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RESUMO DE FISIOLOGIA Cap. 3 Aluna: Rossana Areia de Sousa 1. Genes, DNA e código genético Os genes são responsáveis por controlar toda a função celular dos organismos, sendo responsáveis pela determinação de quais substâncias vão ser produzidas pela célula, como quais estruturas, enzimas e substâncias químicas. Os genes são constituídos pelo DNA, o qual vai possuir a capacidade de controlar a síntese de proteínas, utilizando como mecanismo o RNA, através do processo de transcrição, o que ocorre no núcleo, e tradução, que ocorre no citoplasma, com consequente formação de proteínas, sendo um processo que pode ser referido como expressão gênica. Essas proteínas podem ser estruturais, as quais podem ser encontradas associadas com lipídios e carboidratos, por exemplo, ou enzimas. O DNA é composto por determinadas estruturas, as quais serão responsáveis pela formação dos nucleotídeos, sendo essas: ácido fosfórico, desoxirribose e bases nitrogenadas (púricas: adenina e guanina, pirimídicas: citosina e timina). Existem quatro tipos de nucleotídeos, um para cada base nitrogenada correspondente, os quais são os ácidos desoxiadenílico, desoxitimidílico, desoxiguanílico e desoxicitidílico. O DNA é formado por duas fitas que permanecem ligadas através das pontes de hidrogênio entre as bases, de maneira que sempre uma base púrica vai se encontrar ligada a uma base pirimídica. Assim, através dessa ligação entre as bases, ocorre a formação do código genético, que vai ser capaz de controlar a produção de proteínas das células. 2. Síntese de RNA: transcrição e tradução Apesar do DNA se encontrar no núcleo celular, a maioria das reações ocorrem no citoplasma, sendo que isso ocorre através da intermediação realizada pelo RNA. Isso vai ocorrer através da síntese desse ácido, de maneira que a primeira etapa desse processo é a transcrição (transferência do código de DNA para o RNA). O processo de transcrição vai se iniciar com a separação das duas fitas de DNA, a qual vai ocorrer através da ação da RNA-polimerase. O início das moléculas de DNA há uma sequência de nucleotídeos chamada de “promotor”, o qual a RNA- polimerase possui uma estrutura complementar, de maneira que vai haver uma ligação entre esses dois nucleotídeos, com consequente desenrolamento das fitas de DNA. À medida que a RNA-polimerase se move pela molécula de DNA, além de desenrolar as fitas desse, também adiciona um nucleotídeo ativado na cadeia de RNA em formação. O código presente na fita de DNA é transmitido de forma complementar para a cadeia de RNA. Após isso, a fita de RNA formada, RNA mensageiro, entra em contato com o ribossomo, passando através dele, de maneira que ocorre a formação de proteínas, sendo um processo conhecido como tradução. Uma só molécula de RNA pode ser capaz de formar moléculas de proteínas em vários ribossomos ao mesmo tempo, isso pode ocorrer pois a extremidade inicial do filamento de RNA pode passar para ribossomos sucessivos. Assim, em consequência disso, há um agrupamento de ribossomos ligados simultaneamente por um mesmo RNA, sendo uma estrutura conhecida como polirribossomos. Não há especificidade dos ribossomos por determinadas proteínas. OBS: Muitos ribossomos aderem ao retículo endoplasmático. Uma das razões para que isso ocorra é devido ao fato que a extremidade inicial de muitas proteínas em formação possui sequências de aminoácidos que se ligam imediatamente a locais receptores específicos no retículo endoplasmático. Porém, a maioria das proteínas sintetizadas é liberada diretamente no citosol, não no retículo endoplasmático. 3. Tipos diferentes de RNA: mensageiro, transferência, ribossômico e micro RNA mensageiro – Possui os códons complementares dos genes das fitas de DNA. Um dos códons possui como função identificar a iniciação, chamado de “códon de iniciação”, assim como também há códons responsáveis por identificar o término, chamados de “códons de terminação”. RNA de transferência – Possui os anticódons, de maneira que vai ser responsável por trazer os aminoácidos correspondestes das proteínas que estão sendo formadas (como um “carreador”). Durante a formação das moléculas de proteínas, os códons e os anticódons vão se ligar frouxamente, através de pontes de hidrogênio, de maneira que os respectivos aminoácidos se alinhem, formando a cadeia especifica da proteína. RNA ribossômico – Possui uma representação de 60% na constituição dos ribossomos e possui seu funcionamento associados a outros tipos de RNA, como o transportador e o mensageiro. À medida que o RNA ribossômico se forma, ocorre o acumulo desse no nucléolo da célula. MicroRNA - Fragmentos curtos que são responsáveis pelo controle da expressão gênica, não sendo capazes de sintetizar proteínas. Isso ocorre através da atuação da célula que transforma esse em um complemento do RNA mensageiro, de maneira que vão controlar a expressão gênica, pois promovem a repressão da tradução ou degradação do RNA mensageiro. Há outro tipo de microRNA, chamado de RNA de baixa interferência/RNA silenciador/RNA de pouca interferência, podendo ser administrados para silenciar a expressão de genes específicos. 4. Regulação gênica A regulação diferenciada da expressão gênica é capaz de permitir que as células realizem suas funções diferenciadas. A forma mais válida de regulação ocorre através da identificação se ou quanto de produtos de gene (proteínas) são produzidos. O controle pode ser realizado através de promotores basais ou através dos promotores a jusante, o qual contem vários sítios de ligação para fatores de transcrição positivos e negativos, que podem afetar a transcrição através de interações com proteínas ligadas ao promotor basal. Também pode ocorrer o controle através de potenciadores, que são regiões do DNA que podem se ligar a fatores de transcrição, podendo ser encontrados longes ou próximos dos seus genes alvos. O gene regulador vai ser responsável por codificar a proteína reguladora, a qual pode ser uma ativadora ou inibidora, de maneira que essa pode ser ativadora para um e repressora para outro promotor. 5. Controle da função intracelular pela Regulação Enzimática Algumas atividades enzimáticas são controladas por inibidores ou ativadores intracelulares, os quais vão agir diretamente em enzimas. A inibição enzimática, um exemplo de feedback negativo, possui como uma das principais importâncias, através da inativação da primeira enzima, evitar a formação de produtos intermediários que não seriam usados. Enzimas que normalmente são inativadas podem ser ativadas quando necessário. 6. Ciclo de vida celular O ciclo celular possui início com a replicação do DNA, sendo um processo necessário antes de iniciar a mitose. Durante o processo de duplicação do material genético e anteriormente ao início da mitose, a célula passa por um período de checagem, o qual é denominado de “Leitura de prova”, para identificar se houve pareamento de nucleotídeos inapropriados com os nucleotídeos da fita molde. As histonas, que se encontram na molécula de DNA, vão apresentar um papel importante, pois enquanto estiverem presentes, o DNA não poderá ser replicado para dar início a divisão celular. A mitose celular vai ter início na prófase, o qual vai consistir na formação do fuso mitótico (formados pelos centríolos, o quais são constituídos de microtúbulos, e que foram duplicados no mesmo período de replicação do DNA), além de o núcleo se condensar em cromossomos bem definidos. Após isso, ocorre a fase de prometáfase, de maneira que os microtúbulos vão realizar a fragmentação do envoltório nuclear, simultaneamente, as áster dos microtúbulos vão aderir às cromátides nos centrômeros, os quais vão puxar as cromátides para polos opostos da célula. Na metáfase, as cromátides vão ser puxadas para o centro da célula, organizando-as noplano equatorial. Na fase de anáfase, as cromátides irão ser separadas no centrômero. Os conjuntos são puxados por áster mitóticas opostas, promovendo a separação, enquanto os dois polos da célula são empurrados, separando ainda mais. A telófase consiste na separação total das novas células, de maneira que os cromossomos vão ser descondensados, a membrana nuclear é reconstituída e o fuso mitótico se dissolve. 7. Controle do crescimento e reprodução celular O controle pode ocorrer através de três métodos. No primeiro, o controle é realizado através de fatores de crescimento que advêm de outras partes do corpo. No segundo, algumas células param de crescer quando não há mais espaço para o crescimento. Terceiros, células param de crescer quando pequenas quantidades de suas próprias secreções se acumulam no meio da cultura. O controle do tamanho da célula é realizado quase que totalmente pela quantidade de DNA funcionante no núcleo. 8. Diferenciação celular A diferenciação celular consiste em alterações nas propriedades físicas e funcionais da célula, à medida que se proliferam no embrião, a fim de formar diferentes estruturas e órgãos. 9. Apoptose Esse processo consiste na morte programada das células, de maneira que ocorre através de uma cascata proteolítica, que faz com que, consequentemente, as células murchem e condensem, desmontando o citoesqueleto, alterando a superfície celular de forma que a célula fagocítica ao seu redor possa aderir à membrana celular e digerir a célula. A apoptose é iniciada através da ativação das caspases, as quais, uma vez ativadas, as enzimas clivam e ativam outras, deflagrando a cascata que rapidamente quebra as proteínas da célula. A apoptose é equilibrada normalmente pela formação de células novas em adultos jovens. 10. Câncer O câncer possui como causa as mutações genéticas ou a ativação anormal de genes que controlam o crescimento e a mitose celular, sendo esses genes anormais chamados de oncogenes. Nas células também está presente os antioncogenes, os quais vão ser responsáveis por suprimir a ativação de oncogenes específicos. As células potencialmente cancerosas são constantemente destruídas pelo sistema imune. Isso ocorre através da identificação de proteínas anormais formadas pelos genes mutantes, de maneira que essas ativam o sistema imune do corpo, o qual vai formar anticorpos específicos para combater as células cancerosas, destruindo- as. OBS: Pacientes que passaram por processos de transplante de órgãos, e necessitam tomar imunossupressores, possuem a probabilidade de desenvolver câncer cinco vezes maior. As substâncias químicas capazes de causar mutação são conhecidas como carcinógenos. Características invasivas das células cancerosas: Não respeita os limites normais do crescimento celular, possuem maior aderência (aderem mais facilmente umas as outras do que as outras células), de maneira que tendem a vagar pelos tecidos e entrar na corrente sanguínea, alguns cânceres produzem fatores angiogênicos, o que faz com que novos vasos sanguíneos sejam criados no tumor. (o câncer mata pois não permite que outros tecidos sejam nutridos).
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