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Trabalho NPJ 1 Queixa-crime Math

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina de Núcleo de Prática Jurídica – 
NPJ II 
 
 
 
 
 
Nome: Matheus Pacheco da Silva Marques 
Matrícula: 201702501371 
Campus: Santa Cruz 
 
 
Rio de Janeiro - RJ 
2021 
 
A queixa-crime nada mais é do que a petição inicial nos crimes de ação penal privada. Pode ocorrer, no 
entanto, de ser a peça cabível quando não oferecida à denúncia pelo Ministério Público nos crimes de 
ação penal pública – ação penal privada subsidiária da pública. 
 
Desta forma, responda fundamentadamente: 
 
1. Qual é o prazo para a propositura da queixa-crime (nos crimes de ação penal privada)? 
R: O prazo para o oferecimento da queixa-crime é de 6 meses a partir do momento em que o ofendido 
ou o seu representante legal, tome conhecimento do fato delituoso do agente, vide art. 38 do CPP. 
 
2. Quem possui a legitimidade para a propositura da queixa-crime (nos crimes de ação penal privada)? 
R: O ofendido ou o seu representante legal, de acordo com o art. 30 do CPP. 
 
3. Quais as espécies de poderes que deverão constar na procuração para a propositura da queixa-crime? 
R: Com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a 
menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser 
previamente requeridas no juízo criminal, conforme art. 44 do CPP. 
 
4. Caso concreto: 
Em uma rede social, Marcelo publicou um texto onde afirma que Heleno está tendo um caso 
extraconjugal com Erick, amigo do seu marido. No “post”, Marcelo disse: 
 
“(...) ela (Helena) só espera o marido sair de casa para receber o pé-de-pano. O meu amigo Manoel precisa 
saber da verdade. A Helena era mulher da vida antes do casamento”. 
 
Abalada com o ocorrido, que, inclusive, gerou o fim do seu casamento, Helena procura a sua ajuda como 
advogado(a). 
Ofereça a peça cabível em busca dos seus interesses. 
R: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ... JUIZADO ESPECIAL 
CRIMINAL DA COMARCA DE ... 
 
 
HELENA, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade nº..., com CPF 
sob o nº..., residente e domiciliada em ..., por seu advogado infra-assinado, vem, 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência., com fulcro nos art. 100 § 2º, do Código 
Penal e art. 41 e 44, ambos do Diploma Processual Penal, oferecer a presente 
 
QUEIXA – CRIME 
 
em face de MARCELO, nacionalidade, profissão, estado civil, portador(a) da identidade 
nº..., com CPF sob o nº..., residente e domiciliado(a) em ..., onde pode ser citado(a), pelos 
motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
I - DOS FATOS 
Em dia/mês/ano o querelado publicou mensagens ofensivas como as abaixo 
transcritas: 
“(...) ela (Helena) só espera o marido sair de casa para receber o pé-de-pano. O meu 
amigo Manoel precisa saber da verdade. A Helena era mulher da vida antes do 
casamento”. 
Foi alegado pelo querelado que a querelante estaria tendo um caso extraconjugal com 
Erick, amigo de seu marido na época. 
Tal fato lhe gerou enorme constrangimento, visto que as mensagens ficariam 
acessíveis a todos os seus contatos, bem como poderiam ser acessadas por qualquer 
usuário da rede social, considerando que seu perfil não possui qualquer restrição. 
Fruto do transtorno experimentado, resultou no fim do seu casamento, tamanho o 
inconformismo da querelante e seu ex-marido com os fatos ocorrido. 
Desta forma não vislumbra uma alternativa a não ser recorrer ao judiciário, a fim de ver 
sua pretensão acolhida e devidamente processada. 
 
II - DOS FUNDAMENTOS 
Ao orientar suas ações no sentido de ofender a honra subjetiva e objetiva da 
querelante, é nítido que o Querelado violou os tipos penais previstos nos art. 139 e 140, 
ambos do Diploma Penal, como passa a demonstrar. 
Tendo em vista a postagem da querelada, ela teve todo o animus diffamandi vel 
injuriandi, pois apenas comentou na publicação com a total intenção de prejudicá-la 
mediante seus amigos, família e pessoas de sua rede social, difamando-o e cometendo 
injúria. 
A difamação é prevista no art. 139 do Código Penal, onde querelada consiste em 
imputar ao querelante um fato ofensivo a sua reputação, mesmo o fato não se constituindo 
como crime, como é na calúnia. Mas mesmo o caso narrado não seja conhecido como crime, 
divulgá-lo é crime, sendo assim, ofendeu totalmente a honra objetiva da querelante, 
afirmando que ela só espera o marido sair de casa para receber o suposto amante, tudo isso 
com o intuito de difamá-la. 
Conforme afirma Rogério Sanchez Cunha sobre a injúria, ao contrário da calúnia e da 
difamação, não há, em regra, imputação de fatos, mas emissão de características negativas 
sobre a vítima. 
Então, no art. 140 do diploma Penal, é visto que a querelada pratica o crime de injúria 
quando narra que o querelante é uma “mulher da vida antes do casamento”, ferindo assim, 
sua honra subjetiva. 
Vale ressaltar que o querelado utilizou de meios que facilitou a divulgação da 
difamação e da injúria, postando na publicação da rede social do querelante, que foi vista 
por vários de seus amigos, podendo dizer também que foi na presença de várias pessoas, 
visto isso, a pena deve ser aumentada de um terço, conforme o art. 141, III do Código Penal. 
Sendo o que se apresenta, conforme provas que seguem anexas, ao ofender a honra 
e a dignidade da querelante, o querelado cometeu o crime de difamação e injúria, razão pela 
qual, requer sua condenação, conforme fundamentação acima. 
 
III - DOS PEDIDOS 
Diante de todo o Exposto, REQUER a Vossa Excelência que seja recebida a presente 
Queixa Crime e, após a oitiva do ilustre membro do Ministério Público, seja citado o 
Querelado para, querendo, se defender e, ao final da instrução criminal, condenar o mesmo 
nas penas previstas nos art. 139 e 140 do Estatuto Repressivo Pátrio, bem como ao 
pagamento das custas processuais. 
 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
 
________________, _____ de ____________ de 20___. 
 
 
ADVOGADO 
OAB nº 
 
 
Rol de testemunhas: 
- Nome, CPF, endereço 
- Nome, CPF, endereço 
- Nome, CPF, endereço

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