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Noções Gerais de Logística
Aniele Fischer Brand
Introdução
Com o início das navegações ultramarinas em séculos passados, o comércio de mercadorias entre povos de
diferentes localidades cresceu consideravelmente. Como fazer um determinado produto chegar em condições
adequadas ao seu cliente?
Você já parou para pensar que muitas vezes, no nosso dia a dia, utilizamos a palavra logística quando queremos
nos planejar para que algo ocorra de forma positiva, sem imprevistos? Por exemplo: “vou viajar de férias com
toda família; preciso ver qual logística para que tudo saia da melhor maneira possível”.
Nesta aula vamos ver que um bom processo logístico é fundamental nas relações com fornecedores e clientes e
pode ser fonte de vantagem competitiva para empresa.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• compreender conceitos gerais sobre logística.
Definição de logística empresarial
Podemos considerar que a logística empresarial é uma área de certa maneira nova no estudo de gestão
integrada. Para Bowersox et.al (2014) a logística precisa trabalhar de maneira integrada a empresa, seus clientes
e fornecedores. Conforme demonstra Ballou (2011) mesmo antes de ser tratada cientificamente como tal,
durante muito tempo as pessoas já praticavam atividades logísticas. Da mesma forma, empresas sempre se
preocuparam com questões relacionadas a transporte e estoque.
Com o tempo, o conceito passou por transformações e a ter uma gestão coordenada de suas atividades,
substituindo a visão de administrá-las separadamente. Outro aspecto significante que ganhou força em relação à
área diz respeito à agregação de valor a produtos e serviços essenciais, propiciando satisfação do consumidor e
aumento das vendas.
Para Ballou (2011) um importante conceito de logística é a definição do Council of Logistics Management (CLM),
uma organização de gestores logísticos, educadores e profissionais da área, criada em 1962, que tem como
objetivo incentivar o ensino e a troca de ideias nesse campo. Para o CLM, logística é “o processo de planejamento,
implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o
ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes” ( Ballouapud
(2011, p.27).
Segundo o autor, esta definição nos traz a ideia de que o fluxo das mercadorias precisa ser acompanhado desde
as matérias-primas até ao ponto em que são descartadas.
Além das questões relacionadas aos bens materiais, Ballou (2011) afirma que a logística também se preocupa
com o fluxo de serviços. Ou seja, definida desta maneira, a logística é um processo que envolve todas as
atividades importantes para que os bens e serviços estejam disponíveis aos consumidores no local e tempo que
estes quiserem obtê-los. No entanto, para Ballou (2011), nesta perspectiva a logística é parte do processo da
cadeia de suprimentos e não o processo inteiro.
•
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Ballou (2011) afirma que, na prática, a gestão da logística empresarial e o gerenciamento da cadeia de
suprimentos são difíceis de serem separados, pois ambos têm o intuito de disponibilizar os produtos ou serviços
adequados, no local adequado, no momento necessário e nas condições que os clientes almejam, ao mesmo
tempo que contribuem para as atividades desempenhadas pela empresa.
De acordo com Ballou (2011), para alguns autores, o gerenciamento da cadeia de suprimentos e a gestão
integrada da logística empresarial são a mesma coisa. Além disto, ele assevera que há, ainda, os que consideram
a logística um ramo secundário da gestão da cadeia de suprimentos.
Quadro 1 - Evolução da logística para cadeia de suprimentos
Fonte: Yuva apud BALLOU, 2011, p. 30.
Ballou (2011) define a logística, ou cadeia de suprimentos, como um conjunto de atividades funcionais que se
FIQUE ATENTO
Você sabe o que é cadeia de suprimentos e qual o seu foco? O gerenciamento da cadeia de
suprimentos foca as interações logísticas existentes entre as diversas funções da empresa, tais
como as funções de marketing, logística e produção, bem como sua relação com fornecedores e
clientes.
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Ballou (2011) define a logística, ou cadeia de suprimentos, como um conjunto de atividades funcionais que se
repetem ao longo do canal no qual matérias-primas se transformam em produtos finais, agregando valor para os
consumidores. Ou seja, atividades como transportes, controle de estoques, dentre outros.
Segundo o autor, as atividades logísticas podem se repetir inúmeras vezes até um produto chegar ao mercado.
Ou seja, segundo Ballou (2011) as atividades logísticas vão se repetir à medida que produtos usados são
transformados em montante no canal logístico.
De acordo com Ballou (2011), a maioria das empresas não controla por completo seu canal de fluxo de produtos,
da fonte da matéria-prima até os locais de consumo. O que se espera é o controle gerencial sobre os canais físicos
imediatos de suprimento e distribuição. Podemos observar isto na figura Cadeia de suprimentos imediata da
empresa.
Figura 1 - Cadeia de suprimentos imediata da empresa
Fonte: BALLOU, 2011, p. 30.
Ballou (2011) afirma ainda que algumas empresas trabalham com canal logístico reverso. Isto está relacionado
com o pós-venda e pós-consumo.
SAIBA MAIS
A preocupação com o meio ambiente faz com que muitas empresas pratiquem a logística
reversa. Ou seja, é um processo em que a empresa se utiliza de diversas práticas para coleta do
produto ou parte dele para a empresa, que poderá ser reaproveitado. Para saber mais sobre
logística reversa leia o artigo Identificação e avaliação de canais de logística reversa, de
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Para Ballou (2011) é fundamental que o canal reverso faça parte do planejamento e controle logísticos.
Diversas são as atividades desenvolvidas pela logística empresarial. Estas atividades estão diretamente ligadas à
aspectos relacionados à estrutura organizacional da empresa, às crenças dos gestores acerca da constituição da
cadeia de suprimentos no negócio da empresa, da importância das diferentes atividades para atuação, dentre
outros fatores (BALLOU, 2011).
O sistema logístico de acordo com o CLM ( BALLOU, 2011) é composto por:apud
· serviços ao cliente;
· previsão de demanda;
· comunicações de distribuição;
· controle de estoque;
· manuseio de materiais;
· processamento de pedidos;
· peças de reposição e serviços de suporte;
· escolha de locais para fábrica e armazenagem (análise de localização);
· embalagem;
· manuseio de produtos devolvidos;
· reciclagem de sucata;
· tráfego e transporte;
· armazenagem e estocagem.
As principais atividades logísticas na cadeia de suprimentos imediata da empresa podem ser observadas na
figura Atividades logísticas na cadeia de suprimentos.
logística reversa leia o artigo Identificação e avaliação de canais de logística reversa, de
Anastácio e Schmeiske (2019).
FIQUE ATENTO
O Council of Logistics Management (CLM), atualmente conhecido como Council of Supply Chain
Management Professional (CSCMP) é a principal associação mundial de profissionais de gestão
de cadeias de abastecimento. Foi fundada em 1963 e até hoje procura colaborar para o
desenvolvimento da área.
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Quadro 2 - Atividades logísticas na cadeia de suprimentos
Fonte: BALLOU, 2011, p. 31.
Segundo Ballou (2011), as atividades são divididas em duas esferas principais, conforme a figura Tipos de
atividades logísticas.
Quadro 3 - Tipos de atividades logísticas
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Segundo o autor, estas atividades são separadas pois algumas ocorrem em todos os canais de logística, enquanto
outras dependerão de determinadas circunstâncias das empresas.
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A importância da logística
O desenvolvimento de um bom processo de logística é fundamental para qualquer empresa. A logística pode
criar valor agregado tanto para os clientes e fornecedores da empresa, como para todos que têm interesses
diretos nesta.
De acordo com Ballou (2011) a logística pode ser fundamental no processo de agregação de valor quando se
trata do tempo e lugar. Ou seja,para que os produtos e serviços tenham valor para seus clientes, estes precisam
estar disponibilizados dentro do tempo esperado e no local desejado de consumo.
Podemos afirmar que cada vez mais os processos logísticos são fundamentais na agregação de valor para as
empresas.
Objetivos da logística empresarial
De maneira geral, a logística empresarial pretende atingir metas de processos de cadeia de suprimentos que
levem a organização para os objetivos globais.
Segundo Ballou (2011), o foco principal da logística empresarial é realizar um conjunto de atividades que tenha
como resultado o máximo retorno possível do investimento no menor prazo. Para o autor, essa meta possui duas
dimensões:
· o impacto do projeto do sistema logístico em termos de contribuição de rendimentos;
· o custo operacional e as necessidades de capital do projeto.
Portanto, é possível percebermos como a logística pode ser importante para as empresas.
Fechamento
A partir do estudo desta aula, concluímos que a logística empresarial é fundamental para qualquer tipo de
empresa, podendo ser fonte de agregação de valor para o cliente. Vimos que apesar de as atividades logísticas
serem feitas desde a antiguidade pelos indivíduos, inclusive no meio militar, há poucas décadas ela ganhou
importância considerável no meio empresarial, fazendo com que uma visão mais sistêmica emergisse na área.
Aprendemos que as atividades logísticas se desenvolvem em duas esferas mais importantes: principais e de
EXEMPLO
Os lanches e bebidas da cantina de uma casa de espetáculo só serão úteis e terão valor se
estiverem disponíveis de maneira adequada e na quantidade necessária nos intervalos dos
espetáculos. Esta cantina não teria valor se, na entrada, saída ou intervalos dos shows
/espetáculos não houvesse produtos disponíveis. Se o fornecedor deixou de entregar água e
refrigerantes solicitados e os salgados só chegassem, frios, uma hora após terminado o show,
os clientes não iriam gostar do serviço prestado.
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Aprendemos que as atividades logísticas se desenvolvem em duas esferas mais importantes: principais e de
suporte. Por fim, podemos concluir que a logística empresarial pode impactar diretamente nas estratégias da
empresa, gerando, inclusive, rendimentos para ela.
Referências
ANASTÁCIO, A. F.; SCHMEISKE, O. R. M. Identificação e avaliação de canais de logística reversa. In: Encontro 
Nacional de Engenharia de Produção, 2001, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Enegep 2001. Disponível em:Anais...
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR11_0014.pdf. Acesso em: 16 dez. 2019.
BALLOU, R. H. / . 5. ed. Porto Alegre:Gerenciamento da cadeia de suprimentos Logística empresarial
Bookman, 2011.
BOWERSOX, D.; et al. 4. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill Education,Gestão logística da cadeia de suprimentos.
2014.
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História do desenvolvimento da 
Logística Internacional
Aniele Fischer Brand
Introdução
A globalização dos mercados e as novas relações de consumo mudaram a maneira de se pensar a logística. Em
função da maior competitividade no mercado global, assim como outras áreas, a logística também precisou
acompanhar os avanços ocorridos. Diversos são os desafios nesta área, para que os produtos cheguem com
qualidade, no tempo correto e em segurança até o consumidor final.
Você já parou para pensar como funcionava a logística no início das transações internacionais? Você verá que as
responsabilidades do gestor da logística internacional evoluiu consideravelmente com o passar dos tempos.
Nesta aula, você conhecerá um pouco mais sobre a evolução histórica das atividades desenvolvidas nesta área.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• compreender a evolução histórica da Logística Internacional.
O desenvolvimento histórico da Logística 
Internacional
O desenvolvimento econômico ocorrido após a Segunda Guerra Mundial, desencadeou a globalização dos
mercados. Segundo Ludovico (2010), o crescimento da população mundial e as novas necessidades que foram
surgindo neste contexto fizeram com que os mercados ficassem cada vez mais competitivos e exigentes,
surgindo a necessidade de melhorias tanto no âmbito nacional como no internacional. No que diz respeito à
logística, por exemplo, houve a necessidade de se ter mais alternativas e qualidade nos serviços de coleta e
entrega das mercadorias.
Com o mercado globalizado, com clientes de diferentes realidades, culturas, credos, valores e costumes, as
empresas passaram a ter que dar atenção também aos aspectos logísticos para atender as distintas demandas.
•
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Figura 1 - Globalização dos mercados
Fonte: EM Karuna, Shutterstock, 2020.
Apesar do Comércio Internacional ter crescido consideravelmente neste período, antes do século XX ele já era
praticado. No entanto, o que havia eram aventureiros que se arriscavam em regiões remotas, muitas vezes
desconhecidas e sem garantias alguma em relação ao produto e negociação que ocorria. Frequentemente
negociavam com pessoas que não falavam o mesmo idioma, estavam expostos aos riscos de uma viagem
internacional, das preferências do mercado e da instabilidade política.
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Figura 2 - Exploração de novas terrras
Fonte: John Copland, Shutterstock, 2020.
Podemos considerar que esses pioneiros nas navegações ultramarinas, de certa maneira, já se envolviam com a
logística internacional, mesmo que não conhecida como tal.
Com o passar do tempo, o conceito de logística evoluiu para de lidar com a gestão dos negócios de transporte,
embalagem, armazenagem e gerenciamento de estoques. Segundo David e Stewart (2010), os primeiros 
comerciantes internacionais já realizavam atividades logísticas, à medida em que era necessário calcular a
capacidade de carregamento dos seus navios ou animais de carga, a quantidade de alimento necessária, a melhor
EXEMPLO
Pedro Álvares Cabral, ao chefiar sua expedição rumo à Índia, no ano de 1500, e liderar treze
embarcações, certamente teve que estruturar sua viagem que duraria um longo período.
Apesar de não ser especialista em logística, tais atividades já eram exercidas.
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capacidade de carregamento dos seus navios ou animais de carga, a quantidade de alimento necessária, a melhor
forma de embalar as mercadorias que eram transportadas e de pagamento, dentre outros aspectos que podemos
relacionar com o que a logística se encarrega nos dias atuais.
Para David e Stewart (2010), apesar de diversos aspectos da logística internacional terem mudado ao longo do
tempo, as principais preocupações das pessoas que estão envolvidas na área permanecem semelhantes, ou seja,
é preciso assegurar que as mercadorias que são produzidas em determinada parte do mundo, cheguem no seu
destino de forma segura.
FIQUE ATENTO
Ao fazer as grandes navegações em séculos passados, os capitães precisavam calcular qual
seria a sua rota, quanto tempo duraria a viagem e os tipos ou quantidades de produtos que
poderiam levar. Mesmo sem ser tratada como logística ainda, as atividades dessa área já eram
realizadas nessa época.
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Figura 3 - Mercado internacional
Fonte: 3d brained, Shutterstock, 2020.
Contudo, os autores afirmam que o conceito moderno da logística tem origem militar. Na perspectiva militar,
servia para descrever as atividades relacionadas à aquisição de munições e suprimentos que eram importantes
para as tropas que ficavam na frente de batalha.
Na década de 1970, o que chamavam de logística comercial tinha como base o conceito militar e a preocupação
era principalmente o movimento físico de mercadorias. Até meados da década de 1980, o foco principal dos
gestores da área era garantir que as mercadorias chegassem em seu destino em boas condições e com o menor
custo (DAVID; STEWART, 2010).
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Segundo os autores, atualmente o conceito de logística é muito mais amplo e envolve além das atividades
relacionadas ao transporte físico das mercadorias, o gerenciamento das relações com fornecedores e
consumidores. 
Definição de logística internacional
Podemos considerar que o papel da logística internacional na cadeia de suprimentosglobal é baseado na
logística doméstica. Segundo David e Stewart (2010), os profissionais da logística internacional estão voltados
para aspectos táticos da cadeia de suprimentos global. Isto significa: as atividades inerentes ao movimento de
mercadorias e documentos de um país para o outro e atividades básicas relacionadas à exportação e importação.
FIQUE ATENTO
Neste século, as empresas passaram a utilizar muito mais a logística de maneira estratégica,
tendo a consciência de que a área é capaz de gerar vantagem competitiva por meio da
agregação de valor nos serviços oferecidos, principalmente quando se fala no mercado
internacional.
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Figura 4 - O mercado globalizado
Fonte: Franck Boston, Shutterstock, 2020.
Principais elementos da logística internacional
O ambiente relacionado à logística internacional é fundamental. Além da importância do conhecimento acerca da
língua e da cultura daqueles com quem está se negociando algo, as diferenças de infraestrutura e seus desafios
precisam ser considerados.
Comparada ao ambiente doméstico, as decisões acerca do transporte internacional são bem mais complexas, em
razão das distâncias envolvidas, diferentes tipos de transportes, transportadores, documentos de transporte e
tempos de trânsito bem mais elevados, por exemplo.
Outro aspecto relevante a ser levado em consideração na logística internacional é que o número de
intermediários envolvidos é bem maior. Ou seja, geralmente estão envolvidos bancos, seguradoras, fretadoras,
além dos governos dos países importadores e exportadores, que possuem diferentes exigências burocráticas. 
No comércio internacional, os riscos inerentes ao transporte são consideravelmente mais elevados. É preciso
que os gestores de logística tenham conhecimento suficiente sobre as opções de embalagens disponíveis para
que as mercadorias estejam protegidas. Além disto, o seguro internacional é mais complexo, pois precisará levar
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que as mercadorias estejam protegidas. Além disto, o seguro internacional é mais complexo, pois precisará levar
em consideração todos os riscos envolvidos no processo, sendo que muitas vezes os contratos são feitos em
línguas e vocabulários diferentes daqueles usados por quem está contratando (DAVID; STEWART, 2010).
No que se refere aos meios de pagamento na logística internacional, estes também são muito mais complexos do
que na logística doméstica, pois os riscos de inadimplência e flutuações cambiais vão exigir estratégias
específicas que não são utilizadas nas transações domésticas.
Os autores salientam que cruzar fronteiras também traz desafios, pois os produtos vendidos ou comprados no
mercado externo precisam passar pela alfândega, que geralmente é um processo burocrático e complicado.
Por fim, outro fator importante a ser levado em consideração na logística internacional diz respeito ao
gerenciamento dos estoques. É preciso atentar para os riscos de atrasos e variações nos tempos de envio, o que
desafia a produção ou gestão dos estoques.just-in-time
Portanto, é possível percebermos que a logística internacional envolve muito mais atores no processo e passa a
ser bem mais complicada do que o processo local, haja vista toda dinâmica necessária entre diferentes nações,
com distâncias muito mais longas, muitas vezes. 
Fechamento
Podemos perceber, ao longo da aula, que cruzar fronteiras traz desafios bem específicos. Vimos que a logística,
com o passar do tempo, sofreu diversas modificações. Antes mesmo de ser definida como tal, já havia a
preocupação com aspectos como armazenagem e transporte das mercadorias, por exemplo, para que se
garantisse que o produto chegaria em boas condições de uso ou consumo.
Com o advento da globalização dos mercados e principalmente após a Segunda Guerra Mundial, novos olhares
precisaram ser lançados sobre essa área, para que fosse possível enfrentar todos os desafios que começavam
aparecer naquele momento.
Referências
DAVID, P.; STEWART, R. . São Paulo: Cengage Learning, 2010.Logística internacional
LUDOVICO, N. . São Paulo: Saraiva, 2010.Logística de transportes internacionais
SAIBA MAIS
Just-in-time é uma estratégia utilizada pelas empresas em que a mercadoria é produzida
somente quando esta for comercializada, ou seja, a mercadoria não será fabricada para
permanecer em estoque. Ela será produzida de acordo com a demanda a ser comercializada.
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Estratégia e planejamento da 
logística
Aniele Fischer Brand
Introdução
O planejamento das estratégias logísticas é fundamental para as decisões que são tomadas nas empresas. Você já
parou para pensar como se dá o processo que vai desde a fabricação de um produto até a chegada dele no
consumidor final?
Até estar pronto para o consumo, este produto passará por muitas etapas. As empresas precisam se preocupar
não somente com a fabricação do produto, mas com fatores como a armazenagem e transporte até chegar ao seu
destino.
´Veremos que ao traçar as estratégias da empresa, os dirigentes precisam levar em consideração as necessidades
logísticas.
Então, neste tema vamos conhecer a relação das estratégias corporativas com as estratégias logísticas e
compreender a importância do planejamento nesta área.
Definindo a estratégia corporativa
É fundamental para qualquer tipo de empresa definir suas estratégias. Para criar uma estratégia corporativa é
preciso definir claramente quais são os objetivos da empresa. Os gestores precisam conhecer as metas mais
importantes a serem alcançadas.
A empresa estabelece sua visão, considerando aspectos relacionados aos clientes, fornecedores, concorrentes e a
empresa em si. De acordo com Ballou (2011) fazer uma avaliação das necessidades, pontos fortes e fracos, metas
e perspectivas de cada um desses elementos é muito importante.
Segundo Ballou (2011) para que a visão seja transformada em realidade, após serem definidas elas precisam ser
EXEMPLO
A visão da General Electric é ocupar permanentemente o primeiro ou o segundo lugar nos
mercados em que atua. Sendo assim, provavelmente ela abandonará a área em que não
conseguir concretizar essa meta, pois vai contra sua visão. Ter a visão da empresa claramente
definida guia as estratégias a serem tomadas pela empresa (BALLOU, 2011).
- -2
Segundo Ballou (2011) para que a visão seja transformada em realidade, após serem definidas elas precisam ser
transformadas em projetos mais concretos. A empresa deve compreender claramente os custos da empresa, seus
pontos fortes e fracos em termos financeiros, posição em relação à participação no mercado, base e
desenvolvimento de ativos, ambiente externo, forças concorrentes e habilidades dos empregados, para, então, a
partir desta visão e da análise das ameaças e oportunidades da empresa, definir quais são as alternativas
estratégicas que vão guiar as ações a serem desenvolvidas na empresa. 
Figura 1 - Desenvolvimento das estratégias
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2020.
Ballou (2011) afirma que as estratégias da empresa impulsionam as estratégias funcionais, ou seja, a estratégia
geral da empresa será realizada a medida que cada uma das áreas de produção, marketing, finanças e logística
dão continuidade aos planos elaborados para cumpri-la. 
Quadro 1 - Visão geral do planejamento estratégico
Fonte: BALLOU, 2011, p. 50.
Podemos considerar, assim, que as estratégias corporativas guiam as decisões que são tomadas dentro da
empresa, servindo como base para a condução das atividades a serem desenvolvidas.
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A estratégia de logística
Uma estratégia logística bem elaborada exige além do esforço e criatividade, o desenvolvimento de uma boa
estratégia empresarial. De acordo com Ballou (2011) as estratégias logísticas inovadoras podem gerar vantagens
competitivas para empresa.
O autor considera que uma estratégia logística envolve três objetivos principais:
· redução de custos;
· redução de capital;
· melhoria dos serviços.
De acordo com Ballou (2011) o objetivo maior de toda empresa é a maximização dos seus lucros. Segundo o
autor a estratégia de redução de custos está diretamenterelacionada à enxugar custos variáveis relacionados ao
transporte e armazenagem. A melhor estratégia deverá vir da avaliação das opções disponíveis. Ou seja, a
empresa precisa escolher entre os diversos locais de armazenagem disponíveis, ou escolher o melhor modal de
transporte.
Figura 2 - Maximização do lucro
Fonte: PixDeluxe, Shutterstock, 2020.
A estratégia de redução de capital, por sua vez, diz respeito à diminuir o nível dos investimentos nos sistemas
logísticos. Para o autor, o foco desta estratégia é maximizar o retorno sobre os ativos logísticos.
Neste caso, os gestores irão avaliar alternativas como embarcar diretamente para o cliente para evitar o
armazenamento, escolher por armazenamento público em lugar das opções privadas, optar pelo just-in-time ao
invés de manter estoques, ou ainda, usar provedores terceirizados de serviços logísticos.
Ballou (2011) afirma que optar por essas estratégias podem desencadear custos variáveis mais elevados do que
as de estratégias que exigem um nível maior de investimento. No entanto, o retorno sobre o investimento pode
ser incrementado.
Por fim, as estratégias de melhoria de serviços geralmente consideram que os lucros dependem do nível dos
serviços logísticos proporcionado. Segundo Ballou (2011) apesar do rápido aumento com a melhoria dos níveis
logísticos dos serviços ao cliente, a maximização dos lucros pode ser mais significativa que o aumento dos custos.
O autor considera, ainda, que para ser uma estratégia eficiente, é preciso que ela seja desenvolvida levando em
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O autor considera, ainda, que para ser uma estratégia eficiente, é preciso que ela seja desenvolvida levando em
consideração os serviços oferecidos pelos concorrentes.
Planejamento de logística
O planejamento logístico é muito importante para que a empresa se mantenha competitiva. Ele busca responder
às perguntas sobre o quê, quando e como, e se desenvolve em três níveis.
Figura 3 - Níveis de planejamento
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Segundo Ballou (2011) a principal diferença entre os níveis de planejamento está relacionado ao tempo. De
acordo com o autor, o planejamento estratégico é considerado de longo prazo, com decisões de mais de um ano.
O planejamento tático tem uma relação intermediária com o tempo, ou seja, normalmente inferior a um ano. Já o
planejamento operacional está relacionado às decisões de curto prazo, que geralmente são tomadas a cada hora,
ou diariamente. Para Ballou (2011) um aspecto fundamental é promover ações com o produto de maneira eficaz
e eficiente ao longo de todo canal logístico planejado estrategicamente.
Conforme afirma Ballou (2011) o planejamento logístico busca resolver quatro grandes áreas de problemas:
· níveis de serviços aos clientes;
· localização das instalações;
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre planejamento estratégico logístico, acesse o artigo “Planejamento
estratégico logístico: uma opção para as indústrias de confecção do Estado do Ceará”
disponível no XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produção.
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· localização das instalações;
· decisões sobre estoques;
· decisões sobre transportes.
Cada uma dessas áreas tem um impacto significativo sobre o projeto do sistema logístico. Vamos conhecer um
pouco mais sobre cada um desses aspectos?
O nível do serviço logístico proporcionado aos clientes influencia diretamente no desenvolvimento do projeto do
sistema.
Segundo Ballou (2011) o principal objetivo do planejamento logístico estratégico é a determinação de níveis
apropriados de serviços aos clientes. De acordo com o autor serviços mínimos possibilitam menos locais de
estocagem e transportes mais baratos, enquanto bons serviços significam o oposto.
Outro fator importante a ser levado em consideração é a localização geográfica dos pontos de estoque e de seus
centros de abastecimento. Conforme demonstra Ballou (2011) quando se define o número, localizações e
tamanho dessas instalações e quando se atribui uma parte da demanda, é que se determina os caminhos pelos
quais os produtos são direcionados ao mercado.
Sendo assim, para Ballou (2011) o foco da estratégia de localização das instalações é identificar a alocação de
custos mais baixo ou a alternativa de maior lucratividade para empresa.
No que se refere as decisões sobre estoque, a empresa precisa analisar como estes vão ser gerenciados, pois as
estratégias escolhidas vão influenciar diretamente na localização das instalações.
Quanto as estratégias de transporte, as decisões incluem a seleção dos modais, o volume de cada embarque, as
rotas e a programação. Neste caso, as decisões tomadas pelo corpo diretivo consideram elementos como a
proximidade, ou distância entre os armazéns, os clientes e as fábricas. Além disto, os níveis de estoque também
dependem das decisões sobre transporte, que variam conforme o volume de cada remessa.
Podemos considerar que cada uma das áreas de decisão da empresa é inter-relacionada e a definição das
estratégias precisa levar em conta essa interrelação.
FIQUE ATENTO
Podemos considerar que a localização das instalações e a movimentação dos produtos afetam
diretamente os custos e a lucratividade da empresa. Por isso, ao fazer um planejamento
estratégico, os dirigentes precisam levar esses aspectos em consideração.
FIQUE ATENTO
O nível de serviço prestado aos clientes, a localização das instalações, o estoque e os
transportes são os aspectos mais importantes no planejamento, pois as decisões tomadas em
cada dessas áreas podem impactar diretamente a lucratividade, o fluxo de caixa e o retorno do
investimento da empresa.
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Fechamento
A partir do estudo deste tema você adquiriu conhecimentos acerca das estratégias logísticas e do planejamento
da área. Você aprendeu que o planejamento estratégico da empresa precisa levar em consideração os aspectos
relacionados à logística.
Além disto, foi possível compreender que a estratégia logística geralmente se desenvolve em torno de três
objetivos principais: redução de custos, redução de capital e melhoria dos serviços. Além disto, compreendeu
que o planejamento, que pode ser de curto, médio e longo prazo, irá focar quatro áreas essenciais: serviços ao
cliente, localização, estoques e transporte. Cada uma dessas áreas terá um impacto direto no que será planejado
e executado pela empresa, podendo ser, estes, fatores que quando bem trabalhados podem gerar vantagem
competitiva para empresa.
Referências
BALLOU, R.H. / . 5. ed. Porto Alegre:Gerenciamento da cadeia de suprimentos Logística empresarial
Bookman, 2011.
NUNES, M. B. M. de M.; NUNE, F. R. de M.; ALEXANDRE, J. W. C.; NOBRE JÚNIOR, E. F.Planejamento estratégico
logístico: uma opção para as indústrias de confecção do Estado do Ceará. Anais... XXIX Encontro Nacional de
Engenharia de Produção. Salvador, 6 a 9 de outubro de 2009.
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A logística como fonte de 
vantagem competitiva
Aniele Fischer Brand
Introdução
Muito se fala no meio empresarial sobre a qualidade e excelência nos produtos e serviços prestados. No entanto,
será que somente a qualidade é importante para que a empresa conquiste seu cliente?
Nesta unidade vamos falar sobre vantagem competitiva e compreender de que maneira a logística pode ser uma
fonte de vantagem competitiva para empresa. Para gerar vantagem competitiva a empresa precisa agregar valor
ao seu produto. No caso da logística, o que pode ser gerado de valor para o cliente?
Vamos perceber que a empresa precisa disponibilizar o produto certo, no lugar certo e na hora certa para seu
cliente.
Além disto, vamos compreender a diferença entre o gerenciamento logístico e o gerenciamento da cadeia de
suprimentos.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• analisar a logística como vantagem competitiva da empresa. 
A vantagem competitiva
O gerenciamento logístico eficiente e eficaz pode proporcionar vantagem competitiva para empresa, ou seja,
pode gerar uma posição duradoura de superioridade sobre os concorrentes, quando se trata de elementos como
a preferência do cliente, por meio da logística.
SegundoChristopher (2001) apesar das bases de sucesso dos mercados serem variadas, há um modelo baseado
na trilogia, também conhecida como os três “Cs” companhia, seus clientes e seus concorrentes.
•
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Quadro 1 - A vantagem competitiva e os três Cs
Fonte: OHMAE apud CHRISTOPHER, 2001.
Segundo o autor a vantagem competitiva neste caso pode ser percebida em primeiro na capacidade da empresa
se diferenciar dos seus concorrentes sob a perspectiva dos clientes, e depois, pela capacidade de operar com
baixo custo e maior lucro.
Com todas as transformações ocorridas no mercado nas últimas décadas, com o advento da internet, o
desenvolvimento tecnológico e a globalização dos mercados, os gestores preocupam-se constantemente em
buscar uma vantagem competitiva perante seus concorrentes.
De acordo com Christopher (2001) o sucesso comercial advém da vantagem de custo ou da vantagem de valor,
ou ainda, de ambas, o que seria o ideal. Ou seja, para o autor, a empresa que obtém maior lucro, tem tendência a
ser a que tem um custo menor de produção ou possui uma percepção de valor agregado maior no seu mercado.
FIQUE ATENTO
Ao traçar suas estratégias para promover vantagem competitiva, a empresa precisa estar
atenta a três elementos principais. Ela precisa conhecer bem sua empresa, seus concorrentes e
principalmente seus clientes. Conhecendo bem estes três atores, suas estratégias serão muito
mais assertivas.
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Conforme afirma Christopher (2001) a vantagem de produtividade proporciona custos mais baixos, ao passo que
a vantagem de valor gera ao produto um diferencial diante dos concorrentes.
Vamos compreender um pouco mais cada uma dessas duas estratégias? Podemos considerar que em qualquer
setor sempre haverá a empresa que será um produtor a baixo custo e muitas vezes, essa empresa terá os
maiores volumes de vendas no setor. É possível observar nessas empresas, uma economia de escala, haja vista
que os custos fixos são diluídos com um valor maior de produção.
Tradicionalmente acreditava-se que o principal meio de redução de custos era obtendo maiores volumes de
vendas, no entanto, Christopher (2001) afirma que um bom gerenciamento logístico pode proporcionar
igualmente uma redução nos custos unitários dos produtos.
Quando falamos em uma vantagem obtida por meio de valor, é preciso atentar para o que a empresa está
oferecendo de diferencial para os clientes. Podemos considerar que o valor é a satisfação das exigências do
consumidor ao menor custo possível de aquisição, propriedade e uso. O consumidor sempre irá analisar
alternativas para satisfação das suas necessidades, dentro do seu conjunto de escolha de produtos. O comprador
escolhe entre diferentes ofertas baseado naquilo que lhe parece proporcionar o maior valor. Ou seja, podemos
observar a figura a seguir para compreender esta relação.
FIQUE ATENTO
As empresas que são bem-sucedidas têm vantagem pela alta produtividade, ou tem vantagem
de valor percebido pelos clientes ou, ainda, uma mistura das duas (CHRISTOPHER, 2001).
EXEMPLO
Considerando o ramo automobilístico, o que leva uma pessoa adquirir um carro popular ou
uma BMW completa, toda equipada?
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Quadro 2 - Determinantes do valor entregue ao cliente
Fonte: Adaptado de KOTLER, 2000, p. 57.
Christopher (2001) acredita que uma estratégia baseada em agregação de valor geralmente irá demandar uma
abordagem mais segmentada do mercado pois os consumidores irão em busca de benefícios distintos.
É possível estabelecermos uma relação da logística com a vantagem competitiva na figura a seguir.
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Figura 1 - A logística e a vantagem competitiva
Fonte: CHRISTOPHER, 2001, p. 7.
Cabe à empresa analisar e identificar o que é mais viável para suas estratégias, com base no que tem como
missão e objetivos a serem alcançados. 
Obtendo vantagem competitiva por meio da 
logística
Nas últimas décadas, com a concorrência cada vez mais acirrada, os dirigentes das empresas passaram a se
preocupar ainda mais com estratégias que proporcionam um valor superior sob a perspectiva dos clientes. Este
fato se intensificou com estudos desenvolvidos por Michel Porter que demonstravam a importância das forças
competitivas para alcançar o sucesso no mercado.
Michel Porter desenvolve o conceito de cadeia de valor. As atividades da cadeia de valor podem ser
categorizadas, segundo Christopher (2001), em dois tipos principais.
· Atividades primárias: logística de entrada, operações logísticas de saída, marketing, vendas e assistência
técnica.
· Atividades de apoio: infraestrutura, gerenciamento de recursos humanos, desenvolvimento de tecnologia e
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técnica.
· Atividades de apoio: infraestrutura, gerenciamento de recursos humanos, desenvolvimento de tecnologia e
aquisição.
A vantagem competitiva aparece diante da forma que as empresas desempenham suas atividades dentro da
cadeia de valor. Segundo Christopher (2001) para que as empresas tenham vantagem competitiva perante seus
concorrentes, elas precisam entregar valor para seus clientes desempenhando as atividades de maneira mais
eficiente que seus concorrentes ou criando maior valor percebido pelo comprador.
O autor afirma, ainda, que o gerenciamento logístico pode auxiliar a empresa alcançar a vantagem competitiva
tanto em termos de custos/produtividade, como a vantagem em valor.
Quadro 3 - Obtendo vantagem competitiva através da logística
Fonte: CHRISTOPHER, 2001, p. 7.
A cadeia de suprimentos e o desempenho 
competitivo
Sob uma perspectiva tradicional, muitas empresas se veem como entidades que existem independentemente
uma das outras, que precisam competir para sobreviver. No entanto, atualmente é cada vez maior a ideia da
necessidade de integração da cadeia de suprimentos para uma atuação eficiente e eficaz das empresas.
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De acordo com Christopher (2001) enquanto o gerenciamento logístico preocupa-se primeiramente com a
otimização de fluxos dentro da empresa, o gerenciamento da cadeia de suprimentos defende que apenas a
integração interna não é suficiente.
Desta forma, é preciso atentar não somente para sua cadeia interna, mas também para fatores como os clientes e
fornecedores.
Fechamento
A partir do estudo deste tema, foi possível compreendermos a importância da vantagem competitiva para
empresa, bem como saber de que maneira a logística pode ser fonte de vantagem competitiva. Além disto,
observamos as diferenças entre gerenciamento logístico e gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Vimos, ainda, que as atividades da cadeia de valor podem ser categorizadas em dois tipos principais: atividades
primárias e atividades de apoio.
Por fim, aprendemos que o desenvolvimento de uma boa atividade logística pode auxiliar a empresa alcançar a
vantagem competitiva. Para gerar vantagem competitiva, a empresa precisa agregar valor agregado ao produto,
no qual seu cliente consiga perceber os benefícios.
Referências
CHRISTOPHER, M. . São Paulo: Pioneira, 2001.Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos
KOTLER, P. . 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.Administração de Marketing
SAIBA MAIS
Para conhecer um pouco mais o conceito de cadeia de suprimentos, acesso o artigo “A Logística
e a gestão da cadeia de suprimentos: um estudo de caso de uma empresa da região do Sul de
Minas Gerais”, disponível em https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/9122276.pdf.
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O gerenciamento do fluxo 
logístico de maneira global
Aniele Fischer Brand
Introdução
Operações globalizadas podem aumentar os custos e a complexidade da logística. Comparado com o mercado
local, o mercado global trará muito mais desafios para os gestores. Fatores como a distância, tempo de
deslocamento, modais de transporte, armazenagem, dentre outros, precisam ser levados em consideração
quando a empresa estiver elaborando seu planejamento.
Você já parou para pensar em todos os processos e etapas que envolve a produção e comercialização de
produtos que são comercializados numa escala global? Quais são os desafios que as empresas que optam por
este tipo de estratégia enfrentam?Neste tema vamos aprofundar os conhecimentos sobre o fluxo logístico no contexto global. 
Ao final desta aula, você será capaz de:
• compreender o fluxo logístico no contexto global. 
A tendência de globalização da cadeia de 
suprimentos
Com a globalização dos mercados novos desafios surgindo no mundo empresarial. De acordo com Christopher
(2018) a tendência de globalização da logística teve influência principalmente das tendências dos mercados e
das tecnologias relacionadas ao desenvolvimento e fabricação dos produtos.
•
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Figura 1 - Globalização na logística
Fonte: 3DDock, Shutterstock, 2020.
Para o autor, as empresas que se organizam globalmente se enquadram em três categorias.
· Empresas produtoras de : a principal tarefa é grandes quantidades de matéria prima de países quecommodities
possuem muitas fontes naturais, para países que possuem o mercado de consumo, mão-de-obra ou ambos.
· Empresas que se beneficiam dos baixos custos de mão-de-obra-regional: estas empresas utilizam os baixos
custos de mão-de-obra para maximizar a lucratividade na fabricação intensiva.
· Empresas que centralizaram seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento e fabricação: foca em cada
uma de suas instalações combinações específicas de produtos e tecnologias.
De acordo com Christopher (2018) o terceiro grupo é o mais significativo no que se refere ao índice de
mudanças. Segundo o autor o considerável investimento em automatização e robótica acaba se tornando muito
caro para ser feito em cada um dos mercados importantes que a empresa atua. Além disto, as habilidades
específicas para lidar com a tecnologia acabam se concentrando em poucas pessoas, o que facilita também terem-
nas concentradas em uma única localidade.
Para Christopher (2018) dois desenvolvimentos realçam a tendência para o gerenciamento logístico global:
· criação de fábricas foco;
· centralização dos estoques.
Segundo o autor o que fundamenta as fábricas foco é a empresa conseguir economia de escala limitando a
variedade de produtos fabricados em um mesmo local. Os negócios orientados nacionalmente possuem
produção para consumo local, o que quer dizer que a fábrica de cada país produz toda a variedade de produtos
que são vendidos naquele país. Já o negócio global cuidará também do mercado mundial e sua produção será
feita de maneira que as fábricas produzam menos produtos em volumes capazes de satisfazer o mercado inteiro.
Christopher (2018) salienta que um número significativo de logísticos essenciais podem não sertrade-offs
levados em consideração na procura apressada pela produção a baixo custo por meio de maiores economias de
escala, como por exemplo o efeito sobre os custos de transporte e os prazos de entrega.
Ou seja, os custos com a remessa de produtos com valor baixo, por grandes distâncias, podem eliminar parte ou
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Ou seja, os custos com a remessa de produtos com valor baixo, por grandes distâncias, podem eliminar parte ou
toda economia de custo obtida na produção. Além disto, os longos prazos de entregas podem ser contornados
com a manutenção de estoques locais, o que também pode acarretar maiores custos anulando as vantagens com
os custos da produção.
O autor ainda apresenta outros problemas que podem ocorrer com a produção concentrada, tais como
necessidade de adequação das embalagens para o mercado local, seja por conta de diferentes idiomas ou marcas
diferentes para o mesmo produto.
Além disto, um cliente que encomende uma série de produtos da mesma empresa em um único pedido, no qual a
produção ocorra em localidades diferentes, pode ter problemas. Neste caso, a solução pode ser alguma operação
de transbordo no qual o fluxo das mercadorias das diferentes localidades seja consolidado para seguirem viagem
juntos para o cliente final.
Sendo assim, é fundamental realizar uma análise detalhada das vantagens ou desvantagens da fabricação
centrada em uma única localidade, considerando o impacto que a logística pode ter no resultado.
De acordo com Christopher, assim como houve, em decorrência da globalização, um estímulo para as empresas
concentrarem a produção em poucas localidades, ocorreu também uma tendência para a centralização dos
estoques.
SAIBA MAIS
Para compreender melhor o conceito de leia o artigo “O trade-off no processo detrade-offs
tomada de decisão: pesquisa com gestores da área de logística”, apresentado nos Seminários
de Administração de novembro de 2017, por Luz e Parisi.
FIQUE ATENTO
Considerando todos os custos logísticos envolvidos num processo empresarial, nem sempre a
fabricação centrada numa única localidade pode ser a melhor opção para empresa.
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Desta forma, muitas empresas têm fechado armazéns e concentrado os estoques em Centros Regionais de
Distribuição (CRDs), que atendem uma área geográfica muito maior.
Figura 2 - Centros Regionais de Distribuição (CRDs)
Fonte: JingAiping, Shutterstock, 2020.
Segundo Christopher (2018) a visão tradicional de armazéns precisa ser substituída por uma ideia de múltiplas
finalidades, onde ocorram somente atividades que acrescentam valor.
O autor acrescenta que o bom uso da informação pode igualmente ajudar as empresas reduzir seus estoques.
EXEMPLO
Vamos pegar como exemplo uma grande rede de supermercados que possui diversos
armazéns com seus produtos que serão vendidos nos diversos mercados espalhados pelo
estado. Esta empresa opta por substituir diversos armazéns por apenas um ou dois Centros
Regionais de Distribuição (CRD) estrategicamente localizados.
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Para o autor, um grande desafio da logística global é centralizar o controle, mas descentralizar as operações.
Figura 3 - Gerenciamento das informações
Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2020.
O desafio da logística global
Gerenciar uma rede global de fluxos de materiais e informações é muito mais complicado do que gerenciar um
sistema logístico local.
Segundo David e Stewart (2010) as atividades logísticas locais são gerenciadas de maneira diferente quando se
FIQUE ATENTO
É fundamental as empresas dominarem seus fluxos de informação.
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Segundo David e Stewart (2010) as atividades logísticas locais são gerenciadas de maneira diferente quando se
trata do ambiente internacional. Existem fatores que necessitam ainda mais atenção, como as diferenças de
infraestrutura, as decisões referentes ao transporte internacional, bem como os danos e riscos possíveis a este
transporte, o número de intermediários envolvidos, o seguro internacional, os meios de pagamentos mais
complexos, o cruzamento das fronteiras, dentre outros.
De acordo com Christopher (2018) existem cinco fatores que são essenciais para o planejamento das cadeias de
suprimentos globais.
· Prazos longos de fornecimento: na cadeia global é importante manter um determinado nível de estoque
intermediário entre a fabricação e o cliente para diminuir os problemas de tempos longos de transportes.
· Tempos de trânsito extensos e não-confiáveis: os reais custos da cadeia de suprimentos precisam ser
considerados para a tomada de decisão, que modal de transporte utilizar, por exemplo? Marítimo, aéreo,
terrestre ou ferroviário? Fatores como embarque, consolidação e liberação alfandegária podem contribuir para
que ocorram atrasos e variações nos prazos das cadeias de suprimentos globais.
· Opções de consolidação e desmembramento de volumes: diversas são as opções de gerenciamento do frete
internacional e os podem ser distintos para diferentes produtos ou canais do mercado. As quatrotrade-offs
principais, segundo Christopher (2018), são: remessa direta de cada fonte para o mercado destino em
contêineres lotados; consolidação na região de origem e envio para o mercado destino em contêineres lotados;
consolidação de cada fonte para cada local de operação com desmembramento / estoque intermediário para
atender mercados específicos; consolidação na região de origem e desmembramento no local da operação.
Vale ressaltar que os custos de manutenção de estoques, armazenagem, serviço ao cliente e frente será diferente
para cada umadessas opções e cabe a gestão escolher a melhor alternativa de acordo com as características dos
produtos e o perfil da demanda.
· Modais de transportes e opções de custos: deve ser feita uma análise detalhada para decisões relacionadas
aos tipos de transportes. É possível utiliza a combinação de modais de transporte ou a opção por um único tipo.
Segundo Christopher (2018) no contexto da logística global a coordenação do transporte necessita incluir a
responsabilidade pelo gerenciamento do fluxo e prazos de ponta a ponta.
Figura 4 - Modais de transporte
Fonte: Artisticco, Shutterstock, 2020.
· Expedição de componente semimanufaturado com valor adicionado localmente: as empresas procuraram
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· Expedição de componente semimanufaturado com valor adicionado localmente: as empresas procuraram
oportunidades para postergar a configuração final do produto para o mais próximo do cliente o possível.
Segundo Christopher (2018) despachando componentes semimanufaturados genéricos em embalagens
intermediárias é possível obter custos mais baixos, maior flexibilidade para demanda e estoques menores. Neste
caso, a operação local fica responsável por questões como identificação e acabamento, formação de kits para
opções diferentes de produtos, embalagem na língua local, manutenção do estoque centralizado para apoio à
operação e entrega direta ao cliente para todos os mercados correspondentes, sem manuseio adicional.
Organização da logística global
Com a extensão das cadeias de suprimentos internacionalmente, as empresas foram obrigadas a enfrentar o
problema de como estruturar sua organização logística global. Christopher (2018) afirma que as empresas
perceberam que na logística global a eficácia somente pode ser alcançada por meio da centralização. No entanto,
deve-se levar em consideração as especificidades de cada realidade de mercado.
Fechamento
Ao estudarmos este tema, foi possível compreendermos que o controle do fluxo logístico global depende
diretamente de a capacidade da empresa encontrar o equilíbrio entre o controle central e a gerência local.
Vimos que existem três categorias principais de empresas que se organizam globalmente. As produtoras de
commodities, as empresas que utilizam mão-de-obra regional com custos mais baixos e empresas que investem
em pesquisa, desenvolvimento e fabricação.
Por fim, observamos quais os principais desafios da logística global que precisam ser levados em consideração
no planejamento das cadeias de suprimentos globais.
É preciso que cada empresa analise a sua realidade, considerando todas as possibilidades que possam existir,
para um desempenho eficiente e eficaz.
Referências
CHRISTOPHER, M. . São Paulo: Cengage do Brasil, 2018.Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos
DAVID, P. A.; STEWART, R. D. Logística Internacional. 2. ed.São Paulo: Cengage Learning, 2010.
LUZ, L.B. R.; PARISI, C. O trade-off no processo de tomada de decisão: pesquisa com gestores da área de logística.
XX SemeAd. Nov. 2017. Disponível em . AcessoAnais... http://login.semead.com.br/20semead/arquivos/166.pdf
em: 11 fev. 2020.
http://login.semead.com.br/20semead/arquivos/166.pdf
http://login.semead.com.br/20semead/arquivos/166.pdf
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A ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO 
ALESSANDRA CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO
Introdução
Qual a importância dos serviços de transporte para uma empresa? De que modo ele pode ser utilizado a
proporcionar vantagem competitiva ou aumento de lucratividade as empresas? O transporte de mercadorias é
uma das principais atividades primárias da logística e sua importância se traduz no reconhecimento desta
ferramenta para auxiliar em garantir os níveis de satisfação dos clientes. A administração de tráfego ou de
transportes vai impactar no equilíbrio financeiro das empresas e tem como proposito garantir que as operações
se realizem..
Assim sendo, para atingir os objetivos, o transporte passa necessariamente por um planejamento que vai
envolver os custos que precisam ser monitorados para evitar perdas financeiras ou mesmo clientes.
Ao final desta aula, você será capaz de:
•  analisar o processo de movimentação das cargas na logística global.
Definição da seleção do transportador: próprio 
ou terceiros
O transporte é considerado como elemento mais importante nos custos logísticos para a maioria das empresas e 
. Ballou (2012) estima que ele absorva em média de 1/3 a 2/3 dos custos totais de logística das companhias
Compete ao responsável pela logística desenvolver um planejamento colocando como objetivo principal aquilo
que será essencial. Instalações e serviços que fazem parte do sistema de transporte, tarifas e custos associados,
análise do desempenho dos serviços de transporte a serem selecionados para execução de tarefas.
•
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Figura 1 - Transportes
Fonte: Franck Boston, Shutterstock, 2020.
Um dado interessante envolve a capacidade de investimentos dos países mais desenvolvidos contrastando com
os que se encontram em desenvolvimento. O setor de transporte avança e impulsiona o crescimento gerando um
alto grau de atividade econômica. Os serviços de transporte seguem os cinco modais: marítimo, ferroviário,
rodoviário, aéreo e dutoviário. As cinco modalidades de transporte podem ser combinadas – multimodal – de tal
 Também podem ser usados serviçosforma que garanta preço baixo e qualidade no transporte de mercadorias.
de agências de transporte, operadores logísticos (empresas que atuam com terceirização de serviços logísticos),
dentre outros. O usuário escolhe o serviço ou combinação de serviços que possam estar adequados as suas
necessidades contemplando qualidade e custo, tempo de trânsito, perdas e avarias.
A principal importância da terceirização dos serviços de logística envolve eficiência e otimização da gestão. Após
a globalização e a alta competitividade entre os mercados, a logística se torna ferramenta essencial para as
 empresas conquistarem vantagem competitiva. Novaes (2007), traça um paralelo entre a redução de custos e
aportes de capital e destaca a forma como agem as empresas brasileiras. “As empresas também terceirizam,
visando principalmente reduzir custos, mas, por outro lado, querem melhorar o nível de serviço oferecido
através das competências do prestador de serviços” (NOVAES, 2007, p. 279). O autor associa a utilização da
tecnologia de comunicação e informação na operacionalização de sistemas logísticos a maiores investimentos
em software e hardware, permitindo redução dos custos logísticos e aumento do nível dos serviços.
Selecionando o transporte
O transporte das mercadorias é essencial para a eficiência das empresas e as decisões a ela relacionadas devem
ser bem analisadas. Uma questão bastante importante envolve a decisão do uso do transporte: se próprio ou
terceirizado. As empresas que trabalham com frota própria querem manter a qualidade do serviço aos clientes
 uma vez que, sendopor entenderem que empresas terceirizadas não vão promover a qualidade desejada,
responsáveis pelo serviço, podem atuar diretamente na gestão e ter maior autonomia. Em geral, empresas com
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responsáveis pelo serviço, podem atuar diretamente na gestão e ter maior autonomia. Em geral, empresas com
produtos de alto valor agregado, com capacitação específica para o transporte de cargas utilizam serviços
.próprios
A utilização de frota terceirizada, situação que cada vez mais vai se intensificar, por empresas que buscam além
da redução de custos, atuação mais profissional por parte dos prestadores de serviço enquanto a empresa
contratante se dedica mais ao seu negócio e a execução do planejamento estratégico. 
Quadro 1 - Comparação frota própElaborado pela autora, 2020.ria X terceirizada
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Transporte próprio
O transporte controlado pela própria companhia requer contratação e manutenção de frotas, equipe, contratos.
Segundo Ballou (2012) as empresas que optam pelo transporte próprio ganham melhor desempenho
operacional, disponibilidade, capacidade de transporte e menores custos. “Ao mesmo tempo parteda
flexibilidade financeira é sacrificada, poisa companhia deve investir numa capacidade de transporte ou deve
comprometer-se com um arranjo contratual de longo prazo” (BALLOU, 2012, p. 133). No transporte próprio, o
interesse está no uso eficiente do equipamento de modo a minimizar custos para as empresas garantindo a
qualidade e satisfação do cliente.
FIQUE ATENTO
A eficiência é mola-mestra em qualquer administração. Redução de custos com ênfase no
aumento dos lucros requer estratégias e controle. É importante usar espaços adequados ao
armazenamento, promover inserção de tecnologia e automação, rastreamento, controlar os
processos fluxo contínuo de informações, focar na qualidade do relacionamento com clientes e
otimizar a parte dos transportes com inserção de bons trajetos, melhores rotas e horários de
circulação e, principalmente, focar em prazos visando promover a satisfação dos clientes.
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Figura 2 - Planejamento do transporte
Fonte: Franck Boston, Shutterstock, 2020.
Contratação de terceiros
As empresas que contratam transportadoras para translado de suas mercadorias buscam redução dos custos e
otimização dos serviços. A decisão da contratação ou não se dá a nível da diretoria e visa atender aos requisitos
do planejamento estratégico. Com isso as terceirizadas se encarregam de toda a parte burocrática
(documentação, certidões, liberações, auditorias etc.), fretes e consolidação de fretes. Para Ballou,
quando são utilizados transportadores contratados, as principais preocupações estão no uso
eficiente deles em negociar os melhores fretes possíveis e na documentação necessária para iniciar o
movimento de mercadorias, que serve para cobrança dos pagamentos e estabelecer
EXEMPLO
A logística é o terceiro maior setor da economia alemã. O mercado de logística europeu
responde por cifras superiores a 1 bilhão de euros e a Alemanha é responsável por 25% desse
valor. Esses dados são traduzidos no desempenho econômico do país. De acordo com a edição
2018, do estudo Connecting to Compete: Trade Logistics in the Global Economy, do Banco
Mundial, no qual 167 países foram avaliados a partir da qualidade da logística, colocou a
Alemanha na primeira colocação, seguida de Holanda, Suíça e Bélgica. Estados Unidos estão na
10ª posição, China na 27ª e Brasil na 56ª. Os três que tiveram pior desempenho foram
Afeganistão (165ª), Haiti (166ª) e Somália (167ª).
- -5
movimento de mercadorias, que serve para cobrança dos pagamentos e estabelecer
responsabilidades pelas mercadorias em trânsito (2012, pág. 149).
Quando terceirizam seus serviços, as empresas os riscos maiores estão situados na perda de controle das
atividades logísticas. Por isso compete ao profissional de logística estar atento à gestão. Grandes contratantes de
transportadoras são as empresas de e-commerce. Com a redução dos custos de transportes, obtidos por meio de
serviço terceirizado, as empresas virtuais podem redirecionar seus investimentos para aportes em tecnologia ou
outras áreas que julguem importantes.
Figura 3 - Modal rodoviário
Fonte: jennyt, Shutterstock, 2020.
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo institucional da Gobor Transporte e Logística - 2018, exibido no canal do
Youtube da empresa.
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Fechamento
Nesta aula vimos a importância da administração de tráfego para as empresas. Compreendemos a grande
relevância dos serviços de outsourcing para a economia financeira e a necessidade do controle para garantir a
execução dos bons serviços. O transporte é essencial para as operações e num país como o Brasil dotar estradas,
ferrovias e portos com boa infraestrutura se traduz em mais investimentos e crescimento para o país e a cadeia
produtiva.
Referências
BALLOU, R. H. : transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo:Logística empresarial
Atlas, 2012.
BALLOU, R. /Logística Empresarial. 5. ed. Editora Bookman, 2016.Gerenciamento da Cadeia de suprimentos
BOWERSOX, D. J. at all. . 2. ed. MC Graw Hill, 2014.Administração e Logística na Cadeia de Suprimentos
CHIAVENATO, I. : uma abordagem introdutória. 3. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier,Administração de materiais
2014.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. : Estratégia, planejamento e operação. 3. ed.Administração da cadeia de suprimentos
México: Pearson Educação, 2016.
GOBOR TRANSPORTE E LOGÍSTICA. YouTube. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=hsZj7m4kAKw. Acesso em: 19 fev. 2020.
NOVAES, A. G. . Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição 11. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
THE WORLD BANK. Connecting to Compete 2018 Trade Logistics in the Global
Economy: The Logistics Performance Index. 2018. Disponível em: http://documents.worldbank.org/curated/en
/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-
performance-index-and-its-indicators. Acesso em: 3 fev. 2020.
FIQUE ATENTO
Dados da Confederação Nacional da Indústria sinalizam que nos últimos 20 anos foram
investidos em média 2,18% do PIB em infraestrutura. A CNI estima que deveriam ser
aportados de 4 a 5%. Diante desses desafios e da perspectiva de ampliação de investimentos
por parte do governo, o profissional de logística será altamente demandado nos próximos
anos, sendo a capacitação em novas tecnologias instrumentos assertivos para decisões
estratégicas e um diferencial a ser buscado pelos empregadores.
https://www.youtube.com/watch?v=hsZj7m4kAKw
https://www.youtube.com/watch?v=hsZj7m4kAKw
https://www.youtube.com/watch?v=hsZj7m4kAKw
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
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Distribuição física
Alessandra Conceição do Nascimento
Introdução
Qual a importância da Distribuição Física para as empresas? De que modo ela é importante para assegurar os
fluxos de mercadorias? A Distribuição Física é um ramo da logística empresarial que vai atuar diretamente com a
movimentação do produto, a estocagem e a parte de processamento de pedidos. Por meio da distribuição física 
as empresas chegam aos mercados e se relacionam com os clientes, sendo transporte e armazenagem seus eixos
. principais, em razão da movimentação dos produtos
A natureza da administração da distribuição 
física
A Distribuição Física engloba um conjunto de operações que vão estar ligadas ao fluxo de mercadorias, a partir
do seu local de origem, ou seja, onde elas foram produzidas, até a chegada às mãos do consumidor final. Para que
esse processo se realize estão inseridos transporte, manutenção, a própria armazenagem, além de pedidos e
demanda. Ballou entende ser a distribuição física a “atividade mais importante e termos de custos para a maioria
das empresas pois absorve 2/3 dos custos logísticos da empresa” (2012, p. 25).
Figura 1 - Distribuição
Fonte: James Steidl, Shutterstock, 2020.
Ballou (2012) sustenta que a tarefa de movimentação do produto não termina somente na entrega ao cliente.
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Ballou (2012) sustenta que a tarefa de movimentação do produto não termina somente na entrega ao cliente.
Caso ocorram falhas como produto entregue errado, com avarias ou desistência pelo cliente, a mercadoria é
devolvida.
O administrador logístico deve estabelecer procedimentos e preparar a estocagem de bens
devolvidos a partir dos sítios de entrega. Arranjos similares devem ser feitos para produtos que
ficaram obsoletos quando ainda estocados. Eles devem ser liquidados ou devolvidos à fábrica para
retrabalho(BALLOU, 2012, p. 42).
Considerações ainda quanto aos tipos de mercados – usuários finais e consumidores industriais para
transformação de produtos semiacabados. A diferença está centrada no perfil e volume das compras. Os
consumidores finais, observa Ballou (2012) compram em menor quantidade e maior frequência, ao passo que os
consumidores industriais adquirem grandes volumes. Para se trabalhar com ambas as clientelas compete as
empresas se flexibilizarem para atender as necessidades de cada grupo.
Enquanto a natureza há três tipos de mercados onde a distribuição física deve ser planejada.
· Entrega direta via depósito da unidade fabril.
· Entrega direta via vendedores ou linha de produção.
· Entrega via sistemas de depósitos.
Fornecedores de matérias-primas trabalham com entrega direta quando a compra é de grandes volumes.
Quando a aquisição não é de grandes volumes por parte dos clientes entra em cena os depósitos e estoques.
Os níveis da administração da distribuição física
A administração da distribuição física ocorre em três níveis – estratégico, tático e operacional. O primeiro nível
diz respeito ao planejamento estratégico em que a empresa pretende se projetar no longo prazo. Quais canais de
distribuição irá usar, modais, sistemas etc. Ele vai trabalhar o sistema de distribuição, com a configuração da
própria cadeia. O tático, por sua vez, atua no curto prazo. Diz respeito a utilização de recursos disponíveis a
empresa a exemplo de aquisição de equipamentos para melhora das operações. Finalmente o nível operacional
envolve as rotinas para que o fluxo de mercadorias e serviços se mantenha constante.
Um fato interessante diz respeito a três conceitos – compensação (trade off), custo total e sistema total. A
compensação de custos é essencial a administração da distribuição física. Focando no princípio das
compensações para obter o menor custo total das operações. Um exemplo dos trade offs é a relação estoques e
transporte das empresas. As empresas desejam menores estoques com maior número de entregas, neste caso o
trade off está na qualidade do serviço e na satisfação do cliente.
FIQUE ATENTO
A geração de valor é uma consequência do trabalho e dos processos tomados de modo
assertivo. Uma determinada empresa que trabalha com distribuição física, de produtos
durante as 24 horas do dia consegue gerar valor de lugar e tempo aos clientes a partir do fluxo
do serviço que disponibiliza, com agilidade nas entregas, confiança e menor custo. A eficiência
aliada à eficácia gera vantagem competitiva a essa empresa.
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O conceito de Custo Total reconhece os custos individuais e seus comportamentos distintos. Os custos totais
envolvem transporte, armazenagem, inventário, embalagens, pedidos, tecnologia da informação, dentre outros,
que proporcionam a qualidade do nível de serviço que irá atender as expectativas dos clientes. Finalmente o
sistema Total amplia o conceito de custo total para a cadeia de suprimentos, considerando os impactos que uma
decisão produz nos custos de consumidores.
A distribuição física e as áreas funcionais da 
empresa
A distribuição física se relaciona com marketing e produção. Para Ballou (2012) a missão do marketing está
centrada na geração de lucro, a partir daí sua relação uma vez que atende a questão de serviços. “Conseguir
demanda é resultado dos esforços promocionais, assim como do preço e da composição (mix) da carteira de
produtos oferecidos ao público. Uma vez conseguida a demanda esta deve ser atendida e é quando a distribuição
física age” (BALLOU, 2012, p. 49). O autor ressalta que a disponibilidade do produto, pronta entrega e
atendimento correto de pedidos satisfazem o cliente e destaca que nível de serviços engaja promoção e
distribuição.
A distribuição também se relaciona com a produção. A produção define o processo de criação de bens e serviços.
Ballou (2012) ressalta a ideia de ampliação do conceito de produção para operações por incluir além das
atividades de manufatura as de geração de serviço. Na relação com a produção se verifica ainda a programação
 Segundo Ballou, “asde ordens de ressuprimento de armazéns e definição de carga de produção das fábricas.
atividades de produção e movimentação de bens se sobrepõem... É nesta interface que o relacionamento
produção/ distribuição física acontece” (2012, p. 50-51).
Figura 2 - Armazém
Fonte: Focon, Shutterstock, 2020.
Para uma melhor compreensão do tema precisamos entender que o tipo de distribuição depende da natureza do
produto movimentado, padrão de demanda, custos associados à distribuição física e nível de exigências do
serviço. Novaes (2007) entende que a distribuição de produtos é analisada pelos técnicos de logística, e pelo
pessoal de marketing e de vendas. Ele considera que os responsáveis pela distribuição física operam elementos
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pessoal de marketing e de vendas. Ele considera que os responsáveis pela distribuição física operam elementos
de natureza material: depósitos, veículos de transporte, estoques, equipamentos de carga e descarga, entre
outros. “Em geral, esse ponto final da distribuição física é a loja de varejo, mas há muitos casos de entrega do
produto na casa do consumidor, situação essa observada principalmente com produtos pesados e/ou
volumosos” (NOVAES, 2007, p. 123).
A importância da distribuição física no contexto 
global
A distribuição física se reestrutura e remodela sua atuação a cada dia para suprir as demandas do mundo
globalizado. Empresas prestadoras de serviço relacionado a essa área buscam superar desafios para aumentar a
eficiência. Entre os principais desafios estão na localização, estocagem e embarque de mercadorias. É prioritário
considerar que a distribuição física diminua o custo de fornecimento de determinado serviço ou produto.
Nas últimas décadas se verificou a ampliação do número de prestadores de serviços da área de distribuição física
como fretes, transportadoras, armazenagem e estoque. Ao se maximizar os serviços, as empresas trabalham com
políticas associadas a estoques, transportes, custos adicionais, armazéns etc. Tudo impacta sobre o custo de
distribuição.
Com a ampliação de mercados vemos uma determinada fabrica trabalhar com vários mercados ao mesmo
tempo. Uma montadora de automóveis, por exemplo, trabalha com dois ou mais mercados – quer seja na linha de
produção, quer seja para vendas – assim sendo o planejamento estratégico da produção passa a ser ponto
essencial nas transações.
Decisões como embarque de componentes para uma indústria próxima ao mercado consumidor, instalações de
fabricas regionais para dar suporte, decisões envolvendo estoques, localização, questões organizacionais devem
ser levadas em conta para a assertividade de decisões.
EXEMPLO
A empresa Bulk Chemicals produtora de produtos químicos de uso industrial recebe 80 mil
pedidos anuais sendo a maior parte deles destinadas a 30 áreas. Possui dez plantas e cada uma
delas produz apenas dois tipos de produtos do portfolio geral da empresa. Cerca de 80% das
vendas de grandes volumes não são processadas em armazéns. A maior parte das vendas
segue em modal ferroviário. O sistema de distribuição agrega equipamentos próprios e
alugados e vendas diretas ao cliente.
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Figura 3 - Controle de fluxo
Fonte: Franck Boston, Shutterstock, 2020.
SAIBA MAIS
O primeiro Centro de Distribuição de Registro do Grupo O Boticário surgiu em 2010, São Paulo.
A ideia era concentrar as operações. No ano de 2014, o Grupo inaugurou seu segundo CD, em
São José dos Campos, na Bahia. O grupo iniciou as operações nos anos 70, no Paraná, e em
2010 realizou a expansão com a fundação do Grupo O Boticário e é dono da linha Eudora,
Quem Disse Berenice, The Beauty Box. O grupo trabalha com e-commerce, emprega 7 mil
pessoas.
FIQUE ATENTO
Encontrar a forma da organização que assegure maior agilidade e qualidade aos processos de
decisão são desafios que as gerencias das empresas enfrentam. Questões operacionais,
restrição de tempo, capacidade de peso e pontos de entrega são questões desafiantes na
tomadade decisões. Para tanto é prioritário se planejar um sistema de entregas de produtos, a
exemplo de entregas de mercadorias para uma cidade distante do local do Centro de
Distribuição. A satisfação dos clientes é ponto essencial para uma empresa se manter no
mercado e alcançar vantagem competitiva ante a concorrência.
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Fechamento
Nesta aula vimos a importância da Distribuição Física para as empresas. Compreendemos dos serviços de
dispostos no canal de distribuição para a economia financeira das empresas. Identificamos a natureza e os níveis
da administração da distribuição física, seu impacto nas áreas funcionais e sua importância no contexto global.
Vimos que a distribuição física é impactada pelo planejamento e desenvolvimento de processos dinamizados no
interior das empresas, bem como pela disposição logística que dispõe cada país, o que impacta nos níveis do
serviço. Quanto mais estruturante for a logística interna de um país melhor será seu desempenho ante o
mercado, seja ele interno ou externo.
Referências
BALLOU, R. /Logística Empresarial. 5. ed. Editora Bookman, 2006.Gerenciamento da Cadeia de suprimentos
BALLOU, R. H. : transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo:Logística empresarial
Atlas, 2012.
BOWERSOX, D. J. at al. . 2. ed. MC Graw Hill, 2007.Administração e Logística na Cadeia de Suprimentos
CHIAVENATO, I. Administração de materiais: uma abordagem introdutória. 3. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier,
2005.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. : Estratégia, planejamento e operação. 3. ed.Administração da cadeia de suprimentos
México: Pearson Educação, 2008.
NOVAES, A. G. . Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição 11. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
THE WORLD BANK. Connecting to Compete 2018 Trade Logistics in the Global
Economy: The Logistics Performance Index and Its Indicators. 2018. Disponível em: http://documents.
worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-
economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators. Acesso em: 3 fev. 2020.
mercado e alcançar vantagem competitiva ante a concorrência.
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
http://documents.worldbank.org/curated/en/576061531492034646/Connecting-to-compete-2018-trade-logistics-in-the-global-economy-the-logistics-performance-index-and-its-indicators
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A administração de materiais
Alessandra Conceição do Nascimento
Introdução
O que significa administração de materiais? Como determinar aquilo que se deve comprar, onde e a quantidade?
Perguntas como essas serão respondidas ao longo deste tema.
A Administração de Materiais não fica limitada a atividade de controle, mas engloba a cadeia produtiva e os
. Ela está atuando em diversos processos como identificação e seleção deimpactos no faturamento das empresas
fornecedores, encaminhamento de pedidos, recebimento de materiais, inspeção. Também inclui controle de
estoques, armazenagem e distribuição.
O canal de suprimentos
A Administração de materiais vai tratar do planejamento, da coordenação, do controle das atividades ligadas a
compra, aquisição e estoque de matérias-primas para a empresa. Ela envolve atividades como identificação e
seleção de fornecedores, demanda, pedidos, recebimento de materiais, inspeção e controle. Segundo Viana
(2012, pág. 35) “o objetivo fundamental da administração de materiais é determinar quanto e quando adquirir,
para repor o estoque o que determina que a estratégia do abastecimento sempre é acionada pelo usuário, à
medida que, como consumidor ele detona o processo”.
Segundo Chiavenato, a administração de materiais significa “ter os materiais necessários na quantidade certa, no
local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa” (2005, p.
38). Ele analisa que as empresas sempre procuram o mínimo tempo de estocagem e o mínimo volume possível
de materiais em processamento a fim de garantir a continuidade do processo produtivo. Desta forma
compreendemos a importância da Administração de Materiais e igualmente o teor de sua contextualização: trata-
se de um conjunto de atividades realizadas no interior das empresas. Essas atividades podem ser desenvolvidas
centralizadas ou não, mas irão suprir as necessidades dos setores da empresa com insumos necessários para a
execução de suas atribuições. É fundamental se perceber a administração de materiais como sistema integrado
em que subsistemas interagem para formar a organização.
Os principais pontos que irá trabalhar a Administração de Materiais são: Preço baixo, alto giro, baixo custo de
aquisição, continuidade no fornecimento, qualidade, bons fornecedores. Ballou (2012) analisa a administração
de materiais o caminho inverso quando comparado a distribuição física, pois trata do fluxo de materiais para a
firma e não como ela sendo ponto de partida, entretanto ambas – distribuição física e administração de materiais
– compartilham atividades. “Custos de movimentação de suprimento das firmas tendem a ser menores do que os
custos de distribuição, sendo em média de 3% a 7% das vendas” (BALLOU, 2012, p. 58).
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Figura 1 - Materiais
Fonte: JingAiping, Shutterstock, 2020.
Ballou (2012) avalia que, em razão da distribuição física ser três vezes mais onerosa que a média de
suprimentos, as atividades com maior peso econômico recebem maior atenção. A Administração de Materiais é
uma função que se realiza dentro da organização. Trata-se de uma atividade de compras que engloba
movimentação do fluxo de suprimentos e atividades de distribuição física. A ADM de Materiais gerencia as
atividades de movimentação e estoque. Inclui atividade que envolvem fluxos para as empresas como também
retorno de rejeitos ou materiais insatisfatórios a fornecedores.
O canal de suprimentos
O canal de suprimentos é similar ao canal de distribuição, que gere fluxo de mercadorias e informações. As
atividades delineadas nesse canal são fundamentais para o exercício da administração de materiais, uma vez que
afetam economia e eficácia das operações. As tarefas mais importantes realizadas no canal de suprimentos são:
pedidos de compras, transporte até a fábrica e manutenção de estoques na unidade fabril.
Compete a administração de materiais atender o sistema de operações. Este, por sua vez, vai atender a linha de
produção. As necessidades desta última se convertem em “ordens de compras”, que são enviados aos
fornecedores. Na ordem de compras seguem informações referente a quantitativo, destino e data. Do fornecedor
é computada a “ordem de remessa”. O transporte pode ou não estar incluído. Caso não esteja no processo essa
responsabilidade será do comprador.
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Figura 2 - Tarefas das administração de materiais
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Segundo Ballou, além do transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos, estão incluídas
atividades de suporte do ciclo primário da administração de materiais, a exemplo “obtenção, embalagem de
proteção, armazenagem, manuseio de materiais e manutenção de informações” (2012, p. 61). A atividade de
obtenção não possui similaridade na distribuição física. Trata-se de uma atividade tipicamente relacionada com
o setor de compras que diz respeito a seleção de fornecedores e a eficiência da logística e aponta que a falha
desta se repercute em custos extras. Ele sinaliza que, dentro do processo de compras e realizam as atividades:
“Assegurar descrição completa e adequada das necessidades, selecionar fontes de suprimento, conseguir
informações de

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