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ESTATUTO DA PCD

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RESUMO ELABORADO POR RAYRA ARAÚJO MACIEL 
A Lei nº 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) possui como objetivo 
promover a inclusão social, por meio do exercício dos direitos e liberdades 
fundamentais em condições de igualdade com as demais pessoas. O legislador deseja 
incluir as pessoas com deficiência no seio social. Para melhor entendimento é 
necessário compreender quem se enquadra como Pessoa com Deficiência, sendo este, o 
indivíduo com impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial. 
O capítulo II da referida Lei, trata sobre a Igualdade e a Não Discriminação, e 
em seu art. 5º diz que "A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e 
tratamento desumano ou degradante." Esse artigo é de fundamental importância e são 
lamentáveis algumas situações vividas nos dias atuais, pois revelam algumas hipóteses 
de violência, negligência etc. Importante compreender que as violações em decorrência 
desse artigo podem trazer consequências no âmbito cível e/ou criminal. 
As práticas de discriminação, muitas vezes naturalizadas, fazem com que as 
pessoas com deficiência convivam com esse tipo de violência diariamente e, muitas 
vezes, a internalizem como se fosse uma premissa de sua condição. Como aponta o 
artigo 5º, o direito a não ser discriminado exige medidas protetivas, ou seja, é 
importante investir com recursos para evitar práticas de negligência, discriminação, 
exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou 
degradante. Exemplos como campanhas de promoção de direitos, com trabalhos de base 
e de massa são muito comuns para lidar com o tema da prevenção. 
Além disso, alguns conceitos são importantes de serem analisados, por exemplo, 
o que seria a negligência? Trata-se de omissão de cautela, ou seja, você omite uma 
cautela em relação à determinada situação. Exploração, forma de usurpar de um caráter 
além da medida que seria possível, por exemplo, uma relação trabalhista. Violência, 
sendo esta, física, moral, sexual. Atos de tortura, inclusive, é crime inafiançável previsto 
em lei. Crueldade, ações em que a pessoa é movida por sentimento ruim, próprio do 
egoísmo. Opressão, promover aniquilação realmente da condição da pessoa etc. 
O capítulo III menciona sobre o Direito à saúde, e em seu art. 25 da referida lei, 
vem expresso sobre o acesso da Pessoa com Deficiência em locais que prestam os 
serviços de saúde, e o artigo afirma que "Os espaços dos serviços de saúde, tanto 
públicos quanto privados, devem assegurar o acesso da pessoa com deficiência, em 
conformidade com a legislação em vigor, mediante a remoção de barreiras, por meio de 
RESUMO ELABORADO POR RAYRA ARAÚJO MACIEL 
projetos arquitetônicos, de ambientação de interior e de comunicação que atendam às 
especificidades das pessoas com deficiência física, sensorial, intelectual e mental." 
Sendo assim, pode ser a entrada de uma clínica privada ou pública ou mesmo um 
hospital público ou privado que devem garantir o fácil acesso a PCD de acordo com a 
legislação em vigor. 
O direito à saúde das Pessoas com Deficiência se inclui no rol de direitos 
humanos, dado que a saúde é resultado do direito à vida e, portanto, protegida pelos 
direitos humanos não podendo ser excluída as suas características quanto às suas 
necessidades, sejam quais forem, até porque a nossa sociedade evoluiu nesses últimos 
anos e hoje se entende como discriminatório separar o ser humano em categorias. 
O exposto no artigo 27 traz a seguinte afirmação: “A educação constitui direito 
da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os 
níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo 
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e 
sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.” 
O artigo 27 introduz o Direito à Educação, e ele evidencia que a educação é 
direito da Pessoa com Deficiência e que será assegurado um sistema educacional 
inclusivo, com a ideia de ser um sistema que vai incluir todas as pessoas, inclusive, o 
foco desse artigo são as pessoas com deficiência em todos os níveis de aprendizado ao 
longo de toda a vida. O artigo 27 é incrível, porém na realidade não é assim que 
acontece, por exemplo, escolas dizem ser adaptadas para PCD, mas não tem uma 
estrutura de fato para tal. A responsabilidade de adequar esse sistema educacional 
inclusivo é dever do Estado, família, comunidade escolar e sociedade. 
Assim sendo, cabe a sociedade juntamente com a gestão governamental 
promover as condições de acessibilidade, a fim de possibilitar às pessoas com 
deficiência viverem de forma independente e participarem plenamente de todos os 
aspectos da vida. Nesse contexto, a educação inclusiva é compreendida como um direito 
incondicional, que não pode ser cerceado por razão alguma e indisponível por que 
ninguém pode dispor dele. 
Portanto, tendo em vista que cada pessoa é única e possui um conjunto de 
características individuais, não se restringe ou se condiciona a aprendizagem ao aspecto 
físico, intelectual ou sensorial do indivíduo, mas, resulta de sua plena interação 
sociocultural, conforme preconiza a Lei nº 13.146/15 do Estatuto da Pessoa com 
Deficiência.

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