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SISTEMA CARDIOVASCULAR Perde miócitos, declínio progressivo da habilidade de duplicação das células-tronco, mas observa aumento do volume muscular A diminui- ção da capacidade contrátil causa aumento do coração que esconde a atrofia das células contráteis redução progressiva do número de células do nódulo sinusal, perda de fibras de bifurcação do feixe de His gerando uma maior chance de arritmias cardíacas Estrutura cardíaca Ocorre hipertrofia do ventrículo esquerdo, aumentando a pressão arterial e o volume diastólico diminui. Aumento no número e na espessura das fibras co- lágenas presentes no miocárdio Em idosos mais avançados a massa ventricular esquerda pode diminuir devido ao sedentarismo Estrutura arterial aumento da rigidez da parede arterial (mais na camada media) enquanto a aterosclerose se da na intima. as artérias aumentam de diâmetro e de espessura O aumento da velocidade da onda de pulso aórtico e a diminuição da pres- são diastólica, devido a rigidez aórtica Parâmetros funcionais Frequencia cardíaca máxima: 220 – idade Diminuição da resposta a beta-adrenérgica, comprometendo a frequência máxima. Para compensar tem-se o aumento das catecolaminas plasmáticas, especialmente durante exercícios físicos. Há piora do enchimento ventricular esquerdo com maior compensação da sístole atrial. Alterações cardiovasculares // Tratado órgão autorregenerativo morrem por dia três milhões de miócitos, que são as células tronco cardíacas Ocorre perda progressiva dos miocitos A diminuição da capacidade contrátil causa aumento do coração que esconde a atrofia das células contráteis Envelhecimento Cardiovascular Tratado Acima dos 40 anos a probabilidade de acometimento por DCV de 50%, hipertensão arterial de 85%, e insuficiência cardíaca de 20%. Diferenças genéticas ou morte celular programada, bem como de fatores externos, como doenças, dieta, exercício e estilo de vida ou a combinação de todos esses fatores. fatores genéticos, dislipidemias, diabetes e vida sedentária são os principais fatores a restrição calórica até intervenções farmacológicas (rapamicina, enalapril e SS-31), terapia de proteína recombinante (IGF1 e GDF-11), a terapia genética (miRNA), e terapia com célula-tronco Teorias do envelhecimento: Teorias fisiológicas alterações da matriz proteica extracelular relacionadas com o tempo, principalmente do colágeno e da substância fundamental; aumento da rigidez pericárdica, valvular e talvez miocárdica e dos tecidos vasculares associado à idade. Teorias orgânicas A teoria imunológica: disfunção imunológica programada A teoria neuroendócrina Alterações morfológicas Pericardio forma de espessamento difuso, aumento da taxa de gordura epicárdica Endocárdio espessamento e a opacidade, com proliferação das fibras colágenas e elásticas fragmentação e desorganização destas com perda da disposição uniforme habitual, devido à hiperplasia irritativa resultante da longa turbulência sanguínea. Infiltração lipídica no átrio esquerdo // Em qualquer idade o átrio esquerdo é o mais afetado Miocárdio colágeno aumentado, diâmetro fibroso aumentado e cruzamento de ligações de colágeno, com aumento na proporção de colágeno dos tipos I e III, diminuição de elastina e fibronectina aumentada, podendo ocorrer aumento na produção de matriz extracelular Fibroblastos angiotensinas, fator alfa de necrose tumoral e fator de crescimento derivado de plaquetas miocárdio há acúmulo de gordura principalmente nos átrios e no septo interventricular O aumento da resistência vascular periférica pode ocasionar moderada hipertrofia miocárdica concêntrica, principalmente de câmara ventricular esquerda O depósito amiloide pode ocupar áreas do nódulo sinoatrial e/ou do nódulo de Tawara, levando a complicações de natureza funcional, como arritmias atriais, disfunção atrial e até bloqueio atrioventricular. Alterações das valvas valvas permaneciam delgadas, flexíveis e delicadas, mesmo em indivíduos idosos O tecido valvar composto por colágeno Com o envelhecimento, observam-se degeneração e espessamento dessas estruturas Alterações da valva mitral Calcificação e degeneração mucoide observa-se um sopro sistólico nítido em área mitral apresentando: · Disfunção valvar sob a forma de insuficiência e/ou estenose · Alterações na condução do estímulo, pela vizinhança do tecido específico · Endocardite infecciosa. · Condições que levam à formação de insuficiência cardíaca. Alterações da valva aórtica Calcificações e acumulo de lipídeos de fibrose e de degeneração colágena, que podem estender-se ao feixe de His, com a presença de áreas fibróticas nas bordas das cúspides, constituindo as chamadas excrescências de Lambia. calcificações da valva mitral e aórtica com calcificação das artérias coronarianas · uma fase inicial precoce dominada por deposição valvar de lipídios, lesão e inflamação apresentando muita semelhança com a aterosclerose · fase de evolução tardia, em que os fatores pró-calcificantes e pró- osteogênicos em última análise causam a progressão da doença. estatinas podem ser benéficas em pacientes com estenose aórtica. a deposição de lipídios e o estresse oxidativo embora a inflamação e a deposição de lípidíos possam ser importantes no estabelecimento da doença (fase inicial), as fases posteriores são caracterizadas por um ciclo aparentemente de autoperpetuação na formação de cálcio e lesão valvular (fase de propagação). Alterações do sistema de condução ou específico O envelhecimento é acompanhado de acentuada redução das células do nó sinusal, podendo comprometer o nó atrioventricular e o feixe de His. contribui para o aparecimento de arritmia sinusal, fibrilação atrial Crises de Stokes-Adams: desmaios ocasionalmente apresentando convulsões, decorrente de uma arritmia cardíaca. Alterações da aorta Arteriosclerose, alteração na textura do tecido elástico e o aumento do colágeno · Aumento do calibre, do volume e da extensão · Maior espessura e rigidez da parede · Alterações da túnica elástica: desorganização e perda de fibras · Hiperplasia subendotelial: redução e modificações químicas da elastina atrofia, de descontinuidade e de desorganização das fibras elásticas, aumento de fibras colágenas e eventual deposição de cálcio. , em redução da elasticidade, maior rigidez da parede e aumento do calibre. aumento da pressão sistólica e da pressão de pulso dilatação da artéria e aumento do anel valvar com certo grau de insuficiência das cúspides, a chamada insuficiência aórtica isolada, quase sempre assintomática, com sopro diastólico curto audível em área de base ou ápice do coração, sem os sinais periféricos da insuficiência aórtica significativa amiloidose senil da aorta, poderemos ter a calcificação da parede aórtica. Alterações arteriais do envelhecimento reduzem a distensibilidade e aumentam a rigidez da parede arterial. O aumento da rigidez arterial provoca aumento da pós-carga diretamente pela diminuição da complacência arterial e, indiretamente, acelera a velocidade de propagação da onda de pulso pelo sistema vascular, promovendo um retorno precoce ainda no período sistólico na parede da raiz da aorta, ocorrendo, como consequência, um pico tardio da pressão sistólica com aumento desta, bem como aumento da pressão de pulso e aumento da pós-carga Aumento da sistólica e pressão de pulso, diminuição da diastólica. A elevação crônica da pressão de pulso transmitida ao cérebro e ao rim causa dano ao fluxo arterial destes órgãos. Encefalopatia e insuficiência renal. ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona e sinalização da endotelina AGTRAP e SIRT1, reguladores negativos da sinalização dos receptores de angiotensina, que levam a pró-inflamação e, consequentemente, remodelação associada à idade. a inibição da sinalização da angiotensina II e ou restrição calórica exerce melhoria acentuada da inflamação crônica e, em alguns casos, também aumento da longevidade Alterações das artérias coronárias perdas de tecido elástico e aumento do colágeno acumulando-se em trechos proximais das artérias. presença de vasos epicárdicos tortuosos, ocorrendo mesmo quando não há diminuição dos ventrículos. A coronária esquerda se altera antes da direita. Calcificação das artérias coronárias epicárdicas. A Calcificação da artéria coronária resulta em complacência vascular, respostas vasomotoras anormais e perfusão miocárdica diminuída. Relacionada com aterosclerose e à taxa de futuros eventos cardíacos. Calcificação aterosclerótica ocorre principalmente na íntima o sistema renina-angiotensina pode desempenhar um papel na calcificação da media, porque bloqueadores dos receptores da angiotensina II tipo 1 abolem o desenvolvimento da CAC em modelo pré-clínico O ativador do receptor do fator nuclear-kappaB (osteoprotegerina) surgiu como uma potencial interface entre osteoporose e CAC. Dados epidemiológicos em humanos sugerem que os níveis mais elevados de osteoprotegerina estão associados com CAC e eventos cardiovasculares Pericárdio · Espessamento fibroso: hialinização · Aumento da taxa de gordura (subpericárdica) Endocárdio mural · Espessamento fibroelástico · Fragmentação, esclerose e acelularidade da camada elástica. · Infiltração gordurosa · Substituição de tecido muscular por tecido conjuntivo Miocárdio · Acúmulo de gordura · Fibrose intersticial · Depósito de lipofuscina · Atrofia fosca · Degeneração basofílica · Hipertrofia concêntrica · Calcificação · Amiloidose Valvas Mitral · Calcificação do anel valvar · Degeneração mixomatosa (cúspide posterior) Aórtica · Excrescências de Lambi · Calcificação · Amiloidose Tecido específico · Acúmulo de gordura: infiltração gordurosa · Redução da musculatura específica e aumento de tecido colágeno · Fibrose · Atrofia celular · Calcificação propagada · Processos esclerodegenerativos Artérias coronárias · Alterações de parede: perda de fibras elásticas e aumento do colágeno, depósito de lipídios; calcificação; amiloidose · Alterações do trajeto = tortuosidade · Alterações do calibre = dilatação Sistema nervoso autônomo Modulação beta-adrenérgica sobre o coração e os vasos diminui com o envelhecimento. Acredita-se que haja uma falha nos receptores beta-adrenérgicos, ocasionada pelo aumento dos níveis de catecolaminas, principalmente a norepinefrina, que frequentemente está aumentada nos idosos. o aumento do débito cardíaco durante o esforço se obtém com o maior uso da lei de Frank-Starling com dilatação cardíaca, para compensar a resposta atenuada da frequência cardíaca Função cardiovascular diminuição da reserva funcional, limitando o desempenho Debito cardíaca diminuído o débito cardíaco poderá estar normal ou diminuído Alterações cardíacas do envelhecimento Menor adaptação devido à diminuição da resposta beta-adrenérgica, pelo comprometimento do enchimento diastólico do ventrículo esquerdo e pelo aumento da pós-carga pela rigidez arterial. Estilo de vida sedentário causa envelhecimento aumento da espessura do ventrículo esquerdo aumento do tamanho do miócito em necropsia Alterações anatômicas: · Diminuição do número dos miócitos (necrose e apoptose) · Aumento do volume dos miócitos · Alteração das propriedades do colágeno · Relação miócito/colágeno inalterada · Aumento da espessura e da massa do ventrículo esquerdo · Aumento do átrio esquerdo não são somente determinadas pelos miócitos, mas também pelos vasos, nervos e tecido conjuntivo composto de fibroblastos, como o enchimento diastólico inicial do VE distensibilidade e função diastólica consequência das alterações estruturais e funcionais decorrentes do envelhecimento, acrescidas de fatores de risco para doença cardiovascular, promove reduzida capacidade de adaptação às sobrecargas de volume e/ou pressão. Insuficiência cardíaca. índice de massa ventricular esquerda e a dimensão do átrio esquerdo aumentam significativamente com a idade. A função diastólica, medida pelo Doppler tecidual, declina com a idade. O conteúdo de fosfolipídio das plaquetas é alterado, e a atividade das plaquetas é aumentada aumentados de inibidor do ativador do plaminogênio (PAI-1) são observados com o envelhecimento, durante o estresse, fibrolise prejudicada. interleucina-6, aumenta importante na patogênese das síndromes coronarianas agudas. MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA Obesidade: hipertensão arterial (HAS), doença cardiovascular, que atinge população brasileira idosa ambulatorial (67%), especialmente no sexo feminino (73%). O aumento de 10kg de peso corresponde a 3 e 2,3 mmHg nas pressões arteriais sistólica e diastólica. estar abaixo do peso aos 65 anos associou-se a pior prognóstico do que estar com peso normal. Sedentarismo fator de risco em idosos com doença cardiovascular estabelecida Atividade física: aumentam os níveis de HDL, diminuem os níveis de triglicerídios, da pressão arterial, do peso corpóreo, melhoram a tolerância à glicose e corrigem a distribuição da gordura. previne ou retarda a manifestação de hipertensão arterial e diabetes, intensidade media e baixa, caminhadas são mais usadas É aconselhável, pelo risco de traumas ou de hipotensão postural, que a caminhada seja feita em terrenos pouco acidentados, evitando-se a exposição prolongada ao sol. teste ergométrico em esteira rolante ou cicloergômetro alta especificidade na detecção de isquemia de esforço induzida e de arritmias, como pela provisão de informações objetivas da capacidade física avaliada em unidades metabólicas (MET) e da frequência cardíaca ideal de treinamento o risco de lesões osteoarticulares e musculares sobrepassa os limites de segurança nas atividades de alto impacto Os exercícios são porta de entrada para a integração do idoso em outras atividades associativas TABAGISMO A limitação física e a morte prematura por doenças relacionadas ao fumo – doença cardiovascular, doenças respiratórias crônicas e câncer Nicotina evento coronariano agudo, ou doença vascular periférica ou pulmonar limitante. Fumantes idosos tem menor probabilidade de largar o cigarro risco para o desenvolvimento de infarto agudo do miocárdio (IAM). ATEROGENESE Modelos causais da doença aterosclerótica | Considerações Estresse oxidativo; ocasionado por uma dieta sem elementos antioxidantes, tabagismo e estresse. Resistência à insulina – obesidade, hipertensão arterial e diabetes. Fatores de risco são LDL- colesterol elevado e modificado, radicais livres liberados como consequência do ato de fumar, hipertensão, diabetes melito, alterações genéticas, microrganismos infecciosos e combinações destes ou de outros fatores. Além de hipercolesterolemia, tabagismo, sexo masculino, hipertensão, obesidade, diabetes e idade. Aumentam a produção de citocinas pela célula endotelial vascular Angiotensina II pode gerar uma resposta inflamatória vascular. Contexto histórico arteriosclerose como um endurecimento da parede arterial causado pela remodelação do tecido em resposta ao envelhecimento, disfunções metabólicas e estresse hemodinâmico Aterosclerose: processo inflamatório crônico da íntima do vaso Teoria da “incrustação” (camadas): sugere que a aterosclerose começa na íntima com o depósito do trombo com subsequente organização pela infiltração de fibroblastos e secundária deposição lipídica. Teoria lipídica/proliferativa: infiltração lipídica na parede arterial e sua interação com elementos celulares e extracelulares, causando “proliferação intimal”. Teoria da resposta à lesão endotelial: a aterosclerose iniciaria com o dano endotelial, o que faria o endotélio ficar suscetível ao acúmulo lipídico e depósito do trombo. Aterosclerose e resposta à lesão Dano endotelial: Tipo I: lesão vascular envolvendo mudanças funcionais no endotélio com mínimas mudanças estruturais (i. e., aumento da permeabilidade às lipoproteínas e células brancas/adesão). Tipo II: lesão vascular envolvendo rompimento endotelial com mínima trombose. Tipo III: lesão vascular envolvendo dano à camada média, que estimula importante trombose, resultando em síndromes coronarianas instáveis ou outro evento aterosclerótico (dependendo da localização). 1. aumento de expressão das moléculas de adesão, da permeabilidade endotelial e da transmigração do LDL-colesterol para dentro da íntima, bem como a diminuição do óxido nítrico. 2. migração de partículas de LDL-colesterol através da camada endotelial para a íntima, oxidação 3. fagocitado por macrófagos, através da via do receptor 4. scavenger (lixeiro). Formação de células espumosas // formação das estrias gordurosas (fatty streak). 5. resposta inflamatória contínua, absorção do LDL por macrófagos, estimula a liberação de citocinas e substancias citotóxicas 6. citocinas recruta mais macrófagos, células T, células musculares lisas e, em adição, um aumento ainda mais importante das moléculas de adesão endotelial e aumento na permeabilidade endotelial. 7. substâncias citotóxicas, agem prendendo ainda mais as partículas de LDL oxidadas, ciclo atraindo mais macrófagos. 8. as células espumosas se agregam em verdadeiros lagos lipídicos que irão formar os núcleos lipídicos da placa aterosclerótica 9. Formação da capa fibrosa, migração das células musculares lisas da camada média do vaso para a íntima, depositam e secretam colágeno. formação de uma parede/capa que irá separar o conteúdo lipídico do sangue circulante. A permeabilidade endotelial às LDL é influenciada pela inflamação local e sistêmica. De acordo com sua quantidade e associado a substâncias reguladoras da atividade local (interleucinas [IL]-1 e IL-6, dentre outras), trombina, leucotrienos, prostaglandinas, fibrina e fibrinogênio, promove não somente o crescimento da placa, mas também sua instabilidade e ruptura. O endotélio íntegro mantém o balanço entre vasodilatação e vasoconstrição, inibição e estimulação da proliferação e migração das células musculares lisas, entre trombogênese e fibrinólise. Quando o processo é interrompido causa danos. Citocinas anti-inflamatórias como IL-4, IL-10 e fator transformador do crescimento beta (TGF- β), assim como alguns subtipos de macrófagos e de células musculares lisas, agem diminuindo o grau da inflamação presente nas placas. homeostase vascular são mediados pelo óxido nítrico (vasodilatador endógeno), ainda tem papel descrito na inibição da oxidação do LDL- colesterol. Macrófagos ativados produzem metaloproteinases que degradam o colágeno A capa fibrosa pode diminuir ficando mais sujeita a erosão. Heterogeneidade da aterosclerose Lesão tipo I: endotélio expressa moléculas de adesão E-selectina e P-selectina, atraindo mais células polimorfonucleares e monócitos para o espaço subendotelial. Lesão tipo II: macrófagos iniciam intenso processo de fagocitose das LDL (estria gordurosa) Lesão tipo III: continuação do processo descrito antes – formação de células espumosas. Lesão tipo IV: exsudato lipídico para o espaço extracelular e início do aglomerado lipídico para a formação do core Lesão tipo V: células musculares lisas e fibroblastos se movimentam, formando fibroateromas com core lipídico (soft) e capa fibrosa Lesão tipo VI: ruptura da capa fibrosa, resultando em trombose e evento. Lesão tipos VII e VIII: as lesões estabilizam-se, transformando-se em fibrocalcificadas (tipo VII) e, em última instância, lesão fibrótica com conteúdo extenso de colágeno (tipo VIII). Pode ter evolução · progressão dita intermediária, em que se segue a história natural (sem predefinição de tempo). · rápida, em que podemos ter uma instabilidade e ruptura dessa placa a qualquer momento. Principal alteração durante o desenvolvimento da placa fibrótica é a proliferação das células musculares lisas. lesão complexa é uma placa fibrosa que exibe extensa degeneração, com necrose, fissuras, quebras e defeitos que produzem irregularidades em sua superfície luminal, servindo de locais para aderência de plaquetas, agregação plaquetária e formação de trombos sobre a placa. Os componentes ateroscleróticos da placa tecido fibroso, necrose (núcleo ateromatoso rico em lipídios), inflamação e calcificação; As principais artérias envolvidas em infarto agudo do miocárdio apresentavam: tecido fibroso, 68%; necrose, 16%; inflamação, 8%; e calcificação, 8%. núcleo ateromatoso rico em lipídios (necrótico) com ausência de colágeno PAPEL DO ENDOTELIO · Secretar o mais potente vasodilatador: fator relaxante derivado do endotélio (EDRF) – uma forma do óxido nítrico; mantém o balanço entre vasoconstrição e vasodilatação, ajudando a manter a homeostase arterial · Propiciar uma superfície não trombogênica: produz derivados da prostaglandina (tais como a prostaciclina e o inibidor da agregação plaquetária) e por sua cobertura com o sulfato de heparina · Secretar agentes efetivos na lise dos trombos de fibrina: plasminogênio e materiais procoagulantes como o fator de von Willebrand e PAI-1 (inibidor da ativação do plasminogênio tipo 1) · Secretar várias citocinas e moléculas de adesão: VCAM-1 (adesão celular vascular) e ICAM-1 (adesão intercelular) · Secretar vários agentes vasoativos: endotelina, angiotensina II (A-II), serotonina e o fator de crescimento derivado da plaqueta. o endotélio regula o tônus vascular, a ativação plaquetária, a adesão dos monócitos e inflamação, a formação do trombo, o metabolismo lipídico, o crescimento celular e a remodelação vascular condições patológicas, tais como na aterosclerose, a função da célula endotelial está perturbada de forma crônica, sendo esta alteração um passo fundamental para a progressão da patologia. Papel do LDL | Estresse oxidativo (LDL-ox); crescimento da placa e remodelamento vascular Oxidação de baixo grau LDL extensivamente oxidadas – LDL-ox (extremamente aterogênicas) · Promover o acúmulo do colesterol nos macrófagos, que se transformam então nas chamadas células espumosas. · Aumentar a produção endotelial de moléculas de adesão leucocitária, citocinas e fatores de crescimento, que regulam a proliferação das CML, degradação do colágeno e trombose. · Inibir a atividade do óxido nítrico e aumentar a geração de espécies reativas de oxigênio, alterando a vasodilatação endotélio-dependente. · Alterar a resposta das CML à estimulação pela A-II (aumentando também sua concentração); as CML que proliferam na íntima para dar forma aos ateromas avançados são derivadas originalmente da camada média. Crescimento da placa e remodelamento vascular O fenômeno Glagov descreve como o lúmen arterial de seção transversal é preservado do avanço da aterosclerose na parede arterial Remodelamento positivo: compensatório externo parede arterial projeta-se para fora e o lúmen arterial se mantém sem alterações. Vulneraveis grandes núcleos lipídicos e geralmente responsáveis pelos eventos agudos. placas ditas vulneráveis com maior tendência a se romper Remodelamento negativo Cresce para dentro estreitamento gradual do vaso, com diminuição do lúmen. placas estáveis Papel das células progenitoras endoteliais, neovascularização da placa e efeito hemodinâmico do shear stress. Células progenitoras endoteliais Com lesões no endotélio desprendem da superfície endotelial e entram na circulação sanguínea por vários mecanismos que promovem a sua separação, incluindo lesão mecânica, adesão defeituosa e separação induzida por citocinas ou proteases. células endoteliais progenitoras (CEP) derivadas da medula óssea. As CEP tem capacidade de reparar o endotélio quando chega na corrente sanguínea baixa concentração de CEP em circulação associa-se a vários fatores de risco tradicionais, a fatores de risco emergentes e à gravidade da patologia aterosclerótica, predizendo também de forma independente o risco de futuro evento cardiovascular. · Células progenitoras endoteliais: regeneração endotelial · Transporte reverso do colesterol: regressão da placa · Neovascularização/angiogênese: Reverter a hipoxia na parede do vaso – regressão da placa e Propiciar crescimento, hemorragias intraplaca e instabilidade. Neovascularização Na aterosclerose, a formação de novos vasos em torno da parede arterial vem precocemente. Angiogenese: prevenir morte celular e contribuir para o crescimento e estabilização da placa em lesões Porém, em placas mais avançadas, a infiltração de células inflamatórias e a produção concomitante de citocinas pró-angiogênicas podem ser responsáveis pela indução descontrolada de proliferação de microvasos na neoíntima, tendo por resultado a produção de novos vasos imaturos e frágeis, que podem contribuir para hemorragia intraplaca e instabilidade da mesma. cria uma porta de entrada de fatores inflamatórios e proliferativos, hemácias para a adventícia. Fatores que podem ser considerados como estímulo para a angiogênese são hipoxia, estresse oxidativo na parede arterial e inflamação. Shear stress ou força de cisalhamento induzido pelo fluxo sanguíneo aparece como uma característica essencial para a aterogênese força de arrasto fluido na parede do vaso chamamos de mecanotransdução para um sinal bioquímico, que resulta em mudanças no comportamento O fluxo não laminar promove mudanças na expressão genética endotelial, no arranjo citoesquelético, na resposta ao dano, na adesão dos leucócitos, bem como nos estados vasorreativos, oxidativos e inflamatórios da parede da artéria · Baixo e fluxo alterado: Aterogênico: pró-inflamatório, pró-migração e pró-trombótico · Fisiológico, com fluxo lamina: Vasculoprotetor · Alto e fluxo turbulento: Promove ativação plaquetária, formação de trombo e possível ruptura da placa intimal da CML em enxertos venosos Uma palavra sobre o efeito fisiopatológico/molecular da idade sobre a doença aterosclerótica o papel funcional da atividade metabólica, deterioração da mitocôndria, danos causados pelos radicais livres ou outros eletrólitos, alterações/lesões no DNA, falências na homeostase da sinalização celular e da inflamação Ruptura da placa | Evento principal responsável pelas apresentações clínicas agudas a magnitude da reação inflamatória na parede vascular em resposta à acumulação dos lipídios, condicionada por fatores locais (shear stress), sistêmicos (fatores de risco diversos) e genéticos, parece determinar a evolução da placa. O risco da ruptura da placa está intimamente relacionado com as suas propriedades intrínsecas (vulnerabilidade), que a predispõem à ruptura, e com forças extrínsecas (gatilhos). A desendotelização física ou funcional (ruptura, fissura ou erosão da placa) ocasiona a perda dos fatores de proteção e dispara uma sequência de eventos que se inicia com a deposição das plaquetas, prosseguindo com sua ativação e reação trombogênica com um grande aumento local de fibrinogênio Os macrófagos podem produzir enzimas proteolíticas potentes e capazes de degradar o colágeno adesão plaquetária, seguida então da ativação das plaquetas e subsequente formação do trombo formas de trombo (1) superficial, que é superposto a uma placa intacta; (2) profundo, que é causado por uma fissura na placa rompida. Tipos de trombos a plaqueta por si só emerge como uma célula inflamatória, libera CD40 A adesão plaquetária é mediada por fibronectina, colágeno, fator de von Willebrand e três glicoproteínas específicas da superfície das plaquetas: GPIb, GPIc/IIa e GPIa/IIa.células endoteliais, musculares lisas, macrófagos, células T e as próprias plaquetas agregação plaquetária é mediada pela fibronectina, pelo fator de von Willebrand e pela GPIIb/IIIa A agregação plaquetária induzida por epinefrina, tromboxano A2, trombina e colágeno é mediada pela interação do fibrinogênio com a GPIIb/IIIa e o ADP estimula a agregação.
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