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Roteiro para a prova de NDC UNIME 3° semestre

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Ana Clara Silva Freitas. 
 
Roteiro para a prova de NDC 
 
Parte 1 (P1, P2 e P3) 
 
1. Como deve ser feito o atendimento de um recém-nascido em sala de parto? Quais são os passos que 
devem ser adotados neste atendimento? 
A preparação para atender o RN na sala de parto inclui realização da anamnese materna, material e equipe 
necessária e treinada em reanimação neonatal, para caso ocorra alguma intercorrência que influa problemas 
na vitalidade fetal. É preciso que o material esteja em um local de fácil acesso e ele é destinado à manutenção 
da temperatura, aspiração de via aéreas e ventilação, por exemplo. É preferível, ainda, que um pediatra 
esteja presente. Por fim, para a recepção do RN os profissionais devem ter feito a higienização correta das 
mãos, usar luvas, aventais, máscaras ou proteção facial para não haver o contato do profissional com o 
material biológico do paciente. 
2. Quais cuidados devem ser adotados com o recém-nascido após o parto? 
Quando o RN de termo está chorando ou respirando, com tônus muscular em flexão ele não necessita ser 
reanimado. Assim, deve ser realizado o contato pele a pele com a mãe imediatamente, pois isso faz reduzir 
a hipotermia. Nesse momento pode ser iniciada a amamentação. 
Já os pacientes pré ou pós termo que não iniciam movimentos respiratórios regulares ou e/ou tônus muscular 
flácido precisam ser conduzidos a mesa de reanimação, seguindo os seguintes passos: prover calor, 
posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar bocas e narinas e secar o neonato. Esses passos devem ser 
realizados em 30 segundos, no máximo. 
3. Como deve ser avaliada a vitalidade do recém-nascido? 
Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação depende da avaliação rápida de quatro 
situações referentes à vitalidade do concepto, sendo feitas as seguintes perguntas: 
 Gestação a termo? 
 Respirando ou chorando? 
 Tônus muscular bom? 
 Frequência cardíaca normal? 
Se a resposta é sim para todas as perguntas, considera-se que o RN está com boa vitalidade e não necessita 
de manobras de reanimação. 
4. Quais as características de um recém-nascido pré-termo? 
O RN pré-termo possui idade gestacional menor que 37 semanas completas. Ele apresenta as seguintes 
características: pele muito fina e gelatinosa, aspecto rosado e transparente, lanugo e vernix caseoso de 
forma mais abrangente, a esclera pode ser branca ou, levemente azulada. Além disso, o reflexo de sucção-
deglutição-respiração é ausente, como decorrência, há dificuldade de amamentação. Por fim, há uma certa 
incidência do canal arterial desse neonato, devido a maior sensibilidade tecidual desse canal. 
5. Quais as características de um recém-nascido pós-termo? 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
O RN pós termo é o que nasce com idade gestacional maior ou igual a 42 semanas. Devido o maior tempo na 
barriga, o líquido amniótico vai secando, o que dá a característica ao neonato de uma pele seca, enrugada e 
com uma descamação acentuada; apresentam unhas longas dos dedos dos pés, bastante cabelo e ausência 
de gordura subcutânea. 
6. Quais fatores podem levar um recém-nascido ao sofrimento fetal? 
O sofrimento fetal ocorre no momento do parto, quando agudo, e durante a gestação, quando crônico. A 
asfixia pode levar a hipoxemia e a acidose metabólica, por exemplo, sendo assim, considerada sofrimento 
fetal. Pode ter diversos fatores como: 
1. Hiperatividade uterina: decorrente da administração imprudente de ocitócitos. 
2. Hipotensão materna: provocadas pela anestesia de condução, hemorragias e decúbito dorsal. 
3. CIR 
4. Patologia funicular: pode ser ocasionada pela compressão do cordão umbilical durante o parto. 
Parto prolongado: pode ocasionar a acidose metabólica. 
7. Como acontece a mudança no sistema cardiocirculatório da criança no momento do parto? 
Após o nascimento, o arranjo dos ventrículos permite que a circulação do neonato funcione como uma 
conexão em série. Essa mudança ocorre a partir do clampeamento umbilical, o qual permite a primeira 
respiração do RN, resistência vascular sistêmica maior e um aumento do fluxo sanguíneo pulmonar – através 
do ducto venoso e, devido a esse aumento, esse ducto é fechado- além do fechamento dos shunts fetais. O 
fechamento oval do forame é resultado do aumento do volume sanguíneo no coração e nos pulmões que 
ocasiona uma elevação na pressão arterial, responsável por ocasionar esse fechamento. 
Durante a gravidez, o sangue oxigenado e o gás carbônico fetais são eliminados pela placenta. Quando 
nasce, o neonato estabelece a respiração por meio dos alvéolos, assim, o líquido pulmonar é substituído pelo 
ar atmosférico de maneira apropriada no primeiro minuto de vida. Ademais, a primeira respiração tem como 
estímulo a asfixia, luz, frio, calor, dor, entre outros. Ainda, após o nascimento, devido a compressão mecânica 
do tórax e a expulsão do líquido pulmonar, ocorre uma descompressão torácica, assim, é criada uma pressão 
negativa responsável de levar o ar para dentro dos pulmões. A expansão pulmonar e a distribuição alveolar 
só são completadas quando o RN chora. 
8. O que é apneia primária e secundária? 
A apneia primária é a parada dos movimentos respiratórios de modo que a FC se mantém constante e há um 
pequeno aumento da PA, resumidamente, ela é uma respiração interrompida por uma pausa com duração 
superior a 20 segundos. Ela ocorre quando o RN sofre asfixia intrauterina ou logo após o parto e é mais 
frequente em RN pré-termo. Nesse contexto, há uma estimulação tátil e uma exposição ao O2 para 
possibilitar a respiração do RN. Se isso não funcionar e a asfixia persistir, é iniciada uma respiração agônica 
(do tipo gasping), seguida de um segundo momento da parada respiratória, ou seja, a apneia secundária. A 
apneia secundária é secundária a várias doenças ou situações clínicas, como a hipotermia e é caracterizada 
pela redução da FC, da PA e da PaO2, assim, nesse momento somente a ventilação por pressão positiva 
funciona como um estímulo para que a respiração possa voltar. 
9. O que é alojamento conjunto? 
O alojamento conjunto é um sistema hospitalar, o qual permite que a mãe e o seu RN fiquem juntos, após a 
liberação do centro obstétrico. Nesse alojamento, o bebê permanece ao lado da mãe e tem como objetivo 
estabelecer um vínculo maior entre mãe e filho desde o nascimento, além de incentivar o aleitamento 
materno e reduzir a incidência de infecções hospitalares cruzadas, por exemplo. 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
10. Quais os testes realizados no alojamento conjunto? 
Os testes realizados nos alojamentos são: Teste do coraçãozinho (oximetria de pulso); Teste do olhinho 
(triagem ocular); Teste da orelhinha (triagem auditiva, assegurada no primeiro mês de vida); Teste da 
linguinha; Teste do pezinho (preferencialmente entre o 3-5 dia de vida do RN). 
 
11. Por que um recém-nascido pode apresentar icterícia? 
A icterícia do RN é um quadro comum, próprio e benigno. Contudo. Sua acentuação exagerada pode ser 
danosa ao organismo. Há vários fatores que ocasionam a icterícia, entre eles estão: 
1. Aumento na produção de bilirrubina: é quando há um acúmulo de 10% a mais que o valor total de 
bilirrubina, fazendo com que o fígado fique sobrecarregado. Isso pode ser consequência de maior 
concentração de hemoglobina e menor sobrevida do eritrócito fetal. 
2. Circulação enteropática: a ausência da flora bacteriana e o aumento da beta-glicuronidase no 
intestino criam condições para o aumento da reabsorção de bilirrubina desconjugada para a corrente 
sanguínea. 
3. Diminuição da função hepática: nos RN, as lingandinas (principais proteínas carreadoras de 
bilirrubina) estão deficientes, devido à limitação da captação hepática, e chegam no nível adulto a 
partir do quinto dia de vida do RN a termo. Além disso, a atividade da glicuroniltransferase está 
reduzida no período neonatal, o que pode ocasionar deficiência na atuação das lingandinas. 
4. Circulaçãohepática: após o nascimento, o hepatócito deixa de receber sangue bem oxigenado 
através da veia umbilical, passando a receber sangue pouco oxigenado dos vasos portais, o que 
diminui a capacidade hepática. Desse modo, a icterícia fisiológica do RN é resultado da capacidade 
reduzida de bilirrubina e da capacidade hepática. 
A icterícia fisiológica é iniciada após as primeiras 24 horas de vida, aumenta em distribuição corpórea e em 
intensidade e desaparece até o 10° dia de vida do RN a termo. A intensidade é subdividida em leve, moderada 
e acentuada. Além disso, os níveis séricos da bilirrubina são relacionados com a progressão craniocaudal. 
Desse modo, ela se inicia na face (zona 1), quando os níveis séricos de bilirrubina se encontram poucos 
elevados; progride para o tórax até o umbigo (zona 2), para o abdome (zona 3), posteriormente para os 
membros superiores e inferiores – pés e mãos (zona 4), por fim, nas palmas das mãos e na planta dos pés 
(zona 5), quando os níveis séricos estão elevados, conforme a classificação de Kramer. 
A icterícia patológica surge entre 24/36 horas (isoimunização/infecção) pode ser desenvolvida por fatores 
genéticos, maternos e perinatais. 
 
12. Quais as principais alterações de pele do neonato? 
A pele do neonato é sensível e frágil, sendo que per de água facilmente e absorve substâncias na mesma 
intensidade, tornando-o propenso às infecções e intoxicações e dificilmente, realiza homeostase de fluidos. 
Também, seu PH é neutro, reduzindo barreira contra proliferação microbiana, e os lipídios epidérmicos estão 
em menor quantidade pela ação baixa de glândulas sebáceas. Assim, a pele d o s RN ’s é muito reagente ao 
suor, sebo, ácaros, bactérias, impurezas da fralda e ar atmosférico. Algumas das alterações fisiológicas são: 
I. Vernix caseosa: é presente na superfície cutânea logo ao nascimento, consiste numa mistura de 
células epiteliais mortas, sebo, que lubrifica a pele lubrifica e facilita a passagem através do canal 
do parto e até mesmo cabelos. 
II. Descamação fisiológica: apresenta-se na primeira semana de vida extrauterina. Geralmente, 
apresenta finas e discretas de 5-7 mm, mas em certas ocasiões podem ser grandes e laminares, 
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semelhantes à ictiose. A descamação se completa na terceira semana de vida. Por fim, a 
descamação pode indicar pós-maturidade, anoxia intrauterina e ictiose. 
III. Lanugo: é o pelo fino, sem medula e abundante, o qual recobre a pele do recém-nascido. Essa 
alteração costuma desaparecer nas primeiras semanas de vida, com substituição por pelo 
corporal definitivo. 
IV. Bolhas por sucção: é ocasionada, provavelmente, por sucção oral intrauterina e são observadas 
no dorso das mãos, pulsos, polegares, lábios ou zona radial de antebraços. 
V. Quistos de milia: são as alterações mais comuns no RN. Manifestam- se como pápulas de cor 
amarelada ou branca aperolada que aparecem em qualquer localização do corpo, mas é mais 
comum na face. Não requerem tratamento, desaparecem espontaneamente. 
13. O que é puericultura? 
A puericultura é o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil até os 5 anos de idade. É a 
arte de promover e proteger a saúde das crianças, através d e uma atenção integral, compreendendo a criança 
como um ser em desenvolvimento com suas particularidades. Apesar de ser uma especialidade iniciada em 
princípio na Pediatria, leva em conta a criança, sua família e o entorno, analisando o conjunto bio-psico-sócio-
cultural , sendo também fundamental no acompanhamento das crianças as equipes da Estratégia d a Saúde 
da Família . 
 
14. Quais os princípios e importância da puericultura na evolução dos lactentes? 
A puericultura é de fundamental importância para a promoção à saúde da criança e prevenção de agravos, 
identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce nas intercorrências. Tem como objetivo 
acolher a todas as crianças, dando assistência de forma integrada, realizando a vigilância do crescimento e 
desenvolvimento e monitorando os fatores de risco ao nascer e evolutivos; estimulando o aleitamento 
materno exclusivo até o sexto mês de vida e complementado com alimentação da família, até os dois anos 
de vida; garantindo a aplicação das vacinas do esquema básico de imunização e, garantindo assim um 
atendimento de qualidade. 
A primeira avaliação desta criança é realizada pelo pediatra na própria s ala de parto e até alta hospitalar. 
A partir daí preconiza-se que a criança seja avaliada na primeira semana de vida e seja acompanhada n a 
Atenção Básica nas UBS tradicionais ou ESF pela equipe com retornos, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º 
mês e 12º mês, além de duas consultas no 2º a no de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vi 
da, com consultas anu ais, próximas ao mês do aniversário. 
15. Como é realizado o exame físico na consulta de puericultura? 
O exame físico mais abrangente com o objetivo de se avaliar o bem-estar e a normal idade física da criança 
deve ser realiza do com 1 2-24 horas de vida, por tanto, após o término do período de transição. Nesse 
período, ocorre uma série de alterações para a recuperação dos estresses causados pelo trabalho de parto, 
pelo nascimento e pela adaptação às exigências d o meio extrauterino. Essa transição requer ajustes do RN 
para tolerar a mudança de um meio líquido, relativamente estável (que proporciona nutrição e respiração 
adequada) para ambiente no qual ele deve ser muito mais independente fisiologicamente. Os neonatos a 
termo completam esse período em poucas horas; entretanto, par a os RN pré-termo, esse período pode ser 
m ais longo e alguns podem necessitar de assistência especializada. O exame físico do RN n as primeiras 
horas de vida, com descrição do fenótipo, auxilia o diagnóstico genético e direciona procedimentos. 
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1. Peso, comprimento e perímetro cefálico: Avaliar comprimento, perímetro cefálico, comprimento, 
relação do peso que a criança tem com o peso do parto e o peso ideal que deveria ter (consideram-se 
normais uma perda de peso de até 10% e ganho em até 15 dias). O perímetro cefálico com medidas 
acima ou abaixo do ideal indicam problemas neurológicos. 
2. Desenvolvimento social e psicoafetivo: Observar e avaliar o relacionamento da mãe com o filho, como 
responde o bebê e como são dadas suas interações. 
3. Estado geral: Avaliar a postura do RN, observar o padrão respiratório e o estado de vigília do RN, 
identificar sinais de desidratação e hipoglicemia e avaliar a temperatura axilar, mas não 
rotineiramente. 
4. Face: deve ser pesquisar as assimetrias, deformidades, malformações, etc. 
5. Pele: Deve ser avaliada a presença de edemas, cianose, palidez e icterícia. 
6. Crânio: devem ser avaliadas as fontanelas. 
7. Olhos: devem ser avaliados o reflexo fotomotor, conjutivite, estrabismo e ser realizado o esse de 
reflexo vermelho. 
8. Orelhas: deve ser indicado o teste da orelhinha. 
9. Nariz: avaliar a forma e a possível presença de secreção (sífilis). 
10. Boca: observar alterações morfológicas que dificultem a amamentação. 
11. Pescoço: avaliar a assimetria facial e posição viciosa da cabeça. 
12. Tórax: avaliar assimetrias, pois elas sugerem malformações cardíacas pulmonares, de coluna e 
arcabouço costal. Além disso a clavícula deve ser palpada para avaliar se há fraturas que podem 
ocasionar a diminuição ou ausência dos movimentos dos braços. 
13. Abdome: observar a respiração que é basicamente abdominal e deve estar entre 40 e 60 mrm. 
Observar a forma abdominal e a presença de hérnias inguinal e umbilical. 
14. Genitália: apalpar a bolsa escrotal para identificar a presença de testículos e ver se há fimose ou não 
não. 
15. Ânus e reto: verifica a permeabilidade anal, bem como a posição e a presença de fissuras. 
16. Sistema osteoarticular: avaliar resistência a extensão, flexão, flacidez excessiva e etc. 
17. Coluna vertebral:examinar a toda a coluna vertebral, avaliação neurológica e reflexos arcaicos. 
 
16. Quais são os testes realizados para triagem neonatal? 
I. Teste do pezinho 
 No SUS são diagnosticadas seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença 
falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia 
adrenal congênita. 
 A família deve levar o recém-nascido a uma unidade básica de saúde, preferencialmente, entre o 
3° e o 5° dia de vida. 
 O Sistema Único de Saúde (SUS) ainda garante o atendimento com médicos especialistas para 
todos os pacientes triados. Para as seis doenças detectadas no SUS, há tratamento adequado, 
gratuito e acompanhamento por toda a vida nos 31 serviços de referência em triagem neonatal 
do país, presentes em todos os estados brasileiros. 
 O teste do pezinho básico é responsável por detectar quatro tipos de doença: 
 
1. Hipotireoidismo congênito 
 Doença causada pela deficiência ou ausência da ação dos hormônios tireoidianos nos 
vários tecidos do organismo. Tal hormônio, é essencial para a maturação e o 
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funcionamento de diversos órgãos do corpo, principalmente do SNC (Sistema Nervoso 
Central) e do tecido esquelético. 
 “O HC quando não tratado tempestiva e adequadamente contribui para retardo 
mental, disfunções do crescimento e do desenvolvimento neuropsicomotor da 
criança”. 
2. Anemia falciforme, 
 A anemia falciforme é uma doença de caráter genético originada por uma mutação 
no cromossomo 11 que resulta na substituição de um ácido glutâmico pela valina na 
posição 6 da extremidade N-terminal na cadeia ß da globina, dando origem à 
hemoglobina S. 
 As manifestações clínicas da anemia falciforme são a necrose avascular da medula 
óssea, osteomielite, síndrome torácica aguda, priaprismo, acidente vascular 
encefálico, acometimento renal e icterícia 
3. Fibrose cística 
 É uma das doenças genéticas autossômicas recessivas limitadoras da vida mais 
comuns. Essa doença é decorrente de mutações no gene CFTR (Cystic Fibrosis 
Transmembrane Conductance Regulator) que expressa a proteína CFTR. A CFTR atua 
como um canal de cloro, e sua ausência ou função insuficiente ocasiona perda da 
homeostasia iônica e de água nas superfícies epiteliais. 
 A fibrose cística apresenta amplas manifestações, dentre elas, doença pulmonar 
progressiva, disfunções gastrointestinais, doença hepática, infertilidade masculina, 
desnutrição e elevadas concentrações de eletrólitos no suor. 
 
 O ampliado não está disponível no SUS. É responsável por detectar as doenças do teste básico e 
ainda outras quatro: 
1. Hiperplasia congênita da supra-renal 
 É resultado de de defeitos enzimáticos da biossíntese do cortisol, na glândula supra-renal. 
 No sexo feminino pode haver a virilização dos órgãos sexuais externos e no sexo 
masculino pode ocorrer casos de criptoquirdismo, aumento do pênis e hiperpigmentação 
escrotal. 
2. Deficiência de globulina ligadora de tiroxina (TBG) 
 A globulina carreadora de tiroxina (TBG) é a principal proteína transportadora dos 
hormônios tireoidianos em humanos. Anormalidades hereditárias que comprometem a 
estrutura e função da proteína resultam em deficiência completa (TBG-CD) e parcial de 
TBG (TBG-PD). 
 A alteração dessa proteína pode alterar a dosagem dos hormônios tireoidianos, podendo 
causar doenças relacionadas com tais hormônios, como o hipotireoidismo e o 
hipertireoidismo. 
3. Hemocistinúria 
 Está relacionada à deficiência de uma enzima chamada cistationa beta-sintase, 
resultando em altos níveis plasmáticos de homocisteína, metionina e cisteína. 
 Essa doença resulta no aumento da metionina e homocisteína no plasma e da 
homocistina na urina, além da miopia, subluxação do cristalino, atraso mental, 
alterações esqueléticas (síndrome de Marfan) e eventos tromboembólicos. 
4. Hiperfenilalaninemias 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 As hiperfenilalaninemias são definidas por níveis do aminoácido fenilalanina superior a 2 
mg/dl. 
 O tratamento deve se iniciar antes dos 30 dias de vida para prevenir o retardo mental e 
deve manter-se ao longo de toda a vida, além de manter uma dieta com restrição do uso 
desse aminoácido. 
 
 
II. Teste do olhinho 
 O nome técnico para este procedimento é Teste do Reflexo Vermelho. 
 É um teste simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho 
que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. 
 O Teste do Olhinho pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, 
como catarata, glaucoma congênito e outros problemas. 
 O diagnóstico precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e garantir o 
desenvolvimento normal da visão. 
 A recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo médico logo que o bebê nasce. 
Se isso não acontecer, o teste deve ser feito logo na primeira semana de vida do bebê, na 
consulta de acompanhamento médico. 
III. Teste da orelhinha 
 O teste é feito, preferencialmente, entre 24h e 48h de vida do bebê e identifica possíveis 
problemas auditivos no recém-nascido. 
 Deve ser feito nas maternidades. 
 As crianças nascidas fora do ambiente hospitalar devem fazê-lo antes de completarem 3 
meses de vida. 
 O Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não 
machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contraindicações e dura em 
torno de 10 minutos. 
IV. Teste do coraçãozinho 
 Consiste em medir a oxigenação do sangue do recém-nascido com o auxílio de um 
oxímetro - espécie de pulseirinha, na mão e no pé do bebê. 
 Caso algum problema seja detectado, o bebê é encaminhado para fazer um 
ecocardiograma. Se o resultado apresentar alterações, o bebê é encaminhado para um 
centro de referência em cardiopatia para tratamento. 
 Problemas no coração são a terceira maior causa de morte em recém-nascidos. Por isso, 
quanto mais cedo for diagnosticado, melhores são as chances do tratamento. Todo bebê 
tem direito de realizar o Teste de Coraçãozinho ainda na maternidade, entre 24h e 48h 
após o nascimento. 
 O teste é simples, gratuito e indolor. 
 
17. Quais os tipos de lesão bolhosa de pele que o recém-nascido pode apresentar no primeiro mês de 
vida? 
1. Millária: é a obstrução do ducto écrino. Sua causa é desconhecida, mas há a possibilidade de ser 
causada pelo Staphylococcus epidermidis. A manifestação clínica depende da obstrução do ducto. A 
forma mais frequente no RN é a cristalina ou sudâmina e surge devido à obstrução superficial do 
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ducto. Assim, há a retenção do suor, levando à formação de pequenas vesículas cristalinas que 
lembram gostas de água e se rompem com facilidade. 
A millária rubra é a obstrução mais profunda do ducto. Neste caso, as lesões são pápulas erite 
matosas ou papulo-pústulas não foliculares, ela é benigna e desaparece após o controle da febre ou 
da temperatura ambiental. 
2. Impetigo bolhoso: mais comum em lactentes, com bolhas flácidas e superficiais que se rompem 
facilmente, deixando áreas desnudas e colorate escamoso. 
3. Varicela congênita: ocorre quando há infecção materna nos dois primeiros trimestres de gestação. É 
rara, mas quando ocorre, as cicatrizes segmentárias cutâneas se acompanham de manifestações 
embriopáticas. 
4. Herpes simples: A maior parte (70%) das infecções pelo vírus herpes simples é causada pelo HSV tipo 
2. O HSV-2 pode ser adquirido pelo neonato através da placenta, por viremia durante a gestação, 
durante o nascimento pela passagem por um canal de parto infectado, ou após o nascimento pelo 
contato com humanos infectados. Os sintomas iniciais da infecção por HSV disseminada são letargia, 
hipotermia ou hipertermia, irritabilidade e má alimentação. Os achados cutâneos são os primeiros 
sinais visíveis em aproximadamente dois terços dos neonatos infectados como HSV. Vesículas ou 
pústulas únicas ou agrupadas com base eritematosa aparecem em grupos na pele e nas membranas 
mucosas. Os olhos também podem ser afetados. O herpes neonatal pode espalhar rapidamente 
envolvendo o sistema nervoso central e/ou múltiplos órgãos internos. A condição do neonato pode 
deteriorar rapidamente, portanto o diagnóstico imediato e preciso é mais do que desejável. 
 
 
18. Como avaliar se o lactente está com peso/estatura adequado para a idade? 
Durante a primeira semana, o peso do recém-nascido pode diminuir em até 10% do peso de nascimento como 
Resultado da eliminação do excesso de líquido extra vascular e da ingestão nutricional limitada. A nutrição 
melhora à medida que o colostro é substituído pelo leite maduro, rico em gorduras, à medida que o lactente 
aprende a abocanhar e sugar mais eficientemente o mamilo, e as mães ficam mais confortáveis com as técnicas 
de amamentação. Os lactentes recuperam ou excedem o peso de nascimento com 2 semanas de idade e devem 
aumentar aproximadamente 30 g por dia durante o primeiro mês. Esse é o período de crescimento mais rápido 
após o nascimento. Além disso há escalas de avaliação e desenvolvimento, que são: Escalas Bavyley; Teste de 
Denver (avalia as funções motora, axial e apendicular, linguagem es aspectos pessoais e sociais por meio de 125 
itens a partir de um kit padronizado, ele identifica crianças que precisam de encaminhamento para estimulação 
precoce, por exemplo). 
Além disso há os percentis e escore Z em relação a estatura para idade e peso para idade. 
1. Estatura para idade em crianças menores que 5 anos: percentil menor que 0,1 e escore z menor que 3 
indicam uma estatura muito baixa. Percentil maior ou igual a 0,1 e menor que 3 e escore z menor que 
indicam baixa estatura. Já o percentil maior ou igual a 3 e o escore maior ou igual a 2 indicam uma 
estatura adequada. 
2. Peso para idade em crianças menores de 5 anos: percentil menor que 0,1 e escore z menor que 3 indicam 
um peso para idade muito baixo. Percentil maior ou igual a 0,1 e percentil menor que 3 e escore z maior 
ou igual a 3 ou menor que 2 indicam peso adequado para idade. Percentil maior que 97 e escore z maior 
que 2 indicam peso elevado para a idade. 
 
19. Qual a alimentação apropriada para um lactente? 
O aleitamento materno até os 6 meses de vida, pois ele evita mortes infantis, diarreia, infecção respiratória, 
diminui o risco de alergias, hipertensão, colesterol alto e diabetes, reduz a chance de obesidade. Confere uma 
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melhor nutrição, tem efeito positivo para a inteligência, melhor desenvolvimento da cavidade bucal, assim, 
ele é a alimentação ideia para lactentes. A partir dos 6 meses e até os 2 anos de vida o aleitamento materno 
é mantido, porém devem ser introduzidos alimentos complementares na dieta da criança, os quais estarão 
presentes na chamada papa principal, a qual é uma refeição que será oferecida no almoço e no jantar, deve 
conter alimentos de todos os grupos, como os cereais, leguminosas, carnes e hortaliça. Além disso, serão 
oferecidas também frutas amassadas ou raspadas e, após o aparecimento da dentição, em pedaços 
pequenos ou inteira. 
20. O recém-nascido aprende a mamar? Como? 
A sucção do RN é ato reflexo, mas é preciso que ele aprenda a retirar o leite do peito de forma eficiente. 
Assim, há uma técnica para que essa sucção seja feita da melhor forma: 
1) A boca do bebê está bem aberta para abocanhar a aréola 
2) Lábio inferior voltado para fora, cobrindo quase toda a porção inferior da aréola, enquanto a parte 
superior é vista. 
3) Língua acoplada em torno do peito 
4) Bochechas com aparência arredondada 
5) Criança está tranquila, com sucção lenta e ritmada, além de período de atividade e pausa.  Antes de iniciar 
a prega, a mulher deve palpar a aréola: 
Caso ela esteja túrgida, deve ordenhar um pouco de leite para facilitar a pega. 
Se a mulher tiver mamas muito volumosas, recomenda-se: 
a) Pressionar a mama contra a parede torácica, segurando e erguendo a mão oposta 
b) Pega da mama em “C”: colocar dedo indicador abaixo do mamilo na transição aréola-mama e o polegar 
na aréola, acima do mamilo. Os outros dedos sustentam o seio. 
c) Fazer leve pressão do polegar e do dedo indicador em direção à parede torácica, mas não precisa ser muito 
forte pois pode bloquear os ductos. 
Quando o fluxo de leite reduzir, iniciar a ordenha da outra mama, sendo que a ordenha adequada leva entre 
20 a 30 minutos em cada mama. Podem ser ordenhados os dois seios, simultaneamente. 
21. Como ocorre a produção e liberação do leite materno? 
A produção de leite materno ocorre nos chamados alvéolos da glândula mamária e já na terceira semana de 
gestação os ductos começam a se proliferarem. No primeiro trimestre, há um crescimento da árvore lóbulo-
alveolar que substitui o tecido gorduroso e o tecido conjuntivo. No segundo trimestre, as alterações são 
acentuadas, começando a haver a presença de prolactina, fenômenos secretórios e amadurecimento da 
glândula mamária. A partir do terceiro trimestre de gestação ocorre o aumento do hormônio prolactina, o 
qual estimula a vascularização da mama para fornecer o substrato para a produção de leite materno. No 
puerpério, apesar da redução nos níveis de prolactina, o estímulo de sucção, realizado pelo recém-nascido 
na mama, provoca aumento de sua concentração, o que também atua na alfa lactalbumina para estimular 
a lactose sintase a aumentar a lactose do leite. Próximo do parto, é iniciada a secreção do colostro e após o 
parto, a liberação desse leite possui ação direta da sucção, a qual atua em terminações nervosas do complexo 
areolomamilar, estimulando a neurohipófise a secretar ocitocina que, por sua vez, contrai as células 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
mioepiteliais dos alvéolos e dos ductos lactíferos, causando a expulsão do leite. Ademais, estímulos auditivos, 
como o choro do RN, visuais e olfatórios também ativam essa ejeção do leite. 
22. Quais são as principais causas e tratamentos recomendados para cólica do lactente? 
A etiologia das cólicas nos lactentes ainda não é muito esclarecida, porém existem alguns fatores que podem 
estar associados, como alergias, imaturidade do trato gastrointestinal (TGI), ingestão de ar durante a 
mamada e alimentação materna. Além disso, é sabido que o conteúdo do leite materno possui ação direta 
da alimentação da mãe, dessa forma, alimentos como feijão, alho, pimenta e, principalmente, leite de vaca, 
devem ser evitados. Quanto ao leite de vaca, ele pode desencadear alergia no RN, e a cólica principalmente, 
além disso, essa sintomatologia pode ser influenciada pela ingestão de formulas lácteas pelos bebes. Em 
relação ao tratamento, é válido ressaltar que a cólica é autolimitante, sendo resolvida entre o 3º e o 4º mês 
de vida. Entretanto, existem algumas medidas que podem ser adotadas em casa pelos pais ou responsáveis, 
como: colocar a barriga do bebê em contato direto com a barriga da mãe; enrolar em um cobertor, dar um 
banho morno ou aplicar compressas na barriga; flexionar suas coxas sobre a barriga; evitar barulho ou 
excesso de pessoas, tentar estabelecer uma rotina para banho, sono, passeio e outras atividades, não utilizar 
chás e medicamentos sem o acompanhamento pediátrico, trocar marcas de leite, entre outras. Além disso, 
alguns estudos apontam que a massagem pode ser eficaz, pois reduz as cólicas e atua na liberação de gases 
intestinais. 
23. Quais as características bioquímicas e nutricionais do leite de vaca e como estas, nos contextos que 
este tipo de leite é empregado na nutrição do recém-nascido, impactam sobre o crescimento e 
desenvolvimento infantil? 
O leite de vaca é composto por água, lipídios e proteína. Além disso ele possui três vezes mais proteína do 
que o leite humano, como a proteína betalactoglobulina, a qual é potencialmente alergênica, podendo 
causar o desenvolvimento de hipercalciúria,defiência de nutrientes, desidratação, vômitos, diarreias e atopia 
no recém-nascido. Ademais, esse leite apresenta outras características bioquímicas e nutricionais que o faz 
não ser recomendado para crianças menores de 1 ano, como: alto teor de caseína, o que torna mais difícil a 
digestão; elevado teor de sódio, cloretos e potássio, sendo que, de forma controversa, traz consigo 
quantidades insuficientes de carboidratos, ácidos graxos essenciais, vitaminas (em especial a vitamina E) e 
minerais. Dessa forma, a alta quantidade de proteínas presente no leite de vaca faz com que sobrecarregue 
os rins do recém-nascido e, além desse leite interferir na absorção do ferro de outros alimentos, ele possui 
baixo teor desse mineral, o que aumenta o risco dessas crianças desenvolverem a anemia ferropriva. Devido 
as proteínas serem bastantes alérgicas, pode ocorrer a proctocolite alérgica, que constitui uma causa comum 
de sangramento nos primeiros meses de vida, por isso deve-se considerar que esse alimento pode causar 
micro-hemorragias intestinais nessas crianças. 
24. Por que uma criança não deve receber precocemente outro alimento, além do leite materno? 
A introdução alimentar precoce deve ser evitada, principalmente porque o TGI do bebê antes dos 6 meses de 
vida ainda é muito imaturo. Ademais, o leite humano possui todos os nutrientes necessários para, ajudar no 
desenvolvimento do sistema imunológico, como auxiliar na proteção contra infecções gastrointestinais e 
manter o bebê saudável. Por isso, os alimentos complementares introduzidos de forma precoce podem 
acarretar um aleitamento materno e pouco tempo, reduzir a capacidade de lactação, tornar a criança mais 
vulnerável a diarreias, infecções respiratórias e gastrintestinais e a desnutrição, o que compromete o pleno 
desenvolvimento dessa criança. 
25. Quais as características do desenvolvimento psicomotor da criança de acordo com sua faixa etária? 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
A faixa etária de 0 a 6 meses apresenta fortalecimento gradual dos músculos, controlando progressivamente 
a cabeça, os membros e o tronco; reage aos sons; desenvolve a visão e controle das mãos, sendo capaz de 
segurar num brinquedo; apresenta o sorriso social e a capacidade de conhecer pessoas mais próximas. A 
faixa etária de 6 a 12 meses, possui controle motor mais desenvolvidos, desse modo, essas crianças já são 
capazes de se sentar sem apoio e de ter as primeiras tentativas de se levantar, apoiando-se nos moveis; são 
mais sociáveis e procura interação com que o rodeia, inclusive com outros bebês. Em relação às crianças de 
1 a 2 anos, elas já começam a andar e possuem melhor motricidade fina, manipulando objetos; interações 
ainda limitadas com outras crianças; desenvolvimento da empatia, etc. A faixa etária de 2 a 3 anos é 
caracterizada por um maior equilíbrio e coordenação, sendo a criança capaz de saltar e utilizar objetos com 
as mãos; é capaz de participar em atividades com outras crianças. As crianças de 3 a 4 anos possuem grande 
atividade motora, conseguindo correr, saltar e começam a subir escadas; capazes de comer sozinhas com 
uma colher ou garfo e controla os esfíncteres (principalmente durante o dia); tem dificuldade de cooperar e 
partilhar e começam a participarem de atividades em grupo com outras crianças. A faixa etária de 4 a 5 anos 
apresenta rápido desenvolvimento muscular, conseguindo escovar os dentes e se vestir com pouca ajuda; 
gosta de brincar com outras crianças e imitar as atividades dos adultos. As crianças de 5 a 6 anos consegue 
se vestir e se despir sozinhas; asseguram sua higiene com autonomia; brinca de forma independente, sem 
necessitar sempre de supervisão; gosta de conversar durante as refeições e conhece as diferenças de sexo. 
26. Como avaliar se a criança possui problemas relacionados ao atraso no desenvolvimento 
neuropsicomotor? 
Essa avaliação é feita por meio de escalas de triagem que avaliam e identificam crianças com risco para 
atraso no desenvolvimento, sendo a principal delas o Teste de Triagem do Desenvolvimento Infantil Denver 
II, o qual é composto de 125 itens divididos em 4 áreas: pessoal-social, motor fino-adaptativo, linguagem e 
motor-grosseiro. O teste funciona como uma alerta para induzir os profissionais a estudar a necessidade de 
uma avaliação neuropsicomotora mais aprofundada e específica. O teste funciona como uma escala de 
triagem e consiste na observação da criança em relação à realização de determinados tipos de atividade. 
Sendo assim, para uma criança de, por exemplo, 9 meses, deve ser observado se ela já é capaz de pegar dois 
cubos, bater palminhas, indicar desejo por determinado objeto. Algumas atividades são observadas 
diretamente pelo médico avaliador, outras são questionadas aos pais e responsáveis da criança durante o 
atendimento. Outros testes realizados são o Teste de Gesell, que faz uma avaliação direta por meio da 
observação dos comportamentos de crianças de 4 semanas até 36 meses de idade, e a Escala de 
Desenvolvimento Infantil de Bayley (BSID), que é um teste padronizado do desenvolvimento motor, cognitivo, 
de linguagem e comportamental 
27. Quais são as infecções de vias aéreas superiores mais prevalentes entre crianças e recém-nascidos? 
A rinofaringite aguda é a mais comum e abrange, por exemplo, o resfriado comum, que apresenta sintomas 
como coriza, tosse, febre e diarreia. A sinusite aguda é uma infecção bacteriana dos seios paranasais, 
durando menos de 30 dias com um quadro de obstrução e secreção nasal purulenta. A faringoamigdalite 
aguda estreptocócica (FAE) é uma infecção aguda da orofaringe, a qual é acompanhada de febre alta, dor 
de garganta, cefaleia e calafrios. Além disso, há a laringite viral aguda, que é a inflamação da porção 
subglótica da laringe, causando a obstrução da via aérea devido à congestão e ao edema. Por fim, há a 
rinossinusite e a otite média aguda. 
28. Quais são as infecções de vias aéreas inferiores mais prevalentes entre crianças e recém-nascidos? 
A bronquiolite afeta principalmente bebês e crianças entre 2 a 24 meses, já a pneumonia é a principal causa 
de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos. Ademais há a crupe e a asma. 
29. Que relações podem ser estabelecidas entre infecção das vias aéreas superiores recorrentes e 
alimentação? 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
Em crianças com aleitamento não exclusivamente materno ou em casos de desmame precoce há uma maior 
ocorrência de infecções das VA superiores. Tal fato está relacionado ao fato de o leite materno possuir 
proteínas e outros nutrientes importantes para o desenvolvimento do sistema imune do RN, logo, se o 
sistema imune não se desenvolve adequadamente, não conseguirá exercer sua função adequadamente o, 
que torna a criança mais propícia à IVAS. O leite de vaca é pobre em nutrientes e anticorpos, desse modo, 
está associado ao aumento do risco de ocorrência de IVAS recorrentes dessa faixa etária. Ademais, a 
introdução alimentar complementar precoce está associada a maior ocorrência de IVAS, a posição de 
amamentação da criança também influencia, pois, se a posição estiver inadequada pode ser um fator de 
risco para desenvolvimento de otite média aguda. Além disso, quando a nutrição não está adequada, como 
em casos de desnutrição, há uma deficiência de cobre, zinco e magnésio, os quais possuem grande 
importância no sistema imunológico. A deficiência de cobre, por exemplo, pode estar presente em lactentes 
alimentados com fórmulas lácteas, sendo que o cobre atua na maturação dos tecidos linfoides, por isso sua 
redução aumenta a suscetibilidade a infecções. Quanto à deficiência de zinco, ela causa redução na produção 
de vários componentes do sistema imune, como as células brancas e a interleucina-6, que atua na 
proliferação de células T. Por fim, a deficiência de magnésio traz prejuízos na função imune celular, o que 
também aumenta a suscetibilidade às IVAS. 
30. As assaduras sãodecorrentes da falta de cuidados? Por quê? 
A dermatite de fraldas, conhecida popularmente como assadura, é um conjunto de dermatoses 
inflamatórias, são decorrentes de vários fatores que incluem a falta de cuidados dos responsáveis, bem coo 
o “Cuidado excessivo”. O uso de uma mesma fralda durante longos períodos, fazem com que a pele da 
criança naquela região fique exposta por mais tempo, a urina e a fezes, o que favorece a ocorrência da 
assadura, devido as substâncias “irritantes” ali presentes, como a ureia que eleva o pH da pele. A higienização 
excessiva também pode causar assadura, logo deve-se higienizar a criança com água morna e algodão, 
evitando uso de sabonete (principalmente de forma contínua/numerosas vezes ao dia). Evitar uso de óleos, 
hidratantes e pomadas, caso não seja por indicação pediátrica, pois podem causar irritações à pele sensível 
do bebê. Desse modo, as dermatites de fraldas podem ser prevenidas com medidas básicas de higiene por 
parte dos pais ou responsáveis da criança. A prevenção envolve lavar as mãos antes e depois das trocas de 
fralda, as quais devem ser feitas a cada 1 a 2 horas de dia e pelo menos uma vez a noite no RN, e a cada 3 a 
4 horas no lactente. Além disso, a limpeza da área deve ser feita de frente para trás, de forma suave e 
utilizando água morna ou fria e sabonetes com pH ácido. Por fim, é importante deixar a região perineal 
exposta ao ar durante certo tempo, pois isso ajuda a secar a pele da criança, reduzindo as chances de ocorrer 
essas assaduras. 
 
31. Quais as recomendações da puericultura para crianças de 0 a 5 anos que frequentam creche? 
Seguindo as recomendações da puericultura, as crianças devem possui o direito à brincadeiras e à atenção 
individualizada em um ambiente aconchegante e em contato direto com a natureza. Além disso, essas 
crianças devem apresentar uma alimentação sadia, com hábitos alimentares saudáveis e acompanhamento 
do nutricionista. A criança de 0 a 5 anos no ambiente da creche deve ter seu aprendizado facilitado, por meio 
de brinquedos e atividades partilhadas, as quais estimulam o pensamento e a linguagem, pois essa é uma 
fase de extrema importância para o desenvolvimento. Ademais, é papel dos profissionais de saúde incentivar 
a frequência, por desenvolver na criança o lado psicomotor, social, cognitivo fazendo a atualização da 
caderneta da criança. Além disso, se desenvolve uma consciência de higiene na criança, deve-se ter cuidado, 
uma vez que o sistema imune da criança nessa primeira infância ainda é imaturo, e por causa disso, busca-
se um maior cuidado com o calendário vacinal da criança, uma vez que ela está mais exposta a agentes 
infecciosos. 
32. Como deve ser composta a equipe multiprofissional de uma creche? 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
Deve ser composta por orientador educacional, supervisor escolar, professor de educação física, professor de 
educação artística, assistente social, psicopedagogo, médico, enfermeiro, nutricionista, dentista, entre 
outros, sendo esses, profissionais atentos e capazes de intervir e prevenir situações associadas ao equilíbrio 
saúde-doença. Além desses, deve ter um diretor que busque planejar, administrar, coordenar e supervisionar 
os profissionais, serviços e também participar do atendimento global as crianças. Deve ter também uma 
secretaria que contemple as questões administrativas relativas aos funcionários, materiais e ao patrimônio. 
 
 
Parte 2 (P4, P5 e P6) 
1.Neymar tem 3 anos, pesa nove quilos e quinhentos gramas e sua estatura é de 84 centímetros. O peso 
e a altura de estão adequados à idade? Justifique. 
O peso e altura estão abaixo do ideal, segundo a caderneta da criança, o que pode indicar um caso de 
desnutrição. 
 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 
 
Outras curvas de crescimento: percentis e escore z. 
2. Por que as crianças têm maior probabilidade de ter fraturas? Como os pais, tutores ou responsáveis 
podem gerenciar este tipo de risco? 
O osso da criança tem maior porosidade o que evita a propagação da fratura, entretanto, tem uma menor 
resistência que dos ligamentos, assim, aumenta o risco de fratura nessa fase. Ademais, fatores como 
constituição óssea genética, peso e má nutrição influenciam nesse quadro, pois influencia na densidade 
mineral óssea e na fragilidade do osso, por exemplo. Além disso, as crianças em sua fase de desenvolvimento 
tendem a ser bastante curiosas, o que pode gerar acidentes e consequentes fraturas, além disso os riscos de 
acidentes dependem da faixa etária do infante. Esses acidentes podem ser evitados a partir de medidas 
preventivas como proteção de escadas, sacadas, piscinas dentre outras como da vigilância e monitorização 
da criança, não deixando ela sozinha, nunca utilizar andador, travar a alça das cadeirinhas, além de boa 
orientação paterna quanto aos riscos e áreas proibidas. 
3.A desnutrição interfere na formação dos dentes? Como? 
Sim, porque a desnutrição é uma patologia marcada por carência de nutrientes importantes para o 
desenvolvimento normal da criança, a escassez desses nutrientes, pode gerar um retardo nas erupções 
dentárias. Além disso, pode desencadear a hipocalcificação dentária (marcada por placas brancas opacas ou 
linhas horizontais no dente) ou hipoplasia que se manifesta como formação de depressões ou áreas 
desprovidas de esmalte (varia desde manchas brancas, até a descoloração dos dentes variando de amarelo 
à marrom escuro). Quadros decorrentes principalmente da deficiência crônica de vitamina D ou cálcio. 
4. Quando uma pediatra deve encaminhar a criança à odontopediatra? Explique com exemplos em que 
este encaminhamento é necessário. 
Quando houver um atraso significativo das erupções dentárias. Por exemplo uma criança que apresente 
ausência da odontogênese depois dos 6 meses, e ela não apresenta casos de desnutrição. Ademais, o 
encaminhamento também deve ser realizado como medidas preventivas, ou seja, o odontopediatria deve 
ser consultado regularmente. 
 
5. Após uma queda, Neymar vai ao médico, onde se verifica que, além da fratura, a criança apresentava-
se pálida, com o cabelo de duas cores e o abdome globoso. A palidez observada é, provavelmente, de 
origem patológica? Por quê? 
Sim. Neymar, apresenta um quadro que indica a desnutrição do tipo Kwashiorkor, que é uma desnutrição 
que tem como principais características: o abdome globoso (edema) e despigmentação da pele e cabelos, 
devido ao déficit de proteína, nutrientes e calorias necessários para o seu desenvolvimento. 
6. Qual a deficiência nutricional mais comum nos três primeiros anos de vida? 
A desnutrição energética proteica que é subdivida em Kwashiorkor e Marasmo, ou até mesmo os dois juntos. 
É comum nos primeiros anos de vida, por ter como fatores de influência o desmame precoce, ganhos de peso 
menor do que o indicado nos primeiros meses de vida e introdução alimentar pobre. 
7. O raquitismo pode levar à morte? Por quê? 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
Sim, por ser uma patologia que é causada pela falta ou deficiência de absorver ou metabolizar de vitamina 
D e cálcio ou fósforo (nutrientes essenciais para a manutenção do corpo) a sua escassez, além de gerar 
manifestações clinicas no corpo como alargamento de punhos e tornozelos, amolecimento dos ossos 
cranianos e outras deformidades esqueléticas, pode levar a infante a óbito. 
8. A mãe tem direito ao atestado médico de acompanhante? Por quê? 
Sim, o atestado médico de acompanhante é indicado em caso em que o doente tem necessidade de um 
acompanhante para cuidar durante determinado período, o que pode se associar a mão, uma vez que o 
filho quando menor de idade precisa de algum acompanhante para ser seu responsável e cuidador. 
A Lei nº 13.257/2016 altera o artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que passa a vigorar 
acrescido dos seguintes incisos X e XI: 
Art. 473. 
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementaresdurante o período 
de gravidez de sua esposa ou companheira; 
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica." 
Assim, o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
- até 02 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período 
de gravidez de sua esposa ou companheira; 
- por 01 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 06 (seis) anos em consulta médica. 
 
9. Qual o papel do governo na prevenção e combate à desnutrição? Quais os fatores culturais, políticos, 
econômicos e sociais que interferem no cuidado biopsicossocial da criança? 
O Brasil possui políticas públicas na luta contra a desnutrição que desempenham papel fundamental no 
desenvolvimento social, servindo de modelo para todo o mundo, veiculando a garantia da segurança 
alimentar da população, por meio de programas como: 
1. Bolsa família que foi criado em 2004, visando o combate à pobreza, à fome e a promoção da segurança 
alimentar e nutricional. Além de buscar melhoria de renda e dos padrões de alimentação, junto com ações 
de saúde e nutrição que as famílias necessitam, propiciando às populações em vulnerabilidade social maior 
capacidade de acesso aos alimentos e necessidades básicas. 
2. Bolsa alimentação foi criado pelo Ministério da Saúde, visando à promoção das condições de saúde e 
nutrição de gestantes, mães amamentando em risco nutricional e pertencentes a famílias sem renda ou que 
possuam renda mensal de até 90 reais por pessoa, fornecendo o complemento da renda familiar para a 
melhoria da alimentação e à realização de ações básicas de saúde com viés preventivo. 
3. Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) que tem como propósito a melhoria das condições de 
alimentação, para que sejam adequadas e saudáveis, na vigilância nutricional e na saúde da população 
brasileira, por meio da prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição, 
seguindo os princípios e diretrizes do SUS. 
4. Fome Zero que não é basicamente um programa específico, mas uma política pública que une diversas 
ações do Governo em suas três esferas e da sociedade, com o objetivo de eliminar a fome, a desnutrição 
e suas causas estruturais. 
https://www.legisweb.com.br/noticia/?legislacao=317285
Ana Clara Silva Freitas. 
 
-São fatores intrínsecos e extrínsecos que influenciam diretamente no cuidado e desenvolvimento 
biopsicossocial infantil fundamentados na precariedade dos pré-requisitos básicos para que uma família 
possa ser considerada saudável, tais como abuso, violência psicológica, a ausência de paz, de habitação 
adequada em tamanho e em condições de conforto, educação, alimentação saudável e segura que é 
imprescindível para o crescimento e desenvolvimento das crianças, renda insuficiente para atender a 
demanda familiar e inadequada para cobrir as necessidades básicas de alimentação, vestuário e lazer, além 
dos fatores ambientais, que é fundamental viver em um ecossistema saudável preservado e não poluído, com 
saneamento básico, além da justiça social e da equidade, que deve garantir todos os direitos fundamentais 
dos cidadãos. 
 
10. Quais são os principais agentes etiológicos que causam parasitoses em crianças? 
São os Helmintos como Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale ou Necator americanus, Enterobius 
vermicularis, Tenia solium e Tenia saginata, e os protozoários Giardia lamblia e Entamoeba dispar ou 
Entamoeba histolytica 
11. Quais os procedimentos que o médico deve realizar na abordagem clínica, diagnóstico e tratamento 
das enteroparasitoses? 
Com relação as enteroparasitoses a intensidade das manifestações clínicas vai depender de fatores 
individuais como desnutrição, comprometimento imunológico, parasitários como carga parasitaria e 
virulência, e ambientais como ausência de saneamento básico, hábitos de higiene e alimentos contaminados, 
podendo apresentar sintomas gastrintestinais crônicos e respiratórios, além de alterações hemodinâmicas e 
hepáticas. 
O diagnóstico pode ser feito por meio de exames microscópicos, sorológicos e moleculares. 
A abordagem para o tratamento que deve ser feita pelo profissional de saúde na unidade deve envolver, 
além de medidas medicamentosas e educativas sobre à higiene, também o uso periódico de antiparasitários, 
visando o controle tanto de transmissão como de reinfecções. 
 
12. As parasitoses podem causar dificuldades de aprendizagem? Explique. 
A ocorrência de parasitoses na infância no Brasil é frequente, principalmente, em crianças que estão na idade 
escolar, podendo levar os pré-escolares à morbidade nutricional, desenvolvimento de úlceras, 
anemia,desnutrição e outros, comprometendo e retardando o desenvolvimento físico e intelectual das 
crianças, causando má-absorção de nutrientes, diarréia, a perda de sangue, reduzindo a taxa de crescimento, 
provocando deficiências de cognição e de aprendizado, tornando-o lento, devido às infecções parasitárias 
intestinais. 
 
13. As condições socioeconômica e cultural podem interferir no binômio saúde/doença e 
desenvolvimento de parasitoses? Por quê? 
Sim, porque crianças pertencentes a famílias com baixo nível socioeconômico e cultural, normalmente, vivem 
em precárias condições de saúde e higiene, o que facilita a transmissão e o contato com esses parasitas, 
aquelas que vivem em regiões periféricas, sem saneamento básico e água potável, condições de moradia 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
inadequadas, consumindo alimentos sem nenhuma vigilância sanitária, tornam-se mais suscetíveis aos 
parasitas intestinais que são transmitidos por meio dessas condições. 
 
14. Que características biopsicossociais são comuns na adolescência? 
A adolescência é o período em que se opera a transição entre a infância e a vida adulta, sendo considerado 
um período de turbulência, quando ocorre a puberdade e o amadurecimento sexual, modificações cerebrais. 
A moldagem e reorganização cerebral por meio das experiências, ocorre uma revolução cognitiva, 
pensamento ilimitado, reações emocionais intensas e oscilantes, a necessidade de se sentir incluso, de se 
organizar em grupos por meio de identificação, adoção de gírias, estilos de vestir e interesses comuns. Em 
oposição, caso não haja identificação com os padrões acontece a exclusão, o bullying, a pressão e a violência. 
Nesse contexto, durante essa reorganização cerebral, os adolescentes podem desenvolver transtornos 
mentais, de ansiedade e alimentares. O desenvolvimento de planejamentos, julgamento moral e os impulsos 
não estão sob controle, eles não têm ideia de quando parar e de atos danosos, o que aumenta os riscos de 
acidentes, de provar do que vem pela frente, o acesso a drogas ilícitas, o uso do álcool, canalizando a 
agressividade, rebeldia, o afastamento dos país e a ideologia de estar sempre contestando a sociedade, 
tornando esses jovens cada vez mais suscetíveis a danos físicos e psíquicos. 
 
15. Como ocorre o “estirão” na adolescência? 
A adolescência é uma fase de crescimento acelerado, quando acontece um grande aumento da velocidade 
de crescimento junto com a puberdade, que rende cerca de 3 a 4 anos.Durante esse período, mesmo que os 
hormônios exerçam papéis individuais, a interação entre os hormônios gonadais e adrenais com o hormônio 
de crescimento é essencial para o estirão de crescimento normal e para a maturação sexual, promovendo 
um aumento na secreção de hormônio luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH). Desse modo, o estirão 
de crescimento, é a fase em que o adolescente ganha 20% da sua estatura final, sendo compreendida de 
acordo com a idade de início e a velocidade das diversas mudanças entre os indivíduos. No sexo feminino, 
por exemplo, ocorre no início da puberdade, podendo aumentar 11cm/ano, com ganho total de 20 a 30cm 
e, no masculino acontece na fase intermediária da puberdade, podendo aumentar12cm/ano, com ganho 
total de 25 a 30cm. Além disso, esse período de estirão depende de fatores genéticos, mas também de fatores 
externos, como alimentação, psíquicos, sociais e econômicos. A avaliação da velocidade do crescimento é 
feita através de comparação com escalas de referência recomendada pela OMS, são a escala de Whitehouse 
e Tanner, essa última estabelece que um escore acima de 2, a estatura é considerada adequada para a idade; 
acima do escore 3 e abaixo de 2, é baixa estatura para a idade, e que estaturas inferiores ao escore 3 são 
consideradas muito baixas para a idade. 
 
16. Como ocorre o desenvolvimento puberal? 
O desenvolvimento puberal começa logo após a reativação dos neurônios hipotalâmicos, que secretam o 
hormônio liberador de gonadotrofinas, e sua secreção veicula a liberação dos hormônios LH e FSH pela 
hipófise. Isso ocorre primeiro durante o sono e, depois, se estabelece em ciclo circadiano. Esse 
desenvolvimento é um evento geneticamente programado, desde a concepção ao amadurecimento 
completo, porém alguns fatores inerentes aquele indivíduo e outros ambientais podem provocar 
modificações nesse processo, como fatores climáticos, socioeconômicos, hormonais, psicossociais e, 
principalmente, nutricionais, são possíveis causas de modificação do desenvolvimento puberal. Durante o 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
desenvolvimento, em primeiro acontece que as características sexuais primárias passam por marcantes 
mudanças estruturais. Depois, acontece o desenvolvimento das características sexuais secundárias, como 
nas meninas, o aumento das mamas, aparecimento dos pêlos pubianos e axilares; nos meninos, o aumento 
da genitália, pênis, testículos, bolsa escrotal, além do aparecimento dos pêlos pubianos, axilares, faciais e 
mudança do timbre da voz, pressão arterial, área cardíaca e respiratória, atividade enzimática. E em paralelo 
a maturação sexual, acontecem outras mudanças biológicas, como as alterações no tamanho, na forma, nas 
dimensões e na composição corporal, por exemplo. 
17. Além dos distúrbios alimentares, que outros tipos de distúrbios são comuns na adolescência? 
Um dos mais prevalentes são os transtornos mentais que acometem o estado de saúde mental de vários 
jovens, provocando até o suicídio, pois é quando essas pessoas se descobrem como indivíduos separados dos 
pais, e essa mudança veicula distúrbios como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade(TDAH), 
transtorno de conduta e transtorno desafiador opositivo, transtornos relacionados ao estresse, transtorno 
obsessivo-compulsivo, transtornos de ansiedade, transtornos do humor e esquizofrenia. Além disso, os 
adolescentes estão bastante expostos ao mundo das drogas e do álcool e, o consumo deles pode desencadear 
transtornos comportamentais e sociais, por exemplo. 
 
LPI 
 Exame parasitológico de fezes: 
Na análise laboratorial será observado aspectos como: cor, odor e consistência. Esses, podem indicar 
distúrbios no tubo digestório e presença de vermes adultos. Além disso, há exames macroscópicos e 
microscópicos, estes últimos podem ser qualitativos ou quantitativos. 
1. Quantitativos: avaliam a intensidade do parasitismo por meio da pesquise e de contagem dos ovos 
(helmintos) e de oocistos (protozoários). São alguns exemplos: método de Stoll-Hausheer e o método 
de Kato-Katz. 
2. Qualitativos: demonstram a presença das formas parasitárias, sem as quantificar. Podem identificar 
ovos, cistos e oocistos, o que depende da forma de estudo que foi empregado. São alguns exemplos: 
sedimentação espontânea, esse tem maior sensibilidade, pois consegue identificar o maior número 
de formas evolutivas parasitárias; sedimentação por centrifugação; flutuação espontânea; método 
de Bareman-Morais, o qual é capaz de detectar larvas, e o método de Rugai. 
Sobre a coleta, armazenamento e identificação da amostra, é solicitado ao paciente que evacue num 
recipiente seco e de boca larga, transferindo uma pequena quantidade do material para o frasco fornecido 
(com ou sem conservantes), que deve ser encaminhado ao laboratório, onde será etiquetado e direcionado 
para análise. As fezes podem ser acondicionadas em baixas temperaturas (5 a 10ºC) ou em recipientes com 
formol a 10% e SAF (conservante específico). 
Parasitoses gastrointestinais na pediatria: 
1. Ascaridíase: caracteriza-se por ter ovos resistentes e de liberação constante, o que favorece o seu 
diagnóstico. Sua principal complicação tem relação com a obstrução da luz intestinal, isso impede o 
trânsito do bolo fecal e do desenvolvimento de constipação intestinal. Além disso, o Ascaris 
lumbricoides realiza Ciclo de Loss (passem pelos pulmões) durante seu processo de desenvolvimento 
e migração no organismo, assim, pode ser desencadeado tosse e desconforto faríngeo. 
2. Enterobíase (Enterobius vermicularis): muito comum em crianças devido aos hábitos precários de 
higiene e ao contato fecal-oral. Não é muito patogênico, porém causa desconforto devido ao prurido 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
anal e à insônia oriunda da eclosão noturna dos ovos na região perianal. Esse parasito não é 
identificado facilmente em amostras de fezes, sendo empregada para o diagnóstico dessa parasitose 
a técnica de Graham (técnica da fita adesiva transparente), que recolhe material da região perianal, 
buscando pelas fêmeas ou ovos do parasita. 
3. Teníase (Taenia sp.): menos frequente em crianças devido ao tempo de desenvolvimento do parasita, 
é inicialmente assintomática. São identificadas proglotes, contendo ovos, nas fezes humanas. Esse 
parasita tem grande comprimento, podendo ocupar grandes extensões do trato intestinal. A 
diferenciação das espécies da tênia auxilia na escolha terapêutica. 
4. Giardíase (Giardia lamblia): protozoário bastante frequente em crianças, cujos cistos podem ser 
identificados por métodos de sedimentação espontânea ou flutuação. O acometimento infantil se dá 
por meio de diarreia intensa (mais grave que num adulto, pois seu sistema imune ainda é incipiente), 
que pode causar quadro de desnutrição e alterações no crescimento 
5. Amebíase (Entamoeba histolytica): também comum dentre crianças, causa diarreias sanguinolentas 
por conta da degradação da parede intestinal. Assim como na giardíase, o acometimento infantil 
pode ser mais grave. O diagnóstico se dá por meio de sedimentação espontânea. 
Ectoparasitoses infantis 
1. Escabiose/Sarna (Sarcoptes scabei): é um ácaro transmitido por contato próximo com pessoas e 
animais domésticos contaminados ou com objetos compartilhados. Causa úlceras e prurido intenso 
por todo o corpo. O tratamento se dá por meio da administração cautelosa de ivermectina, uma vez 
que tem potencial hepatotóxico, e de medicamentos de uso tópico para reduzir o incômodo local. 
2. Miíase: causada por depósito de ovos por moscas em regiões previamente lesionadas 
(principalmente na pele, porém pode se manifestar em mucosas, como na boca). Esses ovos eclodem, 
liberando larvas, que se alimentam dos tecidos adjacentes. O sintoma encontrado, para além da 
lesão, é o odor fétido. O berne é oriundo do mesmo mecanismo, porém só uma larva é encontrada 
no local de implantação. A remoção mecânica (precedida por “sufocamento” da larva) é o tratamento 
mais recomendado, devendo ser realizada com prontidão. Antibióticos podem ser prescritos para 
evitar infecções decorrentes daquela lesão. 
3. Pediculose: sua frequência vem diminuindo na atualidade. É uma ectoparasitose causada por 
piolhos, insetos hematófagos transmitidos pelo contato próximo com indivíduos afetados. Esse 
aracnídeo se fixa no couro cabeludo, causando prurido local. O diagnóstico se dá pela presença do 
parasita, e o tratamento envolve produtos cosméticos próprios e ivermectina. 
4. Tungíase: denominada comumente como “bicho de pé” é causada por uma pulga (Tunga penetrans), 
presente em terrenos arenosos, que se fixa à pele dos pés, causando lesões locais semelhantesa 
furúnculos. A remoção mecânica é a propedêutica mais recomendada, sendo frequentemente 
realizada de forma doméstica (pode causar infecções cutâneas). 
5. Larva migrans cutânea (bicho geográfico): causada pelo estágio larval do Ancylostoma braziliensis e 
do Ancylostoma caninum, presente em solos arenosos, penetra facilmente a pele das mãos e dos 
pés, criando um “rastro” visível na região acometida. O tratamento envolve ivermectina associada a 
antibióticos para evitar infecções secundárias decorrentes da lesão aberta. 
Interação medicamentosa e sua influência nos exames laboratoriais: 
1. Ácido acetilsalicílico: interfere nos exames de coagulação do sangue. Em altas doses podem diminuir 
os valores totais de tiroxina e também interfere no hemograma. 
2. Vitamina C: eleva a concentração de creatinina, glicemia e colesterol. 
3. Vitamina E: interfere nos testes de agregação plaquetária. 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
4. Anticoncepcionais orais: provocam a elevação de algumas enzimas, como da amilase, colesterol e 
triglicérides e também podem provocar a diminuição de albumina. 
OBS: o efeito analítico é manifestado na interferência do medicamento com o método de análise. 
OBS: o uso do ácido ascórbico reduz o nível de glicose no método glicose oxidase 
OBS: o uso de medicamentos pode interferir no resultado de exames através de mecanismos in vitro. 
Eles podem produzir efeitos no organismo que alteram o resultado do exame ou a substância pode atuar 
como um interferente analítico. 
Avaliação da função hepática 
O fígado tem o metabolismo de diversas substâncias tanto da dieta quanto medicamentosos, como uma de 
suas funções. Dentre as funções metabólicas hepáticas, destacam-se: Mediação de carboidratos, 
promovendo a síntese e a conversão do glicogênio; Síntese de proteínas plasmáticas; Desaminação de 
aminoácidos; Conversão de amônia em ureia; Síntese de lipoproteínas; Conversão de ácidos graxos em 
cetonas; Biotransformação de hormônios e medicamentos; Produção e excreção de bile. 
A avaliação da função hepática representa um mecanismo de triagem para diversas doenças e 
anormalidades, permitindo avaliar sua gravidade e os impactos do tratamento proposto, com grande poder 
preditivo para o prognóstico do paciente. Nesse contexto, os testes aplicados abrangem enzimas hepáticas, 
as quais são produzidas pelo fígado e têm acesso direto à circulação sanguínea após sua produção, o que 
permite análises fidedignas da dinâmica hepática (conseguem detectar 95% dos acometimentos a esse 
órgão). O aumento nos níveis desses compostos indica lesões celulares extensas (seja por citotoxicidade ou 
por isquemia), obstrução de ductos (afetam a distribuição de amilase e lipase para o suco pancreático), e 
proliferação celular. As principais enzimas dosadas são: 
1. Aspartato aminotransferase (AST/TGO): Essa substância é responsável pela transferência de grupos 
amina de α- aminoácidos para α-cetoácidos, gerando energia. Além de estar presente no fígado, a 
AST também está presente no coração e nos músculos esqueléticos, regiões de intensa demanda 
energética. Algumas condições, como o alcoolismo crônico e o uso de anabolizantes e aspirina, 
podem intensificar a atividade dessa enzima, que irá ter valores séricos alterados. As manifestações 
clínicas decorrentes de aumento na secreção de AST abrangem hepatites (virais ou tóxicas), cirrose, 
colestase, icterícia obstrutiva, metástase ou necrose do fígado, infarto agudo do miocárdio (aumento 
de 4 a 10 vezes durante as primeiras 12 horas, com pico ao final de 24 horas e regressão por volta do 
5º dia), traumas, distrofias e necrose muscular. 
2. Alanina aminotransferase (ALT/TGP): É responsável pela síntese de aminoácidos, representando 
uma fonte de energia. Suas principais fontes, além do fígado, são os rins, o coração e o músculo 
esquelético. Essa enzima é mais sensível para a detecção de lesões hepatocelulares que de 
obstruções biliares. A atividade desse composto é maior em pessoas do sexo masculino e em quadros 
de exercício físico intenso (evidente também com o uso de anabolizantes). Assim como a AST, a ALT 
tem valores distintos conforme a faixa etária. Valores elevados de ALT sugerem doenças hepáticas 
com danos severos, como hepatites, cirrose, colestase, carcinoma hepático e insuficiência cardíaca. 
3. Fosfatase alcalina (ALP): Presente principalmente no fígado (membranas de revestimento dos 
canalículos biliares) e nos ossos (osteoblastos), pode ser encontrada em menores concentrações nos 
túbulos contorcidos renais, no intestino e na placenta. Elevações na dosagem sérica dessa enzima 
sugerem quadros obstrutivos de vias biliares, metástase hepática (lesões extensas), doenças 
granulomatosas e cirrose, hepatites ou distúrbios ósseos, ao passo que a redução nessa concentração 
está associada a casos de desnutrição crônica, anemia perniciosa, hipotireoidismo e 
hipofosfatasemia. 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
4. Gama glutamil Transferase (GGT): Localiza-se nas membranas celulares, promovendo a 
transferência de aminoácidos e peptídeos entre os meios extra e intracelular. Está presente no fígado 
e vias biliares, nos rins, intestinos, no coração, pâncreas, baço e cérebro. As mulheres apresentam 
valores de GGT inferiores aos dos homens (o que pode ser ainda mais discrepante caso haja uso de 
contraceptivos orais), e desta vez o exercício induz a diminuição da atividade dessa enzima, que se 
encontra elevada em obesos, diabéticos, tabagistas e etilistas (por esse motivo recomenda-se a 
abstinência alcoólica por 48 a 72 horas antes da realização do exame). 
5. Bilirrubina: está presente no sangue e nas fezes, sendo considerada um metabólito da degradação 
de hemácias Níveis séricos elevados desse composto determinam a ocorrência de icterícia. Essa 
substância divide-se em três tipos, a saber: 
 Bilirrubina direta/conjugada: está ligada ao ácido glicurônico, podendo ser excretada pelo trato 
intestinal sob a forma de urobilinogênio ou estercobilinogênio; 
 Bilirrubina indireta/não conjugada: é o produto direto da quebra de glóbulos vermelhos, presente 
no sistema retículo endotelial, podendo retornar à circulação sanguínea e se acumular nos tecidos; 
 Bilirrubina total: soma dos valores das duas categorias anteriores. 
 Bilirrubina direta em adultos: até 0,3 mg/dl; 
 Bilirrubina indireta em adultos: até 0,8 mg/dl. 
Para além da icterícia, alterações na dosagem de bilirrubina podem estar atrelados a hepatite, intoxicações 
medicamentosas, cirrose, neoplasia de pâncreas ou de vesícula biliar, estreitamento dos condutos biliares ou 
cálculos nessa região. 
1-QUESTÃO: Em diversos diagnósticos laboratoriais é muito comum encontramos resultados alterados pelo 
uso de alguns medicamentos. Sobre essa interação podemos afirmar: 
I- O efeito analítico manifesta-se na interferência do medicamento com o método de análise. 
Il- O uso do ácido ascórbico reduz o nível de glicose no método da glicose oxidase. 
III- A alteração na coloração do plasma ou do soro em decorrência do uso de um medicamento é um exemplo 
de interferência in vivo (A ALTERAÇÃO NO PLASMA É UM EXEMPLO IN VITRO). 
IV- O uso de medicamentos pode interferir no resultado de exames laboratoriais através de mecanismos in 
vivo e/ ou in vitro. No primeiro caso o fármaco é capaz de produzir efeitos no organismo que alteram o 
resultado de um exame, enquanto no segundo, a substância atua como um interferente analítico. 
 
A) I, IV 
B) II, II 
C) I, II, IV 
D) I, II, II 
E) II, III, IV 
 
2-QUESTÃO: As parasitoses intestinais são infecções frequentemente encontradas em seres humanos. Tais 
enfermidades são ocasionadas por protozoários e helmintos podem causar danos graves, observados 
majoritariamente em crianças de dois a 10 anos e que incluem, entre outros, a obstrução intestinal, 
desnutrição, anemia por deficiência de ferro, quadros de diarreia e de má absorção, porém o diagnóstico 
conclusivo é caracterizadopela investigação nas fezes de diversas formas parasitárias (ovos, larvas, cistos e 
oocistos). Considerando essa situação, julgue as afirmativas abaixo. 
I) A solução de lugol é indicada para corar os cistos de protozoários e corar as larvas vivas de helmintos para 
exame microscópico. 
II) O método qualitativo de flutuação espontânea é usado para pesquisa de ovos de helmintos e cistos de 
protozoários. 
III) Os dois métodos mais utilizados rotineiramente em quase todos os laboratórios de análises clínicas são 
os de sedimentação (espontânea e por centrifugação). 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
IV) Os métodos de exame de fezes podem ser de dois tipos: qualitativos que são identificados cistos e ovos 
e, quantitativos que permitem a contagem dos ovos nas fezes auxiliando o nível de infecção parasitária no 
hospedeiro. Está correto apenas o que se afirma em: 
 
A) I, Il e IV. 
B) II. 
C) I, II e lII. 
D) II. 
E) II, IIl e IV. 
 
3-QUESTÃO: Sobre as análises laboratoriais que envolvem a filtração renal, analise as proposições abaixo: 
I) A avaliação laboratorial da filtração glomerular é chamada de Clearance ou Depuração de creatinina. 
II) A filtração glomerular é avaliada através da relação direta entre a creatinina liberada pela urina em relação 
a sua concentração no sangue. 
III) Os níveis normais da concentração de creatinina sanguínea estão inversamente relacionados com a massa 
muscular do indivíduo, sendo mais alta em mulheres. 
IV) Os altos índices de creatina no corpo humano detectados pelas análises laboratoriais estão associados a 
reposição dietética de carne (músculo) e produtos lácteos. Está correto somente o que se afirma em: 
 
A) I, Il e IV. 
B) I. 
C) I, II e lI. 
D) II. 
E) II, III e IV. 
 
4-QUESTÃO: Avalie as proposições abaixo sobre as características dos lipídios e suas análises laboratoriais: 
I) As formas de armazenamento de energia lipídica em tecido animal e vegetal são as gorduras e óleos. 
II) Os lipídios estão presentes desde a constituição molecular das células quanto na formação de tecidos e 
órgãos do corpo. 
III) A hipercolesterolemia está associada ao acúmulo de VLDL e quilomícrons remanescentes na corrente 
sanguínea. 
IV) O diagnóstico laboratorial das dislipidemias está associado as dosagens sanguíneas de colesterol total, 
HDL, LDL, VLDL e cálculo de triglicérides. Está correto somente o que se afirma em: 
 
A) l e lI. 
B) Il e V. 
C) I, Il e lII. 
D) I, III e IV. 
E) III, IV e V. 
 
REVISÃO LMF 
Tireoide 
Drenagem: 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 
 
 
Irrigação: 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 Artérias tireóideas superiores (irriga a face superior e anterior) e inferiores (irriga a face inferior e 
posterior). 
 
Pâncreas 
Vascularização: 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 
Irrigação: 
 
Baço 
Vascularização: 
 Sua vascularização possui artéria e veia específicas, a artéria e veia esplênica. 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 
Rim 
Vascularização: 
 A artéria renal direita é mais curta que a esquerda. 
 A veia renal esquerda é mais curta que a direita. 
 As veias renais são anteriores às artérias renais. 
 As artérias renais não sofrem um processo de anastomose significativo 
 
 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 
Segmentos: 
 
Ureter 
Vascularização: 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 
Bexiga 
Vascularização: 
Região anteropsterior da bexiga 
 Artérias vesicais superiores 
Fundo e colo da bexiga 
 Homens: artérias vesicais inferiores 
 Mulheres: Artérias vaginais 
Fundo e colo de ambos sexos podem também ser irrigados pela artéria obturatória e glútea inferior. 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 
Irrigação: 
Parte intramural e prostática 
 Ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores. 
 Artérias retais médias. 
Parte membranácea e parte esponjosa da uretra 
 Artéria dorsal do pênis. 
Questões cobradas na prova discursiva 
 
Aproximadamente 10% dos recém-nascidos necessitam de alguma assistência para começar a respirar 
após o nascimento, e cerca de 1% de medidas de reanimação avançadas para sobreviver. Na maioria das 
vezes, isto se deve a problemas na transição entre a circulação fetal e neonatal. 
1. Descreva como ocorre a circulação fetal e a transição para a circulação neonatal; 
O kwashiorkor é um tipo de desnutrição grave que ocorre predominantemente em crianças na faixa pré-
escolar, cuja alimentação apresenta grande deficiência de proteínas. Destarte, a rinossinusite é uma 
inflamação da mucosa das narinas e seios da face e na população pediátrica, o diagnóstico é dificultado por 
fatores intrínsecos relacionados à idade, devido à dificuldade em verbalizar os sintomas e expressar sua 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
intensidade. Além disso, é uma doença que faz parte do grupo de infecções das vias aéreas com sinais e 
sintomas muito semelhantes, que ocasiona dificuldades para o diagnóstico. 
2. Cite três manifestações clínicas da desnutrição supracitada e três manifestações clínicas que 
acompanham o quadro de rinossinusite na criança. 
A neurocisticercose é uma infecção do sistema nervoso central causada pela forma larvária da Taenia 
solium, comum em países latino-americanos, asiáticos e africanos. Em seres humanos, esta enfermidade 
ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos viáveis de Taenia solium. Se tratada a 
tempo, possui um bom prognóstico. 
3. Descreva o ciclo de desenvolvimento da Taenia solium até a formação do cisticerco no sistema 
nervoso central, a medicação de escolha e seu mecanismo de ação, para o tratamento da 
neurocisticercose. 
Dois brotos endodérmicos dão origem ao pâncreas primitivo durante a quinta semana embrionária. Um 
broto ventral menor projeta-se do divertículo hepático e desenvolve-se em cabeça do pâncreas e em 
processo uncinado. Um broto dorsal maior origina-se do endoderma do intestino anterior e desenvolve-se 
em pescoço, corpo e cauda pancreáticos. O pâncreas recebe suprimento sanguíneo de ramos do tronco 
celíaco e da artéria mesentérica superior. 
4. Descreva a irrigação arterial e a drenagem venosa desse órgão, de acordo com as divisões 
anatômicas.

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