GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO PROVA SEMESTRAL RESPONSÁVEL_ Dra BARBARA REGINA V. LOPES

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Pontos:6/10
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO  
PROVA SEMESTRAL 
RESPONSÁVEL: Dra BARBARA REGINA V. LOPES
PROVA SEMESTRAL I VALOR 10,0 | 24.05.2021 |  N530 - GEOPOLIT, REGIONALIZ E INTEGR 
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• LEIA COM ATENÇÃO TODOS OS ITENS E ALTERNATIVAS!; 
• Prova objetiva individual; 
• temas selecionados para a prova SEMESTRAL e SUBTITUTIVA; 
• No EXAME todos os temas do semestre serão cobrados 
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• Apenas o primeiro envio deste formulário (finalizado) irá computar a nota; 
• Duração: das 8h30 às 11h; 
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• TODAS as perguntas foram baseadas na bibliografia obrigatória do texto, nos slides e na explicação em sala de aula. 
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Boa Prova! 

1. NOME COMPLETO (SEM ABREVIAÇÕES) -  PEÇO QUE DIGITE ESSE DADO COM 
ATENÇÃO! * 
ANTONIO DORIAN PEREIRA DE MEDEIROS
2. CÓDIGO DA DISCIPLINA E NOME DA DISCIPLINA * 
 N530 I GEOPOLITÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO I Microsoft teams N68
3. REGISTRO ACADÊMICO (RA) I PEÇO QUE DIGITE ESSE DADO COM ATENÇÃO! * 
F252EE3
4. Você está ciente que apenas o primeiro envio deste formulário irá computar a nota? * 
SIM
QUESTÕES
LEIA COM ATENÇÃO TODOS OS ITENS E ALTERNATIVAS! 
5. SOBRE A GEOPOLÍTICA CLÁSSICA, CONSIDERE AS INFORMAÇÕES ABAIXO: 
  
I.  A palavra “lugar” não é considerada apenas uma referência espacial (geográfica), esse 
conceito é dotado de conteúdo político, pois envolve, além do território, os sentimentos de 
pertencimento e de identidade. Este é o entendimento da geopolítica para o termo "lugar". 
Alguns eventos marcantes da Política Internacional (do passado e do presente) acolhem 
essa compreensão múltipla de "lugar", por exemplo: os movimentos nacionalistas entre 
maiorias e minorias étnicas/religiosas ao longo das décadas, o agravamento da crise 
humanitária (os fluxos migratórios entre o continente Africano e a Europa ou dentro da 
América Latina), as desigualdade sociais que expõem o conflito de classes (entre ricos e 
pobres) e a campanha “British Exit” (Brexit) - entre outros. 
  
II. A Geopolítica Clássica está ligada ao fortalecimento do Estado e da possibilidade desse 
ator exercer uma atuação vigorosa no Sistema Internacional, especialmente, mediante 
expansão territorial em espaços estratégicos. Desde o pioneirismo de Friedrich Ratzel, por 
exemplo, até o início do século XX, a “política era governada pela geografia”, logo, para ser 
poderoso na política mundial, o Estado tinha que ter “muita geografia”. 
  
III. Por falar em Geopolítica, inegavelmente, Halford Mackinder é um de seus principais 
nomes. O britânico, além de discordar do norte-americano Mahan sobre a força da 
tecnologia, Mackinder temia por uma aliança entre Rússia e Alemanha. Em suas obras, o 
político e acadêmico europeu estaria descrevendo o fenômeno que hoje, de maneira quase 
coloquial, chamamos de globalização (ou mundialização) 
  
IV. Para Nicholas Spykman, “quem controla a Rimland, controla o mundo”, para 
Mackinder,“quem controla Heartland, controla o mundo” e para Alfred Mahan o “controle do 
mundo” estava ligado diretamente ao controle das rotas marítimas. Para o almirante 
Mahan, os Estados Unidos tinham uma condição insular tanto apropriada quanto 
estratégica para ampliar a sua respectiva atuação nos mares, logo, era preciso aproveitar 
esta oportunidade! 
  
V. O expansionismo nazista de Adolf Hitler se deu em clara oposição àquilo que o general 
Karl Haushofer julgava mais conveniente à Alemanha, mas no final das contas, a Geopolitik 
alemã lançou a geopolítica ao obscurantismo 
  * 
(2/2 Pontos)
Apenas a alternativa I é falsa
Apenas as alternativas II e III estão corretas
Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas
Apenas a alternativa II, III e IV estão corretas
Todas as alternativas estão corretas 
6. SOBRE A GEOPOLÍTICA CLÁSSICA, CONSIDERE AS INFORMAÇÕES ABAIXO: 
  
I.  Não haveria geopolítica sem a contribuição da geografia política, ou propriamente da 
disciplina geografia, se analisarmos a evolução destas áreas de conhecimento. Lembrando 
que Geopolítica e Geografia Política não se confundem. 
  
II.  Mackinder influenciou a geopolítica até meados do fim da Segunda Guerra Mundial, 
entre alguns dos seus principais argumentos, estavam os seguintes:  
(1) o mundo é um sistema fechado, logo, todos os acontecimentos influenciam a Política 
Internacional, pois, em algum grau, todos nós estamos conectados;  
(2) o domínio do poder terrestre é mais importante que o poder marítimo, embora os dois 
sejam significativos para o Estado; e, 
(3) a tecnologia é essencial para a vitória nos rumos de uma guerra e na ampliação do 
poder. 
III.  A teoria Rimland, desenvolvida por Spykman, cuja centralidade é o Crescente 
Interno, contribuiu para conter a União Soviética e, após a Guerra Fria, buscou conter o 
avanço chinês 
IV.  Durante a Segunda Guerra Mundial, a escola de geopolítica alemã, inspirada em alguns 
conceitos elaborados por Ratzel (posteriormente, ampliados por Rudolf Kjellén) em nada 
forneceu a justificativa intelectual para o autoritarismo do III Reich e para o expansionismo 
alemão.  
V. Os seguintes eventos serviram como pano de fundo para a criação e evolução do 
pensamento geopolítico: 
✓1648 - A formação do Estado-Nação, especialmente, a unificação alemã (1871) 
✓ 1914-1918 – A Primeira Guerra mundial, resultado do choque de interesses 
expansionistas entre as nações; 
✓1919-1939 – “Os 20 anos de crise” (destaque para a Revolução Russa, a ascensão de 
regimes totalitários na Europa, as crises sociais na Europa, o crash da bolsa de Nova 
Iorque e o fracasso da Liga das Nações); 
✓ 1939-1945 – A Segunda Guerra mundial (a continuidade dos conflitos expansionistas da 
Primeira Guerra) 
✓ 1947-1991 – A ascensão do poder norte-americano pós-1945 versus o desafio socialista 
durante a Guerra Fria * 
(0/2 Pontos)
Apenas a alternativa IV é falsa  
A penas a alternativa V é incorreta
Apenas a alternativa III não é verdadeira 
Apenas a alternativa II é falsa
Todas as alternativas estão corretas
7. SOBRE OS ESTADOS UNIDOS (EUA) NA DISCIPLINA GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO 
E INTEGRAÇÃO, OBSERVE AS INFORMAÇÕES ABAIXO: 
I.  Para Alfred Mahan, são cinco os fatores decisivos para a constituição do poder 
marítimo: posicionamento; extensão territorial; população; caráter nacional e política de 
governo.  
II. Diferentemente da divisão “capitalismo (associada aos EUA) versus socialismo 
(associado à URSS)”, após a Segunda Guerra Mundial, especialmente com o avanço da 
Ciência & Tecnologia, percebe-se a evolução da pauta socioeconômico nas Relações 
Internacionais. Esse assunto sustentou o debate “norte-sul”, o qual está ligado aos 
processos e aos resultados do fenômeno da globalização econômica mundial. A divisão 
“norte-sul” se fundamenta na questão central das desigualdades econômicas, produtivas e 
sociais entre os países e, em alguns estudos, esse debate se localiza dentro do próprio 
país (o conflito de classes). A geopolítica crítica produziu diferentes obras acadêmicas 
sobre essa questão, entre elas, destacam-se a Teoria da Dependência (Enzo Falleto e 
Cardoso) e a Teoria do Sistema-Mundo (Wallerstein) 
III. Francis Fukuyama, Samuel Huntington e Thomas Barnett deram novos contornos ao 
campo da Geopolítica no pós-1991. Fukuyama acreditava na centralidade do choque 
cultural entre as civilizações; Huntington defendia o “fim da história” e Barnett ressaltava 
que os conflitos estavam fundamentados na não-inserção daquele território/comunidade 
na globalização. 
IV. De acordo com Thurow (1996), as tensões internacionais foram amplamente reduzidas 
pós-1991. Com o fim da Guerra Fria (1991), não havia mais bipolaridade (EUA x URSS). 
Embora houvesse exemplos de lideranças regionais (como Alemanhae França, na Europa; 
China, Japão e Iraque na Ásia; África do Sul e Egito na África; Brasil e México na América 
Latina; e, Nova Zelândia e Austrália, na Oceania) o que se viu no passado e o que se vê no 
presente é a hegemonia definitiva dos Estados Unidas no Sistema Internacional. Desde 
1991 (até os dias de hoje), o mundo caminhou para a unipolaridade 
V.  Kissinger e Brzezinski ocuparam o prestigiado cargo de Secretário de Estados na Casa 
Branca, função cerebral do poder norte-americano. Um era Republicano, o outro 
Democrata. Apesar da diferença político-partidária, tinham pensamentos similares. 
Kissinger dizia que “o mundo é um eterno jogo de xadrez, é preciso ter controle sobre o 
tabuleiro, não sobre as peças”, por isso, entende-se que os Estados Unidos deveriam pensar 
sempre "em termos geopolíticos"; já Brzezinski seguia a teoria de Mahan e Spykman para 
pensar a política externa norte-americana, ampliando a presença dos EUA nos mares, 
deixando a região da Eurásia em um lugar secundário. * 
(2/2 Pontos)
Apenas as alternativas I e II são falsas 
Apenas as alternativas I e III são falsas 
Apenas as alternativas I e II são verdadeiras 
Todas as alternativas estão corretas
Apenas as alternativas III e V são verdadeiras
8. SOBRE INTEGRAÇÃO REGIONAL, AMÉRICA LATINA E EUROPA NA DISCIPLINA 
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO, OBSERVE AS INFORMAÇÕES ABAIXO: 
I. Uma integração regional bem-sucedida pressupõe um processo longo de maturação. 
Veja a famigerada “União Europeia”(1993). Ela surgiu como “Benelux” em meados da 
década de 1940. No pós-Guerra Fria, os países interagiam em nome da segurança nacional 
e do fortalecimento do comércio, inúmeras Organizações Internacionais foram criadas 
com estes objetivos. Era um regionalismo fechado em si mesmo. Da década de 1980 em 
diante, observa-se no sistema internacional um regionalismo com pautas crescentes 
(meio ambiente, desenvolvimento social, direitos humanos, pautas democráticas, proteção 
às minorias), inclusive, as Organizações Internacionais foram revigoradas nessa direção.
II. No pós-Segunda Guerra, na América Latina, integração regional não era a prioridade da 
região. Em linhas gerais, não havia espaço político para promover a autonomia ampla 
regional, nem existia vigor econômico para promover a integração econômica entre as 
partes, considerando as diversidades socioeconômicas entre as nações. À despeito dos 
inúmeros governos autoritários ao longo dos anos de 1960 e 1970, no âmbito da 
geopolítica, acredita-se que a consolidação da hegemonia dos EUA, ao longo da Guerra 
Fria, serviu como um significativo "bloqueio" das tentativas de integração na América 
Latina - até meados da década de 1970. Após esse período, a região alcançou tentativas 
bem-sucedidas de integração, destaque para a CAN e para o Mercosul. 
III. Apesar da América Latina experimentar avanços e retrocessos no processo de 
integração regional em períodos variados de sua história (como a emergência do Pacto 
Andino, Aladi, Grupo do Rio, Mercosul, CAN, Unasul e Prosul), percebe-se que a 
instabilidade socioeconômica dos países latino americanos foi um dos maiores entraves 
para uma aproximação vigorosa entre os Estados da região. As diversas crises (políticas, 
econômicas e sociais) dificultaram e dificultam uma integração latino-americana profunda. 
Além disso, a dualidade da política externa dos Governos - ora alinhados e ora 
desalinhados aos EUA - também atrapalha uma atuações em conjunto.  
IV. Com o "British Exit", pela primeira vez, um país deixa a União Europeia desde sua 
criação, um casamento que durou quase 50 anos e agora, no século XXI, chegou ao fim. 
Podemos citar, como algumas motivações que impulsionaram a saída do Reino Unido 
da União Europeia, os seguintes eventos: a crise na zona do Euro & a crise norte-
americana, as críticas britânicas pedindo ações mais rápidas e significativas do 
parlamento europeu para conter os danos econômicos e sociais causados pela 
recessão mundial, as crises migratórias na Europa e os movimentos nacionalistas 
(alguns xenofóbicos) no Reino Único. 
V. Além de conseguir reunir Estados que outrora estiveram em guerra, a União Europeia os 
enlaçou a um nível tal de cooperação em que todos estão submissos à uma mesma 
instituição supranacional. Detalhe: para o fortalecimento da UE, destacaram-se as 
atuações da França e da Alemanha. Nestes dois países que encontramos a condução 
geral do processo integracionista, permitindo a superação das dificuldades 
encontradas pelo caminho. 
 * 
(0/2 Pontos)
Apenas a alternativa I é falsa
Apenas a alternativa II é verdadeira 
Apenas a alternativa III não é incorreta
Apenas a alternativa VI é falsa
todas as alternativas são verdadeiras 
9. SOBRE A CHINA, O IRÃ E A RÚSSIA, OBSERVE AS INFORMAÇÕES ABAIXO 
I. Somente no século XX a região da Eurásia foi considerada o centro da Política 
Internacional.  Mas essa percepção mudou nos últimos 30 anos. Essa região não é mais 
considerada estratégica no pós-século XXI, somente a Ásia (especificamente, o Oriente 
Médio). 
II.  A China se tornou o país mais forte e influente da Ásia, cujo posto pertencia ao Japão 
(nos anos de 1980-1990). O boom chinês só é possível pela participação do país na ordem 
global neoliberal caracterizada pelo livre comércio e livre mobilidade de capital, estando, 
portanto, a ascensão chinesa longe de ser um rompimento com essa ordem 
III.  Com a queda de Saddam Husseim no Iraque; com a saída das tropas americanas da 
região, com o apoio de Bashar Al Assad e de Vladimir Putin, o Irã conseguiu amplia sua 
influência na região do Oriente Médio, apesar deste país ter menos recursos que seus 
vizinhos, segue com uma crescente liderança entre seus pares. Uma aliança Irã-China-
Rússia seria de grande prejuízo ao presidente Joe Biden (EUA). 
IV.  Apesar de amplos recursos energéticos, o que lhe dá poder de barganha no comércio 
internacional, a Rússia não tem grande infraestrutura para ampliar suas respectivas 
produções industrial e tecnológica e, assim, reviver uma "nova corrida tecnológica" contra 
os Estados Unidos. Para isso, será preciso que haja mais reformas modernizantes no país. 
Dentre alguns pontos importantes que dificultam a liderança russa na Política 
Internacional, destacamos dois: (1) a continuidade dos conflitos separatistas/territoriais 
na região que formavam a antiga União Soviética; e, (2) a frágil democracia russa, 
chamada pelos especialistas de “democracia administrada” ou “oposição consentida”, pois 
há perseguição velada aos opositores, ausência de imprensa livre e violação aos direitos 
humanos de grupos minoritários (étnicos, religiosos, de gênero e de orientação sexual) 
V. O  boom chinês está criando impactos variados na perspectiva de desenvolvimento dos 
países da periferia e da semiperiferia do Sistema Internacional, em resumo: os países 
vizinhos da China reestruturaram suas respectivas economias para poderem oferecer 
produtos de interesse chinês e, por outro lado, o crescimento chinês também fomenta 
um boom de commodities nos países agroexportadores (os quais, muitas vezes, retardam 
ou desaceleram políticas industriais/neodesenvolvimentistas), podendo, assim, fragilizar 
setores importantes de suas respectivas economias.
(2/2 Pontos)
Apenas a alternativa II é falsa
Apenas a alternativa III é verdadeira
todas as alternativas são falsas
Apenas a alternativa I é incorreta 
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Todas as alternativas são corretas, exceto item IV 
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