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ASMA CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

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ASMA
- Doença inflamatória crônica OBSTRUTIVA REVERSÍVEL.
- Diagnóstico: Espirometria → sem uso de broncodilatador nas últimas 24h; VEF1/CVF (Índice de Tiffeneau) < 0,70 (Padrão obstrutivo: VEF1 cai mais que o CVF).
- Hiper-reatividade reversível das vias aéreas → BRONCOCONSTRICÇÃO E HIPERPRODUÇÃO DE MUCO.
- QUADRO CLÍNICO: dispneia, sibilância, tosse crônica (tendendo a ser não produtiva), desconforto torácico, rinite alérgica geralmente concomitante ao quadro. SINTOMAS TENDEM A PIORAR À NOITE OU NO INÍCIO DA MANHÃ (contato contínuo com o alérgeno por maior tempo), com gatilhos e quadro intermitente (vai e volta).
- DIAGNÓSTICO: VEF1/CVF < 0,7 e VEF1 aumentando > 12% na prova broncodilatadora (crianças). Se espirometria inicial for normal → Teste provocativo com Metacolina → Se asma ↓ 20% no VEF1.
· Fenótipos
a) Alérgica (>80%): maioria.
b) Não alérgico: não responde bem ao corticoide inalatório.
c) Início tardio: não responde bem ao corticoide inalatório.
d) Obstrução persistente: remodelamento.
e) Obesidade
- Broncoespasmo desencadeado pelo exercício: realizar um bom aquecimento, não começar já na intensidade máxima; usar o medicamento antes da realização do exercício.
- Asma e Gravidez: 1/3 melhor, 1/3 piora e 1/3 mantém igual. Tratamento não muda, maior cuidado durante o trabalho de parto, se broncoespasmo no trabalho de parto e uso de muito beta-2 agonista o bebê pode ter hipoglicemia.
- TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO
a) Aderência ao tratamento
b) Cessar tabagismo + vacina de influenza
c) Atividade física 
d) Diminuir umidade e mofo
e) Imunoterapia subcutânea/sublingual: mais efetiva para asma alérgica relacionada com ácaro.
- EM QUAL PASSO COMEÇAR?
· Passo 1: sintomas < 2x /mês.
· Passo 2: sintomas ≥ 2x /mês, mas não diários.
· Passo 3: sintomas quase diários OU acordou com asma ≥ 1x /semana 
· Passo 4: sintomas quase diários, acordou com asma ≥ 1x /semana, com função pulmonar reduzida.
· Passo 5: 5-7 dias de corticoide oral na asma descontrolada → crise de asma se adolescente/adulto jovem.
1. Paciente ≥ 12 anos – TTO de manutenção
- Passo 1 ou ALÍVIO: CI (Budesonida) + B2 de longa (Formoterol) por demanda.
- Passo 2: CI dose baixa de uso regular (Budesonida 200-400 mcg/dia).
- Passo 3: CI dose baixa + B2 de longa, uso regular.
- Passo 4: CI dose média (Budesonida 400-800 mcg/dia) + B2 de longa, uso regular.
- Passo 5: CI dose alta (Budesonida > 800 mcg/dia) + B2 de longa, uso regular → ENCAMINHAR AO ESPECIALISTA (Tiotrópio, anti IgE).
2. Paciente de 6-11 anos – TTO de manutenção
- Passo 1 ou ALÍVIO: CI (Budesonida) + B2 de curta (Salbutamol) por demanda.
- Passo 2: CI dose baixa de uso regular (Budesonida 100-200 mcg/dia).
- Passo 3: CI dose média (Budesonida > 200-400 mcg/dia) OU CI dose baixa + B2 de longa, uso regular.
- Passo 4: CI dose média + B2 de longa + Especialista.
- Passo 5: Anterior do passo 4 +/- Anti IgE.
3. Paciente ≤ 5 anos – TTO de manutenção
- Passo 1 ou ALÍVIO: B2 de curta quando necessário.
- Passo 2: CI dose baixa (Budesonida NBZ 500 mcg/dia).
- Passso 3: CI dose baixa dobrada.
- Passo 4: Especialista.
0-3 anos com máscara facial
4-5 anos apenas o espaçador
· Classificação do Controle
- Atividades limitadas?
- Broncodilatadores de alívio > 2x /semana?
- Sintomas noturnos?
- Sintomas diurnos >2x /semana?
- SE 5 ANOS OU MENOS TROCAR 2X POR 1X NAS PERGUNTAS
- Controlada: nenhum sim.
- Parcialmente controlada: até 2 sim.
- Descontrolada: internou exacerbada ou tem 3 ou 4 sim.
- ANTES DE AUMENTAR O PASSO VERIFICAR AMBIENTE, ADERÊNCIA E TÉCNICA DO TTO.
· Classificação da Gravidade da Asma
- Leve: controle com passos 1 e 2.
- Moderada: controle com passo 3.
- Grave: controle com passos 4 e 5.
- SE ASMA CONTROLADA POR 3 MESES PENSAR EM REDUZIR O PASSO.
· TRATAMENTO DA CRISE ASMÁTICA
- Se ainda não está em TTO iniciar pelo passo 5, se já tinha TTO iniciar um passo acima de onde estava.
- Medidas ambientais, aderência, técnica.
- 5-7 dias de corticoide VO (3-5 dias para crianças).
- Nova consulta em 2-7 dias.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
- Circulação Fetal: Pressão pulmonar é altíssima → Forame oval e Canal arterial.
- Shunt é Direita → Esquerda.
- No que a criança respira, a pressão pulmonar cai e o shunt passa a ser Esquerda → Direita.
- Acianóticas: Hiper fluxo pulmonar, sem alteração na saturação. CIA, CIV, PCA, DSAE e CoAo.
- Cianóticas: saturação abaixo da média da população. T4F, transposição de grandes artérias, hipoplasia do coraçaõ esquerdo, estenose/atresia da artéria pulmonar e atresia tricúspide. 
1. Comunicação Interatrial
- Defeito no septo interatrial.
- Ostium Primum (superior para inferior) ou Ostium Secundum (anterior para posterior).
- Clínica: sopro sistólico ejetivo em foco pulmonar de baixa amplitude, desdobramento fixo de B2 (aumento de volume de sangue na artéria pulmonar – atraso no fechamento da válvula pulmonar). Pulmão mais congesto (maior frequência de doenças respiratórias). 
- Manifestações mais evidentes na terceira e quarta década de vida.
- TTO: Se secundum pode usar prótese (Amplatzer), se primum faz retalho cirúrgico.
2. Comunicação Interventricular
- Defeito no septo interventricular.
- CIV Perimembranoso ou CIV Muscular (ponta para base).
- É a mais comum 25-30%.
- Clínica: sopro sistólico de alta amplitude, acompanhado por frêmito. Dilatação dos vasos pulmonares e da área cardíaca – congestão pulmonar por hiper fluxo.
- TTO: Retalho cirúrgico. Muscular pode fechar sozinho.
3. Defeito do Septo Atrioventricular
- Total: válvula atrioventricular única, geralmente com CIA ostium primum e CIV perimembranoso.
- Parcial: duas válvulas, fenda na mitral e CIA ostium primum – pode ter ou não CIV.
- Relacionada com Síndrome de Down.
- Clínica: Sopro sistólico, desdobramento fixo de B2, dispneia, fadiga, ICC.
- Sinal Pescoço de Ganso: prolongamento de saída do VE.
4. Persistência do Canal Arterial
- Na primeira semana ocorre fechamento funcional (contração da musculatura por aumento de tensão de O2), da terceira semana ao terceiro mês ocorre o fechamento anatômico (isquemia e necrose por vasoconstricção do vaso).
- Geralmente a persistência ocorre em prematuros ou na síndrome da rubéola congênita.
- Clínica: shunt da aorta para pulmonar, sopro em maquinário, hiper fluxo pulmonar.
- TTO: fechamento com medicamentos (indometacina e ibuprofeno) ou cirúrgico.
5. Coarctação da Aorta
- Estreitamento da aorta entre o arco e a porção descendente → defeito na junção entre quarto e sexto arco embrionário.
- Mais comum em meninos.
- Clínica: sopro sistólico em região de axila e dorso esquerdo, pulsos superiores > pulsos inferiores, hipertensão, congestão pulmonar.
- Conduta: Manter canal arterial pérvio + TTO cirúrgico.
6. Tetralogia de Fallot
- CIV + Obstrução na via de saída do VD + Dextroposição da Aorta + Hipertrofia do VD = defeitos gerados pela anteriorização do septo conal (separa aorta da artéria pulmonar).
- Clínica: sopro sistólico ejetivo com frêmito em foco pulmonar, cianose variável conforme o grau de obstrução na via de saída do VD, baqueteamento digital, HIPOFLUXO PULMONAR, coração em bota.
- Crise hipoxêmica: situações de agravo súbito da hipoxemia – exercício físico, choro, febre, desidratação, infecção, anemia, doenças broncopulmonares (desequilibra muito fácil – aumento da pressão na artéria pulmonar). Taquipneia, taquicardia, piora na via de saída do VD, piora da cianose (retroalimentação), acidose metabólica. TTO: aquecimento, posição de cócoras, oxigênio, morfina, manutenção do CA com prostaglandinas em atresia pulmonar ou estenose grave.
- TTO: cirúrgico definitivo com mais de 5 kg. Às vezes necessita de uma cirurgia paliativa antes de atingir esse peso (Blalock Taussig).
- Complicações: trombose cerebral (aumento do hematócrito), abcesso cerebral, endocardite bacteriana e ICC. 
7. Transposição das Grandes Artérias
- Relação anormal entre as grandes artérias e os ventrículos (VD com Ao e VE com AP).
- Duas circulações paralelas, INCOMPATÍVEL COM A VIDA.
- Septo conal descendo de forma reta e não elíptica. 
-Clínica: B2 única e hiperfonética, com fechamento do FO e CA ocorrem hipoxia, acidose, disfunção miocárdica e ICC.
- Fluxo pulmonar normal ou amentado, área cardíaca normal, coração em ovo deitado (pedículo estreito).
- TTO: uso imediato de PGE1 (manter CA e FO), cirurgia de Jattene deve ser realizada até o 25° dia de vida.
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