias, gerando crises quase que imediatamente” (VICENTE, 2009, p. 142).
Fonte: VICENTE, Maximiliano Martin. História e comunicação na ordem internacional [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/b3rzk/pdf/vicente-9788598605968-08.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e o texto citado acima, análise as afirmações abaixo, que discutem as medidas sugeridas pelo Consenso de Washington aos países latino-americanos:
I. Entre as reformas indicadas pelo Consenso de Washington aos países latino-americanos estavam a abertura comercial e financeira, desregulação econômica, privatização de empresasestatais e prioridades nas despesas públicas.
II. A implantação das reformas propostas pelo Consenso Washington ocorreu de forma satisfatória nos países latino-americanos e em pouco tempo as econômicas já retornaram ao estado de pleno-emprego.
III. A adoção das medidas indicadas pelo Consenso de Washington revelou o paradoxo ortodoxo, uma vez que era preciso grande ingerência do Estado para implementar reformas que objetivavam a redução do papel estatal na economia.
IV. Esse contexto reforça a leitura do institucionalismo na teoria econômica, que resgata a importância do Estado como garantidor da propriedade e dos contratos
Agora, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, III e VI estão corretas.
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas A afirmação I está correta porque as reformas de matriz neoliberal, indicadas pelo Consenso de Washington aos países latino-americanos, envolviam 10 áreas: abertura comercial, abertura financeira, desregulação econômica, privatização de empresas estatais, disciplina fiscal, reforma tributária, política cambial, taxas de juros, propriedade intelectual e prioridades nas despesas públicas. A afirmação II está incorreta, uma vez que as tentativas de implementação do Consenso de Washington requeriam um conjunto de reformas nos países que o adotassem, que foi revelando ao longo do percurso uma série de dificuldades (políticas e administrativas) que trouxeram à tona a importância das próprias instituições do Estado para a implementação e consolidação das denominadas reformas orientadas para o mercado. A afirmação III está correta porque no contexto de adoção das medidas de Washington aparece o fenômeno a que Miles Kahler (citado por Haggard e Kaufman, 1993) chamou de paradoxo ortodoxo: eram necessárias instituições estatais sólidas e efetivas e uma forte direção política - portanto, era necessário Estado - para implementar reformas que reduzissem o papel estatal na coordenação do sistema econômico, promovendo ajustes estruturais (Haggard; Kaufman, 1993). Esse paradoxo também foi apontado por Peter Evans ao falar em Estado como problema e solução (Evans, 1992). A afirmação IV está correta porque com este contexto em mente podemos compreender melhor as contribuições do novo institucionalismo, que resgatam a importância das instituições sob uma perspectiva marcadamente liberal. Com base nisso, entende-se melhor a crítica que a ela se dirige, qual seja, a de que essa abordagem, apesar de reconhecer a indispensabilidade da combinação entre Estado e mercado - que são, afinal, as duas instituições indispensáveis à existência do capitalismo -, coloca como ideal para todos os países um modelo liberal de Estado como garantidor da propriedade e dos contratos, caminho que levaria ao desenvolvimento econômico.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p.192-193, adaptado.
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
“O novo-desenvolvimentismo nasceu como uma crítica ao modelo e à estratégia liberais adotados nos anos 1990 no Brasil, quando se abandonava a ideia de desenvolvimento. Recolocando a macroeconomia no centro da discussão, o novo-desenvolvimentismo partiria do diagnóstico central de que o mercado sozinho não seria capaz de ajustar de maneira adequada os cinco preços macroeconômicos básicos. O modelo macroeconômico adotado desde 1994 no Brasil, tal como diagnostica a teoria, foi assinalado pela armadilha dos juros altos e câmbio sobreapreciado, o que mantém baixas taxas de crescimento econômico. Na raiz desse problema está a política de crescimento com poupança externa, isto é, a política de incorrer em déficits em conta-corrente” (CALABRESE, 2020, p. 195).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, dois elementos que são centrais à teoria macroeconômica do novo-desenvolvimentismo:
Nota: 0.0
	
	A
	A implementação tecnológica e a integração regional.
	
	B
	Os índices de desemprego e o desenvolvimento técnico.
	
	C
	A taxa de inflação e o número de importações.
	
	D
	As contas externas e a taxa de câmbio.
Quando incorre em déficit em conta-corrente, o país necessita que esses déficits sejam financiados por capital (ou poupança) externo. A entrada desses recursos externos no país aprecia a moda nacional, o que tem como efeito a redução da competitividade da indústria nacional não apenas no mercado externo, mas também no mercado interno. Por essa razão, as contas externas e a taxa de câmbio estão no centro da teoria macroeconômica do novo-desenvolvimentismo, ou macroeconomia novo-desenvolvimentista. Diante do diagnóstico de que o Brasil sofre uma tendência à sobreapreciação cíclica e crônica da taxa de câmbio, a macroeconomia novo-desenvolvimentista propõe uma política cambial ativa voltada ao estabelecimento da taxa de câmbio em seu nível de equilíbrio industrial, o que devolveria a competitividade às empresas nacionais e o incentivo ao investimento produtivo (Bresser-Pereira; Oreiro; Marconi, 2016). Podemos dizer que a novidade trazida por essa teoria macroeconômica é a colocação da taxa de câmbio como elemento central, não apenas por sua relação com os fluxos de importação—exportação, mas
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 195, adaptado.
	
	E
	O balanço de pagamentos e taxa SELIC.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Essa especificidade (Estado emprestador e investidor) nos permite aludir aos enunciados de Alexander Gerschenkron (1904-1978). O desafio político do desenvolvimento retardatário requer a superação dos obstáculos relacionados ao financiamento das atividades produtivas fora das modalidades de “acumulação primitiva” (colonização e/ou desapropriação camponesa violenta). Para este autor, alcançar o nível de desenvolvimento da Inglaterra no século XIX demandou a substituição da “acumulação primitiva clássica” pela criação de condições e instituições financeiras voltadas à implantação – rápida – de plantas industriais inteiras e unificação do mercado nacional via sistema de transportes. É esse processo de formação de instituições financeiras voltadas ao financiamento de longo prazo que distingue as experiências retardatárias em relação a experiência inglesa."
Fonte: JABBOUR, Elias. PAULA, Luiz Fernando de. China and "socialization of investment": a Keynes-Gerschenkron-Rangel-Hisschman Aproach. Rev. econ. contemp. vol.22 no.1 Rio de Janeiro  2018  Epub June 11, 2018, p. 6.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rec/v22n1/1415-9848-rec-22-01-e182217.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que explique corretamente como Alexander Gerschenkron entendia o desenvolvimento em países caracterizados pelo capitalismo tardio:
Nota: 0.0
	
	A
	De acordo com Gerschenkron é necessário que instrumentos institucionais responsáveis por prover as necessidades de investimentos a longo prazo, como é o caso da infraestrutura, sejam criados ou incentivados pelo Estado. Portanto, o autor defende a importância de um sistema financeiro conectado à indústria em países marcados pelo capitalismo tardio. 
De acordo com o a aula 5 de Economia Política, Gerschenkron analisou o processo de desenvolvimento de países “atrasados”, com especial atenção para o caso da Rússia e Alemanha. Nesses 3 países a presença de “instrumentos institucionais”, sobretudo a ação do Estado e a existência de bancos deinvestimento projetados para financiar as necessidades de investimento de longo-prazo, como é o caso da infraestrutura, foram fundamentais. Um sistema financeiro profundamente conectado à indústria produzia a sinergia necessária e garantia um mecanismo de financiamento de um desenvolvimento que, estando em atraso em relação a seus competidores, exigia investimentos pesados e em larga escala (Gerschenkron, 2015). 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 5. Tema 1: Abordagens sobre o desenvolvimento: o "capitalismo tardio" em análise comparada. Material para a impressão. 
	
	B
	Para  Gerschenkron é fundamental que em Estados marcados pelo capitalismo tardio seja promovida a livre circulação de ativos e capitais externos, uma vez que o investimento internacional em áreas estratégicas constitui-se em um importante vetor de desenvolvimento. 
	
	C
	De acordo com o pensamento de Gerschenkron é preciso que Estados capitalistas retardatários busquem estatizar a sua economia, promovendo assim um modelo de desenvolvimento planificado e coordenado pelos poderes públicos. 
	
	D
	De acordo com a tese de Gerschenkron, a única forma de se superar o atraso no desenvolvimento capitalista é por meio da associação com os países que já estão mais avançados nesse processo. 
	
	E
	Segundo Gerschenkron, é preciso que os Estados capitalistas atrasados invistam na produção de tecnologias de ponta e em processos inventivos com o objetivo de conquistar novos mercados comerciais. Assim, deve-se optar por uma estratégia que não promova a colisão com os fatores de produção dos países desenvolvidos. 
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Georg Friedrich List compreende a nação do ponto de vista político e não mais somente de um ponto de vista social como Smith (nação = sociedade civil). Ao fazê-lo, List desloca toda a problemática, colocando no centro da questão o desenvolvimento econômico como estratégia nacional. Ao operar essa mudança de foco, foge-se, a uma só vez, de uma visão dicotômica de Estado versus mercado como forma superior de organização do capitalismo, e inserem-se as categorias em seu contexto, o que passa pelo ambiente internacional de competição entre Estados e capitais. A partir daqui, não há mais de se falar em desenvolvimento econômico (em abstrato) como forma de ampliação de riqueza e de inovação tecnológica, por exemplo. Trata-se, agora, de estratégias nacionais de desenvolvimento e de criação de riqueza e desenvolvimento de tecnologia dentro de determinadas fronteiras, nas quais aquelas devem ser mantidas” (CALABRESE, 2020, p 201).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, adaptado.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e as concepções econômicas do alemão Georg Friedrich List, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais objetivos do nacionalismo econômico, presente na obra de List:
Nota: 0.0
	
	A
	Induzir o crescimento do Estado e do território alemães mediante a expansão militar do país e conquista de novos povos.
	
	B
	Consolidar o câmbio de flutuante na Alemanha como uma técnica de controle de preços dos produtos manufaturados nacionais.
	
	C
	Fortalecer o Estado e o capitalismo tardio alemão frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra mediante a adoção de medidas protecionistas.
Assim, ainda no século XIX, a "verdade produtivista" do mercantilismo foi redescoberta pelo "protecionismo" industrializante de Alexander Hamilton, e pelo "nacionalismo econômico" de Friedrich List e Max Weber, todos movidos pelo mesmo objetivo político: o fortalecimento dos seus Estados e capitalismos tardios frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra de Smith, Ricardo e Marx. (Fiori, 1999, p. 51). Preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendeu medidas protecionistas como indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra como país mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 201, adaptado.
	
	D
	Fomentar a abertura econômica alemã e o aumento de exportação de produtos primários por meio da negociação de tratados com a cláusula da nação mais favorecida.
	
	E
	Incentivar uma política econômica liberal e simpática às ideias de Adam Smith por meio da proposta de medidas de ampliação das relações com a Inglaterra.
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o trecho abaixo:
“Há uma discussão relativamente importante nas áreas de metodologia da Economia e de história do pensamento econômico sobre o significado dos termos ‘mainstream’, ‘ortodoxia’ e ‘heterodoxia’. (...) Para Colander, Holt e Rosser Jr. (2004, p.490) mainstream deve ser definido como o conjunto de ideias que a “elite da profissão” entende como aceitáveis, considerando a “elite da profissão” o grupo formado pelos economistas líderes das escolas de pós-graduação mais importantes no mundo (“leading economists in the top graduate schools”). Adicionalmente, é importante para esses autores a noção de fronteira da Economia (edge of economics), isto é, o conjunto de trabalhos que sinalizam, num dado momento, os rumos da ciência econômica, os desenvolvimentos mais avançados, via de regra levados a cabo por membros da elite citada acima. (...) Sobre a heterodoxia, podemos defini-la de dois modos diferentes. Primeiro, negativamente, em oposição à ortodoxia ou ao mainstream ou, ainda, a ambos. Segundo, positivamente, definindo os programas de pesquisa em Economia cujos princípios e metodologia são expressamente diversos do mainstream. (...) Nossa visão é que, para efeito deste trabalho, mesmo que não existam traços comuns entre si, o fato é que economistas marxistas, pós-keynesianos, evolucionários, austríacos, institucionalistas originais, estruturalistas, entre outros têm seus programas de pesquisa com dinâmica própria. Esses assim nominados programas de pesquisa estão traduzidos em periódicos especializados, associações, redes de pesquisadores, disciplinas de programas de pós-graduação e graduação, livros-texto, etc., que são justamente elementos definidores dessas dinâmicas científicas específicas (CAVALIERI et al, 2015). 
Cavalieri, M. A. R; Perissinotto, R. M.; Dantas, E. G. Mainstream econômico e poder: uma análise do perfil dos diretores do Banco Central do Brasil nos governos do PSDB e do PT. 39º Encontro anual da ANPOCS. GT Elites e Espaços de Poder. Caxambu, Minas Gerais, 2015.
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na videoaula 6 sobre a Ciência Econômica e Economia Política hoje, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta:
I.  A perspectiva mainstream hoje da Ciência Econômica (economics) é a neoclássica, e trata a economia de uma forma abstrata, considerando os agentes racionais envolvidos.
II. A perspectiva mainstream hoje da Ciência Econômica (economics) é a neoclássica, e é refratária a qualquer intervenção do Estado na economia, tendo ela que se autorregular a partir dos mercados.
III. A perspectiva neoclássica da economia está preocupada em analisar a economia a partir de uma perspectiva histórica e política, pressupondo que o Estado deve intervir na economia.
IV. A Economia Política mantém ainda hoje seu caráter histórico e pressupõe que a economia e a política não podem ser dissociadas na análise da dinâmica econômica de uma sociedade.
 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
O desenvolvimento da ciência econômica, de matriz neoclássica, seguiu um caminho metodológico diferente da economia política. A perspectiva neoclássica é hoje a Economia (economics) mainstream, ela trata a economia de uma forma abstrata,considerando os agentes racionais envolvidos e é refratária a qualquer intervenção do Estado na economia, tendo ela que se autorregular a partir dos mercados, naturalizando o aspecto mercadológico dos elementos sociais. Já a Economia Política considera que não é ainda hoje seu caráter histórico e político, pressupondo que a economia e a política não podem ser dissociadas na análise da dinâmica econômica de uma sociedade. Fonte: Tema 4 da vídeoaula 6. 
	
	D
	As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as alternativas I e IV estão corretas.

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