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1 UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA CURSO DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA EM LOGÍSTICA ÉDER BRUGNOLLI DE SANTANA - RA 3924475 ROBERTO ESTEVÃO – RA 4308654 PROJETO INTEGRADOR EM GESTÃO – RH LOG FIN COM PG MKT EMPRESA: MRS LOGÍSTICA S/A PRAIA GRANDE 2020 2 UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA CURSO DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA EM LOGÍSTICA ÉDER BRUGNOLLI DE SANTANA - RA 3924475 ROBERTO ESTEVÃO – RA 4308654 PROJETO INTEGRADOR EM GESTÃO – RH LOG FIN COM PG MKT EMPRESA: MRS LOGÍSTICA S/A Trabalho de Projeto Integrador em Gestão do Curso de Graduação em Tecnologia em Logística da Universidade Santo Amaro – UNISA, como requisito parcial para aprovação da disciplina Projeto Integrador em Gestão, sob a orientação do Prof. Me. Marcus Vinicius Warlet. PRAIA GRANDE 2020 3 AGRADECIMENTOS Agradecemos, primeiramente a Deus, que nos possibilitou a chegar até aqui e por ter nos guiado até o final da conclusão desse Projeto Integrador em Gestão. Agradecemos também a nossa família e aos amigos que nos ajudaram de alguma forma a terem paciência e compreensão conosco em utilizarmos nosso tempo para desenvolver esse projeto e nos acompanhar nessa jornada. E é claro que agradecemos aos professores que nos proporcionaram habilidades e competências para chegarmos até aqui, com esse resultado. 4 RESUMO O presente Projeto Integrador em Gestão tem como objetivo apresentar se toda teoria aprendida em sala de aula, juntamente com embasamento teórico do material pesquisado, pode ser identificada dentro da empresa analisada, a MRS Logística S/A. Empresa essa que atua na área de logística ferroviária desde 1996, apresentando grande crescimento em seu segmento, onde desde a sua criação já construiu mais de 250 km de malha ferroviária. Os pilares da MRS Logística S/A estão voltados ao transporte de commodities minerais e agrícolas, melhor gestão de pessoas, sustentabilidade, segurança e meio ambiente, além de programas sociais para comunidade em geral. Para análise do projeto, todos os itens e capítulos serão expostos da forma que a parte teórica seja apresentada primeiro e depois serão colocados os itens, de forma integra, da MRS Logística S/A, em comparação a teoria exposta. Toda pesquisa foi separa em capítulos e em subtítulos, seguindo orientação do Projeto Integrador em gestão, apresentado em seu conteúdo maior a Estrutura ou Modelo Organizacional. Palavra-Chave: MRS; Logística; Gestão; Administração; Planejamento. 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 6 2. HISTÓRICO DA EMPRESA ......................................................................... 7 3. ESTRUTURA/MODELO ORGANIZACIONAL ............................................. 9 3.1. Fundamentos da Administração ....................................................... 11 3.2. Estrutura Contábil e de Custos ......................................................... 12 3.3. Planejamento Estratégico .................................................................. 34 3.4. Estrutura Financeira ........................................................................... 41 3.5. Conduta Ética ..................................................................................... 45 3.6. Gestão de Pessoas ............................................................................. 47 4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ............................................................ 63 5. CONCLUSÃO ............................................................................................. 63 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 64 6 1. INTRODUÇÃO Tema escolhido desse Projeto Integrador I é sobre a empresa MRS Logística S/A A empresa MRS Logística S/A foi escolhida como tema desse projeto integrador, pois atua no mercado logístico na malha ferroviária desde 1996, sendo uma das principais operadoras no ramo ferroviário brasileiro. A MRS é responsável por um terço de todo transporte ferroviário brasileiro. O objetivo geral do projeto visa apontar se as definições abordadas na parte teórica e estuda em sala de aula são compatíveis com o que a empresa apresenta. As definições teóricas serão abordadas através das disciplinas estudadas anteriormente sobre Gestão de Pessoas, Fundamentos da administração, Ética, Gestão de Projetos, Contabilidade empresarial e Gestão Financeira. O objetivo específico do projeto será descrito da seguinte forma: - Levantamento dos dados teórico para definição de cada item pertinente aos estudados; - Utilização do material de apoio das aulas e pesquisa em livros e na internet para a estruturação do resultado das análises comparativas; - Comparar o material teórico com os dados analisados da empresa MRS Logística S/A, com as devidas conclusões. O projeto será apresentado em quatro capítulos. O primeiro capítulo do presente projeto é a apresentação do Histórico da Empresa, que contará sobre sua área de atuação e mercado. O segundo capítulo do projeto e um dos mais importantes é a Estrutura ou Modelo Organizacional. Nesse capítulo é que se pretende atingir o objetivo geral do projeto, onde será comparado o estudo teórico e o que foi estudado em aula, com a situação real da empresa MRS Logística S/A. O terceiro capítulo trata do cronograma do projeto, sobre o tempo de levantamento de dados para elaboração geral do projeto. O quarto capítulo do projeto trata a conclusão final do trabalho e se os objetivos foram alcançados. 7 2. HISTÓRICO DA EMPRESA A MRS Logística S/A é uma operadora logística que administra uma malha ferroviária de 1.643 km nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, região que concentra cerca da metade do PIB brasileiro. Hoje, a companhia está entre as maiores ferrovias de carga do mundo, com produção quase quatro vezes superior àquela registrada nos anos 1990. Quase 20% de tudo o que o Brasil exporta e um terço de toda a carga transportada por trens no país passam pelos trilhos da MRS. A produção da MRS Logística S/A é diversificada, entre as principais cargas que transportamos estão: contêineres, siderúrgicos, cimento, bauxita, agrícolas, coque, carvão e minério de ferro. A companhia foi criada em 1996, quando o governo transferiu à iniciativa privada a gestão do sistema ferroviário nacional. A malha ferroviária da MRS conecta regiões produtoras de commodities minerais e agrícolas e alguns dos principais parques industriais do país aos maiores portos da região Sudeste, o que confere à operação da MRS uma importância econômica diferenciada. MALHA FERROVIÁRIA E FROTA Integrando a região mais produtiva do país A malha ferroviária sob gestão da MRS tem peso estratégico acentuado para toda a economia nacional justamente por sua disposição geográfica: ela estabelece conexão entre regiões produtoras, grandes centros de consumo e cinco dos maiores portos do país (nos municípios de Rio de Janeiro, Itaguaí, Sepetiba e Santos). São 1.643 km de ferrovia, que equivalem a aproximadamente 6% da estrutura nacional e nos quais são transportados cerca de um terço de toda a produção nacional, números que dão a exata noção do nível de produtividade do sistema. 8 Figura 1 – Malha Ferroviária MRS - Fonte: MRS Logística S/A Desde a criação da MRS, já foram construídos outros 250 km de linha férrea, aproximadamente, em projetos de duplicação ou expansão de capacidade. Um projeto de destaque neste sentido foi a conclusão, em 2014, do trecho conhecido como Segregação Leste, uma linha de 12 km entre Manoel Feio e Suzano, em São Paulo, que permitiu o fim do compartilhamento dos trensde carga com os de passageiros (administrados por outra companhia) na região. Estas ampliações representam tanto ganhos de capacidade produtiva quanto de segurança. Frota da MRS Logística S/A A MRS detém cerca de 16% da frota ferroviária nacional, incluindo mais de 18 mil vagões e quase 800 locomotivas. A companhia tem se destacado pela renovação constante e desenvolvimento de novos ativos e pelos níveis de disponibilidade e confiabilidade do material rodante. Estas locomotivas possuem um sistema adicional de tração e frenagem- motor, provido por um terceiro trilho, no centro da via, e um conjunto de rodas dentadas, que permitem vencer uma inclinação de até 10%, uma rampa 9 considerável quando se trata de trens. Estas máquinas, em plena operação, são as mais poderosas locomotivas já construídas no mundo. A MRS tem inovado igualmente com relação a sua frota de vagões. Também em São Paulo, com foco no atendimento ao segmento de carga geral, foi desenvolvido o vagão Double-Stack Penta Articulado, que dobra a capacidade de transporte de containers, com relação aos vagões-prancha tradicionais. A companhia também é pioneira no desenvolvimento de vagões de minério de alta capacidade e performance, graças a parcerias com alguns dos principais fabricantes de material ferroviário no Brasil e no mundo. 3. ESTRUTURA/MODELO ORGANIZACIONAL A estrutura organizacional de uma empresa é o sistema formal de tarefas e relacionamentos de autoridade que controla como as pessoas coordenam suas ações e usam os recursos para atingir os objetivos organizacionais, assim como controlar a coordenação e as formas de motivação com os funcionários. Dentro de uma empresa ou organização a melhor estrutura é aquela que contribui com as respostas eficazes aos problemas de coordenação e motivação. Está sempre evoluindo à medida em que a organização cresce e pode ser gerenciada e modificada através do processo de desenho organizacional. A organização de uma empresa é definida como a ordenação e agrupamento de atividade e recursos, visando o alcance dos objetivos e dos resultados estabelecidos. A estrutura organizacional é definida pelos níveis hierárquicos, os setores e departamentos da organização, como células, e como estão interligados entre si através de organogramas. Dessa forma haverá a determinação de inter-relações e mobilidade dentro da organização, assim como interferir diretamente na flexibilidade, criatividade e na capacidade de inovação. Quando uma estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, isso faz com que a empresa propicie: Identificação das tarefas necessárias; Organização das funções e responsabilidades; Informações, recursos e feedback aos empregados; Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; Condições motivadoras. 10 Dentre os tópicos pesquisados sobre a estrutura organizacional é possível encontrar tudo que foi descrito na empresa MRS Logística S/A. Esses elementos estão descritos abaixo, conforme a empresa apresenta dentro da sua estrutura. ESTRUTURA E GOVERNANÇA DA MRS LOGÍSTICA S/A Processos para a garantia de transparência A MRS Logística S/A é uma concessionária de serviços públicos e uma companhia constituída sob a forma de sociedade anônima. Estes dois fatores imprimem ao nosso modelo de gestão uma série de responsabilidades com relação a identificação e tratamento de riscos, confiabilidade e controle das informações enviadas ao mercado e o correto endereçamento de assuntos éticos, entre outras questões de governança. O setor ferroviário nacional é regulado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que estabelece uma série de metas com relação a produtividade e segurança, que são reportadas regularmente pelas concessionárias e compiladas pela Agência. O Contrato de Concessão e Arrendamento é o documento que define os direitos e deveres da MRS como concessionária de serviço público, e está disponível para consulta no link no rodapé desta página. Estrutura A MRS foi constituída como uma S.A. em 1996 para operar a chamada Malha Sudeste da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). MBR (32,9%), CSN (18,6%), CSN Mineração (18,6%), UPL (11,1%), Vale (10,9%), Gerdau (1,3%) e um grupo pulverizado de pequenos investidores (6,5%) são os acionistas da companhia. Estas empresas, a partir de um Acordo de Acionistas, constituem, por meio de representantes, o Conselho de Administração, o mais alto órgão de governança da MRS, responsável, entre outras atribuições, pelo direcionamento estratégico global da companhia, pela decisão sobre os investimentos mais significativos e pela saúde e longevidade da organização. O Conselho de Administração também nomeia o Presidente e os Diretores da Companhia. Em seu mais alto nível executivo, a MRS possui hoje seis Diretorias: Operações, Engenharia e Manutenção, Comercial, Finanças e Desenvolvimento, Recursos Humanos e Relações Institucionais. 11 3.1. Fundamentos da Administração A administração no atual mundo globalizado, complexo, competitivo e que está em constante mudança, torna a gestão da administração de uma empresa uma ciência e uma arte. A ciência porque o administrador busca várias ferramentas e métodos no mercado para poder entender melhor as relações de causa e efeito das possíveis consequências de uma gestão ruim, que pode levar uma organização literalmente para o colapso. No sentido de arte porque o mundo dos negócios não para de mudar e sempre aparece algo novo nas áreas de tecnologia, nas áreas sociais e econômicas. Então tantas mudanças em pouco tempo faz com que o administrador esteja cada vez mais focado em conhecimentos teóricos, técnicos e práticos. Desta forma a definição da administração está relacionada com a maneira mais eficiente de utilizar os recursos necessários para alcançar os objetivos através dos esforços de colaboradores da empresa. Seja qual for o tamanho da organização é necessário saber administrar todas as atividades e recursos com muita eficiência e eficácia, utilizando todos os elementos do conceito de administração. Portanto, todos os recursos materiais, os recursos financeiros, os recursos tecnológicos, recursos humanos, as atividades administrativas e o alcance dos objetivos devem estar focados e direcionados ao uso eficiente e eficaz dos recursos. Dentro da teoria da administração, para uma organização permanecer em sua existência é necessário que as pessoas que trabalhem nela precisam adquirir três habilidades. A habilidade técnica, habilidade humana e habilidade conceitual. A técnica consiste em conhecer os métodos, técnicas e equipamentos para desenvolver as diversas tarefas da organização. A humana consiste em poder se relacionar, entender, comunicar e motivar as pessoas através de uma liderança. A conceitual consiste na capacidade de ver a organização de uma maneira global para poder definir ações e estratégias. A intensidade dessas três habilidades vai estar diretamente ligadas aos cargos e níveis hierárquicos que o administrador possui na organização. Se for 12 técnico, analista ou um cargo operacional, a habilidade será técnica. Se for gerente utilizará a habilidade humana. Se for um diretor a habilidade será conceitual. Nessa questão teórica sobre os fundamentos da administração é possível interligar tanto a parte teórica como a parte funcional da empresa pesquisada, dentro do item do planejamento estratégico, que também envolve a parte de gestão de pessoas. Portanto, é possível encontrar todos os aspectos dos fundamentos da administração na MRS Logística S/A. 3.2. Estrutura Contábil e de Custos A contabilidade é uma ciência aplicada, de natureza econômica que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo,registrando os fatos e atos de natureza econômico-financeira que o afetam e estudando suas consequências na dinâmica financeira.(SÁ, 2005) A Contabilidade trata-se de um ramo do conhecimento cujos fundamentos e objetivos giram em torno da obtenção de medidas quantitativas e qualitativas para a tomada de decisões, através da aplicação de ferramentas e técnicas matemáticas para a produção de relatórios/demonstrativos contábeis/financeiros que evidenciem uma interpretação adequada da realidade econômica, financeira, física e patrimonial das entidades. Consequentemente, o processo de análise financeira baseia-se na aplicação de ferramentas e num conjunto de técnicas que se aplicam às demonstrações financeiras e outros dados complementares com o objetivo de obter medidas e relações quantitativas que indiquem o comportamento, não apenas da entidade econômica, mas também de algumas de suas variáveis mais importantes. A contabilidade, referida frequentemente como a "linguagem dos negócios", mede os resultados das atividades econômicas de uma organização e transmite essa informação a uma variedade de usuários incluindo investidores, credores, gerentes e agentes reguladores. 13 A contabilidade também pode ser enxergada sob o ponto de vista das ciências exatas como um modelo. Nesse caso, tal modelo é construído através de simplificações do funcionamento econômico-financeiro de uma entidade. O modelo contábil assume premissas e, a partir destas, retrata o estado financeiro atual de uma entidade e os fluxos financeiros que compuseram cada um de seus estados. Como resultado, o modelo contábil gera resultados padronizados que podem ser comparados entre si e possibilitam também a comparação transversal de entidades diferentes. Dentro da estrutura contábil estão as elaborações das demonstrações contábeis baseadas no que determina o CFC – Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução CFC nº 1121/2008 que aprova a estrutura conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. E as demonstrações contábeis são: - Balanço Patrimonial; - Demonstração do Resultado do Exercício; - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; - Demonstração do Valor Adicionado; - Demonstração do Fluxo de Caixa; - Notas Explicativas e quadros complementares. Para entender como funciona as demonstrações contábeis é necessário ter uma noção básica de patrimônio, bens, direitos e obrigações, pois a partir deles que será constituído o balanço patrimonial. O patrimônio trata-se de um conjunto de bens, direitos e obrigações que uma entidade pertence. Os bens são todas as coisas que possam satisfazer uma necessidade da empresa e seja suscetível de avaliação econômica. Os bens são classificados em Tangíveis e Intangíveis. Os Tangíveis são aqueles que tem existência física. Ex.: carro, dinheiro, casa etc. Os Intangíveis são aqueles chamados de abstratos ou imateriais, pois não tem existência física. Ex.: marcas e patentes, direitos autorais etc. 14 Direitos são bens que a empresa exerce o domínio, mas não estão sobre a posse de terceiros e aparecem no patrimônio como valores a receber. Exemplo: clientes ou duplicatas a receber, títulos a receber etc. Obrigações são bens que se encontram na posse da empresa, mas o domínio sobre eles é exercido por terceiros. Aparecem no patrimônio como valores a pagar. Exemplo: duplicatas a pagar, títulos a pagar etc. A definição de Balanço Patrimonial, segundo Ferrari (2010, p. 462), é “a demonstração contábil que tem por objetivo evidenciar o patrimônio de uma entidade em dado momento (normalmente, em 31 de dezembro de cada ano)”. Portanto, a apresentação em um dado momento da empresa, encerrado a sequência dos procedimentos contábeis e apresentando os componentes do patrimônio ativo, passivo e patrimônio líquido. O Ativo contém as contas de Bens e direitos e está localizado do lado esquerdo do balanço. O Passivo contém as contas das Obrigações e fica do lado direito do balanço. O Patrimônio Líquido é a diferença entre o Ativo e o Passivo e fica no lado direito do balanço. As contas patrimoniais classificam-se em dois grandes grupos e vários subgrupos, como segue (RIBEIRO, 2010): 15 Segundo Ribeiro (2010), o ativo deve ser classificado como segue: a) Ativo circulante Para Ribeiro (2010, p. 393), o ativo circulante “é composto pelos bens e direitos que estão em frequente circulação no Patrimônio. É o capital de giro da empresa.” Exemplos: caixa, bancos com movimento etc. Créditos com clientes: correspondem aos direitos a receber de terceiros, decorrentes de venda de mercadorias ou prestação de serviços realizados a prazo. Exemplos: duplicatas a receber, títulos a receber etc.; Outros créditos: créditos que a empresa tem para receber de terceiros que não correspondem a direitos provenientes de vendas a prazo de mercadorias ou serviços; Tributos a recuperar: direitos que a empresa tem com os governos municipal, estadual e federal. Esses direitos são provenientes de impostos, taxas ou contribuições recolhidas antecipadamente ou indevidamente ou que, por força de lei, gerem direitos de compensação em até 12 meses; 16 Investimentos temporários de curto prazo: referem-se às aplicações de dinheiro em títulos e valores mobiliários; investimentos com caráter especulativo e que serão convertidos em dinheiro mediante venda ou resgate, em até 12 meses; Estoques: bens destinados à produção (matéria-prima, materiais secundários etc.), à prestação de serviços (materiais diversos), à venda (mercadorias ou produtos) ou consumo (materiais de limpeza, embalagem etc.); Despesas pagas antecipadamente: correspondem às despesas do exercício seguinte, pagas no exercício atual. b) Ativo não circulante Ativo realizável de longo prazo: contas de bens e direitos realizáveis após o término do exercício seguinte (superior a 12 meses); Investimentos: aplicações que nada têm a ver com a atividade da empresa. Exemplos: compra de ações de outras empresas, obra de arte, terrenos para futura expansão, prédio para renda (aluguel); Imobilizado: bens corpóreos destinados à manutenção da atividade principal da empresa ou exercidos com essa finalidade; Operacional corpóreo (tangível): composto pelas contas representativas dos recursos aplicados nos bens de uso da empresa (móveis e utensílios, computadores, veículos etc.); Operacional de recursos naturais: contas que representam os capitais aplicados em recursos naturais (minerais ou florestais) de exploração da empresa; Objeto de arrendamento mercantil: contas que representam os bens que estão sendo utilizados pela empresa, mas não são de sua propriedade. São bens arrendados de terceiros, que poderão ser adquiridos pela empresa no final do prazo de arrendamento; Imobilizado em andamento (bens para futuras operações): contas que representam recursos aplicados em construções ou aquisições em andamento. Representam bens que, quando estiverem concluídos ou em condições de operar, serão utilizados pela empresa no desenvolvimento de suas atividades operacionais normais; Intangível: corresponde aos recursos aplicados em bens imateriais. São direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção das 17 atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive aqueles representativos de fundo de comércio adquirido a título oneroso. Segundo Ribeiro (2010), o passivo deve ser classificado como segue: a) Passivo circulante Demonstra as dívidas com terceiros que serão pagas em curto prazo: dívidas com fornecedores de mercadorias, salários a pagar, impostos a pagar, empréstimos bancários a pagar, encargos a pagar etc. Obrigações a fornecedores: obrigações decorrentes da aquisição de mercadorias ou utilização de serviços a prazo; Empréstimos e financiamentos:obrigações assumidas pela empresa na captação de recursos financeiros, visando, normalmente, a financiar o seu capital de giro; Obrigações trabalhistas: obrigações assumidas pela empresa com os governos federal, municipal ou estadual. São tributos (impostos, taxas ou contribuições) que a empresa deve recolher aos cofres públicos; Obrigações trabalhistas e previdenciárias: encargos que a empresa deve pagar aos seus colaboradores ou recolher aos cofres públicos; Outras obrigações: demais obrigações de curto prazo assumidas pela empresa e que não se enquadram nos outros subgrupos do passivo circulante; Participações e destinação do lucro líquido: compromisso da empresa em função dos lucros por ela apurados. São obrigações que devem ser pagas a pessoas que tenham direito à participação nos lucros (debenturistas, empregados etc.), bem como obrigações devidas aos proprietários em forma de juros e dividendos. b) Passivo não circulante Nesse grupo, podem figurar as mesmas contas de obrigações classificadas no passivo circulante, com seus respectivos subgrupos, desde que seus vencimentos sejam após o término do exercício social seguinte. Também devemos incluir um subgrupo próprio para as receitas diferidas, no qual figurarão as contas representativas das despesas ou custos correspondentes às respectivas receitas recebidas antecipadamente. O Patrimônio Líquido demonstra o total de recursos aplicados pelos proprietários na empresa. Essas aplicações, normalmente, são compostas de capital 18 e lucros retidos, ou seja, a parte do lucro não distribuída aos donos, mas reinvestida na empresa. Segundo Ribeiro (2010, p. 398), as contas representativas dos capitais próprios são classificadas da seguinte maneira: a) Capital Social: conta que representa os valores investidos na empresa pelos titulares e pela conta Capital a Realizar (ou Titular conta Capital a Realizar; Quotistas conta Capital a Realizar; Acionistas conta Capital a Realizar etc.), que representam o montante do capital autorizado, bem como da parcela desse capital ainda não subscrito; b) Reservas de Capital: contas representativas de algumas receitas que, por força do parágrafo 1º. do artigo 182 da Lei 6.404/1976, não devem transitar pelo resultado do exercício, como é o caso das receitas decorrentes de ágio na emissão de ações e na alienação de partes beneficiárias ou de bônus de subscrição; c) Ajustes de Avaliação Patrimonial: serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídas a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos caos previstos nesta Lei ou em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência pelo parágrafo 3º. do art. 177. (parágrafo 3º. do art. 182 Lei 6.404/1976). d) Reservas de Lucros: contas representativas das Reservas constituídas com parte dos lucros apurados pela empresa em decorrência de lei ou da vontade do proprietário, dos sócios ou dos administradores; e) Ações em Tesouraria: ações da própria empresa adquiridas por ela mesma; f) Prejuízos Acumulados: prejuízos apurados pela empresa no exercício atual, ou em exercícios anteriores, até que sejam compensados com lucros, saldos de reservas ou assumidos pelos sócios Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) O DRE tem como objetivo demonstrar detalhadamente as receitas e despesas que foram utilizadas para a apuração do lucro ou prejuízo do exercício. Assim, podemos afirmar que, para a apuração do lucro ou prejuízo de um exercício, não basta somente a conta de resultado, também é necessária a DRE. 19 Demonstração de Resultado do Exercício Receita bruta das vendas e serviços ( - ) Deduções das vendas ( - ) Devoluções de vendas ( - ) Abatimentos sobre vendas ( - ) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ( - ) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) ( - ) Programa de Integração Social (PIS) ( - ) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) ( = ) Receita líquida das vendas e serviços ( - ) Custo das mercadorias vendidas e serviços ( = ) Lucro bruto (ou prejuízo bruto) ( - ) Despesas operacionais ( - ) Administrativas ( - ) Vendas (+/-) Resultado financeiro líquido (despesas financeiras menos receitas financeiras) (+/-) Outras receitas e despesas operacionais ( = ) Lucro operacional (ou prejuízo operacional) (+/-) Resultados não operacionais ( + ) Receitas não operacionais ( - ) Despesas não operacionais ( = ) Lucro (ou prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social ( - ) Provisão para o imposto de renda e contribuição social ( = ) Lucro (ou prejuízo) depois do imposto de renda e contribuição social ( - ) Participações ( - ) Debêntures ( - ) Empregados ( - ) Administradores ( - ) Partes beneficiárias ( - ) Outras participações ( = ) Lucro líquido (ou prejuízo líquido) do exercício 20 Regime de Competência Este regime é universalmente adotado, aceito e recomendado pelo Fisco, pois evidencia o resultado da empresa (lucro ou prejuízo) de forma mais adequada e completa. As contabilizações das receitas e despesas são efetuadas com base no fato gerador e não quando da realização do seu pagamento ou recebimento. Então: • A receita será contabilizada no período em que for gerada, independentemente da data do seu recebimento; • A despesa será contabilizada no período em que for consumida, incorrida, utilizada, independentemente da data do seu pagamento. Regime de Caixa Trata-se de uma forma simplificada de contabilidade, aplicada basicamente às microempresas ou às entidades sem fins lucrativos. Então: • A receita será contabilizada no momento do seu recebimento, ou seja, quando entrar o dinheiro no caixa (encaixe); • A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair dinheiro do caixa (desembolso). DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL) A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída nesta demonstração. Como o próprio nome já diz, a DMPL é uma demonstração mais completa e abrangente, já que evidencia a movimentação de todas as contas do Patrimônio Líquido durante o exercício social, inclusive a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro. MUTAÇÕES NAS CONTAS PATRIMONIAIS As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como: 1 - Itens que afetam o patrimônio total: 21 a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício; b) redução por dividendos; c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor); d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos; e) acréscimo por subscrição e integralização de capital; f) acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal; g) acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; h) acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures; i) redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda; j) acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores. 2 - Itens que não afetam o total do patrimônio: a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas; b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reservas para Contingências e outras; c) reversõesde reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos acumulados; d) compensação de Prejuízos com Reservas. Conforme a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações seguem abaixo os artigos que abrangem as Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados, DRE, Demonstrações de Fluxo de Caixa e Valor Adicionado e Notas Explicativas. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados conforme a Lei 6404, de 15-12-76: Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. § 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 22 § 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. Demonstração do Resultado do Exercício conforme a Lei 6404, de 15-12-76: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) conforme a Lei 6404, de 15-12-76: Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) II – Demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) Notas Explicativas conforme a Lei 6404, de 15-12-76: Art. 247. As notas explicativas dos investimentos a que se refere o art. 248 desta Lei devem conter informações precisas sobre as sociedades coligadas e controladas e suas relações com a companhia, indicando: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) I - a denominação da sociedade, seu capital social e patrimônio líquido; 23 II - o número, espécies e classes das ações ou quotas de propriedade da companhia, e o preço de mercado das ações, se houver; III - o lucro líquido do exercício; IV - os créditos e obrigações entre a companhia e as sociedades coligadas e controladas; V - o montante das receitas e despesas em operações entre a companhia e as sociedades coligadas e controladas. Parágrafo único. Considera-se relevante o investimento: a) em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a 10% (dez por cento) do valor do patrimônio líquido da companhia; b) no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do patrimônio líquido da companhia. O plano de contas de cada empresa possuem necessidades particulares para a coleta de informações com a elaboração de seus relatórios descritivos; assim sendo é necessário que a empresa possua um plano de contas adaptado às particularidades e necessidades do ramo da sua atividade que pode ser industrial, comercial ou prestação de serviços ou, ainda, atividade mista. As contas estão elencadas no plano conforme a estrutura do balanço patrimonial, seguida pelas contas de resultado, ou seja, ativo (ativo circulante e ativo não circulante), passivo (passivo circulante e passivo não circulante), patrimônio líquido, contas de receita e contas de despesa. É importante lembrar que as contas de resultado (receitas e despesas) estão estruturadas numa ordem bem próxima à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), para facilitar o entendimento. CONTABILIDADE DE CUSTOS Seguindo o exemplo da Contabilidade Geral, a Contabilidade de Custos não nasceu completa, porém, entrou em processo evolutivo de constante aperfeiçoamento que se verifica até os dias de hoje, estando, pois, em constante formação. Atualmente, a Contabilidade de Custos, em todas as atividades empresariais, reflete sua utilidade como instrumento gerencial do planejamento e do controle, e principalmente, na tomada de decisão. Pode-se afirmar então que a Contabilidade de Custos mensura e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. 24 A avaliação dos estoques e a apuração do resultado econômico, por meio do controle de custos, criam condições para acompanhar o desempenho empresarial, vinculando a aplicação do ciclo da contabilidade de custos aos resultados preestabelecidos. Objetivos da Contabilidade de Custos - Determinação do Lucro - Tomadas de Decisões - Controle Operacional Nesse contexto teórico é possível encontrar todos os itens relacionados a área contábil e a parte de custos também. Essa parte contábil é item mais que obrigatório que a empresa preencha todos os requisitos necessários para seu desenvolvimento. Através da publicação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa MRS Logística S/A, apresenta o relatório anual dos administradores, juntamente com o relatório dos auditores independentes, onde mostra de forma fidedigna todas as operações da empresa. Portanto, logo abaixo, são citadas todas as formas apresentadas da área contábil e de custos, que equivalem ao apresentado na teoria pesquisada. ESTRUTURA CONTÁBIL E DE CUSTOS DA MRS LOGÍSTICA S/A No exercício de 2019, a KPMG Auditores Independentes prestou serviços de auditoria das demonstrações contábeis anuais e revisões das informações trimestrais. Além dos serviços de auditoria, a KPMG Consultoria Ltda., foi contratada em setembro de 2019 pelo prazo de 4 meses, para prestar serviços adicionais relacionados a análise técnica no processo de seleçãoe negociação de um novo sistema de gestão da Companhia - ERP (Enterprise Resource Planning) - os quais representam, aproximadamente, 12% do valor financeiro contratado, se comparado aos serviços de auditoria. Tais serviços não afetam a autonomia dos auditores independentes. 25 Em atendimento à Instrução CVM 381/2003, que trata da prestação de outros serviços pelos auditores independentes, a Companhia informa que não há outros serviços prestados por esta auditoria além dos mencionados acima. Serão apresentados todos os procedimentos contábeis e de custo da MRS Logística S/A. 26 27 28 29 30 31 32 33 Receita Líquida: Retração de R$525,6 milhões, refletindo, principalmente, os impactos dos desdobramentos da ocorrência em Brumadinho (MG). Custos e Despesas: Retração de 21,5% ou R$406,2 milhões, em relação ao verificado em 2018. O resultado favorável pode ser explicado pela adoção da norma contábil CPC06- R2/IFRS16, que realocou os custos de alguns contratos de arrendamento operacional para as linhas de depreciação e despesas financeiras, ocasionando um efeito de R$ 429,9 MM, pela redução no consumo de combustível, 34 em decorrência do menor volume transportado e, pelo empenho da Companhia para redimensionar e reduzir seus gastos operacionais; Outras Receitas e Despesas Operacionais: O impacto positivo no EBITDA de R$540,1 milhões deve-se, essencialmente, a provisão de indenização prevista nos contratos de longo prazo da Companhia (take or pay), em decorrência da redução de volume no transporte de Minério. O resultado foi parcialmente reduzido por provisões jurídicas no âmbito trabalhista. A Companhia realizou captações em torno de R$930,5 milhões em 2019. Com isso, a Dívida Bruta ficou 23,1% acima da verificada em 2018 e fechou o exercício de 2019 em R$3,0 bilhões. O resultado é explicado pelo forte volume de captações ocorrido no período, aproveitando o bom momento de mercado, associado as incertezas no setor de mineração. Dentre as principais captações podemos destacar: i) 9ª emissão de debêntures, no valor de R$650 milhões; ii) Finem com o BNDES, no valor de R$140 milhões; e iii) Financiamento com o Banco MUFG, no valor de R$95 milhões. 3.3. Planejamento Estratégico É crescente o número de empresas que se deparam com um cenário empresarial complexo, incerto e de grandes turbulências que estão à procura de 35 técnicas e ferramentas que auxiliem seus processos gerenciais, e o planejamento estratégico é uma dessas ferramentas. Quando se falava em planejamento, tinha-se a ideia de que era um conjunto de ações elaboradas pelas empresas e que era fixo, ou seja, se o mercado mudasse ou não, ele permaneceria inalterado. Ele enfatizava o controle de gastos que havia sido orçado e esta provisão era feita com base no período anterior, assim ele não permitia ao gestor a visualização de cenários futuros com o intuito de se precaver a possíveis situações impostas pelo mercado (TAVARES. 1991). Já o planejamento estratégico tem como principal característica o fato de poder ser readaptado à medida em que o ambiente exige algum tipo de mudança. É importante ressaltar que, segundo Motta (1992), o planejamento estratégico é um processo gerencial concentrado em níveis mais elevados da organização, ou seja, não deve ser delegado à grupos de planejamento. São decisões tomadas à longo prazo e envolvem uma série de fatores que afetam diretamente o ambiente organizacional. Para Maximiano (2004) o planejamento estratégico é um processo de definição de objetivos que a empresa busca alcançar e que facilita a escolha dos melhores caminhos a seguir. Da mesma forma, Stoner e Freeman (1994) afirmam que o planejamento estratégico é o processo de estabelecimento de objetivos e suas linhas de ação mais adequadas para alcançá-los. Estes objetivos podem ser qualitativos ou quantitativos pode sofrer interferência de diversos fatores como a cultura organizacional. Sem um plano, os administradores ficam sem saber como se organizar ou até mesmo do que precisam para tal fim. Eles destacam ainda a importância da definição dos objetivos para proporcionar um sentido de direção para empresa, além de contribuir para avaliação de seu desempenho. Segundo Kotler (1992), “planejamento estratégico é definido como um processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”, ou seja, ele leva em consideração os recursos que a empresa detém naquele momento para atingir seus objetivos e é passível à alterações que, por ventura, possam vir a acontecer com o tempo. O planejamento estratégico é de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa que estabelecem o melhor caminho a seguir. 36 [...]é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada. O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito a tanto a formulação de objetivos quanto a seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições externas. Também considera as premissas básicas que a empresa, como um todo, deve respeitar. (OLIVEIRA, 2004, p. 47) A elaboração do plano estratégico não elimina riscos e sim minimiza a possibilidade de que os gestores tomem decisões atuais que podem comprometer o futuro. [...] é o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir os resultados dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003, p.39). Após o conhecimento de algumas definições do tema, alguns autores demonstram, a seguir, a importância do planejamento estratégico para organizações que buscam melhoria contínua em seus processos. O planejamento estratégico apresenta algumas características importantes onde Matos (1999) destaca cinco. São elas: 1) Está relacionado com a adaptação da organização a um ambiente que muda a todo momento, ou seja, é preciso saber lidar com a incerteza onde as decisões devem ser tomadas através de julgamentos e não de dados concretos. Normalmente busca respostas às forças e pressões externas. 2) O planejamento estratégico é orientado para o futuro, normalmente à longo prazo. Ele considera o problema atual e busca ações enfrentar obstáculos e conseguir atingir seus objetivos no futuro. 3) O planejamento estratégico é compreensivo. Envolve a organização como um todo com um comportamento global, compreensivo e sistêmico. Para não ficar apenas no papel, é fundamental a participação das pessoas envolvidas neste processo, pois elas são as responsáveis por fazer com que as coisas aconteçam da melhor maneira possível a fim de conquistar suas metas. 4) O planejamento estratégico é um processo de construção e consenso. São vários parceiros que possuem interesses e necessidades diferentes onde a organização deve buscar a convergência destes interesses para o objetivo principal. 37 Por este motivo, sua aceitação deve ser ampla, ou seja, deve atingir todas as pessoas de todos os níveis da empresa. 5) O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional. Pelo fato de buscar sempre a flexibilidade para se adaptar ao ambiente, em cada situação, háum novo aprendizado. A primeira atividade do processo de planejamento estratégico, conforme Chiavenato & Sapiro (2003), é refletir sobre a intenção estratégica da organização. Eles apontam algumas questões básicas como: - Qual é o negócio da organização e como ele será no futuro? - Quais são os clientes e o que eles consideram valioso na organização, em seus produtos e serviços? - Quais serão os resultados da organização? - A quem interessa chegar a esses resultados? Mais do que conhecer a intenção estratégica da organização é necessário identificar também as intenções estratégicas de seus clientes, concorrentes fornecedores e parceiros, ou seja, além de conhecer a si próprio, é muito importante que a empresa conheça também seus Stakeholders. Ainda segundo Chiavenato & Sapiro (2003), A intenção estratégica da empresa é constituída de seus propósitos, das competências essenciais para caminhar em direção aos objetivos almejados e de sua ideologia central, ou seja, princípios e valores que norteiam as ações da organização. A construção de uma estratégia é definida em cinco etapas, conforme Chiavenato e Sapiro (2003). São elas: 1) Concepção estratégica: definição de missão, visão, público de interesse e princípios e valores da organização; 2) Gestão do conhecimento estratégico: diagnóstico estratégico externo e interno e construção de cenários para possíveis problemas; 3) Formulação estratégica: determinação de fatores críticos de sucesso, modelos de apoio às decisões e políticas de relacionamento; 4) Implementação da estratégia: definição de objetivos, gestão do conhecimento, desempenho organizacional e, principalmente, a definição do sistema de planejamento estratégico (formulação, implementação e controle); 5) Avaliação estratégica: Fase de mensuração de desempenho através de indicadores e avaliação de resultados. 38 A formulação de estratégias empresariais é complexa devido aos vários fatores internos e externos que podem influenciá-las, além de que, a grande maioria desses fatores, não podem ser previstos pela organização, ou seja, estão fora do controle da empresa. Dentro do conceito de planejamento, a estratégia tem papel fundamental num mercado cada vez mais competitivo. “A ideia de estratégia, palavra de origem militar usada para designar o caminho da vitória em uma guerra, foi agregada à administração e ao conceito de planejamento, sobretudo, nas últimas décadas, como forma de lidar com a acirrada competitividade das empresas de mercado. Em um ambiente econômico de constantes mudanças, a concepção estratégica do planejamento se inseriu no contexto da abertura dos mercados e no aumento da competitividade econômica”. (SILVA, 2006, p. 14) Toda estratégia deve estar associada à quantidade de recursos que a organização disponibiliza para cumpri-la. Deve ter prazos determinados e indicadores de controle. Por isso, é fundamental que haja um bom planejamento estratégico com estas atividades bem definidas. As empresas, além de saber a importância do planejamento estratégico precisam garantir que ele seja executado, portanto, é necessário compartilhar com todos envolvidos em todas as partes do processo. Como foi dito no item 3.1 Fundamentos da Administração, foi evidenciado junto com o planejamento estratégico, a base teórica que coincide o planejamento estratégico e fundamentos da administração dentro da empresa pesquisada MRS Logística S/A. Nesse aspecto foi apresentado todo material disponível da empresa MRS Logística S/A, para evidenciar todo material teórico pesquisado e poder enaltecer a comparação de todos os itens dentro da empresa. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO MRS LOGÍSTICA S/A Missão Oferecer transporte de carga com foco na ferrovia, priorizando fluxos que gerem escala e relações de longo prazo, a preços competitivos e com previsibilidade, para agregar valor crescente ao negócio. Visão 39 Uma ferrovia sustentável, de classe mundial, com operação segura, clientes satisfeitos e colaboradores comprometidos e responsáveis. Valores Atitudes responsáveis. Atendimento impecável das necessidades de nossos clientes, com eficiência de classe mundial. Alto desempenho de nossas equipes, motivadas e comprometidas. Além do transporte de cargas como minérios, produtos siderúrgicos acabados, cimento, bauxita, produtos agrícolas e containers, entre outros, a MRS oferece soluções logísticas mais amplas, incluindo o planejamento e o desenvolvimento de soluções multimodais (que se valem de mais de um meio de transporte), além de serviços ferroviários customizados. A companhia tem hoje indicadores comparáveis aos das mais eficientes e seguras ferrovias norte-americanas e europeias, em quesitos como eficiência energética, transit time, disponibilidade e confiabilidade de ativos, segurança e produtividade, e se destaca pelo uso intensivo de tecnologia e de uma cultura de inovação. Segurança Um grande desafio para todas as ferrovias nacionais é a gestão eficaz do nível de interferência mútua entre os trens e as comunidades, e a segurança das pessoas que vivem nas proximidades da linha férrea. Ano após ano, a MRS tem conseguido avançar neste gerenciamento, graças a investimentos para soluções nas cidades e para a mobilidade das comunidades e um trabalho constante de conscientização e orientação, com foco no combate à imprudência. Nossas ações nesta frente estão detalhadas no canal Segurança. Responsabilidade Social Empresarial A MRS pretende que o poder de transformação social da ferrovia tenha efeitos ampliados sobre a nossa sociedade. A companhia mantém diversos programas de diálogo e promoção de bem-estar e desenvolvimento para as famílias de seus colaboradores e as comunidades que abrigam a ferrovia, além de um portfólio extenso de projetos de investimento social. Também foi a primeira ferrovia nacional certificada pelo Ibama e mantém programas constantes de gestão 40 ambiental, com foco no tratamento de impactos sobre as cidades. Dada a relevância de sua contribuição econômica, a companhia mantém também um sistema bastante refinado de gestão de riscos, controle econômico-financeiro e de governança corporativa. Para a MRS, crescimento não é nada sem a visão de um futuro melhor para todos. ESTRATÉGIAS E PERSPECTIVAS A conjuntura econômica do país em 2019 foi marcada por um crescimento tímido, ainda sob o efeito da nova política governamental e econômica. Somado a isso, tivemos internamente um ano totalmente atípico no transporte de minério de ferro, decorrente do evento em Brumadinho (MG) e suas consequências sendo verificadas até os dias atuais. Mesmo nesse cenário, a MRS terminou o ano com indicadores de alavancagem melhores do que 2018, frutos da nossa flexibilidade operacional, saúde financeira e dos instrumentos contratuais de longo prazo junto aos nossos clientes. Dentro desse contexto, é relevante destacar, uma recuperação da produção de minério mais otimista que o cenário inicialmente previsto e a perspectiva positiva de recuperação para os próximos anos. Nesse sentido, a MRS vem intensificando o foco em eficiência de custos, otimização na utilização de ativos e maximização de investimentos sem comprometer nossa sustentabilidade no curto, médio e de longos prazos e, principalmente manter os mais elevados padrões de segurança. Na carga geral, a Companhia mantém o posicionamento de crescimento e aumento de sua participação relativa nos resultados gerais. Isso fica evidente nos resultados dos principais segmentos, como a construção civil, siderurgia e contêineres, além dos fluxos de intercâmbio com outras ferrovias. O processo de renovação antecipada da atual concessão abre perspectivas para novos investimentos estruturantes na Companhia. Ao longo de 2019 tivemos a realização de diversasAudiências Públicas, etapa necessária que antecede a assinatura contratual. A perspectiva para 2020 é de avanço do projeto dentro do cronograma previsto pelos órgãos governamentais. 41 3.4. Estrutura Financeira A Estrutura Financeira de uma empresa também está relacionada com a estrutura organizacional dela, pois diz respeito a uma parte da empresa que evidencia toda uma análise das finanças. Nessa estrutura engloba a Contabilidade, Tesouraria, Gestão de Tributos, demonstrações Financeiras e Planejamento orçamentário ou financeiro. Como os temas contábeis, tesouraria e demonstrações financeiras estão atrelados no tópico de Estrutura contábil e de custos, será abordado nesta estrutura a gestão de tributos e planejamento financeiro, com apresentação dos tipos de indicadores financeiros. A Tesouraria em si, é o local onde acontece o controle financeiro. É representado pelo controle de fluxo de caixa e implantação do plano de contas, onde são ferramentas que a tesouraria usa diariamente. O objetivo da tesouraria é manter as contas organizadas, conferindo as entradas e saídas, garantindo o funcionamento constante do negócio e evitando prejuízos a curto e longo prazo. A Gestão de Tributos é muito importante, pois a empresas brasileiras lidam com muitos tributos e impostos o tempo inteiro, e ter um setor (ou uma função) dentro do departamento financeiro garante o melhor pagamento dos tributos identificando, principalmente, qual o melhor regime tributário existente para recolhimento. O Planejamento Financeiro assume a posição estratégica na estrutura financeira, pois terá a função de planejar o orçamento financeiro para os próximos meses ou ano, para alcançar o objetivo da empresa. Com esse tipo de planejamento é possível prever onde pode se investir, seja no curto ou longo prazo. Quem geralmente tem essa função dentro das empresas é a controladoria, mas como nem toda empresa possui uma área dedicada ao controle orçamentário, geralmente quem cuida dessa função é a Tesouraria. Nesse quesito da estrutura financeira, a princípio a parte teórica foi a mais difícil de pesquisar, visto que geralmente os autores ou artigos se colocam como parte integrante da área contábil. 42 Contudo foi possível mensurar e averiguar que na empresa pesquisada, a confrontação da parte teórica com o que ocorre na prática é evidente. E para poder evidenciar de forma clara e objetiva, está explanado a estrutura financeira da empresa MRS Logística S/A, que se preocupa e muito com os resultados financeiros e projeções para os meses ou ano seguinte. ESTRUTURA FINANCEIRA MRS LOGÍSTICA S/A Para melhor refletir a geração operacional de caixa e o resultado líquido, foi desconsiderado o evento não-recorrente em 2017, referente a venda de ativos obsoletos da Companhia. Na tabela abaixo pode ser verificada a conciliação deste ajuste a partir dos resultados contábeis: Logo abaixo está representado também o fluxo de caixa, apesar de já estar lançado na parte contábil e de custos é válido apresentar na estrutura financeira, pois também faz parte dessa estrutura. 43 44 45 3.5. Conduta Ética Conceito de Ética A palavra ética tem origem grega, a palavra significa costumes, hábitos, e o conceito parte da investigação dos princípios que agem no comportamento humano, como normas, valores e prescrições presentes em qualquer realidade social. A ética está presente nas mais variadas relações humanas, como o trabalho, a religião, leis, família, sexo/gênero, diversidade étnica e na política. Ética e política A ética e a política estão relacionadas devido ao caos que há na política no Brasil e no mundo, sempre relacionada a casos de corrupções. A ética é uma questão comportamental e assim, cada sociedade acolhe os comportamentos que podem julgar melhor. Claro que sem a existência de regras, ou normas de comportamento, nenhum sistema político funciona, inclusive a democracia. A ética entendida como comportamento aceito sempre existirá seja qual for o governo, para o bem ou para o mal. Sobre a existência das leis, é possível afirmar que sem elas viveríamos em eterno caos, pois as leis refletem o comportamento desejado por uma sociedade de acordo com seus valores. Ética e Relações sociais A ética nas relações sociais está diretamente ligada na inclusão do conjunto de pessoas deficientes ou portadoras de necessidades especiais, à sociedade. Onde deve ser assegurados seus direitos de cidadão. Igualmente importante é a conscientização da população sobre a necessidade de se oferecer a esse grupo uma vida de qualidade e dignidade, impedindo que ocorra restrição de participação. No artigo 6º da Constituição Federal de 1988, capítulo II, Dos Direitos Sociais: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” Devido a Constituição Federal de 1988, as pessoas portadoras de deficiências ou necessidades especiais receberam importância na sociedade em 46 relação ao direito a educação, trabalho, saúde, deslocamentos e isenção de impostos. Isso tudo não por assistencialismo, mas pela humanização da sociedade Brasileira como um todo. Ética no Trabalho A ética no trabalho está relacionada aos direitos e deveres que o trabalhador tem em sua atuação. É muito importante que o trabalhador tenha conhecimento sobre seus direitos e observar o tratamento respeitoso, observar a igualdade entre os indivíduos independente de seu sexo/gênero, ideologia, idade, religião ou raça. Dentro das organizações, seja qual for a área de atuação, é importante respeitar os princípios norteados das ações em respeito à vida. Há também que ser observado bem de perto a corrupção e o corruptor, pois desvirtuam a materialização e orientação da construção social. Nesse contexto teórico relacionado a ética é possível identificar na prática dentro da empresa MRS Logística S/A, pois a forma como todos os funcionários são tratados da mesma maneira, com muito respeito. Inclusive é apresentado um vídeo institucional com depoimentos de indivíduos respeitando a deficiência, sexo/gênero, ideologia, idade, religião e raça. E para ficar melhor explicitado o que foi identificado na empresa, foram elencados os itens encontrados abaixo. Vale lembrar que há definições encontradas também na área de gestão de pessoas que englobam a ética. ÉTICA NA MRS LOGÍSTICA S/A A MRS é reconhecida no mercado por estender a colaboradores e parceiros seus compromissos com a ética e a transparência nos negócios. Todos os colaboradores MRS são signatários do Código de Ética da companhia e se responsabilizam pela qualidade, precisão e limites das informações prestadas, bem como se comprometem a um padrão bastante rigoroso de conduta. Auditoria Interna Ligada diretamente ao Conselho de Administração, e com a função de promover auditorias tanto investigativas quanto de caráter consultivo e preventivo, a Auditoria Interna da MRS foi a primeira do gênero em ferrovias sul-americanas a 47 receber a certificação de qualidade do IIA Global, a principal entidade do segmento, que avalia a consistência e a qualidade dos processos de monitoramento de riscos, governança e ética no ambiente de negócios. A Auditoria Interna da MRS foi a primeira do gênero em ferrovias sul- americanas a receber a certificação de qualidade do IIA Global, a principal entidade do segmento, que avaliou a aderência dos processos de auditoria com base nas normas internacionais. Para comunicação a respeito de possíveis desvios éticos ou denúncias, a companhia mantém o canal Linha Direta com aAuditoria, que pode ser acessado por qualquer pessoa, de dentro ou de fora da companhia. 3.6. Gestão de Pessoas Segundo CHIAVENATO, 1999, a Gestão de Pessoas é uma área muito sensível a mentalidade que predomina dentro das organizações. A gestão de pessoas é contingencial e situacional, pois leva em conta vários aspectos e culturas que cada organização possui, influenciada também pela a estrutura organizacional adotada, características ambientais, o tipo de negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variáveis possíveis e importantes. Os objetivos da Gestão de Pessoas são variados e para sua eficácia organizacional a Administração de Recursos Humanos deve contribuir com os seguintes meios (CHIAVENATO, 1999, pág. 9 e 10): 1) Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; 2) Proporcionar competitividade na organização; 3) Proporcionar à organização empregados bem treinados e motivados; 4) Aumentar a autoatualização e a satisfação dos empregados no trabalho; 5) Desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho; 6) Administrar as mudanças sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas; 7) Manter políticas éticas e comportamentos socialmente responsáveis. 48 CHIAVENATO, 1999, ainda define em seis processos básicos para a gestão de pessoas: 1) Processos de Agregar Pessoas: Processo de recrutamento e seleção de pessoas; 2) Processo de Aplicar Pessoas: Processo de descrição de atividades, que incluem o desenho organizacional, desenho de cargos, análise e descrição dos cargos, orientação de pessoas e avaliação de desempenho; 3) Processos de Recompensar Pessoas: Processo de incentivo pessoal, que incluem satisfação das necessidades pessoais, recompensas, remuneração e benefícios e serviços sociais; 4) Processo de Desenvolver Pessoas: Processo de capacitar pessoas, que incluem treinamento e desenvolvimento pessoal, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicação e conformidades; 5) Processo de Manter Pessoas: Processo que cria condições ambientais e psicológicas no ambiente da empresa, incluindo a administração da disciplina, higiene, segurança, qualidade de vida e a manutenção das relações sindicais; 6) Processos de Monitorar Pessoas: Processo que consiste em acompanhar e controlar as atividades das pessoas verificando se atingiram os resultados esperados. Todos esses processos estão relacionados entre si e exprimem o quanto se relacionam e interagem, tanto para favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal utilizados. Se um processo falha um outro será mais exigido para compensar essa falha. Exemplo: se um processo de recompensar pessoas é falho, ele exigirá com mais intensidade o processo de manter pessoas. Por esse motivo é muito importante o Recursos Humanos criar um modelo de diagnóstico entre todos os processos, para que haja uma melhor administração dos processos e da gestão de pessoas. Tenho certeza que a parte de gestão de pessoas é que engloba a maior complexidade da parte teórica feita nesse projeto, porém é a que mais dá suporte a tudo que uma organização precisa, pois sem as pessoas não haveria como existir a empresa. 49 Em todos os aspectos pesquisados na parte teórica e possível encontrar todos os objetivos alcançados pela MRS Logística S/A, e que vão além do esperado em relação a importância dada aos seus funcionários e a comunidade que a cerca como um todo, além de seguir e honrar as políticas públicas existentes, sempre com foco na segurança das pessoas e do meio ambiente. Para ilustrar de forma, digamos, exemplar, foi acrescentado tudo que a MRS Logística S/A faz para o bem estar humano, social, político e ambiental. GESTÃO DE PESSOAS MRS LOGÍSTICA S/A Espírito ferroviário A MRS conta hoje com, aproximadamente, 6 mil colaboradores diretos, além de cerca de 3 mil indiretos, e entende ser uma grande conquista a transformação promovida, desde sua criação aos dias atuais, nas condições de trabalho na ferrovia. A política de gestão de pessoas é orientada a melhorias constantes do ambiente físico de trabalho, à manutenção de uma forte cultura de segurança pessoal e à perpetuação do clima cooperativo, no melhor estilo ferroviário. O resultado da soma entre um sistema de gestão que está entre os melhores do país e a identificação com a ferrovia não poderia ser outro: a empresa tem um alto índice histórico de satisfação e favorabilidade. A MRS reverte, anualmente, algo em torno de R$ 500 milhões para remuneração, benefícios e treinamento de seus colaboradores. A companhia tem estabelecido parcerias estratégicas com entidades como o Senai para a formação de mão de obra para o setor ferroviário, frente de atuação em que merece destaque o programa de formação de maquinistas. Prata da Casa As políticas de carreira e de sucessão são outro ponto de destaque no composto de gestão de pessoas da companhia. Novas oportunidades e vagas são preenchidas, em mais de 85% das vezes, por colaboradores do próprio quadro funcional, por meio de promoções. O Programa de Trainees da MRS é outro caso de destaque. Jovens profissionais ingressam na ferrovia e ganham a experiência de trabalho em diversos setores, o que os prepara para a vida gerencial e executiva. O 50 programa foi o ponto de partida para inúmeros gestores e, atualmente, dois dos seis diretores da MRS ingressaram na companhia como trainees. Recursos Humanos Em relação ao processo de Gestão de Clima Organizacional, a Companhia permanece com os esforços contínuos para construção de melhorias no ambiente de trabalho, proporcionando resultados positivos no quesito “Favorabilidade de Clima”, que atingiu a marca de 83% em 2019. A Pesquisa de Clima é realizada com todos os colaboradores, que respondem a 64 perguntas sobre os temas: Identidade, Liderança, Satisfação / Motivação e Aprendizagem/Desenvolvimento. A MRS, ao final de 2019, contou com a colaboração de 5.741 empregados, sendo 86% ligados à operação ferroviária. Desse efetivo, 55% estavam lotados no Estado de Minas Gerais, 24% no Estado de São Paulo e 21% no Estado do Rio de Janeiro. A idade média dos funcionários é de 35 anos e a participação feminina tem sido crescente, atualmente, respondendo por 11,4% do efetivo total da Companhia. Em 2019, houve um aumento de 21% no quadro de portadores de necessidades especiais (PCD’s) da empresa. Durante o ano foram realizadas 442 promoções, que representaram 86% do total das vagas abertas, reforçando a política de valorização dos colaboradores. Desenvolvimento de RH A MRS segue investindo na formação, qualificação, aperfeiçoamento e especialização dos seus empregados. Em 2019, foram ministrados, pela Academia MRS, treinamentos de segurança operacional e pessoal, além de cursos para qualificação e aperfeiçoamento das atividades exercidas nos mais diversos cargos. Esses treinamentos foram disponibilizados para a maioria dos funcionários, com uma carga horária média de 35,3 horas/aula para cada aluno/empregado. Os empregados da MRS contam, também, com o Programa de Incentivo à Educação, onde é custeada pela MRS uma parte das mensalidades dos cursos de formação e aperfeiçoamento, como os de graduação, pós-graduação, ensino-técnico e cursos de idiomas. Em 2019, 332 colaboradores se formaram ou deram continuidade aos seus estudos por meio deste programa. Reafirmando o compromisso de 51 desenvolvimento profissional dos colaboradores, a MRS formou, em 2019, 51 colaboradores no Programa de Formação da Liderança em parceria com a FIA Business School, capacitando os colaboradores na tomada de decisões de forma ágil e alinhada às estratégias de negócio da Companhia. Além disso, a Academia MRS, em parceria com outras instituições,ministrou também os cursos de Formação em Operação Ferroviária para 137 alunos, junto ao sistema SENAI de ensino, e Aprendizagem Industrial, que ofereceu 163 novas vagas de ensino, nos estados de MG/RJ/SP, FIEMG/FIRJAN/FIESP. Saúde Ocupacional A MRS se preocupa constantemente com seu potencial humano e o apoia, continuamente, na busca da integralidade de sua saúde. Aos seus colaboradores dedica ações de promoção à saúde, de bem-estar físico e emocional e, de prevenção ao adoecimento. E não se esquece dos familiares dependentes. Com esse olhar, no decorrer do ano de 2019, desenvolveu várias ações, dentre as quais: Campanhas de Qualidade de Vida: São ações mensais, direcionadas a todos os colaboradores MRS que visam a melhoria da qualidade de vida. Foram realizadas 145 ações no ano de 2019, executadas pelas equipes de medicina e enfermagem do trabalho de cada um dos 07 Postos de Saúde da MRS, localizados em MG, RJ e SP, por vezes enriquecidas com a participação de especialistas no tema abordado. Como exemplo: “Hábitos de alimentação saudáveis”; “Dengue”; “Sarampo”; “Doenças do coração”; “Combate a elevação do colesterol”; “Diabetes mellitus”; “Prevenção a Doenças Sexualmente Transmissíveis”; “Setembro Amarelo – Prevenção ao risco de Suicídio”; “Outubro Rosa – Prevenção ao Câncer de Mamas”; “Novembro Azul – Prevenção ao Câncer de Próstata”; “Dezembro Vermelho”; “Câncer de Pele”; “Nutrição dos Rins“; “Cuidados com a voz”; “Saúde da Mulher“; “Doação de Sangue”; “Saúde Ocular”; “Ginástica Laboral” entre outros. Campanha de Vacinação antigripal para Colaboradores e Dependentes: A empresa disponibilizou, no último ano, a vacina antigripal quadrivalente (vacina atualizada e de maior potencialidade) a 5.190 pessoas, entre colaboradores e seus dependentes legais. Prevenção ao adoecimento cardiovascular e suas consequências: O “Perfil Saúde”, através de exames complementares, evidenciou colaboradores 52 propensos a desenvolver acometimento cardiovascular e/ou diabetes mellitus e promoveu, sob orientação de uma equipe multiprofissional (médicos, nutricionistas, educadores físicos e enfermeiras), sensibilização, encorajamento e apoio para que assumissem hábitos e estilos de vida saudáveis mudando o curso natural de adoecimento. Programa de Prevenção ao Uso Indevido de Álcool e outras Drogas - PPAD: A segurança no ambiente de trabalho é uma realidade na rotina da MRS e, para assegurá-la, o Programa traz orientações para conscientização sobre os efeitos deletérios do uso indevido de álcool e outras drogas na realização das atividades rotineiras e habituais. PCA - Programa de Conservação Auditiva: A integralidade da população de colaboradores exposta ao ruído é permanentemente acompanhada por equipe multiprofissional (médicos e fonoaudiólogos) que, além de oferecer orientações para se evitar prejuízo da capacidade auditiva, ao primeiro sinal desta se mobiliza em prover o melhor tratamento para tal. Mamãe MRS: As colaboradoras gestantes e esposas gestantes de nossos colaboradores têm a oportunidade de participar de encontros semestrais com profissionais capacitados e atuantes na área de obstetrícia, amamentação, vacinação e puericultura. Exames ocupacionais periódicos: O encontro anual entre o médico do trabalho e o colaborador MRS (100% de nossos colaboradores, independente do risco ocupacional ou da idade, são avaliados anualmente) é um momento destinado à avaliação do indivíduo em sua integralidade, expandindo o horizonte da saúde ocupacional. Foram realizados 5.924 exames periódicos em 2019. Inovando e pensando na segurança e conforto do colaborador, neste último ano, a MRS levou a vários pontos distantes dos grandes centros de saúde, uma equipe móvel para realização de exames complementares, oftalmológicos e clínicos periódicos in-company. Demais exames ocupacionais: totalizaram, além dos exames periódicos, 2.064 exames realizados. Além de todas as ações mencionadas, em 2019, os ferroviários da MRS foram agraciados com um importante trabalho de incentivo a uma mudança de mentalidade voltada à qualidade de vida e bem-estar. Em complemento ao suporte rotineiro, às ações periódicas e a todas as mensagens transmitidas durante o ano, 53 com foco em saúde e bem-estar, o Mês da Qualidade de Vida trouxe uma proposta ainda importante. Foram ministradas palestras, teatros e ginásticas laborais oferecidas para colaboradores de áreas operacionais e administrativas. A MRS oferece, ainda, benefícios que incentivam à prevenção e tratamentos de saúde, quais sejam: Plano de Saúde: O benefício contempla o atendimento médico hospitalar aos colaboradores e a seus dependentes legais; Plano Odontológico: O atendimento é oferecido aos colaboradores e a seus dependentes legais por meio da rede credenciada; e Convênios: Para os colaboradores da MRS são disponibilizados convênios com descontos em medicamentos e produtos em farmácias de todo o país. Relações Institucionais Relacionamento com a Administração Pública e a Comunidade Em 2019, a MRS ampliou suas ações de relacionamento junto às comunidades do entorno da ferrovia, por meio de parcerias junto às lideranças e aos Governos Municipais. Para tratamento de possíveis impactos da ferrovia para as comunidades, assim como para o desenvolvimento de parcerias, a Companhia dispõe de equipes regionais que atuam de forma sistêmica, em um processo denominado “Metodologia de Diálogo”. Este processo conta com estruturas formais e informais que funcionam em vários níveis de gestão, com o objetivo de promover soluções para as mais diversas demandas da comunidade e da Administração Pública. Essas ações, em 2019, resultaram na construção e na revitalização de áreas de lazer, ações de mobilidade urbana e iluminação de áreas públicas do entorno da ferrovia, em diversos municípios dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, dentre outras iniciativas. Anualmente, a MRS realiza o evento “Espaço Aberto: MRS e Comunidade” no qual apresenta para as principais lideranças regionais um conjunto de ações e investimentos realizados, com o objetivo de reduzir os impactos da operação ferroviária, além de melhorar a convivência com a ferrovia. No ano de 2019, o evento foi realizado em cinco localidades, reunindo, aproximadamente, 180 lideranças comunitárias, representantes da Administração Pública e da Câmara de Vereadores. Além destes eventos e das reuniões promovidas junto aos gestores para tratamento 54 de demandas, são realizados encontros pontuais com objetivo de estreitar o relacionamento, estimular o diálogo e buscar soluções compartilhadas. Neste caso, foram realizados 68 encontros junto às lideranças supracitadas. Ações para Prevenção de Acidentes Em 2019, a MRS expandiu as ações junto às Comunidades para promover a sensibilização da população sobre riscos de acidentes ferroviários, buscando o envolvimento de seus parceiros em projetos e ações socio culturais e esportivas, ampliando significativamente sua capacidade de abrangência. As ações realizadas com foco nas comunidades que apresentam maior incidência de acidentes somaram a participação de quase 36.000 pessoas entre adultos, crianças e adolescentes, e abrangeram 34 municípios. Dentre os temas abordados nestas ações, destacam-se: os riscos relacionados à travessia da linha férrea, a imprudência como causa de acidentes, os riscos do descarte irregular de lixo na faixa de domínio para a saúde e a divulgação dos canais de relacionamento e comunicação com a empresa. Projetos Sociais, Culturais e Esportivos Por meio do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), a MRS apoiou 16 Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, beneficiando inúmeros projetos, além de 12 Conselhos Municipais dos Direitos dos Idosos. A Companhia também patrocinou 13 projetos culturais
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