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ISABELLA CHAGAS DE MELO - UNIFAVIP BRONCOPNEUMONIA EM BEZERROS A broncopneumonia começa sendo caracterizada por uma alteração inflamatória de brônquios, bronquíolos e a parênquima pulmonar, normalmente é o problema respiratório mais frequente em bezerros, tendo em vista que pode começar nos primeiros meses de vida, ela já começa apresentando dispnéia, tosse, corrimento nasal e ruídos respiratórios, também pode haver presença de coloração das mucosas, um grau de desidratação no animal e mudanças de temperatura corporal, junto com as frequências cardíacas e respiratórias. A broncopneumonia pode ser dividida em duas categorias de viral e bacteriana, ela pode se apresentar de forma variável no animal, elas podem ocorrer como endemias ou em formas de surtos dentre os animais. A forma mais frequente é observada em sistemas de produção que são intensivos. Ela acomete principalmente os animais que têm de dois a seis meses de idade, especialmente nos cinco primeiros meses de vida. É provável que o sistema imune do bezerro recém nascido é considerado imaturo, então uma vez que a passagem de anticorpos da mãe não é passado pela placenta, por isso a grande necessidade de ingestão de colostro no animal, para que as vitaminas e células do sistema imune sejam implantadas no animal, para que os mecanismos de defesa consigam ser adquiridos. Nos neonatos o sistema respiratório é sempre afetado com muita frequência por agentes infecciosos, pois a maturidade pulmonar 100% não ocorre antes de um ano de idade, podendo ocasionar morte ou um retardo em seu desenvolvimento, algumas vezes irreversível. A maioria quando são causadas por influência viral, eles só alteram os mecanismos de defesa e instalam a infecção e determinam as lesões mais graves, caracterizando-se pelo perfil enzoótico e oportunista. Quando é causada por influência bacteriana está relacionada com a Pasteurella multocida e Mannheimia haemolítica, produzindo broncopneumonia purulenta. Quando é causada por parasitas, é causada por Dictiocaulus viviparus. Na broncopneumonia o diagnóstico é dividido em duas partes, na broncopneumonia aguda, são achados em frequência, a secreção nasal e ocular serosas, febre elevada, toxemia, depressão, anorexia, perda de peso, taquicardia e relutância para deitar, ela assume posição ortopneica, aumento da intensidade dos ruídos respiratórios normais, alteração na profundidade e outras características da respiração, tosse, crepitação submacicez, quando já está nos estágios avançados, é comum a detecção de intensa dispnéia, com gemido expiratório. Já na broncopneumonia crônica, observam-se a temperatura normal ou febre moderada e persistente, taquicardia, hiperpnéia, toxemia crônica, ocorre também a pelagem áspera e aspecto descarnado, a secreção nasal e ocular mucopurulentas ou purulentas, tosse crônica produtiva úmida, ruídos respiratórios normais aumentados e crepitações, principalmente na região crânio-ventral dos pulmões. O diagnóstico consiste em duas etapas, o exame físico e o exame complementar, o exame físico é o mais importante, porque ele inspeciona todo os animais e se existem animais apáticos, com alteração no comportamento, na condição física e no desempenho, o exame físico tem que ser bem minucioso para que o diagnóstico seja o mais detalhado possível, o complemento do exame complementar serve para a análise hematológica, hemogasometria, proteinogramas, análise das secreções do trato respiratório, radiografias, ultra-sonografias e endoscopias é necessária para um melhor diagnóstico e prognóstico da patologia. Deve-se sempre realizar o diagnóstico diferenciando qual é a sua causa, se ela é viral, bacteriana ou parasitária. O tratamento consiste em identificar o agente causador e ser aplicado especificamente para ele, se for uma infecção bacteriana se realiza a terapia antimicrobiana, ela tem como função controlar e interromper a replicação do patógeno. Quando o agente é descoberto, o tratamento tem que ser iniciado o mais rápido possível, para que não ocorra a necrose pulmonar. O uso de medicamentos que podem ajudar só podem ser aplicados após a identificação da causa e o início do tratamento específico com antimicrobiano, dessa forma promovemos o bem estar do animal. Para combater as infecções virais é feito uma terapia dita imunoestimuladora com levamisol em doses inferiores às utilizadas como anti-helmínticos, pois ainda não tem nenhum medicamento que seja antiviral para esse tratamento. A prevenção é o controle começa pela sanidade da fêmea que irá ser mãe, oferecendo uma boa alimentação durante a gestação para satisfazer as necessidades de crescimento do feto, permitindo o nascimento de bezerros saudáveis. O local do parto deve ser desinfetada após cada parto, sempre limpo e seco, os bezerros precisam sempre receber o colostro correspondente a 8%-10% do seu peso vivo e a desinfecção do umbigo, evitar também práticas de manejo estressantes e para o bezerro, instalações limpas e em uma área afastada de animais adultos. DRIEMEIER, D.; MOOJEN, V. Complexo Respiratório Bovino. In: RIETCORREA, F.; SCHILD, A.L.; MÉNDEZ, M.D.C.; LEMOS, R.A.A. Doenças de Ruminantes e Equinos. São Paulo: Livraria Varela, 2001, vol. 1, cap. 6, p. 402-407. KOTERBA, A. M. Identificação do neonato de alto risco. Distúrbios e tratamento do neonato. In: SMITH, B. P. Tratado de Medicina Interna de Grandes Animais. São Paulo: Manole, 1993, v. 1, p. 299-301. .LEKEUX, P. Síndrome Respiratória dos Bovinos: Uma Perspectiva Européia. Simpósio Internacional Sobre Doença Respiratória Bovina. XVIII Congresso Mundial de Buiatria. França, 1994. 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