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GIOVANA SANTA MARIA 1 FPM V Obstetrícia ROTURA EXPONTÂNEA DAS MEMBRANAS AMNIÓTICAS ANTES DO INICIO DO TRABALHO DE PARTO (NO TERMO OU PRÉ-TERMO) Multifatorial • Alterações do colágeno • Forças mecânicas • Enzimas maternas • Infecção e resposta inflamatória sistêmica FATORES DE RISCO: • Exames invasivos (amniocentese) • Incompetência istmocervical • Macrossomia • Polidrâmnio • Gestação múltipla • Infecções genitais (strepto B, gonococo) • Tabagismo • Sangramento genital • Deficiências nutricionais • Doenças maternas • Traumatismo • Passado de parto prematuro : Perda de liquido via vaginal em grande quantidade, súbita e indolor. Líquido transparente, com odor característico (hipoclorito), amarelo/esverdeado (mecônio) ou purulento (infecções) Quando a perda de liquido não é evidente, procede-se um exame especular estéril, com mobilização do polo fetal e manobra de valsalva para observar a saída de líquido pelo orifício cervical. ATENÇÃO: NÃO DEVE SER FEITO EXAME DE TOQUE, visto que aumenta o risco de infecção ➔ Coletar secreção de fundo de saco vaginal e observar no microscópio, após secagem pelo calor, a presença de cristalização em folha de samambaia; ➔ Mudança de coloração de incolor para marrom da amostra de liquido amniótico em lâmina, após aquecida por 1 minuto. ➔ Medição do pH da secreção vaginal com papel de nitrazina, que se torna azul em contato com fluido vaginal (liquido amniótico tem pH maior, entre 7.1 e 7.3 - falso positivo com sangue, vaginose e tricomonas) ➔ Ultrassonografia para auxiliar no diagnóstico (redução do volume de líquido amniótico), além de informar IG, para tomada de conduta o ATENÇÃO: oligodramnia não é diagnóstico de RPMO! ➔ Instilação transabdominal guiada por ultrassom; observação de tingimento de tampão vaginal ➔ Emissão involuntária de urina ➔ Leucorreias ➔ Muco (tampão) ➔ Infecção intrauterina Descolamento prematuro de placenta (DPP) GIOVANA SANTA MARIA 2 FPM V Obstetrícia OBS: Infecção → corioamnionite → miometrite → sepse/HTA ➔ Prematuridade= síndrome da angústia respiratória; hemorragia intraventricular ➔ Infecção fetal ➔ Sequencia de potter (pé torto, hipoplasia pulmonar, defeitos faciais) ➔ Hipoplasia pulmonar isolada ➔ Prolapso de cordão ➔ Sofrimento fetal ➔ Descolamento prematuro de placenta Objetivos: • Evitar infecções maternas • Não elevar o índice de cesárea • Evitar infecções fetais • Manejo complicações da prematuridade EVITAR REALIZAÇÃO DE TOQUE VAGINAL (risco de infecções), exceto em gestações a termo, em gestantes com parto iminente ou quando se planeja indução imediata do parto; Avaliar temperatura axilar e pulso materno, altura uterina, dinâmica uterina, BCF, exame especular pode ser útil. Hemograma, urina/cultura, swab anal e vaginal p/ estreptococo grupo B e ultrassonografia. Aconselhamento da mulher e familiares sobre morbidade/ mortalidade relacionada à idade gestacional. Orientar a mulher e a família e dar a opção de interromper a gestação (caso opte por conduta expectante, registrar em prontuário) Internar, hiperidratar, reavaliar ILA Se não houver sinais de infecção ou sangramento vaginal, acompanhar ambulatorialmente Avaliar febre, hemograma 2x por semana e sinais de contração uterina (caso + → parto imediato) Avaliar biometria fetal a cada 15 dias, percepção de movimentos fetais pela mãe e ausculta BCF Repouso estrito no leito e abstinência sexual Antibioticoterapia, sem tocólise e sem corticoide Se ILA persistir baixo = hipoplasia pulmonar letal; Conduta expectante Internação, repouso no leito (apenas banheiro), curva térmica 4/4h, observar contrações uterinas. Evitar toque vaginal (exceto trab de parto ou interrupção iminente) Exame especular (ver colo e perda de liq) Hemograma 2x na semana; se sinal de infecção: VHS, PCR BCF2-3x ao dia, contagem de mov fetal, cardiotoco diária, perfil biofísico fetal diário, avaliar ILA Antibióticos profiláticos (reduzir risco de infec e melhorar resultado perinatal) - Ampicilina 2g IV 6/6 h 48 h e seguir com Amoxacilina 500 VO 8/8 h, 05 dias. Acrescido de 1 g Azitromicina dose única • A escolha do antibiótico necessita melhor avaliação porém NÃO USAR AMOXACILINA + ÁC. CLAVULÂNICO (maior risco de enterocolite necrosante) e dar preferência para eritromicina Profilaxia GBS intraparto – 5000000 UI de penicilina cristalina EV de ataque + 2500000 UI de 4/4h para manutenção Corticoides (betametazona 12mg cada 24h, 02 dias – 2 doses) (dexametasona 6mg 12/12h, 2 dias – 4 doses) → reduz risco de membrana hialina, hemorragia intraventricular e enterocolite necrosante • Contraindicações: evidencia de infecção ou parto iminente Sulfato de magnésio: gestantes com RPMO antes de 32 semanas, para neuroproteção fetal GIOVANA SANTA MARIA 3 FPM V Obstetrícia ➔ Interrupção imediata da gestação, mediante indução ➔ Se colo favorável (Bishop>6)= ocitocina; se desfavorável= amadurecimento cervical • Gestação de ate 20 ou após 34 semanas • Trabalho de parto espontâneo • Sinais de comprometimento fetal • Sinais de infecção ATENÇÃO: SE CORIOAMNIONITE = INDUZIR O PARTO E ADMINISTRAR ANTIBIÓTICOS: AMPICILINA 2G IV a cada 6h + GENTAMICINA 1,5MG/KG IV a cada 8h; Em caso de cesárea → add CLINDAMICINA 900MG IV de 8/8h ou METRONIDAZOL 500MG IV de 8/8h. • Nas gestantes que não estiverem em uso de antibiótico no momento da interrupção, realizar a profilaxia da sepse neonatal pelo streptococo do grupo B ATENÇÃO: NÃO SE DEVE FAZER TOCÓLISE APÓS RUPREME → PIORA O PROGNÓSTICO MATERNO E NÃO MELHORA O PROGNÓSTICO NEOATAL INDICAÇÃO DE CORTICO-INDUÇÃO: ➔ Gestações entre 24 e 32 (34) semanas ➔ Ausência de sinais clínicos corioamnionite ➔ Prevenção de Hemorragia intra-ventricular e SDR ➔ Ciclo único ou repetir em 7 dias ➔ Prognóstico fetal é melhor se parto após 24 horas FEBRE >38°C LEUCOCITOSE MATERNA SENSIBILIDADE UTERINA TAQUICARDIA MATERNA E/OU FETAL (pulso materno > 100bpm ou fetal >160bpm) LÍQUIDO AMNIÓTICO DE ODOR FÉTIDO - dor em baixo ventre, excitabilidade uterina aumentada e saída de secreção purulenta pelo canal cervical. GIOVANA SANTA MARIA 4 FPM V Obstetrícia Fonte: Yellowbook: fluxos e condutas – GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
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