Buscar

A2 TRIBUTARIO

Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO DISSERTATIVA - A2 
 
 
Considerando que o fato gerador/hipótese de incidência do Imposto sobre a Transmissão de Bens 
Imóveis (ITBI) é a transmissão da propriedade do bem imóvel, segundo o art. 35, inc. I, do Código 
Tributário Nacional (CTN): 
 
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis 
e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: 
 
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis 
por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; 
 
Considerando que a transmissão da propriedade e de qualquer direito real sobre imóvel só ocorre 
com o registro do título (geralmente contrato) no Registro de Imóveis, segundo art. 1.227 do Código 
Civil: 
 
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre 
vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos 
títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
 
Comente sobre a previsão da Consolidação Normativa Notarial e Registral do Tribunal de Justiça do 
Estado do Rio Grande do Sul que exige, em seu art. 859, que o contribuinte efetue o recolhimento do 
ITBI no momento em que é lavrada a escritura pública de compra e venda de bem imóvel (ou seja, 
antes do registro). Ela está juridicamente correta ou errada, na sua opinião? Por quê? 
 
Art. 859 – Ressalvadas as hipóteses de não-incidência, imunidade e isenção 
tributárias, não serão lavradas escrituras públicas relativas a atos sujeitos ao imposto 
de transmissão, sem a prova do pagamento dos tributos devidos. 
 
REPOSTA: 
 
Em nossa opinião, a Consolidação Normativa Notarial e Registral do Tribunal de Justiça do Estado 
do Rio Grande do Sul, em seu art. 859, é juridicamente incorreta, considerando que o Supremo 
Tribunal Federal (STF) no julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário nº 1.294.969/ SP, 
submetido à sistemática de repercussão geral, reafirmou seu entendimento no sentido de que em 
momento anterior ao registro do título de transferência da propriedade do bem, de modo que 
exação baseada em promessa de compra e venda revela-se indevida. 
 
 
O pagamento parcial do tributo importa suspensão da exigibilidade do crédito tributário? Por quê? E 
o oferecimento de bem à penhora, ao invés de dinheiro, importa suspensão da exigibilidade do 
crédito tributário? Por quê? 
 
RESPOSTA: 
 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO 
APLICADO 
Campus: Turno: N Curso: Direito 
PROFESSOR: MARCELO PUCCINI CAMINHA FILHO Data: 15/06/2021 
NOMES: JÚLIA RIOS, JANAINA MARIA PIERES ROLIM E WELLINGTON OLDANI PINTO 
QUESTÃO 1 
QUESTÃO 2 
 
 
Não. Pois as hipóteses elencadas no artigo 151 do CTN/1966, para suspensão da exigibilidade 
do crédito tributário, não incluem o pagamento parcial do tributo. 
 
Não. Pois o pagamento em dinheiro se encaixaria na hipótese do artigo 151, inciso II, do 
CTN/1966, a qual se trata depósito. Nesse caso, é clara a súmula 112 do STJ, que caracteriza a 
suspensão da exigibilidade do crédito tributário através do depósito em caráter integral e em dinheiro, 
exclusivamente, não aceitando penhora de bens. 
 
 
 
 
No que consiste a decadência do crédito tributário? Qual é o seu prazo e quais são os seus marcos 
iniciais? No que consiste a prescrição do crédito tributário? Qual é o seu prazo e quais são os seus 
marcos iniciais? 
 
RESPOSTA: 
 
Prevista no artigo 173 do CTN, a decadência consiste na perda do direito da Fazenda Pública 
Federal, Estadual ou Municipal, constituir, através do lançamento, o crédito tributário, em razão do 
decurso do prazo de cinco anos, contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado e da data em que se tornar definitiva a decisão que houver 
anulado, por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado. A contagem do prazo decadencial não 
se interrompe nem se suspende. 
 
À luz do artigo 174 do CTN, a prescrição consiste na extinção do direito, pertencente ao 
credor, da ação de cobrança do crédito tributário, também pelo decurso do prazo de 5 anos, contado 
da data da sua constituição definitiva. 
QUESTÃO 3

Continue navegando